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NATAÇÃO PARA BEBÊ

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UNASP - UNIVERSIDADE ADVENTISTA DE SÃO PAULO
CAMPUS HORTOLÂNDIA
DANILO APARECIDO DA CRUZ - 62338
JÉSSICA SILVA COIMBRA - 61590
JOÃO PAULO FERREIRA LIMA – 26610
LARISSA BARBOSA L. DE JESUS - 62704
LETÍCIA MARA DIAS BICALHO - 60513
LILIANE COSTA DE OLIVEIRA - 61771
RENAN SILVIO DE OLIVEIRA - 59518
WELLINGTON DE A. FRANCA – 60589
NATAÇÃO PARA BEBÊS
HORTOLÂNDIA - SP
2018
INTRODUÇÃO SOBRE O BEBÊ
Nos primeiros anos de vida, a criança tem avanço imenso em seu desenvolvimento e maturação, principalmente antes dos cinco anos de idade. Os bebês passam nove meses dentro do útero da mãe, onde se acostumam ao meio líquido. Entre os reflexos do bebê, encontra-se um que muito importante chamado Reflexo da Natação ou Reflexo Natatório, no qual o bebê quando colocado em posição ventral, em contato com a água, flexiona e estende braços e pernas e, principalmente, tem a capacidade de realizar apneia (média de 5 segundos), não permitindo a entrada de água para os pulmões. Este fenômeno da apneia, que ocorre devido ao bloqueio da epiglote, também denominado de Reflexo da Epiglote ou Reflexo, posterior aos doze meses de vida, esse reflexo vai sendo esquecido e fica mais difícil “reaprender” os movimentos e conceitos da natação. 
O desenvolvimento biológico da criança passa por uma série de evoluções e ocorre por estágios. De forma sintetizada são:
06 a 18 meses/fase: emocional/características – aparece o riso e o choro, demonstrando sentimento e desenvolvimento das emoções capitais: dor, bem-estar, fome, alegria.
18 a 24 meses/fase: sensório motor/características: coordenação de dois sistemas básicos: sensório, motor, experiências: tatocinestésicas, viso-motora, auditivas fônicas.
24 a 30 meses/fase: projetivo/características – necessidade se torna presente e o objeto ausente. Ação é estimuladora da atividade mental.
Há diversas pesquisas sobre as teorias do crescimento e desenvolvimento, mas pode-se determinar que o movimento baseia-se na percepção sensoriomotora. A senso motricidade pode ser compreendida como o sistema regulador do externo e percepção mediante conexões entre a pele (tátil), os tendões, os músculos, as articulações, os ossos e o aparelho vestibular. Todos estes sentidos externos têm relação com a estimulação ambiental e a criação que esta gera na criança. Caracterizando assim, que toda atividade que estimulem os sentidos do bebê (Tato, Olfato, Audição, Paladar e Visão), são válidos para enriquecer seu acervo psicomotor e estimular seu desenvolvimento de forma saudável. 
A natação funciona como uma excelente atividade motora, na qual a criança experimenta, de uma forma natural e espontânea, uma motricidade aquática, essencial a sua evolução e em seu progresso desenvolvimentista, além de ser o único exercício que estimula todas as partes do corpo, permitindo movimentos tridimensionais e maior mobilidade e possibilidade de potencializar as capacidades cognitivas, motoras e sociais da criança. O objetivo da natação para esta faixa etária não é ensinar o bebê a nadar, e sim estimular sua coordenação e seu desenvolvimento motor
BENEFICIOS DA NATAÇÃO PARA BEBÊS
A natação para bebês apresenta diversos benefícios, tanto sob o ponto de vista físico, durante o desenvolvimento motor do bebê, sob os aspectos sócio-afetivos, mostrando-se altamente benéfica para o relacionamento afetivo entre o seu bebê e o mundo social em que vive. Apresenta algumas características que a torna bastante indicada para crianças de faixa etária baixa, e principalmente para bebês, pois nela encontram-se diversas formas de estimulação para o desenvolvimento, como;
Sociabilização- Na maioria dos casos, os bebês só têm contato com outros bebês na escola, com algum vizinho ou parente próximo. Na aula, como são feitas em grupo, as crianças tem contato com outras e os pais com outros pais, trocando experiências e fazendo novos amiguinhos.
Laços afetuosos- A aula de bebês por serem feitas juntos com os responsáveis acaba estreitando os laços de afeto entre a criança e o responsável, fazendo com o que descubram juntos os exercícios da natação e as capacidades e desenvolvimento motor do bebê.
Noções de sobrevivência- Os bebês durante as aulas praticam, exercícios isolados e situacionais, de sobrevivência na água. Hoje no Brasil, o afogamento é a segunda causa morte de crianças e adolescentes e a terceira no mundo. Com técnicas de flutuação dorsal e ventral, movimentação de braços e pernas, sustentação na barra/borda, são exemplos de exercícios utilizados na aula para a criança assimilar e criar a consciência psicomotora.
Melhora da Resistência cardiorrespiratória- A natação para bebês auxilia na liberação das vias aéreas e a adaptação das trocas gasosas dentro e fora da água, melhorando a respiração dos bebês. Com a atividade física, acontece o aumento da circulação sanguínea e na frequência cardíaca, melhorando sua capacidade e sua resistência, prevenindo doenças respiratórias e cardíacas futuramente nas crianças.
Desenvolvimento dos sentidos- os sentidos se tornam mais aguçados com a pratica da natação. No caso do paladar, por exemplo, o esporte estimula o apetite, logo, a introdução de alimentos ficará mais fácil, o que consequentemente ajudará na saúde do pequeno.
Sonos mais tranquilos- Com além do efeito relaxante, o gasto energético também tem a recuperação, com isso os bebês tendem a dormir melhor e aumentar seu tempo de sono
Controle de peso- Parece estranho falar de obesidade em bebês, mas é um fato que preocupa muito pais. Dependendo da alimentação do bebê, isso pode se tornar um problema. A natação ajuda muito no controle do peso, mas precisa ser associada a uma alimentação saudável. Por isso, estimular o exercício para que não ocorra o sobrepeso é fundamental, além de prevenir o surgimento de outras doenças.
 Orientação dos pais e responsáveis- conhecimento adquirido para os responsáveis em geral dos bebês, tais sobre como agir em caso de algum incidente, consciência de segurança dos bebês perto de piscina, praia, rios ou até mesmo dentro de um simples caso com um balde ou vaso sanitário.
Desenvolvimento motor e fortalecimento muscular- através de exercícios ao meio líquido, respeitando o seu desenvolvimento maturacional e neuromotor, terá fortalecida sua musculatura, além de melhorar a postura e pode auxiliar no início dos primeiros passos, pois a água dá firmeza para o corpo do bebê. As atividades irão colaborar com a lateralidade, equilíbrio, orientação espacial e coordenação motora ampla.
Contato mais seguro da criança (e futuro adulto) com a água- Por vivenciar o meio liquido desde bebê facilitará o contato com o ambiente mais tarde, pois não será algo novo, mas sim, um ambiente já explorado
A natação, realizada com excelência por profissionais preparados, para bebês exerce um papel muito além de, apenas, a prática de um esporte, mas de auxílio na formação integral do indivíduo, destacando diversas áreas como o processo de educação, recreação, desenvolvimento neuromotor, desenvolvimento afetivo, desenvolvimento psicomotor, formando um indivíduo integral e social, independente. (DAMASCENO 1994. Pag. 5).
IDADE IDEAL PARA INICIAR NATAÇÃO PARA BEBÊS
A idade recomendada para o início, por exemplo, já é controversa. Há pediatras que recomendam desde os seis meses e outros acham melhor esperar. Na maioria das escolas e clubes os bebês iniciam a partir dos seis meses, pois nessa idade a criança já está com a vacinação em dia e alguns aspectos do corpo já desenvolvidos. Desse modo ela fica protegida de doenças transmitidas através de contato com outra criança ou em contato com a água, encontrando-se liberada pelo pediatra para frequentar piscinas e praias. Se a criança não for vacinada algumas doenças podem levá-la a morte Difteria e a Coqueluche.
De modo geral, é entre 3 e 4 anos de idade que a criança vai obter um rendimento maior na natação, por isso nessa fase ela já inicia as aulas somente com o professor sem a presença dos pais. Antes disso, a práticaé recomendada mais como uma brincadeira, um momento prazeroso inclusive entre pais e filhos.
CUIDADOS DEVIDOS COM OS BEBÊS
Ao contrário do que muitos acreditam que as aulas de natação para bebês não prejudicam seus ouvidos, apesar de serem sensíveis e estarem em processo de formação. Os problemas de ouvido como infecção por otite surgem, na maioria dos casos, quando a água da piscina não é tratada adequadamente ou quando não há os cuidados devidos com os bebês, sendo eles:
Cobrir as orelhas com a touca de natação;
Usar protetor auricular de silicone (quando se achar viável);
Evitar colocar objetos no ouvido que podem arranhar a pele do canal auditivo;
Secar bem as orelhas ao final da aula;
Utilizar roupão com capuz deve ser colocado sobre o bebe após sair da piscina;
Após a aula, tomar banho em água morna, para evitar choque térmico com o ambiente;
Secar o cabelo (para meninas e meninos) e a região próxima ao ouvido;
Nos dias mais frios, usar casaco com capuz logo após secar o cabelo para proteger o ouvido.
No caso de entupimento do ouvido da criança com a água, o aconselhável é pingar uma gota de álcool boricado, massagear um pouco e virar a cabeça da criança para escorrer, limpando com uma toalha. O álcool auxilia na evaporação da água, facilitando a excreção da mesma. Não é recomendada a utilização de hastes flexíveis com algodão nas extremidades (Cotonetes).
Pontos a serem analisados pelos pais, referente ao local
• Observar a higienização da água, se ela é limpa todos os dias.
• Diversos autores recomendam que as piscinas sejam tratadas com ionização através de raios ultravioletas ou eletrólise de sal para deixar o teor de cloro baixo nas piscinas, isso evita a irritação da pele do bebê, danos aos cabelos e ardência nos olhos. Crianças com alergias respiratórias, em geral, não podem frequentar piscinas com cloro, caso a criança frequente a piscina tratada com cloro o ideal e limitar o tempo de exposição da criança. 
• Os horários das aulas de natação não devem coincidir com os horários da alimentação e do sono do bebê. 
• A última refeição do bebê deve ser realizada uma hora antes de nadar para que não haja indigestão causando vômitos ou mal-estar. 
• Em dias de chuva forte e raios, os professores devem tirar os alunos da água imediatamente ou poderão ser suspensos da água.
PRIMEIROS SOCORROS
Não há muitas recomendações de primeiros socorros em bebês em caso de acidentes durante as aulas de natação. O correto é acionar urgentemente a emergência ou se caso alguém tenha formação na área de socorros, deixar agir. Alguns artigos trazem que em casos de urgência, se não houver tempo para o aguardo da emergência, o professor deve fazer a ventilação pela cavidade oral do aluno, tampando o nariz e deixar o aluno na posição lateral, para que ao liberar a agua, não ocorra afogamento. Sempre que houver aluno ou acompanhante com probabilidade de convulsões ou algo semelhante, é recomendado que o professor saiba o protocolo e todas as informações necessárias para um possível estado de emergência. 
Afogamento
Morte por afogamento: Parada respiratória por ingestão e imersão de líquido.
Afogamento em temperatura ambiente ocorre em alguns minutos, já em águas congeladas pode levar até 1 hora. 
O resgate imediato é feito com cinco respirações boca-boca, seguida de 30 compressões torácicas realizadas com os braços esticados e as duas mãos posicionadas uma sobre a outra contra a parte média da linha imaginária que une os dois mamilos. Daí em diante, serão duas respirações boca-boca para cada 30 compressões, ou também conhecido por RCP (Reanimação Cardiopulmonar).
 
Engasgo do bebê: 
• Tosse, espirro e ânsia de vômito. 
• A respiração rápida e o bebê ficar ofegante.
• Dificuldade para respirar, pode causar lábios azulados e palidez ou vermelhidão na face.
• Ausência de movimentos respiratórios.
• Esforço para respirar.
• Emitir sons incomuns ao respirar.
• Tentar falar, mas não emitir nenhum som.
A situação pode ser considerada ainda mais grave caso o bebê não conseguir tossir ou chorar. Nesses casos os sintomas são pele azulada ou arroxeada e perda de consciência. 
Manobra de Heimilich
A técnica foi inventada pelo médico Henry Heimilich no ano de 1974. A manobra de Heimilich é método para socorrer os bebês nesses casos de engasgos ou afogamentos. Para realizar essa manobra utilizam-se as mãos fazendo pressão sobre o diafragma, fazendo com que o corpo estranho que está entalado nas vias respiratórias seja expelido dos pulmões. 
No caso de afogamento do bebê o primeiro passo é deitar em decúbito ventral sobre o braço do adulto e com a cabeça mais baixa que o tronco e o mesmo abaixo das pernas, em seguida devem-se realizar cinco palmadas leves com a base da mão nas costas do bebê. Se ainda assim não for suficiente, deve-se virar a criança em decúbito dorsal ainda o braço e efetuar compreensões com os dedos médios e anulares sobre o tórax da criança, na região entre os mamilos.
Para evitar acidentes em piscinas:
Estimular a criança a segurar em objetos flutuadores para que ela se apoie.
Ensinar a criança a segurar na borda ou ate mesmo sair sozinho da piscina para que consiga se salvar sem o auxílio dos outros.
Ensinar a criança a entrar na água apenas quando for chamada, assim, evitando que elas entrem sem permissão em outros lugares. 
Colocar bóias nas crianças.
RESTRIÇÃO DA NATAÇÃO PARA BEBÊS
• Bebês que tem algum problema de pele seca e sensível ou dermatites devem esperar um pouco mais antes de começar a natação. 
• Caso tenham problemas respiratórios como bronquite, chiado no peito, devem começar quando estiverem um pouco maiores com um ou dois anos, se não quando o pediatra liberar. 
• Se o bebê estiver com febre ou algum problema de saúde, suspender as aulas de natação, até que o bebê melhore. 
A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHANTE
Nas aulas de natação para os bebês é de extrema importância ter um acompanhante, os pais são os mais recomendáveis, ou até mesmo um responsável que tenha um vínculo com esse bebê. O acompanhante será o mediador, para o professor (a), conseguir ter um contato com o bebê. Junto ao o bebê, vai proporcionar tanto segura física quanto afetiva, pois esse bebê vai se comportar conforme o acompanhante está se sentindo no meio líquido. Se este tem total confiança, isso é transmitido ao bebê, e assim, as aulas terão sucesso, caso ao contrário, podem ocorrer traumas no processo de adaptação do bebê. É importante que os pais/pessoa próxima do bebê, trate o bebê como se estivesse em casa, sempre conversando com ele, brincando e etc.
Deve ter a relação entre: professor e bebê; professor e pais; pais e bebês. Essa atividade para o bebê tem o benefício de deixa os laços afetivos mais fortes fazem o bebê se sentir seguro com o mundo no qual vive. Os pais melhoram a relação com os filhos, vê o bebê adquirindo conhecimento no meio líquido. O professor tem o papel de comandar e acompanhar o processo de desenvolvimento do bebê durante as aulas. 
Caso a mãe tenha medo de água ou não consiga frequentá-las, a melhor opção nesses casos onde a mãe não esteja apta para o acompanhamento por qualquer que seja o motivo, Nakamura & Silveira et al. propõe que o bebê seja acompanhado por um familiar próximo com muita afinidade com o bebê, que não ocorra trocas de acompanhantes no processo de aprendizagem, pois uma essa que não esteja familiarizada com os métodos, andamento das aulas e dos exercícios, pode oferecer poucos estímulos e confiança para o bebê.
NORMAS DE COMO ENTRAR NA ÁGUA 
Levar a criança protegida numa toalha no transporte até a piscina. Em seguida, a mãe deve sentar na borda e colocar o bebê entre as pernas (seis meses em diante) ou sentado em seu colo (para os bebês que já são mais firmes).
Deve-se molhar o rostinho e o corpo do bebê aos poucos para ele se familiarizar com a água e depois estimular o batimento de pernas. Ao comando do professor a mãe/acompanhante deve entrar na água e colocar o bebê suavemente na piscina, usandoo apoio frontal com as mãos apoiadas nas axilas. Os pais devem entrar sozinhos com o bebê sem entregá-lo a ninguém que esteja na piscina. 
O PROFESSOR
É essencial que o professor respeite limites e medos, de cada aluno. Seja qual for a sua idade, principalmente os que estão dando início ao esporte. É importante que no ensino para crianças o professor foque na ludicidade, pois através de brincadeiras ele pode proporcionar um momento mais prazeroso, leve e interessante para elas, pois ao mesmo tempo em que ela brinca automaticamente trabalham suas funções vitais. 
Características como engajamento, empenho e afetividades são importantes no processo de ensino. Além de primeiramente passar confiança ao aluno e em seguida motivá-los a superarem os desafios, por isso o professor precisa estar 100% seguro no que está fazendo para conseguir transmitir isso para os pais e alunos com transparência.
Devem-se observar também individualmente os medos e receios de cada aluno e ir trabalhando com eles individualmente no decorrer das aulas, sempre estimulando a mergulharem e comemorando juntamente com os bebês suas conquistas. 
Preparar sua aula com antecedência e abranger os aspectos motores necessários para cada criança de um modo geral, para que esteja seguro do que vai passar e que possa desenvolver bem sua aula. Não se esquecer de calcular a quantidade de bebês com o espaço disponível. 
DEVERES DO PROFESSOR
1- Estar dentro d’água: O professor deve estar dentro d’água para uma melhor interação com os bebês e seus pais. 
2- Atenção: Ficar atento a tudo que acontece à sua volta, principalmente em relação às crianças em riscos de acidente.
3- Dedicação: Se dedicar ao trabalho fazendo tudo com amor, estar por dentro do mundo dos bebês e sempre procurar mais conhecimentos na área de atuação para um melhor desenvolvimento.
4- Habilidade: Ser hábil com as palavras e movimentos transmitindo segurança aos acompanhantes/pais, além de saber dividir seu tempo com todos os bebês e mamães por igual para não ser cobrado depois.
5- Criatividade: Por mais que o trabalho seja condicionado, não deixar que a rotina tome conta procurando sempre fazer algo diferente durante a aula.
6- Paciência: Ter paciência tanto com as mamães quanto aos bebês. Vale saber que os acompanhantes não são obrigados a tratá-los com simpatia, cabe ao professor fazer-se simpático, agradável e profissional sem levar para o lado pessoal.
7- Positivismo e alegria: Ser o mais alegre e animado possível para que o bebê e consequentemente as mamães se sinta confortável, é importante demonstrar o prazer e a satisfação durante o trabalho. 
8- Boa aparência: Importante olhar-se no espelho e analisar a imagem que o bebê terá do professor que o acompanha. 
9- Feeling: Ser capaz de observar e sentir o momento e o dia do bebê e da mamãe. 
10- Tom de voz: Não gritar, ter sempre uma voz suave e brincalhona. 
11- Qualidade da água: Ficar sempre atento ao cloro e pH da água. 
12- Limpeza dos vestiários: Observar caso não esteja em condições de uso, solicitar a limpeza imediata. 
13- Leitura: Buscar sempre se atualizar lendo revistas, livros e jornais. 
14- Afeto: A criança percebe quando o professor não tem esse sentimento, é bom ter sempre reações positivas.
ADAPTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO
Como sabemos temos grande capacidade de se adaptar, tanto no meio terrestre quanto no meio aquático. Para alguns autores eles acreditam que essa adaptação vai acontecer devido o meio líquido lembrado no meio intra-uterino, já outros dizem que é quando acontece o desenvolvimento psicomotor, e ajudando no vínculo com os pais. O meio líquido é propício para acontecer acidentes, por isso deve ter uma grande atenção dos docentes. No meio líquido é um momento que o bebê vai desenvolver seu equilíbrio, assim desenvolver novas experiências, pois não tem a ação da gravidade. A criança tem grande potencial para se adaptar ao meio líquido, pelo o problema que ela irá enfrentar na água, equilíbrio, propulsão das pernas e respiração. O bebê nessa etapa de adaptação irá experimentar várias posições, explorar o espaço, estímulos auditivos e de tato com materiais. No meio líquido esse bebê vai construir novas experiências, que será fundamental para o seu meio terrestre, pois ela já começa a ter noções corporais na água, e assim conseguir transferir essas experiências para o seu meio terrestre.
No início do processo de adaptação do bebê no meio líquido ele vai se interessar pela textura da água, pelo o gosto, isso é comum, os pais/ pessoa próxima ao bebê, deve o deixar explorar. É recomendo que antes de entrar na piscina, os pais/pessoa próxima ao bebê, pode molhar as pernas, os pés, brincar de “faz chover para molhar o rostinho do bebê”, brincando com o bebê, de forma espontânea, até ele está envolvido e entrar com ela na piscina. Com esses exercícios ajudar os bebês não chore no primeiro contato com na água. Para iniciar o mergulho pode colocar o rosto do bebê na água, depois pode começar a afundar o corpo, mas é importante, perceber se o bebê está se agarrando ao exercício, os pais/pessoa próxima ao bebê, caso perceba que ele não está gostando, não force a fazer. Se houver choro no processo do mergulho, os pais/pessoa próxima ao bebê devem sempre tranquilizá-lo conversando. As aulas têm que ser o mais lúdico possível. O professor junto aos pais/pessoa próxima, durante o processe sempre parabenizar cada conquista do bebê, para ele começar a se sentir seguro.
COMO SEGURAR O BEBÊ E FAZER SUA IMERSÃO
APOIO LATERAL COM UMA DAS MÃOS: Lateralmente, o professor deve segurar o bebê com uma mão, com os polegares para cima, deixando os outros dedos para segurar o corpo do bebê.
APOIO LATERAL: Lateralmente, o professor deve segurar o bebê com as mãos, com os polegares para cima deixando os outros dedos para segurar o corpo da criança. 
APOIO FRONTAL: De frente, com o bebê em decúbito ventral, de frente para o professor com as mãos apoiadas nas axilas. 
APOIO EM DECUBITO DORSAL: De costa para o professor, com o bebê em decúbito dorsal, a cabeça do bebê fica apoiada no ombro do professor.
A imersão tem que ser algo que o bebê sempre tenha prazer de fazer. Antes que isso venha ser realizado precisamos seguir um procedimento: como molhar a cabeça do bebê com pouca água (com um regador). Após o professor perceber que o bebê bloqueia a glote toda a vez que sua cabeça é molhada, sem nenhum desconforto, o professor deve começar a estimular o bebê a colocar o seu rosto na água, sozinho. Aos poucos, o professor deve ensinar o bebê bloquear a glote sempre que for anunciado que o professor vai afundar mergulhá-lo, por exemplo, contando de 1 á 3.
As imersões passivas (em que o professor mergulha o bebê) devem começar de forma vagarosa, com uma imersão por aula, só devendo ser aumentada o número o numero de vezes com uma aceitação positiva do bebê (em que ele não beba água ou se afunda) fazendo uma expressão de prazer. Normalmente os bebês experimentam mergulhar seu rosto na água por curiosidade ou por imitação. Esta experiência é muito gratificante para o bebê, pois ele está vencendo um desafio. Esta atitude deve ser sempre premiada através de carícia e aplausos.
 Lembrando que na imersão, a cabeça da criança deve ficar próxima da vertical, mais inclinada para frente do que para trás. A emersão também deve ser feita com doçura. 
Algumas formas para fazer a imersão:
Usando o apoio frontal, deixar o bebê com a cabeça do lado de fora e demonstrar para ele a imersão, como se fosse um esconde-esconde.
Apoio frontal com deslizamento submerso para a mamãe. 
Apoio lateral com as duas mãos seguindo de submerso com progressão.
Deslize entre professor e mãe e vice versa. 
Afastar-se da borda para que o bebê chegue até lá. 
Saltos de pé e de joelho de fora para dentro da 
DURAÇÃO DAS AULAS
Ao lidarmos com bebês precisamos estar atentos a alguns fatores como a atenção, concentração e repetições dos estímulos. Algumas literaturas trazem os períodos das aulas de forma que o tempo aumente gradativamentecom o crescimento do bebê, por exemplo, o Método Franco, 1985, onde se parte do 0 mês do bebê com a adaptação ao meio líquido, o individuo inicia com breves aulas de poucos segundos de estímulo, na banheiro, chegando ao período de maturação do bebe, a partir de 12 meses, com aulas de 20 a 30min. Navarro e Tarrago, 1980, iniciam aulas, com duas semanas de vida, a partir de 2 min., chegando a um período de 20 a 30 min. a partir dos 12 meses de idade.
A preocupação de fatores como atenção, concentração e repetições/ tempo, acontece para que o bebê venha aproveitar ao máximo seu tempo na água, despejando toda sua atenção e concentração aos estímulos acionados para uma maior absorção de movimentos. As repetições podem trazer cansaço aos bebês os desestimulando para as aulas. A manutenção do tempo deve sempre permitir que a criança deseje estar novamente na piscina, deixando um gostinho de “quero mais”. Existem academias que não seguem esse protocolo indicado, fazendo com que suas aulas tenham a duração de até 50 minutos.
PLANEJAMENTO DAS AULAS
A aula do bebê se divide em três fases:
Fase de adaptação: Adaptação ao meio líquido com a criança (entrada na água) e ao professor. 
- Essa fase é importante por ser o primeiro contato com o bebê em um mundo novo de sons, cores, pessoas e ambiente. O professor deve apresentar os bebês e seus acompanhantes para o grupo, afim de que eles se interajam, pois se estiverem bem adaptados não terão problemas no desenrolar das aulas.
- O ideal é colocar objetos na água para que chame a atenção das crianças, desse modo o professor vai se aproximando aos poucos sempre conversando, para que o bebê se acostume com sua voz. Sempre brincando e mostrando objetos coloridos e diferentes, o professor deve repetir aquilo que agrada ao bebê a fim de conquistá-lo. 
Fase desinibitória: Aula propriamente dita com exercícios.
- Nessa fase o professor irá proporcionar aos alunos por meio de músicas e brincadeiras lúdicas, o desenvolvimento do bebê no meio aquático ensinando-o a flutuar, se deslocar e se equilibrar.As músicas servem de estímulos para que ela mergulhe (na maioria das músicas quando o professor fala “tchibum").
Estimula a bater a perninha (ex: música do sapo que não lava o pé).
- O professor pode também e deve estimular a criança a fazer exercícios de sobrevivência aquática como forma evitar acidentes como já foi dito anteriormente.
Fase de prontidão: Volta à calma.
- Estimular o bebê a guardar os brinquedos, cantar músicas mais suaves e calmas para que o bebê se aquiete e saiba que está na hora de ir embora, claro, deixando o bebê com vontade de voltar e brincar novamente. 
MATERIAIS UTILIZADOS AO DECORRER DAS AULAS:
Colchão Macio; Bolas grandes, pequenas e coloridas; Objetos de formas e tamanhos variados que flutuam e afundam; Regadores; Baldes; Objetos de montar.
PISCINA, TEMPERATURA, ÁGUA, PH E CLORO
A profundidade ideal da piscina varia de 1m a 1m 20, para desenvolver um bom trabalho e com piso plano para evitar escorregões ou má postura durante a aula. 
A temperatura da água varia de acordo com a estação e o tempo. No verão entre 31°C e 32°C, no inverno entre 34° e 35°. A temperatura deve ficar bem próxima ao ambiente que ele estava na barriga da mãe e do seu banho, desse modo evitará lhe proporcionar um desprazer como frio, tremor, corpinho roxo, etc.
O cloro auxilia na desinfecção da água além do tratamento físico como limpeza e filtragem, sem este tratamento a piscina fica propícia a representar riscos de saúde. Desse modo variáveis produtos químicos são usados para o tratamento adequado.
Normalmente se mede o cloro e o Ph da água usando um medidor específico para isso. Se a água for muito ácida, pode causar irritações na pele dos alunos. Se a água for muito alcalina a ficará mais densa e propiciará problemas aos equipamentos de bombeamento. 
VALORES IDEAIS: 
Cloro – 2 a 4 PPM
Ph – 7,4 a 7,6
Pode-se usar para o tratamento da piscina tanto o cloro, como o ozônio ou salinização. Ambos têm seus pontos positivos e negativos, porém o cloro é mais usado na maioria das academias por ser mais em conta. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://piscinas.hidroall.com.br/tratamento
https://poolrescue.com.br/blog/cloro-salinizacao-ou-ozonio-qual-o-melhor-tratamento-para-piscina/
http://hipica.com.br/cms/uploads/5aa84bd8136c2_parametros-de-temperatura-ideal-para-a-pratica-de-natacao-e-exercicios-aquaticos.pdf
https://br.guiainfantil.com/materias/saude/ouvidoscomo-evitar-a-otite-em-criancas-na-piscina/
http://tudosobrenatacao.blogspot.com/2011/06/qual-idade-ideal-para-comecar-nadar.html
https://www.amamentareh.com.br/fisiologia-oral/
http://www.amaralnatacao.com.br/importancia-professor-de-natacao/
https://www.tuasaude.com/o-que-fazer-se-o-bebe-engasgar/
https://www.google.com.br/amp/s/www.tuasaude.com/manobra-de-heimlich/amp/
http://www.danonebaby.com.br/sem-categoria/natacao-para-bebes-beneficios-e-cuidados/
https://brasil.babycenter.com/a1500049/tem-problema-colocar-o-bebê-na-piscina
http://hdl.handle.net/11449/118832. 
http://www.cmcantanhede.pt/piscinas/img/pdf/Natacao_bebes.pdf.
DAIBERT, Joyce Barbosa Campos. Os benefícios da natação para bebês. 2008. 18 f. Trabalho de conclusão de curso (licenciatura - Educação física) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro, 2008. 
ZULIETTI, L.F.; SOUZA,i.L..A APRENDIZAGEM DA NATAÇÃO DO NASCIMENTO AOS 6 ANOS –FASES DE DESENVOLVIMENTO. Associação Esportiva São José, 2006.
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