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NATAÇÃO PARA BEBÊS Teoria e prática da natação Lucas Pereira de Almeida Leonel Bataglia Neto Rômulo Barroso Igor Freitas Aguiar Wallison Silva Junior Viana André Luiz Barbosa Ian Avelar Pontes INTRODUÇÃO Originalmente a natação foi propagada com o objetivo de atender as necessidades de sobrevivência do homem, onde o mesmo teve seu interesse aguçado em virtude de satisfazer suas necessidades básicas, que iam desde fugir dos inimigos através de rios e lagos, como alimentar- se. Na época da Grécia antiga, os romanos utilizavam a natação como de treinamento de seus soldados, já os índios no Brasil utilizavam como meio de transporte, lazer e assepsia. NATAÇÃO Saber nadar é fundamentalmente ser capaz de flutuar deslocar-se na água sem recursos a apoios fixos ou a meios auxiliares de sustentação. O aluno, ao iniciar sua adaptação ao meio líquido, passa por um conjunto de alterações, como: alterações de equilíbrio, visão, audição, respiração, sistema termorregulador e alterações proprioceptivas. A natação pode ser praticada por qualquer pessoa, desde que nasce até a velhice, com pouquíssimas restrições. É, portanto uma das atividades físicas mais abrangentes e tradicionais do ser humano, sendo vinculada para fins: competitivos, terapêuticos, segurança, recreativo, condicionamento ou simplesmente de relaxamento. A NATAÇÃO PARA BEBÊS Com o surgimento de várias academias e centros especializados no ensino da natação, começou-se a surgir classes específicas da natação para bebês. Desse modo, ao submetermos o bebê ao um longo tempo de experiências desenvolvidas na água, ajustaremos suas referências, de maneira que seu quadro motor se desenvolva no meio aquático e melhore suas respostas aos estímulos existentes. A natação enquanto atividade física sistematizada favorece a tomada de consciência do bebê em relação a si, ao meio, ao grupo e a sociedade, o que contribui para o desenvolvimento de todas as suas aptidões, pois o desenvolvimento na água ocorre de acordo com sua maturação, com o aprimoramento de seus reflexos e de sua coordenação. FLUTUAÇÃO Para que a flutuação do bebê ocorra é necessário que se mantenha o seu corpo em posição horizontal, com os membros superiores submersos e bem relaxados, porém alguns bebês sentem-se desconfortáveis nessa posição, onde a partir dos oito meses essa rejeição é maior. A flutuação e a respiração estão intimamente ligadas ao tônus muscular e, que por tanto, à efetividade e, em consequência, controlará melhor o seu equilíbrio levando a flutuação. Diz-se que o bebê está adaptado ao meio aquático, quando possui o domínio do corpo na água, com base nos princípios de equilíbrio, respiração, imersão, propulsão e salto. Qualquer bebê, salvo algum distúrbio, possui um atrativo natural pela água e, que o sentimento de medo ou insegurança apresentados na água, não raro, são reações que possivelmente a criança adquiriu fora da água, já que a mesma até um ano de vida desconhece o significado do perigo. FAIXA ETÁRIA Quando nos referimos à natação para bebês, devemos levar em consideração a seguinte pergunta: “qual a idade correta de se iniciar a natação?”. Não existe um consenso entre autores em qual seria a melhor idade para iniciar o bebê a natação, assim como ao seu término. As aulas de natação para bebês devem ter seu início aos três meses, pois é quando a criança consegue sustentar sua cabeça e terminar aos 36 meses, já outras fontes estabelecem o início para a atividade a partir dos seis meses, pois nessa idade a criança já estará com suas vacinas devidamente tomadas e seu término aos 36 meses. Sendo assim, apesar de não existir um consenso na literatura, parece que o início ocorrerá entre os 3 a 6 meses e o seu termino por volta dos 24 a 36 meses de idade. Essa faixa etária se justifica primeiramente em virtude de que antes de começar a frequentar as atividades aquáticas, o bebê deve aumentar de peso, em vista da probabilidade de apresentar um estado de hipotermia, uma vez que seu sistema termorregulador não está bem desenvolvido, segundo por que o sistema imunológico do recém nascido é bastante deficitário, sendo necessário algum tempo para que o mesmo se desenvolva, antes de frequentar um meio propenso a contratação de inúmeros problemas de saúde, como o de foro viro lógico, bacteriológicos ou micóticos. O fim dessa atividade nessa idade (36 meses) justifica-se por base do desenvolvimento motor da criança, ou seja, os programas devem- se adequar ao nível de desenvolvimento ontogenético que eles evidenciam. AS TÉCNICAS DE PEGA DO BEBÊ A natação para bebê não deve está unicamente relacionada à vigilância dos pais e sim, deve-se ensiná-los a manipular suas crianças, para as aulas serem mais estimulantes e prazerosas. Segundo Lima (2003), é através das mãos que os pais e professores recebem informações a respeito do bebê, como: nervosismo, tranquilidade, insegurança, perceber se o bebê está relaxado ou tenso durante a realização de determinado exercício. As mãos utilizadas inicialmente são as das mães, pois é em quem a criança tem completa confiança, então se deve explicar a importância das mãos como emissora de informações ou receptoras do estado do bebê, logo as mãos devem posicionar-se sempre de forma que o bebê mantenha o contato visual com o bebê, para assim, transmitir-lhe confiança. PEGAS Abaixo está o cronograma das diferentes pegas do bebê de acordo com a idade Primeiramente se pega o bebê na posição vertical com apoio na cervical; Posteriormente aos 3 meses, o apoio é vertical e a pega é nas axilas; Técnicas dorsais, com apoio da cabeça nos ombros, libertando assim as mãos dos pais; Apoio dorsal com dois apoios, onde o primeiro é na cabeça e o segundo na região lombar; Pega dorsal, horizontal ou vertical pelas axilas, nesse caso o bebê não visualiza os pais; Pega dorsal com apoio na cabeça, o que permite grande mobilidade da criança; Pega ventral, horizontal com dois apoios, com as duas mãos na axila; Pega ventral com um apoio, com a palma da mão no peito do bebê. A IMPORTÂNC IA DA PRESENÇA DOS PAIS É de suma importância a presença dos pais ou de algum familiar, devido ao afeto e segurança que possui com eles. A presença dos pais funciona como um elemento de segurança física da criança, já que dificilmente o professor conseguirá controlar o comportamento de inúmeras crianças, num ambiente tão propicio a acidentes. Além disso, os pais funcionaram como um agente intermediário que possibilitará a aproximação do professor com o bebê. BENEFÍCIOS DA NATAÇÃO PARA BEBÊS Essa atividade melhora a coordenação motora, proporcionando noções de espaço e tempo, prepara a criança psicológica e neurologicamente para o auto salvamento, aumenta o condicionamento cardiorrespiratório, estimula o apetite, além de tranquilizar o sono. Em virtude da perda da gravidade, a água proporciona ao bebê uma gama de variedades de novos movimentos, onde a criança ao entrar em contato com essa motricidade pode, por exemplo, vir a caminhar mais cedo, o que por sua vez levará a um melhor desenvolvimento neuro motor, uma vez que lhe foi proporcionado um maior número de sensações importantes. Outro benefício importante é o fortalecimento da inteligência emocional, que através de atividades específicas, proporciona uma aproximação entre todos os bebês, familiares e professores, o que é de extrema importância uma vez que o controle emocional é formado basicamente aos dois anos de idade.
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