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10 Obras de Saneamento

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Saneamento Básico
• abastecimento de água potável; 
• o esgotamento sanitário e 
• o manejo adequado das águas pluviais e dos resíduos sólidos. 
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
Essas ações integradas são indispensáveis 
para que várias enfermidades não ocorram 
em uma comunidade.
1.1 Aspectos sanitários
Saneamento Básico
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
Obras de Saneamento (10º Período)
1.1 Aspectos sanitários
Saneamento Básico
• O que acontece quando o esgoto não é coletado e tratado 
corretamente?
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.1 Aspectos sanitários
Doenças
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.1 Aspectos sanitários
Saneamento Básico
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.1 Aspectos sanitários
80% dos leitos hospitalares são ocupados 
por pessoas que estão doentes em 
decorrência da falta de saneamento
Quando se investe 1 dólar em 
saneamento, se economiza 4 em 
saúde.
Saneamento Básico – Situação no Brasil
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.1 Aspectos sanitários
Saneamento Básico – Situação no Brasil
Mas isso só acontece em lugares distantes, certo?!?
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.1 Aspectos sanitários
A falta de sistemas de coleta, tratamento e destinação final dos esgotos 
sanitários resulta em formas inadequadas para sua disposição, tais como:
 lançamento em corpos de água
 disposição em terrenos, infiltração no solo e consequente poluição da 
água subterrânea
 Com isso, favorece-se o contato, de forma indireta, das pessoas com os 
dejetos, ocasionando a proliferação de doenças
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1.1 Aspectos sanitários – Saneamento Básico
VANTAGENS: - Do ponto de vista sanitário: a evitar a poluição do solo e dos 
mananciais e o contato de moscas e baratas (vetores) com as fezes, controlando e 
prevenindo as doenças a eles relacionadas. 
- Do ponto de vista econômico: diminuição das despesas com o 
tratamento de doenças evitáveis, redução do custo do tratamento da água de 
abastecimento, pela prevenção da poluição dos mananciais e o controle da poluição 
das praias e dos locais de recreação, com o objetivo de promover o turismo e a 
preservação da fauna aquática
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
A melhor maneira de evitar o contato de pessoas com dejetos:
• Execução de sistemas adequados de coleta, tratamento e destinação final 
dos esgotos sanitários (fossa seca, fossa séptica ou rede coletora pública de 
esgoto seguida de estação de tratamento de esgoto)
• Educação sanitária.
A implantação destes visa:
 Saúde pública;
 Conservação dos recursos 
naturais;
 Coleta e afastamento rápido e 
seguro do esgoto sanitário;
 Proteção de comunidades a 
jusante;
 Eliminação dos focos de 
poluição e contaminação
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Definição: ESGOTO
Águas residuárias domésticas (maior parcela), 
águas residuárias industriais;
 ainda uma parcela de água de infiltração (água do subsolo que penetra nas 
canalizações de esgotos através das juntas, poços de visitas e defeitos nas 
estruturas do sistema) e 
contribuição pluvial parasitária (parcela do deflúvio superficial inevitavelmente 
absorvida)
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Definição: ESGOTO
Esgoto fresco:
 Produção recente;
 Sem cheiro;
 Presença de O.D.
 Coloração cinza claro
Esgoto Séptico:
 Plena decomposição;
 Cor preta;
 Maus odores;
 Ausência de O.D.
Esgoto velho:
 Início de exalação de maus 
odores;
 Consumo de O.D.;
 Início da decomposição;
 Cinza escuro.
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Definição: ESGOTO
Temperatura: Pouco superior à das águas de abastecimento (20 a 25 °C) 
Cor e turbidez: indicam o estado de decomposição do esgoto (acinzentada ou 
preta)
Sólidos: importante em termos de dimensionamento e controle de operações 
de tratamento Bactérias
Fungos
Protozoários
Vírus
Algas
Coliformes
Importantes pois são responsáveis pela decomposição e estabilização de matéria 
orgânica, tanto na natureza como nas unidades de tratamento biológico
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Definição: ESGOTO
Esgotos domésticos
 despejo líquido resultante do uso da água para higiene e necessidades 
fisiológicas humanas, contêm aproximadamente 99,9% de água e apenas 
0,1% de sólidos. Os problemas de poluição das águas ocorrem devido a 
essa fração de 0,1% de sólidos.
 Águas Negras: oriundas dos vasos sanitários, cuja água é rica em matéria 
orgânica;
 Águas Cinzas: oriundas das pias dos banheiros, cozinhas, tanques e 
chuveiros. São todas as águas de limpezas.
Esgotos industriais
 variam de acordo com o tipo de indústria e com a matéria-prima utilizada;
 Para que o tratamento de esgoto seja eficaz, é necessário que sejam 
removidos dos dejetos industriais os contaminantes que possam causar 
problemas de toxidez aos micoorganismos e de riscos à segurança dos 
trabalhadores.
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1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas para esgotamento sanitário
Sistema de esgoto sanitário: Conjunto de instalações e equipamentos visando a 
coleta, transporte, tratamento e disposição final do esgoto sanitário
Podem ser:
 Individuais (estáticos) ou
 Coletivos (dinâmicos)
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1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais
A ausência, total ou parcial, de serviços públicos de esgotamento sanitário nas 
áreas urbanas e rurais exige a implantação de algum meio de disposição dos 
efluentes com o objetivo de evitar a contaminação em especial do solo e da água.
Locais: - em regiões pouco desenvolvidas; 
- com residências isoladas;
- com peculiaridades topográficas, entre outros aspectos socioeconômicos 
e culturais.
Para estes casos é conveniente adotar soluções individuais de tratamento dos 
esgotos:
 por via seca, ou seja, quando não é feito uso de água
 por via hídrica, quando para afastar os dejetos, faz-se uso de descarga de água 
de modo automático ou não
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via SECA
Tem encontrado vasta aplicação em países em desenvolvimento, inclusive no 
Brasil, em programas de saneamento básico. 
Em geral, esses sistemas são mais adequados para regiões desprovidas de 
sistemas de abastecimento de água, em particular em residências que não 
dispõem de instalações sanitárias
Fossa seca 
Fossa seca estanque
Fossa Seca de Fermentação
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1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via SECA
FOSSA SECA
• escavação feita no terreno, com ou sem 
revestimento, a depender da coesão do 
solo;
• uma laje de tampa com um orifício que 
serve de piso, e de uma casinha para sua 
proteção e abrigo do usuário;
• é recomendado também contra 
problemas de odores, um sistema de 
ventilação, constituído por um tubo 
localizado na parte
interna da casinha, 
junto a parede, com a extremidade 
superior acima do telhado.
Fossa seca convencional
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução via SECA
FOSSA SECA
• escavação feita no terreno, com ou sem 
revestimento, a depender da coesão do 
solo;
• uma laje de tampa com um orifício que 
serve de piso, e de uma casinha para sua 
proteção e abrigo do usuário;
• é recomendado também contra 
problemas de odores, um sistema de 
ventilação, constituído por um tubo 
localizado na parte interna da casinha, 
junto a parede, com a extremidade 
superior acima do telhado.
Fossa seca com ventilação
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via SECA
FOSSA SECA
Não deve receber água de descargas, de banhos, de lavagem, de enxurrada ou 
mesmo água do solo quando o nível da água subterrânea for muito alto
Os principais problemas durante o seu uso são a geração de odor e a proliferação 
de insetos, particularmente, a mosca
Em caso de mau cheiro, recomenda-se empregar:
 pequenas porções de sais alcalinizastes, como sais de sódio, cálcio e potássio, 
sendo comum o uso de cal ou cinza. 
 Se, eventualmente, surgir água na fossa, propiciando a proliferação de 
mosquitos aconselha-se utilizar derivados de petróleo, sendo mais comum o 
uso de querosene e de óleo queimado
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via SECA
FOSSA SECA
A localização exige atenção especial devido ao processo de infiltração no solo. 
Assim, deverão ser instaladas, preferencialmente:
 em locais planos, secos, livres de enchentes e de fácil acesso aos usuários.
 Distantes de poços e fontes e em cota inferior a mananciais, a fim de evitar a 
contaminação. 
 A distância varia com o tipo de solo ;
 Recomenda-se afastamento de pelo menos 1,5m do excreta em relação ao 
lençol freático, e de 15 metros em relação a um poço, o qual deve se situar à 
montante da privada higiênica
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via SECA
FOSSA SECA
Dimensionamento: Deverá ser levado em consideração o tempo de vida útil da 
mesma e as técnicas de construção.
Algumas dimensões indicadas para a maioria das áreas rurais são: 
 abertura circular com 90 cm de diâmetro, ou
 quadrada com 80 cm de lado; 
 profundidade variando com as características do solo, o nível de água do 
lençol freático, etc., recomendando-se valores em torno de 2,5m
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via SECA
FOSSA SECA
Vantagens:
Baixo custo;
Simples operação e manutenção;
Não consome água;
Menor risco à saúde;
Recomendada para áreas de baixa e média densidade populacional;
Aplicada a tipos variados de terrenos;
Permite o uso de diversos materiais de construção.
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via SECA
FOSSA SECA
Desvantagens:
Imprópria para áreas de alta densidade populacional;
Podem poluir o solo;
Requer solução para outras águas servidas.
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1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via SECA
FOSSA SECA ESTANQUE
Tanque destinado a receber os dejetos, diretamente, sem descarga de água, em 
condições idênticas as da privada de fossa seca. 
Apresenta como principal característica o fato de ser totalmente 
impermeabilizada, sendo, portanto uma solução indicada para zonas de lençol 
freático muito superficial.
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1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via SECA
FOSSA SECA DE FERMENTAÇÃO
É composta essencialmente de duas câmaras unidas e independentes destinadas 
a receber os dejetos, assim como nas privadas de fossa seca;
De acordo com o tipo de solo, poderão ser tanques enterrados, semi-enterrados, 
ou totalmente construídos na superfície do terreno.
Quanto ao funcionamento: utiliza-se apenas uma das câmaras até esgotar sua 
capacidade, (em geral para uma família de 6 pessoas, a câmara ficará cheia em um 
ano) então, isola-se esta câmara vedando a respectiva tampa, passando a utilizar a 
segunda câmara. 
Nesse período o material acumulado na primeira sofrerá fermentação natural. 
Quando a segunda câmara atingir sua capacidade máxima, o material contido na 
primeira já estará mineralizado, podendo ser removido, e a mesma poderá ser 
utilizada novamente.
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via SECA
FOSSA SECA DE FERMENTAÇÃO
Na operação de limpeza das câmaras, é conveniente deixar uma pequena 
porção do material já fermentado, a fim de auxiliar o reinício do processo de 
fermentação.
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1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA
Vem sendo utilizada há pouco mais de 100 anos
Geralmente apresenta-se como um tanque com paredes verticais de alvenaria 
revestida ou em concreto, apoiadas sobre uma laje de concreto simples, 
provido de cobertura de lajotas removíveis normalmente em concreto armado, 
e tendo duas ou mais câmaras em série
Utilizada tanto em residências com poucos moradores como em prédios mais 
complexos como escolas.
Pode receber as águas residuárias provenientes de atividades distintas como: 
descarga sanitária, despejos de lavatórios, águas do asseio corporal, de 
lavagem de roupas e provenientes da cozinha, sendo este recebimento feito de 
modo contínuo. 
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1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA
Funcionamento:
Retenção: o esgoto é retido na fossa por um período estabelecido, que pode 
variar de 12 a 24 horas, dependendo das contribuições afluentes;
Decantação: simultaneamente a fase de retenção, processa-se a sedimentação 
de 60 a 70% dos sólidos em suspensão contidos nos esgotos e a subsequente 
formação de lodo.
 Parte dos sólidos não decantados como óleos, graxas, gorduras e outros 
materiais misturados com gases e retidos na superfície livre do líquido, 
formarão uma camada de escuma no interior do tanque;
Digestão: tanto o lodo quanto a escuma sofrem a ação principalmente dos 
microrganismos anaeróbios de forma a remover parte dos poluentes presentes 
no esgoto bruto;
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA
Funcionamento:
Redução do volume: na digestão anaeróbia, acontece a hidrólise dos sólidos 
voláteis que se sedimentam, gerando como produtos gases e líquidos.
 a redução da quantidade de lodo acumulada no fundo dá-se em decorrência da 
liquefação e da gaseificação de uma parcela da matéria orgânica, ou seja, dos 
sólidos em suspensão voláteis
 Como consequência, há acentuada redução de volume dos sólidos retidos e 
digeridos, que adquirem características
estáveis capazes de permitir que o 
efluente líquido do tanque séptico possa ser lançado em melhores condições 
de segurança do que as do esgoto bruto.
 A estrutura de saída com placa retentora de escuma tem por finalidade evitar a 
fuga de material flutuante junto com o efluente da fossa.
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1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA
Os tanques sépticos podem ser constituídos em:
 câmara única: todos os fenômenos ocorrem num único ambiente
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1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA
Os tanques sépticos podem ser constituídos em:
 câmaras em série: embora ocorra decantação e digestão nas duas câmaras, a 
primeira favorece a digestão e a segunda a sedimentação, sequencialmente
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1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA
Aplicabilidade e vantagens
São indicadas para zonas urbanas ou rurais de baixa densidade populacional e 
que apresentam um solo com boa capacidade de absorção.
Podem ser indicados também para tratar vazões médias e elevadas, 
principalmente quando construídos em módulos.
As grandes vantagens das fossas sépticas em comparação a todas as outras 
opções de tratamento de esgotos, estão na construção e operação 
extremamente simples, além dos baixos custos.
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1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA
Após passar pela fossa, o efluente líquido, isento de materiais sedimentáveis e 
flutuantes (retidos na fossa) deve ser disposto de alguma forma no meio 
ambiente.
Entre os processos eficientes e econômicos de disposição do efluente líquido das 
fossas estão:
 diluição (corpo d’água receptor)
 sumidouro
 vala de infiltração
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1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA
Sumidouros
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1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA
Vala de infiltração
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA
Vala de infiltração
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA
Normas
ABNT NBR 7229/1993 - Projeto, construção e operação de sistemas de tanques 
sépticos
ABNT NBR 13969/1997 - Tanques sépticos - Unidades de tratamento 
complementar e disposição final dos efluentes líquidos – Projeto, construção e 
operação
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA - Dimensionamento de Fossa Séptica e Sumidouro
Volume da Fossa Séptica: NBR 7229/1997
Onde:
V = volume útil, em litros (por dia)
N = número de pessoas ou unidades de contribuição
C = contribuição de despejos, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia 
(Tabela 1)
T = período de detenção, em dias (Tabela 2)
K = taxa de acumulação de lodo digerido em dias, equivalente ao tempo de 
acumulação de lodo fresco (Tabela 3)
Lf = contribuição de lodo fresco, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia 
(Tabela 1)
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1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA
O fundo da vala ou do sumidouro situar-se-á em cota nunca inferior a 1,5 m 
acima do N.Amáx do lençol freático
 Determinação da Área de Absorção do solo
A = V / K1
Em que:
A= área de infiltração necessária, em m², para sumidouro ou vala de 
infiltração.
V= volume de contribuição diário, em l/dia, que resulta da multiplicação do 
número de contribuintes pela contribuição unitária de esgotos;
K1 = coeficiente de infiltração (l/m² x dia) obtido no gráfico para 
determinação do coeficiente de infiltração.
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1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA
Recomenda-se como volume útil mínimo do sumidouro e das valas, o mesmo 
volume útil da fossa séptica contribuinte.
Apesar da norma considerar o fundo e as paredes do sumidouro e das valas 
como área de infiltração (A), como segurança, o projetista poderá contabilizar 
apenas a área lateral, desprezando a infiltração pelo fundo do sumidouro devido 
a colmatação (preenchimento de vazios).
A escolha entre a utilização de valas de infiltração ou sumidouros, deve levar em 
conta o nível do lençol freático.
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1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA
Ensaio de infiltração
Testes em 3 pontos representativos da área a ser utilizada;
Abrem-se 3 covas de 0,30 x 0,30 x 0,30 m, com as paredes adequadamente 
raspadas e o fundo protegido com camada de 5 cm de brita nº1;
Após convenientemente saturada com água, a cova fica pronta para iniciar o 
teste;
Enche-se a cova até uma altura de 15 cm acima da camada de brita e cronometra-
se o tempo gasto para que o NA abaixe 1 cm.
Com os tempos determinados no processo de infiltração das covas, é possível 
obter os coeficientes de infiltração do solo (l/m² x dia) na curva apresentada a 
seguir. (Adota-se o menor dos coeficientes determinados no ensaio)
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1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA
Ensaio de infiltração
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA
Ensaio de infiltração
Tempo 
cronometrado de 
infiltração (min)
Coeficiente 
de infiltração 
K1 (l/m².dia)
Tempo 
cronometrado de 
infiltração (min)
Coeficiente 
de infiltração 
K1 (l/m².dia)
1 110 8 47
2 93 9 44
3 80 10 39
4 70 11 35
5 63 12 32
6 58 13 30
7 52 14 27
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1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA – EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
Dimensionar Fossa Séptica e o Sumidouro para uma residência rural (médio 
padrão) onde moram 6 pessoas
Considerar que no solo o ensaio de infiltração o tempo de infiltração para 
rebaixamento do nível d’água foi de 8 min.
Solução
O volume útil total do tanque séptico deve ser calculado pela fórmula:
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1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA – EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA – EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
UNIDADE 1 – SISTEMAS
DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA – EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
Detalhes dimensionamento: Anexo A da NBR 7229/1997
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1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA – EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
Solução
2600 l
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1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA – EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA – EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA – EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA – EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA – EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas individuais – Solução por via HÍDRICA
FOSSA SÉPTICA – EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
Solução
Área do Sumidouro: A = V / K1
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas Coletivos – REDE COLETORA PÚBLICA
São indicados para locais com elevada densidade populacional
Esta solução consiste em tubulações que recebem o lançamento dos esgotos, 
transportando-os ao seu destino final de forma sanitariamente adequada. 
Existem duas variantes para os sistemas coletivos: 
 Sistema unitário ou combinado
 Sistema separador (Parcial ou misto e o Absoluto convencional)
Em alguns casos, a região a ser atendida poderá estar situada em área afastada 
do restante da comunidade, ou mesmo em áreas cujas altitudes encontram-se 
em níveis inferiores. Nestes casos, existindo área disponível cujas características 
do solo e do lençol d’água subterrâneo sejam propícias à infiltração dos esgotos, 
pode-se adotar uma única fossa séptica de uso coletivo, que também atuará 
como unidade de tratamento dos esgotos
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas Coletivos – Solução Coletiva com tanques sépticos
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas Coletivos – Sistema Unitário
Coleta e conduz as águas pluviais juntamente com os esgotos sanitários e 
despejos industriais
Deposição de sólidos sedimentáveis e sanitários por ocasião da estiagem
Extravasa excessos de águas pluviais misturadas com esgoto = poluição corpo 
d’água embora com maior diluição
No dimensionamento do sistema deve ser prevista a precipitação máxima
O custo de implantação é elevado 
A estação deve ser projetada com capacidade máxima (período de chuvas)
Grandes dimensões das canalizações
Riscos de refluxo do esgoto sanitário para o interior das residências
As ETEs não podem ser dimensionadas para tratar toda a vazão que é gerada no 
período de chuvas (extravasamento sem tratamento)
ocorrência do mau cheiro proveniente de bocas de lobo e demais pontos do 
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas Coletivos – Sistema Unitário
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas Coletivos – Sistema misto ou separador parcial
Não são admitidas as águas pluviais provenientes de ruas, avenidas, praças, 
jardins, quintais e áreas não pavimentadas mas são admitidas as águas de 
telhados, pátios internos e sacadas de edifícios
Sistemas Coletivos – Sistema separador absoluto convencional
Uma tubulação exclusiva para a coleta de esgotos e despejos industriais e outra 
para transportar as águas de chuva. 
Menores custos, pelo fato de empregar tubos de diâmetro reduzido;
as águas pluviais não oferecem o mesmo perigo que o esgoto doméstico, 
podendo ser encaminhadas aos corpos receptores (rios, lagos, etc.) sem 
tratamento; este será projetado apenas para o esgoto doméstico;
nem todas as ruas de uma cidade necessitam de rede de esgotamento pluvial. De 
acordo com a declividade das ruas, a própria sarjeta se encarregará do 
escoamento, reduzindo assim, a extensão da rede pluvial;
esgoto doméstico passa a ter prioridade, por representar um problema de saúde 
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas Coletivos – Sistema separador absoluto convencional
No Brasil, comumente, utiliza-se o sistema separador absoluto
Problema: ligações clandestinas
 bastante evidente no Brasil: dificuldade no controle para se evitar que as águas 
pluviais (principalmente as provenientes dos telhados e pátios dos domicílios) 
sejam encaminhadas junto com o esgoto sanitário, o que pode acarretar num 
sistema ineficiente
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.2 Classificação dos sistemas de esgotos
Sistemas Coletivos – Sistema separador absoluto convencional
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.3 Partes constituintes
Componentes da rede coletora de esgotos
Coletores: Recebem contribuição de esgoto em qualquer ponto de seu 
comprimento, funcionando como conduto livre.
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.3 Partes constituintes
Componentes da rede coletora de esgotos
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.3 Partes constituintes
Componentes da rede coletora de esgotos
Estação Elevatória de Esgoto: É toda instalação constituída e equipada de forma a 
poder transportar o esgoto de uma cota mais baixa para outra mais alta, 
acompanhando aproximadamente as variações das vazões afluentes.
Estação Tratamento de Esgoto (ETE): Conjunto de unidades destinadas à remoção 
de sólidos grosseiros e matéria orgânica em suspensão ou em solução.
Corpo receptor: água ou solo que recebe o esgoto sanitário em estágio final;
Órgãos acessórios: dispositivos fixos desprovidos de equipamentos mecânicos, 
construídos em pontos singulares da rede de esgoto. São eles: Poço de visita; Tubo 
de inspeção e limpeza; Terminal de limpeza; Caixa de passagem; Sifão invertido; 
Passagem forçada.
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.3 Partes constituintes
Componentes da rede coletora de esgotos
Poço de visita (PV): Estrutura que permite o ingresso do operador para efetuar 
serviços de inspeção e manutenção dos coletores. 
Uma câmara construída geralmente em concreto e que pode ser construído também 
em alvenaria ou em aduelas de concreto pré-moldado.
Devem estar presentes:
• Interseção de dois ou mais coletores;
• Mudança de direção do coletor;
• Mudança de declividade do coletor
• Mudança de diâmetro do coletor
• Mudança de material do coletor
• A cada 80m para diâmetros até 150mm e a cada 100 m para diâmetros
maiores
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.3 Partes constituintes
Componentes da rede coletora de esgotos
Poço de visita (PV):
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.3 Partes constituintes
Componentes da rede coletora de esgotos
Poço de visita (PV): 
As dimensões
dos poços de visita (PV) devem se ater aos seguintes limites:
a) tampão
- diâmetro mínimo de 0,60m;
b) câmara
- dimensão mínima em planta de 0,80 m.
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.3 Partes constituintes
Componentes da rede 
coletora de esgotos
Tubo de queda: é um 
componente do PV que liga um 
coletor afluente em cota mais 
alta ao fundo do mesmo
 Tubo de queda deve ser 
colocado quando o 
coletor afluente 
apresentar degrau com 
altura maior ou igual a 
0,50 m.
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.3 Partes constituintes
Componentes da rede coletora de esgotos
Tubo (terminal) de inspeção e limpeza (TIL) ou poço 
de inspeção (PI)
O TIL é um dispositivo não visitável que permite 
inspeção e introdução de equipamentos de limpeza. 
Essa singularidade de baixo custo pode ser inserida em 
trechos retos entre poços de visita, respeitando-se as 
distâncias máximas alcançadas pelos instrumentos de 
limpeza. 
Atualmente, já e fabricado o TIL radial em PVC, que 
são utilizados em redes coletoras de mesmo material.
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.3 Partes constituintes
Componentes da rede coletora de esgotos
Tubo (terminal) de inspeção e limpeza (TIL) ou poço de inspeção (PI)
Por ser de custo inferior, pode ser usado em substituição ao PV nos seguintes casos:
• Na reunião de coletores (até três entradas e uma saída),
• Nos pontos com degrau de altura inferior a 0,5 m;
• A jusante de ligações prediais cujas contribuições podem acarretar problemas de 
manutenção,
• Em profundidades de até 3,0m.
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.3 Partes constituintes
Componentes da rede coletora de esgotos
Terminal de limpeza (TL):
É um dispositivo que permite a introdução de equipamentos de limpeza através da 
cabeceira do coletor. 
Pode ser utilizado em substituição ao PV no início dos coletores.
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.3 Partes constituintes
Componentes da rede coletora de esgotos
Sifão Invertido: trata-se de um trecho rebaixado de coletor com escoamento sob 
pressão que interrompe o curso do escoamento livre do esgoto e também o fluxo da 
mistura de ar e gases que ocorre na lamina livre do tubo.
Sua finalidade é transpor obstáculos como galerias de águas pluviais, cabos elétricos 
ou de comunicações, adutoras, linhas férreas, depressões do terreno ou cursos 
d’água.
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1.4 Quantificação dos esgotos
A quantificação permite definir a capacidade do sistema de coleta. Essa grandeza se 
define com base nos seguintes parâmetros:
•População da área de projeto atual e futura
•Consumo “Per Capita”
•Coeficiente de retorno
•Coeficiente de variação de vazão (K1 e K2)
•Infiltração
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
Roteiro de cálculo:
Considerações
1- Traçado da rede, numeração dos PVs e extensão de cada trecho
2- Vazão inicial e final
3- Taxa de contribuição inicia e final
(a partir desse ponto os cálculos são feitos para cada trecho)
4- Vazão de jusante do trecho inicial e final
5- Declividade mínima e máxima
6- Diâmetro mínimo
7- Lâmina líquida
8- Velocidades inicial e final
9- Tensão trativa
10- Velocidade crítica
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
População da área de projeto atual e futura
População inicial de projeto é definida como a atendível no ano de início de 
operação
População final de projeto como atendível no ano de alcance de projeto.
Consumo “Per Capita”
É o volume diário (média anual) de água utilizada por um habitante
Considerações
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
População da área de projeto atual e futura
Consumo “Per Capita”
Temperatura
Condição socioeconômica
Consumo per capita
Custo tarifa
Consumo per capita
Considerações
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
População da área de projeto atual e futura
Coeficiente de retorno 
Relação média entre os volumes de esgoto produzido e de água efetivamente 
consumida
A água para lavagem de carro, calçadas e ruas, rega de jardins, etc. não retorna na 
forma de esgoto.
•NBR 9649 - C =0,8
•Martins - C = 0,7 a 1,3
•Azevedo Neto - C = 0,8
•Mercalfy – Eddy – C = 0,7 
Considerações
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
População da área de projeto atual e futura
Coeficiente de variação de vazão (K1 e K2)
Dispondo de dados como população, coeficiente de retorno e contribuição per 
capita de esgotos, pode-se calcular a vazão média de esgoto doméstico. 
Entretanto, essa vazão varia com as horas do dia, com os dias, meses e estações do 
ano. 
A vazão também é dependente dos hábitos dos consumidores como a jornada de 
trabalho da maioria das pessoas, o que ocasiona picos de utilização de água (e 
geração de esgotos) no começo da manhã e nas primeiras horas da noite.
Considerações
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
População da área de projeto atual e futura
Coeficiente de variação de vazão (K1 e K2)
Para projetos de sistemas de esgotamento sanitário, utilizam-se os mesmos 
coeficientes de variação dos sistemas de abastecimento de água. 
K1 = 1,20 e K2 = 1,50
As variações mais relevantes são as horárias e diárias, sendo que:
Coeficiente de máxima vazão diária (K1): é a relação entre a maior demanda 
diária verificada em um ano e a vazão média deste mesmo ano;
Coeficiente de máxima vazão horária (K2): é a relação entre a maior demanda 
horária observada em um dia e a vazão média horária do mesmo dia;
Considerações
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
População da área de projeto atual e futura
Taxa de contribuição de infiltração
Depende de condições locais tais como NA do lençol freático, natureza do subsolo, 
qualidade da execução da rede, material da tubulação e tipo de junta utilizado. 
Acima do lençol freático: 0,05 l/s.km
Abaixo do lençol freático: 0,10 l/s.km
Considerações
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1- Traçado da Rede Coletora
Topografia da Cidade: O traçado da rede de esgoto tem relação com a topografia 
da cidade, uma vez que o escoamento dos esgotos se dá por gravidade (caimento 
do terreno).
• A definição do plano de escoamento interfere na eficiência e economia do 
sistema.
• Todos os usuários devem ser atendidos por um coletor de rua.
• Nenhum usuário deve ser atendido por mais de um coletor
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1- Traçado da Rede Coletora
Topografia da Cidade
Perpendicular
Aparece em cidades atravessadas ou 
circundadas por cursos de água.
Para se levar os efluente ao destino 
final deve-se construir um interceptor 
margeando o curso d’água
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1- Traçado da Rede Coletora
Topografia da Cidade
Leque
Utiliza-se em terrenos acidentados. 
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1- Traçado da Rede Coletora
Topografia da Cidade
Radial ou distrital
•Utilizada em cidades planas ;
• Divide-se em setores 
independentes criando-se pontos 
baixos ;
• Destes pontos baixos recalcam-
se os esgotos para o destino 
final . 
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1- Traçado da Rede Coletora
Topografia da Cidade
Deve ser evitada Melhor que a anterior
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1- Traçado da Rede Coletora
Topografia da Cidade
Melhor traçado
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1- Traçado da Rede Coletora
Influência dos órgãos acessórios da 
rede no seu traçado
Orientação do fluxo feita pelas 
tubulações possibilita ao 
projetista concentrar a vazão 
em determinados coletores
• Ponto A: Características de 
pontos altos (ponta seca)
• Ponto B: Características de 
pontos baixos (recebem esgoto) 
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1- Traçado da Rede Coletora
Localização da Tubulação na via Pública
Preferencialmente quando existir apenas tubulação de esgoto sanitário numa rua, 
esta deve estar localizada no eixo da rua.
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1- Traçado da Rede Coletora
Localização da Tubulação na via Pública
Se existir também a galeria de 
águas pluviais locar a rede de 
esgoto a 1/3 da largura entre o 
meio fio e o eixo da rua a ser 
ocupada pela galeria pluvial.
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1- Traçado da Rede Coletora
Localização da Tubulação na via Pública
Em alguns casos, listados abaixo, torna-se vantajosa a colocação de duas tubulações 
de coletores de esgoto sanitário na via pública, neste caso a mesma passará pelos 
passeios.
 ruas com largura superior a 15 m;
 ruas com tráfego intenso;
 ruas com largura superior a 10 m e bem pavimentadas;
 ruas onde existam galerias pluviais, coletores- tronco ou outras tubulações 
que impeçam as ligações prediais;
 ruas em que os coletores se tornam muito grandes (diâmetro > 400 mm) ou 
os coletores devem ser colocados em grandes profundidades (4m)
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1- Traçado da Rede Coletora
Localização da Tubulação na via Pública
Em alguns casos, listados abaixo, torna-se vantajosa a colocação de duas tubulações 
de coletores de esgoto sanitário na via pública, neste caso a mesma passará pelos 
passeios.
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1- Traçado da Rede Coletora
 Profundidades Máximas e Mínimas: Em função da maior ou menor dificuldade 
de escavação. 
• O conhecimento do subsolo será indispensável para se ter ideia da presença
de rochas, solos de baixa resistência, lençol freático e outros problemas.
 Interferências: 
• Canalizações de drenagem urbana;
• Os cursos de água que atravessam a área urbana;
• As grandes tubulações de água potável;
• O trânsito
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1- Traçado da Rede Coletora
 Aproveitamento de Canalizações Existentes: deve-se dispor de um cadastro do 
sistema com as seguintes informações:
 localização da tubulação e dos poços de visitas em planta;
 sentido de escoamento;
 diâmetro de cada trecho; 
 profundidades a montante e a jusante de cada trecho;
 cota do tampão do poço de visitas.
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
1- Traçado da Rede Coletora
 Planos Diretores de Urbanização: estabelecem a setorização de densidade
demográficas, setor industrial e sistema viário principal.
• Prevem as zonas de expansão da cidade;
• A rede coletora deverá estar capacitada, a receber com um mínimo de
modificações, os esgotos da área urbana no fim do prazo do projeto.
 A passagem das tubulações em locais onde não existem vias públicas deve ser
minimizada
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
2- Vazão inicial e final
A vazão é calculada para que as tubulações da rede coletora tenham capacidade:
 de atender à contribuição de esgoto sanitário gerado no início e no final do 
plano,
 para evitar que a tubulação assentada em determinado trecho seja substituída 
por outra de maior diâmetro, em razão do aumento da vazão com o incremento 
da população ao longo do tempo.
Vazão concentrada: Proveniente de indústrias, escolas, quartéis, hospitais,....
Normalmente considera-se vazão concentrada quando for maior que a metade da 
vazão normal no trecho : Qc > (Qmed) / 2
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
Vazão do esgoto doméstico em l/s
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
3- Taxa de contribuição linear
Para facilitar o cálculo da vazão por trecho;
•Qi = vazão de esgoto doméstico de 
inicio de plano
•Li = comprimento inicial da rede
•Ii = infiltração de início de plano
•Qf = vazão de esgoto doméstico 
de final de plano
•Lf = comprimento final da rede
•If = infiltração de final de plano
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
4- Vazão de Jusante do trecho
Txi, Txf = taxa de contribuição inicial e final;
Qci, Qcf = vazão concentrada no trecho , inicial e final;
Qmont i, Qmont f = vazão de montante do trecho, inicial e final
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
5- Declividade mínima e máxima da tubulação
Declividade mínima:
It minimo = 0,0055 Qi
-0,47
Coletores NBR 9649
It minimo = 0,00035 Qi
-0,47
Emissário NBR 12207
Declividade máxima:
A velocidade máxima admissível = 5m/s; portanto a declividade máxima é aquela 
que conduz a esta velocidade ou :
It máximo = 4,65 Qf
-2/3
Qi (l/s) 
It (m/m)
Qi (m3/s) 
It (m/m)
Qf (l/s) 
It (m/m)
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
Critério de dimensionamento de Rede Coletora, interceptores e emissários
Declividade
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
Profundidade dos coletores: Usualmente, a profundidade ótima deve estar 
compreendida entre 1,5 m e 2,5 m, para facilitar o esgotamento dos prédios e evitar 
interferências dos coletores prediais com outras canalizações (mínimo 1,05m)
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
Autolimpeza
A película de limo formada junto às paredes submersas da tubulação é a principal 
fonte de geração de sulfetos; 
Velocidades altas evitam aparecimento de películas com espessuras grandes 
dificultando produção de H
2
S (Sulfetos)
É necessário evitar depósito de material sólido através:
Lâmina Mínima : Mesmo com pequenas velocidades, se tivermos maior lâmina 
diminui a possibilidade de deposito de material sólido;
Vazão mínima : 1,5 l/s (em qualquer trecho)
6- Diâmetro mínimo: 100mm 150mm
D = 0,3145 (Qf/It
1/2)3/8 (Azevedo Netto)
usual
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
7- Lâmina liquida de escoamento (Y) 
As lâminas d’água (Y) devem ser sempre calculadas com o seu valor máximo, para 
vazão final (Qf), igual ou inferior a 75 % do diâmetro do coletor;
Lâmina Mínima = Não há recomendação em norma porém considera-se = 0,20 do 
Diâmetro 
Calcular para o diâmetro escolhido e encontrar o valor de Y/D
(Tab. 1)
proj
Q
It
Vazões em m³/s
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
8- Velocidades inicial e final
Ainda na Tabela 1, encontrar o valor de
𝑉
𝐼
Velocidade Mínima: 0,6 m/s
Velocidade Máxima: não recomendável maior que 5 m/s
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
9- Tensão Trativa
Com o valor de y/d utilizar a Tabela 2 para encontrar o valor de 𝛽 = ൗ𝑅 𝑑
𝑅ℎ0 = 𝛽.𝐷𝑝𝑟𝑜𝑗
𝜎 = 𝛾. 𝑅ℎ0. 𝐼𝑡𝑝𝑟𝑜𝑗
Tensão trativa:
Raio hidráulico:
Tensão Trativa: 
Coletores: ≥ 1,0 Pa (calculado para vazão no 
inicio de plano e adotando-se Coeficiente de 
Manning n = 0,013)
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
10- Velocidade crítica
𝑉𝑐 = 6. 𝑅ℎ0. 𝑔
Onde: g é a aceleração da gravidade 9,8 m/s²
Verificar se Vf<Vc
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
Projeto
Unidade 2.pdf
É o conjunto de obras destinadas ao controle das águas excessivas ou 
recolhimento/afastamento para um ou mais pontos onde não causam 
inconvenientes.
Finalidades: REDUZIR...
Prejuízos sociais, econômicos e sanitários que variam conforme as proporções 
das inundações, destacando‐se os seguintes pontos :
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
prejuízos econômicos 
devido à invasão de 
propriedades residenciais, 
comerciais e industriais 
pelas águas;
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
problemas sanitários causados pelo contato das águas com esgotos sanitários e 
lixo, que podem ser levados para dentro das propriedades;
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
prejuízo ao transporte urbano com o impedimento de circulação de veículos e
pessoas pelas vias inundadas;
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
perdas de veículos;
perdas de vidas humanas, não raras nas
inundações mais graves.
A percentagem de área impermeabilizada e o tempo de concentração da bacia
são influenciados pela ocupação do solo.
Quanto mais impermeabilizada e menor for o tempo, maiores serão as vazões
escoadas pela superfície.
A ocupação urbana nas cidades brasileiras visa tirar o melhor proveito
econômico, impermeabilizando as áreas através da maior densidade de
construções.
Para minimizar tais problemas o desenvolvimento urbano deveria:
• controlar a impermeabilização;
• preservar áreas para retenção natural e preservar mais ainda áreas para
o escoamento dos excessos de água ao longo dos fundo de vale.
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Normalmente o sistema de drenagem é constituído por grandes tubulações que
interferem nos outros serviços subterrâneos tais como:
• infra‐estrutura de água, esgoto, gás, cabos elétricos e telefônicos.
• merecem cuidadoso estudo tendo em vista ordenar a ocupação do sub‐solo
na via pública.
Desta forma deve‐se identificar os problemas a fim de se pensar no benefício e a
que custo sua solução trará.
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
O que é Drenagem?
Na cidade, drenagem é a instalação de caixas, tubos, cortinas, bocas de lobo e 
outros dispositivos drenantes por baixo da rua para que as águas de lavagem e 
as águas da chuva removam da rua detritos e pequenos lixos.
Uma rua com boa drenagem é uma rua limpa, sem cheiro e sem baratas e ratos 
passeando. 
Se há baratas e ratos é por que há restos de alimentos que não foram 
adequadamente removidos na lavagem ou não foram adequadamente 
recolhidos pelo coletor de lixo.
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
O que é Drenagem?
Em dias de chuva as águas formam poças, corredeiras e enxurradas que 
atrapalham o caminhar seguro dos pedestres e podem até derrubar e arrastar 
pessoas que possuam baixa mobilidade como crianças, idosos e portadores de 
deficiência física.
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Não havendo Drenagem Urbana, as águas (superficiais e subterrâneas) 
produzem danos como:
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Estudar a drenagem de um local é analisar a adequação, em tamanho e em 
quantidade, dos diversos componentes da drenagem, como 
• boca de lobo, 
• cortina drenante, 
• caixa de coleta, e
• galeria de drenagem, que possam efetuar de modo eficiente a 
eliminação das águas que podem causar transtornos e prejuízos à 
população.
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Projeto de Drenagem é o estudo da projeção de uma situação simulada e o 
correto dimensionamento dos dispositivos que irão compor a Rede de 
Drenagem. 
No Estudo se leva em consideração o Período de Recorrência (também 
conhecido como Período de Retorno) que é o tempo em que se admite ocorrer 
uma enchente
Assim, se o Período de Recorrência for de 10 anos, estamos admitindo que a 
cada 10 anos podemos aceitar que ocorra uma enchente. 
Deste modo, a engenharia precisa fixar o Período de Retorno e isso é feito em 
função da "importância" do local.
Dependendo da importância econômica do local pode‐se estabelecer critérios 
mais ou menos rígidos para a drenagem.
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
GUIA ‐ É o alinhamento da pista. Também chamada de meio‐fio.
SARJETA ‐ É o local por onde corre a água. A sarjeta deve ser dimensionada 
(inclinação e largura) de tal forma que toda água consiga escoar por ela sem 
invadir o leito carroçável.
LEITO CARROÇÁVEL ‐ Local por onde transita os veículos.
BOCA DE LOBO ‐ Dispositivo que promove a drenagem (eliminação) das águas 
de uma via pública captando as águas provenientes das sarjetas. Papéis, 
embalagens e lixo jogado na rua podem entupir a boca de lobo aumentando a 
enxurrada.
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
POÇO DE INSPEÇÃO ‐ Abertura para inspeção e 
manutenção de uma rede hidráulica. É um poço por 
onde uma pessoa pode entrar para fazer a 
manutenção de uma rede. É conhecida também 
como Poço de Visita. Como fica enterrada não é 
visível. O que se vê é a tampa do poço de inspeção.
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Quando acontece um entupimento na 
rede, a água pode tentar sair pelo poço 
de inspeção, empurrando a tampa.
GALERIA ‐ Abertura por onde é feita a remoção do material sólido carreado pela 
enxurrada ou na lavagem semanal da via pública, como garrafas, latas de 
refrigerante, embalagens, etc.
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
A galeria possui entrada 
própria, não só para o acesso 
de pessoas como também de 
veículos, e a remoção de 
materiais sólidos 
Não deve afetar o tráfego das 
vias.
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Corte transversal:
A preocupação com os efeitos danosos 
(estragos, erosão, inundação) produzidos 
pelo escoamento das águas da chuva é 
muito antiga.
Veja canais de drenagem em Machu Pichu:
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
A Drenagem Urbana feita pelos incas foi tão bem feita que após milhares de anos de 
completo abandono, as chuvas não promoveram desbarrancamentos, deslizamentos e 
nem escorregamentos de taludes na cidade de Machu Pichu, localizada em região 
montanhosa e com taludes super íngremes.
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Área de Contribuição:
Entende‐se como Área de Contribuição a superfície do terreno que contribui 
com o escoamento de água em determinado ponto.
Na Hidrologia a Área de Contribuição, também conhecida como Bacia de 
Contribuição ou simplesmente Bacia, é determinada em função da topografia, 
separando‐se as diversas bacias por meio de uma linha imaginária, Divisor das 
Águas, traçada ao longo das partes mais altas.
Na Drenagem Urbana, devemos considerar o limite onde a água da chuva é 
levada, pelas ruas, praças, telhados, quintais e outros componentes urbanos 
para o ponto que está sendo estudado.
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Sistema de Drenagem
Área de Contribuição:
Exemplo da Bacia do 
Rio Taquari com as 
inúmeras sub‐bacias
formadas por seus 
afluentes:
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Sistema de Drenagem
Área de Contribuição:
Na Drenagem Urbana, devemos considerar o limite onde a água da chuva é 
levada, pelas ruas, praças, telhados, quintais e outros componentes urbanos 
para o ponto que está sendo estudado.
Vejamos um exemplo
prático.
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Sistema de Drenagem
Área de Contribuição:
Na Drenagem Urbana, devemos considerar o limite onde a água da chuva é 
levada, pelas ruas, praças, telhados, quintais e outros componentes urbanos 
para o ponto que está sendo estudado.
Vejamos um exemplo prático.
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Área de Contribuição:
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Área de Contribuição:
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Sistema de drenagem – Partes Constitutivas
Macrodrenagem
É o sistema de cursos de água naturais ou artificiais que captam as águas
provenientes dos sistemas de galerias pluviais .
Microdrenagem ou Sistema de Galerias Pluviais
É o sistema que capta as águas excessivas e as leva para os fundos de vale.
Fazem parte deste sistema:
Captação: feita através de dispositivos construídos nas vias públicas chamados
bocas de lobo;
Bocas de lobo: a água é conduzida às tubulações ou galerias, que a encaminha
aos fundos de vale;
Galerias: tubulações que funcionam hidraulicamente como conduto livre;
Poço de Visita: são estruturas que permitem o acesso às tubulações para
operações de manutenção.
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Sistema de Drenagem
Sarjeta:  
Por ser o local destinado a conduzir as águas, a sarjeta deve ser confeccionada 
com material resistente e seu acabamento deve ser bem liso para facilitar o 
escoamento das águas.
É um erro grave, e isso costuma acontecer nas vias com pavimentação de blocos 
ou paralelepípedos  onde não é confeccionada a sarjeta.
Os blocos de concreto ou pedras com suas arestas e outras irregularidades 
dificultam muito o escoamento das águas.
Então a sarjeta deve ser construída, de preferência, com concreto, ser bem liso e 
ter a forma adequada para conduzir as águas, principalmente das chuvas.
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Sistema de Drenagem
Sarjeta:  
A sarjeta deve ter uma inclinação transversal para acomodar a água da chuva. 
Quanto maior a inclinação e a largura da sarjeta maior será a capacidade de 
transportar água. A inclinação mais usada é de 20%. A inclinação não deve 
passar dos 25% pois resultará numa sarjeta muito inclinada podendo oferecer 
risco aos transeuntes.
Não há limites para a largura da sarjeta mas a largura mais utilizada é a de 40 
centímetros. Larguras maiores oferecem uma capacidade maior de condução 
das águas, porém devemos lembrar que crianças e pessoas idosas têm 
dificuldade de passar por cima da sarjeta em dias de chuva.
Se, em dias de chuva, a água que escoa vier a transbordar para fora da sarjeta 
invadindo parte do leito carroçável, é sinal de que a sarjeta foi mal calculada ou 
mal construída
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Sarjeta:  
A espessura da sarjeta deve suportar com tranquilidade o peso de um caminhão 
carregado, visto que ao estacionar os veículos saem do leito carroçável e 
colocam as rodas sobre a sarjeta.
As dimensões 
habituais de um 
conjunto de guia e 
sarjeta são as 
seguintes:
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Sistema de Drenagem
Sarjetão: canal de seção triangular situado nos pontos baixos ou nos encontros 
dos leitos viários das vias públicas, destinados a conectar sarjetas ou encaminhar 
efluentes destas para os pontos de coleta
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Boca de Lobo: 
Entende‐se por Boca de Lobo o dispositivo instalado na via pública para 
promover a drenagem da águas da via.
Boca de lobo de guia Boca de lobo de sarjeta
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Boca de Lobo: 
A boca de lobo de guia é feita com um pré‐moldado especial conhecido como 
Guia Chapéu:
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Boca de Lobo: 
A boca de lobo de sarjeta é feita com um pré‐fundido de aço ou de concreto, 
podendo ser de simples encaixe ou com dobradiça:
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Boca de Lobo:
Dependendo do loteamento, o projeto irá exigir poucas bocas de lobo, isto é, as 
bocas de lobo poderão ficar longe uma das outras.
Já em casos de muitas bocas de lobo e pode‐se prever o agrupamento de bocas 
de lobo no formato duplo, triplo e até mais.
Em ruas muito íngremes que causam enxurradas de alta velocidade pode 
acontecer da água passar direto pela boca de lobo. Então nesses casos é possível 
se fazer um rebaixo na sarjeta para facilitar o desvio do fluxo hidráulico para 
dentro da boca de lobo.
Em zonas urbanas devemos evitar esse tipo de rebaixo pois além da sarjeta já ter 
uma inclinação que oferece certo risco às pessoas, a confecção desse rebaixo irá 
criar um risco adicional aos transeuntes.
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Sistema de Drenagem
Boca de Lobo: DIMENSÕES MÁXIMAS E MÍNIMA DAS ABERTURAS
As aberturas das bocas de lobo e das grelhas não devem ultrapassar um certo 
limite pois cria riscos às pessoas.
Imaginem uma situação em que uma criança seja, acidentalmente, arrastada 
pela enxurrada. Se a abertura da boca de lobo for maior que 20 centímetros irá 
permitir a passagem de uma criança.
Ao contrário, se a abertura for muito pequena, irá entupir com facilidade pois a 
rua tem todo tipo de detritos como pedaços de papel, embalagens, palito de 
sorvete e latas de refrigerantes.
A rede de águas pluviais deve ser dimensionada para permitir o transporte 
desses materiais pela água da chuva.
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Boca de Lobo: DIMENSÕES MÁXIMAS E MÍNIMA DAS ABERTURAS
A chuva lava e limpa a rua. Detritos comuns como excrementos de animais, 
pequenas embalagens, latas de refrigerante devem ser transportados pela água 
da chuva (ou pela água da lavagem da rua) para dentro das galerias de 
drenagem.
Uma lata de refrigerante tem um diâmetro de 7 cm, uma 
garrafa de vinho ou cerveja de 8 cm. Então a abertura 
mínima para uma boca de lobo deverá ser de 8,5 cm
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Boca de Lobo: DIMENSÕES MÁXIMAS E MÍNIMA DAS ABERTURAS
No caso das grelhas, as restrições deverão ser maiores e uma boa medida é de 5 
centímetros para evitar que uma criança enfie o pé e de no mínimo 3 
centímetros para evitar que a grelha entupa frequentemente.
ONDE DEVEMOS COLOCAR AS BOCAS DE LOBO:
1 ‐ Ao final de um trecho de rua antes do cruzamento. As águas pluviais não 
devem cruzar a via transversal.
2 ‐ Antes da faixa de travessia de pedestres. O pedestre ao atravessar a faixa 
de segurança não deve enfrentar enxurrada na sarjeta.
3 ‐ Na parte mais baixa do quarteirão.
4 ‐ Não permitir que a sarjeta receba mais água que sua capacidade.
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Boca de Lobo:
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Boca de Lobo:
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Boca de Lobo:
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Conduto de Ligação: 
Ligam as bocas de lobo entre si, ou as bocas de lobo aos poços de visita ou às
caixas de ligação.
Os condutos de ligação devem ter as seguintes características:
• ser retilíneo;
• declividade mínima de 0,01 m/m;
• diâmetro mínimo: 300 mm, permite uma vazão de 150 l/s;
• devem seguir o traçado de menor desenvolvimento ;
• Os condutos de ligação são feitos em tubos de concreto centrifugado.
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Sistema de Drenagem
Caixas de Ligação: 
São caixas de concreto ou alvenaria, sem tampão externo (sem entrada para o
operador)destinadas
a:
• ligar à galeria os condutos de ligação de bocas de lobo
intermediárias(praticamente como num poço de visita);
• junção dos condutos da ligação entre si, quando for conveniente reuni‐
los em um único conduto para seu encaminhamento ao poço de visita,
ou a outra caixa de ligação na galeria.
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Caixas de Ligação: 
Adotam‐se caixas  seção retangular 1,00m x 1,00m  ou 1,40m x1,40m,  conforme 
a profundidade e dimensões da galeria.
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Poços de visita:
São câmaras de acesso às galerias, possibilitando a inspeção, limpeza ou reparos
nas mesmas.
Recebem a água das bocas de lobo para encaminhá‐la às galerias. Devem ser
localizadas em pontos de:
• mudança de direção da galeria;
• junções de galerias;
• mudanças de seção;
• extremidades de montante;
• em trechos longos, de modo que a distância entre dois poços de visita
sucessivos não exceda cerca de 100 ou 120 metros.
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Poços de visita:
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Galerias:
São condutos destinados ao escoamento das águas de precipitação, coletadas
para o destino final, podendo lançar em um ou mais pontos. Localizam‐se:
• Em planta, geralmente numa linha a um terço de largura da rua, ou no
eixo da rua;
• Em perfil, de modo a se ter um recobrimento apropriado de canalização;
• Galerias de seção circular são geralmente adotadas, de preferência sobre
todas as outras. São feitas em concreto centrifugado e armado, nos
diâmetros de 0,50; 0,60; 0,70; 0,80; 0,90; 1,00; 1,10; 1,20; 1,30; 1,40 e
1,50m; Deve‐se adotar condutos de diâmetro mínimo 0,30 m a fim de
evitar obstruções.
• Para seções maiores costuma‐se usar células construídas em concreto
armado moldadas no local, geralmente de seção retangular ou mesmo
de seção oval.
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Galerias:
As velocidades admissíveis são estabelecidas em função da possibilidade de 
sedimentação no interior da galeria e em função do material empregado. Para 
galerias de concreto a faixa admissível de velocidades é 0,60 m/s ≤ V ≤ 5,0 m/s. 
Nunca se deve diminuir as seções à jusante, pois qualquer detrito que venha a se 
alojar na tubulação deve ser conduzido até a descarga final.
Se possível, a declividade da galeria deve acompanhar a declividade da 
superfície do terreno, de modo que se obtenham menores volumes de 
escavação e, consequentemente, menores custos de escavação;
O coeficiente de rugosidade de Manning deve ser de 0,011 para galerias 
quadradas ou retangulares executadas in loco; para galerias circulares em 
concreto, adota‐se n = 0,013
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Galerias:
As velocidades admissíveis são estabelecidas em função da possibilidade de 
sedimentação no interior da galeria e em função do material empregado. Para 
galerias de concreto a faixa admissível de velocidades é 0,60 m/s ≤ V ≤ 5,0 m/s. 
Quando houver mudanças de diâmetros, as geratrizes superiores das galerias 
devem coincidir. Porém, isto não se aplica a junções de ramais secundários que 
afluem em queda aos poços de visita.
Nunca se deve diminuir as seções à jusante, pois qualquer detrito que venha a se 
alojar na tubulação deve ser conduzido até a descarga final.
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Dimensionamento:
A partir do momento em que se inicia uma chuva, a água começa a se acumular
nas superfícies e logo após inicia‐se o escoamento superficial:
• sobre os telhados, jardins, pisos, etc.;
• indo dos pontos altos aos pontos baixos;
• atingindo as ruas onde se acumulam nas sarjetas, que desta maneira
tornam‐se pequenos canais.
Desta forma verifica‐se que o dimensionamento das galerias de águas pluviais,
depende :
• das vazões que devem ser captadas nas ruas ;
• estas vazões por sua vez dependem da quantidade da chuva
precipitada;
• e das características das superfícies por onde escoa.
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Dimensionamento: Elementos físicos e esquema geral de projeto
Para elaborar um projeto de micro drenagem são necessários os seguintes
dados:
‐ Plantas (localização da bacia, altimetria da bacia, levantamento topográfico
de todas as esquinas, mudanças de greides e direção das vias públicas,
cadastro das redes públicas de água, eletricidade, gás, esgotos e águas
pluviais existentes)
‐ Dados sobre a urbanização (tipo de ocupação das áreas, porcentagem de
ocupação dos lotes – atual e previstas pelo plano diretor, perfil geológico)
‐ Dados sobre o curso receptor (níveis máximos e levantamento topográfico do
curso de água receptor)
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Dimensionamento: Elementos físicos e esquema geral de projeto
A rede coletora deve ser lançada em planta baixa de escala 1:1000 ou 1:2000
‐ Traçado da rede:
1‐ assinalar as áreas contribuintes de cada trecho das galerias, entre 2 poços de
visita consecutivos e os divisores das bacias
2‐ os trechos nos quais o escoamento ocorre exclusivamente pelas sarjetas
devem ser identificados por meio de setas
3‐ sempre que possível, as galerias devem ser situadas sob os passeios
4‐ é permitido que o sistema coletor seja composto por uma rede única ligada ás
bocas de lobo de ambos os passeios
5‐ deve‐se estabelecer a solução economicamente mais viável, se possível
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Dimensionamento: Elementos físicos e esquema geral de projeto
A rede coletora deve ser lançada em planta baixa de escala 1:1000 ou 1:2000
‐ Bocas de lobo: nos pontos mais baixos do sistema visando impedir 
alagamentos e água paradas em zonas mortas
‐ Poços de visita: deve atender à necessidade de visita em mudanças de 
direção, de declividade e de diâmetro. O afastamento entre poços de visita 
consecutivos deve ser o máximo possível, por critério econômicos
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Dimensionamento: Elementos físicos e esquema geral de projeto
A rede coletora deve ser lançada em planta baixa de escala 1:1000 ou 1:2000
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Dimensionamento: Elementos físicos e esquema geral de projeto
A rede coletora deve ser lançada em planta baixa de escala 1:1000 ou 1:2000
‐ Caixas de ligação: para a ligação de bocas de lobo intermediárias ou evitar 
que mais de quatro tubulações cheguem em um determinado poço de visita. 
A diferença entre as caixas de ligação e os poços de visita é que as caixas não 
são visitáveis
‐ Galerias: diâmetro mínimo de seção circular é de 30 cm dimensionada de 
forma que 0,60 m/s <= V <=5,0 m/s para concreto. Ao se empregar 
canalizações sem revestimento especial, o recobrimento deve ser maior que 
1,0 m (se, por motivos topográficos, houver imposição de um recobrimento 
menor, as tubulações deverão ser dimensionadas sob o ponto de vista 
estrutural
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Dimensionamento: Método Racional
O método racional, para os sistemas de microdrenagem tem sido utilizado
amplamente para se efetuar as estimativas de vazões pluviais. Por este método
emprega‐se a seguinte expressão:
AiCQ 
 Q é a vazão pluvial, em m3/s;
 C: é o coeficiente de escoamento superficial
 i :intensidade de chuva, é uma grandeza que mede a altura de água
precipitada na unidade de tempo, dada nas unidades m3/s.ha ;
 A: é a área drenada à montante do ponto considerado, em ha.
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema
de Drenagem
Dimensionamento: Método Racional
Intensidade de chuva: É a altura de
chuva pela unidade de tempo, isto é, a
relação entre altura pluviométrica e o
tempo de duração da mesma ( mm/h,
mm/min)
1 mm/min = 1/6 m³/s.ha
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Dimensionamento: Método Racional
Intensidade de chuva: Ou pelas equações – seguintes cidades:
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Dimensionamento: Método Racional
Intensidade de chuva: Votuporanga
para 10 ≤ t ≤ 1440
com: 
i: intensidade da chuva, correspondente à duração t e período de retorno T, em 
mm/min;
t: duração da chuva em minutos;
T: período de retorno em anos.
http://www.sigrh.sp.gov.br/sigrh/basecon/ecisp/PlugDAEE.pdf
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UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Dimensionamento: Método Racional
Tempo de concentração (tc): Fórmula de Califórnia Highways
tc em minutos
L é a extensão do talvegue em km
H é a diferença de cotas entre a seção de drenagem e o ponto mais alto do
talvegue, em m.
Talvegue: É a linha por onde correm as águas no
fundo de um vale, sendo que passam por este as
águas de chuva, rios e riachos.
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UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Dimensionamento: Método Racional
Tempo de concentração (tc): galerias
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Dimensionamento: Método Racional
Tempo de concentração
Utilização de ábaco
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Dimensionamento: Método Racional
Coeficiente de escoamento superficial (te):
No caso da utilização da tabela 
implica numa relação fixa para 
qualquer área de drenagem, desta 
maneira deve‐se calcular um C 
composto, baseado na porcentagem 
de diferentes tipos de superfícies na 
área de drenagem em estudo.
p ( )
 DESCRIÇÃO DA ÁREA COEFICIENTE DE “RUNOFF” 
Comercial Central 
Bairro 
0,70 a 0,95 
0,50 a 0,70 
Residencial 
Residências isoladas 
Unidades Múltiplas (separadas ) 
Unidades Múltiplas (conjugadas) 
Lotes com 2.000 m2 ou mais 
Área com prédios de apartamentos 
0,35 a 0,50 
0,40 a 0,60 
0,60 a 0,75 
0,30 a 0,45 
0,50 a 0,70 
Industrial Indústrias Leves 
Indústras Pesadas 
Parques, Cemitérios 
“Playgrounds” 
Pátio de estradas de ferro 
Áreas sem melhoras 
0,50 a 0,80 
0,60 a 0,90 
0,10 a 0,25 
0,20 a 0,35 
0,20 a 0,40 
0,10 a 0,30 
 CARACTERÍSTICA DA SUPERFÍCIE COEFICIENTE DE “RUNOFF” 
Ruas . Pavimentação asfáltica 
. Pavimentação de concreto 
0,70 a 0,95 
0.80 a 0,95 
 Passeios 0,75 a 0,85 
 Telhados 0,75 a 0,95 
Terrenos relvados (solos 
arenosos) 
Pequena declividade (2%) 
Declividade média (2% a 7%) 
Forte declividade (7%) 
0,05 a 0,10 
0,10 a 0,15 
0,15 a 0,20 
Terrenos relvados solos 
pesados) 
 
pequena declividade (2%) 
Declividade média (2% a 7%) 
Forte declividade (7%) 
0,15 a 0,10 
0,20 a 0,25 
0,25 a 0,30 
Em locais urbanos: C=0,8
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Dimensionamento: Método Racional
Período de retorno:
Sugerida pelo DAEE/Cetesb
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Dimensionamento hidráulico dos componentes
Ruas e sarjetas: A capacidade de descarga das sarjetas depende de sua 
declividade, rugosidade e forma. Se não houver vazão excessiva, o abaulamento 
das vias públicas faz com que as águas provenientes da precipitação escoem 
pelas sarjetas.
O excesso de vazão ocasiona inundação das calçadas, e as velocidades altas 
podem até erodir o pavimento. 
Pode‐se calcular a capacidade de condução das ruas e sarjetas sob duas 
hipóteses: 
Água escoando por toda a calha da rua: Admite‐se que a declividade da via 
pública seja de 3% e que a altura da água na sarjeta seja de 15 cm.
Água escoando somente pelas sarjetas: Neste caso se admite que a declividade 
da via seja também de 3%, porém com 10 cm de altura da água na sarjeta. 
UNIDADE 2 – DRENAGEM URBANA
Sistema de Drenagem
Dimensionamento hidráulico dos componentes
Ruas e sarjetas: 
Vazão:
ܳ଴ ൌ
ܣ
݊
. ܴ௛
ଶ
ଷൗ . ܫ
ଵ
ଶൗ
Onde:
Qo é a vazão máxima teórica (em m³/s)
A é a área hidráulica (em m²)
n pela fórmula de Manning adotado =0,016 para concreto rústico 
Rh é o raio hidráulico (em m)
I é a declividade longitudinal da rua (m/m)
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Sistema de Drenagem
Dimensionamento hidráulico dos componentes
Ruas e sarjetas: 
Em geral as guias tem 0,15 m de altura e se admite um enchimento máximo de 
0,13m
A declividade transversal da via pública de 3% pode ser adotada para rua de 
largura de 10 m (caso comum)
Assim:
A= 0,280 m²
P= 4,432 m
Rh=A/P=0,063m
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Sistema de Drenagem
Dimensionamento hidráulico dos componentes
Ruas e sarjetas: 
Exemplo – Determinar a capacidade hidráulica das sarjetas de uma rua com 
declividade de 0,5%
ܫ ൌ 0,5% = 0,005 m/m
ܳ଴ ൌ 	
0,280
0,016
	. 0,063
ଶ
ଷൗ . 0,005
ଵ
ଶൗ ൌ 0,20	݉ଷ/ݏ
Considerando os dois lados da rua: ܳ଴ ൌ 0,40	݉ଷ/ݏ
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Dimensionamento hidráulico dos componentes
Ruas e sarjetas: 
Para sarjetões o valor de z fica
ݖ ൌ ܶ ݕ଴ൗ
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Sistema de Drenagem
Dimensionamento hidráulico dos componentes
Ruas e sarjetas: 
Velocidade média de escoamento
Onde:
V0 é a velocidade na sarjeta em m/s
Q0 é a vazão em m³/s
A é a área em m²
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Sistema de Drenagem
Dimensionamento hidráulico dos componentes
Ruas e sarjetas: 
No caso das sarjetas de pequena declividade, multiplica‐se o valor da capacidade 
calculada por um fator de redução que considera a obstrução por sedimentos
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Sistema de Drenagem
Dimensionamento: Método Racional
Exemplo: Vazão
Uma área de loteamento, na periferia da cidade de Votuporanga, com 200 ha,
tem suas vertentes para um talvegue de 2,7 km de extensão e diferença de
contas entre o ponto mais alto e a seção de drenagem igual a 98 m.
Determinar a vazão máxima na seção de drenagem para a recorrência de 25
anos.
Considerar o coeficiente de escoamento superficial igual a 0,30
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Sistema de Drenagem
Dimensionamento hidráulico dos componentes
Ruas e sarjetas: Exercício
Determinar a vazão máxima teórica na extremidade de jusante de uma sarjeta 
situada em uma área com as seguintes características:
A = 2,0 ha
C = 0,40 
tc = 30 min
São dados da sarjeta:
I = 0,01 m/m (declividade da rua)
Y0= 0,13
W0=2,4 m
n = 0,016
2,4m
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Sistema de Drenagem
Dimensionamento hidráulico dos componentes
Ruas e sarjetas: Exercício
Calcular a vazão máxima admissível para a mesma sarjeta, admitindo‐se o fator 
de redução
2,4m
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Sistema de Drenagem
Dimensionamento hidráulico dos componentes
Boca‐de‐lobo: 
Pode ser calculado como 
um vertedor de parede 
espessa:
QBC vazão (m³/s)
L comprimento da abertura (em m)
H altura da água nas proximidade (0,13m para caso padrão de sarjeta)
ܳ஻௅ ൌ 1,71	. ܮ. ܪ
ଷ
ଶൗ
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Sistema de Drenagem
Dimensionamento hidráulico dos componentes
Boca‐de‐lobo: 
Tanto a obstrução ocasionada por detritos como a irregularidade do pavimento

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