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Aula - Estrutura Interna da Terra

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Escala de Tempo Geológico 
ESTRUTURA INTERNA DA 
TERRA 
Camadas 
Informações básicas 
 
As partes mais profundas da Terra NÃO são inacessíveis devido às 
limitações tecnológicas diante de altas pressões e temperaturas; 
 
O furo de sondagem mais profundo feito até hoje atingiu apenas 12 
km, quando o raio médio da Terra é de 6370 km. 
 
Desde o séc. XIX especula-se a temperatura no interior da Terra. 
Túneis subterrâneos e o interior de minas indicavam que a 
temperatura aumentava cerca de 1°C a cada 30 m (gradiente 
geotérmico). Assim, a temperatura no interior alcançaria 10000 °C. 
 
 
 
 
 
 
DESCONTINUIDADE 
 
É um local onde ocorrem diferenças físicas entre 
regiões adjacentes no interior da Terra. 
Núcleo 
 
• Núcleo Interno (ou Central) -> parte sólida. 
Constituída por ferro e níquel. 
 
 
 
 
• Núcleo Externo -> constituído de ferro metálico 
fundido. 
Manto 
• Descontinuidade de Gutenberg (2.900 km) 
 
• Representa 83% do volume total da Terra 
• Rico em óxidos de ferro e magnésio e silicatos. 
 
• Manto Inferior 
• Manto Superior 
- Manto superior 
- Astenosfera (do grego asthenos, significa “fraco”) -> 
cria as atividades tectônicas. 
- Topo do manto 
TOPO DO MANTO + CROSTA 
= 
 LITOSFERA (70 km) 
 
Descontinuidade de Mohorovicic 
5-10 km = áreas oceânicas 
30 – 80 km = continentes 
Crosta 
(camada mais superficial) 
• Espessura: varia de 30 a 80 km nos continentes e de 5 a 10 km nos 
oceanos. 
 
• Conceito: é a parte mais externa da Terra, parcial ou totalmente 
consolidada. 
 
Constituída de duas partes distintas: 
 
- Sial (parte mais externa; composta de silício e alumínio; rochas de 
constituição granítica) 
- Sima (subjacente ao Sial; composta de silício e magnésio; rochas 
do tipo basáltico). 
 
• 2900 km – Manto 
• 3300 km - núcleo 
Modelos de estrutura e composição 
 
Crosta 
 
Entre as rochas expostas na superfície dos continentes, 
encontram-se as rochas sedimentares pouco ou não 
deformadas até as rochas metamórficas que foram 
submetidas a condições de temperatura e pressão 
correspondentes às da crosta intermediária ou profunda a 
mais de 20 km. 
 
Podem estar, também rochas plutônicas que se 
cristalizaram em níveis crustais rasos (1 a 3 km) até 
profundos. 
 
 
 
 
A crosta continental apresenta espessura muito 
variável, desde cerca de 30 a 40 km nas regiões 
sismicamente estáveis mais antigas até 60 a 70 nas 
cadeias de montanhas, como o Himalaia na Ásia e os 
Andes na América do Sul. 
 
 
A crosta continental apresenta rochas com densidades 
menor na crosta superior e rochas com densidade maior 
na crosta inferior. 
 
Elementos químicos mais comuns na Crosta da Terra 
(%) 
O princípio da isostasia 
 
 
 De acordo com o conceito de isostasia, há uma 
deficiência de massa abaixo das rochas da cordilheira 
que é aproximadamente igual à massa das próprias 
montanhas. O conceito de isostasia baseia-se no 
princípio hidrostático de Arquimedes, no qual um corpo, 
ao flutuar, desloca uma massa de água equivalente à sua. 
 
 
Sabe-se hoje que dois modelos de compensação isostática operam 
simultaneamente. As montanhas possuem raízes profundas, compostas de 
rochas com densidade relativamente baixa, fazendo com que a crosta e a 
litosfera sejam mais espessas nessas regiões, conforme previsto no modelo 
de Airy. Já a crosta oceânica situa-se em níveis topográficos mais baixos do 
que a crosta continental, em virtude da sua maior densidade, conforme 
previsto no modelo de Pratt. 
Mesmo tendo sofrido intemperismo e erosão no 
decorrer do tempo, a crosta continental situa-se 
acima do nível do mar devido a isostasia, pois à 
medida que a erosão remove as camadas mais 
superficiais, ocorre um lento soerguimento. 
Assim, rochas originadas em profundidades (em 
condições de alta pressão e temperatura) acabam 
atingindo níveis superficiais. 
 
 
Evolução da Terra 
 
 
Resultado do embate das forças da natureza da 
dinâmica interna (vulcões, terremotos, etc.) e da 
dinâmica externa (erosão, sedimentação, etc) – forças 
criativas e destrutivas da natureza. 
 
• A Terra é um planeta dinâmico. Se fosse 
fotografada do espaço a cada século, desde a 
sua formação até hoje, e estas fotos 
compusessem um filme, o que veríamos seria 
um planeta azul se contorcendo com os 
continentes ora colidindo, ora se afastando 
entre si. 
O SURGIMENTO DA TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL: O 
EMBRIÃO DE UMA REVOLUÇÃO NAS CIÊNCIAS GEOLÓGICAS 
• 1596: Geógrafo Abraham Ortelius (1527-1598) 
• 1620: Francis Bacon, filósofo inglês, apontou o perfeito encaixe entre 
as costas atlânticas da América do Sul e África e levantou a hipótese, 
pela primeira vez historicamente registrada, de que estes continentes 
estiveram unidos no passado. 
• 1780: Benjamin Franklin (cientista - EUA) 
 
• 1912: o cientista alemão Alfred Wegener (1880-
1930) formulou a ideia de que no passado geológico 
todos os continentes poderiam ter estado juntos e 
posteriormente teriam sido separados. 
• 1915: “Origem dos Continentes e Oceanos” 
• A este supercontinente Wegener denominou de 
PANGEA, sendo que sua fragmentação teria iniciado 
há cerca de 220 milhões de anos e teria prosseguido 
até os dias atuais. O PANGEA teria iniciado sua 
fragmentação dividindo-se em dois continentes: 
LAURÁSIA (norte) e GONDWANA (sul). 
Teoria da Deriva Continental (1915) 
 
• Wegener propôs que os continentes (massas 
gigantes) boiavam sobre o mar e o movimento 
ocorreria por deslizamento sobre a água dos 
oceanos. 
Wegener procurou evidências de PANGEA: 
 
Presença de fósseis de Glossopteris (tipo de 
gimnosperma primitiva) em regiões da África e Brasil. 
 
Evidências de glaciação há aproximadamente 
300 Ma na região sudeste do Brasil, sul da 
África, Índia, oeste da Austrália e Antártica. 
Notou também a presença 
de material derivado de 
glaciações. 
• Presença de fósseis do mesossaurido 
Stereosternum tumidum (extintos a 245 
milhões de anos) conhecidos apenas na 
Bacia do Paraná e na Bacia de Karroo, 
na África do Sul. 
• Infelizmente, naquela época as propriedades 
plásticas da astenosfera não eram ainda 
conhecidas, o que também impediu Wegener 
de explicar sua teoria. 
 
• Com a morte de Wegener, em 1930, a Teoria 
da Deriva Continental começou a ficar 
esquecida. Outros cientistas tentaram dar 
continuidade, mas não conseguiam encontrar 
uma explicação lógica e aceitável do 
mecanismo capaz de movimentar as imensas 
massas continentais. 
ANOS 50: RESSURGE A TEORIA DA DERIVA 
CONTINENTAL 
 
 
• A chave para explicar a dinâmica da Terra, ao contrário do 
que muitos cientistas pensavam, não estava nas rochas 
continentais, mas no fundo dos oceanos. 
 
 
 
• A partir do desenvolvimento do sonar, navios 
oceanográficos mapearam uma enorme 
cadeia de montanhas submarinas, 
denominadas Dorsal ou Cadeias Meso-
Oceânicas, que constituem um sistema 
contínuo ao longo de toda Terra, estendendo-
se por 84.000 km e apresentando uma largura 
da ordem de 1.000 km; no eixo destas 
montanhas constatou-se a presença de vales 
de 1 a 3 km. 
• No final dos anos de 1950 e início dos anos de 
1960, o surgimento e aperfeiçoamento da 
geocronologia permitiu a obtenção de 
importantes informações sobre a idade das 
rochas do fundo oceânico. 
 
• As idades não ultrapassam 200 milhões de 
anos e quanto mais próximas das cadeias 
meso-oceânicas mais jovens são. 
O SURGIMENTO DA TEORIADA 
TECTÔNICA GLOBAL 
Paradigma Moderno das Geociências 
• Por que as erupções vulcânicas ocorrem em áreas 
específicas ao redor do mundo? 
• Como e por que cadeias de montanhas gigantes 
(Alpes, Himalaia e a Mesoatlântica) se formaram? 
• Por que ocorrem terremotos e tsunamis em 
regiões preferenciais do planeta? 
• A evolução da atmosfera e da vida ao longo do 
tempo geológico? 
Etimologia 
 
Placas Tectônicas 
 
• PLACA: laje grande, rígida, formada de rocha sólida. 
• TECTÔNICA = do grego Tektonikus = “construir” 
• Tectônica de Placas: superfície da Terra construída por placas 
• Movimentação das placas ao longo do tempo geológico. 
• Se chocam e se separam. 
 
PLACAS TECTÔNICAS 
• As placas tectônicas deslizam sobre a 
Astenosfera (Zona de Baixa Velocidade), 
tornando possível o deslocamento lateral. 
 
• Podem ser de natureza oceânica ou mais 
comumente compostas de porções de crosta 
continental e crosta oceânica 
• Com a continuidade do processo de geração 
de crosta oceânica, em algum outro local 
deveria haver um consumo ou destruição 
desta crosta, caso contrário a Terra expandiria. 
A destruição da crosta oceânica mais antiga 
ocorreria nas chamadas Zonas de Subducção, 
que seriam locais onde a crosta oceânica mais 
densa mergulharia para o interior da Terra até 
atingir condições de pressão e temperatura 
suficientes para sofrer fusão e ser incorporada 
novamente ao manto. 
TIPOS DE LIMITES ENTRE PLACAS LITOSFÉRICAS 
 
• Limites divergentes 
 
• Limites convergentes 
 
• Limites conservativos 
A VELOCIDADE DOS DESLOCAMENTOS DAS 
PLACAS TECTÔNICAS 
• Em média, a velocidade de movimentação das 
placas tectônicas é considerada de 2 a 3 
cm/ano. As placas com crosta continental 
como a Placa Sulamericana são mais lentas 
que as placas que possuem apenas crosta 
oceânica como a de Nazca, por exemplo. 
• A Placa Africana está praticamente 
estacionada, por estar bordejada 
quase que inteiramente por limites 
divergentes de placas que se afastam 
a taxas similares. 
Ilha de 
Kauai 
Ilha de Mauí 
AS COLISÕES ENTRE AS PLACAS TECTÔNICAS 
• O choque entre placas litosféricas pode 
envolver crosta oceânica com crosta 
oceânica, crosta continental com crosta 
oceânica ou crosta continental com 
crosta continental 
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• Vulcanismo 
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