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DHÂRANÂ ONLINE Nº 2

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EDITORIAL
Revista Online quadrimestral da Sociedade Brasileira de Eubiose - Ano I – Nº 2 – junho a setembro de 2012
A Sociedade Brasileira 
de Eubiose – SBE 
- é uma Instituição 
Iniciática. Quer dizer 
que sua filosofia e 
sua prática conduz 
os seus participantes 
a um processo de 
transformação interna, 
de superação das 
adversidades naturais, 
culturais e cármicas, até 
sua completa integração 
com o Sagrado, com o 
que denominamos de 
Pramantha, o projeto 
divino de evolução 
humana.
Esse caminho possui 
muitas voltas, atalhos, 
avanços e retrocessos, 
demandando, na maioria das vezes, um grande número 
de reencarnações. As experiências adquiridas passam, 
então, a ser um fermentador da evolução, que possibilita 
ao discípulo enfrentar as novas situações, propostas a ele 
a longo da vida.
Mas a evolução não é sucessiva, linear ou mesmo 
cumulativa. O que é importante e imprescindível numa 
determinada fase, torna-se superado em outra. Evoluir é, 
também, passar por uma longa trajetória de “mayas” – 
verdades aparentes, mas necessárias – para que se atinja 
novos patamares.
O ser humano, na fase inicial de sua existência de 
lactente, nem se percebe como um ente separado da mãe. 
Os seus corpos formam para ele uma única coisa, numa 
simbiose perfeita. Mas o preço inicial, que paga para 
descobrir o mundo e a si mesmo, é o da separação.
Assim, o processo 
de evolução é, também, 
uma sequência de 
identificações, que vão 
sendo abandonadas 
em favor de novas mais 
maduras, completas 
e sábias. Ocorre na 
infância, quando é 
rompido o primeiro 
círculo parental, e, 
assim, sucessivamente, 
até o mais doloroso 
dos rompimentos, que 
antecede à iluminação, 
quando o discípulo tem 
que se separar de todas as 
“mayas” que o ligavam ao 
mundo do ilusório.
Nesse momento 
glorioso da evolução, 
as três perguntas célebres dos colégios iniciáticos da 
antiguidade e mesmo da atualidade – Quem sou? De onde 
vim? Para onde vou? Já estão inteiramente respondidas. 
E, também, já se consideram como dados e incorporados 
à existência do “mais além de discípulo”, ou melhor, 
“quase Adepto”, os grandes valores do humanismo 
e das religiões, tais como a humildade, o perdão, a 
misericórdia, a compaixão, a fraternidade, a paz, como 
fruto da justiça, o amor aos adversários e inimigos, a 
convivência fraterna com a natureza, também, chamado 
de ecocentrismo. 
Nesse estágio, a pergunta crucial: que quero? Ou 
melhor, que fazer?
A resposta é única: a opção singular de cada um em 
incorporar-se ao trabalho consciente do Pramantha.
“Peregrino”
Helena Jefferson de Souza
SUMÁRIO
3
UM ESTUDO MISTERIOSO 
SOBRE VAYÚ
Henrique José de Souza
A alimentação deve estar em
harmonia com as diferentes estações
e constituições: Mentais e Físicas. O
alimento para uma época ou pessoa,
não é para outra pessoa e tempo.
6
OS CHACRAS E O SISTEMA 
ENDÓCRINO
Marcelo Rodrigues Bacci
“Eubiose é a ciência do bem-viver, da relação do 
homem com a sua parcela espiritual e material. 
Desta forma, auxilia , dentre outras coisas , a 
compreensão humana a respeito da constituição de 
seus corpos, desde o mais denso até o mais sutil.”
09
A LIDERANÇA NO TERCEIRO 
MILÊNIO
Sílvio Piantino
”A liderança é uma poderosa combinação de 
estratégia e caráter. Mas se tiver de passar sem 
um, que seja estratégia.”
20
TRABALHO DE ARAUTO 
 um depoimento
Francisco Feitosa
Tivemos a oportunidade de citar, em matéria 
publicada no Informativo Hermés Eletrônico, 
que nosso primeiro contato com a Eubiose se deu 
em 1995, quando fomos assistir a uma palestra 
na Maçonaria, intitulada “A Influência da 
Maçonaria na Independência do Brasil”. O que 
me causou espécie, na época, foi que o palestrante 
não era Maçom! Conversando com o mesmo, 
descobrimos que pertencia às fileiras da Eubiose. 
11
A MULHER NO TERCEIRO 
MILÊNIO
Iramar Rodrigues
As questões relacionadas ao feminino, à mulher, 
de muito ultrapassam as noções de gênero, de sexo. 
Todos os mitos de criação do mundo, de criação 
da humanidade, apontam, de uma maneira mais 
velada ou não, o sentido universal do feminino 
como polaridade em todos os níveis em que se 
expressa o sagrado.
16
ESCRAVOS DO TEMPO E DO 
ESPAÇO
Eliseu Mocitaíba da Costa
Perde-se, nas noites dos tempos genesíacos, 
a presença efetiva do ser humano, primeira 
manifestação de consciência na face da Terra, 
e das forças ocultas do universo, que atuam 
impulsionando a evolução e interagindo com e pela 
forma humana, como força ainda inconsciente, 
dentro das limitações do espaço, sustentada pela 
necessidade de conhecer e sobreviver.
Junho - Setembro/2012 03
Vayú sustém os constituintes 
do corpo: sangue, músculos, 
gordura etc. e corre através do 
corpo. 
É de forma quíntupla. 
É a causa determinante dos 
movimentos de diferentes classes. 
Afasta a mente do não desejável 
e concentra-se sobre o desejável. 
Concorre para que os DEZ 
SENTIDOS de conhecimento e 
de ação cumpram suas funções 
próprias. Leva à mente os objetos 
que entraram em contato com 
os sentidos. Mantém unidos os 
elementos do corpo e é a força 
coerente de suas partículas. É a causa da VOZ. É 
primária do TATO e do SOM ( audição) e a raiz do 
OLFATO. É a origem da ALEGRIA ou contentamento. 
Excita o calor. Arrasta todos os humores e impurezas. 
Penetra através de todos os condutos do corpo: grossos 
e finos. Dá forma ao embrião na matriz. Dá evidência à 
existência da vida. O Vayú não excitado, realiza todas 
essas funções. Quando excitado no corpo, aflige-o com 
diversas moléstias. Destrói a força, a complexão, a 
felicidade e os períodos da vida. Agita a mente. Destrói 
todos os sentidos.
Os humores do sistema (VAYÚ, BILE e FLEUMA) 
tem três classes de coisas:
1a - podem ser atenuados, normais ou excitados;
2a - correr para cima, para baixo ou diagonalmente;
3a - viajar pelo estômago e condutos referentes, ou 
pelas partes vitais e articulações.
Se se encontram normais, não existe enfermidade; 
porém, se anormais, manifesta-se a enfermidade. 
Geralmente, é o ALIMENTO USADO EM EXCESSO, 
que gera a doença. “Quem muito come, diz o velho 
provérbio, pouco vive.”
A alimentação deve estar em harmonia com as 
diferentes estações e constituições: Mentais e Físicas. 
O alimento para uma época ou pessoa, não é para outra 
pessoa e tempo.
UM ESTUDO MISTERIOSO SOBRE VAYÚ
Um linfático necessita de carne; 
o mesmo não acontece com um 
sanguíneo. No verão, abusar da carne 
é suicidar-se lentamente. No inverno 
ela aumenta as calorias. O regime 
frugal é o melhor, isto é, comer pouco, 
mas coisa que de fato alimente o 
organismo.
Para crianças, logo acabado o 
período da amamentação, o regime 
frugívoro, que é o puramente 
humano. O próprio animal, que é 
a “degenerescência do homem no 
final da 3a Raça-Mãe: O SÍMIO - só 
se alimenta de frutas. O mesmo não 
pode mais fazer a criança que já 
passou de 7 anos alimentando-se de carne, a menos que 
o faça vagarosamente, passando de um regime para 
outro paulatinamente. Um linfático, este não mais pode 
alimentar-se pelo regime vegetariano, quanto mais, o 
frugívoro! O sanguíneo, pode fazê-lo imediatamente, 
pois só terá a lucrar com isso, principalmente se for um 
hipertenso.
Quando o fleuma muda de condição normal, 
converte-se nas impurezas que se evacuam pelo sistema: 
feridas etc. Quando se altera a condição normal, 
converte-se em várias fontes de doenças. Todos os atos e 
funções são devidos a Vayú, que foi chamado à vida das 
criaturas. Através do mesmo, todas as enfermidades tem 
sua origem e as criaturas se destroem ou aniquilam.
A digestão produz-se pelo calor da bílis; quando esta 
se excita, produz toda classe de desordem.
Um organismo fraco ou anemiado começa desde 
logo a dar indícios pelafrialdade dos pés e das mãos 
(as extremidades do corpo). O corpo é como uma 
caldeira. Sem calor não funciona. No entanto - pés 
quentes... cabeça fria... - Daí a exigência: DORMIR 
COM A CABEÇA PARA O NORTE, que é a região fria 
ou polar. E os pés (já se vê) para o Sul, como região 
quente (embora fria por ser polar). O primeiro alimenta 
o segundo. Vayú corre no corpo para que este se 
mantenha vivo ou aquecido. É comum dizer-se: o Fogo 
está VIVO; brasas vivas ou acesas etc.
Vemos, portanto, que dos três, a causa primária é o 
Por HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA
(Fundador da atual Sociedade Brasileira de Eubiose)
A alimentação deve estar em 
harmonia com as diferentes estações 
e constituições: Mentais e Físicas. O 
alimento para uma época ou pessoa, 
não é para outra pessoa e tempo.
Um linfático necessita de carne; 
o mesmo não acontece com um 
sanguíneo. No verão, abusar da 
carne é suicidar-se lentamente. No 
inverno ela aumenta as calorias. 
O regime frugal é o melhor, isto é, 
comer pouco, mas coisa que de fato 
alimente o organismo.
Junho - Setembro/2012 04
humor chamado VAYÚ. Como tornar à 
normalidade o estado anormal desses 
3 humores? Administrando alimentos 
e medicamentos de condições 
opostas à causa que produziu tais 
anormalidades, ou antes, anomalias! 
Vayú, que pode ser seco, frio, ligeiro, 
sutil, instável, claro e azedo, se 
normaliza por meio de coisas que 
possuam qualidades contrárias. A 
bílis, que pode ser quente, fria, fina, 
ácida, líquida e AMARGA, normaliza-
se por meio de coisas contrárias. 
Peso, frieza, ligeireza, aquosidade, 
estabilidade, debilidade e doçura, 
qualidades de FLEUMA, normalizam-
se com substâncias contrárias. O 
doce, o acre e o salgado reprimem 
a Vayú. O adstringente, o doce e 
o amargo, à FLEUMA. Sendo as 
enfermidades geradas por esses três 
elementos, individualmente ou em 
combinação, prescrevem de medicinas 
e dietas apropriadas para criar atributos contrários à 
anormalidade gerada.
Existe outro processo de cura. Cada enfermidade 
possui seu DEVATA próprio... ou inteligência. Daí, 
o que se tem como charlatanismo: rezar a erisipela, 
por exemplo; do mesmo modo, o cobreiro e assim por 
diante. Não é propriamente o valor da prece... mas, o 
magnetismo do operador e a fé ou confiança do paciente 
(sugestão, diriam outros).
No Tibete e na Mongólia, tal tratamento é feito 
por meio de “mantrans” ou “dharanis” apropriados a 
cada moléstia, senão, vibrações desarmônicas com tais 
Devatas; por isso mesmo, obrigando-lhes... a deixar o 
lugar e muitas vezes, a irem morrendo aos poucos, por 
falta de “vitalidade”, tal como acontece em os sertões 
brasileiros, com a “reza das bicheiras do gado” etc...
Segundo o Induísmo, não há vida sem forma, nem 
forma sem vida; não há espírito sem matéria, nem matéria 
sem espírito. Cada humor, portanto, tem seu próprio 
Devata... e para curá-lo, ou melhor, seus desarranjos... 
basta que se lhes cure por sistemas terapêuticos fundados 
sobre atos relativos às deidades e à razão. Esta era a 
Medicina do grande PARACELSO!
Quando o elemento OJAS (FORÇA) atenua, o 
paciente apresenta febres inexplicáveis, debilidade, 
tendência a pensamentos de ansiedade e desânimo. Sente 
grande secura e a languidez que experimenta é tal, que o 
menor exercício lhes causa fadiga.
Reside no coração certa quantidade de sangue puro, 
ligeiramente amarelado. Tal sangue no 
corpo se chama OJAS. Sua atenuação 
ou perda pode chegar a produzir a 
morte.
O que se chama OJAS aparece 
a princípio nos corpos das crianças, 
dotado de cor de manteiga clarificada. 
Seu gosto é parecido ao mel. Seu cheiro, 
ao de arroz fermentado. Assim como o 
mel é feito pelas abelhas, extraindo-o 
de diversas espécies de flores e frutos, 
assim o OJAS dos homens, é reunido 
por VAYÚ, BILE e FLEUMA dos vários 
elementos referidos.
Com o coração, se relacionam dez 
grandes CONDUTOS, que produzem 
poderosos resultados. MAHAT e 
ARTHA dizem ser sinônimos de 
coração para o SÁBIO. O corpo, com 
seus seis membros, a inteligência, 
sentidos, cinco objetos dos sentidos, 
a alma com seus atributos, a mente e 
os pensamentos, tudo se acha estabelecido no coração. 
Sendo o coração o escrínio desses objetos aí existentes, 
logo é ele considerado pelas pessoas que especulam 
a respeito do sentido das coisas, como o ápice do 
organismo humano.
O coração é a sede do OJAS mais perfeito, como é 
a Sede do Supremo Brahmâ. Por tais razões o coração 
é chamado de MAHAT e ARTHA. Sendo o coração 
a raiz dos dez grandes condutos ou canais, estes são 
considerados como as DEZ GRANDES RAIZES. Elas 
tomam o OJAS e o fazem correr por todo o corpo. Todas 
as pessoas vivificadas pôr OJAS são ativas. Sem ele a vida 
se extingue.
Pelo que se vê, OJAS é um fluido tal como o sangue. 
A questão está em discernir se se trata de um fluido 
físico ou etérico. Eu me inclino pelo último - abusando 
do termo e da forma dual das coisas - como o Espírito 
do sangue. Si se tratasse de sangue físico, haveria algo 
na moderna fisiologia, semelhante... e tal não acontece. 
Ele se acha localizado no coração e é quem alimenta e 
destrói a vida: alimenta com a presença e destrói com 
a ausência. As lesões cardíacas de natureza simples... 
produzem perda de consciência e as graves a morte. OJAS 
joga um papel importante na constituição humana. Se 
uma pessoa quer preservá-lo, PRECISA LIBERTAR-SE 
DOS TORMENTOS MENTAIS, que acumulam OJAS no 
coração. Daí, a necessidade de homem ser calmo!
Tal OJAS, que é a fonte de tudo quanto é facultado 
ao coração por VAYÚ, BILE e FLEUMA - através do 
sangue - passa do coração a todos os outros lugares, 
O coração é a sede do OJAS mais 
perfeito, como é a Sede do Supremo 
Brahmâ. Por tais razões o coração é 
chamado de MAHAT e ARTHA. Sendo 
o coração a raiz dos dez grandes 
condutos ou canais, estes são 
considerados como as DEZ GRANDES 
RAIZES.
Junho - Setembro/2012 05
pelos condutos (nadis) de que o corpo 
se compõe, em todas as direções e 
desempenhando diversos papeis. 
Tais condutos ou nadis, são os que 
conduzem os ingredientes do corpo 
de um lado para outro, durante o 
processo de seu desenvolvimento ou 
transformação.
A mente, os sentidos etc. 
localizam-se no coração. Como vem 
a ser tal coisa? Para compreendê-
lo temos que nos aprofundar na 
Constituição do homem. Sabemos 
que este possui 3 corpos: grosseiro 
ou físico, sutil ou psíquico e Causal 
ou espiritual. Isto é, CAUSADO ou 
tecido pelo ESPÍRITO UNIVERSAL, 
o que implica em ser tal CORPO, uma 
sombra espiritual da verdadeira LUZ 
ESPIRITUAL: uma partícula (ou 
mônada) do GRANDE TODO!
E é por isso que nos dois primeiros corpos, se acham 
os sentidos e estes, quando continuam sempre da mesma 
natureza, o 3o corpo não se manifesta, isto é, o homem 
não se apercebe dele, necessitando de várias encarnações 
até descobri-lo. É o fato do equilíbrio das 3 GUNAS: 
SATTWA - RAJAS e TAMAS.
Como essas três qualidades de matéria estejam 
ligadas entre si, assim o estão os 3 corpos no homem! 
Pô-los em equilíbrio... é formar o Homem Perfeito. É por 
isso, que o corpo CAUSAL tem esse nome, por ser “a 
causa dos outros corpos... e em si mesmo... o reflexo da 
“CAUSA DAS CAUSAS”. É necessário que na “Causa se 
encontre o efeito”, embora em forma latente.
As obras esotéricas assinalam o CORPO CAUSAL 
NA FORMA DE OVO ÁURICO. Nos livros hindus, diz-
se que é ele um corpo de inconsciência, que funciona no 
alto transe. O que até certo ponto é lógico, porque ele 
só pode ter consciência, ligado aos dois outros que lhe 
ficam imediatamente abaixo. Isolado, impossível possuir 
consciência.
Nos Upanishads encontramos o corpo causal 
localizado no coração, com diferentes pórticos, que é 
o próprio Homem quem lh’os dá... e onde se acham 
colocados os elementos restantes dos corpos menoselevados...
Por conseguinte, nos centros do coração, é onde 
se concentram todas as energias do alto transe. É nele 
onde residem os “Oito poderes do Yogui” e quando o 
homem tem que despertar tal estado, o OJAS do coração 
é obrigado a correr pelos diferentes condutos, para dar 
forças ao corpo sutil e depois ao 
físico. Fato esse, legado ao dos 
CHAKRAS, que recebem de cada 
plano e até corpo, a vitalidade 
necessária, o que implica em 
que a matéria mais sutil é que 
vasa, ou antes, anima a matéria 
imediatamente menos sutil.
Tudo isso confirma nossa 
revelação dos ADORMECIDOS, 
principalmente, quando se diz: “E 
quando o homem tem que despertar 
de tal estado, o OJAS do coração 
é forçado a correr pelos diferentes 
condutos”. Tal estado de transe, 
ou o que adormece o homem, 
deixando-lhe apenas a vida no 
“coração”... se assemelha com o que 
se passa do Seio da Terra... onde é 
possível dormir-se o “SONO DAS 
7 ETERNIDADES”. Porém, com 
muito mais propriedade, onde a morte é apenas aparente: 
igual à da construção cósmica, que desperta nos grandes 
movimentos sísmicos... porquanto dizer-se “ônfalos” ou 
Umbigo da Terra, também poderia ser o seu CORAÇÃO, 
pois é onde pulsa o de todo o Universo... o do “transe de 
Brahmâ” no seu 8o dia de criação afora o ÚLTIMO (o 9o) 
que é o da Ressurreição. Os faquires indianos enterram-
se em estado cataléptico, porém, não o fazem fora da 
terra. O mistério está no próprio calor do “coração do 
mundo”.
Contam-se vários casos dos que habitam nas 
entranhas da terra, sob uma pressão calorífica impossível 
de ser suportada por outros seres. No Tibete o fato é 
mais do que clássico. Em o norte brasileiro, há uma tribo 
misteriosa de índios que entram e saem de verdadeiras 
“Crateras vulcânicas”...
F i n i s
Referência Bibliográfica
SOUZA, Henrique José. Lívro Síntese. páginas 228, 229 e 230.
Sabemos que este (o homem) 
possui 3 corpos: grosseiro ou 
físico, sutil ou psíquico e Causal 
ou espiritual. Isto é, CAUSADO ou 
tecido pelo ESPÍRITO UNIVERSAL, o 
que implica em ser tal CORPO, uma 
sombra espiritual da verdadeira 
LUZ ESPIRITUAL: uma partícula (ou 
mônada) do GRANDE TODO!
Junho - Setembro/2012 06
OS CHAKRAS E O SISTEMA ENDÓCRINO
Por: MARCELO RODRIGUES BACCI
“Eubiose é a ciência do bem-viver, da relação do homem com a sua parcela espiritual e material. Desta forma, 
auxilia , dentre outras coisas , a compreensão humana a respeito da constituição de seus corpos, desde o mais 
denso até o mais sutil.”
Constituição Oculta do Homem 
É composto por 7 corpos ou veículos. Podemos defini-los de acordo com sua composição energética ou vibracional. 
O mais denso é o Corpo Físico. Todos o conhecemos pelo fato de estar em frente a nossos olhos, de podermos tocá-• 
lo e senti-lo em nossas mãos. 
O segundo chama-se Duplo Etérico, contornando o veículo físico. • 
O terceiro, o Corpo Astral, relaciona-se intimamente com as emoções. • 
A seguir, o Mental Concreto, responsável pela definição racional, raciocínio lógico, pela classificação sistemática • 
de tudo o que vemos nesse mundo manifestado. 
O quinto veículo, o Mental abstrato, faz parte da Tríade Superior de corpos, juntando-se com os seguintes: Búdico • 
e Atmã. Ao Mental Abstrato cabe a inspiração, as ideias dos ditos gênios da humanidade, aquilo que, ainda, não 
tem forma, o saber sem conseguir explicar o motivo. Todo conceito inovador, que modifica a vida de alguma 
maneira, tem origem nesse Corpo, mais desenvolvido em uns e menos em outros. 
Os dois finais, Búdico e Atmã ou Crístico, são abstratos e se relacionam, respectivamente, com o Intuitivo • 
Superior, ou seja, a Supra Emoção, bem diferente da paixão e apego, causado pela emoção mais grosseira. É o 
amor pela humanidade, o respeito aos reinos que compõem o planeta, o profundo compromisso com o doar-se. 
O Crístico é a supra essência divina manifestada no ser humano. Apenas os Adeptos podem ter acesso a essa 
consciência. É a síntese do desenvolvimento de todos os outros corpos. Tão abstrato que uma definição, por si só, 
torna-se difícil.
São regiões localizadas nos corpos menos densos, 
próximos ao físico, que funcionam como vórtices de 
energia. Tanto podem receber como ceder. Possuem 
cores, e sua forma assemelha-se a uma flor, com suas 
pétalas. Existem em diversas regiões do corpo e se 
relacionam, intimamente, com os órgãos e glândulas nos 
locais onde se encontram.
Os principais, estudados na Sociedade Brasileira de 
Eubiose, são em número de 7.
São eles:
1- RAIZ - na base do púbis, com 4 pétalas, e sua 
cor, quando em movimento, assemelha-se a um tom de 
terracota, cor de tijolo; relaciona-se com os órgãos da 
região sexual;
2- ESPLÊNICO - lateralmente à esquerda, no 
abdome, próximo ao órgão que leva o seu nome, o baço; 
possui 6 pétalas, cada uma com uma cor do espectro 
(amarelo, verde, vermelho, violeta, verde e púrpura); 
capta a energia prânica e a distribui para o organismo;
OS CHACRAS
Junho - Setembro/2012 07
3- UMBILICAL - sobre o umbigo; possui 8 pétalas 
com duas cores apenas (verde e vermelha); possui 
influência sobre o sistema esplâncnico (vísceras 
abdominais); está, totalmente, ligado ao campo das 
emoções e quando, em atividade, assume uma coloração 
purpúrea;
4- CARDÍACO - na região torácica, chacra 
equilibrante, com 12 pétalas de cor amarela; o seu 
pleno desenvolvimento faculta ao indivíduo melhor 
compreensão sobre suas qualidades (Skandas) e suas 
tendências inferiores (Nidanas); com todas as nidanas 
superadas, consoante o pleno desenvolvimento das 
skandas, surgem mais duas pétalas, perfazendo um total 
de 14;
5- LARÍNGEO - na região cervical, sobre a glândula 
tireóide, com 16 pétalas em tom azul prateado; tem 
grande influência sobre a comunicação, por se relacionar 
com as cordas vocais, e sobre o temperamento, pela 
interface com a glândula tireóide; 
6- FRONTAL - sobre a testa, apresentando, pela 
sua intensidade de vibração, dois tons apenas: um azul-
purpúreo e um rosa com tons de amarelo; com 96 pétalas 
e faculdades que, ainda, precisam de estudo para sua real 
compreensão; relaciona-se com as glândulas localizadas 
no encéfalo, hipófise e pineal;
7- CORONAL - a flor de mil pétalas, na região 
superior da cabeça, com infinitos tons cromáticos, onde 
predomina,contudo, o violeta; desenvolve-se de acordo 
com a evolução espiritual do indivíduo, podendo cobrir 
toda a cabeça; centralmente, possui, ainda, em tom de 
um branco ao dourado, 12 pétalas centrais, que vibram 
menos que as 960 em seu entorno.
NADIS
Nadis ou condutos são canais por onde flui a energia 
vital que possuímos. Podemos chamá-la de Prana. 
Trata-se de uma energia neutra, presente em todo o 
nosso entorno em maior concentração de acordo com a 
luminosidade solar vigente, ou seja, maior no início do 
dia e menor no final dele. Os principais são os 3 centrais: 
Ida, Píngala e Suschumna. Ida sai à esquerda da espinha 
dorsal e assume um aspecto feminino; Píngala, à direita 
da espinha dorsal, representando um aspecto masculino; 
centralmente, Suschumna de característica neutra. 
Terminam na medula oblongada ou bulbo.
GLÂNDULAS E ÓRGÃOS
O conceito de glândula envolve qualquer tecido ou 
grupo celular que desempenhe a função de produzir 
substância que atue em outra região. Tal região pode ser 
o próprio tecido (função autócrina), localmente (ação 
parácrina) ou à distância ( ação endócrina ). Todas 
possuem essas 3 características descritas, dependendo da 
função que precisam desempenhar em cada momento.
Principais Glândulas
Hipófise ou Pituitária
Está localizada numa região do encéfalo, chamada 
sela túrcica. Está abaixo do hipotálamo e encontra-
se, espacialmente, entre os olhos e na raiz do nariz. 
Desempenha diversas funções de coordenação entre as 
glândulas do corpo. Essa coordenação ocorre atravésda liberação de fatores estimuladores ou inibidores da 
função glandular respectiva.
Alguns exemplos de substâncias produzidas ou 
armazenadas pela hipófise:
-Hormônio Estimulante da Tireotropina;
-Adrenocorticotropina;
-Ocitocina;
-Hormônio antidiurético.
Pineal ou Epífise
Esotericamente, conhecida por ser a glândula 
mestra, ainda, possui suas funções pouco conhecidas 
pela medicina ocidental. Produz um hormônio, a 
melatonina, que controla o ciclo circadiano do indivíduo, 
bastante afetado, quando passamos os fusos magnéticos 
do planeta em longas viagens internacionais. Está 
exatamente no centro do cérebro em local de difícil 
acesso. 
Tireoide
Localiza-se no pescoço em sua região frontal. É 
constituída de dois lobos e um istmo que os conecta. 
Junho - Setembro/2012 08
Altamente rica em iodo, molécula, que constitui o núcleo 
central dos hormônios que produz T3 e T4. Dentre 
suas inúmeras funções, reforçamos a importância do 
controle metabólico geral, por influenciar diversas outras 
glândulas em seu funcionamento, além do processamento 
de substâncias, como o colesterol, proteínas e 
carboidratos.
Fígado
É a maior glândula do corpo e ocupa boa parte do 
abdome superior. É o verdadeiro centro nervoso do 
organismo quando se fala em metabolismo. Tudo passa 
pelo fígado que, com suas milhares de enzimas, quebra 
e processa todo alimento que ingerimos. Possui função 
exócrina, pois produz a bile, que auxilia a digestão de 
gorduras, e endócrina, produzindo o glucagon, que 
regula, juntamente, com a insulina a glicemia.
Pâncreas
Localiza-se em uma região do abdome de difícil 
acesso, chamada de retroperitônio. Está, intimamente, 
ligado com o tubo digestivo, duodeno, por atuar , assim 
como o fígado, de maneira exócrina com suas inúmeras 
enzimas digestivas e, endocrinamente, produzindo a 
insulina, tão conhecida de todos. Sofre muito com os 
abusos, que cometemos ao longo de nossas vidas, pelo 
consumo do álcool em demasia, excesso de gorduras e 
açúcares. 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
É composto pelo encéfalo e pelo tronco cerebral. O 
encéfalo fica dentro da calota craniana, constituindo o 
cérebro e o cerebelo. O tronco cerebral, formado pelo 
bulbo, ponte e mesencéfalo, controla, dentre outras 
coisas, as funções vegetativas do organismo. Comunica-
se com o resto do corpo através de nervos, que emergem 
de suas região interna, e da medula espinhal. Divagar 
sobre o sistema nervoso, por si só, é um grande desafio 
e não está no 
objetivo deste 
artigo, contudo 
é importante 
conhecer a 
sua estrutura 
para a correta 
compreensão 
de como se faz a 
transmissão do 
sinal glandular 
para as células.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 
Como o próprio nome diz, é autônomo, ou seja, 
independe de nossa vontade. Está estruturado através 
de nervos, gânglios e receptores, que captam alterações 
bioquímicas, geradas através dos estímulos, que 
recebemos de nossos sentidos.
Subdivide-se em Simpático e Parassimpático. O que 
um estimula, o outro inibe e vice-versa. Estão em todos 
os órgãos e porções do organismo em um emaranhado 
de fibras nervosas, atentas a todas os estímulos, que 
recebemos. Toda esta estrutura, apresentada neste 
texto, serve para ter-se uma ideia de como funciona a 
transmissão de energia vital que captamos no ambiente 
em que estamos inseridos até a ação final, desencadeada 
por uma glândula em sua estrutura física.
Todas as estruturas de nosso organismo possuem 
uma correspondência etérica e astral,logo, ao ficarmos 
doentes, antes, ficamos no campo energético. O pleno 
conhecimento dessas características possibilita ao 
indivíduo maior chance de prevenção de alterações 
psíquicas e físicas que facilitem o aparecimento de 
doenças. 
Os hábitos contemporâneos, impostos pela 
sociedade, como a comida rápida, o trabalho excessivo, 
os vícios e a obesidade, em muito, contribuem para essas 
lesões.
Cabe a nós, portanto, lutar para mantermos nossa 
saúde em bom estado e disseminar o conhecimento, 
deixado por Henrique José de Souza. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LEADBEATER, Charles Webster. Os Chakras. 24ª ed. São Paulo: 
Ed.Pensamento, 2010.
MOORE, Keith L. Anatomia Orientada para a Clínica. 5ª ed. 
São Paulo: Ed. Guanabara Koogan, 2007. 
SOUZA, Henrique José. O Verdadeiro Caminho da Iniciação. 
6ª ed. São Lourenço: Ed. CEP, 2001.
Junho - Setembro/2012 09
A LIDERANÇA NO TERCEIRO MILÊNIO 
(Parte II)
”A liderança é uma poderosa combinação de estratégia e caráter. Mas se tiver de passar sem um, que 
seja estratégia.” Norma Schwarzkoph
Damos, hoje, continuidade ao trabalho 
iniciado, no numero anterior dessa Revista, 
quando introduzimos o tema da Liderança 
e justificamos a escolha dele. No entanto, 
antes de nos aprofundarmos neste objeto, 
BASES E PRINCÍPIOS DA LIDERANÇA 
Nunes (2009) afirma que as múltiplas definições para 
a liderança encontram dois elementos comuns: 
fenômeno de grupo, portanto, apresentando-se na I. 
presença de dois ou mais atores;
conjunto de influências interpessoais e recíprocas, II. 
presentes num determinado contexto através de um 
processo de comunicação humana. 
Já vimos que a liderança é uma necessidade em todas 
as associações humanas, tratando-se de uma relação 
entre indivíduo e grupo. A afinidade existirá se o grupo 
vislumbrar, neste indivíduo-líder, um mediador capaz de 
satisfazer suas necessidades, prover resultados e atingir 
as metas almejadas. 
Para a abordagem de tão vasto assunto, é imperativo 
que nos detenhamos um momento para avaliarmos o que 
já existe em termos de literatura, aceita como autoridade 
e referência no mundo acadêmico. 
A LIDERANÇA ATRAVÉS DOS TEMPOS
Conforme Bergamini (1994) e Abreu (1982), desde 
que se principiou o estudo do fenômeno da Liderança de 
uma forma mais sistêmica e cientifica, passamos por três 
períodos, caracterizados pelo foco de pesquisa aplicada. 
De uma forma esquemática, podemos relacioná-los:
1920 - Teoria dos Traços (o Líder já nasce com as I. 
características físicas e traços de personalidade definidos, 
é nato; foco no que o Líder é);
1930 - Teoria dos Estilos (O Líder pode ser II. 
formado; sua eficiência depende do seu modo de 
liderança; foco no que o Líder faz);
1960 - Teoria dos Contextos (a eficiência do Líder III. 
depende do grupo, do seu estilo gerencial e do ambiente; 
(foco nos tipos de ambientes).
Ao término da Primeira Guerra Mundial, ao se 
ter observado que alguns homens faziam diferença, 
principalmente, em situações adversas, os interesses se 
voltaram, de forma mais contundente, para a questão da 
liderança. 
Como era de se esperar, a primeira visão, que se teve 
deste fenômeno, foi a fatalista. Nessa conhecida Teoria 
dos Traços, ou se nascia para líder, ou para liderado, ou se 
vinha ao mundo como um nobre, ou se conformaria como 
plebeu. Era uma questão de possuir, ou não, o dom, ou 
melhor, de se nascer, ou não, privilegiado em relação aos 
demais. 
Warren Bennis (2001) comenta que, no início, 
pensou-se que as habilidades da liderança eram inatas. 
Ninguém poderia se tornar um líder, mas sim nasceria, 
ou não, com essa condição. A esse entendimento do 
processo de liderança, se poderia denominar de Teoria 
do “Grande Homem”. Aqui, o poder se encarnava em um 
reduzido universo de pessoas, cuja herança e destino as 
convertiam em líderes. Somente esses poderiam liderar, 
os demais deveriam se resignar a serem liderados. Ou 
se possuíam características de líder, ou, simplesmente, 
não. Nem o aprendizado nem o desejo, por maiores que 
fossem, poderiam alterar esse destino. No entanto, pouco 
durou essa visão, pois a mesma não conseguia suprir as 
necessidades daqueles que buscavam o caminho para a 
liderança, e não, apenas, uma rasa explicação. 
Quando esse ponto de vista falhou em explicar 
liderança, foi substituído pelanoção de que os grandes 
eventos transformavam pessoas comuns em líderes. [...] 
Assim como o amor, a liderança continuou a ser algo que 
todos sabiam que existia, mas ninguém podia definir. 
Muitas outras teorias da liderança vieram e se foram. 
Algumas enfocavam o líder. Outras , a situação. Nenhuma 
resistiu ao teste do tempo (BENNIS; NANUS, 2003, p.5).
Chegamos, então, ao que se poderia denominar de 
Por SILVIO PIANTINO
é necessário estabelecermos uma base 
comum, onde definiremos um vocabulário 
padrão e percorreremos alguns conceitos e 
modelos básicos de liderança, alicerce para o 
desenvolvimento posterior. 
Junho - Setembro/2012 10
“Grande Estouro”. Aqui se assumia 
que grandes eventos geravam grandes 
líderes. Presumivelmente, Jorge 
Washington estava, tranquilamente, 
passeando de barco quando, 
simplesmente, resolveram convidá-lo 
para uma Independência. Tiradentes perambulava, em 
seu ofício, pelas fazendas mineiras quando lhe caiu ao 
colo a posição de líder e, junto desta, a de mártir. Lênin 
vagava tranquilamente quando a Revolução estourou 
bem à sua frente. Estes, entre inúmeros mais, apenas, 
estavam no local certo na hora certa.
Torna-se, assim, evidente que, apesar de representar 
um avanço em relação ao modelo anterior, ainda, 
falhávamos no quesito de explicar por que uns eram 
“escolhidos” e outros não. Estava, então, preparado o 
terreno para a teoria dos estilos.
Com ela começamos a aceitar que o líder pode ser 
formado. Entendemos ser ela a meta principal de todo 
o interesse inicial pelo tema, ou seja, reproduzir ou 
gerar novos líderes. A questão aqui passa do que o líder 
é, para o que o líder faz. Logicamente, com o intuito de 
uma repetição sistemática de ações, comportamentos e, 
principalmente, do alcance de resultados desejáveis.
Sabemos que, em um ambiente organizacional, 
podemos identificar duas áreas principais de foco que 
se caracterizam por tarefas e relacionamentos. Assim, 
podemos, em uma atitude mais superficial e imediata, 
reconhecer três estilos de liderança. 
Primeiramente, encontramos os líderes autoritários, 
ou aqueles que se prendem às tarefas, definindo aos 
seus seguidores como e o que devem fazer. No extremo 
oposto, localizam-se os líderes democráticos e os liberais, 
ou aqueles que demonstram interesse acentuado pelas 
relações humanas. Estes compartilham o porquê dos 
propósitos. 
Entre esses dois extremos, há uma grande 
diversidade de estilos de liderança, relacionada nos 
trabalhos de Tannenbaun e Schmidt. Mas a questão, que 
se coloca agora é: Mesmo assumindo-se um estilo de 
liderança ideal, seria este,, rígido e imutável frente a todos 
os elementos dentro de um grupo? Seria, ainda, este 
modelo replicável a qualquer situação em apreço? Estas 
questões nos levam diretamente à Teoria dos Contextos.
Segundo Fiedler (1967), volumosa pesquisa, 
realizada, em sua maioria, sob condições reais, tem 
mostrado, bem consistentemente, que a personalidade 
do líder é, somente, um dos fatores que determinam o 
desempenho do grupo. Baseado neste fato, compreende-
se que, não sendo o líder fator absoluto, o mesmo pode 
sair-se bem sob determinados contextos e fracassar 
ruidosamente em outros. O oposto 
também se verifica, ou seja, 
lideranças desastrosas podem se 
ver vitoriosas, se deslocadas para 
outras situações. Brotava, assim, a 
Liderança Situacional ou Liderança 
dos Contextos. 
A Teoria dos Contextos atenta, assim, pela primeira 
vez, que situações diversas requerem líderes e atitudes 
distintas. Ou seja, não existe um modelo ideal de 
liderança que se aplique indistintamente no domínio 
Espaço/Tempo. A rigidez dos líderes é, assim, derrubada, 
seu pedestal é destruído. Alguém, altamente qualificado 
para liderar uma situação, pode ser, também, a pior 
escolha para outro grupo ou condição. Em síntese, não 
podemos pegar um grande líder, por melhor que se 
apresente, e transpô-lo para outros contextos, esperando 
a mesma excelência de resposta. A liderança foi assim, 
finalmente, identificada como sendo dinâmica e mutável, 
e não fixa e imóvel. 
Bem, aqui, finalizamos mais esta etapa. Estaremos, 
no próximo número, delineando o universo de atuação do 
Líder e o do Gestor, termos estes, muitas vezes, utilizados 
como equivalentes. Estaremos, ainda, caracterizando a 
Liderança Formal e a Liderança Informal.
Até Breve!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABREU, A. B. Novas Reflexões sobre a Evolução da 
Teoria Administrativa: os quatro momentos cruciais no 
desenvolvimento da teoria organizacional. Revista de 
Administração Pública, Outubro/Dezembro, Vol. 16, nº 4, 
1982.
BENNIS, W.;NANUS,Burt. Líderes: estratégias para assumir a 
verdadeira liderança. São Paulo: Habra, 2003.
______ Líderes. Estratégias para uma liderança eficaz, 2001. 
BERGAMINI, Cecília W. Liderança: administração do sentido. 
São Paulo: Atlas, 1994.
FIEDLER, F. A theory of leadership effectiveness. New York: 
McGraw-Hill, 1967
NUNES, Paulo. Conceito de Liderança. 2009. Disponível em 
<http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/lideranca.
htm#vermais>. Acesso em 06 de setembro de 2010.
Junho - Setembro/2012 11
A MULHER NO TERCEIRO MILÊNIO
Por IRAMAR GOMES RODRIGUES
As questões, relacionadas ao feminino, à mulher, de muito ultrapassam as noções de gênero, de sexo. Todos os mitos 
de criação do mundo, de criação da humanidade, apontam, de uma maneira mais velada ou não, o sentido universal 
do feminino como polaridade em todos os níveis em que se expressa o sagrado.
A semente germina; começa uma 
expansão na horizontal, e o elemento 
geométrico do circulo transforma-se 
em duas meias-luas.
É a segunda manifestação do Logos 
Único, é a Polaridade Plena, a Mãe, o 
Mundo das Leis, o 2º Trono.
Em Cosmogênese, a primeira 
manifestação do Logos Único ocorre 
com a fertilização do Espírito na 
Matéria, é o Germe no Ovo, o Pai, o 
Mundo das Causas, o 1º. Trono. 
Essa semente, após a expansão 
horizontal, cresce na vertical, 
formando uma cruz no círculo, ou 
seja a Cruz Mundanal, o Filho, o 
Mundo dos Efeitos, o 3º. Trono. 
Assumindo uma tendência feminina, vamos ao 2º. 
Trono: uma meia-lua olha para cima e vê Deus; outra, 
para baixo e vê a Humanidade. Assim é o mundo das 
mulheres, um olho para o Céu e o outro para a Terra.
Para chegar ao papel da mulher nos dias de hoje, 
seria interessante fazer um passeio pelos mitos femininos 
e enxergar o paralelo com a mulher atual.
Mitos são histórias baseadas em tradições e lendas 
feitas para explicar o universo, a criação do mundo, 
fenômenos naturais e qualquer outra coisa a que 
explicações simples não são atribuíveis. 
Mito é uma narrativa que descreve e retrata, em 
linguagem simbólica, uma força sobrenatural ou uma 
divindade.
Conversemos sobre alguns mitos femininos.
HERA OU JUNO - esposa de Zeus, protetora do 
casamento, das mulheres casadas, das crianças e dos 
lares. Ciúmes, marcação cerrada a 
Zeus. Equilibrio no casamento. 
Hera representa a parceira, a 
companheira, aquela que ombreia, 
com o homem, as situações do 
casamento.
Mas pode ser a mulher 
participativa em qualquer área 
de atuação; o símbolo de Hera; a 
mulher que mantém o conjunto, a própria sociedade.
AFRODITE OU VÊNUS 
– nasceu da espuma do mar, 
esperma do pai Urano, quando 
seu membro foi cortado por 
Saturno; deusa do amor e da 
beleza, era esposa de Hefestos.
É o símbolo da mulher bela, 
bonita por dentro e por fora, a 
“mulher cheirosinha”.
Prima pela estética de modos, costumes. Beleza nos 
atos, nas palavras e nos pensamentos.
ATENA OU MINERVA - antes 
de nascer, Zeus engoliu a măe, medo 
de ser destronado pelo filho. Sentiu 
uma dor de cabeça, que foi aberta 
por Hefestos e de lá saiu minerva. 
Deusa virgem, padroeira das artes 
domésticas, da sabedoria e da artebélica. A espada é uma representaçăo 
dos raios do pai.
É a mulher a procura de estudos, 
a pesquisadora, a mulher que usa o 
mental como forma de evoluçăo.
Junho - Setembro/2012 12
ÁRTEMIS OU DIANA – 
filha de Zeus, era a deusa 
virgem da lua, irmã gêmea 
de Apolo, poderosa caçadora 
e protetora das cidades, dos 
animais e das mulheres. 
Deusa da caça, mas não 
predatória, apenas, para 
buscar o alimento.
A mulher contemporânea 
traz essa deusa, quando sai 
à procura de alimento para a 
casa.
É a mulher no mercado profissional de trabalho, que 
sai para a luta no mundo e, através do trabalho, ganha o 
pão ou a caça para a família.
DEMÉTER OU CERES 
- deusa das colheitas, 
dispensadora dos cereais e 
dos frutos. Quando Hades, 
deus do inferno, levou sua 
filha Perséfone como sua 
esposa, negou seus poderes 
à Terra, e esta parou de 
produzir alimentos; a solução 
de Zeus foi que Perséfone 
passaria um terço do ano no 
inferno, com seu marido, e o restante do tempo com sua 
mãe, no Olimpo.
 Dessa forma, Deméter abrandou sua ira e tornou a 
florescer nas colheitas. Ela representa a mãe, que larga 
tudo em prol dos filhos, que dá a vida por eles, aquela que 
cuida da continuidade da hierarquia.
VESTA OU HÉSTIA – 
deusa dos laços familiares, 
simbolizada pelo fogo da 
lareira.
Zeus deu a honra de ser 
venerada em todos os lares. 
Sua chama brilhava nos lares 
e templos. Fogo direto do Sol. 
Ligação da Terra com o Céu.
É a mulher que liga o Céu à 
Terra, aquela que ilumina e dá 
o calor à família, à sociedade, 
à Humanidade.
Hoje, a mulher deve transformar esses mitos em 
realidade, ela é mãe e esposa – Hera e Deméter. É Atena, 
quando estuda, sai à procura do conhecimento. É Diana, 
quando vai à caça, ao alimento para a casa; ela trabalha. 
Ela cuida da casa, do calor, da luz no lar, é Héstia; deve 
ser pura, pois modelará o caráter dos filhos. É a mulher 
perfumosa, Afrodite, que se cuida, que é bonita e espalha 
amor.
Podemos 
encontrar 
mulheres 
no mundo 
contemprâneo, 
que são esses 
arquétipos, 
exemplos de mitos 
em realidade: 
espalhar amor – 
Afrodite.
Uma mulher chamada LORRETA PLESANT, 
conhecida, mais tarde, como Lorreta Pleasant, 
descendente de escravos americanos, nasceu em 1920 
, na Virginia. Casou, mudou para Baltimore; com 30 
anos e mãe de 5 filhos, descobriu ter câncer no colo do 
útero, que, pouco tempo, espalhou por todo o corpo. Fez 
tratamento no Hospital John Hoplins e faleceu em 1951.
Sem consentimento, 
foram retiradas células-
amostra do útero e 
fornecidas a equipe de 
pesquisa do hospital. 
Foi descoberto que essas 
células, num meio de cultura 
adequado, mesmo fora do 
corpo, multiplicavam-se, 
tornando-se imortais. E 
as células HeLa (iniciais 
da involuntária doadora) 
foram utilizadas em várias 
pesquisas nos USA e no exterior.
A vacina contra a poliomielite e contra o vírus HPV, 
vários medicamentos para o tratamento de câncer, de 
aids e do mal de Parkinson, por exemplo, foram obtidos 
com a linhagem HeLa. São cultivadas até hoje em vários 
laboratórios em frascos de plástico, contendo soro 
bovino. Portanto, milhares de trabalhos científicos foram 
realizados com essas células. Foram enviadas ao espaço 
para experiências sob gravidade zero.
Junho - Setembro/2012 13
Calcula-se que 
a quantidade de 
células existentes 
nos laboratórios 
de todo o mundo 
supere o número de 
células da senhora 
Lacks em vida.
Células HeLa coloridas artificialmente 
em laboratório.
As células HeLa são chamadas de imortais por 
se dividirem num número ilimitado de vezes, desde que 
mantidas em condições ideais de laboratório. Atribui-
se isso ao fato de essas células terem uma versão ativa, 
a enzima Telomerase, implicada no processo de morte 
das células e no número de vezes que uma célula pode 
se dividir. Talvez algumas linhagens tenham sido 
contaminadas por outras células, mas todas provêm da 
amostra retirada do tumor da senhora Lacks.
Onde está o aspecto de espalhar amor? O amor é 
doado sem retribuição; você, realmente, ama quando não 
necessita de um retorno. Apesar disso, os responsáveis, 
jamais, deram informações adequadas à família da 
doadora, tampouco ofereceram qualquer compensação 
moral ou financeira pela massiva utilização das células.
A mulher deixa como legado, após sua morte física, o 
Amor, uma característica do 2º Trono.
Vamos seguir os exemplos. Em 2011, o Prêmio 
Nobel da Paz foi direcionado a três mulheres africanas, 
recompensadas por sua luta não-violenta pela segurança 
das mulheres e pelos seus direitos a participar dos processos 
de paz:
ELLEN JOHNSON 
SIRLEAF, de 72 anos, foi 
a primeira mulher a ser, 
livremente, eleita presidente de 
um país africano, em 2005.
Economista e mãe de 
quatro filhos, a “Dama de 
Ferro” . “Desde sua posse 
em 2006, contribuiu para 
garantir a paz na Libéria, para 
promover o desenvolvimento 
econômico e social e reforçar o 
lugar das mulheres”, disse Jaglan, ao justificar a premiação.
Ellen afirmou que aceitava o prêmio em nome do 
povo liberiano
PRIMEIRA PRESIDENTE MULHER
GREVE DE SEXO
Sua compatriota LEYMAH GBOWEE teve um papel 
importante como ativista durante a segunda guerra civil 
liberiana, em 2003. Mobilizou as mulheres no país pelo fim 
da guerra, organizando, inclusive, uma “greve de sexo” 
em 2002. Também, organizou as mulheres acima de suas 
divisões étnicas e tribais no país, ajudando a garantir direitos 
políticos para elas.
Leymah Gbowee, mãe de seis filhos e terapeuta.
PRIMAVERA ÁRABE
TAWAKKUL KARMAN, 
ativista iemenita pró-
direitos das mulheres, tem 
importante participação na 
chamada Primavera Árabe, 
movimento pró-abertura 
democrática, que vem 
sacudindo, politicamente, 
vários países do mundo árabe 
desde o início de 2011.
Em entrevista à TV Al 
Jazeera, disse que o prêmio 
é “uma vitória para todos 
os ativistas iemenitas”, mas que a luta pelos direitos 
continua no país.
“Nas mais difíceis circunstâncias, tanto antes como 
depois da Primavera Árabe, Tawakkul Karman teve um 
papel importante na luta pelos direitos das mulheres, pela 
democracia e pela paz no Iêmen”, segundo o omitê.
“Sou uma cidadã do mundo, a Terra é minha pátria e a 
humanidade é minha nação”, escreveu perfil do Facebook, 
que utiliza, da mesma forma que outros sites, para divulgar 
sua luta pelas liberdades e pelos direitos humanos.
Três exemplos de arquétipos míticos em ação, todas 
mães(Demeter), esposas(Hera), cursos universitários 
(Atena), trabalhadoras (Diana), mulheres bonitas 
(Afrodite) e trazendo luz para a sociedade (Héstia).
Junho - Setembro/2012 14
Para nós, eubiotas, o padrão arquetipal a ser 
alcançado são os Gêmeos Espirituais. Para alçar voos 
em direção ao Novo Pramantha, o objetivo é ser igual 
a Akbel/Allamirah. Seguir e alcançar a consciência 
cósmica do casal Divino.
Em 1978, D.Helena Jefferson de Souza, esposa 
do Professor Henrique José de Souza, fundadores de 
Dhâranâ – Sociedade Mental Espiritualista, em 10 de 
agosto de 1924, depois Sociedade Teosófica Brasileira 
e atualmente, Sociedade Brasileira de Eubiose, 
demonstrou sua preocupação com o papel da mulher 
para lastrear uma nova sociedade, na construção de uma 
nova Humanidade.
Para melhor compreensão, transcreveremos trechos 
desta fala primorosa.
FALA DE D. HELENA 
JEFFERSON DE 
SOUZA – agosto/1978
“Sim, grande e imenso 
é o papel das mulheres 
como coletividade humana 
no momento presente. Pela 
própria condição biológica, 
é dever da mulher auxiliar 
seus filhos, esposo e irmãos”.
D. Helena coloca sob 
a responsabilidade da 
mulher o auxílio à família 
e, em projeção macro, a 
própria sociedade humana. 
Ao moldar uma família 
harmônica e equilibrada, é 
construída uma sociedadejusta.
“Usando a inteligência 
e o amor, transformaremos as incertezas atuais e a 
angústia, que assolam a humanidade, na firme convicção 
de um mundo melhor, onde o Bem, o Bom e o Belo sejam 
uma realidade”.
Aqui, ela nos fornece as ferramentas para essa tarefa 
de reconstrução: Inteligência e Amor – Mente e Coração, 
a polaridade com as duas partes em igual importância. 
Qualquer problema será sanado com o uso desses 
instrumentos; quem pensa não age intempestivamente e 
quem ama não causa dano ao outro. O objetivo é o Bem, o 
Bom e o Belo.
“Jamais esqueçamos que, no recesso de nossos lares e de 
nossas salas de aula, que é moldado o homem de amanhã”. 
Não é necessário ter grandes meios de comunicação, 
é em casa, é em grupos pequenos que as mudanças 
MULHER NA ONU
Como é praxe, o Brasil abre os debates da Assembleia 
Geral das Nações Unidas. Essa tradição começou em 
1947, quando o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha foi 
o primeiro orador da primeira Sessão Especial da 
Assembleia Geral das Nações Unidas, dando início a 
uma tradição que perdura até os dias atuais (a de ser um 
brasileiro o primeiro orador).
Em 2011, pela primeira vez, uma mulher abriu 
a Assembleia da ONU, o discurso foi feito pela 
PRESIDENTE SRª. DILMA ROUSEEFF, e a mensagem 
trouxe alguns alertas e a proposta para uma nova postura, 
sugestão de uma nova conduta para a Humanidade, alguns 
trechos significativos.
Sobre uma Nova Ordem: “O desafio colocado pela 
crise é substituir teorias defasadas de um mundo velho, 
por novas formulações para um mundo novo”.
Professor Henrique José de Souza escreveu sobre 
uma conduta diferente, determinou as Regras do Novo 
Pramantha, e caberá ao Brasil, “berço da nova civilização”, 
a responsabilidade de mostrar aos outros povos uma nova 
forma de viver, ou uma forma de bem viver.
Crise Econômica: “Queremos e podemos ajudar, 
enquanto há tempo, os países onde a crise já é aguda”.
Conceito de união na resolução dos problemas, 
tomando como entendimento que, se um país estiver mal, 
os demais sofrem consequências. Um só idioma, um só 
padrão monetário, uma só bandeira.
Expressão humana: “Os brasileiros se solidarizam 
com a busca de um ideal que não pertence a nenhuma 
cultura, porque é universal: a liberdade”. Uma 
liberdade, onde haja respeito e os livres pensadores ajam 
com responsabilidade e objetivos universais.
Direitos Humanos: “Queremos para os outros países 
o que queremos para nós mesmos”.
Um por Todos e Todos por Um, uma só célula. A 
humanidade precisa atentar para a sua unicidade em Deus. 
Parcelas de Deus caminhando pelo planeta.
Junho - Setembro/2012 15
acontecem. Um foco iluminado é capaz de aclarar todos 
os ambientes. Cada um, realizando sua parte, será farol a 
direcionar novos caminhos e novas posturas.
“À mulher cabe o dever da formação moral e 
intelectual da infância e da adolescência, que não 
deverão ser desviadas do caminho que as conduza ao 
aperfeiçoamento evolucional, para que, como consequência, 
o mundo se transforme e a paz volte a reinar na face da 
Terra apoiada nos princípios do AMOR, da VERDADE, e 
da JUSTIÇA”.
A esperança da colheita se acha na semente, o caráter do 
ser humando é moldado pela mãe, pela mulher . A mesma 
mulher que se enfeita, que cuida da casa, que estuda, que 
trabalha, que nutre, que liga o fogo sagrado do lar ao fogo 
sagrado do Sol. A mulher que faz a ligação da Terra com o 
Céu, o trabalho em deixar a Terra com a serenidade do Céu.
“Esse é o meu apelo, que, como mãe, faço às 
mulheres do mundo inteiro nessa hora angustiante, que 
atravessamos”.
“Que os nossos corações pulsem no ritmo do Amor 
Universal, cheios de fé e de esperança na Humanidade”.
A responsabilidade de transformar o “status quo” é da 
mulher, mas não é o seu privilégio. O homem é participante 
desse processo. Homem e mulher, caminhando ombro 
a ombro, para transmutar esse momento podre e gasto 
em uma nova Era, onde a fraternidade seja o apanágio da 
Humanidade; é dever do par retornar à Unidade.
O homem deve encontrar, em seu interior, os aspectos 
arquetipais da parceria, da inteligência, da procura, da 
beleza, dos laços familiares.
Finalizando o artigo, segue mais um trecho de esperança 
de D.Helena Jefferson de Souza.
“Tenhamos, sempre, em mente, que não há fatalismos 
inexoráveis. Usando nosso livre arbítrio com sabedoria, 
poderemos alterar o rumo de nossos destinos, modificando 
o carma, desmentindo, assim, a inflexibilidade do cego 
determinismo, desde que tenhamos “olhos de ver e ouvidos 
de ouvir”.
Não nos esqueçamos de que, quando agimos com 
o firme propósito de praticar o bem, jamais somos 
desamparados. Dizia meu inesquecível esposo e 
companheiro de missão, Henrique José de Souza: “A 
Fraternidade Branca (os seres que se libertaram das 
paixões humanas e que vivem, digamos, num plano 
superior ao dos homens vulgares) ampara, inspira e 
guia a ”grande órfã”, a humanidade, sem embargo 
de deixá-la responsável pelos próprios passos na livre 
escolha dos caminhos; apta a redimir-se por si mesma, por 
suas sofridas experiências, a superar-se pela conquista 
gradativa do real conhecimento da verdade”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRA, Antônio Castanho. São Lourenço: Ed. CEP, Aulas 
1942.
SOUZA, Helena Jefferson de. Texto de Posse da Autora. São 
Lourenço: Agosto/1978.
Vários autores. Mitologia. São Paulo: Ed. Abril Cultural, 1974.
ROUSSEFF, Dilma. Discurso na ONU. Nova Iorque: 
21/09/2011. http://www2.planalto.gov.br/multimidia/
galeria-de-audios/audio-do-discurso-da-presidenta-da-
republica-dilma-rousseff-na-abertura-do-debate-geral-da-
66a-assembleia-geral-das-nacoes-unidas-nova-iorque-eua-
-23min49 
www.wikepedia.com – Enciclopédia Livre
LACKS , Henrietta- http://pt.wikipedia.org/wiki/Henrietta_
Lacks 
www.estadao.com – 07/10/2010 
KARMAN, Tawakkul - http://www.estadao.com.br/noticias/
internacional,tawakul-karman-a-ativista-que-ousou-
enfrentar-o-presidente-do-iemen,782468,0.htm
GBOWEE, Leymah - http://www.estadao.com.br/noticias/
internacional,leymah-gbowee-a-mulher-que-tornou-
realidade-o-sonho-de-paz-na-liberia,782457,0.htm
SIRLEAF, Ellen Johnson - http://www.estadao.com.br/noticias/
geral,nobel-da-paz-e-homenagem-a-luta-da-liberia-diz-
presidente,782428,0.htm
Helena Jefferson de Souza, esposa de 
Henrique José de Souza - Fundadores 
da Sociedade Brasileira de Eubiose.
Junho - Setembro/2012 16
ESCRAVOS DO TEMPO E DO ESPAÇO
Prisioneiro no tempo e no espaço, dentro de 
si mesmo, em busca de experiência, o homem fica 
deslumbrado pelo pincel do Grande Artista do Universo 
e volta-se para o lado de fora de sua personalidade, 
tornando-se marionete das forças da natureza. Assim, 
prossegue através dos tempos, caminhando sem destino, 
olhando para o céu, correndo atrás de um meio de acesso 
à sua origem. Na realidade, um estranho nessa Terra de 
todos e de ninguém. Caindo e levantando, esse impulso 
de vida inconsciente se apresenta em toda a parte, 
conhecendo, assimilando tudo que lhe passa pela frente, 
durante eras sem conta, numa necessidade incontida 
de conquista. Na realidade, não deixa de estar sempre 
correndo atrás de si mesmo. O tempo passa, as distâncias 
diminuem nesse teatro de operações, entretanto, fica, 
cada vez mais difícil, encontrar, pelo acúmulo de coisas 
inúteis, o primeiro degrau que o levará ao portal para o 
Divino encontro.
O progresso da humanidade se expande, cresce 
a passos largos, mas não lhe é ensinado onde está a 
verdadeira chave para sanar semelhante mistério, o 
Metabolismo da Obra do Eterno. 
Muitos se arvoram em donos de tudo e de todos, mas 
esquecem a si mesmos. Forças inconscientes, querendodomar o que não conhecem, sem assumir que, ainda, não 
passam de turistas no cenário da natureza dos direitos e 
deveres. Buscadores das coisas exteriores!
Mesmo assim, a vida continua, com a prepotência 
de alguns, a negligência de muitos e a humildade inerte 
de outros. Cada um tentando, a seu modo, ser dono do 
pedaço. Se a maioria das pessoas, no fim da vida, pudesse 
visualizar o que lhe foi planejado, ao nascer, e o que foi 
realizado, ficaria consternada com a diferença pela falta 
de melhor perspectiva em sua vida. O Supremo Escriba 
vai traçando o destino “certo” de todos, sob suas linhas de 
vidas “tortas”. Foi assim que nasceu o jeitinho brasileiro?
Então, uma pergunta fica no ar: será que não existe 
mais escravidão? Enquanto o homem viver exilado de 
sua origem superior, aguardando, ou fazendo de conta 
que espera melhores dias para o seu mundo, viverá 
numa pretensa gaiola de ouro, cuja armação é feita pelas 
limitações físicas, psíquicas e mentais que lhe dizem 
respeito, tornando-se, pois, escravo de si mesmo.
 Se o ser humano não conhece a si mesmo, como 
pretende conhecer, dominar o que está fora de seu 
universo? Uma lei há muito lhe acompanha os passos 
(“toda ação resulta numa reação igual e em sentido 
contrário”), para que ele possa, sempre, avaliar sua 
maneira de ser e de aprender.
Os Mestres sempre dizem que a chave do grande 
mistério está “diante do nariz”, mas, pela falta de 
consciência, não é percebida.
Depois de longa vida errante, sem tempo para si 
mesmo, um dia começará acordar e a procurar a resposta 
às enigmáticas perguntas: quem somos? de onde viemos? 
e para onde vamos? Começa, então, a busca por sua 
verdadeira origem.
A Grande Meta é a formação de uma estrutura forte 
capaz de desenvolver ou reconhecer dentro de si os Pilares 
da Sabedoria, sustentando a Árvore da Vida ornada pelo 
Amor-sabedoria, Verdade e Justiça, virtudes que devem 
ser conquistadas pelo Peregrino da Vida; do eterno 
Aprendiz para deixar de ser mais um exilado e prisioneiro 
dentro de sua Casa, de seu Lar, o Grande Templo de Luz e 
Poder, o Cosmo!
 Na realidade somos vida-energia, inconsciente em 
busca da Consciência do Ter e do Ser para libertar-se e 
compor, como mais um tijolinho, nesta grande escadaria 
do Grande Setenário do Universo; para que um dia 
possamos dizer, “Eu e o Pai somos um só”.
Por ELISEU MOCITAÍBA DA COSTA
Perde-se, nas noites dos tempos genesíacos, a presença efetiva do ser humano, primeira manifestação de 
consciência na face da Terra, e das forças ocultas do universo, que atuam impulsionando a evolução e interagindo com 
e pela forma humana, como força ainda inconsciente, dentro das limitações do espaço, sustentada pela necessidade de 
conhecer e sobreviver.
Junho - Setembro/2012 17
TRABALHO DE ARAUTO
UM DEPOIMENTO
Tivemos a oportunidade de citar, em matéria publicada no Informativo Hermés Eletrônico, que nosso primeiro 
contato com a Eubiose se deu em 1995, quando fomos assistir a uma palestra na Maçonaria, intitulada “A 
Influência da Maçonaria na Independência do Brasil”. O que me causou espécie, na época, foi que o palestrante 
não era Maçom! Conversando com o mesmo, descobrimos que pertencia às fileiras da Eubiose. Nosso interesse 
pela Eubiose passou a ser muito grande, dado o volume de ensinamentos, que foram transmitidos em tão breve 
espaço de tempo, durante a palestra ministrada.
Resumindo: como já 
pertencíamos à Maçonaria, 
de imediato, entramos 
para a SBE, através do 
Departamento do RJ, e o 
eloquente palestrante, para 
Ordem Maçônica, hoje, 
ostenta o Grau 33º do Rito 
Escocês Antigo e Aceito.
Tal episódio nos mostra 
que é imprescindível o 
trabalho de Arauto, de 
espargir, no mundo, os 
ensinamentos deixados pelo 
nosso Excelso Mestre. Vimos 
aproveitando oportunidades 
certas para divulgar nossa 
Instituição e seus Ensinamentos, sempre, que se 
apresentar uma oportunidade.
A exemplo deste ano, em que atendemos ao 
convite da Maçonaria de Mato Grosso, através da Loja 
Maçônica Henrique José de Souza nº 49, de Cuiabá, MT, 
jurisdicionada à Grande Loja do Estado de Mato Grosso, 
GLEMT, para, no dia 15 de fevereiro de 2012, na cidade 
de Cuiabá, proferir uma palestra sobre a “Vida e a Obra 
de JHS”.
Embora o convite nos tenha chegado em um 
momento um tanto delicado, às vésperas da Convenção 
de São Lourenço, não houve como recusá-lo, por 
entendermos ser uma excelente oportunidade para falar 
ao público de Mato Grosso e, em especial, aos Irmãos 
Maçons e seus familiares, sobre o Manu do Século XX e 
sua prodigiosa Missão.
O convite nos chegou através do nosso V. I. 
Márcio Cambahuba, responsável pela Representação 
da SBE naquela cidade e Irmão Maçom, sendo 
um dos fundadores da Loja Maçônica que ostenta, 
orgulhosamente, o nome de nosso Mestre como patrono. 
Vale ressaltar o belíssimo trabalho desse Irmão na difusão 
da SBE e seus avançados ensinamentos.
Tratou-se de uma Sessão Conjunta, organizada pela 
Loja Henrique José de Souza, 
com a participação das Lojas 
Templo Íntimo nº 29 e Phoênix 
do Oriente nº 46, todas com 
sede no Condomínio Maçônico 
da GLEMT, além da presença 
de vários Irmãos das Lojas da 
capital matogrossense.
O público, cerca de 90 
pessoas, mostrou-se muitíssimo 
atento a cada slide apresentado, 
com perguntas oportunas e 
inteligentes, demonstrando 
enorme interesse pelo tema, 
destacando-se as singulares 
presenças: Sereníssimo Grão-
Mestre Adjunto da GLEMT, o 
Irmão Haroldo Moraes; Grande Inspetor Litúrgico para o 
Estado de Mato Grosso, o Poderoso Irmão Rubens Carlos 
de Oliveira; Ilustre Delegado Maçônico Distrital, O Irmão 
Isac Nepomuceno Filho; Secretário de Justiça Adjunto 
do Estado de MT, o Irmão Eubiota-Maçom Genilto 
Nogueira; Superintendente de Inteligência da Polícia 
Civil do estado de MT, o Irmão Eubiota-Maçom Romel 
Luiz dos Santos; Presidente da Ordem Paramaçônica 
Shriner – Brasil Central, o Irmão Cláudio Eduardo; 
Representante da SBE, em Cuiabá, Irmão Eubiota-
Maçom Márcio Cambahuba.
O evento teve início com um belíssimo cerimonial, 
com a entrada da Bandeira da Obra, ao som de “Ladack 
Sherin”, entoado pelos eubiotas. Posteriormente, foi 
dada entrada à Bandeira do Brasil e executou-se o Hino 
Nacional.
Devido ao público ser, em sua maioria, constituído 
de Maçons e Eubiotas, aproveitamos a singular 
oportunidade para falar, além da Vida e da Obra de nosso 
Mestre, sobre Instituição SBE, a Iniciação Eubiótica e, 
em especial, complementando o tema, abordar a estreita 
ligação entre a Eubiose e a Maçonaria. Com relação a esse 
especial aspecto, transcrevemos alguns trechos abaixo, 
enfatizando tal ligação e corroborando-a com alguns 
pronunciamentos do nosso Excelso Mestre.
Momento da Entrada da Bandeira da Obra e entoação do Hino 
Ladack Sherin
Por FRANCISCO FEITOSA
Junho - Setembro/2012 18
Francisco Feitosa proferindo a palestra
 Genilto Nogueira (Maçom/Manu Cuiabá - MT) entrega 
o diploma ao palestrante
Outorga do diploma à Eubiose
Ana Paula Cambahuba (Astaroth - Cuiabá - MT) e a Ban-
deira da Obra
Após essa abordagem, ser-nos-á possível observar, 
de forma bem mais cristalina, a estreita relação entre 
essas Ordens. Já, no final do século XIX e início do século 
XX, a Maçonaria teve um papel importantíssimo na vida 
de nosso Mestre, quando os Irmãos do Grande Oriente 
do Brasil e do Grande Oriente Lusitano deram ampla 
cobertura ao Barão Henrique Antunes da Silva Neves e 
esposa, e ao, então, jovem Henrique José de Souza, por 
ocasião dos acontecimentos em Portugal (no episódio 
da Rua Augusta), que culminaram com a Fundação 
Espiritual da Obra, levada a efeito em 28 de setembro de 
1921, em São Lourenço, Minas Gerais (Revista Dhârana 
231 – 1996). 
No dia 11 de junho de 1949, o Professor Henrique 
recebeu, no Rio de Janeiro, na, então sede da instituição,uma delegação de maçons americanos, do Rito de York, a 
qual o saudou como seu Chefe Secreto. 
Mais tarde, três Mestres Maçons, integrantes 
da, então, STB, orientados pelo Professor Henrique, 
desejosos do engrandecimento espiritual da humanidade 
e conhecedores dos Mistérios da Obra de JHS, foram 
incumbidos de criar uma Loja Maçônica, a Loja 
Estrela do Ocidente, com o propósito de espargir, 
maçonicamente, os excelsos ensinamentos do Mestre 
JHS. 
Sua intenção com a criação da Loja Estrela do 
Ocidente, em São Paulo, em 28 de setembro de 1962, e 
das demais Instituições que vieram a se formar, a partir 
de então, era a de criar círculos de atividades por onde 
fluísse o conhecimento de sua Missão, a Missão “Y”. Essa 
Loja mantém, desde sua criação, em homenagem ao seu 
Mentor Espiritual, um “Trono Vazio”, além de um quadro 
com sua fotografia, em uma sala chamada “Templo do 
Ocidente”, que antecede à entrada do Templo Maçônico. 
Posteriormente, com a “descida” do nosso Mestre, 
para dar mais eficácia ao trabalho da Loja Estrela do 
Ocidente, foi criada uma Instituição Paramaçônica, com 
fins espiritualistas, chamada LPD – Liga Progressista 
Democrática, fundada em 21 de abril de 1964, na cidade 
de São João del Rey. Na época, a LPD foi convidada pelo 
Grande Oriente do Brasil, SP, para ser a porta-voz do 
mundo maçônico para os profanos. Servia como um elo 
da Maçonaria com a, então STB, hoje, SBE.
Em 21 de abril de 1967 foi fundada a Loja Maçônica 
Graal do Ocidente, no Oriente de São João del Rey, MG, 
subordinada ao GOB-SP. Transcrevemos parte da Ata de 
Fundação: 
“Pela Graça de Deus e do nosso Mentor, Professor 
Henrique José de Souza, os Irmãos que assinam o presente 
termo, todos subordinados ao GOB, SP, desejosos de 
trabalhar para o engrandecimento do Brasil e para o 
Advento Cíclico da Nova Civilização, através dos princípios 
eubióticos de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, a fim 
Junho - Setembro/2012 19
de render preito de homenagem e manter, constantemente, 
lembrado o nome do patrono nacional – Joaquim José 
da Silva Xavier, o Tiradentes – Mártir e Herói da 
Independência do Brasil, vêm ao Oriente de São João Del 
Rey, MG, incorporados em comissão em visita ao Oriente, 
onde nasceu esse nosso Irmão, comprometendo-se, nesta 
Sessão Especial da Aug Ben Benf Resp Subl Loja 
Capitular “Charitas”, a fundar, no Oriente de São Paulo, 
Capital, uma Loja Maç com o título distintivo de “Graal 
do Ocidente”, que funcionará no R E A A , no Templo 
Estrela do Ocidente, sob a égide “Ex-Ocidente Lux”, 
fundamentada na “Lux Populi Dei”, e Missão denominada 
“Y”, na comunhão de Paz e Amor Universal, subordinada 
ao GOB, SP” (Assinam 40 Irmãos). 
Foi criada, também, a Loja Maçônica Cavaleiros do 
Ocidente nº 1834, Oriente de São Paulo, GOB, SP, 07 
de setembro de 1971. Com isso, formava-se uma tríade: 
Loja Estrela do Ocidente, ligada ao Pilar da Sabedoria, 
representando a parte filosófica do conhecimento 
eubiótico; Loja Cavaleiros do Ocidente, ao Pilar da Força, 
representando os protetores da doutrina eubiótica; Loja 
Graal do Ocidente, ao Pilar da Beleza, empenhando-se na 
comunhão espiritual da comunidade maçônica.
Reerguida em 21 de abril de 1977, retoma suas 
atividades a Loja Simbólica Ypiranga nº 83, Oriente de 
São Paulo, SP, fundada em 15 de junho de 1847, que teve 
o papel de salvaguardar e proteger o trabalho, a tradição e 
o vínculo entre a Ordem Maçônica e a Loja LPD. 
Existem documentos que comprovam, anterior 
à Loja Ypiranga, existir um clube político, de nome 
“Pátria”, visitado por D. Pedro I, atualmente, substituído 
pela Liga Progressista Democrática – LPD, mantida pela 
Loja Ypiranga. Consta, também, em seus anais, que a 
Marquesa de Santos presidiu, honorariamente, essa Loja. 
No Rio de Janeiro, foi fundada a Loja de Estudos 
e Pesquisas Professor Henrique José de Souza, 09 de 
setembro de 1985, que funciona no primeiro domingo de 
cada mês e, sempre, em Loja de Estudos, com palestras e 
seminários. 
Nessa Loja, tivemos a oportunidade de receber a 
visita do V. Grão-Mestre da OSG, Helio Jefferson de 
Souza, por ocasião das comemorações de aniversário 
da mesma. Um fato marcante aconteceu quando nosso 
Grão-Mestre e sua digníssima esposa, Dona Nízia, deram 
entrada sob a abóbada de aço, formada pelas espadas dos 
Maçons, ao som de Ladack Sherin, cantado por todos, 
já que a Loja é formada, em sua maioria, por Maçons-
Eubiotas.
Em 02 de maio de 1995, na III Convenção 
Internacional de Eubiose, no Porto, em Portugal, uma 
delegação do Grande Oriente de Santa Catarina e do 
... ... ... ...
...
...
... ... ...
...
Supremo Conselho do Grau 33º (RS) prestou uma 
homenagem ao Presidente da SBE e Grão-Mestre da 
OSG, Hélio Jefferson de Souza, e reconheceu o Professor 
Henrique José de Souza como Avatara Integral e 
preparador da humanidade para a vinda do Avatara da 
Era de Aquarius. 
Foi criada, em 10 de agosto de 1995, a Loja Maçônica 
Peregrinos do Graal nº 468, Oriente de São Paulo, 
jurisdicionada à Grande Loja do Estado de São Paulo. 
Já na cidade de Tubarão, em Santa Catarina, foi criado o 
Conselho de Cavaleiros Kadosch Henrique José de Souza. 
A Loja Simbólica Henrique José de Souza nº 49, 
palco de nossa palestra, na cidade de Cuiabá, foi fundada 
em 09 de setembro de 2003. Idealizada pelo nosso V.I. 
Ronan Gomes Vilar, fundada por 11 Irmãos, Maçons e 
Eubiotas, dentre eles, destacamos, também, a presença 
do V.I. Márcio Cambahuba, atual Representante da SBE 
na cidade de Cuiabá.
Em 17 de julho de 2010, coube-nos a honra de fundar o 
Consistório de Príncipes do Real Segredo Cavaleiros do 
Santo Graal, na Sacrossanta Cidade de São Lourenço-
MG, Capital Espiritual do Mundo. Esta Loja filosófica, 
responsável por iniciar os Irmãos nos Graus 31º e 32º 
do Rito Escocês Antigo e Aceito, está subordinada à 
14ª Inspetoria Litúrgica de MG, em cuja frente temos a 
subida honra de estar como Grande Inspetor Litúrgico, 
sob a jurisdição do Supremo Conselho do Grau 33º do 
R E A A da Maçonaria para a República Federativa do 
Brasil. Em nossa Inspetoria Litúrgica contamos, também, 
com a prestimosa participação do Irmão Eubiota-Maçom 
... ... ... ...
Márcio Cambahuba (Maçom/ Representante da 
SBE Cuiabá-MT/organizador do evento) foi home-
nageado
Junho - Setembro/2012 20
João Geraldo de Freitas Camanho, Delegado Litúrgico e 
um dos revisores desta Revista. 
O V. Grão-Mestre da OSG, ao longo de sua 
presidência, procurou manutenir esse harmonioso 
relacionamento entre as duas Ordens, em diversos 
momentos. A exemplo de 1995, quando foi recebido 
pelo Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, 
em Brasília, o então, Eminente Irmão Francisco 
Murilo Pinto. Tal visita foi retribuída no Templo de 
São Lourenço, quando o Eminente Grão-Mestre e sua 
Comitiva participaram de um Ritual Eubiótico, um 
momento memorável, de que tivemos o privilégio de 
participar. 
Outro marcante acontecimento se deu em Londres, 
quando o V. Helio foi recebido pelo Grão-Mestre da 
Grande Loja Unida da Inglaterra, considerada a Grande 
Loja Maçônica Mãe do Mundo.
A Eubiose e a Maçonaria são as duas colunas 
que mantêm firme e resistente o majestoso Templo 
da Verdade, como nos esclarece o trecho abaixo, nas 
palavras do Professor Henrique José de Souza, publicadas 
na Revista Dhâranâ nº 231, Ano 72, 1996, página 5:
“A Teosofia (Eubiose) é a Sabedoria dos Deuses, no 
seu duplo aspecto de Amor e de Verdade. A Maçonaria, por 
sua vez, é a gloriosa mensageira da Verdade e do Bem, que, 
através dos séculos, vem abrindo largo sulco de caridade 
e de justiça. Ambas se fundem numa só Força e Poder, 
porquanto representam as mais valiosas correntes para 
organização do edifício social, os meios mais eficientes 
para a realização do sublime ideal da Hierarquia Oculta,a 
fraternidade humana, e, ainda, o poder mágico e infalível 
de cada homem poder decifrar o misterioso enigma de 
Esfinge Interna”. 
Ainda, fazendo alusão à Maçonaria, transcrevemos 
mais um trecho com as palavras do nosso Mestre JHS, 
Revista Dhâranâ nº 231, Ano 72, 1996, página 17:
“Os grandes Seres que dirigem o destino da 
humanidade, principalmente, Aquele que se acha à 
frente da grande Obra da América Latina, servem-se de 
todos os grandes centros de atividades espiritualistas. A 
Maçonaria será, talvez, a que maiores serviços prestará à 
causa que nos empolga, porém já está entendido, passando 
pela grande reforma de que se vem ressentindo há tempo. 
Mister se faz que o “Ramo da Acácia” de todos os tempos 
não venha a secar sobre o túmulo glorioso dos seus 
antepassados! 
Os tempos são chegados, e Hiram vai ressuscitar 
dentro de cada um daqueles que quiserem imitar o eterno 
gesto do Supremo Arquiteto: construir, edificar cousas 
belas e perfeitas para a Grande Obra da humanidade. 
Maçons e Teósofos (eubiotas), uni-vos! Uni-vos na 
verdadeira fraternidade, para construirmos um Brasil 
digno de ser o Berço da Nova Civilização, a nação 
portadora da espiritualidade para a Nova Era!”
Portanto, torna-se mais do que notória a estreita 
ligação entre essas duas nobres Instituições: a Ordem 
Maçônica, possuindo uma estrutura organizacional 
fantástica, sendo inegável sua facilidade de comunicação 
e representatividade em todos os quadrantes do planeta; 
a Sociedade Brasileira de Eubiose, detentora dos mais 
excelsos ensinamentos na atualidade, deixados por nosso 
Mestre, em sua prístina pureza, a fim de reconstruir e 
preparar o mundo para o Grande Advento da Era de 
Aquarius.
Coube-nos a honra de, eubioticamente, como 
um humilde arauto da Obra de nosso Mestre e, 
maçonicamente, como um (re) construtor do 
edifício humano, atender ao convite da Maçonaria 
Matogrossense, saciando-lhes a sede do saber sobre 
a Vida e a Obra de nosso Augusto Mestre, o que nos 
possibilitou espargir seus excelsos ensinamentos, 
despertando-os para o verdadeiro Caminho da Iniciação. 
Permita-nos encerrar com as palavras do Mestre JHS:
“Reconstruir é o brado que nos compete! Sim, 
reconstruir o homem, o pensamento, a moral, os costumes; 
reconstruir o Lar, a Escola, o Caráter, para que o cérebro se 
transmude ao lado do coração. Só assim, a humanidade se 
tornará digna do estado de consciência que é exigido pela 
Nova Civilização”.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SOUZA, Henrique José de. Revista Dhâranâ nº 231, Ano 72, 
1996, páginas 5 e 17. São Lourenço: Ed. CEP, 1996.
Árvore Acácia
SOCIEDADE BRASILEIRA DE EUBIOSE
www.eubiose.org.br
Fundador: Henrique José de Souza
Presidente: Hélio Jefferson de Souza
1º Vice-Presidente: Jefferson Henrique de Souza
2º Vice-Presidente: Selene Jefferson de Souza
DHÂRANÂ ONLINE 
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Editor de Texto: Laudelino Santos Neto
Revisores: Francisco Feitosa da Fonseca e José Geraldo de Freitas Camanho
Conselho Editorial: Alberto Vieira da Silva, Ana Maria Muniz de Vasconcellos Corrêa, Angelina Debesys, 
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Neto (presidente) e Silvio Piantino.
Logo da Dhâranâ Online: Marcio Pitel 
Dhâranâ Online, Revista de Ciência, Filosofia, Arte e Religiões Comparadas é uma publicação quadrimestral 
Órgão oficial da Sociedade Brasileira de Eubiose - SBE. 
Editada pelo Conselho de Estudos e Publicações - Setor Editorial. Ano I – edição 2 – junho a setembro de 2012
O conteúdo dos artigos assinados é de total responsabilidade de seus autores. Não é permitida a reprodução parcial ou total do conteúdo 
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