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DIREITO DO TRABALHO

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3.1) PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO ( OU TUTELAR, PROTETIVO E TUITIVO):
Pode-se dizer que este princípio norteia o Direito do Trabalho, garantindo ao empregado, na relação empregatícia, a implementação de seus direitos perdidos.
Este princípio engloba três dimensões, quais sejam, o princípio do in dubio pro operário (ou pro misero), o principio da norma mais favorável e o princípio da condição mais benéfica.
Vale lembrar que este princípio inspira outros tantos, além de produzir efeitos também nas regras trabalhistas, tentando corrigir desigualdades na esfera do trabalho.
3.1.1 PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO OPERARIO ( OU PRO MISERO):
Diz este princípio que, havendo dúvida na norma a ser aplicada, deve se aplicar a norma mais benéfica para o trabalhador.
Entretanto, pode-se dizer que há limitações ao âmbito de aplicação do mesmo tendo em vista o disposto pelos artigos 333 do Código de Processo Civil e o 818 da CLT. Este prescreve a regra do ônus da prova no caso concreto, e aquele igualdade de direito das partes. Dizem os artigos anteriormente expostos, respectivamente, in verbis:
Art. 333. O ônus da prova incumbe:
I – ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;
II – ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
Parágrafo único. É nula a convenção que distribui de maneira diversa o ônus da prova quando:
I – recair sobre direito indisponível da parte;
II – tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
3.1.2 PRINCÍPIO DA NORMA MAIS FAVORÁVEL:
Este princípio encontra-se consubstanciado no artigo 7º da Constituição Federal, implicando a elaboração ou interpretação, independentemente da hierarquia das normas em favor do trabalhador. Percebe-se que na hipótese de haver conflito de normas, deve-se levar em conta a hipossuficiência do trabalhador na relação empregatícia. Demonstra-se sua aplicação na jurisprudência a seguir prolatada pelo Tribunal Superior do Trabalho:
3.1.3 PRINCÍPIO DA CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA:
O princípio supracitado deve ser entendido como o fato de que vantagens já conquistadas, que são mais benéficas ao trabalhador, não podem ser modificadas para pior, pois estariam violando o art. 468 da CLT, expressando o mesmo que:
Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
3.2 PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE:
O princípio supracitado estabelece que o direito do trabalho privilegia os fatos, a realidade e o caso concreto na relação de trabalho, em detrimento da forma ou estrutura empregada.
Tal princípio amplia a noção civilista de que o operador jurídico, no exame das declarações volitivas, deve atentar mais a intenção dos agentes do que ao envoltório formal.
3.3 PRINCÍPIO DA IRRENUNCIABILIDADE DE DIREITOS:
Através deste princípio, impera a indisponibilidade de direitos, dispondo que o empregado não pode dispor de seus direitos ao bel-prazer do empregador, ou nem mesmo ser coagido ou despojar dos mesmos. Este princípio é elencado no artigo 9º da CLT , não obstante, vale lembrar que o trabalhador poderá renunciar seus direitos ou transaciona-lós, sendo, na primeira hipótese, permitido apenas em juízo, enquanto na segunda situação, há dúvidas acerca da titularidade do direito perquirido, havendo, então, concessões mútuas, em juízo ou com a assistência de um terceiro.
3.4 PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE EMPREGO:
Ao elaborar a CLT, o legislador deixa clara sua “preferência” pela continuidade do trabalho. Visa a preservação do emprego, com o objetivo de dar segurança econômica ao trabalhador, sendo prevalente no Direito do Trabalho, o contrato de trabalho por prazo indeterminado, que garante ao vínculo empregatício certa estabilidade.
Devido a este princípio, podemos perceber que os contratos por prazo determinado representam a exceção, e demonstram a flexibilização que vem sofrendo este princípio.
3.5 PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE SALARIAL, DA ISONOMIA SALARIAL OU DA INTANGIBILIDADE SALARIAL:
A Constituição da República, em seu artigo 7º, inciso XXX, consagra este princípio ao estabelecer a isonomia salarial, determinando a proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão do trabalhador, por motivo de sexo, cor, idade ou estado civil. Busca-se, através dele, assegurar um valor de salário justo e que seja capaz de manter e afirmar o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, instrumento basilar de nossa Constituição. Não é a remuneração o único meio de reconhecimento do trabalho, mas é o salário, sem dúvida, a mais relevante contrapartida econômica pelo trabalho empregatício.
3.6 PRINCÍPIO DA LIBERDADE SINDICAL:
Este princípio abre a possibilidade do trabalhador se filiar livremente a qualquer organização sindical, sem interferência do Estado. Logo, pode o trabalhador ingressar e sair do sindicato a qualquer momento.
3.7 PRINCÍPIO DA IMPERATIVIDADE DAS NORMAS TRABALHISTAS:
O princípio da imperatividade das normas trabalhistas determina que as regras do Direito do Trabalho não estão sujeitas a alteração por vontade das partes, ou seja, salvo as exceções expressas da lei, as normas trabalhistas não podem ser alteradas pela simples manifestação das partes.
TRABALHADOR AUTÔNOMO:
PESSOALIDADE TEM
HABITUALIDADE – TEM
SUBORDINAÇÃO NÃO TEM
ONEROSIDADE TEM
“A PESSOA FÍSICA QUE EXERCE, POR CONTA PRÓPRIA, ATIVIDADE ECONÔMICA DE NATUREZA URBANA, COM FINS LUCRATIVOS OU NÃO.”
TRABALHADOR EVENTUAL:
PESSOALIDADE – TEM
HABITUALIDADE – NÃO TEM
SUBORDINAÇÃO – TEM
ONEROSIDADE – TEM
É A PESSOA FÍSICA CONTRATADA APENAS PARA TRABALHAR EM CERTA OCASIÃO ESPECÍFICA: TROCAR UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA, CONSERTAR O ENCANAMENTO ETC. TERMINADO O EVENTO, O TRABALHADOR NÃO IRÁ MAIS A EMPRESA”.
TRABALHADOR AVULSO:
A CRFB/88 EM SEU ARTIGO 7º, INCISO XXXIV EQUIPAROU OS DIREITOS DOS AVULSOS AOS DO EMPREGADO COM VÍNCULO EMPREGATÍCIO NO TOCANTE AOS DIREITOS. A CATEGORIA ABRANGE OS TRABALHADORES DA ORLA MARÍTIMA E PORTUÁRIA E TAMBÉM DO MEIO RURAL. EX.: OS OPERADORES DE CARGA E DESCARGA, CONFERENTISTAS, ARRUMADORES, ENSACADORES DE MERCADORIAS, ESTIVADORES, ETC…
PESSOALIDADE – TEM
HABITUALIDADE -NÃO TEM
SUBORDINAÇÃO – TEM
ONEROSIDADE – TEM
ESTAGIÁRIO NÃO É EMPREGADO
SÃO ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM SOCIAL, PROFISSIONAL E CULTURAL QUE SÃO REALIZADAS JUNTO A PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO OU PRIVADO, SOB A COORDENAÇÃO E RESPONSABILIDADE DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO.
OS ASPECTOS ESTÃO ELENCADOS NA LEI:
TERMO DE COMPROMISSO ENTRE O ESTUDANTE E A EMPRESA CONCEDENTE, INTERVENIÊNCIA OBRIGATÓRIA DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO;
CONTRATOS PADRÕES DE BOLSA DE COMPLEMENTAÇÃO DE ENSINO,
OBRIGAÇÃO DA EMPRESA DE REALIZAR SEGURO CONTRA ACIDENTES PESSOAIS,
O ENCAMINHAMENTO AS EMPRESAS TEM DE SER FEITO PELA INSTITUIÇÃO DE ENSINO OU PELO CIEE.
O ESTUDANTE DEVE ESTAR MATRICULADO E CURSANDO;
O ESTÁGIO VISA PROPICIAR AO ALUNO A COMPLEMENTAÇÃO DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM.
O ESTAGIÁRIO TERÁ DIREITO A UM RECESSO DE TRINTA DIAS.
O ESTÁGIO PODERÁ SER PRESTADO PARA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO OU PRIVADO, BEM COMO PARA PROFISSIONAIS LIBERAIS.
CONTRATO DE TRABALHO
É O “ACORDO DE VONTADES, TÁCITO OU EXPRESSO, PELO QUAL UMA PESSOA FÍSICA COLOCA SEUS SERVIÇOS À DISPOSIÇÃO DE OUTREM, A SEREM PRESTADOS COM PESSOALIDADE, NÃO-EVENTUALIDADE, ONEROSIDADE E SUBORDINAÇÃO AO TOMADOR”
NORMAS DE PROTEÇÃO SALARIAL:
	COMO REGRA DE PROTEÇÃO E DE PAGAMENTO AO SALÁRIO, DISPÕE O DIREITO DO TRABALHO DE QUATRO PRINCÍPIOS BÁSICOS:
	IRREDUTIBILIDADE – OS SALÁRIOS SÃO IRREDUTÍVEIS, NÃO PODENDO O EMPREGADOR DIMINUIR O SALÁRIO DO EMPREGADO (ART. 7º, VI, CRFB), SALVO SE PROMOVIDA ATRAVÉS DE NEGOCIAÇÃO COLETIVA COM O SINDICATO, CASO EM QUE TERÁ AS DIMENSÕES RESULTANTES DESSA NEGOCIAÇÃO. VIDE 0J 244- SDI -1 TST
	INALTERABILIDADE – OS SALÁRIOS NÃO SERÃO ALTERADOS POR ATO UNILATERAL DO EMPREGADOR, SE PREJUDICIALAO EMPREGADO. ALTERAR O SALÁRIO SIGNIFICA MODIFICAR A SUA FORMA E MODO DE PAGAMENTO, NÃO SE CONFUNDINDO COM REDUÇÃO, QUE É A SUPRESSÃO PARCIAL DE SEU VALOR.
	IMPENHORABILIDADE – OS SALÁRIOS SÃO IMPENHORÁVEIS (ART. 649, IV, CPC), SALVO PARA PAGAMENTO DE PENSÃO ALIMENTÍCIA.
	INTANGIBILIDADE – OS SALÁRIOS SÃO INTANGÍVEIS, OU SEJA, NÃO PODEM SOFRER DESCONTOS, SALVO OS PREVISTOS EM LEI (EX.: ADIANTAMENTO SALARIAL, COTA PREVIDENCIÁRIA, CONTRIBUIÇÃO SINDICAL, FALTAS INJUSTIFICADAS, IMPOSTO DE RENDA, PENSÃO ALIMENTÍCIA E COMPENSAÇÃO POR FALTA DE CUMPRIMENTO DO AVISO PRÉVIO, EM CCT E NOS CASOS DE DANOS CAUSADOS PELO EMPREGADO.
	ATENÇÃO= TRUCK SYSTEM-0ART. 462, PAR. 2º E SEGS.
	DESCONTOS SALARIAS-VER S. 342 TST. AUTORIZA-SE O DESCONTO DE  EMPRÉSTIMO CONSIGNADO ADMITE DESCONTOS SALARIAIS, DESDE QUE SEJAM AUTORIZADOS PELO EMPREGADO E LHE SEJAM BENÉFICOS E SEMPRE A FAVOR DE TERCEIROS.(EX.: SEGURO DE VIDA, ASSOCIAÇÕES, ETC.).

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