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Antropologia e Epidemiologia da Nutrição Clínica e Alimentação para Coletividades. Universidade Municipal de São Caetano do Sul Professor William Malagutti 2014 Alimentação, sociedade e cultura O ALIMENTO: QUESTÃO UTILITÁRIA OU SIMBÓLICA HOMEM um caçador na sociedade tribal, um agricultor na sociedade camponesa, Um proletário na sociedade capitalista. Alimentação, sociedade e cultura Dessa forma, na sociedade tribal, um dos aspectos principais da produção é o alimento, obtido por meio de normas sociais, predominantes no trabalho cooperativo, enquanto na distribuição do produto o que predomina são as regras de reciprocidade. Por isso os índios guaiaquis (Clastres, 1978),que habitam áreas de florestas na América do Sul, não consomem o produto de sua caça sob pena de se tornarem panema, ou seja, azarados na caça. Cada membro dessa sociedade depende da carne obtida por outro caçador. Esse tabu, rigidamente obedecido, garante a reciprocidade entre as unidades familiares, reforçando a solidariedade do grupo e proporcionando alimentação para todos os seus membros. CLASTRES, P. A Sociedade contra o Estado. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978. Alimentação, sociedade e cultura CLASTRES, P. A Sociedade contra o Estado. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978. Alimentação, sociedade e cultura - Social Sociedade Camponesa ( produtores e consumidores são IGUAIS) . Realizar o plantio de Milho, arroz e feijão , Prover necessidades básicas da família – calorias, Fazer um fundo de manutenção ( sementes para próxima safra, alimentos dos animais), Necessidades culturais de cada grupo. Festas do padroeiro Quermesses Dízimo Casamentos Batizados Alimentação, sociedade e cultura -Social As relações de amizade na sociedade brasileira também são permeadas por uma troca de alimentos. Assim, conforme a região, o visitante, parente ou amigo será sempre recepcionado com um cafezinho, chá ou chimarrão, ou até mesmo um lanche completo. As relações de vizinhança também se caracterizam por troca de comidas e novas receitas. “No meio rural, quando se mata um porco, envia-se um pedaço a cada vizinho. Segundo a boa tradição de cortesia deve-se mandar a todos; na prática aos preferidos ou mais próximos” (Cândido, 1971). CÂNDIDO, A. Os Parceiros do Rio Bonito. 2.ed. São Paulo: Livraria Duas Cidades,1971. Alimentação, sociedade e cultura – Cultural As ocasiões fúnebres também são vivenciadas diferentemente pelos grupos sociais. Entre os kamaiurás, índios do Xingu, costuma-se acumular castanhas, peixes e outros alimentos com a finalidade de distribuí-los numa festa chamada Kuarup, uma homenagem que se faz aos mortos. Durante os guardamentos, em nossa sociedade, há sempre uma preocupação em providenciar alimentos aos parentes e amigos que vêm prestar sua última homenagem ao falecido. Entretanto, à medida que o enterro deixa de ocorrer no espaço doméstico e toma-se atividade empresarial, permanece apenas a distribuição do cafezinho às pessoas que velam o corpo. Alimentação, sociedade e cultura – Cultural Podemos lembrar ainda o caso dos macrobióticos, que defendem uma dieta alimentar baseada em cereais, legumes etc.; vegetarianos, que enfatizam a importância de certos alimentos para o equilíbrio físico e emocional do homem. Muitas vezes, esses grupos são adeptos do esoterismo, que preconiza para o exercício de elevação espiritual uma dieta alimentar específica Alimentação, sociedade e cultura - Religioso No terreiro de umbanda, a maioria dos rituais religiosos está ligada à oferta de alimentos. A obtenção de favores das entidades é retribuída com a ‘comida de santo’. Quem ainda não presenciou cenas de despacho em encruzilhadas ou nos cemitérios? Uma vela vermelha, galinha com farofa, uma garrafa com cachaça, charutos e moedas.. Dieta Macrobiótica - Vídeo Alimentação, sociedade e cultura – Saúde de grupos O bebê de família de baixa renda, cuja mãe não consegue amamentá-lo, nem obtém leite nos postos de saúde, acabará muito cedo recebendo alimentos que são entendidos como próprios para pessoas adultas, como arroz e/ou feijão. Segundo Woortmann (1978), em certas regiões(Piauí e Distrito Federal), a criança, nos primeiros meses, deve ser alimentada com leite, mas não com o de sua própria mãe, que é considerado ‘venenoso’. Assim, busca-se uma comadre que fica sendo ‘mãe-de-leite’.(Woortmann K, 1978). WOORTMANN, K Hábitos e ideologias alimentares em grupos sociais de baixa renda.Série Antropologia, 20. Brasília, 1978. (Mimeo.) Alimentação, sociedade e cultura – Saúde de grupos - crianças e adolescentes A sociedade recomenda às crianças e aos jovens uma alimentação à base de vitaminas e proteínas, com a finalidade de compensá-las pelo desgaste de energia. As crianças e os jovens, no entanto, têm suas próprias ideias a respeito do que é mais agradável comer: balas, sanduíches, chocolate, sorvete, refrigerantes etc. Existe, nesse sentido, um processo de socialização que procura mostrar a eles que tais alimentos podem ser gostosos, mas não nutritivos e podem ser prejudiciais: tiram o apetite, engordam, estragam os dentes. Entretanto, essas questões passam pelo poder aquisitivo dos segmentos sociais, e esse tipo de alimento, considerado não nutritivo, tem um espaço muito maior nas classes abastadas do que nas famílias de baixa renda. Antropologia e Nutrição : um diálogo possível Alimentação, sociedade e cultura – Saúde de grupos - Adultos Os adultos, por sua vez, já socializados dentro de certos padrões alimentares, vivem uma situação conflituosa entre comer aquilo que é apreciado em nossa cultura(feijoada, costela, linguiça, quindins, tortas, cerveja) e aquilo que é entendido como saudável. Sabemos que os alimentos gordurosos devem ser evitados não só para impedir doenças arterioscleróticas, mas também para atender a padrões estéticos que valorizam o corpo magro e atlético. Antropologia e Nutrição : um diálogo possível Alimentação, sociedade e cultura – Saúde de grupos - Idosos Os velhos também vivem uma contradição, pois aprenderam a apreciar e mesmo a preparar os alimentos, mas no estágio de vida em que se encontram apresentam problemas para digeri- los. Esses problemas se iniciam com a mastigação, uma vez que, em função da idade, seus dentes apresentam estado precário. Dependendo da classe social, podem fazer uso de regimes alimentares rigorosos, isto é, consumir alimentos bem cozidos, leite, verduras, frutas, carnes macias e tenras. Outros, entretanto, que não possuem uma condição material privilegiada, continuam na dieta alimentar que sempre tiveram, ou até mesmo com um teor nutritivo inferior, pois a aposentadoria reduz o poder aquisitivo do trabalhador. Antropologia e Nutrição : um diálogo possível Alimentação, sociedade e cultura Textos para reflexão : 1 – O hábito alimentar enquanto comportamento culturalmente produzido – Sandra Simone Morais Pacheco 2 – Cultura Alimentar : contribuições da Antropologia da alimentação – Vivian Braga 3 – Para uma Antropologia da Alimentação brasileira – Cláudia Lima Processo Saúde x Doença Processo Saúde x Doença Processo Saúde x Doença Fatores de Desequilíbrio Biológicos.Microrganismos, vermes, plantas venenosas ... Físicos. Luz, ruído, temperatura, radiação ... Químicos. Salinidade, pH ... Mecânicos. Traumas, queimaduras ... Sociais. Desemprego, educação, renda, saneamento Processo Saúde x Doença Fatores de Desequilíbrio Binômio Saúde e Doença Fatores sociais Fatores genéticos Fatores ecológicos Fatores políticos Fatores econômicos Fatores culturais Fatores educacionais Fatores ambientais Fatores psicológicos Fatores demograficos Fatores Individuais 1 – Características gerais Idade e sexo 2 – Características familiares Estado civil Idade dos pais Dimensão da família Posição na ordem de nascimento Privação de pais, um ou de ambos Morbidade familiar por causas específicas 3 – Características étnicas Raça Cultura Religião Lugar de nascimento Grupo étnico Fatores Individuais 4 – Nível Sócioeconômico Ocupação Renda pessoal, renda familiar ou renda familiar per capita Nível de instrução Tipo e zona de residência Sinais exteriores de riqueza 5- Ocorrências durante a vida intrauterina e ao nascer Idade materna ao nascer Número de fetos gestados único ou gêmeos Características e ocorrências durante o parto Condições físicas da mãe e ocorrências vividas por esta durante a gestação (incluir endógenas, acidentais e hábitos e atividades). Fatores Individuais 6 – Características endógenas Constituição física Resistência individual Estado fisiológico Estado nutricional Doenças intercorrentes Tipos de comportamento 5- Ocorrências acidentais Ocorrências estressantes Doenças sofridas : medicamentos eventualmente consumidos Acidentes sofridos. Fatores Individuais 8 – Hábitos e atividades Atividades ocupacionais Medicamentos usados com certa constância Uso/abuso de inseticidas domésticos e agrícolas Abuso de drogas permitidas ( fumo, álcool, medicamentos) Uso de drogas ilícitas Comportamento alimentar Atividade física Lazer. Fatores Demográficos • Crescimento populacional 70 milhões/ano, • Países subdesenvolvidos – aumento da urbanização, • Aglomeração de pessoas, vivendo em espaços reduzidos como consequência : • Transição demográfica – Idosos mais susceptíveis - Influenza • Saneamento inadequado, • Abastecimento de água precário, • Destino de resíduos sólidos inadequado, • Proliferação de fauna sinantrópicas – Zoonoses • Deslocamentos de pessoas – imigração e viajantes internacionais – H1N1 – jovens e gestantes • Doenças Emergentes e Reemergentes Ebola ,Antraz • Aumento de Dants – D. Agravos não Transmissíveis • Surgimento de Violência urbana, • Aumento de Transtornos mentais – Stress, Depressão etc... Fatores Políticos GUERRAS Emergência e reemergencia de doenças, Grandes deslocamentos populacionais , Refugiados vivendo em situação degradante. Ex: Zaire – 1994 50 mil refugiados da guerra de Ruanda morreram nos primeiros meses nos campos de refugiados de cólera e diarreia por Shigella Dysenteriae (CDC) CDC. Adressing emrging infectius diseases threats: a preventin strategy for United States: executive summary. MMWR ; recommentations and reports 1994;43(5);1-18. Fatores Sociais Empobrecimento do povo. Decadência urbana. Desemprego ( perda de emprego em massa) Aumento da criminalidade. Violência urbana. Insegurança. . Fatores Econômicos Facilidade de transportes, viagens e comércio internacionais – doenças Reemergencia da cólera na América do Sul , 1990 ( água de lastro de navios Ásia-Peru). Hantavirus – roedores do navio ( febre hemorrágica com síndrome renal e pulmonar). Áreas de ocupação agrícola Síndrome Pulmonar por Hantavírus em culturas de cana- de-açúcar – São Paulo e arroz no Maranhão. Produção de alimentos em escala industrial – surtos de DTAs ( atingir um número maior de pessoas em regiões geográficas mais distantes). . Fatores Ambientais • Projetos de engenharia. • Construção de represas. • Construção de rodovias. • Expansão de fronteiras. Reemergencia de doenças ( ITAIPU – Malária no sul do Brasil). Ocupação da fronteira oeste anos 1970 – migração de populações. Proximidade de seres humanos + animais aves e suínos na CHINA – vírus da gripe. Aquecimento global Catástrofes ambientais Binômio Saúde e Doença Texto para Reflexão... O CONCEITO DE SAÚDE E DO PROCESSO SAÚDE–DOENÇA Epidemiologia nutricional e impacto das doenças e agravos sobre a saúde e alimentação da população Epidemiologia Estudo dos determinantes do processo saúde doença em grupos populacionais. Ciência que estuda a distribuição e a frequência das doença/agravos nas comunidades. Investigação das causas (determinantes) e propõe metodologias de controle . (Fonte:Medronho, 2002) Epidemiologia Epidemiologia e Saúde Pública: Ferramenta usada para detecção de problemas pertinentes a saúde de uma população definida (fixa) ou uma população flutuante. Baseada nos fatores (variáveis) observados pelos investigadores Epidemiologia Perfil Epidemiológico Quem?- Grupos mais vulneráveis (idade, sexo, raça, escolaridade, estilo de vida, profissão, cultura, religião etc....) Onde? cluster espacial –características geográficas: rural x urbano; população difusa -espalhamento (migração e mobilidade) Epidemiologia Quando? -intervalo de tempo (estudo de seguimento); -ano cronológico ; estação do ano (tipicamente de inverno, epidemias de verão). Epidemiologia Variáveis atribuídas a pessoa (quem?): I-Sexo e Idade ◦ mulheres internam mais que os homens e o risco de morrer entre os homens é maior do que entre mulheres; ◦ nascem mais homens; ◦ perfil de mortalidade diferente segundo sexo; ◦ acidente à veiculo motor -homens 15 a 24 anos; ◦ prevalência de baixo peso ao nascer maior em faixas etárias extremas entre filhos de mãe com baixa escolaridade. Epidemiologia II- Religião identifica grupos na população com diferentes perfis de morbimortalidade. Temos como exemplo : * abstinência de fumo entre os mórmons (menor frequência de CA de pulmão em Utah-EUA); * circuncisão -judeus (judias com maior frequência de um tipo raro de câncer no cérvix ,judeus com menor frequência de câncer de próstata) Epidemiologia Distribuição das doenças no espaço (Onde?) Desenho de estudo ecológico onde a unidade de análise é uma fração do espaço (bairro, florestas, área rural, país, região, etc); Ex1.-Psicose maníaco-depressiva é menos frequente em áreas cujo solo é rico em sais de lítio (Dawson e tal, 1970). Epidemiologia Ex.2 -Bócio endêmico -doença da tireoide devido a escassez de iodo -falta de iodo no solo (alimentos e água). Epidemiologia - Mapeamento: Jonh Snow →epidemia de cólera, Londres em 1854 →associação espacial entre mortes por cólera e suprimento de água, mesmo sem conhecer seu agente etiológico Concentração de casos em áreas próximas a bomba d’água Broad Street Epidemiologia - Mapeamento:Epidemiologia Série Temporal (Quando?) ◦ um conjunto de observações ordenadas no tempo; ◦ desenho de estudo ecológico onde a unidade de análise é uma fração do tempo (hora, dia, semana, mês, ano etc); ◦ objetivos: descrição do comportamento, predição e controle; ◦ componentes: tendência; ciclos; sazonalidade ◦ componente aleatório (irregularidades). Epidemiologia Tendência análise das mudanças na frequência (incidência, mortalidade, etc.) de uma doença por um longo período de tempo, geralmente, décadas. Avaliação de impacto Epidemiologia Sazonalidade variação ocorre dentro de um período de um ano ex1-mortalidade por doenças cardiovasculares e doenças respiratórias: aumenta-inverno e diminui - verão, (KUNST et al, 1993; SAEZ et al., 1995); ex2-Picadas de cobra e escorpião -maior incidência nos períodos chuvosos (os animais saem mais de seus refúgios à procura de locais secos (PEREIRA, 1995); Epidemiologia ex3- diarréias infecciosas infantis guardam estreita relação com a etiologia e a forma predominante de transmissão: Protozoários e bactérias -transmissão fecal-oral (diarréia de verão); vírus -predominante de transmissão respiratória (diarréia de inverno).( ROBINS-BOWNE, 1984). epidemiologia da diarréia por rotavírus semelhante a epidemiologia do sarampo ex4- dengue no verão Epidemiologia Ciclicidade: Picos na freqüência de uma doença ocorridos em um período maior que um ano ex. sarampo -ciclos bienais (antes das campanhas de vacinação): acúmulo de suscetíveis. Irregularidades: Alterações aleatórias da frequência da doença ou inesperadas (não explicadas pelas demais componentes da série histórica). Epidemiologia A epidemiologia se preocupa em quantificar as frequências com que os problemas de saúde ocorrem; Indicadores de saúde são usados para esse fim. Dois indicadores importantes seriam: prevalência e incidência. Relação prevalência x incidência Quanto maior a incidência de uma doença, maior tende a ser sua prevalência. Exceções: picos epidêmicos, como a dengue, que podem não ser detectados em estudos de prevalência; Doenças de longa duração podem apresentar alta prevalência e baixa incidência. Ex.: hipertensão (muitas pessoas doentes por longos períodos, porém com relativamente poucos casos novos). (fonte www.vetorial.net.br autor: Domingues MR.) Taxa de Incidência Expressão da frequência com que surgem novos casos de uma doença, ou problema de saúde, por unidade de tempo, e com relação ao tamanho de uma determinada população. O cálculo da taxa é a razão entre o número de casos novos, e o total de pessoas-tempo, matematicamente TI = Casos novos / Pessoas-tempo Exercícios: Epidemiologia Tipos de Epidemias: Nas epidemias de doenças transmissíveis de acordo com o período de incubação das doenças e a quantidade de indivíduos suscetíveis podemos abordar a ocorrência de casos sob duas metodologias. Epidemiologia Epidemia Explosiva (ou por fonte comum): Aumento do número de casos em um curto período (geralmente compatível ao tempo de incubação da doença). Ex: Doenças de veiculação hídrica ou alimentar. Epidemiologia Alguns exemplos descritos na literatura biomédica: Epidemia de febre tifóide em Nova Iguaçu (RJ) em 1980: 108 casos , sendo 89 (82%) ocorreram em um período de seis semanas – rede de água contaminada por coliformes fecais- Epidemia de gastroenterite na Barragem de Itaparica (BA): em 42 dias ocorreram 2000 casos e 88 óbitos – proliferação de cianobactérias - Epidemiologia Epidemias progressivas: Ocorre um aumento gradativo do número de casos. Fonte não é única sendo representada por exposições sucessivas. Epidemiologia As enfermidades de contato direto evoluem geralmente dessa forma na comunidade. Porém algumas doenças que tem mais de uma forma de transmissão podem mostrar um perfil tanto explosivo como progressivo, Ex: gastroenterites de contato inter-humano ou de veiculação hídrica ou a hepatite A que pode ser transmitida de ambas as formas. Epidemiologia Epidemias sazonais Essa denominação é dada para observar a frequência de ocorrência dentro de um período inferior a um ano. Epidemiologia RUBÉOLA:DISTRIBUIÇÃO DO Nº DE CASOS CONFIRMADOS ( LAB./VÍNC.) E COEFICIENTE DE INCIDÊNCIA(100.000 hab.) , E.S.P., 1992 A 2001. 0,67 1,65 2,39 3,05 0,42 1,87 1,15 1,21 7,06 1,15 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 Nº D E CA SO S 0 1 2 3 4 5 6 7 8 C. Inc . Nº CASOS C.Inc. FONTE: SVE/D.D.T.R.(1992-97) SINAN+ IAL (1998-01) 15/08/01 Epidemiologia Epidemiologia Epidemiologia das Doenças Transmissíveis Epidemiologia As doenças infecciosas tiveram uma mudança relativa nos últimos anos (transição epidemiológica). Diminuição no quadro de mortalidade (passam de primeira causa – Década de 60-; para quarta causa – atualmente-) Melhorias nas condições sanitárias e desenvolvimento de políticas preventistas- SUS. Epidemiologia SOURCE: WORLD HEALTH STATISTICS 2006 1) DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO – 27,5%; 2) NEOPLASIAS (TUMORES) – 12,7%; 3) CAUSAS EXTERNAS – 12,5%; 4) DOENÇAS DO APARELHO RESPIRATÓRIO – 9,3%; 5) DOENÇAS ENDÓCRINAS, NUTRICIONAIS E METABÓLICAS – 5,0%; 6) DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS – 4,7%; 7) DOENÇAS DO APARELHO DIGESTIVO – 4,5%; 8) ALGUMAS AFECÇÕES DO PERÍODO PERINATAL – 3,9%; 9) DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO – 1,2%; E 10) MÁS-FORMAÇÕES CONGÊNITAS – 1,0%. Epidemiologia Causas da M.I no Brasil - Total neonatal deaths : Neonatal causes 38 %, HIV/AIDS 1% Diarrheal diseases 12%, Malaria 1% Pneumonia 13 % Injuries 3%, Others 33 % Epidemiologia Desenvolvimentos de vacinas mais eficientes e adesão as campanhas vacinais Vacinação estratégica de acordo com o perfil epidemiológico da população (doenças mais prevalentes, idade de risco, condições de risco...) Vacinação de RNs : Hepatite B e BCG nas maternidades (implicam diminuições de casos novos no futuro). Epidemiologia Problemas persistentes: Prevalência de Enteroparasitoses em escolares; Emergência de doenças : SARS, Gripe Aviária,H1N1, algumas arboviroses: Vírus Saint Louis, Encefalomielite Venezuelana, Encefalite Eqüina do Oeste e do Leste, Febre do Nilo, Encefalite Japonesa, Ebola, Rotavírus, Influenza, Vírus Marbug,Antraz. Outros problemas emergentes...... Doenças de transmissão alimentar Tuberculose multirresistente Novos perfis de resistência em bactérias. Agentes do Bioterrrorismo. Outro problemas emergentes.... Doenças de transmissão alimentar. Tuberculose multirresistente. Novos perfis de resistência em bactérias. Agentes de bioterrorismo Tipos de Indicadores em Saúde: 1. Demográficos. 2. Socioeconômicos. 3. Mortalidade. 4. Morbidade e fatores de risco. 5. Recursos. 6. Cobertura. Indicadores de Saúde 1 – Demográficos Exemplos: • População total, • Razão de sexos, • Proporção de idosos, •Grau de urbanização. Indicadores de Saúde 2 – Socioeconômicos Exemplos: • Taxa de analfabetismo. • Proporção de pobres. • Níveis de escolaridade. • Taxa de desemprego. • Taxa de trabalho infantil. Indicadores de Saúde 3- Mortalidade Exemplos: • Taxa de mortalidade infantil. • Taxa de mortalidade por causa específica. • Taxa de mortalidade por causas externas. • Taxa de mortalidade por acidentes de trabalho. Indicadores de Saúde 4- Morbidade e fatores de risco Exemplos: • Incidência de febre amarela. • Taxa de incidência de doenças relacionadas ao trabalho. • Prevalência de pacientes em diálise (SUS). • Proporção de nascidos vivos por idade materna. Indicadores de Saúde 5- Recursos Exemplos: • Número de leitos por habitante. • Gasto médio por atendimento ambulatorial. • Gasto público com saúde, como proporção do PIB. • Gasto federal com saneamento. Indicadores de Saúde 6- Cobertura Exemplos: • Proporção de partos cesáreos. • Número de consultas médicas SUS por habitante. • Coberta de planos e seguros privados de saúde suplementar. • Cobertura vacinal no primeiro ano de vida. Indicadores de Saúde Os coeficientes mais utilizados na área da saúde baseiam-se em dados sobre doenças (morbidade) e sobre eventos vitais (nascimentos e mortes). Epidemiologia Nutricional • RAMO DA CIÊNCIA QUE ESTUDA INDIVÍDUOS OU POPULAÇÕES COM BASE CIENTÍFICA, EXPLICANDO A OCORRÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO DE DOENÇAS E SUA RELAÇÃO COM AS DIETAS. • DISTÚRBIOS NUTRICIONAIS NÃO OCORREM AO ACASO . • A DISTRIBUIÇÃO DESIGUAL DE FATORES QUE SE DISTRIBUEM DESIGUALMENTE NA POPULAÇÃO. • O CONHECIMENTO DOS FATORES DETERMINANTES DESTES DISTÚRBIOS PERMITE A APLICAÇÃO DE MEDIDAS PREVENTIVAS E CURATIVAS A ALVOS IDENTIFICADOS COM AUMENTO EM EFICÁCIA DE INTERVENÇÕES. Prevalência de anemia em crianças de 0 a 59 meses segundo Região - PNDS, 2006. Região Norte 10,5% Região Nordeste 25,5% Região Centro-Oeste 11,0% Região Sudeste 22,6% Região Sul 21,5% Normal Leve Moderado Grave Fonte: Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher 2006. WHO. Iron Deficiency Anaemia Assessment, Prevention and Control. A guide manangers programme. 2001; WHO. Indicators for assessing Vitamin A Deficiency andtheir application in monitoring and evaluating intervention programas. WHO/NUT/96.10.1996 Epidemiologia Nutricional Prevalência de hipovitaminose A em crianças segundo Região - PNDS, 2006. Leve Moderado Região Norte 10,7% Fonte: Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher 2006. WHO. Iron Deficiency Anaemia Assessment, Prevention and Control. A guide manangers programme. 2001; WHO. Indicators for assessing Vitamin A Deficiency andtheir application in monitoring and evaluating intervention programas. WHO/NUT/96.10.1996 Região Nordeste 19,0% Região Centro- Oeste 11,8% Região Sudeste 21,6% Região Sul 9,9% Grave Epidemiologia Nutricional Prevalência de anemia em mulheres em idade fértil segundo Região - PNDS, 2006. Normal Leve Moderado Grave Região Norte 19,3% Região Nordeste 39,1% Região Centro- Oeste 20,1% Região Sudeste 28,5% Região Sul 24,8 Fonte: Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher 2006. WHO. Iron Deficiency Anaemia Assessment, Prevention and Control. A guide manangers programme. 2001; WHO. Indicators for assessing Vitamin A Deficiency andtheir application in monitoring and evaluating intervention programas. WHO/NUT/96.10.1996 Epidemiologia Nutricional Distribuição do baixo peso por idade entre crianças menores de 5 anos com acompanhamento registrado no SISVAN, Regiões. Brasil, 2003 2008 Distribuição da baixa estatura por idade entre crianças menores de 5 anos com acompanhamento registrado no SISVAN, Regiões. Brasil, 2003 – 2008- Distribuição do peso elevado por estatura entre crianças menores de 10 anos com acompanhamento registrado no SISVAN, Regiões. Brasil, 2003 - 2008 Transição Nutricional - Participação relativa de grupos de alimentos no total de calorias da aquisição alimentar domiciliar 19,09 13,36 8,13 4,85 1,15 14,71 10,29 5,68 3,34 0,18 Arroz Açúcar Feijões Raízes e tubérculos Ovos 1974-1975 1987-1988 1995-1996 2002-2003 Transição Nutricional - Tendência secular do excesso de peso no Brasil 18,6 29,5 41 1975 1989 2003 HOMENS 2,2x 28,6 40,7 39,2 43 1975 1989 2003 2006 MULHERES 1,5x Fonte:Monteiro,2005; PNDS, 2006
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