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Atividade Falência e Recuperação Judicial 8º Semestres

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Direito Empresarial – Falência e Recuperação Judicial - Prof. Rafael Britto
Atividade Avaliativa
Em análise à decisão que deferiu o processamento da Recuperação Judicial do Grupo ABRIL, responda os seguintes questionamentos.
a) Qual é o Juízo competente? Justifique. As empresas que compõem o comando do GRUPO ABRIL possuem sede social e principal estabelecimento na cidade de São Paulo É nesta Capital que se encontra a contabilidade, a diretoria, o “comando de seus negócios” Portanto Juízo da Comarca e Foro de São Paulo tem competência absoluta para o processamento da Recuperação Judicial do GRUPO ABRIL.
b) Quais foram as causas que levaram o Grupo Abril à situação de crise? a grave crise da mídia impressa, no Brasil e no mundo, não permitiu que se concretizasse a reestruturação financeira das empresas. O crescimento com imprevisível rapidez da mídia digital afetou gravemente as receitas das empresas focadas em publicações impressas. De fato, as grandes editoras foram obrigadas a manter a produção de conteúdo, com elevados custos, e perderam grande parte da sua principal fonte de receita representada pela publicidade. A queda expressiva das receitas de publicidade e daquelas provenientes das vendas por assinatura e nas bancas impactaram negativamente no modelo de negócios das empresas de comunicação de publicações impressas
c) Quais requisitos foram verificados pelo magistrado para deferir o processamento da Recuperação Judicial? Faz-se necessária prova técnica pericial? - Desnecessária qualquer análise prévia, de natureza pericial, para o deferimento do pedido de recuperação judicial. O artigo 52 da Lei n. 11.101/2005 em termos a documentação exigida no artigo 51, o juiz deferirá o processamento da recuperação judicial
d) Nos termos da decisão em comento, quais ações deverão continuar tramitando nos juízos em que se processam, ou seja, estarão excluídas do juízo universal? Caso haja créditos posteriores ao pedido de recuperação judicial, estes não estarão sujeitos ao plano de recuperação judicial aprovado, não havendo, por conseguinte, a habilitação desse crédito no juízo universal da recuperação judicial.
e) Ao Administrador Judicial cabe a fiscalização das atividades do devedor em período anterior ao pedido de RJ? Justifique. Não. Conforme o artigo 49 da lei 11.101/05 
f) Segundo a decisão, qual o posicionamento do STJ sobre medidas de constrição (penhora) em execução fiscal movidos contra a empresa devedora (recuperanda)? E sobre o cumprimento da exigência prevista no art. 57 da Lei nº 11.101/2005? O STJ tem decidido que medidas de constrição patrimonial na execução fiscal, que impeçam o cumprimento do plano, devem ser afastadas pelo Poder Judiciário, em homenagem à preservação da empresa. O efeito prático disso é que os créditos tributários não são satisfeitos pela via do parcelamento especial nem pela via da execução fiscal, enquanto os créditos privados contemplados no plano são pagos. Devem ser compatibilizados os interesses de todos os envolvidos na situação de crise: o devedor deve ter seu direito à recuperação assegurado, mas os credores também precisam ser satisfeitos, incluindo o Fisco. Não será mais possível dispensar-se o devedor de adotar alguma medida de saneamento fiscal, de modo que no momento oportuno deverá ser apresentada CND ou a adesão a parcelamento previsto em lei.
g) Como se dará a contagem dos prazos no processo de Recuperação Judicial do Grupo Abril? - A despeito Do entendimento que vinha sendo adotado neste juízo, houve recente decisão do STJ, em sentido oposto, de modo que as razões expostas naquele julgado são adotadas e, para que não haja insegurança jurídica, serão contados os prazos processuais em dias corridos

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