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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA AMANDA PARREIRA CIBELE CELESTINO LEONARDO FONSECA LOUISE CHACHA MATEUS PAULUS RENATA BARBOSA RODRIGO DIAS SUELEN AMANDA ORGANOGRAMA DO SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO GOIÂNIA 2013 AMANDA PARREIRA CIBELE CELESTINO LEONARDO FONSECA LOUISE CHACHA MATEUS PAULUS RENATA BARBOSA RODRIGO DIAS SUELEN AMANDA ORGANOGRAMA DO SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO Trabalho dissertativo apresentado à Universidade Salgado de Oliveira Orientador(a): Eli Falanque GOIÂNIA 2013 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.........................................................................................................................4 1 ORGANOGRAMA DO SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO........................................5 1.1 MODELO..............................................................................................................................5 1.2 TRIBUNAIS FEDERAIS, ESTADUAS E SUAS RESPECTIVAS FUNÇÕES..................5 1.3 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF)..........................................................................9 1.3.1 FUNÇÃO...........................................................................................................................9 1.3.2 NÚMERO DE MINÍSTROS E DESEMBARGADORES.................................................9 1.4 SUPERIOR TRIBUNAL....................................................................................................10 1.4.1 TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST)........................................................11 1.4.2 TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE)................................................................11 1.4.3 SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR (STM)....................................................................11 1.4.4 SUPERIOR TRIBUNAL DA JUSTIÇA (STJ)................................................................12 1.5 TRIBUNAIS REGIONAIS.................................................................................................12 1.5.1 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO (TRT)........................................................13 1.5.2 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL (TRE)...............................................................14 1.5.3 TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR (TJM)..................................................................15 1.5.4 TRIBUNAL DE JUSTIÇA (TJ).......................................................................................16 1.6 MINISTÉRIO PÚBLICO....................................................................................................16 1.6.1 FUNÇÕES........................................................................................................................17 1.6.2 ESTADUAL.....................................................................................................................17 1.6.3 FEDERAL........................................................................................................................18 2 CULTA, BELA E ULTRAJADA.........................................................................................19 2.1 COMO NASCEU A LÍNGUA PORTUGUESA.................................................................19 2.2 JUSTIFICATIVAS – PROJETO DE LEI Nº1676 DO DEPUTADO ALDO REBELLO (TEXTO: IDIOMA E SOBERANIA).......................................................................................19 2.3 INTERPRETAÇÃO DOS ARTIGOS DO PROJETO DE LEI Nº 1676............................20 2.4 ANÁLISE DOS ARTIGOS JORNALÍSTICOS SOBRE O PROJETO DE LEI Nº 1676...........................................................................................................................................21 2.4.1 ANÁLISE DO TEXTO CULTA E BELA (REVISTA VEJA).........................................21 2.4.2 ANÁLISE DO TEXTO YES NÓS FALAMOS ENGLISH.............................................22 2.4.3 ANÁLISE DO TEXTO ASSALTO AO IDIOMA ALHEIO............................................23 2.4.4 ANÁLISE DO TEXTO OS GOIANOS NA TORRE DE BABEL..................................24 3 PARALELISMO ENTRE O LIVRO “DEVER DO ADVOGADO” DE RUI BARBOSA E O FILME “DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA”......................................................25 4 PORTUGUÊS NO DIREITO – RONALDO C. XAVIER................................................26 4.1 EXERCÍCIO – COMBINAÇÃO VOCABULAR..............................................................26 5 QUESTIONÁRIO: DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA (FILME) E O DEVER DO ADVOGADO (LIVRO)..........................................................................................................39 6 VT INTEGRADA – ANÁLISE DO TEXTO “A ÉTICA DO ESTUDANTE DE DIREITO” NUMA PERSPECTIVA DA LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA...............................................................................................................................43 REFERÊNCIAS......................................................................................................................45 INTRODUÇÃO A primeira proposta deste trabalho, é de informar-vos quais órgãos regem o sistema judiciário brasileiro e de explicá-los. Versaremos acerca desses, pautando suas funções, atribuições, importâncias e composições – objetivando tanto o aprendizado do aluno e leitor, quanto a inserção de ambos no âmbito jurídico que, para tal fim, a priori, necessita-se do conhecimento do regime estrutural de seu país. Objetiva-se, através da segunda parte do trabalho, a compreensão do atual quadro em que Goiânia (GO) se encontra – ao se tornar, aos poucos, uma cidade cosmopolita. Apresentamos a visão crítica de certos autores quanto aos estrangeirismos presentes nos meios publicitários e de comunicação relacionando ao projeto de lei n 1676 – com fim de colocar o leitor a refletir sobre o valor que é dado à língua portuguesa. Há no terceiro capítulo do trabalho (parte três), uma análise do filme Doze Homens e uma Sentença e do livro O Dever do Advogado, de Rui Barbosa, ambos unidos em um paralelismo, expectando que seja agregado ao leitor um conhecimento mais amplo sobre o assunto da obra e do filme. Diferente dos assuntos abordados acima, que lhes trazemos em forma de textos dissertativo- informativos, a quarte parte do trabalho se pauta nos exercícios do livro Português no Direito, de Ronaldo C. Xavier. Objetiva, esta parte, o aprendizado dos alunos integrantes do grupo acerca das palavras, expressões e símbolos próprios do âmbito jurídico. A quinta parte do trabalho retoma o terceiro parágrafo, e conta com um questionário interdisciplinar acerca do filme Doze Homens e Uma Sentença e do livro O Dever do Advogado. A sexta parte do conteúdo (sexto capítulo), refere-se ao texto de VT integrada “A Ética do Estudante de Direito” na qual analisamos o referido em uma perspectiva linguístico-jurídica, 1 ORGANOGRAMA DO SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO 1.1 Modelo 1 , 2 T r i b u n a i s F e d e Tribunais Federais, Estaduais e suas respectivas funções • Tribunais Federais Os Tribunais Federais são divididos em cinco regiões, cada uma com sede em um Estado – compreendendo suas seções judiciárias.São elas: TRF da 1ª Região - sede em Brasília: compreende as seções judiciárias do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins. TRF da 2ª Região - sede no Rio de Janeiro: compreende as seções judiciárias do Rio de Janeiro e Espírito Santo. TRF da 3ª Região - sede em São Paulo: compreende as seções judiciárias de São Paulo e Mato Grosso do Sul. TRF da 4ª Região - sede em Porto Alegre: compreende as seções judiciárias de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. TRF da 5ª Região - sede em Recife: compreende as seções judiciárias de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. • Neste ano de 2013, foi aprovada pela Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 544/2002, com a criação de quatro novos Tribunais Regionais Federais – totalizando a divisão em nove regiões (a alteração ainda deverá ser promulgada). São elas: TRF da 6ª Região - sede em Curitiba: compreendendo as seções judiciárias de Santa Catarina, Paraná (regiões anteriormente vinculadas ao TRF da 4ª Região) e Mato Grosso do Sul (região anteriormente vinculada ao TRF da 3ª Região). TRF da 7ª Região - sede em Belo Horizonte: compreendendo a seção judiciária de Minas Gerais (região anteriormente vinculada ao TRF da 1ª Região). TRF da 8ª Região - sede em Salvador: compreendendo as seções judiciárias de Sergipe(região anteriormente vinculada ao TRF da 5ª Região) e Bahia (região anteriormente vinculada ao TRF da 1ª Região). TRF da 9ª Região - sede em Manaus: compreendendo as seções judiciárias do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima (regiões anteriormente vinculadas ao TRF da 1ª Região). • Função Os Tribunais Regionais Federais (TRF) são órgãos do Poder Judiciário brasileiro. Representam a segunda instância da Justiça Federal, sendo responsáveis pelo processo e julgamentos não só dos recursos contra as decisões da primeira instância, com também dos mandados de segurança, Habeas corpus e Habeas data contra ato de Juiz Federal, e das ações rescisórias, revisões criminais e conflitos de competência. A competência dos Tribunais Regionais Federais está definida no artigo 108 da Constituição Federal brasileira. Os Tribunais Regionais Federais têm composição variável, com o número de juízes definido em lei, sendo um quinto escolhido entre os advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira. Os demais são escolhidos mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício, por antigüidade e merecimento, alternadamente. Em cada tribunal existe uma Corregedoria-Regional da Justiça Federal, responsável pelas correições, inspeções e sindicâncias na primeira instância. Também compreende a edição de provimentos e instruções objetivando a uniformização da atividade jurisdicional e do serviço forense. É dirigida por um Corregedor-Regional, podendo inclusive haver um Vice- Corregedor. • Tribunais Estaduais Os tribunais Estaduais são os Tribunais de Justiça (TJ). Compreendem-se um em cada Estado - totalizando vinte e sete Tribunais de Justiça. São eles: Tribunal de Justiça do Acre / Tribunal de Justiça de Alagoas / Tribunal de Justiça do Amapá / Tribunal de Justiça do Amazonas / Tribunal de Justiça da Bahia / Tribunal de Justiça do Ceará / Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios / Tribunal de Justiça do Espírito Santo / Tribunal de Justiça de Goiás / Tribunal de Justiça do Maranhão / Tribunal de Justiça do Mato Grosso / Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul / Tribunal de Justiça de Minas Gerais / Tribunal de Justiça do Pará / Tribunal de Justiça da Paraíba / Tribunal de Justiça do Paraná / Tribunal de Justiça de Pernambuco / Tribunal de Justiça do Piauí / Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro / Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte / Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul / Tribunal de Justiça de Rondônia / Tribunal de Justiça de Roraima Tribunal de Justiça de Santa Catarina / Tribunal de Justiça de São Paulo / Tribunal de Justiça de Sergipe / Tribunal de Justiça de Tocantins. • Função Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, são organizados de acordo com os princípios e normas da constituição de cada estado. Esses tribunais são responsáveis por reexaminar as decisões de primeira instância ou assuntos que devam ser julgados diretamente pelos tribunais. Observação: A EC nº45/04 (Emenda Constitucional) determinou que fossem extintos os Tribunais de Alçada, que desempenhavam funções junto com o Tribunal de Justiça, no âmbito estadual. Os Tribunais de Alçada, dessa forma, se fundiram aos Tribunais de Justiça. O Tribunal de Justiça, nessa transição, é quem teria a competência administrativa, ou seja, seria responsável pela efetivação da integração, respeitados os critérios de antiguidade e classe de origem de cada membro integrante do extinto tribunal. A alteração teve prazo de 180 (cento e oitenta) dias a partir da promulgação da emenda, e os Tribunais de Justiça é que teriam a competência para determinar como ficaria a organização judiciária de seus quadros, mandando, posteriormente, o projeto de lei seja devidamente aprovado pelo Poder Legislativo. Outra inovação da EC nº45/04 foi a criação do Conselho Nacional de Justiça, de âmbito Federal. Importante destacar também que a EC nº45/04 concedeu a possibilidade de criação da Justiça Militar Estadual, mediante lei estadual, por iniciativa do TJ. A estrutura funcionaria da seguinte forma: em primeiro grau a justiça militar seria formada por juízes de direito e pelo Conselho de Justiça, e em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça ou pelo Tribunal de Justiça Militar. Nesse caso, o efetivo militar deve ser superior a vinte mil integrantes, e teria a competência de para julgar crimes militares dos Estados, crimes militares definidos em lei e as ações judiciais por falta disciplinar dos militares, salvo quando envolver vítima civil. A primeira instância da Justiça Militar Estadual teria a competência de processar e julgar crimes militares contra civis e ações contra atos disciplinares. O Conselho de Justiça, sob presidência do juiz de direito, ficaria a cargo de julgar os demais crimes militares na primeira instância. 1.3 Supremo Tribunal Federal (STF) 1.3.1 Função Criado após a proclamação da República, o STF exerce uma longa série de competências, entre as quais a mais conhecida e relevante é o controle concentrado de constitucionalidade através das ações diretas. O Supremo Tribunal Federal (STF) é a mais alta instância do Poder Judiciário do Brasil e acumula competências típicas de Suprema Corte (tribunal de última instância) e Tribunal Constitucional (que julga questões de constitucionalidade independentemente de litígios concretos). Sua função institucional fundamental é de servir como guardião da Constituição Federal de 1988, apreciando casos que envolvam lesão ou ameaça a esta última. Assim, analisa os recursos que tratem de alguma ofensa à CR/88 e também é responsável por analisar alguns assuntos, que, pela natureza, devem ser julgados exclusivamente pelo STF. Toda a matéria de competência do STF está disposta no art. 102 do CR/88. 1.3.2 Número de ministros e desembargadores O STF é composto por 11 ministros, que são nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovação dessa escolha pelo Senado Federal. Eles se dividem em turmas, com cinco membros em cada, e o presidente do STF participa das sessões plenárias. No que tange ao número de desembargadores,há variedades. 1.4 Superior Tribunal 1.4.1 Tribunal Superior do Trabalho (TST) O Tribunal Superior do Trabalho (TST) com sede em Brasília-DF e jurisdição em todo o território nacional, é órgão de cúpula da Justiça do Trabalho - nos termos do artigo 111, inciso I, da Constituição da República - cuja função precípua consiste em uniformizar a jurisprudência trabalhista brasileira. Para desenvolver as atribuições jurisdicionais o TST atua por meio de seus órgãos: · Tribunal Pleno · Órgão Especial · Seção Especializada em Dissídios Coletivos · Seção Especializada em Dissídios Individuais - dividida em duas subseções (Subseção I e Subseção II) e · 8 (oito) Turmas. O TST também conta com 3 (três) Comissões Permanentes: · Comissão Permanente de Regimento Interno · Comissão Permanente de Documentação · Comissão Permanente de Jurisprudência e Precedentes Normativos. • Composição O TST é composto de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: Um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94 e os demais, dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. Compõem a direção do TST no biênio de 5 de março de 2013 a 4 de março de 2015: · Presidente: Ministro Carlos Alberto Reis de Paula · Vice-Presidente: Ministro Antônio José de Barros Levenhagen · Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho: Ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho. 1.4.2 Tribunal Superior Eleitoral (TSE) O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é a instância jurídica máxima da Justiça Eleitoral brasileira tendo jurisdição nacional. As demais instâncias são representadas pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), juízes eleitorais e Juntas Eleitorais, nos momentos de eleição, espalhados pelo Brasil. O Tribunal Superior Eleitoral é o único órgão integrante da justiça brasileira que detém funções administrativa e normativa que extrapolam seu âmbito jurisdicional. Por conter a palavra “tribunal” em seu nome, é chamado de "Justiça Eleitoral", mas exerce e é, de fato, o verdadeiro Administrador Eleitoral, assumindo toda administração executiva, gerencial, operacional e boa parte da normatização do processo eleitoral. Exerce, também, ação conjunta com os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), que são os responsáveis diretos pela administração do processo eleitoral nos estados e nos municípios. • Composição O Tribunal Superior Eleitoral não possui quadro próprio, sendo composto por no mínimo sete membros: três juízes escolhidos dentre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), dois juízes dentre os ministros do Supremo Tribunal da Justiça (STJ) e dois advogados, entre seis, de notável saber jurídico e idoneidade moral – indicados pelo STF e nomeados pelo presidente da república. 1.4.3 Superior Tribunal Militar (STM) É o órgão da Justiça Militar do Brasil. O STM tem por competência julgar as apelações e os recursos das decisões dos juízes de primeiro grau da Justiça Militar da União, conforme Art. 123 da Constituição Federal. • Composição Composto de quinze Ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovados pelo Senado Federal. Das quinze cadeiras, três são escolhidas dentre oficiais- generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do Exército, três dentre oficiais-generais da Aeronáutica - todos da ativa e do posto mais elevado da carreira - e cinco dentre civis. Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República dentre brasileiros maiores de trinta e cinco anos, sendo três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, e dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Público Militar. 1.4.4 Superior Tribunal da Justiça (STJ) O Superior Tribunal de Justiça (STJ) é um dos órgãos máximos do Poder Judiciário do Brasil. Sua função primordial é zelar pela uniformidade de interpretações da legislação federal brasileira. O STJ também é chamado de "Tribunal da Cidadania", por sua origem na "Constituição Cidadã". É de responsabilidade do STJ julgar, em última instância, todas as matérias infra-constitucionais não-especializadas, que escapem à Justiça do Trabalho, Eleitoral e Militar, e não tratadas na Constituição Federal, como o julgamento de questões que se referem à aplicação de lei federal ou de divergência de interpretação jurisprudencial. Na primeira hipótese, o Tribunal conhece do recurso caso um Tribunal inferior tenha negado aplicação de artigo de lei federal. Na segunda hipótese, o Superior Tribunal de Justiça atua na uniformização da interpretação das decisões dos Tribunais inferiores; ou seja, constatando-se que a interpretação da lei federal de um Tribunal inferior (por exemplo, Tribunal de Justiça de São Paulo) é divergente de outro Tribunal (por exemplo, Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro ou do próprio Superior Tribunal de Justiça), o STJ pode conhecer da questão e unificar a interpretação finalmente. • Composição O Superior Tribunal da Justiça é composto, segundo a Constituição Federal, de no mínimo 33 ministros, divididos em três seções de julgamento (organizadas pelo critério de especialização), cada uma delas composta por duas turmas, que analisa e julga matérias de acordo com a natureza da causa submetida a apreciação. Acima delas está a Corte Especial, órgão máximo do Tribunal. A composição do STJ é de um terço de juízes dos Tribunais Regionais Federais (TRF), um terço de desembargadores dos Tribunais de Justiça (TJ) e um terço, alternadamente, dentre advogados e membros do Ministério Público (MP) Federal, Estadual e do Distrito Federal e Territórios. A escolha dos juízes e desembargadores é feita pelo Plenário do STJ entre os que se candidatam. O tribunal forma uma lista tríplice para cada vaga, que é submetida à Presidência da República para indicação de um nome. Entre advogados e membros do MP, o Plenário recebe uma lista sêxtupla formada por entidades representativas das classes e seleciona três nomes, também submetidos à Presidência. Após a indicação pelo Presidente da República, o candidato é submetido a sabatina e votação na Comissão de Cidadania, Constituição e Justiça do Senador Federal e a votação no Plenário do órgão. As votações, tanto no STJ quanto no Senado, são secretas. Após aprovação do Senado, o escolhido é nomeado pelo Presidente da República. O passo final é a posse do nomeado como ministro do STJ. Para sua composição inicial, a Constituição de 1988 determinou o aproveitamento dos ministros que integravam o Tribunal Federal de Recursos (TFR), extinto e substituído pelos cinco TRFs existentes hoje. 1.5 Tribunais Regionais 1.5.1 Tribunal Regional do Trabalho (TRT) Os Tribunais Regionais do Trabalho (TREs) fazem parte da Justiça do Trabalho no Brasil, em conjunto com as Varas do Trabalho e com o Tribunal Superior do Trabalho. Usualmente, correspondem à segunda instância na tramitação de um processo trabalhista apreciando recursos ordinários e agravos de petição , mas detêm competências originárias de julgamento em casos de dissídios coletivos, ações rescisórias, mandados de segurança, entre outros. Os TRTs, atualmente em número de vinte e quatro, estão distribuídos pelo territórionacional e sua área de jurisdição, normalmente, corresponde aos limites territoriais de cada Estado- membro. A redação original do art. 112 da Constituição Federal de 1988 estabelecia que “haverá pelo menos um TRT em cada Estado e no Distrito Federal”. Todavia, esse comando deixou de constar a partir da publicação da Emenda Constitucional nº 45/2004. Os TRTs estão vinculados ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), que é a mais alta instância trabalhista. • Composição Há, no TST o total de vinte e seis ministros. Compõem o Tribunal os Ministros Efetivos: 1 - Carmem Lúcia Antunes Rocha (Presidente), 2 - Marco Aurélio Mendes de Farias Mello (Vice-presidente), 3 - José Antônio Dias Toffoli, 4 – vago (corregedor), 5 – Laurita Hilário Vaz, 6 – Luciana Christina Guimarães Lássio e os Ministros Substituídos: 1 – Gilmar Ferreira Mendes, 2 – Luiz Fux, 3 – José de Castro Meira e mais três lugares vagos (sendo um para membro do STF e dois para júri). 1.5.2 Tribunal Regional Eleitoral (TRE) O Tribunal Regional Eleitoral é o órgão do Poder Judiciário, no Brasil, encarregado do gerenciamento de eleições em âmbito estadual e tem liberdade para confeccionar seus próprios regimentos internos. Tem por órgão revisor de suas decisões o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na legislação brasileira, cabe aos TREs o controle e a fiscalização de todo o processo eleitoral sob jurisdição, desde o registro de cada diretório regional dos partidos políticos até a impressão de boletins e mapas de apuração durante a contagem dos votos. Este órgão é responsável pelo cadastro dos eleitores , pela constituição de juntas e zonas eleitorais e pela apuração de resultados à diplomação dos eleitos em sufrágios em nível estadual. O funcionamento dos Tribunais Regionais Eleitorais é regido pelo Código Eleitoral Lei nº4.737, sancionada em quinze de julho de 1965 pelo presidente Castello Branco. • Composição O artigo 120 da Constituição Federal do Brasil determina, em seu parágrafo primeiro, a composição dos Tribunais Regionais Eleitorais: a) De dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) De dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; II – De um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz Federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo; III – Por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. 1.5.3 Tribunal de Justiça Militar (TJM) O Tribunal de Justiça Militar (TJM), é o órgão de segunda instância da Justiça Militar Estadual no Brasil, previsto pelo Artigo 125 da Constituição Federal naqueles Estados em que o contigente de militares estaduais ultrapassa o total de vinte mil integrantes. O TJM é uma exigência constitucional ao qual cabe as funções de segunda instância da justiça militar (previsto pelo artigo 125 da Const. Federal). É de inteira responsabilidade da Justiça Militar Estadual o julgamento de militares das polícias e dos corpos de bombeiros militares, ainda que em primeira instância, nas auditorias de Justiça Militar. • Composição O Tribunal de Justiça Militar nao possui uma quantidade especifica de Ministros. A composição do colegiado geralmente segue o padrão estabelecido para o Superior Tribunal Militar, com um número menor ou igual de membros, ou seja, no caso dos TJMs, uma parte são oficiais do último posto das Corporações Militares (coronéis), outra parte são de civis, advogados, membros do Ministério Público Estadual e juízes auditores, conforme legislação pertinente do Estado. 1.5.4 Tribunal de Justiça (TJ) Os Tribunais de Justiça são responsáveis por reexaminar as decisões de primeira instância ou assuntos que devam ser julgados diretamente pelos tribunais. A função principal desses tribunais, é assegurar o direito ao duplo grau de jurisdição, isto é, o direito do cidadão de pleitear a revisão de uma decisão por meio de recurso. • Composição Os Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, são organizados de acordo com os princípios e normas da constituição de cada estado e, por isso, sua composição é variável. Pautemos, como exemplo, a organização interna do Tribunal de Justiça de Goiás: Desembargadores: Ney Teles de Paula (Presidente) / Carlos Escher (Vice-presidente) / Nelma Branco Ferreira Perilo (Corregedor-geral da Justiça). Quanto aos órgãos do Tribunal de Justiça de Goiás: Plenário – 35 Desembargadores com a Desembargadora Nelma Branco Ferreira Perilo (Corregedora-Geral da Justiça); Corte Especial - 17 Desembargadoes com a Desembargadora Nelma Branco Ferreira Perilo (Corregedora-Geral da Justiça); Primeira Seção Cível - 12 Desembargadores; Segunda Seção Cível - 11 Desmbagadores; Primeira Câmara Cível - 04 Desmbargadores; Segunda Câmara Cível - 04 Desembargades; Terceira Câmara Cível - 04 Desembargadores; Quarta Câmara Cível - 04 Desembargadores; Quinta Câmara Cível - 03 Desembargadores; Sexta Câmara Cível - 04 Desembargadores; Seção Criminal - 10 Desembargadores; Primeira Câmara Criminal - 05 Desembargadores; Segunda Câmara Criminal - 05 Desembargadores; Conselho Superior da Magistratura - 07 Desembargadores; Comissão de Regimento e Organização Judiciária - 06 Desembargadores; Comissão de Jurisprudência e Documentação - 07 Desembargadores; Comissão de Seleção e Treinamento - 07 Desembargadores; Comissão de Distribuição e Coordenação - 03 Desembargadores; Comissão de Informatização - 07 Desembargadores; Diretoria da Revista Goiana de Jurisprudência - 03 Desembargadores. 1.6 Ministério Público 1.6.1 Funções O Ministério Público brasileiro, é formado pela união entre o Ministério Público da União (MPU) - composto pelo Ministério Público Federal, pelo Ministério Público do Trabalho, pelo Ministério Público Militar e pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) - e os Ministérios Públicos Estaduais. As atribuições e os instrumentos de atuação do Ministério Público estão previstos no artigo 129 da Constituição Federal, dentro do capítulo "Das funções essenciais à Justiça". As funções e atribuições do MPU estão na Lei Complementar nº 75/93. O Ministério Público não faz parte de nenhum dos três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário. O MP possui autonomia na estrutura do Estado, não pode ser extinto ou ter as atribuições repassadas a outra instituição. Os procuradores e promotores têm a independência funcional assegurada pela Constituição. Assim, estão subordinados a um chefe apenas em termos administrativos, mas cada membro é livre para atuar segundo sua consciência e suas convicções, baseado na lei. Os procuradores e promotores podem tanto defender os cidadãos contra eventuais abusos e omissões do Poder Público quanto defender o patrimônio público contra ataques de particulares de má-fé. 1.6.2 Estadual O MPE é um órgão integrante do Ministério Público da União (MPU). Os integrantes do Ministério Público Estadual são os promotores de justiça (que atuam no primeiro grau de jurisdição) e os procuradores de justiça (que atuam no segundo grau de jurisdição, junto aos tribunais), auxiliados por servidores, assistentes jurídicos e estagiários, todos com ingresso na Instituição mediante concurso público. O Ministério Público do Estado de São Paulo é o maior do país, com cerca de 1900 membros, e consta com vários órgãos de Administração Superior: a) Procuradoria Geral b) Colégio de Procuradores de Justiçac) Conselho Superior do MP d) Corregedoria Geral do MP Conta, ainda, com os seguintes órgãos de Execução: a) Procurador-geral de justiça b) Conselho Superior do MP c) Procuradores de Justiça 1.6.3. Federal Cabe ao Ministério Público Federal defender os direitos sociais e individuais indisponíveis, como o direito à vida, dignidade, liberdade (…) dos cidadãos perante o Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal da Justiça, os Tribunais Regionais Federais, os juízes federais e juízes eleitorais. O MPF atua nos casos federais, regulamentados pela Constituição e pelas leis federais, sempre que a questão envolver interesse público, seja em virtude das partes ou do assunto tratado. Também cabe ao MPF fiscalizar o cumprimento das leis editadas no país e daquelas decorrentes de tratados internacionais assinados pelo Brasil. Além disso, o Ministério Público Federal atua como guardião da democracia, assegurando o respeito aos princípios e normas que garantem a participação popular. 2 CULTA, BELA E ULTRAJADA 2.1 Como Nasceu a Língua Portuguesa A língua portuguesa é fruto das mudanças que, com o passar do tempo, ocorrem. Sabe-se que a língua falada e escrita, tal como conhecemos hoje, está, também, fadada a mudanças. Em Roma, onde eram faladas as duas variedades do latim (o latim vulgar – língua falada – e o latim clássico – língua escrita), havia o costume de impor aos conquistados a língua como meio de comunicação oficial. Não obstante, o latim vulgar se misturava à linguagem dos dominados, originando uma nova. Sabe-se que a origem do português decorre da conquista da Lusitânia, pelo Império Romano. O português, assim, nada mais é do que a fusão do latim vulgar com o substrato ibérico. Acrescentaram-se, ainda, influências das línguas dos árabes e bárbaros – povos que, após os romanos, também dominaram por alguns séculos a Península Ibérica. Compreendendo que, com o passar do tempo, há palavras que caem no esquecimento, vão deixando de ser usadas e são substituídas por outras; percebe-se a evolução da língua portuguesa no nosso meio. 2.2 Justificativas Projeto de Lei Nº 1676 do Deputado Aldo Rebello (Texto: Idioma e Soberania) O projeto de Lei Nº 1676, teve como motivação a campanha de defesa da língua portuguesa contra os estrangeirismos que corrompem um dos símbolos da identidade nacional. A iniciativa gerou um expressivo apoio de gente de profissões e interesses divergentes, em todas as regiões do País, que se manifestaram com exemplos demonstrativos de que realmente o idioma nacional precisa ser incentivado nas escolas e defendido nas ruas. Observa-se, nos dias de hoje, que palavras estrangeiras – de grafia e sons incompreensíveis ao povo – estão sendo utilizadas abusivamente na comunicação entre os indivíduos. Mostram- se presentes em conversas, no comércio, nos rótulos de produto, nas faixas das ruas, na imprensa e na publicidade. Pelo dado motivo, o Projeto de Lei objetiva o estímulo do ensino e da aprendizagem, a tratar a língua portuguesa como um bem soberano do patrimônio cultural do Brasil. Visa, também, o uso obrigatório no trabalho, nas relações jurídicas, na expressão oral, escrita, audiovisual e eletrônica de todos os documentos e eventos públicos – em qualquer comunicação pública do território nacional (com ressalvas exceções cabíveis). O Projeto de Lei considera lesivo ao patrimônio cultural brasileiro, o uso desnecessário, abusivo ou enganoso da palavra ou expressão estrangeiras. 2.3 Interpretação dos Artigos do Projeto de Lei Nº 1676 Art. 1º Considerando o disposto no caput I, II, III desse artigo, a língua portuguesa é falada pelos duzentos milhões (aproximadamente) de brasileiros que vivem dentro e fora do Brasil. O português é um dos elementos de integração nacional brasileira concorrendo, juntamente com outros fatores, para a definição da soberania do Brasil como nação. Essa língua é uma das mais faladas no mundo, além de ser o amuleto do Brasil. É por ela que expressamos nossas culturas e as distinguimos (regionalmente) umas das outras. Art. 2º Refere-se ao poder público, que exerce melhorias e incentivos sobre o meio social, para o ensino e aprendizagem da língua brasileira, devendo estabelecer um critério rigoroso e específico para o desenvolvimento do português nesse âmbito. No inciso 2º, destaca a Academia Brasileira de Letras, em que, por tradição, assume o papel de guardiã dos elementos constitutivos da língua portuguesa usada no Brasil. Art. 3º Destaca-se, neste artigo, a obrigatoriedade da utilização da língua portuguesa por brasileiros e estrangeiros residentes no País. Por ser o português a referência nata do Brasil, todos os civis estabelecidos nesta terra devem impor a existência tanto oral quanto escrita da língua, em todos os ambientes em que este indivíduo se instalar. Art. 4º Ressalta-se, aqui, o uso da língua estrangeira em práticas abusivas, enganosas e danosas às pessoas físicas e jurídicas. O artigo também pauta a má utilização dos estrangeirismos, que pode ser considerada como lesão ao patrimônio brasileiro – tal ação está apta à punições (dentro das normas da lei). Art. 5º Para efeito contrário do que dispõe o Art. 4º, deve-se, na insistência do uso de uma palavra ou expressão em outra língua, usar como substituto outro signo equivalente da língua portuguesa. Caso este não exista, faz-se necessário, segundo este artigo, a criação de um novo vocábulo. Art. 6º Entende-se, através da compreensão deste artigo, que, caso ocorra o descumprimento dessa lei, poder-se-há notificar uma multa ao infrator. O valor desta, ainda, poderá dobrar a cada resistência do indivíduo. Art. 7º Este artigo discorre acerca da pessoa (independente das quais sejam – física, jurídica, pública ou privada) que, caso estabeleça uma alteração na palavra estrangeira por alguma expressão de língua portuguesa, pode recorrer à lei para que essa se estabeleça no vocabulário brasileiro, com fim de normaliza-la. Art. 8º Destaca-se que, no Brasil, a Academia Brasileira de Letras junto a outros representantes dos poderes, estudam e subsidiam esta lei para que haja a regulamentação das normas ortográficas e a preservação do português. Art. 9º Relata-se, neste artigo, a imposição do Poder Executivo para que haja a execução desta lei perante a sociedade – no prazo máximo de um ano a contar da data de sua publicação. Art. 10º Disserta acerca da execução da lei – que deve entrar em vigor a partir da data de sua publicação. 2.4 Análise dos Artigos Jornalísticos Sobre o Projeto de Lei Nº 1676 2.4.1 Análise do Texto Culta e Bela (Revista Veja) A Língua Portuguesa foi, e sempre será, vitima da desnacionalização lingüística. O português vem sendo substituído por palavras estrangeiras em nomes de empresas, produtos, lojas (...) e serviços. O critico literário Wilson Martins, apresentou à Camara de Deputados um projeto de lei referente a esse problema, que visa um maior respeito ao idioma nacional. No que tange às medidas do Poder Público contra a desnacionalização lingüística, há a proteção e o incentivo ao ensino e aprendizagem da Língua portuguesa, podendo esta ser considerada o patrimônio cultural do Brasil. A língua portuguesa, segundo o projeto de lei, será de uso obrigatório em eventos públicos, trabalhos, relações jurídicas faladas e escritas e nas expressões oral, audiovisual e eletrônica - através dos meios de comunicação e publicidade dentro do Território nacional. Se no Brasil falamos Português, para que usarmos palavras que não sãonossas quando, como diz o nosso querido escritor Brasileiro Eça de Queirós, palavras como: Delivery, kjkenmodding, gefiltefish, schroeckinerita, entre outras mais, são consideradas "garranchos"? O mau exemplo, entretanto, não provém apenas dos cidadãos brasileiros quando estão em conversas íntimas. Esse, é oriundo de pessoas como o Presidente da Republica - que em entrevista com as redes de televisão educativa, usou expressões incopreenssiveis ao povo como "Fast Track", ao invés de ligação à longa distancia. Grandes empresas como, por exemplo, o Branco do Brasil e o IBGE, também se enquadram nessa mania do estrangeirismo - oferecendo o chamado "Personal Bankking" e o "IBGE TEEN", respectivamente. Faz-se necessário, por esses motivos, a criação de um movimento nacional em defesa da língua portuguesa. Se todos arcarem com suas responsabilidades e assumirem o respeito ao símbolo da nossa pátria, será possível inverter o atual quadro de desnacionalização. O Português é belo, pródigo e preciso; dotado de léxicos suficientes e capaz de acompanhar as inovações, descobertas, invenções e mudanças que ocorrem no mundo. É necessária a conscientização do povo brasileiro acerca do vocabulário com expressões e palavras estrangeiras em demasia, aceitando que essa é uma medida desnecessária. Reforça- se essa necessidade ao compreender que mais de 9,1% dos brasileiros são analfabetos, e o índice de analfabetos funcionais também é muito alto. 2.4.2 Análise do Texto Yes, Nós Falamos English Já se é tão comum a língua inglesa no brasil, que, para tanto, foi criado um novo jeito de se catalogar as palavras estrangeiras. Chamada de estrangeirismos, cada vez mais se torna comum o uso dessas palavras no português. Já foram adicionadas ao dicionário, cada uma com seu sentido real. De modo geral, o Brasil se aponderou de palavras de outras línguas, desfavorecendo o português - não que não existam palavras capazes de preencher as lacunas que deveriam ser preenchidas, mas essas não teriam o sentido completo, que a palavra em inglês lhes dá. Culturalmente, também, fazem-se mais nobres os produtos que se apresentam ao consumidor em inglês, sejam as marcas de tênis, carros, sapatos ou até mesmo de comidas. Tem-se uma perspectiva de que tudo que é de fora, é melhor do que aquilo que é produzido no Brasil. O Brasil não deveria se prender tanto ao inglês, uma vez que, dentre todos os outros países que falam o português, este País é o maior dependente da língua estrangeira - não só do inglês, mas de outras línguas também. Em Portugal, todas a palavras em inglês devem ser traduzidas para o seu idioma nato - fenômeno que no Brasil inexiste. A sigla AIDS, por exemplo, foi traduzida em Portugal por SIDA - não sendo aceita no Brasil devido ao preconceito da população e por ser alvo de piadas satíricas por se assemelhar com o nome da padroeira do Brasil (Nossa Senhora Aparecida). O Brasil, em questão, é o único país latino onde se fala “Aids”. Num mundo mais globalizado, se torna praticamente impossível não haver estrangeirismos na língua. Contudo, faz-se necessário manter a língua falada como uma forma de tradição. O “aportuguesamento”, deveria ser um conceito cultural que fosse fixado à sociedade. “Palavras em inglês viram moda no Brasil, onde nem o português as pessoas conseguem falar direito” - Diz Fernanda Scalzo, escritora desse artigo da revista Veja. Ela cria, como crítica à situação do País, um personagem fictício que percebe o quão grande é o estrangeirismo no Brasil. Desde um simples ato, este personagem lidava com o inglês em meio as palavras em português – situação comum no cotidiano do brasileiro. 2.4.3 Análise do Texto Assalto ao Idioma Alheio O projeto de Lei N 1676, de 1999, de autoria do deputado Aldo Rebello, procura eliminar o uso desnecessário de expressões estrangeiras na tentativa de valorizar a língua nacional. O indicador de soberania cultural de qualquer país é o idioma. A língua portuguesa se parece muito com o Brasil cosmopolita. Por ser um país que abriga diversas gerações de todas as partes do mundo, absorve variados costumes de diferentes culturas. Apesar do estrangeirismo revigorar e enriquecer a língua, o motivo da valorização deste, em especial, de origem norte-americana, é o contato cotidiano com o inglês, devido à globalização que gerou uma certa ideia de status. A população está cada vez mais interessada no transplante e disseminação direto dessas palavras sem nenhuma preocupação em traduzi- las. Permeia-se, então, que tudo encaminha a uma intersecção de línguas: em alguns pontos bem dosada ; em outros, exageradamente inútil. Diante dessa relação costumeira do uso, mesmo que indevido, proibir estrangeirismos por lei seria tão inútil quanto proibir desvios gramaticais ou gírias. Apenas mais um despropósito fruto da insegurança dos habitantes do Terceiro Mundo. 2.4.4 Análise do Texto Os Goianos na Torre de Babel Pode-se notar, nos meios publicitários, que Goiânia está sendo infestada por palavras estrangeiras, na maioria inglesas e francesas. Este, contudo, não é o problema; o verdadeiro erro está no choque cultural que essas palavras ocasionam ao serem pronunciadas. Nomes de pessoas e marcas internacionais acabam perdendo seus significados e pronúncias corretas ao serem falados pelos goianos. Tornou-se comum, também, a utilização de vocábulos ingleses juntamente com franceses - muito presente em edifícios imobiliários, por exemplo. O alicerce do questão, está na carência do conhecimento na área linguística-estrangeira. Assim, enrolam-se na pronúncia e escrita os goianos - o que explica os erros nas correspondências endereçadas aos edifícios. A crítica ao uso de estrangeirismos, presente no texto, faz-nos notar que o uso em demasia dos vocábulos alieníginas, nada melhora na nossa cultura. Ignoramos-a ao crer que culta são as outras línguas, por isso tanto se faz o uso delas. De vez em quando, os estrangeirismos na publicidade são bem-vindos e adequados mas, de quando em vez, são apenas a amostra da vontade exacerbada de tornar Goiânia, uma cidade cosmopolita. 3 PARALELISMO ENTRE O LIVRO “DEVER DO ADVOGADO” DE RUI BARBOSA E O FILME “DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA” Em resposta a uma consulta epistolar, de Evaristo Costa, Rui Barbosa escreve a admirável obra O Dever do Advogado, versando que o profissional em questão tem por dever e função designar sua defesa (a um réu) sempre em prol da humanidade. O advogado que considerar uma causa como injusta e indefensável, toma posse das funções do juíz do juri – - segundo Barbosa. Ele julga que em todo o caso deve haver uma defesa, pois este é o papel do advogado, e afirma que a cargo do júri ou juiz fica decisão da culpabilidade do acusado – - nota-se, então, que a defesa independe dos fatos. No filme Doze Homens e uma Sentença, os jurados refutam a ideia de Barbosa ao dizerem que qualquer ação advocatícia é desnecessária, taxando-nas, ainda, como “baboseira” - uma vez que tudo culminava para que o réu em questão fosse condenado. As críticas presentes acerca da deontologia jurídica são inegáveis. Pautando a ideia da obra de Rui Barbosa, percebe-se que o oitavo jurado (Henri Fonda) isenta-se de críticas pois, desde o princípio, mostrou-se um homem probo e justo ao admitir que o réu merecia uma discussão acerca do crime - para que houvesse justiça em sua decisão. Os demais, contrariam os escritos de Barbosa ao se eximirem dos seus deveres, desconsiderando, a priori, a defesa do réu feita por seu advogado.4 PORTUGUÊS NO DIREITO – RONALDO C. XAVIER 4.1 Exercícios – Combinação Vocabular 1) Relacionar os termos quanto à sinonímia: Respostas (8) (13) (12) (14) (11) (10) (15) (2) (7) (4) (1) (5) (6) (9) (3) 2) Relacionar os termos quanto à antonímia: Respostas (5) (8) (13) (11) (14) (12) (3) (2) (4) (9) (1) (15) (7) (10) (6) 3) Os verbos alistados à esquerda são de uso rotineiro na linguagem jurídica; os substantivos à direita frequentemente se empregam como seus objetos. Efetue o relacionamento: Respostas (9) (6) (7) (1) (8) (2) (3) (5) (10) (4) 4) Idêntico ao nº 3. Respostas (11) (7) (15) (12) (9) (1) (14) (13) (2) (4) (5) (6) (8) (10) (3) 5) Idêntico ao n 3. Respostas (4) (6) (14) (11) (1) (15) (3) (7) (9) (2) (13) (5) (8) (12) (10) 6) Idêntico ao nº3. Respostas (13) (7) (15) (1) (12) (10) (2) (6) (9) (14) (4) (5) (8) (11) (3) 7) Fazer com que os conceitos jurídicos correspondam aos adjetivos. Respostas (15) (19) (5) (14) (7) (11) (6) (9) (2) (16) (12) (1) (20) (8) (4) (18) (13) (3) (7) (10) 8) Efetuar a correspondência, selecionando o adjetivo que, conforme a técnica jurídica, seja mais adequado ao substantivo à esquerda (Obs: Os adjetivos estão alistados sem levar em conta a concordância nominal): Respostas (9) (5) (7) (1) (8) (2) (10) (4) (3) (6) 9) Idêntico ao exercício anterior. Respostas (6) (3) (10) (5) (8) (1) (9) (2) (7) (4) 10) Substituir a locução grifada pelo adjetivo equivalente: Respostas: 1- Processo Cognitivo 2- Direito possessório 3- Vício redibitório 4- Prova testemunhal 5- Herança avoenga 6- Outorga uxória 7- Tutela avuncular 8- Amizade fraternal 9- Valor monetário 10- Bens numerários/pecuniários 11- Produção pecuária 12- Pensão alimentícia 13- Ação cível 14- Dever cívico/civil 15- Grau recursal 16- Consentimento voluntário/volitivo/volível 17- Condição mercantil 18- Decisão judicial 19- Linguagem cartorária/cartorial/oficial 20- Material bélico 21- Direito falencial/falimentar 22- Cumprimento obrigatório/obrigacional 23- Auto pignoratício/penhorável 24- Registro imobiliário 25- Condição marital 26- Vínculo empregatício 27- Idade púbere 28- Prisão domiciliar 29- Unidade prisional 30- Honorários advocatícios 31- Acervo hereditário/patrimonial 32- Direito real 33- Caráter lúdico 34- Sindicato patronal 35- Relação contratual 11) Fazer corresponder os termos indicativos de crimes aos seres em que recai a ação Respostas (8) (7) (11) (5) (2) (10) (9) (12) (3) (4) (1) (6) 12) Fazer a correspondência entre os símbolos, à esquerda, e os seus referentes: Respostas (4) (2) (20) (13) (8) (10) (15) (7) (12) (11) (14) (18) (3) (15) (6) (5) (16) (1) (19) (9) 13) Relacionar os elementos (substantivos) às propriedades (adjetivos) que lhes são peculiares Respostas (20) (8) (20) (16) (20) (12) (7/6) (19) (20) (17) (13) (20) (8) (14) (14) (18) (13) (4) (05) (1) 14) Reagrupar os termos conforme a afinidade de sentido que entre eles se estabeleça: GRUPO 1 GRUPO 2 GRUPO 3 GRUPO 4 GRUPO 5 GRUPO 6 Decisão Estado Cadeia Prefácio Concubinato Contrato Aresto Nação Calabouço Exórdio Poliginia Pacto Acórdão Governo Cárcere Proêmio Exogamia Comodato Veredicto República Ergástulo Antelóquio Conúbio Novação Resolução País Masmorra Prolegômenos Mancebia Sentença Reino Prisão Introito Mandato Malversação Peculato 15) Reagrupar os termos abaixo, conforme as áreas sensoriais a que se referem: Visão Audição Olfato Tato Paladar Brilhante Estridulo Inodoro Rijo Acidulado Fragrante Canoro Oloroso Fofo Azedo Coruscante Estentórico Nauseabundo Sedoso Insipido Policrômico Sussurrante Tresandante Pontiagudo Salgado Diáfano Inaudível Rançoso Rugoso Gorduroso Ribombante Adocicado 16) Selecionar, entre os parônimos, aquele que preenche, corretamente, as lacunas das frases: Respostas l) Elidir a) Fastígio m) Cardeal b) Cadafalso n) Iminente c) Sortir o) Prescrever d) Diferir p) Distratar e) Angusto q) Primícias f) Dessentir r) Instância g) Inerme s) Estufar h) Discrição t) Emissão i) Vicinal u) Assuar j) Rebuliço 17) Selecionar, na relação fornecida no final, o termo jurídico adequado ao preenchimento das lacunas: (Respostas em negrito) 1) Se o penhor ou sinal dado como garantia de acordo chama-se ARRAS. 2) Denomina-se HERDEIRO o veículo de parentesco ou de consanguinidade que se dá entre os descendentes varões do mesmos tronco. 3) JUNTADA é o ato de unir ou anexar ao processo uma peça ou um documento que lhe era estranho. 4) Em Direito Administrativo PECULATO é o furto de dinheiro público por aquele que os guarda ou administra. 5) PRIMOGÊNITURA é a qualidade do filho mais velho ou primeiro. 6) Uma decisão do tribunal tem o nome de SENTENÇA ou ACÓRDÃO. 7) PRELAÇÃO é o mesmo que Direito de preferência. 8) Em Direito Penal, ABIGEATO significa roubo de gado. 9) A preferência, constante em cláusula de contrato, dada ao vendedor para readquirir preço por preço, a coisa vendida chama-se, em Direito Civil ou Comercial PREEMPÇÃO. 10) HERMENÊUTICA ou HERMENÊUTICA JURIDICA é a Ciência da interpretação e esclarecimento das leis. 11) Designa-se por MALVERSAÇÃO a má administração de fundos públicos. 12) INFORUTNÍSTICA é a parte da Medicina Legal que estuda a doença e o acidente de trabalho. 13) Um processo que não foi decido, terminado, testado, portanto, em curso constitucional LITISPENDÊNCIA. 14) EXEGESE é aquele que se limita a interpretar, servilmente, a letra fria da lei, sem atentar para o seu espírito, a sua intenção. 15) Em Direito Civil EVICÇÃO é a reivindicação da coisa, ou de direito real, sem porder de outrem que a detinha. 18) Idêntico ao exercício precedente. (Respostas em negrito) 1) A ordem judicial de se tornar público um decreto, uma lei, uma citação denomina-se ÉDITO. 2) EDITO exprime o preceito que se contém na lei ou no decreto. 3)Constitui DELITO qualquer ocorrência que a lei declara punível. 4) PRECATÓRIA é a carta de um juiz de uma comarca a colega de outra. 5) ROGATÓRIA é a carta, que contém ato judicial, encaminhada por via diplomática a pais estrangeiro 6) LISTICONSORTE é a pessoa que, juntamente com outras, participa de mesma causa, na qualidade de corréu ou coautor. 7) Chama-se CAUÇÃO a garantia de segurança para o cumprimento de alguma cláusula contratual. 8) Designa-se por USOCAPIÃO o direito de aquisição de propriedade pela posse mansa e pacifica durante certo período de tempo. 9) INTERPELAÇÃO é um pedido categórico de explicações por via judicial. 10) O crime praticado por funcionário público, ao cobrar do contribuinte mais do que este deve realmente pagar, chama-se CONCUSSÃO. 11) Classifica-se como INADIMPLEMENTO a falta de cumprimento de um contrato ou qualquer de suas cláusulas. 12) PANDÉCTAou DIGESTO é compilação das decisões dos antigos juristas romanos, convertidas em lei pelo imperador Justiniano. 13) FIDEICOMISSO consiste na disposição testamentária pela qual o testador institui dois ou mais herdeiros legatários, impondo a obrigação de, por sua morte, transmitir ao outro, a certo tempo ou sob certa condição, a herança ou legado. 14) EFITEUSE é o contrato pelo qual o proprietário de terreno alodial cede a outrem o direito de percepção de toda utilidade desse terreno, em caráter perpétuo, com o encargo de lhe pagar um foro anual e a condição de conservar para si o domínio direto. 15) ANTICRESE é o contrato pelo qual um devedor, conversando ou não a posse do imóvel, dá ou destina ao credor, para segura, pagamento ou compensação da dívida, os frutos e rendimentos produzidos pelo mesmo imóvel. 19) Enunciar, pela ordem, os sujeitos ativo e passivo dos institutos jurídicos apresentados abaixo. Respostas: Sujeito ativo Sujeito passivo Agravado Agravante Alienado Alienante Apelado Apelante Arrestado Arrestante Cessionário Cessante Comodatário Comodante Curador Curadoria Deprecado Deprecante Doador Doado Desapropriar Desapropriado Embargante Embargado Evictor Evicto Excesso Excedente Executado Executório Fideicomissário Fideicomitente Mandatário Mandante Notificado Notificante Núncia Nunciativo Outorgado Outorgante Querelar Querelante Reclamado Reclamante Recursória Recursante Depositado Depositário Reconvindo Reconvinente Requerido Requerente Suplicado Suplicante 20) Relacionar os períodos à sua respectiva duração Respostas (9) (6) (10) (1) (4) (2) (7) (3) (8) (5) 5 QUESTIONÁRIO: DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA (FILME) E O DEVER DO ADVOGADO (LIVRO) RESPOSTAS: 01) Para o corpo de jurado, o caso deveria ser, inicialmente, resolvido com rapidez pois não havia dúvida razoável em nenhum dos jurados – uma vez que, a priori, não julgaram necessário separar os fatos da versão. 02) O preconceito racial é evidenciado, primeiramente, quando o jurado islâmico discursa sobre meninos de cortiço – através de ofensas e palavras chulas. Novamente, nota-se tal preconceito quando o nono jurado discursa sobre o assunto. Este, generaliza sua opinião particular ao afirmar que o álibi do menino pobre era falso – uma vez que, segundo ele, todas os homens de sua “laia” são mentirosos natos – e ao chamá-los de bêbados, que não necessitam de motivos para matar alguém – por serem insensíveis, imprestáveis e selvagens. 03) O jurado islâmico parte do raciocínio silogístico para condenar o réu. Ao afirmar, por exemplo, que uma tal faca matou o pai e que o menino tinha tal faca, deduziu que o réu era culpado; acreditava que quem assiste um filme não se esquece do nome e o menino não se lembrava do título do filme, logo, deduziu que o réu não vira o filme porque estava matando o pai. Esses exemplos são característicos de um raciocínio dedutivo – particularidade do silogismo. 04) O oitavo jurado, no início do filme, utilizou-se do raciocínio retórico através de discursos que pautavam hipóteses. Usufruindo dessas, o homem contrariava a opinião dos demais jurados utilizando-se de perguntas retóricas - para derrubar as certezas dos antagônicos ao seu pensamento. Com isso, o oitavo jurado fez com que os demais adquirissem dúvidas razoáveis acerca dos fatos e da versão – convencendo-os de que o réu poderia ser inocente. 05) Cada indivíduo que compunha o corpo de jurado havia, anteriormente, passado por alguma experiência que contrapunha as versões evidenciados durante o julgamento, e que reforçava as contestações feitas por aqueles que as refutavam. Com a devida ordem, a conexão dos fatos com as diversas possibilidades de versão construíram um raciocínio silogístico – pautado pela dedução. 06) O apelo à autoridade é trabalhado em O Dever do Advogado, quando um réu (Dr. José Mendes) recorre à ajuda de Evaristo de Morais - que deveria admitir-se em uma causa que, de acordo com a opinião pública, era indigna de defesa. A autoridade, assim como mostrou o laudo dos psiquiatras no filme, possuía competência para falar sobre o assunto e provas que garantiam a inocência do réu. Rui Barbosa, em resposta à carta de Morais, deixa claro o dever que tem o homem de admitir o caso - este é o seu papel, independente das circustâncias. 10) O discurso autoritário é trabalhado no filme Doze Homens e uma Sentença, através da imposição da opinião do jurado islâmico – que somente em última instância acata a possibilidade de o réu ser inocente – pois em todo o momento não se abre à discussões ou possibilidades, impondo sua decisão pelo simples fato de achar verdadeira a culpabilidade do réu. O discurso polêmico é trabalhado através das discussões que o oitavo jurado coloca em pauta, acerca da veracidade da versão contada durante o julgamento – essas discussões que ele propõe são as causadoras da polêmica. 11) O filme pode ser considerado um argumento contra a pena de morte, pois a questão dos direitos e do respeito ao acusado é levantada, primeiramente, pelo oitavo e jurado e, após, pelos demais; durante a discussão da culpabilidade do réu. O primeiro, diz que não se pode tirar a vida de alguém sem, a priori, possuir a certeza de sua participação no crime e, ainda, o filme mostra aos espectadores o descaso dos demais jurados com o assunto, que já querem mandar o réu à cadeira elétrica sem antes averiguar os fatos. 12) Primeiramente, a existência de um juri popular na audiência é sinônimo de democracia – uma vez que há a participação do povo e a consideração de sua opinião. Outro aspecto do filme em que mostra um ideal de democracia, é a discussão sobre o direito à vida que possui o réu. 13) No Brasil, o juri é um direito e constitui o ideal de democracia. Por contar com a participação popular, esse meio aumenta o sentido de cidadania. 14) Rui Barbosa em sua carta a Evaristo de Morais, esclarece que o direito de qualquer acusado ter uma defesa, independente de seu crime – mesmo que da pior estirpe – é inalienável. A compreensão deste pensamento nos põe, portanto, a refletir sobre o respeito a que tem direito um réu. 15) Segundo o livro de Rui Barbosa, o advogado que considerar uma causa como injusta e indefensável, toma posse das funções do juiz e do júri. Quando no filme, Doze Homens e uma Sentença, um dos jurados diz que o advogado falou muita “baboseira” para um caso óbvio demais, o outro retruca que esse é o seu dever e, novamente, o mesmo jurado discorda dessa necessidade – a de defender o réu. Essa postura, portanto, contraria o pensamento de Rui Barbosa – pois ele julga que em todo caso deve haver uma defesa (esse é o papel do advogado), ficando somente à cargo do júri ou do juiz decidir a culpabilidade do acusado 16) As argumentações deste juri, o islâmico, podem ser relacionadas ao raciocínio impulsivo – aquele em que as informações levam a uma conclusão, que é uma possibilidade. Ao escutar os fatos citados durante o julgamento, o jurado foi levado a pensar (com a certeza) de que o réu era culpado. Essa conclusão a priori, é característica de um pensamento impulsivo. 17) Em ambos os casos, a busca da verdade ética constitui-se de um exercício de justiça pois, ao aceitar que a veracidade dos fatos podem ser falha, tanto o juri (no caso de um julgamento) quanto uma pessoa (em um caso particular) possibilita a justiça como fim. A discussão de ideias,acordos e sentenças, quando se busca a verdade ética, proporciona aos atuantes um meio para que se alcance uma decisão justa. 18) O filme nos passa a imagem de que o papel do advogado é descartável, ao mostrar nos diálogos entre os jurados o caso era indigno de defesa. Rui Barbosa, em seu livro, defende exatamente a atitude que teve o advogado do filme – não se subtrair à defesa das causas perigosas, quando justas, nem regatear ao atribulado o consolo do amparo judicial. 6 VT INTEGRADA – ANÁLISE DO TEXTO “A ÉTICA DO ESTUDANTE DE DIREITO” NUMA PERSPECTIVA DA LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA Ao estudar a matéria Linguagem e Argumentação Jurídica e compreender seus assuntos e objetivos, nota-se que o Direito é uma ciência interdisciplinar. Essa, comunica-se com a linguagem - admitindo-se que a gramática é a coadjutora do Direito que, por sua vez, é a ciência da palavra. Precisa-se da ética para que bem possam, os juristas e jurisconsultos, peticionar, requerer, processar, escrever leis e executar outras ações quejandas. O texto “A Ética do Estudante de Direito” trata-se de uma análise crítica da universidade, do ambiente de trabalho e do meio social que cercam o acadêmico de Direito; expondo seus deveres e direitos nas esferas que integram uma sociedade. Para relacioná-lo com a Linguagem e Argumentação Jurídica, porém, deve-se analisar o papel tanto dos estudantes quanto dos profissionais de Direito. O domínio da língua, segundo Ronaldo Caldeira Xavier, antes de ser veículo de ascendência político ou social, é embasamento indispensável à formação integral da personalidade e fator assecuratório de uma melhor atuação do indivíduo no campo profissional por ele escolhido. Por isso, deve-se haver (entre os homens) o cultivo e exercício da ética. A aprendizagem da linguagua, representante do Direito, submete-se ao meio social (linguagem transmitida), e ao ambiente escolar (linguagem adquirida) do indivíduo. Acatando essa premissa, nota-se que as escolas e universidades precisam de uma reforma quanto ao método de ensino – assim como asseguram os itens 7.7 e 7.8 do texto “A Ética do Estudante de Direito” - pois muitos indivíduos (analfabetos funcionais) sabem ler, mas não discernem as informações que lhes são passadas. Quando esses logram aprovação no vestibular e nos exames da OAB, torna-se maior o número de advogados despreparados e sem credibilidade, agravando-se este quadro problemático. Seja como for, o homem, animal falante que é, em seus três níveis de manifestação – como humanidade, como comunidade e como indivíduo – está indissoluvelmente ligado ao fenômeno da linguagem. A personalidade (que também se origina da língua) está, por sua vez, intimamente ligada à ética. Por ser a palavra o cartão de visitas de outrem, devemos cultuá-la e usufruí-la eticamente. REFERÊNCIAS STJ. Superior Tribunal de Justiça. Disponível em: <http://www.stj.gov.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=426>. Acesso em: 2 de junho de 2013 TSE. Tribunal Superior Eleitoral. Disponível em: <http://www.tse.jus.br/institucional/o-tse>. Acesso em: 2 de junho de 2013 TST. Tribunal Superior do Trabalho. Disponível em: <http://www.tst.jus.br/institucional>. Acesso em: 2 de junho de 2013 STM. Superior Tribunal Militar. Disponível em: <http://www.stm.jus.br/institucional>. Acesso em: 2 de junho de 2013 TJ. Tribunal de Justiça. Disponível em: <http://www.tjsp.jus.br/Download/SIC/CartilhaPerguntasFrequentes.pdf>. Acesso em: 2 de junho de 2013 TRF. Tribunais Regionais Federais. Disponível em: <http://www.cjf.jus.br/pages/trfs.htm> e seus demais sublinks, 1º a 5º Região. Acesso em: 2 junho. 2013 TRE. Tribunais Regionais Eleitorais. Disponível em: <http://www.jurisway.org.br/v2/pergunta.asp?idmodelo=6271> <http://www.tre- pb.gov.br/institucional/zonas/atribuicoesfuncionamento.html>. Acesso em: 2 de junho de 2013 PRESIDÊNCIA, Secretaria Geral da. TRT. Tribunais Regionais do Trabalho. Disponível em<http://www.tst.jus.br/justica-do-trabalho> <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto- lei/del9797.htm>. Acesso em: 2 junho de 2013 Roth, João Ronaldo - Justiça Militar e as peculiaridades do Juiz Militar na atuação jurisdicional. TJM. Tribunal de Justiça Militar. <http://pt.wikipedia.org/wiki/Tribunal_de_Justi%C3%A7a_Militar> <http://www.tjm.mg.gov.br/institucional/historico>. Acesso em: 2 junho. 2013 BRASIL.GOV.BR. Poder Judiciário. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/sobre/o- brasil/estrutura/poder-judiciario>. Acesso em: 2 junho. 2013 SISTEMA-EDUCACIONAL-ONLINE. Juris Way. Disponível em <http://www.jurisway.org.br/>. Acesso em: 2 junho. 2013 GUIA-DE-DIREITOS. Justiça Eleitoral. Disponível em: <http://www.guiadedireitos.org/index.php?option=com_contentHYPERLINK ">. Acesso em: 2 junho. 2013
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