Buscar

I SIMULADÃO ENEM 2018 3º ANO HUMANAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1. SERÁ ATRIBUÍDA NOTA ZERO À PROVA QUANDO O 
ALUNO: 
a) utilizar ou portar, durante a realização da prova, 
MÁQUINAS e(ou) RELÓGIOS DE CALCULAR, bem 
como RÁDIOS, GRAVADORES, HEADPHONES, 
TELEFONES CELULARES ou FONTES DE CONSUL-
TA DE QUALQUER ESPÉCIE;
b) ausentar-se da sala em que se realiza a prova levan-
do consigo o CADERNO DE QUESTÕES e(ou) o 
CARTÃO-RESPOSTA antes do prazo estabelecido;
c) agir com incorreção ou descortesia para com qualquer 
participante do processo de aplicação das provas;
d) comunicar-se com outro participante, verbalmente, 
por escrito ou por qualquer outra forma;
e) apresentar dado(s) falso(s) na sua identificação pessoal;
f) for ao banheiro portando CELULAR, mesmo que 
desligado, APARELHO DE ESCUTA, MÁQUINA DE 
CALCULAR ou qualquer outro MATERIAL DE CON-
SULTA relativo à prova. Na ida ao banheiro, durante 
a realização da prova, o aluno será submetido à re-
vista por meio de DETECTOR DE METAL.
2. Este CADERNO DE QUESTÕES contém a Proposta 
de Redação e 90 questões numeradas de 1 a 90 e 
dispostas da seguinte maneira:
a) as questões de número 1 a 45 são relativas à área 
de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) as questões de número 1 a 5 são relativas à área 
de Língua Estrangeira;
c) Proposta de Redação;
d) as questões de número 46 a 90 são relativas à 
área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
3. Verifique no CARTÃO-RESPOSTA se os seus dados estão 
registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, 
comunique-a imediatamente ao aplicador.
4. Decorrido o tempo determinado, será distribuído o 
CARTÃO-RESPOSTA, o qual será o único documento váli-
do para a correção da prova.
5. Não dobre, não amasse, nem rasure o CARTÃO-RESPOS-
TA. Ele não poderá ser substituído.
6. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 
opções, identificadas com as letras A, B, C, D e E. Ape-
nas uma responde corretamente à questão. Você deve, 
portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A 
marcação de mais de uma opção anula a questão, mesmo 
que uma das respostas esteja correta.
7. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a 
letra correspondente à opção escolhida para a resposta, 
preenchendo todo o espaço compreendido no círculo, 
com caneta esferográfica de tinta azul ou preta.
8. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RES-
POSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADER-
NO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
9. O aluno, ao sair da sala, deverá entregar, definitivamente, seu 
CARTÃO-RESPOSTA devidamente assinado, devendo ainda 
assinar a folha de presença e o cartão de identificação de sala.
10. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e 
trinta minutos.
Exame Nacional do Ensino Médio
2018
AP1 – 1ª ETAPA
LC - 1º dia | Página 2 OSG.: 1420/18
2018
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01
Disponível em: http://robrogers.com. Acesso em: 08 fev. 2018.
Nos Estados Unidos, a paralisação do governo 
por falta de verba é chamada de government shutdown. A 
palavra shutdown significa, entre outras coisas, fechamento. 
E é usada, por exemplo, para se referir a uma empresa que 
fecha as portas ou ao desligamento de um computador. 
Conforme a imagem acima, o referido vocábulo remete
 A à censura que gradativamente se instala no país em fun-
ção das decisões tomadas pelo presidente Donald Trump 
durante sua gestão.
 B à intensa perseguição política sofrida pelo presidente 
Donald Trump por causa das medidas econômicas im-
plementadas em seu mandato.
 C à suposta insatisfação da sociedade americana no que 
diz respeito às postagens realizadas pelo presidente 
Donald Trump em uma rede social.
 D à incapacidade do presidente Donald Trump de adminis-
trar o país em função das inúmeras restrições impostas 
pelo congresso americano.
 E à indignação do povo americano com a inércia política 
demonstrada pelo presidente Donald Trump em temas 
cruciais da segurança nacional.
QUESTÃO 02
BRAZIL AMONG THE ELITE OF MATHEMATICAL 
RESEARCH
Brazilian science has been facing a gloomy reality, 
such as a sharp drop in funds for the area and researchers 
leaving the country, but mathematics may be a silver lining in 
Brazilian science.
The country has been included in the international 
mathematics elite group, Group 5, among the most developed 
nations in mathematical research.
This inclusion means Brazil will have more relevance 
and influence in decisions related to mathematics and has 
now five votes in the organization’s general meeting.
The inclusion of Brazil in Group 5 is even more 
noteworthy due to the discrepancy between the excellence 
in research developed in the country and the poor quality of 
mathematics education in the country.
According to the last Pisa, main study on basic 
education in the world, the country has been ranked No. 65 
out of 70 countries.
More than 70% of Brazilian students between 15 and 16 
years old do not reach basic proficiency level in mathematics.
“This paradox is not exclusively Brazilian,” says 
mathematician Artur Avila. “But it is obvious the country 
needs good mathematics education in all levels, in order not 
to waste any potential.”
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 08 fev. 2018.
A União Matemática Internacional (IMU, na sigla em inglês) 
aprovou a entrada do Brasil no “Grupo 5”, que reúne as 
nações mais desenvolvidas em pesquisa matemática. Com 
base no texto acima, a decisão da IMU
 A revela um paradoxo existente entre o alto de nível das 
pesquisas matemáticas no Brasil e a baixa qualidade de 
ensino da disciplina no país.
 B garante ao Brasil, daqui em diante, o direito à abstenção 
nas decisões tomadas nos eventos realizados pela União 
Matemática Internacional.
 C baseia-se nos excelentes resultados apresentados pelos 
estudantes brasileiros nas últimas edições de um teste 
internacional intitulado Pisa.
 D demonstra, segundo o condecorado matemático Artur 
Ávila, o alto nível do ensino da matemática praticado nas 
escolas particulares de todo o país.
 E credencia o Brasil a subir mais cinco posições no ranking 
elaborado pela União Matemática Internacional, saltando 
da 70a para a 65a posição. 
LC - 1º dia | Página 3OSG.: 1420/18
2018
QUESTÃO 03
FACEBOOK INVENTS NEW UNIT OF TIME CALLED A
FLICK
A Facebook engineer has invented a new unit of time 
called a flick.
The flick has been designed to help developers keep 
video effects in sync, according to a description on the code-
sharing site GitHub.
A flick, derived from “frame-tick”, is 1/705,600,000 of a 
second – the next unit of time after a nanosecond.
A researcher at Oxford University said the flick wouldn’t 
have much general impact but may help create better virtual 
reality experiences.
Flicks are defined in the programming language C++, 
which is used to generate visual effects for film, television and 
other media.
Flicks give programmers a way to measure the time 
between media frames without using fractions.
A flick is not the first unit of time designed by a major 
corporation. Swatch introduced Internet Time in 1998, which 
divides the day into 1,000 “.beats”.
The measurement – equal to one minute and 26.4 
seconds – was designed to eliminate the need for time zones. 
It has not caught on globally.
Disponível em: http://www.bbc.co.uk. Acesso em: 08 fev. 2018.
O Facebook fez um anúncio inusitado do dia 22 de janeiro 
de 2018: revelou a criação de uma nova unidade de tempo, 
que recebeu o nome de flick. De acordo com texto, a referida 
unidade de tempo
 A representará uma completa revolução na forma como os 
efeitos visuais são processados na mídia.
 B poderá ajudar os programadores na criação de experiên-
cias melhoresno segmento da realidade virtual. 
 C eliminará definitivamente a necessidade da utilização dos 
fusos horários adotados no mundo inteiro.
 D promoverá uma mudança significativa na maneira como 
as pessoas percebem a passagem do tempo.
 E será adotada pela tradicional universidade de Oxford 
como unidade de tempo utilizada em seu campus.
QUESTÃO 04
Disponível em: https://towels.vitoriasz.com. Acesso em: 08 fev. 2018.
As campanhas de conscientização são o conjunto de ações 
na promoção de apoio a iniciativas de solidariedade e de 
promoção à vida. A imagem acima tem como propósito 
 A incentivar o leitor a fazer parte de uma equipe de resgate 
que salva a vida de cães e gatos em situação de risco 
iminente.
 B convidar o leitor a receber em suas casas cães e gatos 
que necessitam de uma proteção contra o perigo real das 
enchentes.
 C convencer o leitor a adotar, em definitivo, cães ou gatos 
que perderam suas casas durante as inundações em San 
Antonio.
 D estimular o leitor a fazer doações de ração e casinhas 
para ajudar um lar temporário para cães e gatos amea-
çados pela chuva.
 E persuadir o leitor a fazer doações em dinheiro para ajudar 
cães e gatos que foram deixados para trás pelos seus 
antigos donos.
LC - 1º dia | Página 4 OSG.: 1420/18
2018
QUESTÃO 05
WAR CHILD
 Who will save the war child baby? Who controls the key?
 The web we weave is thick and sordid, fine by me
 At times of war, we’re all the losers, there’s no victory
 We’ll shoot to kill and kill your lover, fine by me
 War child, victim of political pride
 Plant the seed, territorial greed
 Mind the war child, we should mind the war child
 I spent last winter in New York, and came upon a man
 He was sleeping on the streets and homeless,
 he said “I fought in Vietnam”
 Beneath his shirt he wore the mark, he bore the bark with 
[pride
 A two inch deep incision carved, into his side
 Who’s the loser now, eh?
 Who’s the loser now, eh?
 We’re all losers now
 We’re all losers now
THE CRANBERRIES. Disponível em: http://www.songfacts.com. 
Acesso em: 08 fev. 2018
Milhares de fãs de Dolores O’Riordan, da banda The 
Cranberries, se despediram da vocalista em uma cerimônia 
na Igreja St. Joseph, na cidade de Limerick, na Irlanda. A 
cantora foi encontrada morta, em 15 de janeiro de 2018, em 
um quarto de hotel. Com base na canção de sua autoria, o 
eu lírico
 A afirma que, em uma guerra, as crianças acabam se tor-
nando vítimas do orgulho político e da cobiça territorial.
 B critica os veteranos de guerra por terem tirado a vida de 
tantas crianças inocentes durante o conflito no Vietnã.
 C reconhece que não há mais nada que a sociedade possa 
fazer para evitar o impacto da guerra sobre as crianças.
 D admite que, em todo e qualquer conflito armado, existem 
sempre os perdedores e aqueles que saem vencedores.
 E retrata o cotidiano das crianças que se tornam órfãs de 
guerra, tornando-se “invisíveis” aos olhos da sociedade 
civil.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01
Romanos usaban redes sociales hace 2000 años
Cuando haces un tweet o comentas un post de uno de 
tus muchos amigos en Facebook, es probable que sientas el 
privilegio de vivir en una época de la historia donde podemos 
acceder inmediatamente a una vasta red de contactos a 
través de un simple clic en el botón “enviar”.
Quizá también reflexiones sobre cómo las 
generaciones pasadas podían vivir sin las redes sociales, 
carentes de la capacidad de ver y ser vistas, de recibir, 
de generar e interactuar con una enorme cantidad de 
información.
Pero lo que quizá desconozcas es que los seres 
humanos ya utilizaban herramientas de interacción social 
desde hace más de dos mil años. Así lo afirma Tom Standage, 
autor del libro Writing on the Wall – Social Media, The first 
2.000 Years (Escribiendo en el muro – medios sociales, los 
primeros 2000 años, en traducción libre).
En el libro, Standage, quien es editor de contenido del 
sitio de la revista británica The Economist, dice que las redes 
sociales como Facebook, Twitter y Tumblr podrían ser la 
última encarnación de una práctica que comenzó alrededor 
del año 51 antes de Cristo, en la antigua Roma.
Según Standage, Marco Tulio Cicerón, filósofo y 
político romano, habría sido, junto con otros miembros de la 
élite romana, precursor del uso de redes sociales. El autor 
relata la forma en que Cicerón utilizaba un esclavo, que más 
tarde se convirtió en su escribano, para escribir mensajes 
en rollos de papiro que eran enviados a una especie de red 
de contactos. Estas personas, a su vez, copiaban el texto, 
añadían sus propias observaciones y volvían a pasarlo.
Además del papiro, otra plataforma comúnmente 
utilizada por los romanos era una tablilla de cera del tamaño 
y forma de una tablet moderna, en la que escribían sus 
mensajes, preguntas o transmitían los principales puntos de 
acción diurna, un “periódico” expuesto diariamente en el Foro 
de Roma conteniendo un resumen de los debates políticos, 
anuncios de vacaciones, de nacimientos y de muertes, y otra 
información oficial.
Disponível em: https://marcianosmx.com/romanos-usaban-redes-sociales-
2000-anos/ Acesso em: 6 abr. 2018 (adaptado)
Na reportagem, há uma comparação entre tecnologias 
de comunicação antigas e atuais. Quanto ao gênero 
mensagem, identifica-se como característica que perdura 
ao longo dos tempos o(a)
 A imediatismo das respostas.
 B compartilhamento de informações.
 C interferência direta de outros no texto original.
 D recorrência de seu uso entre membros da elite.
 E perfil social dos envolvidos na troca comunicativa.
LC - 1º dia | Página 5OSG.: 1420/18
2018
QUESTÃO 02
“Ser ama de casa no es trabajar”, el mensaje de 
Facebook que se ha hecho viral
La polémica no es nueva. El trabajo que una madre 
desempeña en casa a tiempo completo y el reconocimiento 
de esa jornada laboral es una de las luchas constantes en lo 
que a conciliación se refiere. Y la reivindicación que Ryshell 
Castleberry, un tatuador de Florida, ha hecho en Facebook 
del trabajo que las madres desempeñan a diario, tampoco. 
Esta es la rutina diaria de muchas mujeres en todo el mundo, 
empieza por la mañana y continúa hasta altas horas de la 
noche... ¿A esto se le llama “no trabajar”? Ser ama de casa 
no tiene diplomas, ¡pero tiene un papel clave en la vida de 
la familia! Disfruta y aprecia a tu esposa, madre, abuela, tía, 
hermana, hija... porque su sacrificio no tiene precio. Alguien 
le preguntó... “¿Eres una mujer que trabaja o eres solo ‘ama 
de casa’?”. Ella respondió: “Yo trabajo como esposa del 
hogar, 24 horas al día.”
Disponível em: https://tinyurl.com/y7zo2e7f 
Acesso em: 5 abr. 2018 (adaptado)
Por meio de recursos linguísticos, os textos mobilizam 
estratégias para introduzir ou promover a progressão do 
tema. No fragmento transcrito, um novo aspecto do tema, 
dando ideia opositiva, é introduzido pela expressão 
 A “esta es la rutina”.
 B “a esto”.
 C “le preguntó”.
 D “de esa jornada”.
 E “pero”.
QUESTÃO 03
Essa imagem foi criada para uma campanha publicitária 
de conscientização sobre a violência contra a mulher. A 
propaganda foi feita para informar que
 A as mães sofrem por terem dificuldade, até hoje, de cuidar 
de seus filhos.
 B o trabalho feminino encontra-se ameaçado pela perse-
guição machista.
 C o papel masculino é simplista na hora da educação formal 
dos seus filhos.
 D a hostilidade à mulher acontece de forma física e verbal.
 E a agressão à mulher é um fenômeno social que continua 
existindo.
QUESTÃO 04
El quechua es la lengua nativa de mayor uso en 
Sudamérica, se extendió desde el norte de Argentina hasta 
el Sur de Colombia, abarcando los actuales territorios de 
Ecuador, Perú y Bolivia. El cronistaBernabé Cobo sostuvo 
que se hablaron más de 2,000 dialectos en el imperio del 
Tahuantinsuyo; Guamán Poma nombró 15 idiomas. 
Actualmente, los estudios señalan que hubo muchas 
lenguas en el Imperio de los Incas. Los chachapoyas tuvieron 
su propio idioma, también los Conchucos, los Huancas, los 
Cholonas de la hoya del Huallaga, los Huánucos, Yauyos, 
Lucanas Chancas, Pocras, Collas, los pueblos de Quito, 
Chile y Tucumán, etc. Sin embargo, hay la lengua más 
relevante que todas las anteriores que es el quechua o Runa 
Simi (boca del hombre), fue la lengua más extendida en el 
Imperio de los incas y se habla hasta hoy en países como 
Perú y Bolivia; y por si o lo sabía hay más de 12 millones de 
personas quechua-hablantes en Sudamérica. Un idioma que 
lejos de desaparecer, hecha nuevas raíces.
Disponível em: https://tinyurl.com/y7jrao9n/ Acesso em: 3 abr. 2018 (adaptado).
Diante das informações citadas no texto acima, o título 
apropriado para ele seria:
 A “El quechua, la lengua más hablada actualmente”.
 B “El quechua, la lengua recién hecha”. 
 C “El quechua, estrategias para aprenderla”.
 D “El quechua es el idioma de los incas”.
 E “El quechua ha dominado toda América”.
QUESTÃO 05
Para ser español hay que ser maleducado, según 
‘The Times’
Ni por favor ni gracias. A gritos con los camareros y 
ensuciando el suelo de los bares con todo aquello que no se 
pueda comer o beber. Por no hablar de hábitos alimenticios 
como desayunar sobrasada o comer durante tres horas 
antes de echar una siesta. El esbozo que un periodista 
escribió en el especial de The Sunday Times del 21 de enero, 
sobre ‘Cómo ser español’ no ha sido muy bien recibido en 
las redes sociales. Tal ha sido el enfado generado que Chris 
Haslam ha pedido disculpas por su reportaje, que asegura 
que escribió en tono humorístico. Debemos siempre estar 
dispuestos a ser disculpones cuando cometemos algún fallo.
Disponível em: https://tinyurl.com/ycd6aaqa Acesso em: 5 abr. 2018 (adaptado).
O texto mostra a reação de leitores a uma matéria depois 
de ela ter sido veiculada no The Sunday Times, no dia 21 de 
janeiro, sobre “Como ser espanhol”. Diante desse problema, 
o autor utiliza o vocábulo “disculpones”, referindo-se
 A à falta de sensibilidade dos turistas na Espanha.
 B à escassez de educação no país.
 C à intransigência dos jornais.
 D ao reconhecimento de um erro.
 E ao excesso de críticas em jornais espanhóis.
LC - 1º dia | Página 6 OSG.: 1420/18
2018
Questões de 06 a 45
QUESTÃO 06
Quando morre algum dos seus põem-lhe sobre a 
sepultura pratos,cheios de viandas, e uma rede (...) mui bem 
lavada. Isto, porque creem, segundo dizem, que depois que 
morrem tornam a comer e descansar sobre a sepultura. 
Deitam-nos em covas redondas, e, se são principais, 
fazem-lhes uma choça de palma. Não têm conhecimento 
de glória nem inferno, somente dizem que depois de morrer 
vão descansar a um bom lugar. (...) Qualquer cristão, que 
entre em suas casas, dão-lhe a comer do que têm, e uma 
rede lavada em que durma. São castas as mulheres a seus 
maridos.
Padre Manuel da Nóbrega
O texto, escrito no Brasil colonial,
 A pertence a um conjunto de documentos da tradição his-
tórico literária brasileira, cujo objetivo principal era apre-
sentar à metrópole as características da colônia recém-
-descoberta.
 B já antecipa, pelo tom grandiloquente de sua linguagem, 
a concepção idealizadora que os românticos brasileiros 
tiveram do indígena.
 C é exemplo de produção tipicamente literária, em que o 
imaginário renascentista transfigura os dados de uma re-
alidade objetiva.
 D é exemplo característico do estilo árcade, na medida em 
que valoriza poeticamente o “bom selvagem”, motivo re-
corrente na literatura brasileira do século XVIII.
 E insere-se num gênero literário específico, introduzido nas 
terras americanas por padres jesuítas com o objetivo de 
catequizar os indígenas brasileiros.
QUESTÃO 07
Meus brinquedos...
Coquilhos de palmeira.
Bonecas de pano.
Caquinhos de louça.
Cavalinhos de forquilha.
Viagens infindáveis...
Meu mundo imaginário
mesclado à realidade.
 
E a casa me cortava: “menina inzoneira!”
Companhia indesejável – sempre pronta
a sair com minhas irmãs,
era de ver as arrelias
e as tramas que faziam
para saírem juntas
e me deixarem sozinha,
sempre em casa.
CORALINA, C. Minha Infância. In: Melhores poemas de Cora Coralina.
3. ed. São Paulo: Global, 2008. p. 97.
GREENWAY, K. Cabra-cega, cartão-postal (1889). In: PROENÇA, G. 
História da arte. 17. ed. São Paulo: Ática, 2008. p. 187.
O fragmento poético e a imagem entabulam diálogo ao 
retratarem episódios da infância,
 A transcorrida em brincadeira coletiva no fragmento e em 
brincadeira individual na imagem. 
 B que se afigura como um período infeliz e irrealizado tanto 
no fragmento quanto na imagem. 
 C que se mostra problematizada de modo realista no frag-
mento e feliz e idealizada na imagem. 
 D que se afigura como uma etapa plena de realizações tan-
to no fragmento quanto na imagem. 
 E transcorrida em brincadeiras solitárias e enfadonhas tan-
to no fragmento quanto na imagem. 
LC - 1º dia | Página 7OSG.: 1420/18
2018
QUESTÃO 08
TEXTO I
Longe de tudo, locais como a Ilha de Páscoa, a Ilha 
de Socotorá, no Iêmen, a Floresta Amazônica e a Montanha 
Gangkhar Puensum, no reino de Butão, abrigam espécies de 
plantas e animais que você praticamente só vai ver lá. Além 
disso, a paisagem intocada e os mistérios que envolvem 
muitos anos de existência e poucos de exploração pelo 
homem são um ótimo motivo para você querer conhecer os 
lugares mais remotos do planeta.
Disponível em: http://www.pureviagem.com.br/noticia/os-lugares-mais-
remotos-do-planeta_a15089/1
TEXTO II
Depois andou o Capitão para cima ao longo do rio, 
que corre sempre chegado à praia. Ali esperou um velho, 
que trazia na mão uma pá de almadia. Falava, enquanto 
o Capitão esteve com ele, perante nós todos, sem nunca 
ninguém o entender, nem ele a nós quantas coisas que 
lhe demandávamos acerca de ouro, que nós desejávamos 
saber se na terra havia.
Trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha.
Apesar dos séculos que separam os dois textos, há entre 
eles aspectos semelhantes quanto ao seu conteúdo. O item 
que indica tal semelhança é:
 A A frequência com que as pessoas visitam os lugares ci-
tados.
 B A frequente exploração humana, tornando os lugares 
hostis.
 C A importância da floresta Amazônica para o explorador.
 D Lugares que despertam a atenção do explorador pela flo-
ra e pela fauna.
 E A importância do ouro e da prata para o explorador.
QUESTÃO 09
Assum preto
Tudo em vorta é só beleza
Sol de abril e a mata em frô
Mas assum preto, cego dos óio
Num vendo a luz, ai, canta de dor
Tarvez por ignorança
Ou mardade das pió
Furaro os óio do assum preto
Pra ele assim, ai, cantá mió
Assum preto veve sorto
Mas num pode avuá
Mil veiz a sina de uma gaiola
Desde que o céu, ai, pudesse oiá
GONZAGA, L.; TEIXEIRA, H. Disponível em:
www.luizgonzaga.mus.br. Acesso em: 30 jul. 2012 (fragmento).
O texto Assum preto traz marcas bem expressivas da 
variante linguística
 A diastrática, pelo uso de jargões.
 B diafásica, por ser um texto inserido em um contexto es-
pecífico.
 C diatópica, pela presença de marcas regionalistas.
 D diacrônica, por fazer uso recorrente de arcaísmos.
 E diacrônica, pela sintonia com os neologismos de uso cor-
rente no português brasileiro.
QUESTÃO 10
A Literatura no Brasil nasceu a partir dos primeiros 
escritos de viajantes europeus que documentavam 
informações sobre a terra recém-colonizada. Embora 
alguns teóricos defendam que esses primeiros escritos 
não possam ser considerados Literatura, oficialmente, por 
estarem demasiadamente presos à crônica histórica, são 
compreendidos como o ponto de partida para aformação de 
nossa identidade literária e cultural.
Dalmo Rosanno
Quanto ao conteúdo desta Literatura e o momento de sua 
produção, o fragmento lido refere-se principalmente ao que 
denominamos
 A Literatura Clássica de vertente europeia.
 B Literatura Jesuítica do Brasil colonial.
 C Literatura Barroca de teor antropocêntrico.
 D Literatura Informativa ou dos viajantes.
 E Literatura Árcade antibucólica.
LC - 1º dia | Página 8 OSG.: 1420/18
2018
QUESTÃO 11
TEXTO I
BANKSY. Disponível em: www.banksy.co.uk. Acesso em: 4 ago. 2012. 
TEXTO II
Só Deus pode me julgar
Soldado da guerra a favor da justiça
Igualmente por aqui é coisa fictícia
Você ri da minha roupa, ri do meu cabelo
Mas tenta me imitar se olhando no espelho
Preconceito sem conceito que apodrece a nação
Filhos do descaso mesmo pós-abolição
MV BILL. Declaração de guerra. Manaus: BMG, 2002 (fragmento).
O trecho do rap e o grafite evidenciam o papel social das 
manifestações artísticas e provocam a
 A consciência do público sobre as razões da desigualdade 
social. 
 B rejeição do público-alvo à situação representada nas 
obras. 
 C reflexão contra a indiferença nas relações sociais de for-
ma contundente. 
 D ideia de que a igualdade é atingida por meio da violência. 
 E mobilização do público contra o preconceito racial em 
contextos diferentes. 
QUESTÃO 12
A pintura barroca integra o conjunto de manifestações 
artísticas ocorridas no período denominado Barroco. Esse 
período começou por volta de 1600, em Roma, e espalhou-
se por toda a Europa. Ela é marcada pelo estilo religioso, 
dramático, com a clara demonstração do estado emocional 
e apelo aos sentidos. A obra que melhor representa esse 
período artístico é
 A
 
 São Francisco de Assis em êxtase, Caravaggio, 1595. 
 B
 Davi, de Michelangelo, 1501-1504.
 C
 A criação de Adão, Michelangelo, 1511.
 D
 Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, 1503.
 E
 Madona Sistina, de Rafael Sanzio, 1512.
LC - 1º dia | Página 9OSG.: 1420/18
2018
QUESTÃO 13
LAERTE. Longe de mim ter preconceito, mas... 
Disponível em: http://www.guiadasemana.com.br. 
Acesso em: 21 set. 2016.
Levando em consideração os elementos verbais e não 
verbais da charge e tomando como ponto de partida o 
discurso “longe de mim ter preconceito, mas...”, o conectivo 
“mas” apresenta, como efeito de sentido,
 A o contrassenso dos questionamentos presentes no dis-
curso da interlocutora do indivíduo, que defende sua tese 
quanto ao que é transgressão das leis. 
 B uma restrição feita pela jovem ao ponto de vista explici-
tado pelo homem em relação ao tratamento dispensado 
aos homoafetivos ou aos heteroafetivos. 
 C a contradição na própria lógica argumentativa do perso-
nagem que generaliza a ideia de crime, sem o encade-
amento de premissas plausíveis para que delas se tire 
uma conclusão cabível. 
 D uma ressalva apresentada pela mulher diante da opinião 
emitida pelo falante que se pronunciou primeiro sobre a 
forma como a sociedade vê a homoafetividade. 
 E uma oposição ao conceito de gênero enunciado pela voz 
masculina e o manifesto na contra-argumentação da ou-
vinte. 
QUESTÃO 14
MEIRELLES, V. Moema, 1866. 
Apesar de construído no período romântico, a obra acima 
dialoga tematicamente com os(as)
 A descrições paradoxais da gênese da nação portuguesa.
 B poesias simbolistas do final do século XIX.
 C representações dos indígenas como vilões.
 D poemas épicos do Arcadismo brasileiro.
 E sermões barrocos que discutiam as relações entre Portu-
gal e Espanha.
QUESTÃO 15
14 coisas que você não deve jogar na privada
Nem no ralo. Elas poluem rios, lagos e mares, o que 
contamina o ambiente e os animais. Também deixa mais 
difícil obter a água que nós mesmos usaremos. Alguns 
produtos podem causar entupimentos:
• cotonete e fio dental;
• medicamento e preservativo;
• óleo de cozinha;
• ponta de cigarro;
• poeira de varrição de casa;
• fio de cabelo e pelo de animais;
• tinta que não seja à base de água;
• querosene, gasolina, solvente, tíner.
Jogue esses produtos no lixo comum. Alguns deles, 
como óleo de cozinha, medicamento e tinta, podem ser 
levados a pontos de coleta especiais, que darão destinação 
final adequada.
MORGADO, M.; EMASA. Manual de etiqueta. Planeta sustentável,
jul.-ago. 2013 (adaptado).
Além da função conativa, revelada pela presença de 
pronomes de contato com o leitor e de verbos no imperativo, 
o texto também apresenta a função
 A poética, uma vez que se vale da conotação.
 B expressiva, por conter reflexões propostas acerca do au-
tor do texto.
 C metalinguística, por trazer uma estrutura textual próxima 
do verbete.
 D referencial, uma vez que possui natureza informativa.
 E fática, pela ênfase no canal de comunicação com o leitor.
LC - 1º dia | Página 10 OSG.: 1420/18
2018
QUESTÃO 16
Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão
Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraíso se mudou para lá
Por cima das casas, cal
Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real
Toda gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá
(...)
Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar
Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E essa canção
Tem um verdadeiro amor
Para quando você for
(...)
Disponível em: http://tinyurl.com/muth987. Acesso em: 1º set. 2014.
A letra da música Vilarejo apresenta-nos um lugar
 A inóspito, tedioso, no qual seus habitantes precisam ser 
heróis para sobreviver. 
 B misterioso, distante e belo, onde os autores passaram a 
maior parte da adolescência. 
 C idealizado e maravilhoso, onde a felicidade e a harmonia 
são vivenciadas em plenitude. 
 D tranquilo e feliz, embora os estrangeiros vivam em comu-
nidades isoladas. 
 E selvagem e de natureza exuberante, que fica na divisa 
entre a Palestina e Shangri-lá. 
QUESTÃO 17
TEXTO I
Vós, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os 
pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, 
porque quer que façam na terra o que faz o sal. O efeito do sal 
é impedir a corrupção; mas quando a terra se vê tão corrupta 
como está a nossa, havendo tantos nela que têm ofício de 
sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção? 
Ou é porque o sal não salga, ou porque a terra se não deixa 
salgar. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores não 
pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não deixa 
salgar e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que lhes 
dão, a não querem receber. Ou é porque o sal não salga, e 
os pregadores dizem uma cousa e fazem outra; ou porque a 
terra se não deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar 
o que eles fazem, que fazer o que dizem. Ou é porque o sal 
não salga, e os pregadores se pregam a si e não a Cristo; 
ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, em vez 
de servir a Cristo, servem a seus apetites. Não é tudo isto 
verdade? Ainda mal!
Padre Antônio Vieira (1608-1697) foi missionário, pregador, 
diplomata, político e escritor.
TEXTO II
PESQUISA:
O SENHOR ACHA QUE
O BRASIL É UM PAÍS
DE CORRUPTOS?
MAS ACEITO
PROPINA PRA
DIZER QUE
SIM!!!
NÃO!!!
DUKE. Disponível em: www.dukechargista.com.br
Comparando os dois textos e considerando o momento 
histórico de ambos, podemos inferir que
 A Padre Antônio Vieira, por ser conceptista, utilizava em 
seus sermões um fato real para inflamar o ouvinte, cha-
mando-o ao dever de refletir e agir.
 B apesar de pertencerem a gêneros diferentes, o texto II rei-
tera a ideia principal do texto I, uma vez que a corrupção 
excede os valores morais.
 C para compreender o texto I, é necessário ter umconheci-
mento intertextual com a Bíblia que cita o sal como metá-
fora para uma visão positiva da vida.
 D a função do sal descrita no texto I é ratificada no texto II, 
o que leva à decepção do homem que faz a pesquisa.
 E a constante repetição de palavras do texto I confirma um 
estilo literário muito específico do momento histórico em 
que foi escrito.
LC - 1º dia | Página 11OSG.: 1420/18
2018
QUESTÃO 18
Tarefa
Morder o fruto amargo e não cuspir
Mas avisar aos outros quanto é amargo
Cumprir o trato injusto e não falhar
Mas avisar aos outros quanto é injusto
Sofrer o esquema falso e não ceder
Mas avisar aos outros quanto é falso
Dizer também que são coisas mutáveis…
E quando em muitos a não pulsar
— do amargo e injusto e falso por mudar —
então confiar à gente exausta o plano
de um mundo novo e muito mais humano.
CAMPOS, G. Tarefa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981.
Pela sua natureza e pela sua estrutura, percebe-se, na 
organização do texto, o predomínio da função da linguagem
 A referencial, com foco no assunto.
 B conativa, voltada ao apelo ao leitor.
 C poética, centrada na mensagem.
 D emotiva, com foco nos sentimentos do eu lírico.
 E metalinguística, pela natureza autorreflexiva do código 
empregado.
QUESTÃO 19
Prova realizada pela pr
i-
meira vez nas capitais 
de to-
do o país revelou que 4
3,6%
dos alunos que concl
uíram
o 3° ano do fundam
ental
não sambem ler e 46%
não
aprenderam a escr
ever.
DEVE ESTAR
ESCRITO:
‘‘QUEREMOS
APRENDER
A LER E
ESCREVER’’.
Com base na leitura da charge, é possível depreender que
 A ler e escrever são atividades fundamentais que depen-
dem, exclusivamente, dos ensinamentos propiciados 
pela escola. 
 B as práticas de leitura e de escrita da vida cotidiana são 
muito diferentes das escolares, o que produz estudantes 
bem preparados. 
 C não basta ter acesso à escola, mas ter direito a uma apro-
priação de conhecimentos que garantam uma aprendiza-
gem efetiva. 
 D a leitura de bons livros contribui para a formação do leitor, 
embora os estudantes não precisem dominar a escrita. 
 E os estudantes desejam aprender a ler e a escrever e con-
seguem atingir esse objetivo. 
QUESTÃO 20
A terra é mui graciosa,
Tão fértil eu nunca vi.
A gente vai passear,
No chão espeta um caniço,
No dia seguinte nasce
Bengala de castão de oiro.
Tem goiabas, melancias,
Banana que nem chuchu.
Quanto aos bichos, tem-nos muito,
De plumagens mui vistosas.
Tem macaco até demais
Diamantes tem à vontade
Esmeralda é para os trouxas.
Reforçai, Senhor, a arca,
Cruzados não faltarão,
Vossa perna encanareis,
Salvo o devido respeito.
Ficarei muito saudoso
Se for embora daqui.
MENDES, M. Murilo Mendes: 
poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
No poema de Murilo Mendes, onde há um diálogo com a Carta 
de Pero Vaz de Caminha, nota-se a mistura de arcaísmos 
e termos coloquiais criando um efeito de contraste, como 
exemplificado em
 A “Espeta” / “À vontade”.
 B “Mui” / “Oiro”.
 C “Mui” / “Trouxas”.
 D “Tem” / “Macaco”.
 E “Bichos” / “Plumagens”.
QUESTÃO 21
Nunca demorou tanto a conta, nem ela cresceu tanto, 
como agora; e, a rigor, o credor não lhe punha a faca aos 
peitos; mas disse-lhe hoje uma palavra azeda, com um gesto 
mau, e Honório quer pagar-lhe hoje mesmo.
ASSIS, M. A carteira.
No texto, o emprego do conectivo “mas”
 A enfatiza uma relação de casualidade.
 B reforça a concessividade entre as ações expostas.
 C articula a oposição entre ações.
 D anula o teor antagônico dos fatos.
 E reitera o caráter metalinguístico do texto.
LC - 1º dia | Página 12 OSG.: 1420/18
2018
QUESTÃO 22
O QUE VOCÊ QUER
PERGUNTAR,
SUSANITA?
SÓ VOCÊ PODE FAZER
PERGUNTAS? VOCÊ PENSA
QUE É MELHOR? HEIN? POR
ACASO EU NÃO POSSO TER
AS MINHAS PERGUNTAS?
AH, É? E QUANDO VOCÊ
FICA PERGUNTANDO
POR QUE O MUNDO NÃO SEI
O QUE E POR QUE A GUERRA
NÃO SEI O QUE LÁ?
HEIN?
É A PERGUNTA
MAIS ESTÚPIDA
QUE EU OUVI EM
TODA MINHA VIDA,
SUSANITA!
POR QUE NESTE PAÍS OS
OPERÁRIOS SÃO TÃO
POBRES E NÃO SÃO COMO
OS DOS EUA, QUE SÃO
LOUROS, LINDOS
E TÊM CARRO?
Disponível em: http://tirinhasfilosoficas.blogspot.com.br
Acesso em: 31 out. 2016.
Na tirinha acima, ao perguntar “Você pensa que é melhor?”, 
Susanita
 A expressa seu interesse pelas guerras que acontecem no 
mundo. 
 B deixa implícito que é melhor que Mafalda. 
 C quer reivindicar seu direito de questionar a realidade. 
 D revela que Mafalda deveria refletir melhor sobre os pro-
blemas da atualidade. 
 E revela sua admiração por Mafalda se preocupar com 
questões políticas. 
QUESTÃO 23
ALEIJADINHO. Cristo no Horto das Oliveiras, na Via-Sacra de 
Congonhas.
O estilo de Aleijadinho é a modelagem das imagens sacras 
com expressões populares, rompendo com o estilo europeu, 
que apresentava os santos com feições belas e harmoniosas. 
Acerca da obra de Aleijadinho, depreende-se que o(a)
 A artista utiliza modelos inspirados na arte renascentista, 
marcada pela linearidade, pela presença de linhas incisi-
vas e contornos claros.
 B Barroco, surgido na Europa no início do século XVII, foi 
um estilo que deu continuidade ao Classicismo, do Re-
nascimento, cujas bases conceituais giravam em torno 
da simetria, da contenção, da racionalidade e do equilí-
brio formal.
 C correta compreensão do Barroco nas artes não pode ser 
conseguida pela análise de obras ou artistas individuais, 
mas sim do estudo do seu contexto cultural e das estru-
turas arquitetônicas que foram erguidas no período da 
Contrarreforma.
 D Cristo construído por Aleijadinho reitera as características 
do Barroco, como a dramaticidade e o drapeado das ves-
tes em formas geométricas, oferecendo textura à peça e 
revelando a aposta no estímulo sensorial do observador.
 E linguagem da arte barroca, assim como a escultura desse 
período, defende uma ideia racional e equilibrada do ho-
mem desse período.
QUESTÃO 24
PRODUTORES DE PETRÓLEO VÃO SE REUNIR EM ABRIL PARA DISCUTIR CONGELAMENTO.
AO QUE PARECE NEM TODO MUNDO
ENTENDEU O NOSSO MEMORANDO.
A partir da análise do conteúdo observado, nota-se que o 
humor da tira acima se concentra no(a)
 A desapontamento do presidente da reunião, ao constatar 
um “ruído” na comunicação interna da empresa, devido 
à limitada capacidade interpretativa por parte dos subor-
dinados. 
 B fala irônica do superior de uma empresa, criticando a falta 
de compreensão, por parte de seus funcionários, de uma 
linguagem figurada num memorando. 
 C providência tomada por um dos participantes da reunião, 
depois de ter feito uma leitura literal de um memorando. 
 D repreensão enérgica do dirigente, dirigida a um dos ele-
mentos da palestra, por não entender mensagem ambí-
gua utilizada em informativo. 
 E crítica subjacente no discurso do falante, direcionada a 
um dos presentes na reunião, por desconhecer jargão 
comercial em aviso da empresa. 
LC - 1º dia | Página 13OSG.: 1420/18
2018
QUESTÃO 25
A vós correndo vou, braços sagrados,
Nessa cruz sacrossanta descobertos
Que, para receber-me, estais abertos,
E, por não castigar-me, estais cravados.
A vós, divinos olhos, eclipsados
De tanto sangue e lágrimas abertos,
Pois, para perdoar-me, estais despertos,
E, por não condenar-me, estais fechados.
A vós, pregados pés, por não deixar-me,
A vós, sangue vertido, para ungir-me,
A vós, cabeça baixa, p’ra chamar-me
A vós, lado patente, quero unir-me,
A vós, cravos preciosos, quero atar-me,
Para ficar unido, atado e firme.
O poema lido pertence
 A à lírica GRACIOSA de Gregório de Matos, poeta barroco.
 B à lírica FILOSÓFICA de Gregório de Matos, poeta bar-
roco.
 C à lírica SATÍRICA de Gregório de Matos, poeta barroco.
 D à lírica SACRA de Gregório de Matos, poeta barroco.
 E à líricaFECENINA de Gregório de Matos, poeta barroco.
QUESTÃO 26
Que país é esse?
Nas favelas, no Senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a Constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
No Amazonas, no Araguaia, na Baixada Fluminense
No Mato Grosso, Minas Gerais e no Nordeste tudo 
[em paz
Na morte eu descanso, mas o sangue anda solto
Manchando os papéis, documentos fiéis
Ao descanso do patrão
Disponível em: https://www.vagalume.com.br/legiao-urbana/
quepais-e-esse.html
Na letra da canção, predomina um tipo de linguagem que 
valoriza e tenta se comunicar com um ouvinte de registro 
 A urbano, crítico, coloquial.
 B urbano, culto, formal.
 C rural, crítico, formal.
 D rural, reflexivo, coloquial.
 E universal, culto, formal.
QUESTÃO 27
Ao se apossarem do novo território, os europeus 
ignoraram um universo de antiga sabedoria, povoado por 
homens e bens unidos por um sistema integrado. A recusa 
em se inteirar dos valores culturais dos primeiros habitantes 
levou-os a uma descrição simplista desses grupos e à sua 
sucessiva destruição.
Na verdade, não existe uma distinção entre a nossa 
arte e aquela produzida por povos tecnicamente menos 
desenvolvidos. As duas manifestações devem ser encaradas 
como expressões diferentes dos modos de sentir e pensar 
das várias sociedades, mas também como equivalentes, por 
resultarem de impulsos humanos comuns.
SCATAMACHIA, M. C. M. In: AGUILAR, N. (Org.). Mostra do 
redescobrimento: arqueologia. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo 
– Associação Brasil 500 anos artes visuais, 2000.
Segundo o texto, não há distinção entre as manifestações 
artísticas produzidas pelos colonizadores e pelos colonizados, 
pois ambas compartilham o(a)
 A estrutura formal.
 B suporte estético.
 C insumo tecnológico.
 D base sociológica.
 E referencial conteudístico.
LC - 1º dia | Página 14 OSG.: 1420/18
2018
QUESTÃO 28
GRAVURA 1
Propaganda da Sadia
GRAVURA 2 GRAVURA 3
A Sadia veiculou em meados de 2008, em uma propaganda, 
que a vida com “S” é melhor – “S” de Sadia / “S” de felicidade / 
“S” de plural / amigo vira amigos / família vira famílias / 
porque tudo na vida que é bom tem “S”. O efeito desta 
propaganda foi maravilhoso e suscitou várias considerações 
linguísticas pertinentes. Assim, infere-se que
 A o “S” da Sadia indica plural, e muitas palavras em língua 
portuguesa são usadas somente no plural por serem 
marcas linguísticas de felicidade, contentamento, como 
férias e parabéns.
 B não houve correlação nenhuma do “S” de Sadia com a 
língua portuguesa na propaganda mensurada.
 C a letra “S” foi simplesmente um indicativo de que Sadia 
tem “S” e Perdigão (a concorrente) não, apesar da fusão 
entre as empresas ter ocorrido posteriormente.
 D as gravuras não refletem a ideia da propaganda, todas 
estão em um foco contraditório e não possuem relação 
textual gradativa.
 E na gravura 3, a expressão de tristeza da mascote da 
campanha revela o seu desprezo pelo produto e auxilia o 
crescimento da marca rival.
QUESTÃO 29
CALVIN, SUA MÃE E EU
DECIDIMOS QUE VOCÊ
VAI GANHAR UMA
MESADA.
ISSO É IMPORTANTE
PORQUE VAI TE ENSINAR
O VALOR DO DINHEIRO.
DINHEIRO! HA HA HA !
ESTOU RICO! ESTOU RICO!
EU POSSO COMPRAR
QUALQUER UM!
O MUNDO É MEU!
EU DESISTO
DE NOVO,
QUERIDA.
PODER! AMIGOS!
PRESTÍGIO!
EU POSSO COMPRAR TUDO!
SOU LIVRE!
HA HA HA HA!
Tirinhas do Calvin. Disponível em: https://www.google.com.br.
Acesso em: 5 set. 2013.
Segundo o que se depreende da tirinha acima, é possível 
inferir que
 A os pais de Calvin querem ensinar-lhe, pela primeira vez, 
a valorizar o dinheiro. 
 B Calvin precisa muito de dinheiro para obter coisas, como 
prestígio, poder e amigos. 
 C Calvin precisa de dinheiro para ser livre e comprar as pes-
soas e o mundo todo. 
 D Com a mesada, Calvin aprendeu a valorizar o dinheiro e 
a não gastar com bobagens. 
 E os pais de Calvin sempre quiseram ensinar-lhe a valorizar 
o dinheiro, sem sucesso. 
QUESTÃO 30
A História, mais ou menos
Negócio seguinte. Três reis magrinhos ouviram um plá 
de que tinha nascido um Guri. Viram o cometa no Oriente e tal 
e se flagraram que o Guri tinha pintado por lá. Os profetas, que 
não eram de dar cascata, já tinham dicado o troço: em Belém, 
da Judeia, vai nascer o Salvador, e tá falado. Os três magrinhos 
se mandaram. Mas deram o maior fora. Em vez de irem direto 
para Belém, como mandava o catálogo, resolveram dar uma 
incerta no velho Herodes, em Jerusalém. Pra quê! Chegaram 
lá de boca aberta e entregaram toda a trama. Perguntaram: 
Onde está o rei que acaba de nascer? Vimos sua estrela no 
Oriente e viemos adorá-lo. Quer dizer, pegou mal. Muito mal. 
O velho Herodes, que era um oligão, ficou grilado. Que rei era 
aquele? Ele é que era o dono da praça. Mas comeu em boca 
e disse: Joia. Onde é que esse guri vai se apresentar? Em que 
canal? Quem é o empresário? Tem baixo elétrico? Quero saber 
tudo. Os magrinhos disseram que iam flagrar o Guri e na volta 
dicavam tudo para o coroa. 
VERISSIMO, L. F. O nariz e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1994.
Na crônica de Luis Fernando Verissimo, o contraste entre o 
tema abordado e a linguagem utilizada gera o efeito de
 A humor, sobretudo pela informalidade.
 B crítica, pelo uso recorrente da ironia.
 C sátira, na construção de uma severa crítica social.
 D paródia, pela fidelidade ao texto bíblico.
 E reflexão, pelo alto grau de criticidade empregado.
LC - 1º dia | Página 15OSG.: 1420/18
2018
QUESTÃO 31
Soneto VII
Onde estou? Este sítio desconheço:
Quem fez tão diferente aquele prado?
Tudo outra natureza tem tomado;
E em contemplá-lo tímido esmoreço.
Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço
De estar a ela um dia reclinado:
Ali em vale um monte está mudado:
Quanto pode dos anos o progresso!
Árvores aqui vi tão florescentes,
Que faziam perpétua a primavera:
Nem troncos vejo agora decadentes.
Eu me engano: a região esta não era;
Mas que venho a estranhar, se estão presentes
Meus males, com que tudo degenera!
COSTA, C. M. Poemas. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. 
Acesso em: 7 jul. 2012.
O poema de Cláudio Manuel da Costa apresenta o eu lírico 
em uma postura contemplativa e reflexiva em relação ao 
cenário de sua terra natal. Tal postura configura a presença 
da função da linguagem
 A expressiva, pelo tom confessional.
 B conativa, pela presença da reflexão.
 C metalinguística, pelo teor intertextual.
 D poética, pela negação da metáfora.
 E fática, pelo bloqueio do próprio ato comunicativo.
QUESTÃO 32
TEXTO I
A minha estada na Bruzundanga foi demorada e 
proveitosa. O país, no dizer de todos, é rico, tem todos os 
minerais, todos os vegetais úteis, todas as condições de 
riqueza, mas vive na miséria. De onde em onde, faz uma 
“parada” feliz e todos respiram. As cidades vivem cheias de 
carruagens; as mulheres se arreiam de joias e vestidos caros; 
os cavalheiros chics se mostram nas ruas, com bengalas e 
trajos apurados; os banquetes e as recepções se sucedem.
ARRETO, L. Os Bruzundangas.
TEXTO II
Começarei pela gente. Foi tanta a multidão dela, 
mansa e tratável, que encontramos naquelas regiões, que, 
como diz o Apocalipse, não se pôde contar. Os de um 
e outro sexo andam nus, sem cobrir nenhuma parte do 
corpo, como saem dos corpos das mães, e assim vão até a 
morte. Têm os corpos grandes e robustos, bem dispostos e 
proporcionados, de cor tirante a vermelha, o que, segundo 
creio, lhes procede de serem tintos pelo sol, andando nus. 
Têm os cabelos negros e crescidos; são ágeis e fáceis no 
andar e nos jogos, e de mui belas feições, as quais contudo a 
si próprios desfiguram, furando as faces, os lábios, as ventas 
e as orelhas. E não se creia que os buracos sejam pequenos 
ou tenham apenas um,pois vi muitos com sete, cada um 
dos quais tão grandes como um abrunho. Tapam estes 
buracos com bonitas pedras azuis de mármore, cristalinas 
ou de alabastro, e com ossos alvíssimos e outros objetos 
elaborados segundo seu uso, que é insólito e monstruoso. 
Homens há que levam nas faces e lábios sete pedras, cada 
uma de metade da palma da mão de comprido. Não sem 
admiração, muitas vezes achei pesarem essas sete pedras 
dezesseis onças, além das que trazem pendentes de três 
buracos nas orelhas. Mas este uso é somente dos homens. 
As mulheres não furam as faces, mas somente as orelhas.
VESPÚCIO, A. Novo mundo: as cartas que batizaram a América. 
Tradução de Janaína Amaro e Luiz C. Figueiredo (fragmento).
Considerando os textos, pode-se inferir que 
 A ambos apresentam forte preocupação com a descrição 
da fauna e da flora, bem como fazem um juízo de valor 
sobre os habitantes do local descrito.
 B em ambos há uma descrição negativa dos habitantes a 
fim de se fazer uma crítica social e mostrar as necessi-
dades deles.
 C o primeiro texto apresenta nacionalismo ufanista; o se-
gundo, ao descrever os hábitos do índio, apresenta pre-
conceito.
 D o momento histórico em que foram escritos define a pre-
ocupação do autor em descrever os problemas da nação 
brasileira.
 E o que há em comum entre os dois textos é o fato de am-
bos desenvolverem a descrição a fim de apresentar as 
características dos países apresentados.
LC - 1º dia | Página 16 OSG.: 1420/18
2018
QUESTÃO 33
Observe as pinturas a seguir pertencentes ao Barroco e 
assinale o que for correto.
A – Crucificação de Pedro – Caravaggio
B – Lição de Anatomia – Rembrandt
 A A e B, são pinturas do Renascimento, pois têm motivos 
pagãos.
 B A e B, são pinturas do Barroco, pois têm motivos cristãos.
 C Em B, o jogo de claro x escuro marca o predomínio do 
Teocentrismo.
 D Em A, a claridade do corpo de Pedro aponta para o An-
tropocentrismo.
 E Em B, a claridade está ligada ao caráter majoritariamente 
humanista.
QUESTÃO 34
O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: 
esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois 
desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.
ROSA, J. G. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: Nova 
Fronteira, 1986.
O fragmento extraído do romance Grande sertão: veredas 
mostra o protagonista Riobaldo narrando sua trajetória de 
jagunço. Tal narrativa aproxima-se de um(a)
 A relato, pela objetividade da linguagem.
 B depoimento, pelo uso pessoal da 3a pessoa.
 C aforismo, por expor uma máxima sentenciosa.
 D crônica, por refletir sobre fatos do cotidiano.
 E apólogo, por trazer implicitamente um ensinamento mo-
ralizante.
QUESTÃO 35
O ALUNO NÃO VEIO MAIS
ASSISTIR AULA...
Pode-se inferir que a charge visa
 A apoiar a atitude dos alunos e propor a liberação geral da 
frequência às aulas. 
 B enaltecer a escola brasileira e homenagear o trabalho docente.
 C indicar a deflagração de uma greve e incentivar a adesão a ela.
 D recriminar os alunos e declarar apoio à política educacional.
 E criticar a situação atual do ensino e denunciar a evasão 
escolar.
QUESTÃO 36
Não estou no Twitter, não sei o que é o Twitter, jamais 
entrarei nesse terreno baldio e, incrivelmente, tenho 26 
mil “seguidores” no Twitter. Quem me pôs lá? Quem foi o 
canalha que usou meu nome? Jamais saberei. Vivemos no 
poço escuro da web. Ou buscamos a exposição total para 
ser “celebridade” ou usamos esse anonimato irresponsável 
com o nome dos outros. Tem gente que fala para mim: “Faz 
um blog, faz um blog!” Logo eu, que já sou um blog vivo, 
tagarelando na TV, rádio e jornais… Jamais farei um blog, 
esse nome que parece um coaxar de sapo-boi. Quero o 
passado. Quero o lápis na orelha do quitandeiro, quero o 
gato do armazém dormindo sobre o saco de batatas, quero 
o telefone preto, de disco, que não dá linha, em vez dos 
gemidinhos dos celulares incessantes.
Disponível em: http://www.simplescoisasdavida.com/arnaldo-jabor-
desabafa-sobre-textos-apocrifos-que-ha-na-internet-com-o-seu-nome/ 
Acesso em: 2 fev. 2012.
Considerando as ideias desenvolvidas pelo autor, conclui-se 
que o texto tem a finalidade de
 A descrever e fornecer orientações sobre a criação de um 
blog. 
 B relatar a calmaria da vida das pessoas antes do advento 
da web.
 C aconselhar as pessoas dependentes da web a ter novos 
comportamentos.
 D expor, de forma geral, os problemas derivados das novas 
tecnologias.
 E encaminhar as pessoas para a mudança de hábitos no 
mundo virtual.
LC - 1º dia | Página 17OSG.: 1420/18
2018
QUESTÃO 37
Mulheres alteradas 3. Trad. Ryta Vinagre. Rocco: Rio de Janeiro, 
2003, p. 71.
Acerca da análise dos recursos linguísticos que conferem 
progressão e sentido ao texto, percebe-se que o texto acima
 A é composto de unidades produzidas pela associação en-
tre imagem e linguagem verbal; o sentido de cada unida-
de é determinado pela relação de oposição que o quadro 
estabelece com aquele que vem imediatamente anterior, 
contraste que produz o humor. 
 B correlaciona os quadrinhos por meio da relação conse-
quente entre as diversas ações das personagens, fato 
que determina uma única direção possível de leitura, a 
horizontal, da esquerda para a direita, da primeira para a 
segunda tira, desta para a terceira. 
 C é composto de um bloco e uma sequência, esta constru-
ída pela permanência da personagem “mulher alterada”, 
que manifesta, nas diferentes unidades, distintos senti-
mentos, com exceção da tristeza pelo mal cometido, o 
que produz o humor. 
 D apresenta uma frase exclamativa que introduz imagens, 
aliadas à linguagem verbal, que aparecem em quadros 
antecedidos de legendas; estas remetem a um mesmo 
sujeito, enunciado na frase exclamativa, e esse fator dá 
unidade ao conjunto. 
 E inova o gênero História em Quadrinhos ao delinear os 
balões de modo a distinguir se seu conteúdo é um pen-
samento ou uma fala da personagem; ao não se valer 
de interjeição ou onomatopeia; ao expressar movimento 
somente pela sequência dos quadros. 
QUESTÃO 38
A forte presença de palavras indígenas e africanas e 
de termos trazidos pelos imigrantes a partir do século XIX 
é um dos traços que distinguem o português do Brasil e o 
português de Portugal. Mas, olhando para a história dos 
empréstimos que o português brasileiro recebeu de línguas 
europeias a partir do século XX, outra diferença também 
aparece: com a vinda ao Brasil da família real portuguesa 
(1808) e, particularmente, com a Independência, Portugal 
deixou de ser o intermediário obrigatório da assimilação 
desses empréstimos e, assim, Brasil e Portugal começaram 
a divergir, não só por terem sofrido influências diferentes, 
mas também pela maneira como reagiram a elas.
ILARI, R.; BASSO, R. O português da gente: a língua que
estudamos, a língua que falamos. São Paulo: Contexto, 2006.
Os empréstimos linguísticos, recebidos de diversas línguas, são 
importantes na constituição do português do Brasil porque
 A deixaram marcas da história vivida pela nação, como a 
colonização e a imigração.
 B transformaram em um só idioma línguas diferentes, como 
as africanas, as indígenas e as europeias.
 C promoveram uma língua acessível a falantes de origens 
distintas, como o africano, o indígena e o europeu.
 D guardaram uma relação de identidade entre os falantes 
do português do Brasil e os do português de Portugal.
 E tornaram a língua do Brasil mais complexa do que as lín-
guas de outros países que também tiveram colonização 
portuguesa.
QUESTÃO 39
Neste mundo é mais rico o que mais rapa:
Quem mais limpo se faz, tem mais carepa:
Com sua língua ao nobre o vil decepa:
O Velhaco maior sempre tem capa.
Mostra o patife da nobreza o mapa:
Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa;
Quem menos falar pode, mais increpa:
Quem dinheirotiver, pode ser Papa.
A flor baixa se inculca por Tulipa;
Bengala hoje na mão, ontem galopa:
Mais isento se mostra, que mais chupa.
Para a tropa do trapo vazo a tripa,
E mais não digo, porque a Musa topa
Em apa, epa, ipa, opa, upa.
Gregório de Matos
O poeta baiano usou seu gênio para atacar violentamente o 
clero, os aristocratas, os portugueses recorrendo à palavra. 
Quanto à preocupação estética do poeta e considerando o 
poema, infere-se que o(a)
 A poeta utiliza a metonímia e hipálage, mantendo caracte-
rísticas peculiares da arte barroca.
 B poema faz parte da poesia satírica de Gregório de Matos, 
que faz uma crítica feroz àquelas pessoas que têm 
sucesso por meios ilícitos.
 C poeta utiliza uma linguagem simples, objetiva e racional 
para fazer uma crítica à sociedade.
 D poema faz parte da lírica filosófica de Gregório de Matos, 
que usa de recursos linguísticos rebuscados para criticar 
a sociedade.
 E crise espiritual sofrida no período da Contrarreforma torna 
o homem cético, desconfiado e pessimista.
LC - 1º dia | Página 18 OSG.: 1420/18
2018
QUESTÃO 40
Só há uma saída para a escola se ela quiser ser 
mais bem-sucedida: aceitar a mudança da língua como um 
fato. Isso deve significar que a escola deve aceitar qualquer 
forma de língua em suas atividades escritas? Não deve mais 
corrigir? Não!
Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no 
mundo real da escrita, não existe apenas um português 
correto, que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos 
contratos não é o mesmo dos manuais de instrução; o dos 
juízes do Supremo não é o mesmo dos cordelistas; o dos 
editoriais dos jornais não é o mesmo dos cadernos de cultura 
dos mesmos jornais. Ou do de seus colunistas.
POSSENTI, S. Gramática na cabeça. Língua Portuguesa, ano 5, n. 67, 
maio 2011 (adaptado).
O autor defende que não existe uma norma ou um único 
“português correto”; portanto, para adquirir proficiência no 
domínio da língua portuguesa, faz-se necessário também
 A moldar as variantes linguísticas aos diferentes tipos de 
textos e contextos.
 B descartar as variações orais da língua.
 C valorizar o uso da norma culta em textos de circulação 
social.
 D moldar as variantes idiomáticas pelo uso da linguagem 
literária e jornalística.
 E desprezar as formas linguísticas e textuais previstas pela 
gramática normativa.
QUESTÃO 41
O prefeito?
Não dá! Por mais que a
professora explique, eu
não entendo esse negócio
de sujeito e predicado!
É fácil, Miguelito. Se eu digo,
por exemplo, ‘‘Esse lixo enfeia
a rua’’, qual é o sujeito?
Disponível em: http://fatimalp.blogspot.com.br/2012/03charges-no-
vestibular.html. Acesso em: 14 jun. 2014.
O humor da tirinha se constrói com base no fato de
 A Miguelito não compreender nada de um conceito escolar 
tão básico. 
 B Mafalda assumir o papel de uma professora para seu 
amigo Miguelito. 
 C a expressão facial de Miguelito demonstrar uma grande 
preocupação. 
 D Mafalda tratar o assunto com seriedade incompatível 
com a situação. 
 E Miguelito quebrar a expectativa do leitor, confundindo es-
cola e cotidiano. 
QUESTÃO 42
TEXTO I
February 17, 2006 - 08:17
Campanha publicitária contra AIDS na TV será exibida a 
partir de domingo
Com o slogan “Camisinha, não saia sem ela”, a 
campanha contra a AIDS para o período de Carnaval 
terá filme publicitário estrelado pelo ator Luis Fernando 
Guimarães e será exibido...
Disponível em: http://www.aids.gov.br/noticia/com-o-slogan-camisinha-
nao-saia-sem-ela-campanha-contra-aids-para-o-periodo-de-carnaval-tera. 
Acesso em: 13 maio 2012.
TEXTO II
Ao persistirem os sintomas, procure orientação médica.
Os meios de comunicação têm como missão maior informar 
e formar opiniões. Sabe-se que, na ansiedade jornalística, 
muitas críticas são feitas após a configuração de algumas 
campanhas publicitárias. Nos textos acima, pode-se 
reconhecer que as posições críticas dos autores refletem que
 A os dois textos cometem erros informativos, pois desviam 
o foco certo da verdadeira mensagem, mudando a ideia 
central de cada propaganda.
 B as críticas feitas são, respectivamente, no texto I a indu-
ção ao uso da camisinha e, consequentemente, à práti-
ca do sexo, crítica referendada pelos credos religiosos e, 
no texto II, o uso da contração “ao” que remete a tempo, 
quando deveria remeter a condição usando a preposição 
“a”. Sabe-se que o “ao” equivale na redução ao “quando” 
e o “a” a conjunção “se”.
 C o texto II não possui erros de mensagem nem comete in-
coerência gramatical no uso da contração “ao” associada 
ao verbo “persistirem”.
 D nenhum dos textos consegue mudar a ideia social vi-
gente, no que concerne às práticas sociais individualistas.
 E o texto I tem ponto forte nas argumentações e ponto fraco 
nas ambiguidades que confundem o povo.
LC - 1º dia | Página 19OSG.: 1420/18
2018
QUESTÃO 43
Já me enfado de ouvir este alarido,
Com que se engana o mundo em seu cuidado:
Quero ver entre as peles e o cajado,
Se melhora a fortuna de partido.
[...]
Aquele adore as roupas de alto preço,
Um siga a ostentação, outro a vaidade;
Todos se enganam com igual excesso.
Eu não chamo a isto já felicidade:
Ao campo me recolho e reconheço,
Que não há melhor bem que a soledade.
No poema acima, de Cláudio Manuel da Costa, os trechos 
que ratificam a presença de fugere urbem e aurea mediocritas 
são, respectivamente,
 A “Ao campo me recolho” e “não há maior bem que a so-
ledade”.
 B “excesso” e “Ao campo me recolho”.
 C “enfado” e “roupas de alto preço”.
 D “Aquele adore as roupas de alto preço” e “excesso”.
 E “ostentação” e “Com que se engana o mundo em seu cui-
dado”.
QUESTÃO 44
ITURRUSGARAI, A. Disponível em: https://tinyurl.com/y84av2o8.
Acesso em: 9 fev. 2012.
As diferentes esferas sociais de uso da língua apontam 
que cabe ao falante adaptá-la às variadas situações de 
comunicação. No caso da tirinha acima, a variação linguística 
é responsável pelo humor porque o(a)
 A pai emprega formas verbais típicas do universo adoles-
cente.
 B namorado apresenta um discurso formal e próximo da 
oralidade.
 C discurso formulado pelo namorado é marcado pelo uso 
de neologismos.
 D linguagem verbal utilizada pelo namorado apresenta ar-
caísmos léxicos.
 E pai se surpreende com a linguagem sofisticada e técnica 
do namorado.
QUESTÃO 45
Estudos etnográficos na área da linguagem e 
educação traduzem o distanciamento entre as microculturas 
da comunidade familiar e da comunidade escolar como fator 
primordial determinante do fracasso escolar. Nessa mesma 
direção, pesquisadores brasileiros vêm corroborando essa 
realidade apontando para o descompasso entre as práticas 
discursivas que circulam dentro e fora da escola e suas 
implicações no processo de ensino-aprendizagem da leitura 
e da escrita. A necessidade de reconhecer o ambiente de 
origem do aluno, a “ecologia linguística” da sua comunidade, 
torna-se fundamental para promover o diálogo em sala de 
aula, considerando que a aprendizagem se processa pela 
interação (ou “inter-ação”) entre os interlocutores e seus 
textos orais e escritos. 
Rev. Bras. Educ. vol. 12 n. 36. Rio de Janeiro. Sept./Dec. 2007.
O assunto tratado no fragmento é relativo à língua portuguesa 
e foi publicado em uma Revista Brasileira de Educação. Entre 
as características próprias desse tipo de texto, identificam-se 
as marcas linguísticas próprias do uso
 A técnico, por meio de expressões próprias de textos cien-
tíficos.
 B coloquial, por meio do registro de informalidade.
 C oral, por meio do uso de expressões típicas da oralidade.
 D regional, pela presença de léxico de determinada região 
do Brasil. 
 E literário, pela conformidade com as normas da gramática.
LC - 1º dia | Página 20 OSG.: 1420/18
2018
TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO IRelatório da OMS aponta Brasil como País mais deprimido da América Latina e mais ansioso do mundo
A fama de alegria contagiante do brasileiro é comum ao redor do planeta. Porém, um relatório divulgado pela 
Organização Mundial de Saúde (OMS) pode contradizer esta afirmação.
Segundo dados da entidade, 11.548.577 brasileiros sofrem de depressão, o que equivale a 5,8% da população nacional. 
Em números absolutos, o Brasil fica atrás apenas da China e da Índia, ambos países com mais de um bilhão de habitantes. 
Relativizando os números, somente Ucrânia (6,3% da população), Estados Unidos (5,9%), Austrália (5,9%) e Estônia (5,9%) 
aparecem na frente do Brasil, que, na América Latina, lidera o ranking de depressivos.
No mundo, mais de 322 milhões de pessoas (4,4% da população global) sofrem com o distúrbio, que pode levar à 
incapacidade, afetando até mesmo a economia mundial e, em casos extremos, ao suicídio. Entre 2005 e 2015, o número de 
pessoas deprimidas no planeta subiu 18,4%. 
Disponível em: https://tinyurl.com/y9hpkd7s. Acesso em: 13 dez. 2017 (adaptado). 
TEXTO II
A cada 45 minutos, uma pessoa se suicida no Brasil, dizem especialistas
Segundo informou o coordenador geral de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Quirino Cordeiro Júnior, o Brasil 
é signatário do Plano de Ação em Saúde Mental, feito em 2013 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em que se 
busca a redução da taxa de suicídio em 10% até 2020. No entanto, nos últimos dez anos, o número de suicídios no país tem 
aumentado, o que tem preocupado o governo.
— Isso tudo equivale a aproximadamente 32 casos por dia, 1 a cada 45 minutos, levando em consideração que a gente 
ainda tem a subnotificação e essa subnotificação está muito vinculada ao preconceito com relação ao portador de algum 
transtorno mental — afirmou o coordenador.
Segundo Quirino, o governo estabeleceu três ações para tentar conter esse avanço. São elas a ampliação e estruturação 
da Rede de Assistência Psicossocial, um acordo de cooperação técnica entre o Ministério da Saúde e o Centro de Valorização 
à Vida (CVV) e a organização do Plano Nacional de Prevenção ao Suicídio.
Disponível em: https://tinyurl.com/ydcybhs5. Acesso em: 13 dez. 2017 (adaptado). 
TEXTO III
LC - 1º dia | Página 21OSG.: 1420/18
2018
TEXTO IV
No âmbito do indivíduo, tratar a depressão apenas com medicamentos é tornar ilegítima a sua dor. É dizer ao depressivo 
que o que ele sente não merece ser ouvido porque é produto apenas de uma disfunção bioquímica. É reforçar a crença de 
que o depressivo não tem nada a dizer sequer sobre ele mesmo. É cristalizar o estigma. Sem contar que tentar calar os 
sintomas da depressão à custa de remédios leva ao embotamento da experiência, ao esvaziamento da subjetividade. O que 
se sente é silenciado – e não elaborado. E, ainda que alguém achasse que vale a pena se anestesiar da condição humana, 
o efeito do remédio, como bem sabemos, é temporário. 
O problema é que a realidade mostra que não é tão simples assim. Quem já fez tratamento com antidepressivos 
sabe que “curar” uma depressão não é o mesmo que tratar de uma micose ou mesmo de uma pneumonia. Não basta tomar 
remédio: é preciso expressar a dor, é necessário elaborar o sofrimento e, em geral, mudar a vida ou a forma de olhar para a 
vida e para si mesmo. 
Disponível em: https://tinyurl.com/yht69vv. Acesso em: 13 dez. 2017 (adaptado). 
 
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Com base na leitura dos textos motivadores apresentados e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Meios para o 
combate à depressão no Brasil”, apresentando proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, 
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
 
CH - 1º dia | Página 22 OSG.: 1420/18
2018
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
QUESTÃO 46
– Essa cova em que estás,
com palmos medida,
é a cota menor
que tiraste em vida.
– É de bom tamanho,
nem largo nem fundo,
é a parte que te cabe
neste latifúndio.
– Não é cova grande.
é cova medida,
é a terra que querias
ver dividida.
MELO NETO, J. C. Morte e Vida Severina. Universidade da Amazônia, 
NEAD – Núcleo de Educação à Distância. p.21-13.
Disponível em: <www.nead.unama.br>. Acesso em: 28 ago. 2017.
O poema trata da relação entre o homem e a terra no Brasil. 
Com base nos conhecimentos sobre propriedade e usos da 
terra, assinale a alternativa correta. 
 A No decorrer do Segundo Reinado, a Lei de Terras, pro-
mulgada em 1850, possibilitou o livre acesso das terras 
devolutas aos primeiros imigrantes europeus, garantindo-
-lhes a sobrevivência. 
 B Na Colônia, as terras doadas como sesmarias garantiam 
privilégios aos senhores de engenho, mas restringiam a 
prática de certas atividades econômicas. 
 C No Império, formaram-se os primeiros quilombos cuja 
propriedade de terras foi reconhecida legalmente durante 
a Primeira República. 
 D Em 1964, João Goulart realizou desapropriações das pe-
quenas propriedades no entorno das metrópoles para o 
cultivo de sobrevivência por parte dos trabalhadores. 
 E No governo de Fernando Henrique Cardoso (1995- 
2002), retomou-se a política econômica de estatização 
das propriedades agrícolas, resultando em elevadas ta-
xas de crescimento econômico. 
QUESTÃO 47
Os subúrbios do Rio de Janeiro são a mais curiosa 
coisa em matéria de edificação da cidade. A topografia do 
local, caprichosamente montuosa, influiu decerto para tal 
aspecto, mais influíram, porém, os azares das construções.
Nada mais irregular, mais caprichoso, mais sem plano 
qualquer, pode ser imaginado. As casas surgiram como se 
fossem semeadas ao vento e, conforme as casas, as ruas 
se fizeram (...).
Num trecho, há casas amontoadas umas sobre outras 
numa angústia de espaço desoladora, logo adiante, um vasto 
campo abre ao nosso olhar uma ampla perspectiva.
BARRETO, L. Triste Fim de Policarpo Quaresma.
São Paulo: Globo, p. 78.
A geografia é uma ciência que visa à análise da realidade 
social pelo âmbito da espacialidade dos fenômenos. Ocupa-se 
de entender o(s) modo(s) como as sociedades humanas, 
em seu processo de produção e reprodução da existência, 
organizam e produzem seus espaços. Para apreender 
a espacialidade dos fenômenos, a geografia lança mão 
de várias categorias analíticas. A citação do livro de Lima 
Barreto, autor da fase pré-modernista da literatura brasileira, 
refere-se à categoria
 A bacia hidrográfica.
 B região.
 C território.
 D territorialidade.
 E paisagem.
QUESTÃO 48
Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia 
no Caribe: uma primeira tentativa de colonização que 
ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da 
conquista e da ocidentalização de todo um continente e até, 
na realidade, uma das primeiras etapas da globalização.
A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, 
espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali se desenvolveu 
um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do 
continente americano: caos e esbanjamento, incompetência 
e desperdício, indiferença, massacres e epidemias. A 
experiência serviu, pelo menos, de lição à Coroa espanhola, 
que tentou praticar no resto de suas possessões americanas 
uma política mais racional de dominação e de exploração dos 
vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora 
e próxima dos autóctones, assim como a instalação de uma 
rede administrativa densa e o envio de funcionários zelosos, 
que evitaram a repetição da catástrofe antilhana.
GRUZINSKI, Serge. A passagem do século: 1480-1520: as origens da 
globalização, 1999 (adaptado).
As epidemias provocadas pelos contatos entre europeus e 
povos autóctones da América 
 A demonstraramo risco da expansão territorial para áreas 
distantes e determinaram o imediato desenvolvimento de 
vacinas. 
 B representaram uma espécie de guerra biológica que afe-
tou, ainda que de forma desigual, conquistadores e con-
quistados. 
 C provocaram a interdição, pelas cortes europeias, da cir-
culação de mulheres grávidas entre os dois continentes. 
 D foram utilizadas pelos nativos para impedir o avanço dos 
europeus, que contraíram doenças tropicais, como a fe-
bre amarela e a malária. 
 E levaram à proibição, pelas cortes europeias, do contato 
sexual entre europeus e nativos, para impedir a propaga-
ção da sífilis. 
CH - 1º dia | Página 23OSG.: 1420/18
2018
QUESTÃO 49
[Ganhou força] um determinismo ecológico no começo 
do século XX. Uma das figuras principais desse movimento 
foi Ellsworth Huntington. Esse autor enfatizou o papel das 
condições climáticas e sazonais sobre a eficiência humana. 
Huntington acreditava que as variações de temperatura e 
umidade eram benéficas, desde que não fossem extremas. 
Assim, sugeriu que existiria um clima ideal para eficiência 
humana.
MORAN, Emilio. A Ecologia Humana das populações da Amazônia. 
Petrópolis: Vozes, 1990. p. 51.
Huntington trabalha a ideia de eficiência humana e suas 
limitações naturais, portanto
 A considera o nível de desenvolvimento dos países atu-
ais, as teses de Huntington se confirmam especialmente 
nos países europeus da Escandinávia.
 B as teses desse autor parecem fazer sentido, tendo em 
vista a superioridade econômica que sempre existiu no 
Sudeste brasileiro em relação ao Norte e ao Nordeste.
 C a existência de um clima ideal para eficiência humana 
confere um peso muito grande às condições naturais, 
reduzindo, por outro lado, a capacidade humana como 
fator.
 D essa tese está superada e esquecida e mesmo o senso 
comum não a repete mais, pois não há mais preconceito 
quando se fala em desenvolvimento e eficiência humana.
 E questões ligadas a outros aspectos da natureza, como o re-
levo, parecem ser mais fáceis de serem comprovadas do 
que a questão do clima ideal, quando o assunto é a eficiência 
humana.
QUESTÃO 50
As plantações de mandioca encontradas pelas saúvas 
cortadeiras nas roças indígenas eram apenas uma entre 
várias outras. Em muitas situações, a composição química das 
folhas favorecia a escolha de outras plantas e a folhagem da 
mandioca era cortada apenas quando as preferidas das saúvas 
não eram suficientes. Já na agricultura comercial, machados e 
foices de ferro permitiam abrir clareiras em uma escala maior, 
resultando em grande homogeneidade da flora. Nas lavouras 
de mandioca de finais do século XVII e do início do século XVIII, 
as folhas da mandioca tornavam-se uma das poucas opções 
das formigas. Depois de mais algumas colheitas, a infestação 
das formigas tornava-se insuportável, por vezes causando o 
completo despovoamento humano da área. 
CABRAL, Diogo. O Brasil é um grande formigueiro: território, ecologia 
e a história ambiental da América Portuguesa – parte 2. HALAC - História 
Ambiental Latinoamericana y Caribeña. Belo Horizonte, v. IV, n. 1, p. 87-
113, set. 2014-fev. 2015.
A partir da leitura do texto e de seus conhecimentos sobre a 
história do Brasil Colônia, assinale a alternativa correta. 
 A A principal diferença entre as lavouras indígenas e a 
agricultura comercial colonial estava no uso de quei-
madas pelos europeus, as quais não eram praticadas 
pelas populações autóctones. 
 B Comparadas à mandioca cultivada pelos indígenas, as 
novas espécies de mandioca trazidas da Europa eram 
menos resistentes às formigas cortadeiras e, por isso, 
mais suscetíveis à infestação. 
 C Os colonizadores introduziram no território colonial no-
vas espécies de mandioca e milho, que desequilibra-
ram o sistema agrícola ameríndio, baseado no sistema 
rotativo de plantação. 
 D A agricultura comercial tendia à homogeneização da 
flora nas lavouras da América Portuguesa, combinan-
do tradições europeias de plantio com práticas indí-
genas. 
 E A mineração desempenhou papel de impacto na cons-
trução de uma sociedade permeada nos trópicos.
QUESTÃO 51
Uma das características do mundo atual é a exigência 
de fluidez para a circulação das ideias, mensagens, produtos 
ou dinheiro, interessando aos atores hegemônicos. A fluidez 
oferece suporte à competitividade. Daí a busca voraz de 
ainda mais fluidez, levando à procura de novas técnicas 
ainda mais eficazes.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço, 2006 (adaptado).
As infraestruturas que permitem a fluidez destacada pelo 
excerto são denominadas
 A tecnologias.
 B cibereconomias.
 C interfaces.
 D reengenharias.
 E redes.
CH - 1º dia | Página 24 OSG.: 1420/18
2018
QUESTÃO 52
A história também é contada em lugares públicos e o 
Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, é um desses lugares. 
Estima-se que mais de um milhão de pessoas tenham 
chegado da África ao Brasil por esse porto somente na 
primeira metade do século XIX; esse era o principal portão 
de entrada de escravizados africanos na maior cidade 
escravista das Américas.
De acordo com as historiadoras Hebe Mattos e Martha 
Abreu, a região onde se localiza o antigo Cais é também 
conhecida como Pequena África, como a denominou o 
artista Heitor dos Prazeres, nos primeiros anos do século 
XX. Desde o final do século XIX, o local era um espaço de 
encontro de africanos e afro-brasileiros libertos e imigrantes 
pobres, que deixariam profundas marcas culturais na história 
da cidade, como o próprio nascimento do samba.
Disponível em: https://tinyurl.com/y7mz6urp. Acesso em: 14.11.2017 (adaptado).
Assinale a alternativa que corresponde corretamente às 
informações contidas no texto. 
 A Conhecida como Pequena África, a região da capital flumi-
nense em que está o antigo Cais do Valongo relaciona-se 
com a história da escravidão e com o nascimento do samba.
 B A escravidão de africanos, pouco expressiva no Rio de 
Janeiro à época do Império, tem a sua história contada 
pela Pequena África, porto de entrada desses povos. 
 C No início do século XX, a Lei Eusébio de Queirós proibiu 
o tráfico de escravos e obrigou o fechamento do principal 
porto escravista das Américas, a Pequena África. 
 D Entre o início da escravidão no Brasil, no século XVI, e o 
seu término, no século XVIII, pouco menos de um milhão 
de africanos aportaram no Cais do Valongo. 
 E O Rio de Janeiro, maior cidade escravista das Américas, 
recebeu mais de um milhão de africanos nas décadas fi-
nais da escravidão, entre 1860 e 1910. 
QUESTÃO 53
A sociedade colonial brasileira “herdou concepções 
clássicas e medievais de organização e hierarquia, mas 
acrescentou-lhe sistemas de graduação que se originaram 
da diferenciação das ocupações, raça, cor e condição 
social. (...) As distinções essenciais entre fidalgos e plebeus 
tenderam a nivelar-se, pois o mar de indígenas que cercava 
os colonizadores portugueses tornava todo europeu, de 
fato, um gentil-homem em potencial. A disponibilidade de 
índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos 
imigrantes concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com 
índios, podia desfrutar de uma vida verdadeiramente nobre. 
O gentio transformou-se em um substituto do campesinato, 
um novo estado, que permitiu uma reorganização de 
categorias tradicionais. Contudo, o fato de serem aborígenes 
e, mais tarde, os africanos, diferentes étnica, religiosa e 
fenotipicamente dos europeus, criou oportunidades para 
novas distinções e hierarquias baseadas na cultura e na cor.”
SCHWARTZ, Stuart B. Segredos internos.
A partir do texto, pode-se concluir que
 A a diferenciação clássica e medieval entre clero, nobreza 
e campesinato, existente na Europa, foi transferida para 
o Brasil por intermédio de Portugal e se constituiu no ele-
mento

Continue navegando