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Monsenhor Honório Heinrich Bernardes Nache Disciplina/Química: Processos para obtenção de ferro e cobre Profº Aílton Petroni Aluno: Tiago Julliano Roberto 1º Ano – Ensino Médio 2018 Introdução O ferro é um elemento químico, símbolo Fe, de número atômico 26 (26 prótons e 26 elétrons) e massa atômica 56 u. À temperatura ambiente, o ferro encontra- se no estado sólido. É extraído da natureza sob a forma de minério de ferro que, depois de passado para o estágio de ferro-gusa, através de processos de transformação, é usado na forma de lingotes. Controlando-se o teor de carbono (o carbono ocorre de forma natural no minério de ferro), dá-se origem a várias formas de aço. Este metal de transição é encontrado no grupo 8 (VIIIB) da Classificação Periódica dos Elementos. É o quarto elemento mais abundante da crosta terrestre (aproximadamente 5%) e, entre os metais, somente o alumínio é mais abundante. É um dos elementos mais abundantes do Universo; o núcleo da Terra é formado principalmente por ferro e níquel (NiFe). Este ferro está em uma temperatura muito acima da temperatura de Curie do ferro, dessa forma, o núcleo da Terra não é ferromagnético. O ferro tem sido historicamente importante, e um período da história recebeu o nome de Idade do Ferro. O ferro, atualmente, é utilizado extensivamente para a produção de aço, liga metálica para a produção de ferramentas, máquinas, veículos de transporte (automóveis, navios, etc), como elemento estrutural de pontes, edifícios, e uma infinidade de outras aplicações. Desenvolvimento Existem evidências de que o ferro era conhecido antes de 5000 a.C. Os mais antigos objetos feitos de ferro usado pela humanidade são alguns enfeites de siderito, feitos no Egito em aproximadamente 4000 a.C. A descoberta da fundição por volta de 3000 a.C. levou ao início da Era do Ferro por volta de 1200 a.C. e ao uso proeminente de ferro para ferramentas e armas. Cada vez mais objetos de ferro, datados entre o segundo e terceiro milênio antes de Cristo, foram encontrados (estes se distinguem do ferro proveniente dos meteoritos pela ausência de níquel) na Mesopotâmia, Anatólia e Egito. Entretanto, seu uso provável destinou-se a fins cerimoniais, por ter sido um metal muito caro, mais do que o ouro na época. Algumas fontes sugerem que talvez o ferro fosse obtido como subproduto da obtenção do cobre. Entre 1600 e 1200 a.C., observou-se um aumento de seu uso no Oriente Médio, porém não como substituto ao bronze. Entre os séculos XII e X antes de Cristo, ocorreu uma rápida transição no Oriente Médio na substituição das armas de bronze para as de ferro. Esta rápida transição talvez tenha ocorrido devido a uma escassez de estanho, e devido a uma melhoria na tecnologia para trabalhar com o ferro. Este período, que ocorreu em diferentes ocasiões segundo o lugar, denominou- se Idade do ferro, substituindo a Idade do bronze. Na Grécia iniciou-se por volta do ano 1000 a.C., e não chegou à Europa ocidental antes do século VII a.C.. A substituição do bronze pelo ferro foi paulatina, pois era difícil produzir peças de ferro: localizar o mineral, extraí-lo, proceder a sua fundição a temperaturas altas e depois forjá-lo. Na Europa central, surgiu no século IX a.C. a "cultura de Hallstatt" substituindo a "cultura dos campos de urnas", que se denominou "Primeira Idade do Ferro", pois coincide com a introdução do uso deste metal. Aproximando-se do ano 450 a.C., ocorreu o desenvolvimento da "cultura da Tène", também denominada "Segunda Idade do Ferro". O ferro era usado em ferramentas, armas e joias, embora se continue encontrando objetos de bronze. Junto com esta transição de bronze ao ferro descobriu-se o processo de "carburação", que consiste em adicionar carbono ao ferro. O ferro era obtido misturado com a escória contendo carbono ou carbetos, e era forjado retirando- se a escória e oxidando o carbono, criando-se assim o produto já com uma forma. Este ferro continha uma quantidade de carbono muito baixa, não sendo possível endurecê-lo com facilidade ao esfriá-lo em água. Observou-se que se podia obter um produto muito mais resistente aquecendo a peça de ferro forjado num leito de carvão vegetal, para então submergi-lo na água ou óleo. O produto resultante, apresentando uma camada superficial de aço, era menos duro e mais frágil que o bronze. Na China, o primeiro ferro utilizado também era proveniente dos meteoritos. Foram encontrados objetos de ferro forjado no noroeste, perto de Xinjiang, do século VIII a.C.. O procedimento utilizado não era o mesmo que o usado no Oriente Médio e na Europa. Nos últimos anos da Dinastia Zhou (550 a.C.), na China, se conseguiu obter um produto resultante da fusão do ferro (ferro fundido). O mineral encontrado ali apresentava um alto conteúdo de fósforo, com o qual era fundido em temperaturas menores que as aplicadas na Europa e outros lugares. Todavia, durante muito tempo, até a Dinastia Qing (aos 221 a.C.), o processo teve uma grande repercussão. O ferro fundido levou mais tempo para ser obtido na Europa, pois não se conseguia a temperatura necessária. Algumas das primeiras amostras foram encontradas na Suécia, em Lapphyttan e Vinarhyttan, de 1150 a 1350 d.C. Na Idade Média, e até finais do século XIX, muitos países europeus empregavam como método siderúrgico a "farga catalana". Obtinha-se ferro e aço de baixo carbono empregando-se carvão vegetal e o minério de ferro. Este sistema já estava implantado no século XV, conseguindo-se obter temperaturas de até 1200 °C. Este procedimento foi substituído pelo emprego de altos- fornos. No princípio se usava carvão vegetal para a obtenção de ferro, como fonte de calor e como agente redutor. No século XVIII, na Inglaterra, o carvão vegetal começou a escassear e tornar-se caro, iniciando-se a utilização do coque, um combustível fóssil, como alternativa. Foi utilizado pela primeira vez por Abraham Darby, no início do século XVIII, construindo em Coalbrookdale um "alto-forno". Mesmo assim, o coque só foi empregado como fonte de energia na Revolução industrial. Neste período a procura foi se tornando cada vez maior devido a sua utilização, como por exemplo, em estradas de ferro. O alto-forno foi evoluindo ao longo dos anos. Henry Cort, em 1784, aplicou novas técnicas que melhoraram a produção. Em finais do século XVIII e início do século XIX começou-se a empregar amplamente o ferro como elemento estrutural em pontes, edifícios e outros. Entre 1776 e 1779 se construiu a primeira ponte de ferro fundido por John Wilkinson e Abraham Darby. Na Inglaterra foi empregado pela primeira vez o ferro na construção de edifícios por Mathew Boulton e James Watt, no princípio do século XIX. Também são conhecidas outras obras deste século, como por exemplo, o "Palácio de Cristal" construído para a Exposição Universal de 1851 em Londres, do arquiteto Joseph Paxton, que tem uma armação de ferro, ou a Torre Eiffel, em Paris, construída em 1889 para a Exposição Universal, onde foram utilizadas milhares de toneladas de ferro. Aplicações O ferro é o metal mais usado, com 95% em peso da produção mundial de metal. É indispensável devido ao seu baixo preço e dureza, especialmente empregado em automóveis, barcos e componentes estruturais de edifícios. O aço é a liga metálica de ferro mais conhecida, sendo este o seu uso mais frequente. Os aços são ligas metálicas de ferro com outros elementos, tanto metálicos quanto não metálicos, que conferem propriedades distintas ao material. É considerada aço uma liga metálica de ferroque contém menos de 2% de carbono; se a percentagem é maior recebe a denominação de ferro fundido. As ligas férreas apresentam uma grande variedade de propriedades mecânicas dependendo da sua composição e do tratamento aplicado. Os aços são ligas metálicas de ferro com concentrações máximas de 2% em peso de carbono, aproximadamente. O carbono é o elemento de ligação principal, porém os aços contêm outros elementos. Dependendo do seu conteúdo em carbono são classificados em: Aços baixos em carbono. Contêm menos de 0,25% de carbono em peso. Não são tão duros nem tratáveis termicamente, porém dúcteis. São utilizados em veículos, tubulações, elementos estruturais e outros. Também existem os aços de alta resistência com baixa liga de carbono, que, entretanto, contêm outros elementos fazendo parte da composição, até uns 10% em peso; apresentam maior resistência mecânica e podem ser trabalhados facilmente. Aços médios em carbono. Entre 0,25% e 0,6% de carbono em peso. Para melhorar suas propriedades são tratados termicamente. São mais resistentes que os aços baixos em carbono, porém menos dúcteis, sendo empregados em peças de engenharia que requerem uma alta resistência mecânica e ao desgaste. Aços altos em carbono. Entre 0,60% e 1,4% de carbono em peso. São os mais resistentes, entretanto, os menos dúcteis. Adicionam-se outros elementos para que formem carbetos, por exemplo o carbeto de tungstênio (WC), quando é adicionado à liga o tungstênio. Estes carbetos são mais duros, formando aços utilizados principalmente para a fabricação de ferramentas. Um dos inconvenientes do ferro é que se oxida com facilidade. Existe uma série de aços aos quais se adicionam outros elementos ligantes, principalmente o crômio, para que se tornem mais resistentes à corrosão. São os chamados aços inoxidáveis. Quando o conteúdo de carbono da liga é superior a 2,1% em peso, a liga metálica é denominada ferro fundido. Estas ligas apresentam, em geral, entre 3% e 4,5% de carbono em peso. Existem diversos tipos de ferros fundidos: cinzento, esferoidal, branco e maleável. Dependendo do tipo apresenta aplicações diferentes: em motores, válvulas, engrenagens e outras. Por outro lado, os óxidos de ferro apresentam variadas aplicações: em pinturas, obtenção de ferro, e outras. A magnetita (Fe3O4) e o óxido de ferro III (Fe2O3) têm aplicações magnéticas. Abundância e obtenção É o metal de transição mais abundante da crosta terrestre, e quarto de todos os elementos. Também é abundante no Universo, tendo-se encontrados meteoritos que contêm este elemento. O ferro é encontrado em numerosos minerais, destacando-se: A hematita (Fe2O3), a magnetita (Fe3O4), a limonita [FeO(OH)], a siderita (FeCO3), a pirita (FeS2) e a ilmenita (FeTiO3). Pode-se obter o ferro a partir dos óxidos com maior ou menor teor de impurezas. Muitos dos minerais de ferro são óxidos. A redução dos óxidos para a obtenção do ferro é efetuada em um forno denominado alto-forno ou forno alto. Nele são adicionados os minerais de ferro, em presença de coque, e carbonato de cálcio, CaCO3, que atua como escorificante. No processo de obtenção, geralmente é usada a hematita, que apresenta ponto de fusão de 1560 °C. Para que essa temperatura seja diminuída, é adicionado o carbonato de cálcio (CaCO3). Além de promover a redução do ponto de fusão da hematita, ele atua reagindo com impurezas presentes, como o dióxido de silício (SiO2), formando o metassilicato de cálcio (CaSiO3), conhecido como escória. O coque (carbono amorfo, com mais de 90% de pureza) é usado para promover a redução da hematita, transformando o Fe3+ em Fe(s). Inicialmente, o coque, em presença de excesso de O2 fornecido pelo ar, reage produzindo CO2. O dióxido de carbono assim produzido, e também o proveniente do carbonato de cálcio, reagem com o coque que é constantemente adicionado ao alto-forno, produzindo CO. Este, por fim, será o responsável por reagir com o Fe2O3, produzindo Fe(s) e CO2 Tanto o excesso como a deficiência de ferro podem causar problemas no organismo. O excesso de ferro é chamado de hemocromatose, enquanto que a sua deficiência é conhecida como anemia. A palavra anemia, apesar de estar popularmente associada à carência de ferro no organismo, não é utilizada unicamente para ela. Para a carência de ferro no organismo, cabe o nome específico de anemia ferropriva. Nas transfusões de sangue são usados ligantes que formam com o ferro complexos de alta estabilidade, evitando que ocorra uma queda demasiada de ferro livre. Estes ligantes são conhecidos como sideróforos. Muitos organismos empregam estes sideróforos para captar o ferro de que necessitam. Também podem ser empregados como antibióticos, pois não permitem ferro livre disponível. Sua carência nos humanos pode causar, além da anemia, anorexia, sensibilidade óssea e a clima frio, prisão de ventre, distúrbios digestivos, tontura, fadiga, problemas de crescimento, irritabilidade, inflamação da língua. Seu excesso (em nível de nutriente) nos humanos pode causar: igualmente anorexia, tontura, fadiga e dores de cabeça. Transformações Químicas na Produção de Ferro e Cobre A produção de ferro se da a partir de minérios de ferro. Os minerais que contêm ferro em quantidade apreciável são os óxidos, carbonatos, sulfetos e silicatos. Os mais importantes são os óxidos. Esses minérios são levados ao alto-forno em presença de carvão onde ocorre asreações. Simplificadamente temos: Inicialmente o carbono reage com o O2 pela seguinte reação: C + O2 → CO2 A grande quantidade de calor eleva a temperatura do alto-forno. Nessas condições o CO2, ao entrar em contato com o coque incandescente, decompõe-se: pela reação: CO2 + C → 2CO O CO originado é o agente redutor. Além do CO como agente redutor, o próprio carbono do carvão atua nesse sentido. A redução do minério de ferro pode ser assim representada: 3Fe + C → Fe3C 3Fe + 2CO → Fe3C + CO2 Ferro δ: 1400 - 1539 °C: apresenta uma rede cúbica centrada no corpo. Redução dos minerais que são óxidos: Inicialmente, os óxidos de ferro são reduzidos na parte superior do alto-forno, parcial ou totalmente, com o monóxido de carbono, já produzindo ferro metálico. Exemplo: redução da magnetita: Fe3O4 + 3 CO → 3 FeO + 3 CO2 FeO + CO → Fe + CO2 Posteriormente, na parte inferior do alto-forno, onde a temperatura é mais elevada, ocorre a maior parte da redução dos óxidos com o coque (carbono): Fe3O4 + C → 3 FeO + CO O carbonato de cálcio se decompõe: CaCO3 → CaO + CO2 e o dióxido de carbono é reduzido com o coque a monóxido de carbono, como visto acima. Na parte mais inferior do alto-forno ocorre a carburação: 3 Fe + 2 CO → Fe3C + CO2 Processos de enriquecimento: Finalmente ocorre a combustão e a dessulfuração (eliminação do enxofre) devido à injeção de ar no alto-forno, e por último são separadas as frações: a escória do ferro fundido, que é a matéria-prima empregada na indústria do aço. O ferro obtido pode conter muitas impurezas não desejáveis, sendo necessário submetê-lo a um processo de refinação que pode ser realizado em fornos chamados convertedores. Em 2004, os cinco países maiores produtores de ferro eram a China, o Brasil, a Austrália, a Africa e a Rússia, com 74% da produção mundial. Precauções O ferro em excesso é tóxico. O ferro reage com peróxido produzindo radicais livres. A reação mais importante é: Fe2+ + H2O2 → Fe3+ + OH- + OH• Porém esta mesma reação pode ter aplicação científica e industrial, na chamada Reação de Fenton. Quando o ferro se encontra nos níveis normais, os mecanismos antioxidantesdo organismo podem controlar este processo. A dose letal de ferro em crianças de 2 anos é de 3 gramas. 1 grama pode provocar um envenenamento importante. O envenenamento por ferro é denominado hemocromatose. O ferro em excesso se acumula no fígado, provocando danos neste órgão. Processos de obtenção de cobre O cobre é o metal não ferroso mais utilizado, após o alumínio. O interesse na extração e obtenção deste metal é, portanto, notório, assim como a necessidade de que o processo de obtenção seja viável técnica e economicamente. Os principais tipos de ocorrência de cobre são os minérios sulfetados, oxidados e os de ocorrência mista (óxidos, hidróxidos e carbonatos). Nas regiões mais profundas dos depósitos de cobre são encontrados os sulfetos primários, ou seja, a calcopirita que é o mineral mais abundante e mais refratário à maioria dos processos hidrometalúrgicos. Dessa forma, minérios calcopiríticos são usualmente concentrados por flotação e processados por técnicas pirometalúrgicas. O minério oxidado de cobre está localizado na zona de aeração (zona de oxidação) acima da superfície do lençol freático, onde as presenças de oxigênio e gás carbônico, atmosféricos, causam a oxidação total do minério primário. É a porção de minério mais superficial na mina contendo, geralmente, baixo teor de cobre. Nesse caso, o cobre pode ser recuperado metalurgicamente por lixiviação ácida ou amoniacal. Na maioria das vezes, quando conduzida de maneira não específica, esta lixiviação resulta em grande consumo de reagentes, alta dissolução de impurezas e recuperação incompleta do cobre. Os principais minerais portadores do metal encontrados nos minérios oxidados na região norte do Brasil são: filossilicatos, óxidos de manganês, oxi-hidróxidos de ferro e cobre. Os minérios de transição de cobre são encontrados na porção intermediária entre o minério oxidado e o minério primário. Como citado, o minério primário (sulfetado) é oxidado, na parte superior da mina, a hidróxidos e/ou sulfatos; o cobre solubilizado percola o corpo mineral e, em contato com o minério sulfetado em zonas inferiores, precipitam-se os sulfetos secundários de cobre (calcocita, covelita e bornita), criando uma zona intermediária, conhecida como zona de transição ou de saturação, que define a interface entre os níveis superior e inferior do lençol freático local. As condições desta região propiciam a estabilidade de sulfetos com maiores teores de cobre, e também do cobre nativo. Os principais minerais portadores de cobre, além dos sulfetos secundários, nos minérios de transição típicos da região norte são: clorita e biotita. Conclusão Tanto o excesso como a deficiência de ferro podem causar problemas no organismo. O envenenamento por ferro é chamado de hemocromatose. Nas transfusões de sangue são usados ligantes que formam com o ferro complexos de alta estabilidade, evitando que ocorra uma queda demasiada de ferro livre. Estes ligantes são conhecidos como sideróforos. Muitos organismos empregam estes sideróforos para captar o ferro que necessitam. Também podem ser empregados como antibióticos, pois não permitem ferro livre disponível. O ferro tem sido historicamente importante, e um período da história recebeu o nome de Idade do ferro. O ferro, atualmente, é utilizado extensivamente para a produção de aço, liga metálica fundamental na produção de ferramentas, máquinas, veículos de transporte (automóveis, navios, etc), como elemento estrutural (de pontes, edifícios, etc), e infinidade de outras aplicações. O diagnóstico de lixiviação é capaz de mostrar o potencial de lixiviação de um minério de cobre, no qual o elemento estava contido dominantemente em biotita e subordinadamente, em óxidos de manganês e oxi-hidróxidos de cobre. Devido a sua mineralogia particular, o minério estudado apresentou baixos valores de extração do metal no ensaio padrão de cobre solúvel sequencial (60,5%), em comparação ao valor de 96% obtido aplicando o diagnóstico de lixiviação proposto nesse estudo. O acréscimo de uma etapa de lixiviação redutora permitiu a dissolução do cobre contido nos minerais de manganês, como ganhos importantes na extração global do elemento. Embora não defina uma rota metalúrgica para o minério em estudo, o diagnóstico de lixiviação proposto sinaliza as condições ideais em que devem ocorrer as melhores taxas de extração do metal. Anexo I A História da Tabela Periódica A história da tabela periódica começa em 1817 com a "lei das tríades" de Johann Wolfgang Döbereiner e termina com a disposição sistemática de Dmitri Mendeleev e Lothar Meyer dos elementos químicos demonstrando a periodicidade dos mesmos em uma tabela organizada. Teorias para explicar a matéria foram elaboradas pelos filósofos gregos ainda na Antiguidade, pelo qual postulava-se que toda a matéria era formada a partir de quatro elementos que poderiam ser transformados um no outro, conceito explorado pela alquimia. A partir da separação da alquimia da química no século XVI, e posteriormente o trabalho de Antoine Lavoisier que incluiu a organização de uma lista com os elementos conhecidos até a época, foram iniciados os avanços científicos para definição e compreensão da matéria. Durante os anos seguintes, um grande volume de conhecimento relativo às propriedades dos elementos e seus compostos foram adquiridos pelos químicos. Com o aumento do número de elementos descobertos, os cientistas iniciaram a investigação de modelos para reconhecer as propriedades e desenvolver esquemas de classificação. A primeira tentativa foi as tríades de Döbereiner, grupos de três elementos com propriedades similares, ideia que foi expandida por outros cientistas. O primeiro modelo organizado que contemplava todos os elementos foi o parafuso telúrico de Chancourtois, porém sua teoria não teve aceitação inicial. Newlands e Odling também publicaram tabelas que demonstravam periodicidade, mas sem aceitação acadêmica. A primeira tabela a ter aceitação entre os químicos foi elaborada por Dmitri Mendeleev em 1869, que demonstrava avanços em relação às tentativas de seus antecessores como, por exemplo, a previsão das propriedades de elementos ainda a serem descobertos. Lothar Meyer também havia publicado uma tabela similar concomitantemente, que posteriormente recebeu reconhecimento científico. Esta versão da tabela de Mendeleev foi aprimorada ao longo do tempo para contemplar os elementos que vieram a ser descobertos até atingir o formato padrão da atualidade. Referências A História da Tabela Periódica. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_tabela_peri%C3%B3dica – Acesso em: 19/11/2018 IBRAM. Instituto Brasileiro de Mineração. Ferro. Disponível em: <http://www.ibram.org.br/sites/1300/1382/00000039. pdf>. Acesso em 19 nov. 2018. MARÇAL E. Procedimento para cobre solúvel. Vale S/A. Belo Horizonte, 2012. 19p. MARÇAL, E., SOUZA G. Procedimento para ensaio de diagnóstico de lixiviação de minérios ou rejeitos de lixiviação de ouro. Vale S/A. Belo Horizonte. 2010. 23p. Processos de Obtenção de ferro e cobre. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/ferro.htm - Acesso em: 19/11/2018 A História do Ferro. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ferro - Acesso em: 19/11/2018
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