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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA AULA DE 01 AO 10

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA - Aula 1: Síntese de Administração Financeira
Introdução
A administração financeira preocupa-se com as tarefas do administrador financeiro. Estes administradores devem gerir ativamente os assuntos financeiros de qualquer tipo de empresa, mesmo se a empresa for: 
sem fins lucrativos, empresa pública ou privada.
Mas afinal, o que são Finanças?
Podemos definir finanças como a arte e a ciência da gestão do capital. Também podemos afirmar que todos os indivíduos e organizações recebem, gastam e investem o seu dinheiro.
A área de finanças irá preocupar-se com a dinâmica do processo entre os indivíduos, empresas e instituições. Esta área é ampla e dinâmica, e afeta todos os setores da empresa, mas principalmente os setores: financeiro e de administração financeira.
SETORES FINANCEIROS - Preocupam-se com o desenvolvimento e a entrega de serviços.
SETORES ADMINISTRATIVOS - Planejamento, captação de fundos para financiar a empresa, concessão de crédito a clientes, etc.
Função da administração financeira
Para entender a função da administração financeira é importante conhecer as modalidades jurídicas de organização de empresa.
As três modalidades mais comuns são:
Firma individual - É uma empresa de propriedade, com uma única pessoa. É muito mais simples criar este tipo de empresa, já que é sujeita a menos regulamentações.
Responsabilidade da Firma Individual
É uma responsabilidade sobre as dívidas da Empresa, é ilimitada e cabe ao proprietário o direito ao Lucro, assim como as obrigações com as dívidas. Desta forma, não há distinção entre rendimentos de pessoa física e de pessoa jurídica, desta forma o lucro da empresa é tributado como se fosse rendimento de pessoa física.
Sociedade por cotas - É uma empresa de propriedade, com dois ou mais proprietários.
Responsabilidade da Sociedade por cotas
A responsabilidade de uma sociedade por quotas é limitada, na qual cabe a um ou mais sócios gerais a responsabilidade pela gestão da empresa, mas haverá um ou mais sócios limitados que não terão participação ativa no negócio. O sócio limitado terá a responsabilidade pelas dívidas da empresa, e essa é restrita ao montante que tenha contribuído para o capital da sociedade, ou seja, ele só responderá na proporção da sua participação. (ex: se este sócio possui 50% das cotas, ele só responderá pelas obrigações na mesma proporção, ou seja, 50% desta obrigação).
Sociedade por ações - A sociedade por ações é regida pela Lei 6404/76 (lei da S.A). É uma sociedade anônima com o capital dividido em ações.
Responsabilidade da Sociedade por ações
A responsabilidade dos sócios é limitada pelo preço da emissão das ações subscritas ou adquiridas. Todas as áreas da empresa são obrigadas a interagir com o pessoal de finanças e com o procedimento da administração financeira. 
A função da administração financeira tem uma relação com a teoria econômica e com a contabilidade e as atividades básicas do administrador.
Estrutura da função financeira
Todos os setores da empresa interagem com o setor financeiro.
O tesoureiro e o controller estão subordinados ao diretor financeiro.
Responsável pela gestão da atividade financeira.
Tesoureiro: geralmente é responsável pela gestão de atividades financeiras, tais como planejamento financeiro e captação de fundos, tomada de decisões de investimentos, gestão de caixa e gestão de atividades de crédito, etc.
Atividades fiscais e contábeis.
Controller: lida com atividades contábeis, tais como: contabilidade gerencial, gestão de assuntos fiscais, contabilidade financeira, etc.
Objetivo da administração financeira
Alguns dizem que o objetivo da empresa é sempre maximizar o lucro, mas para alcançar este objetivo, o administrador financeiro deveria concentrar-se apenas no lucro geral da empresa, mas não é o que acontece. As Sociedades por ações medem seus lucros em termos de lucro por ação (LPA).
Mas a Maximização do lucro não é o objetivo, pois sendo assim, ele ignoraria a distribuição dos resultados no tempo, os fluxos de caixa disponíveis aos acionistas e o risco. A administração financeira compete à gestão racional dos recursos financeiros da empresa. Quando os recursos são escassos, cabe ao departamento financeiro tomar as decisões, a fim de obter os melhores benefícios no futuro.
O objetivo de uma empresa pode ser declarado de várias maneiras, como maximização dos lucros, participação de mercado, maximização das vendas e da riqueza dos proprietários, etc.
O principal objetivo da Administração Financeira é o de maximizar a riqueza dos sócios/acionistas. Para que isso aconteça, as atribuições do Administrador Financeiro podem ser sintetizadas em três atividades básicas:
Realização de análise e planejamento financeiro.
Tomada de decisões de investimentos.
Tomada de decisões de financiamento.
Maximização dos lucros
A Maximização dos Lucros é o objetivo principal de uma empresa, a ideia é ter lucros cada vez maiores em um curto prazo. Neste sentido o administrador pode tomar diferentes decisões, como minimizar as despesas com promoções de produtos, por exemplo:
Não realizar manutenção adequada em máquinas e equipamentos.
Substituir mão de obra qualificada de salários altos.
Substituir matéria prima de qualidade.
Segundo Gitman (1997), a maximização do lucro não considera o risco, porém, a maximização da riqueza considera explicitamente o risco. Uma premissa básica na Administração Financeira é que existe uma relação entre risco e retorno, na qual:
Acionistas - Esperam perceber maiores retornos de investimento de maior risco, cada vez mais cedo.
Administradores Financeiros - Precisam levar em conta o risco, ao avaliarem investimentos potenciais.
Maximização da Riqueza dos Proprietários - Busca elevar o preço de mercado de ações ou da empresa. Essa elevação não resulta apenas dos lucros presentes, mas também do potencial de lucros futuros, da política de dividendos, da estrutura de capital, do crescimento, da segurança e outras variáveis.
Maximização do lucro - Não considera o risco, porém, a maximização da riqueza considera explicitamente no risco.
Uma premissa básica na Administração Financeira é que existe uma relação entre risco e retorno:
Risco x Retorno
Os acionistas esperam perceber maiores retornos de investimento de maior risco e vice-versa.
Os Administradores Financeiros precisam, portanto, levar em conta o risco ao avaliarem investimentos potenciais.
Indicar ano do autor e rever pontuação.
A Companhia Drury está estudando a expansão de sua linha de produção em um de seus dois novos produtos, C ou D.
O produto C parece ser um produto relativamente seguro para se investir.
O produto D é considerado um item de moda altamente arriscado.
Após considerar todos os custos, espera-se que os dois produtos gerem os seguintes lucros por ação ao longo de suas vidas de cinco anos.
Se ignorarmos quaisquer diferenças no risco e usarmos uma abordagem de maximização do lucro, parece que o produto D seria o preferido.
Contudo, se considerarmos que o produto D é altamente arriscado, enquanto que o produto C representa um investimento seguro, a conclusão poderá não ser tão direta. A empresa poderá apenas exigir um retorno de 10% sobre o produto C, ao passo que, como compensação para o maior risco do produto D, tenha que obter 15%.
Tendo em vista que os acionistas exigem maiores retornos para maiores riscos, é importante que o Administrador Financeiro considere adequadamente o impacto do risco sobre os retornos deles. 
A abordagem da maximização da riqueza considera o risco, enquanto que a maximização do lucro o ignora. A maximização da riqueza é, portanto, a abordagem preferida.
Relações entre finança e contabilidade
As atividades do tesoureiro (financeiro) e do controller (contador) estão intimamente relacionados e com frequência.
A diferença básica entre finanças e contabilidade é que uma está relacionada a fluxo de caixa e a outra está relacionada à tomada de decisão.
A falta de planejamento e controle financeirofaz com que muitas empresas quebrem.  Elas apresentam insuficiência e inexistência de suporte financeiro necessários para sua organização, sendo indiscutivelmente necessárias de informações do Balanço Patrimonial, no qual se contabiliza estes dados na gestão financeira, analisando-se detalhadamente para a tomada de decisão.
A preocupação com a tomada de decisão, junto ao administrador financeiro, segue devido à decisão entre os investimento e financiamentos, além de determinar recursos para a empresa. 
Entretanto, as decisões são realmente tomadas com base nos efeitos de seus fluxos de caixa sobre o valor da empresa.
Etapas do processo de decisão de investimento
IDENTIFICAÇÃO DA OPORTUNIDADE OU NECESSIDADE DE INVESTIMENTO 
Exemplo: Imagine uma oportunidade da abertura de uma nova empresa, o que lhe trará expansão nas vendas e consequentemente retornos financeiros. Mas outros problemas podem exigir investimentos, como: máquinas, equipamentos, mão de obra.
BUSCA DE ALTERNATIVA DE INVESTIMENTO
A busca de alternativa de investimentos deve ocorrer independentemente das preferências de investimento do investidor. Mas lembrem-se: Estas alternativas mudam de investidor para investidor, em virtude de algumas variáveis e a aceitação do risco (renda fixa, ações, etc.).
ANÁLISE DO INVESTIMENTO
Após a busca das alternativas de investimento, cabe a análise das mesmas. Esta deve ser criteriosa e tecnicamente fundamentada, utilizando os métodos de Valor Presente Líquido, prazo de retorno do investimento e a taxa interna de retorno.
SELEÇÃO DO INVESTIMENTO
A seleção da melhor alternativa indicará a opção do investimento, assim será a escolha da alternativa que trará o retorno financeiro mais elevado, com o nível de risco aceitável pelo investidor.
Objetivo da empresa
Maximização de Riquezas - Podemos admitir que o objetivo principal da empresa, e, por conseguinte, de todos os 
administradores e empregados, é o de maximizar a riqueza de seus proprietários. A maximização da riqueza em uma sociedade por ações é medida pelo preço da ação, ou seja, pelo valor que seria alcançado na venda dos direitos de participação no seu capital.
Minimização das despesas - O objetivo de melhorar os resultados apresentados pela empresa e aumentar o valor do 
patrimônio, por meio da geração de lucro líquido. Como a empresa pode obter rendimento com os fundos que recebe, o recebimento preferido é aquele que vem mais rápido e com resultado satisfatório.
Funções do administrador
O Administrador é o responsável pela execução das funções financeiras da empresa. As atividades do administrador financeiro podem ser relacionadas às demonstrações financeiras básicas da empresa. Suas atividades primárias fundamentais são:
Analisar e elaborar o planejamento financeiro - Transformar os dados financeiros, de forma que possam ser utilizados para monitorar a situação financeira da empresa; Avaliar a necessidade de se aumentar ou reduzir a capacidade produtiva e determinar aumentos ou reduções dos financiamentos requeridos.
Tomar decisões de investimento - Determinam a combinação e os tipos de ativos constantes do balanço patrimonial da empresa). Tais decisões são importantes porque afetam o sucesso da empresa na consecução de seus objetivos.
Tomar decisões de financiamento - Primeiramente, lida com a combinação mais apropriada entre financiamentos em curto e longo prazos deve ser estabelecida. Uma segunda preocupação, igualmente importante, é que fontes individuais de financiamento, em curto ou longo prazos, são as melhores, em um dado instante.
Posição do administrador financeiro junto à empresa
Agency
Quando a empresa cresce, o proprietário se afasta de algumas atividades operacionais, e para realizar essas funções contratam-se os gestores.
Quando a empresa se torna grande demais, ela recorre à abertura de capital e assim capta recursos de terceiros por meio da emissão de ações. O proprietário se torna acionista e contrata um administrador responsável por esse gerenciamento e dá a ele o poder de tomar decisões.
Administradores não proprietários - São contratados como agentes dos proprietários, que os contratam e delegam poderes para tomar decisões e administrar a empresa em nome deles. Este é um problema, pois muitos não se preocupam com o objetivo da empresa e sim com seus objetivos pessoais.
Riscos de custos de Agency - Para minimizar o que chamamos de risco de custo de agency e contribuir para a maximização da riqueza do proprietário, os acionistas incorrem ao custo de monitoramento do comportamento do administrador. Como uma proteção contra os atos desonestos do administrador e a concessão de incentivos pecuniários a esses profissionais para maximizar o preço da ação.
Separação de propriedade e gestão - Quando a empresa é separada entre propriedade e gestão, passamos a ter a figura do principal e do agente. O principal representa os acionistas e o agente representa os administradores contratados.
O que se espera do Agente?
Espera-se que ele realize ações alinhadas com o modelo de gestão do principal e que suas decisões atendam os propósitos de maximização da riqueza.
Algumas situações que resultam em conflito de interesses por divergirem dos interesses próprios desses atores:
O principal no comando da empresa pode implementar projetos de maior risco e retorno. O agente deve preferir projetos de menor risco, que não lhe causem problemas.
O ganho que a empresa proporciona ao principal é considerado residual e ao agente cabe o ganho contratual.
Já que a empresa é constituída sob o pressuposto da continuidade, as ações do agente, antes desenvolvidas pelo principal, devem ser empreendidas a fim de garantir a sobrevivência da empresa no longo prazo.
Como reduzir os conflitos de agência
Para minimizar os conflitos, ou até mesmo resolvê-los, devem ser criados mecanismos eficientes para a convergência de interesses entre o principal e o agente.
Estes mecanismos são os incentivos e o monitoramento. O incentivo é a remuneração dos agentes. Eles podem ser remunerados com o recebimento de ações da empresa, ou com a opção de compra subsidiada pelas ações.
Leia o livro: 
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. São Paulo: Pearson, 2006. Capítulo 1 - Visão geral da administração financeira 
Leia o artigo: Administração Financeira por André Cardoso
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA - Aula 2: Investimento
Introdução
Olá! Bem-vindo!
Nesta aula, você compreenderá a análise de investimentos e fará uma alusão entre risco e retorno, a particularidade de cada um dentro do  seu conceito, e o seu impacto na tomada de decisão do investimento, no projeto ou no mercado.
Conhecerá os tipos de análise de projetos e sua finalidade em cada momento, assim como seus comparativos.
Você poderá identificar o momento e avaliar os dados fornecidos pela área de finanças e irá interpretar e mensurar seus dados, comparando o risco e o retorno no projeto. 
Então, vamos lá?
Análise de Investimentos
Analisar investimentos ou elaborar um orçamento de capital nos leva a avaliar a viabilidade 
financeira dos investimentos... 		...e quando realizada envolve várias condições, critérios e objetivos.
O primeiro método que utilizamos é o:						VALOR PRESENTE LÍQUIDO
O Valor presente líquido (VPL) é uma técnica que procura avaliar em valor atual os fluxos de caixa de um determinado projeto de investimento, onde todos os valores são trazidos para a data presente, por meio de uma taxa de desconto, também conhecida como taxa de atratividade. O Valor presente líquido proporciona uma comparação entre o valor do investimento e o valor dos retornos esperados com todos os valores considerados no momento atual.
Na análise de um projeto de investimento, é a técnica mais aceita por não deixar dúvidas sobre a decisão a ser tomada.
Fórmula do VPL:
Onde:   Fc0 ou I = investimento realizado, está no tempo 0 (ZERO) por ser desembolso.
             FCn =  fluxos de caixa líquido, esperados como retorno do investimento, portanto,uma entrada.
             I = taxa de desconto ou taxa de atratividade, a qual permite trazer o Fluxo de caixa a valor presente.
Se: VPL > 0, o projeto será aceito, pois os retornos oferecidos cobrirão o capital investido, o retorno mínimo exigido e ainda oferecerão um ganho líquido extraordinário ao investidor. Se: VPL < 0, o projeto será rejeitado, pois os retornos oferecidos não cobrirão o capital investido, ou seja, não oferece nenhum ganho além.
Uma empresa pretende investir em um projeto o valor de $55.000,00, que deverão proporcionar receitas líquidas a partir de 2009 conforme tabela a seguir:
Sabendo-se que o valor de revenda dos equipamentos no ano 2010 é estimado em US$9000,00 
e que a taxa de retorno esperada é igual a 21% a. a., pede-se analisar se o investimento planejado é rentável.
SOLUÇÃO - Temos: Investimento inicial = Co = 55000.
Receitas: C1 = 15500, C2 = 18800, C3 = C4 = C5 = 17200; no sexto ano a receita será C3 = 13500 + 9000 = 22500, pois teremos 13500 do ano mais o preço de revenda 9000.
Teremos então:		VPL para uma taxa de juros i = 21 % a. a. = 21 /100 = 0,21 a. a. \ 1 + i = 1 + 0,21 = 1,21
Substituindo na fórmula do VPL vem:	VPL = VP - Co = = 15500 / 1,211 + 18800 / 1,21 2 + 17200 / 1,21 3 + 17200 / 1,214 + 17200 / 1,215 + 22500 / 1,21 6 - 55000 
Usando uma calculadora científica teremos:
VPL = 12809,92 + 12840,65 + 9708,95 + 8023,93 + 6631,34 + 7169,19 - 55000 = + 2183,98.
DECISÃO – com o Valor Presente Líquido (VLP) é um valor positivo, infere-se que o investimento é rentável e poderá ser feito, pois, a taxa efetiva de retorno será certamente superior aos 21 % a. a. (21% ao ano) esperados pela indústria.
Considerando um projeto da empresa Truke de mestre com Investimento Inicial de $ 1.500, fluxos de 
entrada de caixa de 200, 350, 450, 550, sabendo que o custo de capital é de 10%, e que o tempo que a empresa 
estipulou para recuperar o investimento é de 2 e 5 meses, pede-se: Determine o VPL.
1500 CHS g CFo
200 g CFj
350 g CFj
450 g CFj
550 g CFj
10i
F  NPV				-315,17		
Neste caso, o VPL foi negativo. Desta forma o projeto de investimento deverá ser rejeitado.
E se mudarmos a taxa de retorno do problema anterior para uma taxa de retorno esperada igual a 25% a. a. 
Quanto seria?
NPV = -3.182,1440 (como o Valor Presente Líquido é negativo, o investimento não seria rentável, pois neste caso, a taxa efetiva de retorno seria menor do que os 25% a.a. esperados pela indústria).
Fonte: GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. São Paulo: Pearson, 2006.
O segundo método de orçamento capital:
PRAZO DE RETORNO DE INVESTIMENTO (PAYBACK)
É a medida do prazo de retorno do investimento. É onde encontramos a resposta de quanto tempo precisamos para recuperar o capital que foi investido. Este tempo é medido em meses, anos, dias, etc. Payback simples é o tempo necessário para a recuperação do investimento.
Exemplo
Um investidor coloca o capital de $ 1000,00 em um projeto que lhe dará um fluxo de caixa anual no valor de $ 300,00. Em quanto tempo ele recupera o seu capital?
Quando as entradas de caixa forem iguais bastará dividir o valor do investimento por apenas uma das entradas líquidas de caixa.
Sendo assim, teremos PB = 1000 /350 = 2.86 anos aproximadamente.
Então o resultado é 2,86 anos, ou seja, maior que dois anos e menor do que 3 anos.  Vamos supor que o investidor queira o resultado mais preciso.
Então o tempo de recuperação do capital de $1000,00 será em: 2 anos, 10 meses e 10 dias.
O melhor investimento é aquele em que se recupera o capital em menor tempo.
Agora vamos supor que o mesmo investidor com o mesmo capital de $ 1000,00 investe em um projeto com as seguintes entradas líquidas de caixa:
Vamos lá! Entradas diferentes de caixa. Não poderemos fazer como o método anterior, mas é fácil.
Como já sabemos que em 3 anos temos $900,00, só faltam $ 100,00, mas no quarto ano o valor ultrapassa. Então vamos dividir o que falta ($100,00) pelo que o próximo ano nos oferece ($ 300,00).
100/300 = 0,3333333 ano  
Agora o procedimento é o mesmo, aconselho a não “zerar” a máquina, podemos utilizar todos os números e multiplicar por 12 que é a quantidade de meses que tem o ano.
0,3333333333333x 12 = 4 meses
Resultado - O capital será recuperado em 3 anos e 4 meses.
Chegamos à conclusão que o melhor investimento é o primeiro projeto! Isso mesmo, aquele que se recupera o capital mais rápido. Então chegamos a conclusão que os critérios para a tomada de decisão são os seguintes:
Se o período de payback for menor que o período máximo aceitável de recuperação, o projeto será aceito. Se o período payback for maior que o período máximo aceitável de recuperação, o projeto será rejeitado.
Taxa Interna de Retorno (TIR)
A taxa interna de retorno (TIR) ou Internal Rate Return (IRR). É uma técnica sofisticada utilizada em orçamento de capital para analisar a viabilidade financeira de investimentos ou projetos.
(TMA) X (TIR)
(TMA) é uma taxa de juros que representa o mínimo que um investidor se propõe a ganhar quando faz um investimento, ou o máximo que uma pessoa se propõe a pagar quando faz um financiamento.
Se a TIR for maior que a taxa mínima de atratividade (TMA) utilizada como referência. Então o investimento é classificado como economicamente atraente. Caso contrário, há recomendação técnica de rejeição.
Taxa interna de retorno
A Taxa Interna de Retorno (TIR), é um fórmula matemática-financeira utilizada para calcular a taxa de desconto que teria um determinado fluxo de caixa para igualar a zero seu Valor Presente Líquido. Em outras palavras, seria a taxa de retorno do investimento em analisado.
O cálculo da TIR dá um pouco mais de trabalho, já que podemos calcular através de tentativas, mas para evitar perda de tempo, podemos utilizar a calculadora financeira.
Exemplo
Um investidor coloca o capital de $ 1000,00 em um projeto que lhe dará o seguinte fluxo de caixa anual:
ANO 1: R$ 220,00	ANO 2: R$ 605,00 	ANO 3: R$ 339,30
Qual a TIR deste projeto? Zero = -1000,00 + 220 (1+TIR)1 + 605 (1+TIR)2 +339,30 (1+ TIR)3
A TIR desse projeto é igual a 7,56%, observe que o VPL é descontado na mesma taxa de atratividade (7,56%), assim demonstrando que a VPL é igual a zero. Então seu resultado é INDIFERENTE.
Mas se tivermos uma maquina financeira, encontramos o resultado rapidamente. Não esqueça!! A TIR é a taxa que mede o retorno do investimento.
Retornando todas as parcelas (entradas e saídas) de um fluxo de caixa para o “momento zero” (hoje) e igualando ao valor presente.
A solução algébrica desse tipo de cálculo é bastante trabalhosa. Perceba que a solução da incógnita ( i ) só será possível por tentativa e erro. Faríamos a substituição dos termos e, por meio de tentativas, iríamos nos aproximando da taxa ( i ).
Para visualizar melhor o problema, será necessário esquematizar um fluxo de caixa para cada situação. Um investidor recebeu uma proposta para entrar como sócio numa empresa que fez a seguinte previsão de lucro:
Sabendo-se que o capital inicial investido por ele seria de R$ 20.000,00, calcule a taxa interna de retorno desse investimento.
Usando a calculadora HP-12C, a sequência de comandos seria:
f   CLX
20.000,00  CHS  g   CF0 (armazena o capital investido com sinal negativo, pois é um desembolso para 
o investidor)
5.700,00           g   CFj (valor da parcela – entrada de caixa)
6.300,00           g   CFj (valor da parcela – entrada de caixa)
7.200,00           g   CFj (valor da parcela – entrada de caixa)
2                      g     Nj  ( número de vezes que a parcela anterior ocorre)
f                      IRR  (nos traz a Taxa Interna de Retorno)
11,57% a.m.
Como a TIR deste exemplo foi maior que 1 deve-se aceitar o projeto.
Obs.: A taxa encontrada foi a mensal, pois informamos os valores das parcelas em períodos mensais.
VPL x TIR
Quando os projetos são mutuamente exclusivos, ou quando há relacionamento de capital, esta classificação permite à empresa determinar qual deles é melhorpelo ponto de vista financeiro.
Quando há necessidade de um racionamento do capital, devemos aplicar um dos dois ou até mesmo os dois tipos de cálculos (VPL e TIR) para determinar qual o projeto a ser aceito. Uma das causas mais conflitantes é o reinvestimento de entrada de caixa intermediaria, ou seja, quando a entrada é realizada ao término do projeto.
Exemplo - Considerando um projeto da empresa Truke de mestre, com Investimento Inicial de $ 1.500, fluxos de entrada de caixa de 200, 350, 450, 550, sabendo que o custo de capital é de 10%.
Observe que o valor do VPL é negativo, ou seja, este projeto será rejeitado por este método, e como a TIR obteve um resultado menor do que a taxa de atratividade (10%), confirma a rejeição do projeto.
(Provão 2001) O diretor da Toalhas Joinville Ltda. deseja substituir uma empacotadora mecânica por outra eletrônica. Existem três empacotadoras candidatas. Apesar do investimento inicial ser o mesmo para todas as máquinas, a magnitude e a época de ocorrência dos fluxos de caixa intermediários diferem. O quadro e os perfis de Valor Presente Líquido (VPL) sintetizam os resultados encontrados: 
Sabendo que o custo de oportunidade é de 11% ao ano, quais Empacotadora(s)deve(m) ser escolhidas?
As três empacotadoras seriam escolhidas, pois possuem um TIR superior ao custo de oportunidade.
Risco
Agora que relembramos tudo de análise de investimentos e entendemos a importância das ferramentas necessárias para a tomada de decisão, percebemos que nem tudo no mundo dos investimentos é só retorno positivo, e neste caso observamos que temos algo que nos leva a uma incerteza de investir em um determinado projeto, é o RISCO.
Segundo Gitman, Risco é a possibilidade de perda financeira.
Qualquer tipo de investimento gera Risco, a todo o momento podemos nos considerar nesta posição. No momento em que saímos de casa, já assumimos o risco até o nosso retorno, assim como em qualquer investimento.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA - Aula 3: Administração financeira
Introdução - Nesta aula, o aluno compreenderá a definição de risco e retorno, a particularidade de cada um dentro de seu conceito e o seu impacto na tomada de decisão do investimento no projeto ou mercado.
Conhecerá os tipos de risco e sua finalidade em cada momento, assim como seus comparativos.
O aluno identificará o momento e avaliar os dados fornecidos pela área de finanças e interpretar e mensurar seus dados, comparando risco e retorno.
Risco
RISCO é a possibilidade de perda financeira.
Os conceitos de risco, retorno e custo de oportunidade devem nortear as decisões sobre investimentos.
O risco pode ser considerado como sinônimo de incerteza e desta forma refere-se à variação das taxas de retorno.
Já que, quando investimos podemos ter um retorno positivo ou negativo. Desta forma, podemos afirmar que quanto mais certo é o retorno do investimento, menor será o risco que ele oferecerá.
Quando se trata de investimentos, geralmente, as pessoas apresentam um comportamento típico de aversão ao risco, mas para esta aceitação exige-se uma taxa de retorno aceitável.
RISCO – Está associado à variabilidade do retorno de um investimento e resulta na possibilidade de ganhos ou prejuízos.
RETORNO – Corresponde aos ganhos ou prejuízos proporcionados por um investimento.
INCERTEZA – e a incerteza está associada à ausência de conhecimentos ou de informações sobre os acontecimentos futuros, o que não possibilita conhecer com antecipação o resultado de um investimento.
Quando um investidor tem intenção de aplicar seus recursos, é importante que ele conheça a relevância do risco e do retorno antes de investir. Imagine que este investidor tenha que optar entre dois investimentos que prometem retornos iguais, racionalmente escolhe-se o de menor risco. 
Exemplo:
Imagine que um investidor disponha de certa quantia e resolva aplica-la em um banco. Ao chegar, o gerente apresentará vários produtos financeiros como: caderneta de poupança, CDB, fundo de investimentos, ações, etc. o gerente irá informa-lo que alguns investimentos remuneram com taxas Pré-fixadas (aquelas que são pactuadas na data da aplicação, o investidor saberá na data da aplicação o valor que resgatará no vencimento) e outras com rendimentos incertos, se o investidor aplicar em um CDB, por exemplo, com vencimento terá rendido exatamente o valor esperado. Neste caso, o risco é baixo, pois há certeza no valor do rendimento.
No caso de um investimento no mercado acionário, o investidor poderá obter perda ou ganho.
Imagine que o investidor tenha adquirido ações de uma determinada empresa por $10,00 e ele decide vende-la por $11,00 neste caso ele obteve 10% de ganho por cota de ação.
R$ 10,00 → R$ 11,00 → 10% de ganho por cota
Se uma ação ao invés de subir tivesse tido uma queda para $ 9,00 o investidor teria uma perda de 10% por cota de ação.
R$ 10,00 → R$ 9,00 → 10% de perda por cota
Podemos observar que no mercado temos vários tipos de riscos, como:
Na verdade, o risco sempre estará associado à variabilidade do retorno do investimento e pode resultar em perda ou ganho, e o retorno corresponderá aos ganhos ou prejuízos proporcionados por um investimento. A incerteza está associada à ausência de conhecimentos ou de informações sobre os acontecimentos futuros.
Riscos específicos da empresa
Risco operacional – é a probabilidade de a empresa não ser capaz de cobrir seus custos de operação. Seu nível é determinado pela estabilidade das receitas da empresa (fixos) e pela estrutura de seus custos operacionais (variáveis).
Risco Financeiro – é a probabilidade de a empresa não ser capaz de saldar suas obrigações financeiras. Seu nível é determinado pela previsibilidade dos fluxos de caixa operacionais da empresa e suas obrigações financeiras com encargos fixos.
Riscos específicos dos acionistas
Risco de taxa de juros – a possibilidade de que as variações das taxas de juros afetem negativamente o valor de um investimento. A maioria dos investimentos perde valor quando a taxa de juros sobe e ganha valor quando ela cai.
Risco de Liquidez – a possibilidade de que um ativo não possa ser liquidado com facilidade a um preço razoável. A liquidez é significativamente afetada pelo porte e pela profundidade do mercado no qual o ativo é costumeiramente negociado.
Risco de Mercado – A possibilidade de que o valor de um ativo caia por causa de fatores de mercado independentes do ativo (como eventos econômicos, políticos e sociais). Em geral, quanto mais o valor do ativo reage ao comportamento do mercado, maior é o seu risco; quanto menos reage, menor é seu risco.
Risco especifico dos acionistas
Risco do evento – a possibilidade de que um evento totalmente inesperado exerça efeito significativo sobre o valor da empresa ou um ativo específico. Esses eventos raros, como a decisão do governo de mandar recolher do mercado um medicamento popular, costumam afetar somente um pequeno grupo de empresas ou ativos.
Risco de câmbio – a exposição dos fluxos de caixa esperados para o futuro a flutuações das taxas de câmbio. Quanto maior a possibilidade de flutuações cambiais indesejáveis, maior o risco dos fluxos de caixa e, portanto, menor o valor da empresa ou do ativo.
Risco de poder aquisitivo – a possibilidade de que a variação dos níveis gerais de preços, causadas por inflação ou deflação na economia afete desfavoravelmente os fluxos de caixa e o valor da empresa ou de um ativo. Normalmente, as empresas ou os ativos, com fluxos de caixa que variam com os níveis gerais de preços. Apresentam risco mais baixo de variação de poder aquisitivo. Ao contrário, se os fluxos de caixa não variarem de acordo com os níveis gerais de preços, oferecem maior risco de poder aquisitivo.
Risco de tributação – A possibilidade de que mudanças adversas na legislação tributária venham a ocorrer. Empresas e ativos cujos valores são sensíveis a essas mudanças implicam maior risco.
Retorno
O Retorno de um investimento corresponde ao total de ganhos ou de prejuízosproporcionados por ele durante um intervalo de tempo. Podemos afirmar que o Retorno é a possibilidade de perda ou ganho de um investimento.
O retorno sobre um investimento é a variação do valor (final-inicial) mais o seu fluxo de caixa gerado durante um período. É expresso como uma porcentagem do investimento no início do período.
Podemos utilizar a o cálculo de retorno para mensurar o retorno através do seguinte cálculo:
Kt = taxa de retorno exigida ou esperada
Pt = valor do ativo no tempo t
Pt-1 = valor do ativo no tempo t-1
C =fluxo de caixa do investimento no período de t-1 até t
Retorno Realizado
Exige que o ativo seja comprado e vendido durante o período em que o retorno é medido.
Retorno Não Realizado
É o retorno que poderia ter sido realizado se o ativo tivesse sido comprado e vendido durante o período de tempo em que o retorno foi medido.
Exemplo 1:
No ano passado, um investimento teve um valor de mercado de R$ 30.000,00 gerando um fluxo de caixa durante esse ano de R$ 2.500,00. Considerando-se que o atual valor de mercado do investimento é de R$ 31.000,00, qual a taxa de retorno do investimento?
		
Exemplo 2:
Consideremos que um investidor aplicou seus recursos na bolsa de valores no início de determinado ano. Investiu $ 50 mil em ações da empresa X e $ 30 mil em ações da empresa Y. no final do ano, as ações da empresa X estavam cotadas em $ 55 mil e as ações da empresa Y $ 30 mil. Durante o ano, o investidor recebeu $ 3 mil de dividendos da empresa X e $ 1.500,00 da empresa Y. com o emprego da equação de retorno, tem-se:
Relação Risco x Retorno
Como já sabemos, existem vários tipos de risco e retorno. Vamos agora entender como trabalhar com os dois?
Na verdade, podemos imaginar uma moeda, essa mesmo que você possui em sua carteira. Ela tem dois lados não é mesmo? 
Então, assim podemos exemplificar o risco e retorno; são faces de uma moeda onde de um lado termos o retorno, mas sempre conviveremos com o outro lado: o risco.
Para uma boa tomada de decisão, não podemos desprezar nenhum dos dois lados, afinal o retorno de um investimento sempre apresentará um risco.
Os tipos de investimentos e administradores diferem uns dos outros.
Os brasileiros geralmente são avessos a risco. Não é a toa que usamos mais os investimentos de poupança ou invés de investimentos em mercado de ações.
Alguns preferem o “pouco, mas certinho”, e o medo do risco é tanto que nem ao menos “pulveriza” seu capital.
Níveis de Risco
ADMINISTRADOR INDIFERENTE AO RISCO - Para o administrador indiferente ao risco, o retorno exigido não varia quando o nível de risco vai de x1 para x2. 
Essencialmente, não haveria nenhuma variação de retorno exigida em razão do aumento de risco. É claro que essa atitude não faz sentido em quase nenhuma situação empresarial.
ADMINISTRADOR AVESSO AO RISCO - Para o administrador avesso ao risco, o retorno exigido aumenta quando o risco se eleva. Como esse administrador tem medo do risco, exige um retorno esperado mais alto para compensar o risco mais elevado. 
ADMINISTRADOR PROPENSO AO RISCO - Para o administrador propenso ao risco, o retorno exigido cai se o risco aumenta. Teoricamente, como gosta de correr riscos, esse tipo de administrador está disposto a abrir mão de algum retorno para assumir maiores riscos. Entretanto, esse comportamento não tenderia a beneficiar a empresa.
Em sua maioria, os administradores são avessos ao risco. Para certo aumento de risco, exigem aumento de retorno. Geralmente, tendem a serem conservadores, e não agressivos, ao assumir riscos em nome de suas empresas. Portanto, nesta aula será feita a suposição de que o administrador financeiro tem aversão a risco e exige retornos maiores para correr riscos mais altos.
Analise de sensibilidade
Cada investidor tem suas preferências pessoais em relação a risco.
Mais arrojados - Ou seja, aqueles que aceitam níveis mais elevados de risco, esperam ser recompensados com ganhos maiores para seus investimentos.
Mais conservadores - Ou seja, aqueles que se sujeitam a níveis mais baixos de risco, contentam-se com ganhos menores. Para avaliar o nível de risco o investidor utiliza a análise de sensibilidade de cenários e de análise estatística.
A análise de sensibilidade busca oferecer ao tomador de decisão uma percepção do risco. Para fazer a análise de sensibilidade se faz necessário a criação de cenários diferentes e a associação de retornos a eles. São considerados três cenários:
Otimista		Mais provável		Pessimista
A análise de sensibilidade de um determinado projeto sai a testá-lo em situações ou cenários futuros não esperados pelo investidor, mas que possuem probabilidade de ocorrência.
O risco de um ativo pode ser medido pela amplitude dos retornos e esta é encontrada apenas subtraindo o resultado do retorno pessimista do resultado do retorno otimista. 
Quanto maior o resultado, maior será o RISCO do ativo.
Exemplo: A Cia. Tudo de Bom está considerando duas alternativas de investimento, para as quais fez as estimativas abaixo:
Distribuição de probabilidades
A probabilidade de um evento é a possibilidade de ele ocorrer. Utilizando a distribuição de probabilidades temos uma visão mais quantitativa de risco de um ativo.
Imagine um evento com 70% de probabilidade de ocorrência: poderá acontecer sete vezes em cada dez.
Atenção: eventos 100% certeza total.
Eventos iguais a zero nunca ocorrem.
Uma distribuição de probabilidades é um modelo que associa a probabilidade aos eventos correspondentes.
O tipo mais comum para ilustrar é o gráfico de barras. Este mostra somente o número limitado das de combinações entre eventos e probabilidades. Distribuição contínua de probabilidades é utilizada para grandes números de eventos. 
Exemplo: A Cia. Tudo de Bom está considerando duas alternativas de investimento, para as quais fez as estimativas abaixo:
Exemplo 2:  Uma avaliação das estimativas pessimistas, mais prováveis e otimistas dos resultados passados pela Companhia em estudo, indica que:
Em 25%		Ocorreu o resultado pessimista
Em 50%		Ocorreu o resultado mais provável
Em 25%		Ocorreu a estimativa otimista.
A soma dessas probabilidades precisa igualar-se a 100%, ou seja, elas devem basear-se em todas as alternativas consideradas.
A Tabela abaixo apresenta os cálculos exigidos para se achar os valores esperados dos retornos para os ativos A e B:
Valor esperado de retorno (K)
Se multiplicarmos as expectativas de retorno pelas respectivas probabilidades, obteremos o retorno esperado.
O Valor esperado de retorno é o retorno mais provável de um ativo, segue a fórmula:
Kj = Valor do retorno na ocorrência j
Prj = probabilidade de ocorrência j
n = número de ocorrências consideradas
Relação Risco x Retorno
Exemplo:
Ativo A		 = (15%* 0,25) + (17%*0,50) + (19%*0,25) = 17%
Ativo B		= (9%*0,25) + (17%*0,50) + ( 25%*0,25) = 17%
Os valores esperados dos retornos dos ativos A e B da Cia Tudo de Bom contêm os valores de retornos possíveis de cada ativo 17%. Mas não podemos esquecer que a amplitude do ativo A é menor, devido a isso a preferência a este ativo.
Para resultados conhecidos e probabilidades iguais:	
Ativo A		
Ativo B		
ADMINISTRAÇÃO FINANDEIRA – AULA 04 - RISCO
Introdução - Nesta aula, o aluno compreenderá como se aplica o perfil de risco utilizando o Beta das carteiras, o risco sistemático e não sistemático, e o seu reflexo no retorno do investimento. Compreender as características de risco e retorno de uma carteira, em termos de correlação e diversificação, bem como o impacto de ativos internacionais sobre ela. Rever os dois tipos de risco, o desenvolvimento e o papel do beta na mensuração de risco.
Desvio Padrão - σ
Aprendemos na última aula o retorno esperado, calculo que utilizaremos aqui em desvio padrão. O desvio padrão é uma medida que representa o grau de dispersão dos retornos esperados em relação à média. O desvio padrão é o indicador de risco de um ativo mais comum, pois ele mede a dispersão em torno do valor esperado do retorno .
A expressãodo cálculo do desvio- padrão dos retornos, σ é:
Quanto maior o desvio padrão, mais alto é o risco.
Sabemos que o valor do retorno esperado é de 17%. Sendo assim, vamos aplicar a expressão de desvio padrão.
O desvio padrão do ativo A é igual a 1,41% e do ativo B é igual ao 32%. O maior risco do ativo B está confirmado no Ativo B desde o cálculo da amplitude. A tabela fornece os desvios-padrão dos ativos A e B da Cia Tudo de Bom, calculados com base nos dados anteriores.
Coeficiente de Variação- CV
O coeficiente de variação é uma medida de dispersão útil que compara os riscos com os retornos esperados diferentes. 
Exemplo - Quanto maior o coeficiente de variação, maior o risco. Utilizando os dados da Cia Tudo e Bom, teremos:
Ativo A		  CV = 1,41%/17% = 0,0829411%
Ativo B 		 CV = 32%/17%  =  1,88235%
O ativo B possui o maior coeficiente de variação e é portanto, mais arriscado que o ativo A, confirmando assim o desvio padrão. O coeficiente de variação tem uma melhor utilidade quando os ativos possuem retornos esperados diferentes.
CUSTO DE OPORTUNIDADE
O custo de oportunidade é utilizado pelos investidores no processo de escolha de determinada aplicação.
Exemplo - Investidor
Um investidor que possua $50 mil aplicados no mercado financeiro, com uma remuneração de 15% ao ano, caso ele não faça o investimento e reverta este capital para o seu próprio negócio e se ao final do período considerado o retorno seja menor do que o mercado oferece (15%).
RESPOSTA - Ele perdeu dinheiro, mas se a taxa de retorno superar os 15%, ele terá ganho.	
Exemplo – Empregado
Imagine um empregado de uma empresa qualquer, e que ele decide sair do seu emprego e abrir seu próprio negócio. Quando ele toma esta decisão deverá incluir no custo do empreendimento o salário que não receberá mais, pois sua remuneração seria o uso alternativo de sua mão de obra.
Carteira de ativos
Para administrar o risco o investidor deve diversificar seus investimentos em um conjunto de ativos.
Com isso, retornos insuficientes proporcionados por um ativo, podem ser compensados por retornos maiores, proporcionados por outros. 
Combinando os ativos com o objetivo de montar uma carteira eficiente, o investidor obterá maior retorno possível e terá o menor risco possível, para que haja a combinação de ativos se faz importante o uso da correlação.
Correlação de uma carteira (ρ)
Para construir uma carteira eficiente, o investidor deve buscar ativo cujos retornos tenham movimentações diferentes. Isso é possível por meio de avaliação da relação entre as taxas de retornos dos ativos, utilizando a medida estatística, chamada correlação.
Correlação - É um conceito estatístico utilizado para saber como duas ou mais variáveis se relacionam e comparam o movimento dos retornos, ou seja, como um retorno de um ativo se movimenta em relação a outro.
Também se é utilizada quando pretendemos saber se existe alguma relação entre, por exemplo, duas variáveis.
Objetivos – o objetivo da correlação de uma carteira eficiente é a redução do risco geral, ou seja, a busca por combinar a melhor maneira de combinar ou adicionar a carteira de ativos com correlação negativa. 
Correlação positiva 	→ 	Os dois ativos oscilam no mesmo sentido.
Correlação negativa 	→ 	As variáveis se movem em sentido contrário.
Valor zero 		→ 	Não há relação entre os ativos.
Apesar do sentido, não podemos dizer dentro do universo estatístico que os eventos estão interconectados, ou seja, correlação não implica em causalidade.
Mesmo quando fazemos um estudo entre ativos com correlação próxima de +1 ou –1, não é possível afirmar que há uma relação entre causa e efeito, especificidade que deve ser lembrada quando o investidor iniciar a interpretação dos dados.
Em uma carteira pouca diversificada, quando os cálculos apontam para uma correlação próxima de +1, existe um potencial de risco por não diversificação.
Utilizamos o conceito de correlação
O Quadro elaborado a seguir demonstra o retorno esperado da carteira formada com diferentes participações das ações A e B e o risco da carteira adotando-se coeficientes de correlação extremos (ρAB = +1 e ρAB = - 1).
Tipos de risco
Imagine que você coloca todo o seu dinheiro em um único investimento (ativo), o que acontece com o risco? Ele será muito maior. Para isso “pulverizamos” nossos investimentos, pois se tivermos uma perda em um ativo em outro nos recuperamos. Mas dependendo do acontecimento poderemos não recuperar.
Para mais informações sobre esse assunto, leia “Tipos de riscos".
Coeficiente beta
Tipos de Beta
BETA DEFENSIVO - Se o beta for menor do que 1,0. Ex: imagine se o Ibovespa varia 5% durante a semana e o beta da ação varia 0,75. Então teríamos: 5% X 0,75 = 3,75% está seria a variação da ação neste período.
BETA AGRESSIVO - Se o beta for maior do que 1,0. Ex: imagine o IBOVESPA variando em 4% na semana e o valor do beta da ação em 1,80%, então teríamos: 7,2% esta seria a variação da ação.
BETA NEUTRO - Se beta for igual a 1,0 a rentabilidade da ação acompanha o mesmo parâmetro do índice.
A carteira de ativos do mercado, por conter unicamente riso sistemático, apresenta coeficiente beta igual a 1. Assim, o coeficiente beta das ações individuais é comparável ao da carteira de ativos do mercado.
Resumindo podemos afirmar que: 
Quando o Beta é 1 (um), temos o retorno do ativo igual ao retorno de mercado. Quando o Beta é nulo, temos o risco de um ativo igual ao retorno de um ativo livre de risco. Ex1: De acordo com a expectativa de retorno para uma carteira 
composta pelas seguintes ações, nas proporções a seguir. Qual o valor do Beta de Carteira?
Resposta: 
Beta: = 0,3.1,5 + 0,5.1 + 0,2.0,4 = 0,45 + 0,5.0,08 = 1,03
Resumindo podemos afirmar que: 
Quando o Beta é 1 (um), temos o retorno do ativo igual ao retorno de mercado. Quando o Beta é nulo, temos o risco de um ativo igual ao retorno de um ativo livre de risco. Ex 2: Uma empresa possui uma carteira composta por 40% de A, 35% de B e 25% de C. Dado o beta de A de 1,3, de B 0,5 e de C 0,3.
Calcular o beta de carteira.
Resposta:
B = 0,4 x 1,3 + 0,35 x 0,5 + 0,25 x 0,3 
B = 0,52 + 0,175 + 0,075	B = 0,77
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – Aula 05 Modelo de formação de preços de ativos
Introdução - Nesta aula, você compreenderá o custo de capital, como se aplica os tipos de custo de capital utilizando os diferentes métodos, o modelo Gordon, o reflexo que se dá em todos os tipos de custos, como de capital próprio e capital de terceiros, evidenciando as debêntures e empréstimos.
Modelo de Precificação de Ativos - CAPM 
Utilizamos o coeficiente beta para medir o risco não diversificável.
O Capital Asset Pricing Model (CAPM)
Modelo de Precificação de Ativos de Capital, O CAPM busca demonstrar, de maneira objetiva, o relacionamento da rentabilidade esperada de um ativo qualquer num mercado em equilíbrio, com o risco não diversificável demonstrado pelo coeficiente beta. 
O CAPM é construído sobre a premissa de que a variância de retornos é  a medida de risco apropriada, mas somente a variação que é não-diversificável é recompensada.
O CAPM mede essa variância não-diversificável utilizando uma estimativa beta; ou seja, no CAPM mede-se o investimento em duas dimensões: 
O rendimento esperado sobre o investimento que nada mais é do que a recompensa por essa aplicação.
E a variância nos ganhos esperados, que reflete o risco existente no investimento. (A variância mede a diferença entre os retornos efetivos e os esperados, podendo essa medida ser capturada estatisticamente na distribuição dos ganhos).
O modelo CAPM É o modelo que mostra que o retorno esperado de um determinado investimento ou ativo depende de três fatores:
Valor puro do dinheiro no tempo. Medido pelo retorno ou taxa livre de risco, Rf , mostra a recompensa exigida por simplesmente esperar pela devolução do dinheiro, sem assumir risco nenhum. (poupança).
Recompensa por assumir o risco não-diversificável que é medido pelo prêmio por risco de mercado. Corresponde a recompensaque o mercado oferece para se assumir um nível de risco.
Nível de risco não-diversificável que é representado pelo Beta, b.  Pode ser entendido como a reação da empresa em relação ao mercado.
O Retorno esperado de um título é a medida correta da contribuição dele ao rendimento esperado da carteira. A partir do coeficiente beta, o CAPM consegue medir o retorno exigido sobre o mesmo, através da seguinte equação: 
kj = RF + [bj x (km – RF)], onde:
kj = retorno exigido sobre o ativo j.
RF = taxa de retorno livre de risco, medida, geralmente, pelo retorno de um título público.
Bj = coeficiente beta (ou índice de risco não-diversificável para o ativo j.
km = retorno de mercado (retorno sobre a carteira de ativos de mercado).
Exemplo 1 - A empresa SORTE S.A está em processo de crescimento e deseja determinar o retorno exigido de um ativo X com beta igual a 1,2. A taxa de juros livre de risco é 8%; o retorno da carteira de mercado é 11%. 
kj = RF + [bj x (km – RF)],
RF = 8%			bj = 1,2			Km = 11%
Kj = 8% + [1,2 x (11%-8%)]			Kj = 8% + [1,2 x (3%)]		Kj = 11,6%
 O prêmio de risco do mercado de 3% (11%-8%), quando ajustado pelo indicador de risco (beta) do ativo 1,2, resulta em um prêmio por risco de 3,6% [1,2 x 3%]. esse prêmio de risco adicionado a taxa livre de risco de 8%, produz um retorno exigido de 11,6%.
Prêmios por risco é a diferença entre o rendimento de um investimento arriscado em comparação com um investimento seguro. (km – RF) 
Exemplo 2 - Conforme a expectativa de retorno para uma carteira composta pelas seguintes ações nas seguintes proporções. Considerando o Beta de Carteira, qual Será o Retorno da Carteira dado prêmio por risco de 5% e retorno livre de risco de 6,5%?
Beta: = 0,3.1,5 + 0,5.1 + 0,2.0,4 = 0,45 + 0,5.0,08 = 1,03.
Kj= RF + [bj x (Km - RF)]     6,5 + 1,03 x 5 =  11,65%
Linha de Mercado de Títulos (LMT ou SML)
Quando o modelo de formação de preços de ativos (CAPM)  é representado graficamente, recebe o nome de linha de mercado de títulos. Esta linha é uma reta e reflete o retorno exigido no mercado para cada nível de risco não – diversificável (beta). A relação entre risco e retorno é representada pela SML.
EXEMPLO - Vamos assumir que a taxa livre de risco seja 5%, e o mercado de ações global produzirá uma taxa de retorno de 12,5% no próximo ano. A empresa possui um beta de carteira no valor de 1,7. Utilizando a formula do modelo CAPM teremos:
Kj = 5% + [ 1,7x (12,5% - 5%)]				Kj = 17,75%
Se você fizer um gráfico desta situação, ele se parecerá com isto:
A linha de mercado de títulos não permanece estável, quando o tempo passa os deslocamentos podem levar a mudança do retorno exigido. O que leva esta mudança pode ser uma expectativa de inflação ou até mesmo a aversão a risco. A variação por expectativa de inflação pode resultar em mudanças da política monetária, afetam na importação e exportação
O Capital
Segundo Gitman - O termo capital denota os fundos de longo prazo de uma empresa, no balanço patrimonial tudo que aparece no lado do passivo é capital, sendo que se divide em capital de terceiros e capital próprio.
Ao estudar o custo de capital devemos primeiramente entender o que é capital e o seu custo. Vamos lá!
O capital divide-se em capital próprio e capital de terceiros.
CAPITAL PRÓPRIO - É aquele que faz parte do Patrimônio Líquido da empresa registrado no balanço patrimonial.
CAPITAL DE TERCEIROS - Que também está registrado no balanço patrimonial do lado do passivo, pode-se definir como o dinheiro que tomo emprestado para abrir uma empresa ou até mesmo aplicar nela algum recurso emprestado para melhoria de sua estrutura, ou compra de mercadorias a prazo. por exemplo.
EXEMPLO - Se eu e você abrimos uma sociedade e temos juntado R$ 50.000,00, então o nosso Capital Próprio é de R$ 50.000,00.
Podemos concluir que: o Capital Próprio, é o dinheiro que é de propriedade do dono da empresa, ou dos sócios que a abriram.
Quando se trata de investimentos, geralmente as pessoas apresentam aversão ao risco, mas para que este investidor aceite o risco ele quer em troca um retorno satisfatório.
Vamos pôr em prática: Imagine que um investidor que possui uma quantia no banco e deseja investir em um título, o gerente apresenta vários, e que alguns a remuneração é pré-fixada (o investidor já sabe antecipadamente quanto será a remuneração) e outros a remuneração é pós- fixada, esta última possui um rendimento incerto.
Considerando esse caso, se eu e meu sócio só tivéssemos R$ 45.000,00 para iniciar um negócio e será preciso que nós tenhamos R$ 50.000,00, teremos que conseguir os R$ 5.000,00 restantes. Busca-se essa quantia através de um empréstimo bancário, por exemplo, digo que tal quantia é o Capital de Terceiros.
Ou seja, “peguei” o dinheiro de terceiros. Mas podemos também considerar capital de terceiros a água, luz, telefone, Mercadorias, ou seja, tudo que você ou utiliza primeiro para pagar depois, isso significa que você está utilizando o serviço primeiro (o crédito) para depois saldar o compromisso.
Mas o que é melhor para o empresário? Capital Próprio ou Capital de Terceiros?
Ambos são importantes para uma empresa ou para quem a administre.
O principal é saber o melhor momento para adquirir o empréstimo ou para usar o recurso próprio. Nem sempre o Capital de Terceiros será ruim, principalmente se tal aquisição acontecer numa boa negociação, onde a taxa de juros compense, e para qual finalidade será aplicada a quantia requisitada.
Quando utilizamos o capital de terceiros para pagar dívidas fica complicado, pois continuamos endividados, apenas substituímos o passivo. Mas quando este capital é tomado para ampliar o negócio, ou adquirir bens, este capital é bem-vindo a nossa empresa, pois haverá um retorno. 
Vale lembrar que temos como:
Fontes de capital - Adição de capital social. Maior prazo nas compras com fornecedores. Sócio acionistas. Obtenção de recursos no sistema financeiro.
Fontes de financiamento em curto prazo - Com e sem garantias: Empréstimos com garantia. Caução de duplicatas a receber. Factoring de duplicatas a receber. Empréstimo com alienação de estoques. Empréstimo com certificado de armazenagem.
Fontes de financiamento a longo prazo - Empréstimos. Debênture: com garantia e sem garantia. Ações.
Fonte:  GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. São Paulo: Pearson, 2006. Capitulo 11
Custo de capital
Segundo Gittman - O Custo do capital é a taxa de retorno que uma empresa deve conseguir nos projetos em que investe para manter o valor de mercado de sua ação.
Podemos entender o custo de capital como a taxa de retorno exigida pelos investidores de capital, pois só assim eles serão atraídos para o determinado ativo. O custo de capital é estimado em um momento específico, ele reflete o custo médio de fundos em longo prazo em uma data futura.
EXEMPLO - Se uma empresa opta por recursos de terceiros.
As principais fontes de custo de capital
As fontes de fundo podem ser representadas em quatro:
Capital de terceiros a longo prazo. Emissão de ações preferenciais. 
Emissão de ações preferenciais.
Emissão de ações ordinárias.
Retenção de lucros.
Custo de capital de terceiros = este custo é formado por empréstimos e financiamentos contraídos em instituições financeiras e pelas obrigações emitidas pelas empresas, tais como as debêntures (As debêntures são valores mobiliários ativos emitidos por ações, de capital aberto ou fechado).
Custo de capital de terceiros em longo prazo (ki) é o custo após o imposto de renda, hoje de levantar recursos emprestados a longo prazo.
Os juros pagos às fontes de capital de terceiros são dedutíveis da base de cálculo do imposto de renda, o que torna o custo destas fontes menores que nos juros contratuais correspondentes.
EXEMPLO 1 - Imagine que a empresa Monta TUDO tenha em sua estrutura de capital, $200 mil de empréstimos, com juros de 20% ao ano, e que a empresa TOPA TUDO, seja totalmente financiada com capital próprio.
Seguindo o ultimo demonstrativo, temos:
A despesa comjuros comparando a empresa Monta Tudo com a empresa Topa Tudo, reduziram em $ 40 mil o lucro antes do imposto de renda (Lair) da empresa Monta Tudo e proporcionou $ 10 mil a menos no valor do IR. Diante desse resultado chegamos a conclusão que, as despesas com lucros líquidos totalizam $ 24 mil para a empresa Monta Tudo. Vamos provar calculando?
Despesas com juros líquidos = despesas com juros X (1 – ALIQUOTAS DDE IR) $ 40.000,00 x (1 – 0,40) = $ 24.000,00
Assim podemos perceber que as despesas com os juros líquidos da empresa Monta Tudo representam uma taxa efetiva de 12% ao ano ($ 24.000,00 / $ 200.000,00). Essa taxa corresponde ao custo do empréstimo e pode ser calculada com a seguinte fórmula:
Ke = j x (1 – IR)
Ke = custo do empréstimo (taxa efetiva) 	J = taxa de juros contratada	IR = alíquota do IR
A empresa Monta Tudo terá o seguinte custo com o empréstimo: Ke = 20% x (1 – 0,40) = 12 %
EXEMPLO 2 - A empresa GINGA paga juros, R$ 200.000,00 ao ano, sobre um empréstimo de R$ 1.000.000,00.
Calcule o seu custo de capital de terceiros, sabendo-se que o IR é de 25%. 
Custo das debêntures
Quando uma empresa emite debêntures ela assume os encargos relativos a operações desse tipo. Este tipo pode ser negociado com ágio ou deságio, ou seja, podem ser vendidos com valores superiores ou inferiores, em relação ao valor nominal.
Para determinar o custo dessa fonte de financiamento, é necessário elaborar o fluxo de caixa.
EXEMPLO - Imagine que a Empresa Topa tudo tenha emitido debêntures nas seguintes condições:
A empresa possui um prazo para resgate de quatro anos. A taxa de juros de 20% ao ano, pagos anualmente. 
Alíquota do IR da empresa de 40%. O custo que as debêntures apresentam (Kd), é determinado pela TIR. 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA – Aula 06 Custo médio ponderado de capital e custo marginal de capital
Introdução
Nesta aula, o aluno compreenderá o custo de capital, como se aplicam os tipos de custo de capital utilizando os diferentes métodos, o modelo Gordon, o reflexo que se dá em todos os tipos de custos como de capital próprio e capital de terceiros, evidenciando as debêntures e empréstimos.
AÇÃO DIFERENCIAL
Ação que oferece dividendos e/ou, no caso de dissolução da empresa no reembolso de capital.
Em geral, não concede direito a voto em assembleia.
A ação preferencial (PN) não dá direito ao acionista de participar da administração da empresa. Para compensar, o acionista tem preferência de receber os dividendos (lucros) da empresa, antes dos outros acionistas que detêm ordinárias.
Fonte: http://www.igf.com.br/aprende/glossario/glo_Resp.aspx?id=51
O custo das ações preferenciais Kp é o quociente entre o dividendo da ação e o recebimento líquido com a venda dela pela empresa.
Para calcular o custo dessas ações, utilizamos o modelo Gordon e Shapiro, descontando o fluxo de dividendos futuros esperados.
No qual: 
Po = Preço corrente da ação
 D1= dividendo por ação esperado Ao final do ano 1
k= taxa de desconto compatível ao risco assumido pelos fornecedores de capital próprio, na qual para as ações ordinárias usa-se Ko, e para ações preferenciais usa-se Kp.
g = taxa anual esperada de crescimento dos dividendos das ações
Custo de ações preferenciais
Então para a determinação da taxa de desconto, vamos reorganizar a fórmula, ficando assim:
EXEMPLO
A Invetest S.A. possui uma taxa de capital próprio de 14%. 
A taxa de crescimento da ação é de 8% e o valor do último dividendo pago foi de $ 4,50. 
Calcular o preço atual da ação.
Uma ação preferencial da Cia. Invetest tem um dividendo de $ 100, um preço de emissão de $ 1200 e incorre em um custo de emissão de $ 4 por ação. Calcule o seu custo.
Uma ação ordinária da Cia. Invetest tem um dividendo de $ 2,25 por ação. Esta ação tem sido cotada por $15,00 cada, e apresenta uma taxa de crescimento de 3%. Calcule o seu custo.
		
Custo de novas ações
Uma empresa inscrita sob forma de sociedade anônima de capital aberto pode subscrever, ou seja, emitir 
ações. Para isso, ela adquire alguns gastos com a emissão, e para determinar este custo utilizamos a seguinte fórmula:
Na qual:
K= custos de novas ações
Ko= custos de novas ações ordinárias
Kp= custos de novas ações preferenciais
D1 = dividendo por ação esperado ao final do ano 1
VL = Valor líquido recebido pela venda da nova ação
g = taxa anual esperada de crescimento dos dividendos
EXEMPLO
Imagine que a empresa TOPA TUDO S.A. pretenda lançar novas ações ordinárias, que terão o valor de emissão de $ 15,00, cada. Haverá um deságio de R$ 0,80 por ação, e estima-se que o total de gastos com a colocação no mercado seja de $ 0,55 por ação. O dividendo previsto para o próximo ano é de $ 3,00 por ação e os dividendos distribuídos pela empresa têm crescido à taxa média anual de 3,5% nos últimos anos.
Desta forma, o valor líquido recebido de cada ação será de: R$ 13,65 (15,00-0.80 – 0,55).
Custo médio ponderado de capital ou WACC
Custo médio ponderado de capital (CMPC)
Representa o custo dos financiamentos em longo prazo da empresa, isto é, seu custo de capital.
Ele corresponde à média dos custos das fontes de capital (próprio e de terceiros), ponderados pela participação relativa de cada uma delas na estrutura de capital da empresa.
O custo médio ponderado de capital reflete o custo médio futuro de fundos esperado a longo prazo, seu 
calculo é bastante simples, basta que multiplicar o custo específico de cada modalidade de financiamento 
por sua proporção na estrutura de capital da empresa e somam-se com os valores ponderados.
Onde:
Ki: Custo de capital de terceiros, de longo prazo, na estrutura do capital.
Wi: Proporção de capital de terceiros de longo prazo na estrutura do capital
Kp: Custo das ações preferenciais 
Wp: proporção de ações preferenciais na estrutura de capital
Ks: Custo do capital próprio na estrutura de capital
Ws: proporção de capital próprio na estrutura de capital
g = taxa anual esperada de crescimento dos dividendos
EXEMPLO
Vamos  considerar um Balanço Patrimonial com as seguintes informações de cada fonte de capital da empresa, que se apresente desta forma:
Custo da dívida de curto prazo: 7% aa;
Custo da dívida de longo prazo: 9,2% aa;
Custo das debêntures: 10,1% aa;
Custo das ações preferenciais (Kp): 14% aa;
Custo do capital ordinário (Ks): 16% aa;
Alíquota do IR: 40%.
Temos três tipos de dívidas, cada uma com um custo distinto. Podemos fazer um cálculo de média 
ponderada para podermos &quot;substituir&quot; essas três dívidas por uma que tenha um custo 
equivalente. O custo da dívida equivalente (Kd) pode ser calculado:
(Ki x Wi)  + (Kp x Wp) + (Kd x Wd)
Kd = 0,07 x 0,264 + 0,092 x 0,604 + 0,101 x 0,132 = 0,087 ou 8,7%
O total das dívidas corresponde ao valor absoluto de $ 91.000 e o custo da dívida é de 8,7%
A estrutura de capital resumida, bem como o CMPC associado (destacado em amarelo), podem ser vistos abaixo.
Para calcularmos o CMPC, basta substituir os valores na fórmula:
Como em nossa estrutura temos uma alíquota de IR de 40%, utilizaremos a seguinte fórmula:
CMPC = Kd x Wd x (1 - T) + Kp x Wp + Ks x Ws
O fator (1-T) que multiplica Kd x Wd representa o benefício fiscal da dívida, onde T é a alíquota do IR (Imposto de Renda). Os juros pagos são deduzidos do lucro para cálculo do IR, desse modo, o custo efetivo da dívida, para a empresa que se financia, é menor que o custo contratado junto ao credor, já que a mesma pode deduzir os juros da base para cálculo do IR.
CMPC = 0,087 x 0,363 x (1 - 0,4) + 0,14 x 0,18 + 0,16 x 0,457 = 0,117 ou 11,7%
A empresa TUDO DOCE apresenta a estrutura de capital abaixo:
CMPC (9,76% x 0,1406) + (19,51% x0,1461)+ (48,78%x 0,1850) + (21,95%x 0,1650) = 16,86%
O custo de capital de 16,86% considera os recursos de longo prazo captados no passado, porém 
avaliados pelos atuais valores de mercado. Na verdade, ele passa a considerar as mudanças ocorridas no mercado, assim atualizando o custo. Estrutura ótima de Capital Acredita-se que o valor da empresaé maximizado quando o custo de capital é minimizado.
Para que a empresa tenha uma estrutura ótima de capital, ela substitui o capital próprio por capital de 
terceiros. Quando este é mais barato, há um declínio no custo médio ponderado de capital.
O Administrador desenvolveu 7 simulações. Observe que a estrutura de número 4 foi a que apresentou menor CMPC. Sendo assim, ela é considerada uma estrutura ótima de capital (a maioria das empresas busca uma estrutura ótima de capital, o mix de financiamento (obtenção de dinheiro) que minimiza o custo de capital e, portanto, maximiza o valor da entidade com que o capital (dinheiro) para realizar as atividades).
Representação Gráfica da Estrutura Ótima de Capital, baseada no Máximo Valor da Empresa.
De acordo com o gráfico, observamos que a faixa de estrutura ótima de capital é quando o endividamento se encontra reduzido, assim a empresa trabalhando o seu capital próprio consegue uma alavancagem.
Custo Marginal ponderado de capital (CMgPC)
Imagine que uma empresa planeja realizar investimentos em novos ativos imobilizados e o 
administrador financeiro pode escolher as fontes para a captação dos recursos necessários. Desta forma, ele deverá escolher o menor custo de capital para financiar os projetos. Esses custos são associados aos novos financiamentos captados pela empresa.
O custo marginal ponderado de capital é muito importante para a tomada de decisões de 
investimento. A empresa deverá fazer em que o retorno esperado é superior ao custo médio ponderado de capital e é baseado nisso que o administrador decide se decide se o investimento ou financiamento podem ser tomados ao mesmo tempo.
O que devemos ter atenção é que o custo médio marginal ponderado de capital pode variar a qualquer momento, só dependerá do volume de capital que a empresa deseja levantar.
Desta forma, pode-se afirmar que o custo marginal ponderado de capital nada mais é do que o custo médio ponderado de capital da empresa, combinado com a próxima unidade monetária do total do novo financiamento.
Para encontrar o CMgPC, devemos encontrar o seu ponto de quebra (também conhecido por ruptura).
PQi = VFi / Wi
No qual: 
PQi   =  ponto de ruptura para o financiamento i
VFi   =  total de fundos disponíveis da fonte de financiamento i a um dado custo.
Wi   =  peso da estrutura de capital - histórica ou meta - para a fonte de financiamento i.
Quando a empresa exaurir seus lucros retidos disponíveis de R$ 300.000,00  (kr = 13 %), terá que usar um novo financiamento de ações ordinárias mais dispendioso (kn  = 14% ) para suprir as necessidades do seu capital próprio. Além disso, a empresa espera emprestar somente R$ 400.000,00 a um custo de 5,6 %; Um empréstimo adicional terá um custo após o IR de 8,4 %.  Assim sendo, existem dois pontos de ruptura:
Quando os lucros retidos, R$ 300.000,00, que custam 13 %, forem exauridos e
Quando empréstimo a longo prazo, R$ 400000,00, que custa 5,6%, for exaurido:
PQ capital próprio  =  300.000,00 / 0,50  = 600000,00
PQ empréstimo a longo prazo   =  400.000,00 / 0,40   =   1000000,00
Escala de oportunidades de investimento
Em um determinado momento, a empresa dispõe de certas oportunidades de investimento. Essas oportunidades diferem, no que diz respeito ao tamanho do investimento antecipado, do risco e do retorno (Uma vez que o custo médio ponderado de capital não é aplicável aos investimentos com risco variável).
A escala das oportunidades de investimento (POI) da empresa é mostrar as possibilidades de investimento indo do melhor, retornos mais altos, ao pior, retornos mais baixos.  
À medida que a empresa aumenta o montante de recursos disponíveis para investimento em projetos de capital, o retorno (TIR) sobre os projetos diminuirá, visto que, geralmente, o primeiro projeto aceito terá o retorno mais elevado, o projeto seguinte escolhido será o segundo com retorno mais elevado, e assim por diante.  
Ou seja, o retorno dos investimentos diminui à medida que os projetos adicionais forem aceitos.
Suponhamos que uma empresa disponha das seguintes oportunidades de investimento:
 	
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA - Aula 7: Administração financeira de curto prazo
Introdução
Nesta aula, compreenderemos a administração financeira de curto prazo e o ciclo de conversão de caixa, além de conhecer a necessidade de utilizar fundos do ciclo de caixa e as estratégias para minimizar as obrigações. Saberemos entender a gestão de capital de giro e de ativos circulantes e poder decidir se devem financiar as necessidades de fundos, de maneira agressiva ou conservadora.
Capital de Giro
O balanço patrimonial é uma das principais demonstrações contábeis. É por meio dele que se pode observar a saúde financeira da empresa.  
Neste demonstrativo está evidenciado o Ativo, passivo e patrimônio Líquido.
ATIVO - O Ativo compreende os Bens e direitos da entidade e o passivo compreende as obrigações.
Patrimônio Líquido - Já o patrimônio Líquido é a diferença entre o ativo e passivo.
As contas registram os aumentos e diminuições nos componentes do balanço. O lançamento de uma conta é chamado débito ou crédito.
Método das partidas dobradas
É a operação que demonstra a correspondência entre crédito e débito. Onde diz que para cada crédito existe um debito de igual valor, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual aos valores creditados. Financiamento por sua proporção na estrutura de capital da empresa e somam-se com os valores ponderados. 
O capital de giro pode ser definido como o montante de recursos que a empresa precisa desembolsar para antes de receber pela venda de seus produtos ou serviços.
A gestão do capital de giro reflete como está a empresa, pois demonstra a capacidade que a empresa possui em pagar suas obrigações em dia, e de gerar retorno aos acionistas.
Uma empresa, quando se encontra “descapitalizada”, é o mesmo que não dispor de capital de giro suficiente para cumprir com seus compromissos.
Para que possamos analisar a capacidade ou necessidade de capital de giro, devemos conhecer os demonstrativos, pois é nele que nos apoiamos para tirar os indicadores que nos dará apoio nas decisões.
Mas, afinal! Por que chamamos de capital de giro?
Bem, quando uma empresa é formada, iniciamos com o capital social, ou seja, recursos dos sócios que formam a empresa). 
Uma parte deste capital é destino à formação da empresa, no que tange o investimento fixo, ou seja, aquisição das máquinas, móveis, prédio, ferramentas, enfim, para investir em itens do ativo imobilizado.
A outra parte formará o estoque e ficará distribuído entre o caixa e banco.
Vendas à vista geram dinheiro no caixa e vendas a prazo geram duplicatas a receber.
 O conceito de capital de giro está associado aos recursos que estão em constante movimentação do capital de giro que envolve dois ciclos: o operacional e o financeiro.
Administração de capital de giro
A administração de capital de giro contempla as decisões do administrador financeiro, em relação aos ativos e passivos circulantes. Diante desses dois grupos de contas do balanço patrimonial é que podemos dizer se uma empresa possui liquidez ou não.
A liquidez de uma empresa é quando ela consegue honrar suas obrigações. Para isso, a empresa deve manter um saldo disponível, representado por dinheiro em caixa, em conta corrente e aplicações em títulos de alta liquidez. Estes são registrados como disponibilidades no balanço patrimonial.
Podemos observar no próprio balanço patrimonial que, quanto maior for o montante de recursos investido em cada uma das contas de disponibilidades, maior será a capacidade de liquidez da empresa e menor será o risco de inadimplência por falta de pagamentos dos credores.
No balanço temos duas fontes de recursos, são elas:
Fontes Onerosas
As Fontes onerosas são aquela que fornecem recursos sobre os quais se exige remuneração, na forma de juros ou dividendos. Ex.: Empréstimos, as debêntures e o capital próprio.
Fontes Não Onerosas
As Fontes não onerosas sãoaquelas que fornecem recursos que não apresentam custos explícitos. Ex.: salários, impostos a recolher, duplicatas a pagar, etc.
Observe que o ativo circulante é maior do que o passivo circulante. Esta diferença é denominada CCL ou capital de giro líquido.
Capital de giro líquido
Os ativos circulantes, comumente são chamados de capital de giro, já que eles representam parte da empresa que circula na condução dos negócios da empresa.
Para medir o capital da empresa, podemos observar algumas questões:
Já que o capital de giro parte dos investimentos que circulam no ciclo operacional da empresa, ou seja, capital circulante (ativo circulante).
Capital circulante líquido será a diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante, e assim podemos observar se a empresa possui, ou não, capacidade de saldar seus compromissos em curto prazo.
CGL = Ativo Circulante – Passivo Circulante
Imagine uma empresa com seu Ativo Circulante no valor de $1.200,00 e seu Passivo Circulante no valor de $ 1000,00; Isto significa que seu CCL é positivo em $ 200,00; Ou seja, o valor do Ativo circulante supera o passivo circulante.
Quando o CCL POSITIVO a parcela do Ativo Circulante é financiado com recursos de Longo Prazo.
As necessidades de capital de giro, além de ser fundamental para a análise do ponto de vista financeiro (caixa), assim como também das estratégias de financiamento, crescimento e lucratividade da entidade.
Para calcular a Necessidade de capital de giro, utilizamos os demonstrativos contábeis:  
Balanço patrimonial			Demonstrativos de resultado
Quando a soma dos elementos do ativo corrente é maior que a soma dos elementos do passivo corrente, dizemos que o CCL é positivo.
Em caso contrário, o CCL é negativo.
Quando a soma dos elementos do ativo corrente é igual à soma dos elementos do passivo corrente, o CCL é nulo.
Exemplo Gráfico:
Ao analisar a empresa KDM, durante o ano de 2004, o ativo circulante foi de $ 650 e o passivo circulante de $ 345. No ano seguinte, o ativo circulante foi para $ 870 e o passivo circulante para $ 505. 
Calcule a variação do capital de giro em 2005.
AC 2005 = $ 870				AC 2004 = $ 650
PC 2005 = $ 505				PC 2004 = $ 345
Variação do CCL = $ 365 – $ 305 = $ 60		Neste caso o CCL foi positivo.
Mas se no caso, a empresa KDM apresentasse durante o ano de 2004, o ativo circulante de $ 870 e o passivo circulante de $ 505.
No ano seguinte, o ativo circulante foi para $ 650 e o passivo circulante para $ 345. 
Calcule a variação do capital de giro em 2005.
AC 2005 = $ 650				AC 2004 = $ 870
PC 2005 = $ 345				PC 2004 = $ 505
Variação do CCL = $305 - $ 365 = - $60		Neste caso o CCL foi negativo.
Mas se no caso, a empresa KDM apresentasse durante o ano de 2004, o ativo circulante de $ 870 e o passivo circulante, de $ 505. 
No ano seguinte, o ativo circulante foi para $ 770 e o passivo circulante para $ 405. 
Calcule a variação do capital de giro em 2005.
AC 2005 = $ 650				AC 2004 = $ 870
PC 2005 = $ 345				PC 2004 = $ 505
Variação do CCL = $305 - $ 365 = - $60
Variação do CCL = $265 - $ 265 = $0		Neste caso o CCL é nulo.
Necessidade de capital de giro
Para se calcular a necessidade de capital de giro de uma empresa, com base em seu balanço patrimonial, é necessário reclassificar algumas contas, tanto do ativo como do passivo.  A equação mostra que a NCG corresponde à diferença entre o capital de giro e o saldo de tesouraria.
NCG = Ativo Operacional – Passivo Operacional
Algumas contas do AC e do PC se renovam de maneira cíclica, juntamente com as operações.
As contas do AC com esta característica são chamadas de aplicações cíclicas. O exemplo típico de fonte cíclica (operacional) são os fornecedores. As contas do PC com esta característica são chamadas de fontes cíclicas. O exemplo típico de aplicação cíclica são os clientes e os estoques. 
São chamadas também de Ativo Circulante Operacional e Passivo Circulante Operacional, respectivamente, justamente por esta característica de renovação de saldos, no decorrer da atividade operacional.
A necessidade de capital de giro (NCG) é a diferença entre as aplicações cíclicas (AC) e as fontes cíclicas (FC):							NCG = AC – FC
A necessidade de capital de giro (NCG) indica o montante de recursos necessários para se manter o giro dos negócios, devido à insuficiência das fontes operacionais.
A necessidade de capital de giro (NCG) indica o montante de recursos necessários para se manter o giro dos negócios, devido à insuficiência das fontes operacionais.
Havendo insuficiência de FC, em relação às AC, a empresa terá que buscar novas fontes de financiamento para continuar operando. Estas novas fontes serão as fontes do sistema financeiro, como veremos à frente.
Quando apresentar AC = FC, ou mesmo AC < FC, não haverá necessidade da empresa buscar novas fontes de financiamento para as suas operações.
NCG: 25.000 + 40.000 – 30.000 – 5.000 = 30.000
A necessidade de capital de giro (NCG) pode ser calculada pela utilização dos saldos das contas cíclicas, constantes do Balanço Patrimonial, conforme a definição acima.
Ciclo de conversão de caixa
Ciclo Operacional - Corresponde ao intervalo de tempo que compreende desde a compra da matéria-prima para a produção ou de mercadorias para revenda até o recebimento do valor gerado pela venda.
Ciclo Financeiro - Envolve as entradas e saídas de caixa. 
Exemplo
Imagine que uma empresa adquira matéria-prima de fornecedores, e que o prazo de pagamento seja 30 dias. Essa matéria-prima vai imediatamente para a produção, cujo processo dura 15 dias.
Após a fabricação, o produto é imediatamente vendido, também a prazo, para o recebimento em 30 dias. Assim, o ciclo operacional é de 45 dias.
Sendo assim, o ciclo financeiro é de 15 dias e o ciclo operacional é de 45 dias.
		CO = PME + PMR
Portanto, o Ciclo Operacional é igual ao prazo médio de estocagem, mais o prazo médio de recebimento das vendas a prazo.
Ciclo Financeiro - Corresponde ao intervalo de tempo entre o pagamento de compras e o recebimento de vendas. O Ciclo Financeiro é soma do prazo médio de estocagem com o prazo médio de recebimento e em seguida deduz o prazo médio de pagamento.
Ciclo Financeiro: CF = PME + PMR – PMP		 exemplo - Ex.: A empresa JUJU tem um ciclo operacional de 60 dias e um ciclo financeiro de 38 dias. Determine o nº de dias que, em média, a empresa leva para pagar seus fornecedores.
CO = IME + PMC = 60
CC = IME + PMC - PMP = 38
então,	CC = IME + PMC - PMP  		38   60   -  PMP    PMP = 22 dias.
Estratégias de gestão de ciclo de conversão de caixa
Quando as empresas fazem elevado investimento no circulante podem apresentar um uso ineficiente de recursos, como:
• Manter saldos de caixa acima do mínimo necessário não traz melhoria à rentabilidade da empresa;
• Manter o saldo de duplicatas a receber elevado pode sinalizar ineficiência na cobrança, ou uma política de crédito desajustada; Por isso é importante cobrar as contas com a maior rapidez possível;
• O saldo do estoque elevado não aumenta as vendas, por isso é importante girar o estoque com a maior velocidade possível;
• Efetuar pagamentos de contas a pagar com a maior lentidão possível, sem prejudicar o crédito da empresa.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA - Aula 8: Administração financeira de curto prazo
Introdução - Nesta aula, o aluno compreenderá como funciona a administração financeira de curto prazo, como se utiliza os fundos do ciclo de caixa, como se utiliza o processo de seleção de crédito e sua concessão, além de aprender como funciona o financiamento do capital de giro.
A administração de caixa
A administração de caixa. também conhecida como administração das disponibilidades, mantém os recursos alocados no saldo de caixa e nas aplicações financeiras em títulos de alta liquidez. 
Essas disponibilidades são mantidas por vários motivos, vamos citar aqui alguns deles, como:
Transações - Estes recursos são mantidos em disponibilidade para efetuar pagamentos das obrigações programadas. Ex.:  Duplicatas a

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