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Ação Negatoria de Paternidade

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_____________________________________________________________________________________________________ 
 Advocacia
MERITÍSSIMO JUÍZO DA “...” VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE “...” ESTADO “...”
ENGANADO, nacionalidade “...”, estado civil “...”, profissão “...”, portadora de identidade (R.G), sob o nº “...”, e inscrito no Cadastro Nacional de Pessoa Física (CPF/MF) sob o nº “...”, filho de “...” com “...”, domiciliado endereço completo “...”, CEP “...”, endereço eletrônico (e-mail) “...”, por seu advogado que esta subscreve (Procuração em anexo), endereço completo “...”, CEP “...”, onde receberá notificações, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com amparo no artigo 1.601 e artigos: 270 e 272, § 2º , do Código de Processo Civil e demais dispositivos legais, para propor a presente AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE CUMULADA COM ANULAÇAO DE REGISTRO. 
em desfavor de ENGANADORA, nacionalidade “...”, estado civil “...”, profissão “...”, portadora de identidade (R.G), sob o nº “...”, e inscrito no Cadastro Nacional de Pessoa Física (CPF/MF) sob o nº “...”, residente e domiciliada (endereço completo “...”, CEP “...”, usuário de endereço eletrônico (e-mail) “...”, pelos motivos de fato e de direito a seguir elencados:
I - 	DA JUSTIÇA GRATUITA
O autor esclarece, ser pessoa pobre na acepção jurídica do termo, visto que sua situação econômica não lhe permite pagar as despesas e custas do processo bem como suportar a sucumbência, sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família, motivo pelo qual, requer que a bem da Justiça lhe seja concedido o benefício da GRATUIDADE DE JUSTIÇA. Com base no art. 5º, incisos XXXIV e LXXIV, da CRFB/88, concomitantemente com os arts. 98 e 99, ambos do Código de Processo Civil vigente.
II -	DOS FATOS
 O autor teve um relacionamento com a requerida ao qual moraram juntos por um período de 7 (sete) meses no ano de 2007. Posteriormente reencontraram em final de 2010 onde mantiveram novamente relações sexuais. Ao ligar em 2011 para Enganadora, esta afirmou que estava grávida e que o filho era dele. Diante da situação Enganado resolveu voltar a morar com Enganadora quando a mesma contava com 6 (seis) meses da gravidez, quando a criança nasceu enganado a registrou na data de 21/12/2011. Viveram juntos de dezembro de 2011 até o final de outubro de 2015.
Ressalta-se que por todo este período Enganado sempre acreditou que Inocente era mesmo seu filho biológico. Fato outro, ao final do relacionamento teve a revelação por Enganadora de não ser o pai de Inocente e que o mesmo era filho de outro homem, que este tinha até problemas na justiça e que estava atrás do filho. Disse ainda que só não havia procurado o filho antes porque estava preso. 
Enganado ficou em choque com o conhecimento de tal fato e com medo das reações do verdadeiro pai da criança. Ressalta-se que a família de Enganado sempre desconfiou que inocente não era filho dele, mas, Enganadora sempre afirmou que era. Atualmente não há qualquer contato de Enganado com Inocente, situação reforçada pela genitora, que tem negado a permitir o contato da menor com Enganado.
Destarte que, hodiernamente, sequer existe vínculo afetivo entre as partes. Somando a este fato, que Engando está pagando alimentos, e tem conhecimento que Enganadora está morando, novamente, com o pai biológico de Inocente. Diante dos fatos o autor requer a anulação do seu registro de paternidade e a exoneração de alimentos em relação a Inocente.
III -	DO DIREITO
O artigo 1.601 do Código Civil, embasa o fundamento da presente ao estabelecer que: “cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos nascidos de sua mulher sendo tal ação imprescritível.”
No mesmo sentido decidiu o STJ:
RECURSO ESPECIAL. AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE. EXAME DE DNA.
Tem-se como perfeitamente demonstrado o vício de consentimento a que o vício de consentimento a que foi levado a incorrer o suposto pai, quando induzido a erro ao proceder ao registro da criança, acreditando se tratar de filho biológico. A realização do exame pelo método DNA a comprovar cientificamente a inexistência do vínculo genético, confere ao marido a possibilidade de obter, por meio de ação negatória de paternidade, a anulação do registro ocorrido com vício de consentimento.
Excelência, a verdade dos fatos tem que prevalecer sobre a fictícia, a verdade real é incontestável, e para isso é imprescindível o exame genético pelo método de DNA. Ademais a prova material que exclui a paternidade do Requerente sobre o Requerido, além de inconteste, só vira concretizar o que já era um fato para os mesmos: A completa ausência de relação afetiva entre, o até então pai, esse filho.
III1 -	DA EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS
Uma vez comprovada toda a articulação da mãe da criança a fim de usar o autor em proveito de sua condição de pessoa de índole e responsável, não à que se falar em paternidade do autor, sendo fato que o mesmo solicita a negativa da paternidade, baseado nas provas documentais e depoimentos arrolados a presente.
Importante lembrar que o menor vive com seus pais biológicos, aos quais são os verdadeiros responsáveis pelo mesmo, sendo inadmissível a ajuda financeira do autor.
Desta forma fica evidenciado os requisitos da tutela provisória e de urgência previstas nos arts. de 294 à 311 ambos do Código de Processo Civil, quais sejam: VEROSSIMELHANÇA DAS ALEGAÇÕES E PERIGO DA DEMORA.
Requer preliminarmente, em sede liminar, a imediata liberação de todas as obrigações a que vem se submetendo até a presente data, uma vez que não existe nenhum vínculo que justifique a manutenção das obrigações alimentares.
III2 -	DA CONTESTAÇÃO DA PATERNIDADE
Claramente observa-se no caso em tela que o autor fora enganado, e que quando do registro da criança quis arcar com suas responsabilidades, e segundo o código Civil artigo 1.601, “cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos nascidos de sua mulher, sendo tal ação imprescritível”.
III3-	DA ANULAÇÃO DO REGISTRO
Ainda sobre o tema o art. 1.604, do mesmo diploma legal “ninguém pode vindicar estado contrário ao que resulta do registro de nascimento, salvo provando-se erro ou falsidade do registro”.
Por fim, fundamenta o artigo 171, II, que “é anulável o negócio jurídico por vício resultante de erro”. No presente caso, não paira dúvidas que a certidão de nascimento do menor contém declaração falsa e eivada de erro. Assim, constatada a falsidade e o erro que motivaram a declaração inserida na certidão de nascimento da parte requerida, impõe-se sua anulação.
IV -	DOS PEDIDOS
REQUER, por intermédio desta inicial recebida, com sucedâneo ao artigo 1.601 do Código Civil de 2002 , seja julgado procedente todos os pedidos, ademais:
A concessão dos benefícios da JUSTIÇA GRATUITA nos termos dos arts. 98 e 99 do CPC e Lei n. 1060/50;
Seja designada AUDIÊNCIA PRÉVIA DE CONCILIAÇÃO, nos termos do artigo 319, inciso VII, do Código de Processo Civil e art. 20 da Lei n. 9.099/95;
Requer, a EXPEDIÇÃO DE MANDADO PARA CITAÇÃO DA RÉ, nos termos do art. 5º da Lei 5.478/1968, sob pena de revelia;
O deferimento do pedido liminar para fins de determinar a imediata exoneração da obrigação de prestar alimentos;
A realização de exame de DNA, às expensas do Poder Público;
Declarar a desconsideração do vínculo biológico, a retificação do registro civil da criança e a consequente desobrigação alimentar do autor;
Seja condenada a requerida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos moldes do art. 546 do CPC/2015;
Protestar-se provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, pugnando-se desde já pela distribuição dinâmica do ônus da prova (CPC/2015, art. 373, § 1º) em relação aos fatos de prova inviável pela alimentante.
Dá-se a causa o valor de R$”...”, para os devidos efeitos legais. 
Termos em queP. deferimento.
Cidade “...”, data “...”, mês “...” ano “...”.
Advogado, Assinatura “...”
OAB n. “...” / Estado “...”
ROLDE TESTEMUNHAS:
Testemunha 1
“...”
Testemunha 2
“...”

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