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Prof. Msc. Marcus SoeiroCEFET-MG – Campus II Engenharia Mecânica Geração, Distribuição e Utilização de Vapor CEFET-MG – Campus II Engenharia Mecânica Geração, Distribuição e Utilização de Vapor GERAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E UTILIZAÇÃO DE VAPOR BIBLIOGRAFIA: Material da Spirax Sarco; Catálogo de Operação de Caldeiras da ATA. PERA, HILDO. Geradores de Vapor de Água. Ed. Fama S/C Ltda. São Paulo. 1990. Disponível na biblioteca do CEFET, Campus II: BAZZO, ED. Geração de Vapor. Ed. Da UFSC. Florianópolis. 1992. MACINTYRE, J., Instalações Hidráulicas, Prediais e Industriais. LTC- Livros Técnicos e Científicos Editora, Rio de Janeiro, 1996 TORREIRA, R. P. Geradores de Vapor. Ed. Libris.-CIA Melhoramentos. São Paulo. 1995. TELLES, P. C. SILVA. Tubulações Industriais, LTC, Livros Técnicos e Científicos Editora, 1998. Conteúdo: APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA REVISÃO: TERMODINAMICA COMBUSTIVEIS E COMBUSTÃO GERADORES DE VAPOR: CLASSIFICAÇÃO, TIPOS, CONCEITOS BALANÇO TÉRMICO EM GERADORES DE VAPOR CÁLCULO DE CARGA TÉRMICA PARA SISTEMAS A VAPOR DIMENSIONAMENTO DE LINHAS DE VAPOR DIMENSIONAMENTO DE LINHAS DE RETORNO DE CONDENSADO SELEÇÃO DE ACESSÓRIOS: VÁLVULAS, PURGADORES, TANQUES DE CONDENSADO Eficiência Térmica de Geradores de Vapor MÉTODOS DE MEDIDAS DE EFICIÊNCIA TÉRMICA DE CALDEIRAS Método Indireto Perda de calor por combustão incompleta ou combustível não queimado (P3). As perdas por combustão incompleta podem ser identificadas pela presença de CO, H2 ou fuligem nos produtos de combustão. Monóxido de carbono é produto típico de combustão incompleta e sua presença em concentrações da ordem de 0,2% já indicam anomalias no sistema de combustão. Sistemas de combustão bem operados apresentam concentrações de CO da ordem de 100 a 1000 ppm. A combustão do H2 causa a perda de calor, pois o produto da combustão é a água que foi convertida em vapor consumindo calor latente. A perda pela presença de CO e H2 pode ser calculada facilmente conhecida a concentração dos mesmos e deve ser imediatamente sanada, pois além da própria perda de energia, produz poluição ambiental MÉTODOS DE MEDIDAS DE EFICIÊNCIA TÉRMICA DE CALDEIRAS Método Indireto Perda de calor por combustão incompleta ou combustível não queimado (P3) r g CO CO CO G PC P3 PC r g H2 H2 H2 G PC P3 PC CO CO concentração de CO nos gases secos na chaminé PC poder calorífico do CO [10098kJ/kg] PC poder calorifico do combustível 2 2 H2 gs H2 2 H concentração de H nos gases secos na chaminé [Nm³ / Nm³ ] PC poder calorífico do H [1195540 kJ/kg] A perda por H2 é muito difícil de ocorrer devido a alta reatividade MÉTODOS DE MEDIDAS DE EFICIÊNCIA TÉRMICA DE CALDEIRAS Método Indireto cinzasz PC P4 PC Perda de calor por matéria combustível recolhida no cinzeiro (P4). Em caldeiras a combustível sólido utilizando grelha fixa ou basculante, as perdas por carbono livre nas cinzas pode ter valores consideráveis Uma amostra das cinzas, com análise do teor de carbono livre, ou uma análise do Poder Calorífico das cinzas restantes determinam a energia perdida cinzas comb cinzas z percentual em peso das cinzas recolhidas no cinzeiro [kg / kg ] PC poder calorífico das cinzas Leito fluidizado geralmente refere-se a um leito de sólidos finamente divididos através dos quais se passa um gás ou um líquido e este comporta-se num estado intermediário entre um leito estático e um em que os sólidos estejam suspensos num fluxo gasoso, assim como ocorre no transporte pneumático. MÉTODOS DE MEDIDAS DE EFICIÊNCIA TÉRMICA DE CALDEIRAS Método Indireto Perda de calor pela fuligem (P5) fuligemf PC P5 PC Fuligem: arraste de cinzas pelos gases efluentes A queima de combustíveis líquidos e gasosos atenuam e até eliminam esta perda de calor Há dificuldade em se avaliar o peso da fuligem arrastada com os gases de combustão fuligem comb fuligem f percentual em peso da fuligem por kg de combustível [kg / kg ] PC poder calorífico da fuligem Perda de calor sensível nas cinzas (P6) MÉTODOS DE MEDIDAS DE EFICIÊNCIA TÉRMICA DE CALDEIRAS Método Indireto P,z zz c T P6 PC As cinzas que se desprendem da massa de combustível, caindo através da grelha arrasta calor sensível que não é mais irradiado para a fornalha. A temperatura das cinzas depende do tipo de grelha e do cinzeiro. Alguns tipos de caldeiras podem apresentar descarga de cinzas em temperatura mais alta, como por exemplo as grandes caldeiras de carvão pulverizado. A temperatura das cinzas podem variar de 450 a 1000 ºC. Este valor pode ser medido diretamente. cinzas comb P,z z z percentual em peso das cinzas recolhidas no cinzeiro [kg / kg ] c calor específico médio das cinzas [ 1,26 kJ/kgK] T diferença de temp. entre a cinza quente e a temp. de entrada do comb. Perda de calor devido à umidade do ar de combustão (P7) MÉTODOS DE MEDIDAS DE EFICIÊNCIA TÉRMICA DE CALDEIRAS Método Indireto A umidade nos produtos de combustão é originada da umidade presente no combustível "in natura" sendo admitido na fornalha e da água formada por combustão da parcela de hidrogênio que compõe o combustível. A perda por umidade da água formada é praticamente inevitável, e por esta razão muitas vezes é preferido a utilização do PCI como valor de referência. A ordem de grandeza desta perda é de 0,10 a 0,15% r ar P,água gG c T P7 PC r ar ar comb P,agua g G razão entre a massa real de ar fornecida por quilo de combustível [kg / kg ] c calor específico do vapor d´água [ 1,85kJ/kgK] T diferença de temp. entre a saida dos gases (base da chamin água ar sec o é) e a temp. do ar externo umidade absoluta do ar [kg / kg ] r t ar ar t ar G G coef. excesso de ar G relação ar / combustível teórica Perda de calor devido à umidade presente no combustível (P8) MÉTODOS DE MEDIDAS DE EFICIÊNCIA TÉRMICA DE CALDEIRAS Método Indireto A umidade do combustível pode ser diminuída por secagem natural ou secagem pelos próprios gases de combustão que saem da caldeira. Esta possibilidade já tem sido aplicada no caso de caldeiras de bagaço, o qual tradicionalmente apresentam umidade natural da ordem de 50%. comb lv P,água gW h c T P8 PC comb agua comb P,agua g W percentual em peso de umidade no combustível [kg / kg ] c calor específico do vapor d´água [ 1,85kJ/kgK] T diferença de temp. entre a saida dos gases (base da chaminé) e a temp. do ar lv externo h calor latente de vaporização da água à temp ambiente [kJ / kg] Perda de calor pelo vapor de atomização – nebulização do combustível (P9) MÉTODOS DE MEDIDAS DE EFICIÊNCIA TÉRMICA DE CALDEIRAS Método Indireto ato P,água atoG c T P9 PC Vato depende do tipo de queimador, das pressões envolvidas no processo de queima, do tipo de combustível. Em geral : 0,1 < Vn < 0,2 kg vapor/kg comb. ato vapor,ato comb P,agua ato G razão entre a vazão em massa de vapor atomizado e a vazão em massa comb. [kg / kg ] c calor específico do vapor d´água [ 1,85kJ/kgK] T diferença de temp. de saturação da água na caldeira e a temp. do gases de combustão Perda de calor pela água na descarga de fundo (P10) MÉTODOS DE MEDIDAS DE EFICIÊNCIA TÉRMICA DE CALDEIRAS Método Indireto A descarga de fundo de caldeiras tem por objetivo manter estável a concentração de sólidos na água da caldeira e dentro de certos limites. Se o fluxo dapurga contínua não puder ser medido, seu valor pode ser estimado através da relação de concentração de algum composto químico (cloretos) entre a água de alimentação e a água no interior da caldeira. A concentração de cloretos é recomendada porque ela dificilmente varia como resultado das reações químicas que ocorrem em solução na água. A taxa de descarga de fundo em relação ao consumo da água de alimentação é então a relação entre a concentração do composto na água da caldeira e a concentração do mesmo na água de alimentação. A energia da purga contínua pode ser recuperada através de um trocador de calor, porém, como a ordem de grandeza de perdas é até 1,5%, dependendo da pressão de trabalho da caldeira, nem sempre é economicamente viável. Perda de calor pela água na descarga de fundo (P10) MÉTODOS DE MEDIDAS DE EFICIÊNCIA TÉRMICA DE CALDEIRAS Método Indireto des P,águaliq desG c T P10 PC A ordem de grandeza de P10 é de 0,15% a 0,20% des agua,des comb P,agualiq des G razão entre a vazão em massa de água da descarga e a vazão em massa comb. [kg / kg ] c calor específico d´água liquida [kJ/kgK] T diferença de temp. de saturação da água na caldeira e a temp. do ar externo Perda de calor pelo vapor injetado nos sopradores de fuligem (P11) MÉTODOS DE MEDIDAS DE EFICIÊNCIA TÉRMICA DE CALDEIRAS Método Indireto sf P,água sopG c T P11 PC sf vapor,sop comb P,agualiq sop G razão entre a vazão em massa de vapor no soprador e a vazão em massa comb. [kg / kg ] c calor específico do vapor d´água [kJ/kgK] T diferença de temp. de saturação da água na caldeira e a temp. dos gases de combustão Perda de calor devido à entrada de ar falso (P12) MÉTODOS DE MEDIDAS DE EFICIÊNCIA TÉRMICA DE CALDEIRAS Método Indireto falso P,ar falsoG c T P12 PC falso ar falso comb P,ar falso G razão entre a vazão em massade ar falso e a vazão em massa comb. [kg / kg ] c calor específico do ar [kJ/kg K] T diferença de temp. de saida dos gasesna caldeira e a temp. do ar externo Esta perda de calor devido as aberturas próprias (alimentação da caldeira) ou por frestas e rachaduras existentes no invólucro da caldeira. A vazão de ar falso e calculada admitindo-se uma velocidade média de 4 m/s Perda de calor devido a operação intermitente MÉTODOS DE MEDIDAS DE EFICIÊNCIA TÉRMICA DE CALDEIRAS Método Indireto A operação descontínua de um sistema de geração de vapor provoca a perda do calor acumulada no sistema, o qual vai se dissipando ao ambiente durante a interrupção. Esta energia deve ser reposta na partida do sistema e se traduz em um gasto adicional de combustível. É evidente que quanto maior a intermitência de operação, maior deve ser esta perda de energia. A intermitência de operação está ligada diretamente ao ciclo de produção da planta consumidora de vapor, geralmente guiada por fatores mais importantes, no caso, do que a pequena queda de eficiência térmica que isto ocasiona. O cálculo estimativo desta perda depende da inércia térmica da caldeira, ou seja, da massa de água acumulada e da massa de refratários, metais, etc., e de suas propriedades térmicas. Dado a quantidade de variáveis envolvida, considera-se que o esforço para cálculo de tal perda não é compensador, já que muito pouco pode-se fazer para diminuí-la. A eficiência térmica global de um gerador de vapor é igual a 100% subtraídas todas as perdas relativas calculadas Se o consumo de combustível pode ser estimado com boa precisão, no cálculo final pode ser utilizados os cálculos absolutos das perdas com os valores médios das vazões sendo consideradas. Muito mais do que se chegar a um valor numérico que represente a eficiência térmica de um sistema de geração de vapor, é importante e útil poder interferir diretamente nestas, a fim de diminuí-las, e por esta razão, a análise da eficiência térmica através do método indireto é o mais adequado. MÉTODOS DE MEDIDAS DE EFICIÊNCIA TÉRMICA DE CALDEIRAS Método Indireto Perda de calor sensível nos gases de combustão (P1) Perda de calor através do revestimento da caldeira (P2) Perda de calor por combustão incompleta ou combustível não queimado (P3). Perda de calor por matéria combustível recolhida no cinzeiro (P4). Perda de calor pela fuligem (P5) Perda de calor sensível nas cinzas (P6) Perda de calor devido à umidade do ar de combustão (P7) Perda de calor devido à umidade presente no combustível (P8) Perda de calor pelo vapor de atomização – nebulização do combustível (P9) Perda de calor pela água na descarga de fundo (P10) Perda de calor pelo vapor injetado nos sopradores de fuligem (P11) Perda de calor devido à entrada de ar falso (P12) MÉTODOS DE MEDIDAS DE EFICIÊNCIA TÉRMICA DE CALDEIRAS MÉTODO INDIRETO th 1 Perdas
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