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UNIDADE 02 Metodos e Tecnicas de Pesquisa

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1
METODOLOGIA DO TRABALHO 
CIENTÍFICO
UNIDADE 02 – MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
Lucélia Parente
O MÉTODO
• Em seu sentido mais geral, o método é a ordem que se deve
impor aos diferentes processos necessários para atingir uni
fim dado ou um resultado desejado.
• Nas ciências, entende-se por método o conjunto de
processos que o espírito humano deve empregar na
investigação e demonstração da verdade.
• O método não se inventa. Depende do objeto da pesquisa.
Os cientistas, cujas investigações foram coroadas de êxito,
tiveram o cuidado de anotar os passos percorridos e os
meios que os levaram aos resultados.
2
O MÉTODO
• Outros, depois deles, analisaram tais processos e
justificaram a eficácia dos mesmos. Assim, tais processos,
empíricos no início, transformaram-se gradativamente em
métodos verdadeiramente científicos.
• Evidentemente, o método não substitui o talento, a
inteligência do cientista.
• O método científico, portanto, não possui as virtudes
milagrosas que a mentalidade tradicional lhe atribuía.
3
O MÉTODO
• O método não é um modelo, fórmula ou receita que, uma vez
aplicada, colhe, sem margem de erro, os resultados previstos
ou desejados.
• O método é apenas um conjunto ordenado de procedimentos
que se mostraram eficientes, ao longo da História, na busca
do saber. O método científico é, pois, um instrumento de
trabalho. O resultado depende de seu usuário.
4
2
O MÉTODO
1. Método Científico
• O método científico segue o caminho da dúvida sistemática,
metódica, que não confunde com a dúvida universal dos
céticos, que é impossível.
• O pesquisador, sempre que lhe falta a evidência como
arrimo, precisa questionar e interrogar a realidade.
• O método científico, mesmo aplicado no campo das ciências
sociais, deve ser aplicado de modo positivo, e não de um
modo normativo, isto é, a pesquisa positiva deve preocupar-
se com o que é e não com o que se pensa que deve ser.
5
O MÉTODO
• Toda investigação nasce de algum problema observado ou
sentido.
• O método científico aproveita ainda a análise e a síntese, os
processos mentais da dedução e indução, processos esses
comuns a todo o tipo de investigação, quer experimental,
quer racional.
• “Método científico é a lógica geral, tácita ou explicitamente
empregada para apreciar os méritos de uma pesquisa".
• É oportuno distinguir, aqui, método e técnica.
6
O MÉTODO
• Por método entende-se o dispositivo ordenado, o
procedimento sistemático, em plano geral.
• A técnica, por sua vez, é a aplicação específica do plano
metodológico e a forma especial de o executar.
• A técnica está subordinada ao método, sendo seu auxiliar
imprescindível.
7
O MÉTODO
2. Método Racional
• O método racional é assim chamado porque os assuntos a
que se aplica não são realidades, fatos ou fenômenos
suscetíveis de comprovação experimental.
• Todo método depende do objetivo de investigação. A Filosofia
não tem por objeto o estudo de coisas fantasiadas, irreais ou
inexistentes.
• A Filosofia questiona a própria realidade.
8
3
O MÉTODO
• Por isso, o ponto de partida do método racional é a
observação desta realidade, ou a aceitação de certas
proposições evidentes, princípios ou axiomas, para em
seguida prosseguir por dedução ou indução, em virtude das
exigências unicamente lógicas e racionais.
• Mediante o método racional, que também se desdobra em
diversos processos, como a observação, a análise e a
síntese, a indução e a dedução, a hipótese e a teoria,
procura-se interpretar a realidade quanto à sua origem,
natureza profunda, destino e significado no contexto geral.
9
O MÉTODO
• Pelo método racional procura-se obter uma compreensão e
visão mais ampla sobre o homem, sobre a vida, sobre o
mundo, sobre o ser.
• Essa cosmovisão, a que leva a investigação racional,
evidentemente não pode ser testada ou comprovada
experimentalmente em laboratórios.
• E é exatamente a possibilidade de comprovar ou não as
hipóteses que distingue o método experimental (científico em
sentido restrito) do racional.
10
O MÉTODO
• 3. Argumento de Autoridade
• O argumento de autoridade consiste em admitir uma verdade
ou doutrina com base no valor intelectual ou moral daquele
que a propõe ou professa.
• Nas ciências experimentais e na filosofia o argumento de
autoridade é muitas vezes um obstáculo à investigação
científica.
• Aceitar passivamente a opinião do especialista ou
"autoridade" no assunto significa a morte da verdadeira
pesquisa.
11
O MÉTODO
• Isto, porém, não significa que o argumento de autoridade não
tenha a sua função, mesmo no campo das ciências positivas.
• Os resultados obtidos pelos especialistas poderão,
certamente, servir para guiar os trabalhos de investigação
como ainda poderão ser citados para confirmar soluções
encontradas pelo método científico.
• Existem áreas dentro das ciências humanas, como por
exemplo, a História e certos setores do Direito, que aceitam
como válidas determinadas asserções e decisões que se
apoiam no argumento de autoridade.
12
4
O MÉTODO
• Exige-se, entretanto, que tal argumento, quando evocado,
tenha passado pelo crivo austero da análise e crítica mais
rigorosa possível, sem o que não terá qualquer eficácia. Isto,
aliás, é válido para todos os casos em que se fizer apelo à
autoridade.
13
AS TÉCNICAS
• O método se concretiza nas diversas etapas ou passos que
devem ser dados para solucionar um problema. Esses
passos são as técnicas ou processos.
• Os objetos de investigação determinam o tipo de método a
ser empregado, a saber: o experimental ou o racional. Um e
outro empregam técnicas específicas como também técnicas
comuns a ambos.
• Pode-se dizer que a maioria das técnicas que compõem o
método científico e racional é comum, embora deva adaptar-
se ao objeto de investigação.
14
AS TÉCNICAS
• As técnicas em uma ciência são meios corretos de executar
as operações de interesse de tal ciência.
• O treinamento científico reside no domínio dessas técnicas.
• O conjunto desses técnicas constitui o método. Os métodos
são técnicas sufucientemente gerais para se tornarem
procedimentos comuns a uma área das ciências.
15
AS TÉCNICAS
1. Observação
• Observar é aplicar atentamente os sentidos a um objeto, para
dele adquirir um conhecimento claro e preciso.
• A observação é de importância capital nas ciências.
• Sem a observação o estudo da realidade e de suas leis
reduzir-se-á sempre à simples conjetura e adivinhação.
• De acordo com a finalidade e a forma como é executada, a
observação pode assumir diferentes configurações:
16
5
AS TÉCNICAS
a) Observação assistemática: também chamada de
espontânea ou ocasional (sem o emprego de qualquer
técnica ou instrumento).
b) Observação sistemática: também chamada de estrutural
ou planejada (com emprego de recursos técnicos).
c) Observação não-participante: o pesquisador se mantém
na posição de observador.
d) Observação participante: quando o observador se envolve
e se deixa envolver com o objeto da pesquisa.
17
AS TÉCNICAS
e) Observação individual: só pode ser realizada
individualmente, pesquisas destinadas a obtenção de títulos
acadêmicos.
f) Observação em equipe: várias pessoas observando com o
mesmo propósito.
g) Observação laboratorial: tem caráter artificial, isolar o
objeto de interferências externas.
18
AS TÉCNICAS
2. Descrição
• Em princípio a descrição constitui a habilidade de fazer com
que o outro veja mentalmente aquilo que o pesquisador
observou.
• A descrição deve ser precisa para que o interlocutor ou leitor
seja capaz de visualizar exatamente aquilo que o
pesquisador observou.
• A descrição deve ainda descrever metodologicamente, cada
um dos passos dados na realização da pesquisa e na
aplicação das técnicas.
19
AS TÉCNICAS
• Assim,a replicabilidade consiste na possibilidade de
qualquer outro pesquisador, orientando-se pelo mesmo
método, empregando as mesmas técnicas e inserido nas
mesmas circunstâncias, chegar aos mesmos resultados
obtidos por determinado pesquisador.
20
6
AS TÉCNICAS
2. Comparação
• É a técnica científica aplicável sempre que houver dois ou
mais termos com as mesmas propriedades gerais ou
características particulares.
• Da comparação, importa abstrair as semelhanças e destacar
as diferenças.
• Homem e mulher, são exemplos comparáveis na maioria de
suas propriedades gerais, mas não em suas características
específicas.
21
AS TÉCNICAS
• Na aplicação da técnica da comparação, está implícita a
realização da análise e da síntese, passos essenciais para a
identificação das propriedades gerais e das características
particulares de cada um dos termos comparados.
22
AS TÉCNICAS
3. Análise e Síntese
• René Descartes, procurando traçar normas gerais e
indispensáveis a qualquer trabalho científico, formulou quatro
regras:
a) Nunca aceitar como verdadeira qualquer coisa, sem
conhecê-la como tal Evitar cuidadosamente a precipitação e a
prevenção. (É a evidência como critério da verdade).
b) Dividir cada uma das dificuldades a abordar, no maior
número possível de parcelas que forem necessárias, para
melhor resolvê-las. (É a análise).
23
AS TÉCNICAS
c) Conduzir por ordem os pensamentos, começando pelos
objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir
pouco a pouco, gradualmente, até ao conhecimento dos mais
complexos. (É a síntese).
d) Fazer sempre enumerações tão completas e revisões tão
gerais que deem certeza de nada omitirem. (É a condição
comum e a garantia da análise e síntese.)
24
7
AS TÉCNICAS
• A análise é a decomposição de um todo em suas partes. A
síntese é a reconstituição do todo decomposto pela análise.
• Ou, por outra: a análise é o processo que parte do mais
complexo para o menos complexo e a síntese parte do mais
simples para o menos simples.
25
AS TÉCNICAS
3. 1 Análise e Síntese Experimentais
• Operam sobre fatos ou seres concretos, sejam materiais ou
imateriais. A análise e a síntese experimentais constituem o
cerne de toda a experiência científica na pesquisa de
laboratório.
• Conforme o objeto, são feitas por um dos seguintes modos:
a) Por meio da separação real e, quando possível, por meio da
reunião das partes nos objetos materiais. São empregadas nas
ciências da natureza.
26
AS TÉCNICAS
Assim, por meio da pilha, o químico decompõe a água em
hidrogênio e oxigênio e a compõe, no eudiômetro, combinando
determinados volumes destes dois gases;
o anatomista, decompõe um ser vivo em aparelhos, os
aparelhos em órgãos, os órgãos em tecidos, os tecidos em
células;
o fisiologista, seguindo em sentido inverso, determina a função
de cada orgánulo elementar, de cada órgão, de cada aparelho
e, finalmente, da máquina viva completa e, por meio dela,
procura saber como se compõem as ações dos diversos
elementos diferenciados pela análise anatômica. 27
AS TÉCNICAS
• Nas ciências naturais a análise não pode ser seguida de uma
síntese real e efetiva. Supre-se esta deficiência:
1) ou através de um estudo mais atento dos pontos de união,
por exemplo, as apófises dos ossos, os pontos de inserção dos
músculos e tendões, a fim de se reconstituir mentalmente o
organismo que foi analisado;
2) ou observando-se com cuidado, no ser vivo, o funcionamento
dos diferentes órgãos e aparelhos e as suas relações, ora com
outros instrumentos, ora em relação com todo o organismo,
tanto no estado normal, como nos estados patológicos, naturais
ou provocados.
28
8
AS TÉCNICAS
b) Por divisão e reconstituição mentais que são os únicos
modos possíveis de estudarmos a natureza da alma e os
fenômenos suprassensíveis. Pela análise, separamos
mentalmente, por exemplo, as diversas faculdades da alma em
inteligência, vontade, memória, imaginação etc.
• Pela síntese, fazemos a reconstituição mentalmente. É muito
empregada nas ciências humanas, principalmente na
psicologia.
29
AS TÉCNICAS
3. 2 Análise e Síntese Racionais
• Operam não mais sobre seres e fatos, mas sobre ideias e
verdades mais ou menos gerais.
• A análise racional faz-se por meio da resolução. Consiste
essencialmente em reduzir o problema proposto a outro mais
simples, já resolvido.
• A síntese racional parte de um princípio geral mais simples e
evidente e dele deduz, por via de consequência, a solução
desejada.
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AS TÉCNICAS
• Há dois modos diferentes, portanto, de se resolver o mesmo
problema. Resolver um problema é estabelecer a relação que
liga a questão proposta a algum princípio geral evidente. Para
obter este resultado, apresentam-se dois caminhos:
1) partir da solução do problema, supondo-o resolvido, e
remontar por transformações e simplificações sucessivas, até o
princípio de que é uma aplicação particular. Sobe-se da
consequência até o princípio, isto é, do mais complexo ao mais
simples: é a análise;
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AS TÉCNICAS
2) partir do princípio e descer de consequência em
consequência até a solução do problema, isto é, do mais
simples ao mais complexo: é a síntese.
• Esquematicamente:
1) Causa - princípio - ideia mais geral (= menos complexa) -
espécie - gênero;
2) Efeito - consequências - ideia menos geral (= mais
complexa) - indivíduo espécie.
• Obs.: Ir do 1 ao 2 é síntese;
• ir do 2 ao l é análise.
32
9
AS TÉCNICAS
• A análise e a síntese racionais só podem ser feitas
mentalmente.
• Empregam-se, principalmente, na filosofia e também na
matemática.
• A análise é uma espécie de indução: em ambos os casos,
parte-se do particular, do complexo para o princípio geral e
mais simples.
• A síntese é uma espécie de dedução: vai-se do mais simples
ao mais complexo.
• Para que tenham valor científico, devem ser observadas as
seguintes regras:
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AS TÉCNICAS
a) solicita-se que a análise penetre, o quanto possível, até os
elementos simples e irredutíveis e que a síntese parta dos
elementos separados pela análise, sem omitir nenhum, para
reconstituir o composto total;
b) a análise e a síntese devem proceder gradualmente e sem
omitir intermediários. A lei manda nada omitir na análise, a fim
de que nada tenha que ser suposto na síntese, visto que a
síntese só vale quanto à análise, e toda a omissão desta se
traduz necessariamente, por alguma lacuna, naquela;
c) nas ciências da natureza, a análise deve sempre preceder a
síntese.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
• CERVO, A.L.; BERVIAN, P. A.; SILVA, R. da. Metodologia 
Científica. 6. ed. São Paulo, Pearson, 2007. 
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