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_____________________________________________________________________________________________________ Advocacia 1/3 MERITÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA “...” VARA CIVEL DA COMARCA DE “...” ESTADO “...” HELENA, nacionalidade “...”, estado cível “...”, profissão “...”, portadora de identidade (R.G), sob o nº “...”, e inscrito no Cadastro Nacional de Pessoa Física (CPF/MF) sob o nº “...”, filha de “...” com “...”, domiciliada endereço completo “...”, CEP “...”, endereço eletrônico (e-mail) “...”, por seu advogado in fine assinado (Procuração em anexo), endereço completo “...”, CEP “...”, endereço eletrônico (e-mail) “...”, onde receberá notificações, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 5º, incisos XXXIV e LXIX, ambos da Constituição Federal e artigo 1º da Lei nº 12.016/09 e demais dispositivos legais, para impetrar o presente MANDADO DE SEGURANÇA. em face de ato ilegal e abusivo por parte do PREFEITO MUNICIPAL DO MUNICÍPIO DE INFÂNCIA FELIZ, na pessoa de seu representante legal o Senhor “...”, nacionalidade “...”, estado civil “...”, endereço completo “...”, CEP “...’, Infância Feliz - Estado “...”, pelos motivos de fato e de direito a seguir elencados: I - DO CABIMENTO Os atos administrativos, em regra, são os que mais ensejam lesões a direitos individuais e coletivos, portanto estão sujeitos a impetração de Mandado de Segurança. O objeto do Mando de Segurança será sempre a correção de ato ou omissão de autoridade, desde que, ilegal e ofensivo de direito individual ou coletivo, líquido e certo, do impetrante (Art. 5º, LXIX, da Magna Carta). O caso em tela tem cabimento constitucional, ainda amparado pela Lei n. 12.016/09, e demais dispositivos aplicáveis à espécie. II - DOS FATOS A Impetrante fez inscrição para o Concurso Público para o cargo de PROFESSORA DE EDUCAÇÃO BÁSICA, sendo classificada em 1º (primeiro) lugar, para o qual estava prevista 05 (cinco) vagas. Ressalta-se que o Município prorrogou por mais 02 (dois) anos o concurso e que a impetrante trabalhou, mesmo depois de aprovada no citado concurso, na qualidade de contratada, mas, mesmo após feito 03 (três) requerimentos administrativos (cópia anexa) para ser nomeada e empossada no cargo, o Município nunca a efetivou. Inegável que houve por parte do Digníssimo Prefeito flagrante desrespeito ao estipulado pela Constituição Federal, e ao direito líquido e certo da impetrante, que assegura aos aprovados em concurso público o ingresso nos cargos. _____________________________________________________________________________________________________ Advocacia 2/3 Tendo em vista que o concurso expirou o prazo prorrogado em 25 de setembro de 2018, e não tendo resposta quanto aos requerimentos e dado à supressão de seus direitos, outra saída não houve senão promover a presente demanda judicial. III - DO DIREITO MM. o que mais causa surpresa é verificar que o Município de Infância Feliz consta com contratado, precariamente, através de contrato temporário, que está exercendo a função pleiteada, ocupando, indevidamente, o cargo efetivo destinado ao aprovado no concurso. A Constituição Federal determina que o acesso a cargo ou emprego público será por meio de prévia aprovação em concurso público de provas ou provas e títulos, conforme consta em seu artigo 37. Neste contexto, havendo disponibilidade de cargos e a necessidade do seu preenchimento, o que se prova com a existência de contrato temporário ocupando esse cargo, a candidata classificada em concurso público possui absoluta prioridade sobre o contrato, sob pena de ser preterido da ordem classificatória do concurso. De forma, o que antes era considerado mera expectativa se convola em direito subjetivo à nomeação e posse. Nesse sentido tem manifestando-se a jurisprudência: “ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. APROVAÇÃO DENTRO DO CADASTRO DE RESERVA PREVISTO EM EDITAL. ABERTURA DE NOVAS VAGAS NO PRAZO DE VALIDADE CERTAME. (...) RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA N. 37.882-AC (2012/0088394-1), 2ª turma, RELATOR: MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES).1 Ante ao exposto, estando caracterizada a ilegalidade do ato ora atacado e o abuso de poder praticado pela Autoridade Coatora, em flagrante transgressão a Princípios Constitucionais e em evidente violação de direito líquido e certo da Impetrante, atendendo ao princípio constitucional do controle judicial dos atos administrativo, REQUER desse Honrado Juízo que receba o presente MANDADO DE SEGURANÇA, para os fins de: IV - DOS PEDIDOS 1. Conceder os benefícios da justiça gratuita nos termos dos arts. 98 e 99 do CPC e Lei 1060/50, uma vez que se declara pobre no sentido jurídico do termo (declaração anexa); 2. Conceder o MANDADO DE SEGURANÇA, expedindo a ordem mandamental para que o Impetrado, ou quem suas vezes fizer, conceda a imediata convocação e nomeação da Impetrante Helena, para o cargo de PROFESSORA DE EDUCAÇÃO BÁSICA; 3. Notificar a Autoridade Coatora na pessoa do Prefeito Municipal, Senhor “...”, por todo conteúdo desta, nos termos do art. 7º, da Lei n. 12.016/09; 1 RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA N. 37.882-AC (2012/0088394-1), 2ª turma, RELATOR: MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES). _____________________________________________________________________________________________________ Advocacia 3/3 4. A intimação do representante do Ministério Público para acompanhar o feito, nos termos do artigo 178, II do Código de Processo Civil; 5. Declaração de ilegalidade da contratação direta por tempo determinado; 6. Denominação de nomeação e posse da impetrante; 7. Requerimento de intimação do órgão de execução do Ministério Público para se manifestar sobre a ciência e providência no feito; 8. Requerimento de intimação do órgão representativo da pessoa jurídica de direito público interessada; Dá-se a causa o valor de R$”...” (“...”) . Termos em que P. deferimento. Cidade “...”, data “...”, mês “...” ano “...”. Advogado, Assinatura “...” OAB n. “...” / Estado “...”
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