Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1. SERÁ ATRIBUÍDA NOTA ZERO À PROVA QUANDO O ALUNO: a) utilizar ou portar, durante a realização da prova, MÁQUINAS e(ou) RELÓGIOS DE CALCULAR, bem como RÁDIOS, GRAVADORES, HEADPHONES, TELEFONES CELULARES ou FONTES DE CONSUL- TA DE QUALQUER ESPÉCIE; b) ausentar-se da sala em que se realiza a prova levan- do consigo o CADERNO DE QUESTÕES e(ou) o CARTÃO-RESPOSTA antes do prazo estabelecido; c) agir com incorreção ou descortesia para com qualquer participante do processo de aplicação das provas; d) comunicar-se com outro participante, verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma; e) apresentar dado(s) falso(s) na sua identificação pessoal; f) for ao banheiro portando CELULAR, mesmo que desligado, APARELHO DE ESCUTA, MÁQUINA DE CALCULAR ou qualquer outro MATERIAL DE CON- SULTA relativo à prova. Na ida ao banheiro, durante a realização da prova, o aluno será submetido à re- vista por meio de DETECTOR DE METAL. 2. Este CADERNO DE QUESTÕES contém a Proposta de Redação e 90 questões numeradas de 1 a 90 e dispostas da seguinte maneira: a) as questões de número 1 a 45 são relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; b) as questões de número 1 a 5 são relativas à área de Língua Estrangeira; c) Proposta de Redação; d) as questões de número 46 a 90 são relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. 3. Verifique no CARTÃO-RESPOSTA se os seus dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, comunique-a imediatamente ao aplicador. 4. Decorrido o tempo determinado, será distribuído o CARTÃO-RESPOSTA, o qual será o único documento váli- do para a correção da prova. 5. Não dobre, não amasse, nem rasure o CARTÃO-RESPOS- TA. Ele não poderá ser substituído. 6. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções, identificadas com as letras A, B, C, D e E. Ape- nas uma responde corretamente à questão. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação de mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta. 7. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta, preenchendo todo o espaço compreendido no círculo, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta. 8. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RES- POSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADER- NO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 9. O aluno, ao sair da sala, deverá entregar, definitivamente, seu CARTÃO-RESPOSTA devidamente assinado, devendo ainda assinar a folha de presença e o cartão de identificação de sala. 10. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos. Exame Nacional do Ensino Médio 2018 AP1 – 1ª ETAPA LC - 1º dia | Página 2 OSG.: 1420/18 2018 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 01 a 45 Questões de 01 a 05 (opção inglês) QUESTÃO 01 Disponível em: http://robrogers.com. Acesso em: 08 fev. 2018. Nos Estados Unidos, a paralisação do governo por falta de verba é chamada de government shutdown. A palavra shutdown significa, entre outras coisas, fechamento. E é usada, por exemplo, para se referir a uma empresa que fecha as portas ou ao desligamento de um computador. Conforme a imagem acima, o referido vocábulo remete A à censura que gradativamente se instala no país em fun- ção das decisões tomadas pelo presidente Donald Trump durante sua gestão. B à intensa perseguição política sofrida pelo presidente Donald Trump por causa das medidas econômicas im- plementadas em seu mandato. C à suposta insatisfação da sociedade americana no que diz respeito às postagens realizadas pelo presidente Donald Trump em uma rede social. D à incapacidade do presidente Donald Trump de adminis- trar o país em função das inúmeras restrições impostas pelo congresso americano. E à indignação do povo americano com a inércia política demonstrada pelo presidente Donald Trump em temas cruciais da segurança nacional. QUESTÃO 02 BRAZIL AMONG THE ELITE OF MATHEMATICAL RESEARCH Brazilian science has been facing a gloomy reality, such as a sharp drop in funds for the area and researchers leaving the country, but mathematics may be a silver lining in Brazilian science. The country has been included in the international mathematics elite group, Group 5, among the most developed nations in mathematical research. This inclusion means Brazil will have more relevance and influence in decisions related to mathematics and has now five votes in the organization’s general meeting. The inclusion of Brazil in Group 5 is even more noteworthy due to the discrepancy between the excellence in research developed in the country and the poor quality of mathematics education in the country. According to the last Pisa, main study on basic education in the world, the country has been ranked No. 65 out of 70 countries. More than 70% of Brazilian students between 15 and 16 years old do not reach basic proficiency level in mathematics. “This paradox is not exclusively Brazilian,” says mathematician Artur Avila. “But it is obvious the country needs good mathematics education in all levels, in order not to waste any potential.” Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 08 fev. 2018. A União Matemática Internacional (IMU, na sigla em inglês) aprovou a entrada do Brasil no “Grupo 5”, que reúne as nações mais desenvolvidas em pesquisa matemática. Com base no texto acima, a decisão da IMU A revela um paradoxo existente entre o alto de nível das pesquisas matemáticas no Brasil e a baixa qualidade de ensino da disciplina no país. B garante ao Brasil, daqui em diante, o direito à abstenção nas decisões tomadas nos eventos realizados pela União Matemática Internacional. C baseia-se nos excelentes resultados apresentados pelos estudantes brasileiros nas últimas edições de um teste internacional intitulado Pisa. D demonstra, segundo o condecorado matemático Artur Ávila, o alto nível do ensino da matemática praticado nas escolas particulares de todo o país. E credencia o Brasil a subir mais cinco posições no ranking elaborado pela União Matemática Internacional, saltando da 70a para a 65a posição. LC - 1º dia | Página 3OSG.: 1420/18 2018 QUESTÃO 03 FACEBOOK INVENTS NEW UNIT OF TIME CALLED A FLICK A Facebook engineer has invented a new unit of time called a flick. The flick has been designed to help developers keep video effects in sync, according to a description on the code- sharing site GitHub. A flick, derived from “frame-tick”, is 1/705,600,000 of a second – the next unit of time after a nanosecond. A researcher at Oxford University said the flick wouldn’t have much general impact but may help create better virtual reality experiences. Flicks are defined in the programming language C++, which is used to generate visual effects for film, television and other media. Flicks give programmers a way to measure the time between media frames without using fractions. A flick is not the first unit of time designed by a major corporation. Swatch introduced Internet Time in 1998, which divides the day into 1,000 “.beats”. The measurement – equal to one minute and 26.4 seconds – was designed to eliminate the need for time zones. It has not caught on globally. Disponível em: http://www.bbc.co.uk. Acesso em: 08 fev. 2018. O Facebook fez um anúncio inusitado do dia 22 de janeiro de 2018: revelou a criação de uma nova unidade de tempo, que recebeu o nome de flick. De acordo com texto, a referida unidade de tempo A representará uma completa revolução na forma como os efeitos visuais são processados na mídia. B poderá ajudar os programadores na criação de experiên- cias melhoresno segmento da realidade virtual. C eliminará definitivamente a necessidade da utilização dos fusos horários adotados no mundo inteiro. D promoverá uma mudança significativa na maneira como as pessoas percebem a passagem do tempo. E será adotada pela tradicional universidade de Oxford como unidade de tempo utilizada em seu campus. QUESTÃO 04 Disponível em: https://towels.vitoriasz.com. Acesso em: 08 fev. 2018. As campanhas de conscientização são o conjunto de ações na promoção de apoio a iniciativas de solidariedade e de promoção à vida. A imagem acima tem como propósito A incentivar o leitor a fazer parte de uma equipe de resgate que salva a vida de cães e gatos em situação de risco iminente. B convidar o leitor a receber em suas casas cães e gatos que necessitam de uma proteção contra o perigo real das enchentes. C convencer o leitor a adotar, em definitivo, cães ou gatos que perderam suas casas durante as inundações em San Antonio. D estimular o leitor a fazer doações de ração e casinhas para ajudar um lar temporário para cães e gatos amea- çados pela chuva. E persuadir o leitor a fazer doações em dinheiro para ajudar cães e gatos que foram deixados para trás pelos seus antigos donos. LC - 1º dia | Página 4 OSG.: 1420/18 2018 QUESTÃO 05 WAR CHILD Who will save the war child baby? Who controls the key? The web we weave is thick and sordid, fine by me At times of war, we’re all the losers, there’s no victory We’ll shoot to kill and kill your lover, fine by me War child, victim of political pride Plant the seed, territorial greed Mind the war child, we should mind the war child I spent last winter in New York, and came upon a man He was sleeping on the streets and homeless, he said “I fought in Vietnam” Beneath his shirt he wore the mark, he bore the bark with [pride A two inch deep incision carved, into his side Who’s the loser now, eh? Who’s the loser now, eh? We’re all losers now We’re all losers now THE CRANBERRIES. Disponível em: http://www.songfacts.com. Acesso em: 08 fev. 2018 Milhares de fãs de Dolores O’Riordan, da banda The Cranberries, se despediram da vocalista em uma cerimônia na Igreja St. Joseph, na cidade de Limerick, na Irlanda. A cantora foi encontrada morta, em 15 de janeiro de 2018, em um quarto de hotel. Com base na canção de sua autoria, o eu lírico A afirma que, em uma guerra, as crianças acabam se tor- nando vítimas do orgulho político e da cobiça territorial. B critica os veteranos de guerra por terem tirado a vida de tantas crianças inocentes durante o conflito no Vietnã. C reconhece que não há mais nada que a sociedade possa fazer para evitar o impacto da guerra sobre as crianças. D admite que, em todo e qualquer conflito armado, existem sempre os perdedores e aqueles que saem vencedores. E retrata o cotidiano das crianças que se tornam órfãs de guerra, tornando-se “invisíveis” aos olhos da sociedade civil. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 01 a 45 Questões de 01 a 05 (opção espanhol) QUESTÃO 01 Romanos usaban redes sociales hace 2000 años Cuando haces un tweet o comentas un post de uno de tus muchos amigos en Facebook, es probable que sientas el privilegio de vivir en una época de la historia donde podemos acceder inmediatamente a una vasta red de contactos a través de un simple clic en el botón “enviar”. Quizá también reflexiones sobre cómo las generaciones pasadas podían vivir sin las redes sociales, carentes de la capacidad de ver y ser vistas, de recibir, de generar e interactuar con una enorme cantidad de información. Pero lo que quizá desconozcas es que los seres humanos ya utilizaban herramientas de interacción social desde hace más de dos mil años. Así lo afirma Tom Standage, autor del libro Writing on the Wall – Social Media, The first 2.000 Years (Escribiendo en el muro – medios sociales, los primeros 2000 años, en traducción libre). En el libro, Standage, quien es editor de contenido del sitio de la revista británica The Economist, dice que las redes sociales como Facebook, Twitter y Tumblr podrían ser la última encarnación de una práctica que comenzó alrededor del año 51 antes de Cristo, en la antigua Roma. Según Standage, Marco Tulio Cicerón, filósofo y político romano, habría sido, junto con otros miembros de la élite romana, precursor del uso de redes sociales. El autor relata la forma en que Cicerón utilizaba un esclavo, que más tarde se convirtió en su escribano, para escribir mensajes en rollos de papiro que eran enviados a una especie de red de contactos. Estas personas, a su vez, copiaban el texto, añadían sus propias observaciones y volvían a pasarlo. Además del papiro, otra plataforma comúnmente utilizada por los romanos era una tablilla de cera del tamaño y forma de una tablet moderna, en la que escribían sus mensajes, preguntas o transmitían los principales puntos de acción diurna, un “periódico” expuesto diariamente en el Foro de Roma conteniendo un resumen de los debates políticos, anuncios de vacaciones, de nacimientos y de muertes, y otra información oficial. Disponível em: https://marcianosmx.com/romanos-usaban-redes-sociales- 2000-anos/ Acesso em: 6 abr. 2018 (adaptado) Na reportagem, há uma comparação entre tecnologias de comunicação antigas e atuais. Quanto ao gênero mensagem, identifica-se como característica que perdura ao longo dos tempos o(a) A imediatismo das respostas. B compartilhamento de informações. C interferência direta de outros no texto original. D recorrência de seu uso entre membros da elite. E perfil social dos envolvidos na troca comunicativa. LC - 1º dia | Página 5OSG.: 1420/18 2018 QUESTÃO 02 “Ser ama de casa no es trabajar”, el mensaje de Facebook que se ha hecho viral La polémica no es nueva. El trabajo que una madre desempeña en casa a tiempo completo y el reconocimiento de esa jornada laboral es una de las luchas constantes en lo que a conciliación se refiere. Y la reivindicación que Ryshell Castleberry, un tatuador de Florida, ha hecho en Facebook del trabajo que las madres desempeñan a diario, tampoco. Esta es la rutina diaria de muchas mujeres en todo el mundo, empieza por la mañana y continúa hasta altas horas de la noche... ¿A esto se le llama “no trabajar”? Ser ama de casa no tiene diplomas, ¡pero tiene un papel clave en la vida de la familia! Disfruta y aprecia a tu esposa, madre, abuela, tía, hermana, hija... porque su sacrificio no tiene precio. Alguien le preguntó... “¿Eres una mujer que trabaja o eres solo ‘ama de casa’?”. Ella respondió: “Yo trabajo como esposa del hogar, 24 horas al día.” Disponível em: https://tinyurl.com/y7zo2e7f Acesso em: 5 abr. 2018 (adaptado) Por meio de recursos linguísticos, os textos mobilizam estratégias para introduzir ou promover a progressão do tema. No fragmento transcrito, um novo aspecto do tema, dando ideia opositiva, é introduzido pela expressão A “esta es la rutina”. B “a esto”. C “le preguntó”. D “de esa jornada”. E “pero”. QUESTÃO 03 Essa imagem foi criada para uma campanha publicitária de conscientização sobre a violência contra a mulher. A propaganda foi feita para informar que A as mães sofrem por terem dificuldade, até hoje, de cuidar de seus filhos. B o trabalho feminino encontra-se ameaçado pela perse- guição machista. C o papel masculino é simplista na hora da educação formal dos seus filhos. D a hostilidade à mulher acontece de forma física e verbal. E a agressão à mulher é um fenômeno social que continua existindo. QUESTÃO 04 El quechua es la lengua nativa de mayor uso en Sudamérica, se extendió desde el norte de Argentina hasta el Sur de Colombia, abarcando los actuales territorios de Ecuador, Perú y Bolivia. El cronistaBernabé Cobo sostuvo que se hablaron más de 2,000 dialectos en el imperio del Tahuantinsuyo; Guamán Poma nombró 15 idiomas. Actualmente, los estudios señalan que hubo muchas lenguas en el Imperio de los Incas. Los chachapoyas tuvieron su propio idioma, también los Conchucos, los Huancas, los Cholonas de la hoya del Huallaga, los Huánucos, Yauyos, Lucanas Chancas, Pocras, Collas, los pueblos de Quito, Chile y Tucumán, etc. Sin embargo, hay la lengua más relevante que todas las anteriores que es el quechua o Runa Simi (boca del hombre), fue la lengua más extendida en el Imperio de los incas y se habla hasta hoy en países como Perú y Bolivia; y por si o lo sabía hay más de 12 millones de personas quechua-hablantes en Sudamérica. Un idioma que lejos de desaparecer, hecha nuevas raíces. Disponível em: https://tinyurl.com/y7jrao9n/ Acesso em: 3 abr. 2018 (adaptado). Diante das informações citadas no texto acima, o título apropriado para ele seria: A “El quechua, la lengua más hablada actualmente”. B “El quechua, la lengua recién hecha”. C “El quechua, estrategias para aprenderla”. D “El quechua es el idioma de los incas”. E “El quechua ha dominado toda América”. QUESTÃO 05 Para ser español hay que ser maleducado, según ‘The Times’ Ni por favor ni gracias. A gritos con los camareros y ensuciando el suelo de los bares con todo aquello que no se pueda comer o beber. Por no hablar de hábitos alimenticios como desayunar sobrasada o comer durante tres horas antes de echar una siesta. El esbozo que un periodista escribió en el especial de The Sunday Times del 21 de enero, sobre ‘Cómo ser español’ no ha sido muy bien recibido en las redes sociales. Tal ha sido el enfado generado que Chris Haslam ha pedido disculpas por su reportaje, que asegura que escribió en tono humorístico. Debemos siempre estar dispuestos a ser disculpones cuando cometemos algún fallo. Disponível em: https://tinyurl.com/ycd6aaqa Acesso em: 5 abr. 2018 (adaptado). O texto mostra a reação de leitores a uma matéria depois de ela ter sido veiculada no The Sunday Times, no dia 21 de janeiro, sobre “Como ser espanhol”. Diante desse problema, o autor utiliza o vocábulo “disculpones”, referindo-se A à falta de sensibilidade dos turistas na Espanha. B à escassez de educação no país. C à intransigência dos jornais. D ao reconhecimento de um erro. E ao excesso de críticas em jornais espanhóis. LC - 1º dia | Página 6 OSG.: 1420/18 2018 Questões de 06 a 45 QUESTÃO 06 Quando morre algum dos seus põem-lhe sobre a sepultura pratos,cheios de viandas, e uma rede (...) mui bem lavada. Isto, porque creem, segundo dizem, que depois que morrem tornam a comer e descansar sobre a sepultura. Deitam-nos em covas redondas, e, se são principais, fazem-lhes uma choça de palma. Não têm conhecimento de glória nem inferno, somente dizem que depois de morrer vão descansar a um bom lugar. (...) Qualquer cristão, que entre em suas casas, dão-lhe a comer do que têm, e uma rede lavada em que durma. São castas as mulheres a seus maridos. Padre Manuel da Nóbrega O texto, escrito no Brasil colonial, A pertence a um conjunto de documentos da tradição his- tórico literária brasileira, cujo objetivo principal era apre- sentar à metrópole as características da colônia recém- -descoberta. B já antecipa, pelo tom grandiloquente de sua linguagem, a concepção idealizadora que os românticos brasileiros tiveram do indígena. C é exemplo de produção tipicamente literária, em que o imaginário renascentista transfigura os dados de uma re- alidade objetiva. D é exemplo característico do estilo árcade, na medida em que valoriza poeticamente o “bom selvagem”, motivo re- corrente na literatura brasileira do século XVIII. E insere-se num gênero literário específico, introduzido nas terras americanas por padres jesuítas com o objetivo de catequizar os indígenas brasileiros. QUESTÃO 07 Meus brinquedos... Coquilhos de palmeira. Bonecas de pano. Caquinhos de louça. Cavalinhos de forquilha. Viagens infindáveis... Meu mundo imaginário mesclado à realidade. E a casa me cortava: “menina inzoneira!” Companhia indesejável – sempre pronta a sair com minhas irmãs, era de ver as arrelias e as tramas que faziam para saírem juntas e me deixarem sozinha, sempre em casa. CORALINA, C. Minha Infância. In: Melhores poemas de Cora Coralina. 3. ed. São Paulo: Global, 2008. p. 97. GREENWAY, K. Cabra-cega, cartão-postal (1889). In: PROENÇA, G. História da arte. 17. ed. São Paulo: Ática, 2008. p. 187. O fragmento poético e a imagem entabulam diálogo ao retratarem episódios da infância, A transcorrida em brincadeira coletiva no fragmento e em brincadeira individual na imagem. B que se afigura como um período infeliz e irrealizado tanto no fragmento quanto na imagem. C que se mostra problematizada de modo realista no frag- mento e feliz e idealizada na imagem. D que se afigura como uma etapa plena de realizações tan- to no fragmento quanto na imagem. E transcorrida em brincadeiras solitárias e enfadonhas tan- to no fragmento quanto na imagem. LC - 1º dia | Página 7OSG.: 1420/18 2018 QUESTÃO 08 TEXTO I Longe de tudo, locais como a Ilha de Páscoa, a Ilha de Socotorá, no Iêmen, a Floresta Amazônica e a Montanha Gangkhar Puensum, no reino de Butão, abrigam espécies de plantas e animais que você praticamente só vai ver lá. Além disso, a paisagem intocada e os mistérios que envolvem muitos anos de existência e poucos de exploração pelo homem são um ótimo motivo para você querer conhecer os lugares mais remotos do planeta. Disponível em: http://www.pureviagem.com.br/noticia/os-lugares-mais- remotos-do-planeta_a15089/1 TEXTO II Depois andou o Capitão para cima ao longo do rio, que corre sempre chegado à praia. Ali esperou um velho, que trazia na mão uma pá de almadia. Falava, enquanto o Capitão esteve com ele, perante nós todos, sem nunca ninguém o entender, nem ele a nós quantas coisas que lhe demandávamos acerca de ouro, que nós desejávamos saber se na terra havia. Trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha. Apesar dos séculos que separam os dois textos, há entre eles aspectos semelhantes quanto ao seu conteúdo. O item que indica tal semelhança é: A A frequência com que as pessoas visitam os lugares ci- tados. B A frequente exploração humana, tornando os lugares hostis. C A importância da floresta Amazônica para o explorador. D Lugares que despertam a atenção do explorador pela flo- ra e pela fauna. E A importância do ouro e da prata para o explorador. QUESTÃO 09 Assum preto Tudo em vorta é só beleza Sol de abril e a mata em frô Mas assum preto, cego dos óio Num vendo a luz, ai, canta de dor Tarvez por ignorança Ou mardade das pió Furaro os óio do assum preto Pra ele assim, ai, cantá mió Assum preto veve sorto Mas num pode avuá Mil veiz a sina de uma gaiola Desde que o céu, ai, pudesse oiá GONZAGA, L.; TEIXEIRA, H. Disponível em: www.luizgonzaga.mus.br. Acesso em: 30 jul. 2012 (fragmento). O texto Assum preto traz marcas bem expressivas da variante linguística A diastrática, pelo uso de jargões. B diafásica, por ser um texto inserido em um contexto es- pecífico. C diatópica, pela presença de marcas regionalistas. D diacrônica, por fazer uso recorrente de arcaísmos. E diacrônica, pela sintonia com os neologismos de uso cor- rente no português brasileiro. QUESTÃO 10 A Literatura no Brasil nasceu a partir dos primeiros escritos de viajantes europeus que documentavam informações sobre a terra recém-colonizada. Embora alguns teóricos defendam que esses primeiros escritos não possam ser considerados Literatura, oficialmente, por estarem demasiadamente presos à crônica histórica, são compreendidos como o ponto de partida para aformação de nossa identidade literária e cultural. Dalmo Rosanno Quanto ao conteúdo desta Literatura e o momento de sua produção, o fragmento lido refere-se principalmente ao que denominamos A Literatura Clássica de vertente europeia. B Literatura Jesuítica do Brasil colonial. C Literatura Barroca de teor antropocêntrico. D Literatura Informativa ou dos viajantes. E Literatura Árcade antibucólica. LC - 1º dia | Página 8 OSG.: 1420/18 2018 QUESTÃO 11 TEXTO I BANKSY. Disponível em: www.banksy.co.uk. Acesso em: 4 ago. 2012. TEXTO II Só Deus pode me julgar Soldado da guerra a favor da justiça Igualmente por aqui é coisa fictícia Você ri da minha roupa, ri do meu cabelo Mas tenta me imitar se olhando no espelho Preconceito sem conceito que apodrece a nação Filhos do descaso mesmo pós-abolição MV BILL. Declaração de guerra. Manaus: BMG, 2002 (fragmento). O trecho do rap e o grafite evidenciam o papel social das manifestações artísticas e provocam a A consciência do público sobre as razões da desigualdade social. B rejeição do público-alvo à situação representada nas obras. C reflexão contra a indiferença nas relações sociais de for- ma contundente. D ideia de que a igualdade é atingida por meio da violência. E mobilização do público contra o preconceito racial em contextos diferentes. QUESTÃO 12 A pintura barroca integra o conjunto de manifestações artísticas ocorridas no período denominado Barroco. Esse período começou por volta de 1600, em Roma, e espalhou- se por toda a Europa. Ela é marcada pelo estilo religioso, dramático, com a clara demonstração do estado emocional e apelo aos sentidos. A obra que melhor representa esse período artístico é A São Francisco de Assis em êxtase, Caravaggio, 1595. B Davi, de Michelangelo, 1501-1504. C A criação de Adão, Michelangelo, 1511. D Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, 1503. E Madona Sistina, de Rafael Sanzio, 1512. LC - 1º dia | Página 9OSG.: 1420/18 2018 QUESTÃO 13 LAERTE. Longe de mim ter preconceito, mas... Disponível em: http://www.guiadasemana.com.br. Acesso em: 21 set. 2016. Levando em consideração os elementos verbais e não verbais da charge e tomando como ponto de partida o discurso “longe de mim ter preconceito, mas...”, o conectivo “mas” apresenta, como efeito de sentido, A o contrassenso dos questionamentos presentes no dis- curso da interlocutora do indivíduo, que defende sua tese quanto ao que é transgressão das leis. B uma restrição feita pela jovem ao ponto de vista explici- tado pelo homem em relação ao tratamento dispensado aos homoafetivos ou aos heteroafetivos. C a contradição na própria lógica argumentativa do perso- nagem que generaliza a ideia de crime, sem o encade- amento de premissas plausíveis para que delas se tire uma conclusão cabível. D uma ressalva apresentada pela mulher diante da opinião emitida pelo falante que se pronunciou primeiro sobre a forma como a sociedade vê a homoafetividade. E uma oposição ao conceito de gênero enunciado pela voz masculina e o manifesto na contra-argumentação da ou- vinte. QUESTÃO 14 MEIRELLES, V. Moema, 1866. Apesar de construído no período romântico, a obra acima dialoga tematicamente com os(as) A descrições paradoxais da gênese da nação portuguesa. B poesias simbolistas do final do século XIX. C representações dos indígenas como vilões. D poemas épicos do Arcadismo brasileiro. E sermões barrocos que discutiam as relações entre Portu- gal e Espanha. QUESTÃO 15 14 coisas que você não deve jogar na privada Nem no ralo. Elas poluem rios, lagos e mares, o que contamina o ambiente e os animais. Também deixa mais difícil obter a água que nós mesmos usaremos. Alguns produtos podem causar entupimentos: • cotonete e fio dental; • medicamento e preservativo; • óleo de cozinha; • ponta de cigarro; • poeira de varrição de casa; • fio de cabelo e pelo de animais; • tinta que não seja à base de água; • querosene, gasolina, solvente, tíner. Jogue esses produtos no lixo comum. Alguns deles, como óleo de cozinha, medicamento e tinta, podem ser levados a pontos de coleta especiais, que darão destinação final adequada. MORGADO, M.; EMASA. Manual de etiqueta. Planeta sustentável, jul.-ago. 2013 (adaptado). Além da função conativa, revelada pela presença de pronomes de contato com o leitor e de verbos no imperativo, o texto também apresenta a função A poética, uma vez que se vale da conotação. B expressiva, por conter reflexões propostas acerca do au- tor do texto. C metalinguística, por trazer uma estrutura textual próxima do verbete. D referencial, uma vez que possui natureza informativa. E fática, pela ênfase no canal de comunicação com o leitor. LC - 1º dia | Página 10 OSG.: 1420/18 2018 QUESTÃO 16 Há um vilarejo ali Onde areja um vento bom Na varanda, quem descansa Vê o horizonte deitar no chão Pra acalmar o coração Lá o mundo tem razão Terra de heróis, lares de mãe Paraíso se mudou para lá Por cima das casas, cal Frutas em qualquer quintal Peitos fartos, filhos fortes Sonho semeando o mundo real Toda gente cabe lá Palestina, Shangri-lá (...) Lá o tempo espera Lá é primavera Portas e janelas ficam sempre abertas Pra sorte entrar Em todas as mesas, pão Flores enfeitando Os caminhos, os vestidos, os destinos E essa canção Tem um verdadeiro amor Para quando você for (...) Disponível em: http://tinyurl.com/muth987. Acesso em: 1º set. 2014. A letra da música Vilarejo apresenta-nos um lugar A inóspito, tedioso, no qual seus habitantes precisam ser heróis para sobreviver. B misterioso, distante e belo, onde os autores passaram a maior parte da adolescência. C idealizado e maravilhoso, onde a felicidade e a harmonia são vivenciadas em plenitude. D tranquilo e feliz, embora os estrangeiros vivam em comu- nidades isoladas. E selvagem e de natureza exuberante, que fica na divisa entre a Palestina e Shangri-lá. QUESTÃO 17 TEXTO I Vós, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer que façam na terra o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção; mas quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela que têm ofício de sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção? Ou é porque o sal não salga, ou porque a terra se não deixa salgar. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não deixa salgar e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que lhes dão, a não querem receber. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores dizem uma cousa e fazem outra; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem, que fazer o que dizem. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores se pregam a si e não a Cristo; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites. Não é tudo isto verdade? Ainda mal! Padre Antônio Vieira (1608-1697) foi missionário, pregador, diplomata, político e escritor. TEXTO II PESQUISA: O SENHOR ACHA QUE O BRASIL É UM PAÍS DE CORRUPTOS? MAS ACEITO PROPINA PRA DIZER QUE SIM!!! NÃO!!! DUKE. Disponível em: www.dukechargista.com.br Comparando os dois textos e considerando o momento histórico de ambos, podemos inferir que A Padre Antônio Vieira, por ser conceptista, utilizava em seus sermões um fato real para inflamar o ouvinte, cha- mando-o ao dever de refletir e agir. B apesar de pertencerem a gêneros diferentes, o texto II rei- tera a ideia principal do texto I, uma vez que a corrupção excede os valores morais. C para compreender o texto I, é necessário ter umconheci- mento intertextual com a Bíblia que cita o sal como metá- fora para uma visão positiva da vida. D a função do sal descrita no texto I é ratificada no texto II, o que leva à decepção do homem que faz a pesquisa. E a constante repetição de palavras do texto I confirma um estilo literário muito específico do momento histórico em que foi escrito. LC - 1º dia | Página 11OSG.: 1420/18 2018 QUESTÃO 18 Tarefa Morder o fruto amargo e não cuspir Mas avisar aos outros quanto é amargo Cumprir o trato injusto e não falhar Mas avisar aos outros quanto é injusto Sofrer o esquema falso e não ceder Mas avisar aos outros quanto é falso Dizer também que são coisas mutáveis… E quando em muitos a não pulsar — do amargo e injusto e falso por mudar — então confiar à gente exausta o plano de um mundo novo e muito mais humano. CAMPOS, G. Tarefa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981. Pela sua natureza e pela sua estrutura, percebe-se, na organização do texto, o predomínio da função da linguagem A referencial, com foco no assunto. B conativa, voltada ao apelo ao leitor. C poética, centrada na mensagem. D emotiva, com foco nos sentimentos do eu lírico. E metalinguística, pela natureza autorreflexiva do código empregado. QUESTÃO 19 Prova realizada pela pr i- meira vez nas capitais de to- do o país revelou que 4 3,6% dos alunos que concl uíram o 3° ano do fundam ental não sambem ler e 46% não aprenderam a escr ever. DEVE ESTAR ESCRITO: ‘‘QUEREMOS APRENDER A LER E ESCREVER’’. Com base na leitura da charge, é possível depreender que A ler e escrever são atividades fundamentais que depen- dem, exclusivamente, dos ensinamentos propiciados pela escola. B as práticas de leitura e de escrita da vida cotidiana são muito diferentes das escolares, o que produz estudantes bem preparados. C não basta ter acesso à escola, mas ter direito a uma apro- priação de conhecimentos que garantam uma aprendiza- gem efetiva. D a leitura de bons livros contribui para a formação do leitor, embora os estudantes não precisem dominar a escrita. E os estudantes desejam aprender a ler e a escrever e con- seguem atingir esse objetivo. QUESTÃO 20 A terra é mui graciosa, Tão fértil eu nunca vi. A gente vai passear, No chão espeta um caniço, No dia seguinte nasce Bengala de castão de oiro. Tem goiabas, melancias, Banana que nem chuchu. Quanto aos bichos, tem-nos muito, De plumagens mui vistosas. Tem macaco até demais Diamantes tem à vontade Esmeralda é para os trouxas. Reforçai, Senhor, a arca, Cruzados não faltarão, Vossa perna encanareis, Salvo o devido respeito. Ficarei muito saudoso Se for embora daqui. MENDES, M. Murilo Mendes: poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. No poema de Murilo Mendes, onde há um diálogo com a Carta de Pero Vaz de Caminha, nota-se a mistura de arcaísmos e termos coloquiais criando um efeito de contraste, como exemplificado em A “Espeta” / “À vontade”. B “Mui” / “Oiro”. C “Mui” / “Trouxas”. D “Tem” / “Macaco”. E “Bichos” / “Plumagens”. QUESTÃO 21 Nunca demorou tanto a conta, nem ela cresceu tanto, como agora; e, a rigor, o credor não lhe punha a faca aos peitos; mas disse-lhe hoje uma palavra azeda, com um gesto mau, e Honório quer pagar-lhe hoje mesmo. ASSIS, M. A carteira. No texto, o emprego do conectivo “mas” A enfatiza uma relação de casualidade. B reforça a concessividade entre as ações expostas. C articula a oposição entre ações. D anula o teor antagônico dos fatos. E reitera o caráter metalinguístico do texto. LC - 1º dia | Página 12 OSG.: 1420/18 2018 QUESTÃO 22 O QUE VOCÊ QUER PERGUNTAR, SUSANITA? SÓ VOCÊ PODE FAZER PERGUNTAS? VOCÊ PENSA QUE É MELHOR? HEIN? POR ACASO EU NÃO POSSO TER AS MINHAS PERGUNTAS? AH, É? E QUANDO VOCÊ FICA PERGUNTANDO POR QUE O MUNDO NÃO SEI O QUE E POR QUE A GUERRA NÃO SEI O QUE LÁ? HEIN? É A PERGUNTA MAIS ESTÚPIDA QUE EU OUVI EM TODA MINHA VIDA, SUSANITA! POR QUE NESTE PAÍS OS OPERÁRIOS SÃO TÃO POBRES E NÃO SÃO COMO OS DOS EUA, QUE SÃO LOUROS, LINDOS E TÊM CARRO? Disponível em: http://tirinhasfilosoficas.blogspot.com.br Acesso em: 31 out. 2016. Na tirinha acima, ao perguntar “Você pensa que é melhor?”, Susanita A expressa seu interesse pelas guerras que acontecem no mundo. B deixa implícito que é melhor que Mafalda. C quer reivindicar seu direito de questionar a realidade. D revela que Mafalda deveria refletir melhor sobre os pro- blemas da atualidade. E revela sua admiração por Mafalda se preocupar com questões políticas. QUESTÃO 23 ALEIJADINHO. Cristo no Horto das Oliveiras, na Via-Sacra de Congonhas. O estilo de Aleijadinho é a modelagem das imagens sacras com expressões populares, rompendo com o estilo europeu, que apresentava os santos com feições belas e harmoniosas. Acerca da obra de Aleijadinho, depreende-se que o(a) A artista utiliza modelos inspirados na arte renascentista, marcada pela linearidade, pela presença de linhas incisi- vas e contornos claros. B Barroco, surgido na Europa no início do século XVII, foi um estilo que deu continuidade ao Classicismo, do Re- nascimento, cujas bases conceituais giravam em torno da simetria, da contenção, da racionalidade e do equilí- brio formal. C correta compreensão do Barroco nas artes não pode ser conseguida pela análise de obras ou artistas individuais, mas sim do estudo do seu contexto cultural e das estru- turas arquitetônicas que foram erguidas no período da Contrarreforma. D Cristo construído por Aleijadinho reitera as características do Barroco, como a dramaticidade e o drapeado das ves- tes em formas geométricas, oferecendo textura à peça e revelando a aposta no estímulo sensorial do observador. E linguagem da arte barroca, assim como a escultura desse período, defende uma ideia racional e equilibrada do ho- mem desse período. QUESTÃO 24 PRODUTORES DE PETRÓLEO VÃO SE REUNIR EM ABRIL PARA DISCUTIR CONGELAMENTO. AO QUE PARECE NEM TODO MUNDO ENTENDEU O NOSSO MEMORANDO. A partir da análise do conteúdo observado, nota-se que o humor da tira acima se concentra no(a) A desapontamento do presidente da reunião, ao constatar um “ruído” na comunicação interna da empresa, devido à limitada capacidade interpretativa por parte dos subor- dinados. B fala irônica do superior de uma empresa, criticando a falta de compreensão, por parte de seus funcionários, de uma linguagem figurada num memorando. C providência tomada por um dos participantes da reunião, depois de ter feito uma leitura literal de um memorando. D repreensão enérgica do dirigente, dirigida a um dos ele- mentos da palestra, por não entender mensagem ambí- gua utilizada em informativo. E crítica subjacente no discurso do falante, direcionada a um dos presentes na reunião, por desconhecer jargão comercial em aviso da empresa. LC - 1º dia | Página 13OSG.: 1420/18 2018 QUESTÃO 25 A vós correndo vou, braços sagrados, Nessa cruz sacrossanta descobertos Que, para receber-me, estais abertos, E, por não castigar-me, estais cravados. A vós, divinos olhos, eclipsados De tanto sangue e lágrimas abertos, Pois, para perdoar-me, estais despertos, E, por não condenar-me, estais fechados. A vós, pregados pés, por não deixar-me, A vós, sangue vertido, para ungir-me, A vós, cabeça baixa, p’ra chamar-me A vós, lado patente, quero unir-me, A vós, cravos preciosos, quero atar-me, Para ficar unido, atado e firme. O poema lido pertence A à lírica GRACIOSA de Gregório de Matos, poeta barroco. B à lírica FILOSÓFICA de Gregório de Matos, poeta bar- roco. C à lírica SATÍRICA de Gregório de Matos, poeta barroco. D à lírica SACRA de Gregório de Matos, poeta barroco. E à líricaFECENINA de Gregório de Matos, poeta barroco. QUESTÃO 26 Que país é esse? Nas favelas, no Senado Sujeira pra todo lado Ninguém respeita a Constituição Mas todos acreditam no futuro da nação Que país é esse? Que país é esse? Que país é esse? No Amazonas, no Araguaia, na Baixada Fluminense No Mato Grosso, Minas Gerais e no Nordeste tudo [em paz Na morte eu descanso, mas o sangue anda solto Manchando os papéis, documentos fiéis Ao descanso do patrão Disponível em: https://www.vagalume.com.br/legiao-urbana/ quepais-e-esse.html Na letra da canção, predomina um tipo de linguagem que valoriza e tenta se comunicar com um ouvinte de registro A urbano, crítico, coloquial. B urbano, culto, formal. C rural, crítico, formal. D rural, reflexivo, coloquial. E universal, culto, formal. QUESTÃO 27 Ao se apossarem do novo território, os europeus ignoraram um universo de antiga sabedoria, povoado por homens e bens unidos por um sistema integrado. A recusa em se inteirar dos valores culturais dos primeiros habitantes levou-os a uma descrição simplista desses grupos e à sua sucessiva destruição. Na verdade, não existe uma distinção entre a nossa arte e aquela produzida por povos tecnicamente menos desenvolvidos. As duas manifestações devem ser encaradas como expressões diferentes dos modos de sentir e pensar das várias sociedades, mas também como equivalentes, por resultarem de impulsos humanos comuns. SCATAMACHIA, M. C. M. In: AGUILAR, N. (Org.). Mostra do redescobrimento: arqueologia. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo – Associação Brasil 500 anos artes visuais, 2000. Segundo o texto, não há distinção entre as manifestações artísticas produzidas pelos colonizadores e pelos colonizados, pois ambas compartilham o(a) A estrutura formal. B suporte estético. C insumo tecnológico. D base sociológica. E referencial conteudístico. LC - 1º dia | Página 14 OSG.: 1420/18 2018 QUESTÃO 28 GRAVURA 1 Propaganda da Sadia GRAVURA 2 GRAVURA 3 A Sadia veiculou em meados de 2008, em uma propaganda, que a vida com “S” é melhor – “S” de Sadia / “S” de felicidade / “S” de plural / amigo vira amigos / família vira famílias / porque tudo na vida que é bom tem “S”. O efeito desta propaganda foi maravilhoso e suscitou várias considerações linguísticas pertinentes. Assim, infere-se que A o “S” da Sadia indica plural, e muitas palavras em língua portuguesa são usadas somente no plural por serem marcas linguísticas de felicidade, contentamento, como férias e parabéns. B não houve correlação nenhuma do “S” de Sadia com a língua portuguesa na propaganda mensurada. C a letra “S” foi simplesmente um indicativo de que Sadia tem “S” e Perdigão (a concorrente) não, apesar da fusão entre as empresas ter ocorrido posteriormente. D as gravuras não refletem a ideia da propaganda, todas estão em um foco contraditório e não possuem relação textual gradativa. E na gravura 3, a expressão de tristeza da mascote da campanha revela o seu desprezo pelo produto e auxilia o crescimento da marca rival. QUESTÃO 29 CALVIN, SUA MÃE E EU DECIDIMOS QUE VOCÊ VAI GANHAR UMA MESADA. ISSO É IMPORTANTE PORQUE VAI TE ENSINAR O VALOR DO DINHEIRO. DINHEIRO! HA HA HA ! ESTOU RICO! ESTOU RICO! EU POSSO COMPRAR QUALQUER UM! O MUNDO É MEU! EU DESISTO DE NOVO, QUERIDA. PODER! AMIGOS! PRESTÍGIO! EU POSSO COMPRAR TUDO! SOU LIVRE! HA HA HA HA! Tirinhas do Calvin. Disponível em: https://www.google.com.br. Acesso em: 5 set. 2013. Segundo o que se depreende da tirinha acima, é possível inferir que A os pais de Calvin querem ensinar-lhe, pela primeira vez, a valorizar o dinheiro. B Calvin precisa muito de dinheiro para obter coisas, como prestígio, poder e amigos. C Calvin precisa de dinheiro para ser livre e comprar as pes- soas e o mundo todo. D Com a mesada, Calvin aprendeu a valorizar o dinheiro e a não gastar com bobagens. E os pais de Calvin sempre quiseram ensinar-lhe a valorizar o dinheiro, sem sucesso. QUESTÃO 30 A História, mais ou menos Negócio seguinte. Três reis magrinhos ouviram um plá de que tinha nascido um Guri. Viram o cometa no Oriente e tal e se flagraram que o Guri tinha pintado por lá. Os profetas, que não eram de dar cascata, já tinham dicado o troço: em Belém, da Judeia, vai nascer o Salvador, e tá falado. Os três magrinhos se mandaram. Mas deram o maior fora. Em vez de irem direto para Belém, como mandava o catálogo, resolveram dar uma incerta no velho Herodes, em Jerusalém. Pra quê! Chegaram lá de boca aberta e entregaram toda a trama. Perguntaram: Onde está o rei que acaba de nascer? Vimos sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo. Quer dizer, pegou mal. Muito mal. O velho Herodes, que era um oligão, ficou grilado. Que rei era aquele? Ele é que era o dono da praça. Mas comeu em boca e disse: Joia. Onde é que esse guri vai se apresentar? Em que canal? Quem é o empresário? Tem baixo elétrico? Quero saber tudo. Os magrinhos disseram que iam flagrar o Guri e na volta dicavam tudo para o coroa. VERISSIMO, L. F. O nariz e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1994. Na crônica de Luis Fernando Verissimo, o contraste entre o tema abordado e a linguagem utilizada gera o efeito de A humor, sobretudo pela informalidade. B crítica, pelo uso recorrente da ironia. C sátira, na construção de uma severa crítica social. D paródia, pela fidelidade ao texto bíblico. E reflexão, pelo alto grau de criticidade empregado. LC - 1º dia | Página 15OSG.: 1420/18 2018 QUESTÃO 31 Soneto VII Onde estou? Este sítio desconheço: Quem fez tão diferente aquele prado? Tudo outra natureza tem tomado; E em contemplá-lo tímido esmoreço. Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço De estar a ela um dia reclinado: Ali em vale um monte está mudado: Quanto pode dos anos o progresso! Árvores aqui vi tão florescentes, Que faziam perpétua a primavera: Nem troncos vejo agora decadentes. Eu me engano: a região esta não era; Mas que venho a estranhar, se estão presentes Meus males, com que tudo degenera! COSTA, C. M. Poemas. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 7 jul. 2012. O poema de Cláudio Manuel da Costa apresenta o eu lírico em uma postura contemplativa e reflexiva em relação ao cenário de sua terra natal. Tal postura configura a presença da função da linguagem A expressiva, pelo tom confessional. B conativa, pela presença da reflexão. C metalinguística, pelo teor intertextual. D poética, pela negação da metáfora. E fática, pelo bloqueio do próprio ato comunicativo. QUESTÃO 32 TEXTO I A minha estada na Bruzundanga foi demorada e proveitosa. O país, no dizer de todos, é rico, tem todos os minerais, todos os vegetais úteis, todas as condições de riqueza, mas vive na miséria. De onde em onde, faz uma “parada” feliz e todos respiram. As cidades vivem cheias de carruagens; as mulheres se arreiam de joias e vestidos caros; os cavalheiros chics se mostram nas ruas, com bengalas e trajos apurados; os banquetes e as recepções se sucedem. ARRETO, L. Os Bruzundangas. TEXTO II Começarei pela gente. Foi tanta a multidão dela, mansa e tratável, que encontramos naquelas regiões, que, como diz o Apocalipse, não se pôde contar. Os de um e outro sexo andam nus, sem cobrir nenhuma parte do corpo, como saem dos corpos das mães, e assim vão até a morte. Têm os corpos grandes e robustos, bem dispostos e proporcionados, de cor tirante a vermelha, o que, segundo creio, lhes procede de serem tintos pelo sol, andando nus. Têm os cabelos negros e crescidos; são ágeis e fáceis no andar e nos jogos, e de mui belas feições, as quais contudo a si próprios desfiguram, furando as faces, os lábios, as ventas e as orelhas. E não se creia que os buracos sejam pequenos ou tenham apenas um,pois vi muitos com sete, cada um dos quais tão grandes como um abrunho. Tapam estes buracos com bonitas pedras azuis de mármore, cristalinas ou de alabastro, e com ossos alvíssimos e outros objetos elaborados segundo seu uso, que é insólito e monstruoso. Homens há que levam nas faces e lábios sete pedras, cada uma de metade da palma da mão de comprido. Não sem admiração, muitas vezes achei pesarem essas sete pedras dezesseis onças, além das que trazem pendentes de três buracos nas orelhas. Mas este uso é somente dos homens. As mulheres não furam as faces, mas somente as orelhas. VESPÚCIO, A. Novo mundo: as cartas que batizaram a América. Tradução de Janaína Amaro e Luiz C. Figueiredo (fragmento). Considerando os textos, pode-se inferir que A ambos apresentam forte preocupação com a descrição da fauna e da flora, bem como fazem um juízo de valor sobre os habitantes do local descrito. B em ambos há uma descrição negativa dos habitantes a fim de se fazer uma crítica social e mostrar as necessi- dades deles. C o primeiro texto apresenta nacionalismo ufanista; o se- gundo, ao descrever os hábitos do índio, apresenta pre- conceito. D o momento histórico em que foram escritos define a pre- ocupação do autor em descrever os problemas da nação brasileira. E o que há em comum entre os dois textos é o fato de am- bos desenvolverem a descrição a fim de apresentar as características dos países apresentados. LC - 1º dia | Página 16 OSG.: 1420/18 2018 QUESTÃO 33 Observe as pinturas a seguir pertencentes ao Barroco e assinale o que for correto. A – Crucificação de Pedro – Caravaggio B – Lição de Anatomia – Rembrandt A A e B, são pinturas do Renascimento, pois têm motivos pagãos. B A e B, são pinturas do Barroco, pois têm motivos cristãos. C Em B, o jogo de claro x escuro marca o predomínio do Teocentrismo. D Em A, a claridade do corpo de Pedro aponta para o An- tropocentrismo. E Em B, a claridade está ligada ao caráter majoritariamente humanista. QUESTÃO 34 O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. ROSA, J. G. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. O fragmento extraído do romance Grande sertão: veredas mostra o protagonista Riobaldo narrando sua trajetória de jagunço. Tal narrativa aproxima-se de um(a) A relato, pela objetividade da linguagem. B depoimento, pelo uso pessoal da 3a pessoa. C aforismo, por expor uma máxima sentenciosa. D crônica, por refletir sobre fatos do cotidiano. E apólogo, por trazer implicitamente um ensinamento mo- ralizante. QUESTÃO 35 O ALUNO NÃO VEIO MAIS ASSISTIR AULA... Pode-se inferir que a charge visa A apoiar a atitude dos alunos e propor a liberação geral da frequência às aulas. B enaltecer a escola brasileira e homenagear o trabalho docente. C indicar a deflagração de uma greve e incentivar a adesão a ela. D recriminar os alunos e declarar apoio à política educacional. E criticar a situação atual do ensino e denunciar a evasão escolar. QUESTÃO 36 Não estou no Twitter, não sei o que é o Twitter, jamais entrarei nesse terreno baldio e, incrivelmente, tenho 26 mil “seguidores” no Twitter. Quem me pôs lá? Quem foi o canalha que usou meu nome? Jamais saberei. Vivemos no poço escuro da web. Ou buscamos a exposição total para ser “celebridade” ou usamos esse anonimato irresponsável com o nome dos outros. Tem gente que fala para mim: “Faz um blog, faz um blog!” Logo eu, que já sou um blog vivo, tagarelando na TV, rádio e jornais… Jamais farei um blog, esse nome que parece um coaxar de sapo-boi. Quero o passado. Quero o lápis na orelha do quitandeiro, quero o gato do armazém dormindo sobre o saco de batatas, quero o telefone preto, de disco, que não dá linha, em vez dos gemidinhos dos celulares incessantes. Disponível em: http://www.simplescoisasdavida.com/arnaldo-jabor- desabafa-sobre-textos-apocrifos-que-ha-na-internet-com-o-seu-nome/ Acesso em: 2 fev. 2012. Considerando as ideias desenvolvidas pelo autor, conclui-se que o texto tem a finalidade de A descrever e fornecer orientações sobre a criação de um blog. B relatar a calmaria da vida das pessoas antes do advento da web. C aconselhar as pessoas dependentes da web a ter novos comportamentos. D expor, de forma geral, os problemas derivados das novas tecnologias. E encaminhar as pessoas para a mudança de hábitos no mundo virtual. LC - 1º dia | Página 17OSG.: 1420/18 2018 QUESTÃO 37 Mulheres alteradas 3. Trad. Ryta Vinagre. Rocco: Rio de Janeiro, 2003, p. 71. Acerca da análise dos recursos linguísticos que conferem progressão e sentido ao texto, percebe-se que o texto acima A é composto de unidades produzidas pela associação en- tre imagem e linguagem verbal; o sentido de cada unida- de é determinado pela relação de oposição que o quadro estabelece com aquele que vem imediatamente anterior, contraste que produz o humor. B correlaciona os quadrinhos por meio da relação conse- quente entre as diversas ações das personagens, fato que determina uma única direção possível de leitura, a horizontal, da esquerda para a direita, da primeira para a segunda tira, desta para a terceira. C é composto de um bloco e uma sequência, esta constru- ída pela permanência da personagem “mulher alterada”, que manifesta, nas diferentes unidades, distintos senti- mentos, com exceção da tristeza pelo mal cometido, o que produz o humor. D apresenta uma frase exclamativa que introduz imagens, aliadas à linguagem verbal, que aparecem em quadros antecedidos de legendas; estas remetem a um mesmo sujeito, enunciado na frase exclamativa, e esse fator dá unidade ao conjunto. E inova o gênero História em Quadrinhos ao delinear os balões de modo a distinguir se seu conteúdo é um pen- samento ou uma fala da personagem; ao não se valer de interjeição ou onomatopeia; ao expressar movimento somente pela sequência dos quadros. QUESTÃO 38 A forte presença de palavras indígenas e africanas e de termos trazidos pelos imigrantes a partir do século XIX é um dos traços que distinguem o português do Brasil e o português de Portugal. Mas, olhando para a história dos empréstimos que o português brasileiro recebeu de línguas europeias a partir do século XX, outra diferença também aparece: com a vinda ao Brasil da família real portuguesa (1808) e, particularmente, com a Independência, Portugal deixou de ser o intermediário obrigatório da assimilação desses empréstimos e, assim, Brasil e Portugal começaram a divergir, não só por terem sofrido influências diferentes, mas também pela maneira como reagiram a elas. ILARI, R.; BASSO, R. O português da gente: a língua que estudamos, a língua que falamos. São Paulo: Contexto, 2006. Os empréstimos linguísticos, recebidos de diversas línguas, são importantes na constituição do português do Brasil porque A deixaram marcas da história vivida pela nação, como a colonização e a imigração. B transformaram em um só idioma línguas diferentes, como as africanas, as indígenas e as europeias. C promoveram uma língua acessível a falantes de origens distintas, como o africano, o indígena e o europeu. D guardaram uma relação de identidade entre os falantes do português do Brasil e os do português de Portugal. E tornaram a língua do Brasil mais complexa do que as lín- guas de outros países que também tiveram colonização portuguesa. QUESTÃO 39 Neste mundo é mais rico o que mais rapa: Quem mais limpo se faz, tem mais carepa: Com sua língua ao nobre o vil decepa: O Velhaco maior sempre tem capa. Mostra o patife da nobreza o mapa: Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa; Quem menos falar pode, mais increpa: Quem dinheirotiver, pode ser Papa. A flor baixa se inculca por Tulipa; Bengala hoje na mão, ontem galopa: Mais isento se mostra, que mais chupa. Para a tropa do trapo vazo a tripa, E mais não digo, porque a Musa topa Em apa, epa, ipa, opa, upa. Gregório de Matos O poeta baiano usou seu gênio para atacar violentamente o clero, os aristocratas, os portugueses recorrendo à palavra. Quanto à preocupação estética do poeta e considerando o poema, infere-se que o(a) A poeta utiliza a metonímia e hipálage, mantendo caracte- rísticas peculiares da arte barroca. B poema faz parte da poesia satírica de Gregório de Matos, que faz uma crítica feroz àquelas pessoas que têm sucesso por meios ilícitos. C poeta utiliza uma linguagem simples, objetiva e racional para fazer uma crítica à sociedade. D poema faz parte da lírica filosófica de Gregório de Matos, que usa de recursos linguísticos rebuscados para criticar a sociedade. E crise espiritual sofrida no período da Contrarreforma torna o homem cético, desconfiado e pessimista. LC - 1º dia | Página 18 OSG.: 1420/18 2018 QUESTÃO 40 Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar a mudança da língua como um fato. Isso deve significar que a escola deve aceitar qualquer forma de língua em suas atividades escritas? Não deve mais corrigir? Não! Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo real da escrita, não existe apenas um português correto, que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos contratos não é o mesmo dos manuais de instrução; o dos juízes do Supremo não é o mesmo dos cordelistas; o dos editoriais dos jornais não é o mesmo dos cadernos de cultura dos mesmos jornais. Ou do de seus colunistas. POSSENTI, S. Gramática na cabeça. Língua Portuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011 (adaptado). O autor defende que não existe uma norma ou um único “português correto”; portanto, para adquirir proficiência no domínio da língua portuguesa, faz-se necessário também A moldar as variantes linguísticas aos diferentes tipos de textos e contextos. B descartar as variações orais da língua. C valorizar o uso da norma culta em textos de circulação social. D moldar as variantes idiomáticas pelo uso da linguagem literária e jornalística. E desprezar as formas linguísticas e textuais previstas pela gramática normativa. QUESTÃO 41 O prefeito? Não dá! Por mais que a professora explique, eu não entendo esse negócio de sujeito e predicado! É fácil, Miguelito. Se eu digo, por exemplo, ‘‘Esse lixo enfeia a rua’’, qual é o sujeito? Disponível em: http://fatimalp.blogspot.com.br/2012/03charges-no- vestibular.html. Acesso em: 14 jun. 2014. O humor da tirinha se constrói com base no fato de A Miguelito não compreender nada de um conceito escolar tão básico. B Mafalda assumir o papel de uma professora para seu amigo Miguelito. C a expressão facial de Miguelito demonstrar uma grande preocupação. D Mafalda tratar o assunto com seriedade incompatível com a situação. E Miguelito quebrar a expectativa do leitor, confundindo es- cola e cotidiano. QUESTÃO 42 TEXTO I February 17, 2006 - 08:17 Campanha publicitária contra AIDS na TV será exibida a partir de domingo Com o slogan “Camisinha, não saia sem ela”, a campanha contra a AIDS para o período de Carnaval terá filme publicitário estrelado pelo ator Luis Fernando Guimarães e será exibido... Disponível em: http://www.aids.gov.br/noticia/com-o-slogan-camisinha- nao-saia-sem-ela-campanha-contra-aids-para-o-periodo-de-carnaval-tera. Acesso em: 13 maio 2012. TEXTO II Ao persistirem os sintomas, procure orientação médica. Os meios de comunicação têm como missão maior informar e formar opiniões. Sabe-se que, na ansiedade jornalística, muitas críticas são feitas após a configuração de algumas campanhas publicitárias. Nos textos acima, pode-se reconhecer que as posições críticas dos autores refletem que A os dois textos cometem erros informativos, pois desviam o foco certo da verdadeira mensagem, mudando a ideia central de cada propaganda. B as críticas feitas são, respectivamente, no texto I a indu- ção ao uso da camisinha e, consequentemente, à práti- ca do sexo, crítica referendada pelos credos religiosos e, no texto II, o uso da contração “ao” que remete a tempo, quando deveria remeter a condição usando a preposição “a”. Sabe-se que o “ao” equivale na redução ao “quando” e o “a” a conjunção “se”. C o texto II não possui erros de mensagem nem comete in- coerência gramatical no uso da contração “ao” associada ao verbo “persistirem”. D nenhum dos textos consegue mudar a ideia social vi- gente, no que concerne às práticas sociais individualistas. E o texto I tem ponto forte nas argumentações e ponto fraco nas ambiguidades que confundem o povo. LC - 1º dia | Página 19OSG.: 1420/18 2018 QUESTÃO 43 Já me enfado de ouvir este alarido, Com que se engana o mundo em seu cuidado: Quero ver entre as peles e o cajado, Se melhora a fortuna de partido. [...] Aquele adore as roupas de alto preço, Um siga a ostentação, outro a vaidade; Todos se enganam com igual excesso. Eu não chamo a isto já felicidade: Ao campo me recolho e reconheço, Que não há melhor bem que a soledade. No poema acima, de Cláudio Manuel da Costa, os trechos que ratificam a presença de fugere urbem e aurea mediocritas são, respectivamente, A “Ao campo me recolho” e “não há maior bem que a so- ledade”. B “excesso” e “Ao campo me recolho”. C “enfado” e “roupas de alto preço”. D “Aquele adore as roupas de alto preço” e “excesso”. E “ostentação” e “Com que se engana o mundo em seu cui- dado”. QUESTÃO 44 ITURRUSGARAI, A. Disponível em: https://tinyurl.com/y84av2o8. Acesso em: 9 fev. 2012. As diferentes esferas sociais de uso da língua apontam que cabe ao falante adaptá-la às variadas situações de comunicação. No caso da tirinha acima, a variação linguística é responsável pelo humor porque o(a) A pai emprega formas verbais típicas do universo adoles- cente. B namorado apresenta um discurso formal e próximo da oralidade. C discurso formulado pelo namorado é marcado pelo uso de neologismos. D linguagem verbal utilizada pelo namorado apresenta ar- caísmos léxicos. E pai se surpreende com a linguagem sofisticada e técnica do namorado. QUESTÃO 45 Estudos etnográficos na área da linguagem e educação traduzem o distanciamento entre as microculturas da comunidade familiar e da comunidade escolar como fator primordial determinante do fracasso escolar. Nessa mesma direção, pesquisadores brasileiros vêm corroborando essa realidade apontando para o descompasso entre as práticas discursivas que circulam dentro e fora da escola e suas implicações no processo de ensino-aprendizagem da leitura e da escrita. A necessidade de reconhecer o ambiente de origem do aluno, a “ecologia linguística” da sua comunidade, torna-se fundamental para promover o diálogo em sala de aula, considerando que a aprendizagem se processa pela interação (ou “inter-ação”) entre os interlocutores e seus textos orais e escritos. Rev. Bras. Educ. vol. 12 n. 36. Rio de Janeiro. Sept./Dec. 2007. O assunto tratado no fragmento é relativo à língua portuguesa e foi publicado em uma Revista Brasileira de Educação. Entre as características próprias desse tipo de texto, identificam-se as marcas linguísticas próprias do uso A técnico, por meio de expressões próprias de textos cien- tíficos. B coloquial, por meio do registro de informalidade. C oral, por meio do uso de expressões típicas da oralidade. D regional, pela presença de léxico de determinada região do Brasil. E literário, pela conformidade com as normas da gramática. LC - 1º dia | Página 20 OSG.: 1420/18 2018 TEXTOS MOTIVADORES TEXTO IRelatório da OMS aponta Brasil como País mais deprimido da América Latina e mais ansioso do mundo A fama de alegria contagiante do brasileiro é comum ao redor do planeta. Porém, um relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) pode contradizer esta afirmação. Segundo dados da entidade, 11.548.577 brasileiros sofrem de depressão, o que equivale a 5,8% da população nacional. Em números absolutos, o Brasil fica atrás apenas da China e da Índia, ambos países com mais de um bilhão de habitantes. Relativizando os números, somente Ucrânia (6,3% da população), Estados Unidos (5,9%), Austrália (5,9%) e Estônia (5,9%) aparecem na frente do Brasil, que, na América Latina, lidera o ranking de depressivos. No mundo, mais de 322 milhões de pessoas (4,4% da população global) sofrem com o distúrbio, que pode levar à incapacidade, afetando até mesmo a economia mundial e, em casos extremos, ao suicídio. Entre 2005 e 2015, o número de pessoas deprimidas no planeta subiu 18,4%. Disponível em: https://tinyurl.com/y9hpkd7s. Acesso em: 13 dez. 2017 (adaptado). TEXTO II A cada 45 minutos, uma pessoa se suicida no Brasil, dizem especialistas Segundo informou o coordenador geral de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Quirino Cordeiro Júnior, o Brasil é signatário do Plano de Ação em Saúde Mental, feito em 2013 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em que se busca a redução da taxa de suicídio em 10% até 2020. No entanto, nos últimos dez anos, o número de suicídios no país tem aumentado, o que tem preocupado o governo. — Isso tudo equivale a aproximadamente 32 casos por dia, 1 a cada 45 minutos, levando em consideração que a gente ainda tem a subnotificação e essa subnotificação está muito vinculada ao preconceito com relação ao portador de algum transtorno mental — afirmou o coordenador. Segundo Quirino, o governo estabeleceu três ações para tentar conter esse avanço. São elas a ampliação e estruturação da Rede de Assistência Psicossocial, um acordo de cooperação técnica entre o Ministério da Saúde e o Centro de Valorização à Vida (CVV) e a organização do Plano Nacional de Prevenção ao Suicídio. Disponível em: https://tinyurl.com/ydcybhs5. Acesso em: 13 dez. 2017 (adaptado). TEXTO III LC - 1º dia | Página 21OSG.: 1420/18 2018 TEXTO IV No âmbito do indivíduo, tratar a depressão apenas com medicamentos é tornar ilegítima a sua dor. É dizer ao depressivo que o que ele sente não merece ser ouvido porque é produto apenas de uma disfunção bioquímica. É reforçar a crença de que o depressivo não tem nada a dizer sequer sobre ele mesmo. É cristalizar o estigma. Sem contar que tentar calar os sintomas da depressão à custa de remédios leva ao embotamento da experiência, ao esvaziamento da subjetividade. O que se sente é silenciado – e não elaborado. E, ainda que alguém achasse que vale a pena se anestesiar da condição humana, o efeito do remédio, como bem sabemos, é temporário. O problema é que a realidade mostra que não é tão simples assim. Quem já fez tratamento com antidepressivos sabe que “curar” uma depressão não é o mesmo que tratar de uma micose ou mesmo de uma pneumonia. Não basta tomar remédio: é preciso expressar a dor, é necessário elaborar o sofrimento e, em geral, mudar a vida ou a forma de olhar para a vida e para si mesmo. Disponível em: https://tinyurl.com/yht69vv. Acesso em: 13 dez. 2017 (adaptado). PROPOSTA DE REDAÇÃO Com base na leitura dos textos motivadores apresentados e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Meios para o combate à depressão no Brasil”, apresentando proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. CH - 1º dia | Página 22 OSG.: 1420/18 2018 CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 46 a 90 QUESTÃO 46 – Essa cova em que estás, com palmos medida, é a cota menor que tiraste em vida. – É de bom tamanho, nem largo nem fundo, é a parte que te cabe neste latifúndio. – Não é cova grande. é cova medida, é a terra que querias ver dividida. MELO NETO, J. C. Morte e Vida Severina. Universidade da Amazônia, NEAD – Núcleo de Educação à Distância. p.21-13. Disponível em: <www.nead.unama.br>. Acesso em: 28 ago. 2017. O poema trata da relação entre o homem e a terra no Brasil. Com base nos conhecimentos sobre propriedade e usos da terra, assinale a alternativa correta. A No decorrer do Segundo Reinado, a Lei de Terras, pro- mulgada em 1850, possibilitou o livre acesso das terras devolutas aos primeiros imigrantes europeus, garantindo- -lhes a sobrevivência. B Na Colônia, as terras doadas como sesmarias garantiam privilégios aos senhores de engenho, mas restringiam a prática de certas atividades econômicas. C No Império, formaram-se os primeiros quilombos cuja propriedade de terras foi reconhecida legalmente durante a Primeira República. D Em 1964, João Goulart realizou desapropriações das pe- quenas propriedades no entorno das metrópoles para o cultivo de sobrevivência por parte dos trabalhadores. E No governo de Fernando Henrique Cardoso (1995- 2002), retomou-se a política econômica de estatização das propriedades agrícolas, resultando em elevadas ta- xas de crescimento econômico. QUESTÃO 47 Os subúrbios do Rio de Janeiro são a mais curiosa coisa em matéria de edificação da cidade. A topografia do local, caprichosamente montuosa, influiu decerto para tal aspecto, mais influíram, porém, os azares das construções. Nada mais irregular, mais caprichoso, mais sem plano qualquer, pode ser imaginado. As casas surgiram como se fossem semeadas ao vento e, conforme as casas, as ruas se fizeram (...). Num trecho, há casas amontoadas umas sobre outras numa angústia de espaço desoladora, logo adiante, um vasto campo abre ao nosso olhar uma ampla perspectiva. BARRETO, L. Triste Fim de Policarpo Quaresma. São Paulo: Globo, p. 78. A geografia é uma ciência que visa à análise da realidade social pelo âmbito da espacialidade dos fenômenos. Ocupa-se de entender o(s) modo(s) como as sociedades humanas, em seu processo de produção e reprodução da existência, organizam e produzem seus espaços. Para apreender a espacialidade dos fenômenos, a geografia lança mão de várias categorias analíticas. A citação do livro de Lima Barreto, autor da fase pré-modernista da literatura brasileira, refere-se à categoria A bacia hidrográfica. B região. C território. D territorialidade. E paisagem. QUESTÃO 48 Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa de colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista e da ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas da globalização. A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do continente americano: caos e esbanjamento, incompetência e desperdício, indiferença, massacres e epidemias. A experiência serviu, pelo menos, de lição à Coroa espanhola, que tentou praticar no resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e de exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones, assim como a instalação de uma rede administrativa densa e o envio de funcionários zelosos, que evitaram a repetição da catástrofe antilhana. GRUZINSKI, Serge. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999 (adaptado). As epidemias provocadas pelos contatos entre europeus e povos autóctones da América A demonstraramo risco da expansão territorial para áreas distantes e determinaram o imediato desenvolvimento de vacinas. B representaram uma espécie de guerra biológica que afe- tou, ainda que de forma desigual, conquistadores e con- quistados. C provocaram a interdição, pelas cortes europeias, da cir- culação de mulheres grávidas entre os dois continentes. D foram utilizadas pelos nativos para impedir o avanço dos europeus, que contraíram doenças tropicais, como a fe- bre amarela e a malária. E levaram à proibição, pelas cortes europeias, do contato sexual entre europeus e nativos, para impedir a propaga- ção da sífilis. CH - 1º dia | Página 23OSG.: 1420/18 2018 QUESTÃO 49 [Ganhou força] um determinismo ecológico no começo do século XX. Uma das figuras principais desse movimento foi Ellsworth Huntington. Esse autor enfatizou o papel das condições climáticas e sazonais sobre a eficiência humana. Huntington acreditava que as variações de temperatura e umidade eram benéficas, desde que não fossem extremas. Assim, sugeriu que existiria um clima ideal para eficiência humana. MORAN, Emilio. A Ecologia Humana das populações da Amazônia. Petrópolis: Vozes, 1990. p. 51. Huntington trabalha a ideia de eficiência humana e suas limitações naturais, portanto A considera o nível de desenvolvimento dos países atu- ais, as teses de Huntington se confirmam especialmente nos países europeus da Escandinávia. B as teses desse autor parecem fazer sentido, tendo em vista a superioridade econômica que sempre existiu no Sudeste brasileiro em relação ao Norte e ao Nordeste. C a existência de um clima ideal para eficiência humana confere um peso muito grande às condições naturais, reduzindo, por outro lado, a capacidade humana como fator. D essa tese está superada e esquecida e mesmo o senso comum não a repete mais, pois não há mais preconceito quando se fala em desenvolvimento e eficiência humana. E questões ligadas a outros aspectos da natureza, como o re- levo, parecem ser mais fáceis de serem comprovadas do que a questão do clima ideal, quando o assunto é a eficiência humana. QUESTÃO 50 As plantações de mandioca encontradas pelas saúvas cortadeiras nas roças indígenas eram apenas uma entre várias outras. Em muitas situações, a composição química das folhas favorecia a escolha de outras plantas e a folhagem da mandioca era cortada apenas quando as preferidas das saúvas não eram suficientes. Já na agricultura comercial, machados e foices de ferro permitiam abrir clareiras em uma escala maior, resultando em grande homogeneidade da flora. Nas lavouras de mandioca de finais do século XVII e do início do século XVIII, as folhas da mandioca tornavam-se uma das poucas opções das formigas. Depois de mais algumas colheitas, a infestação das formigas tornava-se insuportável, por vezes causando o completo despovoamento humano da área. CABRAL, Diogo. O Brasil é um grande formigueiro: território, ecologia e a história ambiental da América Portuguesa – parte 2. HALAC - História Ambiental Latinoamericana y Caribeña. Belo Horizonte, v. IV, n. 1, p. 87- 113, set. 2014-fev. 2015. A partir da leitura do texto e de seus conhecimentos sobre a história do Brasil Colônia, assinale a alternativa correta. A A principal diferença entre as lavouras indígenas e a agricultura comercial colonial estava no uso de quei- madas pelos europeus, as quais não eram praticadas pelas populações autóctones. B Comparadas à mandioca cultivada pelos indígenas, as novas espécies de mandioca trazidas da Europa eram menos resistentes às formigas cortadeiras e, por isso, mais suscetíveis à infestação. C Os colonizadores introduziram no território colonial no- vas espécies de mandioca e milho, que desequilibra- ram o sistema agrícola ameríndio, baseado no sistema rotativo de plantação. D A agricultura comercial tendia à homogeneização da flora nas lavouras da América Portuguesa, combinan- do tradições europeias de plantio com práticas indí- genas. E A mineração desempenhou papel de impacto na cons- trução de uma sociedade permeada nos trópicos. QUESTÃO 51 Uma das características do mundo atual é a exigência de fluidez para a circulação das ideias, mensagens, produtos ou dinheiro, interessando aos atores hegemônicos. A fluidez oferece suporte à competitividade. Daí a busca voraz de ainda mais fluidez, levando à procura de novas técnicas ainda mais eficazes. SANTOS, Milton. A natureza do espaço, 2006 (adaptado). As infraestruturas que permitem a fluidez destacada pelo excerto são denominadas A tecnologias. B cibereconomias. C interfaces. D reengenharias. E redes. CH - 1º dia | Página 24 OSG.: 1420/18 2018 QUESTÃO 52 A história também é contada em lugares públicos e o Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, é um desses lugares. Estima-se que mais de um milhão de pessoas tenham chegado da África ao Brasil por esse porto somente na primeira metade do século XIX; esse era o principal portão de entrada de escravizados africanos na maior cidade escravista das Américas. De acordo com as historiadoras Hebe Mattos e Martha Abreu, a região onde se localiza o antigo Cais é também conhecida como Pequena África, como a denominou o artista Heitor dos Prazeres, nos primeiros anos do século XX. Desde o final do século XIX, o local era um espaço de encontro de africanos e afro-brasileiros libertos e imigrantes pobres, que deixariam profundas marcas culturais na história da cidade, como o próprio nascimento do samba. Disponível em: https://tinyurl.com/y7mz6urp. Acesso em: 14.11.2017 (adaptado). Assinale a alternativa que corresponde corretamente às informações contidas no texto. A Conhecida como Pequena África, a região da capital flumi- nense em que está o antigo Cais do Valongo relaciona-se com a história da escravidão e com o nascimento do samba. B A escravidão de africanos, pouco expressiva no Rio de Janeiro à época do Império, tem a sua história contada pela Pequena África, porto de entrada desses povos. C No início do século XX, a Lei Eusébio de Queirós proibiu o tráfico de escravos e obrigou o fechamento do principal porto escravista das Américas, a Pequena África. D Entre o início da escravidão no Brasil, no século XVI, e o seu término, no século XVIII, pouco menos de um milhão de africanos aportaram no Cais do Valongo. E O Rio de Janeiro, maior cidade escravista das Américas, recebeu mais de um milhão de africanos nas décadas fi- nais da escravidão, entre 1860 e 1910. QUESTÃO 53 A sociedade colonial brasileira “herdou concepções clássicas e medievais de organização e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação que se originaram da diferenciação das ocupações, raça, cor e condição social. (...) As distinções essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o mar de indígenas que cercava os colonizadores portugueses tornava todo europeu, de fato, um gentil-homem em potencial. A disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos imigrantes concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de uma vida verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se em um substituto do campesinato, um novo estado, que permitiu uma reorganização de categorias tradicionais. Contudo, o fato de serem aborígenes e, mais tarde, os africanos, diferentes étnica, religiosa e fenotipicamente dos europeus, criou oportunidades para novas distinções e hierarquias baseadas na cultura e na cor.” SCHWARTZ, Stuart B. Segredos internos. A partir do texto, pode-se concluir que A a diferenciação clássica e medieval entre clero, nobreza e campesinato, existente na Europa, foi transferida para o Brasil por intermédio de Portugal e se constituiu no ele- mento
Compartilhar