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Principais diferenças entre o Código de Hammurabi

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Principais diferenças entre o Código de Hammurabi, o Direito Hebraico e o Código de Manu
Princípio do Talião:
No Código de Hammurabi, era amplamente usado em diversas situações, seja de morte, roubo, ou até mesmo danos causados por uma cirurgia. Já no Direito Hebraico, era usado de maneiras mais amena, devido a princípios que o limitavam, como o Princípio da Individualidade das Penas, das Cidades Refúgio, do Homicídio Involuntário e Homicídio, entre outros.
Falso Testemunho/Testemunha:
No Código de Hammurabi e no Direito Hebraico, a pena para falsos testemunhos era praticamente a mesma, resultando em morte ou cumprimento da pena do acusado. Entretanto, no Direito Hebraico afirma-se que uma única testemunha não é suficiente para julgamento, necessitando de duas ou mais.
Estupro:
Para Hammurabi, o estupro era previsto apenas para virgens casadas, tendo como pena para o estuprador a morte. Já na Legislação Mosaica, o estupro sem pena para a vítima é previsto nesta legislação, embora somente em um caso específico: o de a mulher ter sido violentada em um lugar onde poderia ter gritado sem que ninguém a ouvisse (campo, por exemplo). Nos outros casos, onde poderia gritar e as pessoas a ouviriam, ambos (estuprador e mulher) seriam apedrejados até a morte.
Escravos:
A escravidão ocorria por guerra e por dívida. Porém o Código prevê, para a escravidão por dívida: “Se uma dívida pesa sobre um awilum e ele vende sua esposa ou filho, estes trabalharão durante 3 anos na casa do comprador e serão libertados no 4º ano”. Já no Direito Hebraico, os prisioneiros de guerra não israelitas eram vendidos como escravos; o tráfico de escravos estava nas mãos dos Fenícios. Era proibida a compra de escravos israelitas por israelitas, embora um israelita pudesse vender a si mesmo para pagar dívidas. A escravidão não poderia ser eterna:
“Se um hebreu/hebreia for vendido a ti, ele se servirá durante 6 anos; no sétimo ano, o deixarás ir em liberdade e lhe proverá presentes de seu rebanho, sua eira e seu lugar. Mas se o escravo disser que não quer deixar-te e a sua casa, ficará para sempre sendo seu servo. O mesmo farás com tua serva”.
Divórcio:
No Código de Hammurabi, o marido podia divorciar-se da mulher em caso de recusa ou negligência em seus deveres de esposa/dona de casa. A mulher pode divorciar-se caso o marido lhe despreze; tomará seu dote e irá para a casa de seu pai. Já em Israel, somente os homens podem divorciar-se. Mesmo assim, teria que haver algo “vergonhoso” na mulher para que ele possa repudiá-la. Assim ele lhe escreverá uma ata de divórcio e a deixará sair com liberdade da casa.
Adultério:
Na sociedade de Hammurabi, apenas a mulher cometia adultério, o homem era no máximo seu cúmplice.
“Se uma mulher casada dorme com outro homem, estes serão amarrados e lançados na água. Se o esposo a perdoar, o rei também perdoa seu servo”
Já no Direito Hebraico, a punição ainda era maior para a mulher, mas havia punição para homens:
“Se um homem for pego em flagrante deitado com uma mulher casada, ambos serão mortos”.
Herança:
No Código de Hammurabi, herança não era primogênita, ou seja, não favorecia o primogênito, mas esse poderia escolher sua parte primeiro. Geralmente, a herança era dividida em partes iguais.
“Se um awilum tiver filhos com sua esposa e com uma escrava e reconhecer os filhos da escrava, todos os seus filhos terão de dividir igualmente os bens do pai”
Por outro lado, na Legislação Mosaica, o primogênito era beneficiado em detrimento dos outros filhos homens. Este benefício era garantido mesmo que o primogênito tivesse como mãe uma das mulheres que o pai não gostasse; ele ganharia a porção dupla de tudo que pertencia ao pai. (Há um indício de imparcialidade e de abondono da subjetividade nas decisões judiciais)

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