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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PALMAS CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO AUBRUN MERVEILLEUX CAMILA CARVALHO MILENA LUIZA NATANI CRUZ Análise Estrutural PALMAS 2014 UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PALMAS CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO AUBRUN MERVEILLEUX CAMILA CARVALHO MILENA LUIZA NATANI CRUZ Análise Estrutural: estruturas articuladas e hiperestáticas Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Fundamentos de Análise Estrutural, no Curso de Arquitetura e Urbanismo, na Universidade Federal de Tocantins. PALMAS 2014 RESUMO Este trabalho apresenta um breve estudo sobre estruturas articuladas e hiperestáticas. Tendo como temas principais as estruturas articuladas e hiperestáticas em si, e também, treliças. São abordadas as definições e algumas características de cada estrutura, além de suas aplicações e os métodos para a resolução e descobrimento das reações e esforços em cada tipo delas. LISTA DE ILUSTRAÇÃO Figura 01: exemplo de uma viga do tipo Gerber .........................................................7 Figura 02: viga Gerber e forças atuantes ao longo dela .............................................8 Figura 03: viga Gerber decomposta em duas vigas simples.......................................8 Figura 04: diagrama de corpo livre das vigas decompostas........................................8 Figura 05: diagrama de corpo livre da viga B-C...........................................................9 Figura 06: diagrama de corpo livre da viga A-B...........................................................9 Figura 07: diagrama de corpo livre final da viga.........................................................10 Figura 08: exemplo de pórtico tri articulado...............................................................10 Figura 09: pórtico tri articulado e forças atuantes......................................................11 Figura 10: decomposição da estrutura do lado direito da rótula................................11 Figura 11: pórtico após descobrimento das forças VE e HE.......................................12 Figura 12: exemplo de treliça simples.......................................................................13 Figura 13: exemplos de treliças compostas..............................................................13 Figura 14: exemplo de treliça complexa....................................................................14 Figura 15: exemplo de treliça com forças atuantes...................................................14 Figura 16: diagrama de esforços inicial.....................................................................15 Figura 17: equilíbrio no nó A.....................................................................................15 Figura 18: equilíbrio no nó D.....................................................................................16 Figura 19: equilíbrio no nó C.....................................................................................16 Figura 20: diagrama final dos esforços atuantes......................................................17 Figura 21: exemplo de arco tri articulado..................................................................18 Figura 22: exemplo de pórtico com associações múltiplas......................................18 Figura 23: viga contínua com esforços solicitantes...................................................20 Figura 24: viga equivalente à estrutura hiperestática anterior..................................20 Figura 25: viga equivalente desmembrada e seus diagramas de momento fletor...21 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6 2 ESTRUTURAS ARTICULADAS .............................................................................. 7 2.1 Viga Gerber ................................................................................................................................. 7 2.1.1 Determinação analítica dos esforços internos nas vigas Gerber ..................... 7 2.2 Pórticos tri articulados ............................................................................................................. 10 2.2.1 Determinação analítica dos esforços internos nos pórticos tri articulados .. 11 2.3 Treliças ...................................................................................................................................... 13 2.3.1 Determinação analítica dos esforços internos nas barras das treliças simples ........................................................................................................................ 14 2.4 Outros tipos de estruturas articuladas .................................................................................. 17 2.4.1 Arcos tri articulados .......................................................................................... 17 2.4.2 Pórticos com associações múltiplas ................................................................ 18 3 ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS ....................................................................... 18 3.1 Método dos esforços ............................................................................................................... 18 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 22 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 23 6 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho aborda e explana os conteúdos de Estruturas Articuladas, algumas de suas denominações (viga Gerber, pórticos tri articulados e treliças) e Estruturas Hiperestáticas. Serão apresentados os conceitos de cada uma das estruturas assim como o seu uso prático em edificações, além de exemplos de seus respectivos cálculos, com o objetivo de ampliar o entendimento dos assuntos. É de extrema importância o entendimento teórico e prático de tais estruturas, visto que são amplamente usadas em construções, desempenhando um papel estrutural de grande destaque, pois se não projetadas e construídas da maneira correta podem oferecer riscos. Além disso, influenciam a parte visual da edificação. 7 2 ESTRUTURAS ARTICULADAS Estruturas articuladas são estruturas reticuladas cujas barras são ligadas por rótulas ou articulações, sujeitas a cargas nos nós, tendo estes a habilidade de transmitir um momento desprezável. São utilizadas na construção de pontes, coberturas, pontes ferroviárias e para facilitação do uso de pré-moldados. Existem diversos tipos de estruturas articuladas, tais como a viga Gerber, os pórticos tri articulados e as treliças, sendo essas as mais comumente usadas. 2.1 Viga Gerber As vigas do tipo Gerber são estruturas formadas por várias vigas simples isostáticas associadas, interligadas em suas extremidades por meio de articulações nomeadas dentes de Gerber. São frequentemente utilizadas na construção de pontes de concreto armado, pois simplificam o processo construtivo e não sofrem esforços adicionais quando sujeitas à variação de temperaturas ou recalque adicional. Figura 01: exemplo de uma viga do tipo Gerber. 2.1.1 Determinação analítica dos esforços internos nas vigas GerberAs reações nos vínculos internos da viga são forças que se opõem aos deslocamentos, sendo nulas as reações momentos. Para a resolução, primeiramente, deve-se decompor a viga Gerber em vigas simples, para cada viga 8 simples existirão duas equações de equilíbrio aplicáveis. Posteriormente o cálculo das reações deve ser iniciado pelas vigas apoiadas, sendo, em seguida, calculadas as reações nas vigas que têm estabilidade própria. Exemplo: determine as reações de apoio externas e internas na viga. Figura 02: viga Gerber e forças atuantes ao longo dela. Solução: 1º decomposição em vigas simples. Figura 03: viga Gerber decomposta em duas vigas simples. 2º construção do diagrama de corpo livre após decomposição. Figura 04: diagrama de corpo livre das vigas decompostas. 3º utilização das equações de equilíbrio. 9 Viga B-C Figura 05: diagrama de corpo livre da viga B-C. ∑ MB = 0 − (20 ⋅ 8) ⋅( 8 2 ) + RVC ⋅ 8 = 0 RVC = 80kN ∑ FY = 0 RVB + RVC – 20 ⋅ 8 = 0 RVB = 160 – 80 RVB = 80kN ∑ FX = 0 RHB = 0 Viga A-B Figura 06: diagrama de corpo livre da viga A-B. ∑ FY = 0 RVA – 50 – RVB = 0 RVA – 50 – 80 = 0 RVA = 130kN 10 ∑ MB = 0 MA – RVA ⋅ 8 + 50 ⋅ 4 = 0 MA – 130 ⋅ 8 + 200 = 0 MA = 840kN.m ∑ FX = 0 RHA = 0 4º diagrama de corpo livre. Figura 07: diagrama de corpo livre final da viga. 2.2 Pórticos tri articulados Pórticos tri articulados são estruturas reticuladas sustentadas por dois apoios, ambos fixos, e apresentam também uma rótula em uma de suas barras, são coplanares e possuem cargas ativas e reativas. São aplicados no travamento de edifícios, principalmente os elevados, em que as cargas horizontais são significativas. Figura 08: exemplo de pórtico tri articulado. 11 2.2.1 Determinação analítica dos esforços internos nos pórticos tri articulados Com os dois apoios do pórtico pode se obter quatro reações de apoio, que são as quatro incógnitas a serem encontradas. Elas não podem ser calculadas somente através da aplicação das três equações da estática. Além destas há a necessidade de outra equação, neste caso leva-se em consideração a articulação presente em uma das barras, sabendo que o ponto em ela está tem momento nulo. Exemplo: Calcular as reações de apoio existentes: Figura 09: pórtico tri articulado e forças atuantes. Solução: 1º fazer uso do momento da rótula Figura 10: decomposição da estrutura do lado direito da rótula. Σ Mrótula = 0 -5 . 2 + HE . 2 + VE . 2 = 0 12 HE + VE = 5 2º analisar o restante do quadro para encontrar as outras incógnitas. Σ Ma = 0 - 8 . 5 . 2,5 - 5 . 4 + 5 . 5 - HE . 3 + VE . 4 = 0 - 3 . HE + 4 . VE = - 95 Como HE = 5 - VE então: -3 . (5 - VE) + 4 . VE = - 95 VE = 15,71 kN HE = - 10,71 kN Figura 11: pórtico após descobrimento das forças VE e HE. 3º com estes valores aplicamos as equações de somatório de forças em x e y. Σ Fx = 0 VA + 15,71 - 5 = 0 VA = -10,71 kN Σ Fy = 0 HE + 8 . 5 - 5 - 10,71 = 0 HE = -24,29 kN 13 2.3 Treliças Treliças são estruturas articuladas compostas por barras, ligadas entre si por articulações (nós), sob a forma triangular, através de pinos, soldas, rebites ou parafusos que formam uma estrutura rígida com a função principal de suportar esforços tais como a compressão e a tração. Esse tipo de estrutura é uma das mais importantes formas estruturais. Foi usada ao extremo, no século passado e no início deste século, no processo construtivo de pontes metálicas ferroviárias. Atualmente, também é usada em coberturas, equipamentos como lanças de guindastes e em torres de transmissão elétrica. Podendo ser produzidas a partir de diversos tipos de materiais como em barras de madeira, concreto armado, alumínio e aço. Seu uso propicia grande liberdade aos arquitetos, os dando a possibilidade de projetar grandes vãos, atendendo, assim, às exigências do espaço e tirando partido arquitetônico da estrutura. Quando os eixos das barras que as formam são coplanares, se tem treliças planas; quando não coplanares, treliças espaciais. Caso obtidas a partir de configurações indeformáveis pela adição de duas a duas barras partindo dos nós já existentes para novos nós, são consideradas treliças simples. Figura 12: exemplo de treliça simples. Quando formadas por duas treliças simples ligadas por três barras não simultaneamente concorrentes ou paralelas, ou por um nó e uma barra, sendo que esta barra não concorre ao nó citado, são nomeadas treliças compostas. Figura 13: exemplos de treliças compostas. 14 Se não é simples e nem composta é classificada como treliça complexa. Figura 14: exemplo de treliça complexa. 2.3.1 Determinação analítica dos esforços internos nas barras das treliças simples Considerando a existência somente de esforços axiais nas barras da treliça e cargas aplicadas somente através dos nós, cada um deles se compõe, estaticamente, em um ponto material submetido a um sistema de forças em equilíbrio, coplanares e concorrentes no ponto. As equações de equilíbrio podem ser escritas, sendo duas por nó. A solução do sistema de equações obtido encerra a análise, fornecendo inclusive as reações de apoio. Na prática, determinam-se primeiramente as reações de apoio, com a aplicação das três equações de equilíbrio relativas à estrutura como um todo. Posteriormente, o cálculo deve ser iniciado isolando-se cada nó e aplicando a ele as equações de equilíbrio (Método dos nós). Exemplo: Determine as forças que atuam em todos os elementos da treliça mostrada na figura e indique se os elementos estão sob tração (T) ou compressão (C). Figura 15: exemplo de treliça com forças atuantes. 15 Solução: 1º cálculo das reações de apoio. Figura 16: diagrama de esforços inicial. ∑ MC = 0 − Ay ⋅ 6 + 400 ⋅ 3 + 600 ⋅ 4 = 0 Ay = 400⋅ 3 + 600 ⋅ 4 6 Ay = 600N ∑ Fy = 0 600 – 400 − Cy = 0 Cy = 600 − 400 Cy = 200N ∑ Fx = 0 600 − Cx = 0 Cx = 600N 2º equações de equilíbrio no nó A. Figura 17: equilíbrio no nó A. ∑ Fy = 0 600 − 4 5 ⋅ FAB = 0 16 ∑ Fx = 0 FAD − 3 5 ⋅ FAB = 0 FAD = 3 5 ⋅ 750 FAD = 450N (T) 3º equações de equilíbrio no nó D. Figura 18: equilíbrio no nó D. ∑ Fx = 0 − 450 + 3 5 ⋅ FDB + 600 = 0 FDB = (450−600). 5 3 FDB = −250N FDB = 250N (T) (O sinal negativo indica que FDB atua no sentido oposto ao indicado na figura) ∑ Fy = 0 − FDC − 4 5 ⋅ FDB = 0 FDC = 4 5 ⋅ 250 FDC = 200N (C) 4º equações de equilíbrio no nó C. Figura 19: equilíbrio no nó C. 17 ∑ Fx = 0 FCB – 600 = 0 FCB = 600N (C) 5º representação dos esforços nos elementos da treliça. Figura 20: diagrama final dos esforços atuantes. No caso da resolução de uma treliça composta remete-se a duas treliças simples, permitindo isolá-las para fins de cálculo estático. Para o cálculo de treliças espaciais é realizada uma análise adotando-se o modelo de treliça ideal. 2.4 Outros tipos de estruturas articuladas 2.4.1 Arcos tri articulados Os arcos tri articulados são sistemas estruturais com dois perfis rígidos conectados entre si na coroa e nos apoios da basecom juntas de pino. São pouco afetados pelos recalques diferenciais nos apoios e pelos esforços térmicos. Uma de suas vantagens é a facilidade de fabricação com duas ou mais peças rígidas, que podem ser transportadas para o canteiro de obras, onde são conectadas e executadas. 18 Figura 21: exemplo de arco tri articulado. 2.4.2 Pórticos com associações múltiplas É a associação de dois ou mais pórticos isostáticos, originando um pórtico hiperestático onde é colocado o número necessário de articulações para torna-lo isostático. Figura 22: exemplo de pórtico com associações múltiplas. 3 ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS As estruturas hiperestáticas têm um número de reações superior ao necessário para impedir qualquer movimento. Por isso, pode ser que ao retirar alguma dessas reações a estrutura continue a não apresentar movimento, ou seja, permanecem estáveis. O grau de hiperestaticidade é obtido pela igualdade do número de ligações que podem ser suprimidas de forma que a estrutura se torne isostática. 3.1 Método dos esforços Usa se o método dos esforços para se resolver estruturas hiperestáticas, processo que se consiste na utilização de uma estrutura equivalente a que 19 desejamos calcular, na qual substituímos um vínculo entre barra e apoio por um carregamento externo. A estrutura equivalente deve ser isostática, visto que se continuar hiperestática após a primeira modificação, executa se outra modificação até a obtenção de uma estrutura equivalente isostática. Para conseguirmos determinar as incógnitas o número de equações fundamentais da estática usa se as equações de compatibilidade de deformação. Após encontradas as deformações por Castigliano monta se um sistema linear de equações de compatibilidade. Os valores encontrados nor fornecem os vínculos ou esforços internos aos quais se referem, tornando possível a resolução da estrutura utilizando se das 3 equações fundamentais da estática. Exemplo: Na viga contínua esquematizada abaixo, calcular os esforços solicitantes: Figura 23: viga contínua com esforços solicitantes. Solução: 1º definição da viga equivalente e numeração da estrutura. Figura 24: viga equivalente à estrutura hiperestática anterior. 2º desmembramento da estrutura em Caso (0) – Isostática Básica e Caso (1), com seus respectivos gráficos de momento fletor. 20 Figura 25: viga equivalente desmembrada e seus diagramas de momento fletor. 3º Cálculo dos giros relativos ϕR10 , ϕR11 por Castigliano 21 4º montagem linear com equação de compatibilidade Pode-se afirmar que o momento fletor no apoio (1) assume o valor X . 1,0 kN.m , ou seja, vale –55,00 kN.m . O sinal negativo indica que ele assume sentido contrário ao escolhido na suposição do caso (1). 5º cálculo das reações de apoio ∑ Mesq1 = −55,00 −55 = + RV0. 3 – 40 .1,5 – 20 . 3. 1,5 RV0 = + 31,67kN ∑ Mdir1= −55,00 −55 = +RV2 . 4 – 30 . 2 – 20 . 4 . 2 RV2= + 41,25 kN ∑ FV = 0 +RV0 +RV1 +RV2 – 40 – 30 − 7. 20 = 0 RV1 = + 137,08 kN ∑ FH = 0 RH2 = 0 22 CONCLUSÃO Em virtude de tudo sobre o que foi discorrido na pesquisa, é possível se ter uma pequena noção de como estamos rodeados por estruturas relativamente complexas em nosso cotidiano, nota-se que as estruturas articuladas e as hiperestáticas são utilizadas na construção de pontes, coberturas, pontes ferroviárias, entre outras obras, facilitando o processo construtivo delas; e o quanto elas são importantes. 23 REFERÊNCIAS <https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/downloadFile/3779579476703/Equilibrio_de_Estrutur as_2009_2010_rev1.pdf> <http://fmnovaes.com.br/exerrm/trelicas.pdf> <http://pet.ecv.ufsc.br/arquivos/apoio-didatico/ECV5219%20- %20An%C3%A1lise%20Estrutural%20I. pdf> <http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-2/trelicas> <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAferEAG/estruturas-hipostaticas-isotatica- funddamental> <http://www.engbrasil.eng.br/pp/mt/aula17.pdf> <http://www.engcivilcac.com/docente/Gabriela%20Rezende/Analise%20Estrutural%2 0I/modulo2-vigas%20gerber%20%5BModo%20de%20Compatibilidade%5D.pdf> <http://www.fec.unicamp.br/~nilson/apostilas/sistemas_estruturais_grad.pdf> <http://www.ims.eng.br/upload/img/noticia/24042012154841968485893.pdf> <http://www.lami.pucpr.br/cursos/estruturas/Parte04/Mod32/Curso1Mod32-02.htm> <http://www.lmc.ep.usp.br/pesquisas/TecEdu/abdo/vigasgerberconceito.htm> <https://www.passeidireto.com/arquivo/1572003/porticos-isostaticos> <http://www.pet.ufal.br/petcivil/downloads/segundoano/TeoriaEstrut1_20091_aula10 %20[Modo%20de%20Compatibilidade].pdf> Ferraz, Eloy. 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