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DIARRÉIA E CONSTIPAÇÃO Profa Adriana Lima DIARRÉIA Profa Adriana Lima Diarréia É o aumento da frequência, geralmente acima de 3 vezes/dia, de eliminação de fezes semipastosas ou líquidas, sendo acompanhada por perda excessiva de líquidos e eletrólitos, principalmente sódio e potássio(CUPPARI,2019); Presença de pelo menos 3 ou mais episódios de evacuações líquidas por dia, por pelo menos 2 dias consecutivos; Volume diário > de 500ml de fezes por 2 dias consecutivos; Presença de urgência, desconforto perianal e incontinência; DIARRÉIAS AGUDAS Definição: ✓Iniciam repentinamente e usualmente duram menos de 3 semanas; ✓Causadas por medicamentos, agentes infecciosos ou toxina bacteriana. DIARRÉIAS : CLASSIFICAÇÃO DIARRÉIA AGUDA CARACTERÍSTICAS CAUSAS INFLAMATÓRIA (10% dos casos) Fezes de pequeno volume, sanguinolentas com presença de pus e muco que indicam presença de patógeno e febre. Acompanhada de distensão e cólicas abdominais intensas náuseas e/ou vômitos. Ex.: E colli enterohemorrágica, Shigella, Salmonella, Campilobacter DIARRÉIA NÃO INFLAMATÓRIA (90% dos casos) Fezes aquosas e volumosas, sem sangue , e indica dano tecidual do cólon por invasão de um organismo ou toxina. Virais em 60% dos casos seguidos por bacterias enterovasivas. Ex.: E colli enterotoxigênica e Bacillus cereus Classificação e etiologia da DIARRÉIA CRÔNICA Tipo de Diarréia Etiologia Osmótica Presença de solutos osmoticamente ativos no intestino, inadequadamente absorvidos (por exemplo, na deficiência de lactase) Secretória Ocorre secreção ativa de eletrólitos e água pelo epitélio intestinal (por exemplo por exotoxinas bacterianas ou por vírus) Exsudativa Associada a lesões de mucosa, que levam à eliminação de muco, sangue e proteínas plasmáticas (por ex.: colite ulcerativa, enterite por radiação) Contato mucoso limitado Condições em que há exposição inadequada do quimo no epitélio intestinal (por exemplo Síndrome do Intestino Curto) TERAPIA NUTRICIONAL DA DIARRÉIA ❑ Objetivo: Controle das evacuações e melhora da flora intestinal. Com a presença da diarréia a flora intestinal fica abalada. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS Ofertar de líquidos e eletrólitos suficiente para repor as perdas: água de coco é rica em potássio e bebidas isotônicas podem ser usadas; Evitar o leite e seus derivados porque o nível de lactase nos enterócitos se encontra diminuído e pode haver intolerância; Evitar frutas laxativas como mamão, abacate, ameixa, laranja, kiwi, caqui e manga; Preferir maçã, banana maçã, goiaba e suco de limão; Evitar os grãos de feijão, preferir somente o caldo; Consumir legumes sem casca e sementes; Ofertar fontes de fibras solúveis: é importante para auxiliar no controle do trânsito intestinal pela viscosidade que proporciona, bem como pela possibilidade de produção de AGCC, importantes para a integridade e recuperação da mucosa intestinal; Evitar alimentos de fonte de fibras insolúveis pois aceleram o trânsito intestinal ainda mais; CONSTIPAÇÃO Profa Adriana Lima CONSTIPAÇÃO É UMA ALTERAÇÃO DO TRÂNSITO INTESTINAL, MAIS ESPECIFICAMENTE DO INTESTINO GROSSO, CARACTERIZADA POR DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE EVACUAÇÕES COM FEZES ENDURECIDAS E ESFORÇO À DEFECAÇÃO. CAUSAS: ▪ Hábitos alimentares ▪ Uso de medicamentos; ▪ Sedentarismo; ▪ Doenças do Intestino Grosso, neuropatias, câncer intestinal, hemorróidas etc... CONSTIPAÇÃO ocorrência de qualquer uma das seguintes manifestações, independentemente do intervalo entre as evacuações: eliminação de fezes duras, na forma de cíbalos, seixos ou cilíndricas com rachaduras, dificuldade ou dor para evacuar, eliminação esporádica de fezes muito calibrosas que entopem o vaso sanitário ou frequência de evacuações inferior a 3 por semana, exceto as crianças em aleitamento natural. Hyams J, Colletti R, Morais MB et al. Functional Gastrointestinal Disorders. In: World Congress Pediatr Gastroenterol, Hepatol & Nutr 2000 (Boston, USA) Report of the Working Group, 83-94 ESCALA DE BRISTOL ESCALA DE BRISTOL IMPORTÂNCIA DAS FIBRAS ALIMENTARES NA CONSTIPAÇÃO TIPOS DE CARBOIDRATOS/FONTES EFEITOS FISIOLÓGICOS FIBRAS SOLÚVEIS Pectina (maçã, casca de frutas cítricas, morango); gomas (aveia, leguminosas secas); Hemiceluloses (Psyllium) Retardam o esvaziamento gástrico e diminuem a taxa de absorção de carboidratos; Ligam-se aos ácidos biliares, retardando ou reduzindo a absorção de lipídios; Aumentam o volume e a maciez das fezes Pectina (maçã, casca de frutas cítricas, morango); gomas (aveia, leguminosas secas); Hemiceluloses (Psyllium) Formam soluções viscosas e têm a capacidade de reter moléculas orgânicas e cátions metálicos FOS (alho, cebola, banana, tomate, alcachofra, alimentos produzidos a partir de inulina) São fermentados no cólon e produzem ácidos graxos de cadeia curta (acetato, propionato e butirato) Efeito prebiótico FIBRAS INSOLÚVEIS Celulose (farinha de trigo integral, feijões, ervilha, maçã, farelo, repolho, raízes vegetais); Hemiceluloses tipo B (farelo, cereais, soja, grãos integrais); Lignina (vegetais maduros, trigo) Não são preferencialmente fermentadas Aceleram o trânsito intestinal e podem reduzir a constipação intestinal Aumentam o volume e a maciez das fezes Características Prebiótico Probiótico Definição Ingrediente não digerível dos alimentos que estimula seletivamente o crescimento ou a atividade de uma ou de pequeno número de bactérias nos cólons, com ação benéfica para o hospedeiro. Microrganismo viável (resiste à acidez gástrica) presente no alimento, que tem efeito benéfico para a saúde do hospedeiro Critérios de seleção Não ser hidrolisado nem absorvido no trato gastrintestinal Linhagem pertencente à flora bacteriana Substrato seletivo para um ou limitado número de bactérias benéficas nos cólons Seguro para uso humano Contribuir para a alteração da microbiota, tornando-a saudável Estável ao ácido gástrico e à bile Induzir efeitos luminais ou sistêmicos benéficos para o hospedeiro Durabilidade durante armazenamento Capacidade de aderência na mucosa intestinal e de produzir efeitos benéficos Exemplos FOS (fruto-oligossacarídeos) Lactobacillus casei GOS (galacto-oligossacarídeos) Bifidobacterium bifidum Oligossacarídeos da soja Modificações do comportamento Ter um tempo pra ir ao banheiro sem pressa após as refeições. Diário da frequência das evacuações. O acompanhamento deve ser frequente. Orientações aos pacientes A constipação intestinal deve ser tratada. Recondicionamento do hábito intestinal normal: estimular o paciente a permanecer sentado no vaso sanitário por 5 a 10 minutos após as principais refeições. Estimular atividade física. Aumentar a ingestão de água Slide 1: DIARRÉIA E CONSTIPAÇÃO Slide 2: DIARRÉIA Slide 3: Diarréia Slide 4: DIARRÉIAS AGUDAS Slide 5: DIARRÉIAS : CLASSIFICAÇÃO Slide 6: Classificação e etiologia da DIARRÉIA CRÔNICA Slide 7: TERAPIA NUTRICIONAL DA DIARRÉIA Slide 8: RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS Slide 9: CONSTIPAÇÃO Slide 10: CONSTIPAÇÃO Slide 11: CONSTIPAÇÃO Slide 12: ESCALA DE BRISTOL Slide 13: ESCALA DE BRISTOL Slide 14: IMPORTÂNCIA DAS FIBRAS ALIMENTARES NA CONSTIPAÇÃO Slide 15 Slide 16 Slide 17: Modificações do comportamento Slide 18: Orientações aos pacientes
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