Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Cruzeiro do Sul Resenha: Epistemologias do Sul São Paulo, 2.018. Universidade Cruzeiro do Sul Resenha: Epistemologias do Sul Nome: Pollyanna R. G. Dias RGM: 19972865 Curso: Direito Turma: 1°A/manhã Matéria: Filosofia Geral e Filosofia do Direito Professor: Ivan Durães Epistemologias do Sul A Epistemologia é reflexão geral em torno da natureza, etapas e limites do conhecimento humano, conjunto de estudo dos postulados, conclusões e métodos dos diferentes ramos do saber científico descritas em suas trajetórias evolutivas, seus paradigmas estruturais ou suas relações com a sociedade e a história. As Epistemologias do Sul são uma intervenção na filosofia e na política do conhecimento que visa ampliar os processos pelos quais se cria e prática o conhecimento, para viver em sociedade e para transformar de uma maneira que todos tenham uma vida digna e decente entre si e com a natureza. Portanto as Epistemologias do Sul são uma iniciativa ou uma intervenção epistemológica para criar e partilhar conhecimento. As Epistemologias do Sul são uma intervenção na filosofia e na política do conhecimento que visa ampliar os processos pelos quais se cria e prática o conhecimento, com objetivo político e com política de que é fundamentalmente validar/ credibilizar os conhecimentos que favorecem as lutas daqueles que sofrem as injustiças, portanto, a epistemologia do sul seria uma tentativa de incrementar o conhecimento dos oprimidos, excluídos, explorados em sociedade, não representando uma ruptura com o conhecimento existente mas partem dele para a conquista de uma outra realidade e alcançar um outro formato de conhecimento. A epistemologia do sul não tem objetivo intelectual, tem objetivo político e essa política é fundamentalmente validar/ credibilizar os conhecimentos que favorecem as lutas daqueles que sofrem as injustiças do capitalismo, colonialismo e patriarcado, portanto, a epistemologia do sul seria uma tentativa de incrementar o conhecimento dos oprimidos, excluídos, explorados em sociedade. Parte-se do pressuposto que há na sociedade conhecimentos vários e diversos, os conhecimentos válidos pelas ciências e particularmente pelas ciências sociais são conhecimentos que não favorecem a emancipação e a libertação dos oprimidos/ excluídos/dominados. As ciências sociais e a história são normalmente conhecimento de vencedores contado por vencedores das lutas sociais. Partindo-se do pressuposto que na sociedade há conhecimentos diversos, em geral as ciências validam os conhecimentos que não favorecem a “libertação” dos oprimidos, pois estes conhecimento provêm dos próprios opressores, isto é,uma história de vencedores e contada por vencedores de lutas sociais. Portanto, as epistemologias são uma contravenção que não se sabe sequer se é possível, são aposta utópicas. Utopia - epistemológica, política, cultural Da complexidade das relações indivíduo e conhecimento, a epistemologia é quase utópica, no sentido de serem na dimensão epistemológica, política e cultural contravenções. A economia capitalista e a ciência a seu serviço tinham por tendência e objetivo separar a economia da sociedade, extirpar a economia da sociedade e fazer dela um campo autônomo do saber e do poder, que teria a sua dinâmica própria e que sujeitaria a sociedade - e por consequência a cultura e política - a si própria de tal maneira que os danos que causasse na sociedade nunca poderiam ser reparados plenamente. Porque se fosse reparados plenamente, essa economia colapsaria, essa economia por natureza não pode reparar todos os danos que cria e exatamente para não fazer que ela se transforma em externalidade tudo aquilo que não está em sua lógica de mercadorização progressiva da vida. Mercadorização progressiva da vida, desde o que foi produzido como mercadoria ao que não foi produzido de maneira industrial ou manual como mercadoria mas é considerado como tal - recursos naturais, recursos humanos e o próprio dinheiro - as falsas mercadoria. O dinheiro é mecanismo de troca, mas com o passar do tempo torna-se uma falsa mercadoria. Com essa tendência a economia poderia levar a uma destruição se não fosse regulada política, culturalmente como sempre acontecia no passado. A tendência e objetivo do sistema capitalista é destacar a economia da sociedade tendo como consequência uma progressiva mercadorização da vida ao transformar a economia em um ramo autônomo cuja a dinâmica tornaria a sociedade submissa à ela exatamente para que os danos causados a economia na sociedade não pudessem ser reparados integralmente pois essa reparação levaria ao colapso. As epistemologias não são uma ruptura com o conhecimento existente mas partem dele para a conquista de uma outra realidade e alcançar um outro conhecimento. Uma visão radical do contexto do tempo presente, crer em uma epistemologia que radicalmente possa dar outra visão do mundo e da vida, tirando do tormento da concentração de riqueza, da destruição ambiental, da guerra interna e da sub humanidade sendo criada. O sistema de humanidade capitalista não pode existir sem o sistema desumanidade capitalista, isto é, grupos mais ou menos significativos de pessoas, grupos sociais sejam considerados subumanos e tratados como tal. O sistema tem uma armadura política atraente com virtualidades até mesmo progressistas - a ciência - e essas virtualidades criam o liberalismo moderno de um estado moderno que organiza a sociedade, economia e política. Armadura explícita e implícita Explícita - assenta fundamental em 4 princípios progressivamente impostos. 1. Democracia - restringida e potencialmente ampliada 2. Direito 3. Direitos Humanos 4. Direito à Propriedade Individual Implícita O direito à propriedade individual sobrepõe a todos os outros. A lei primária da ordem capitalista liberal é a lei primária da ordem capitalista liberal. O Direito à Propriedade Individual está abaixo da Democracia, do DIreito e dos DIreitos Humanos mas que não deixa de maneira de nenhuma ser questionada exatamente por eles. Porque à essa superioridade do Direito de Propriedade à uma aparente equidistância, equilíbrio e horizontalidade deles, porque não se dita o sistema, não se dita que tudo está ao serviço do próprio desenvolvimento capitalista No Estado Moderno criado pelo Liberalismo Moderno, embora explicitamente haja a fundamentação em quatro princípios - a democracia, o Direito, os direitos humanos e o direito à propriedade individual - implicitamente se o Direito à propriedade individualse sobressai à estes por não se permitir ser questionado por elas em nome de um progresso e desenvolvimento econômico. A lógica do sistema é prometer um progressivo, ilimitado, linear progresso e desenvolvimento de economia capitalista, basicamente, basicamente a ideia que sobretudo está o progresso que faz com que haja um equilíbrio entre a Democracia, Direito e Direitos Humanos. onde observar o desequilíbrio? - O direito a propriedade individual é o único que terá aplicação universal/ global, nas sociedades metropolitanas e nas sociedades coloniais (dos colonizadores, não dos povos que dispunham das terras) O direito de propriedade individual está na matrix/ raiz da linha abre sai que desde o princípio da modernidade ocidental define as sociedades metropolitanas e as sociedades coloniais, de tal maneira que tudo que ocorre nas sociedades coloniais não é relevante e não pode contradizer nenhum caso - por mais diferente que seja - a realidade, os princípios que estão e vigoram do lado metropolitano da linha. Os princípios, as ideias e as normas são criados de maneira universal embora só vigoram na sociedade metropolitana portanto não podem ser contraditórios de maneira nenhuma pelas sociedades coloniais. É possível notar o desequilíbrio em relação aos fundamentos do Estado Moderno quando o direito que único e global quanto à sua aplicação tanto nas sociedades metropolitanas quanto na sociedade colonizada, é o direito à propriedade individual. Esse desequilíbrio entre fundamentos aplicados à uma sociedade metropolitana e à uma sociedade colonial tem por uma das suas consequências as chamadas rupturas do conhecimento, que é uma dominação massacrante de conhecimento através de uma epistemologia colonizadora. Das consequências da grande fatura do conhecimento: Uma delas é a crise da distinção entre esquerda e direita, das opções políticas e do fim da ideologia, o conhecimento neoliberal não cria alternativa e não há alternativa: a dificuldade de diferenciar a esquerda da direita é real em grande medida e advém de que no Séc. XX, grande parte da esquerda passou a aceitar o não dito da teoria neoliberal de que a prioridade é o direito à propriedade individual e todas elas ao serviço do desenvolvimento capitalista, para o progresso e desenvolvimento mesmo que com exploração sem limite de forças produtivas, recursos naturais, natureza. Da incapacidade de ver o não dito, separar-se do não dito da teoria liberal que repercute em uma situação de populismo autoritário que horas diz que não há esquerda nem direita, horas diz que não deveria haver para o desenvolvimento. Das consequências da ruptura do conhecimento, pode-se destacar a dificuldade na distinção entre ideologias políticas de esquerda e direita, a principal causa dessa dificuldade se advém da incapacidade da esquerda do Séc. XX de identificar e separar-se do implícito/ não dito da teoria liberal, dessa forma sem notar acabou por priorizar o direito à propriedade individual em nome do progresso e desenvolvimento em detrimento das forças produtivas e recursos naturais. A características sacrificiais, sacrifica-se algo de valor para garantir algo de “maior” valor, os fins são orientados pelo valor universal/ incondicional e os meios não contam. Guerra para tornar possível à paz. Invadem-se países para libertá-las. Destroem-se as Democracias para construir a democracia. Violam direitos humanos para supostamente o defender. Ao caracterizar o Direito à Propriedade como universal, entende-se ele como incondicional de maneira que se o fim é orientado por esse valor universal, os meios não contam e podem contradizê-lo se é para alcançá-lo, ainda que sacrificiais, isto é, sacrificando algo de valor em prol desse maior valor, o fim. Graças ao anseio pelo fim, fazem-se guerras em nome da paz e violam-se direitos humanos para supostamente defende-los. Enquanto o fundamento do atual Estado atual é essa contradição entre meio e fim, a Utopia do tempo atual é consonância entre meio e fim., Se para o Estado atual busca-se a democracia violando o preceito democrático a Utopia seria que tendo a democracia como fim, só se poderia alcançá-la através dos meios democráticos. nas relações que se estabelecem entre o sujeito indagativo e o objeto inerte, as duas polaridades tradicionais do processo cognitivo; teoria do conhecimento. inventariando as diversas raízes que organizaram e ainda sustentam as bases do conhecimento ocidental como culturalmente homogêneo, vem instigando a comunidade científica a debater sobre a eficácia da ciência na construção da realidade imediata das pessoas normais. Por mais que haja pessoas que lutem contra essa ideia de universalidade de fins, as suas lutas não visíveis e generalizáveis, pois há um dispositivo de bloqueio que impede que essa pessoas sejam mais conhecidas ou mais creditadas essas pessoas são locais, pacíficas consideradas gente que não parece a pena. Parece muito difícil organizar uma alternativa para este contexto cognitivo que tem muita coisa do totalitarismo ao se apresentar como único método do conhecimento Em plena democracia, o totalitarismo gota a gota, medidas despóticas: exigível que um défice orçamental seja aquele e não outro que um banco seja salvo invés de serem salvas as famílias que obrigada que haja um corte nas pensões sem democracia, sem consentimento mas em plena democracia, em plena constituição, em plena legalidade. O totalitarismo gota-a-gota só é possível pois há um totalitarismo cognitivo e epistemológico que justifica tudo. É também possível observar essa inconveniência entre meios e fins na submissão do “dito” pelo Estado Moderno através do que “não é dito” ocorre de maneira imperceptível, a democracia não “morre” de maneira instantânea, as instituições democráticas são subvertidas de maneira gradual e legal pelas vias democráticas através de um totalitarismo “gota-a-gota” onde em “plena” democracia através medidas despóticas que relativizam direitos sociais em prol da propriedade individual, o totalitarismo gota-a-gota só é possível pois há um totalitarismo cognitivo e epistemológico que o justifica. A utopia de nosso tempo é que não pode haver descoincidência entre meios e fins.Consonância total entre meios e fins. Isto é, se se quer paz deve se ter como meio a paz, se se quer democracia tem que ser por meios democráticos, se se quer direitos humanos tem que ser provido através de fundamentos dos direitos humanos, se busca-se libertação deve-se libertar os povos e não invadi-los. A utopia aparece como a possibilidade histórica real mas embrionária de que é possível ampliar a liberdade, a solidariedade e a igualdade. Em um mundo essencialmente sacrificial, o conhecimento e as formas políticas modernas comoinstrumento para manutenção e ampliação da liberdade, solidariedade e igualdade torna-se utópico. O conhecimento moderno e as formas políticas modernas para atingir os valores da liberdade, igualdade e solidariedade não realizam, mas sacrificam porque se vive num mundo sacrificial. O conhecimento atual parte da ideia de que transformação da sociedade é necessária mas justifica os seus meios Portanto, a alternativa para a problemática desse Estado Moderno é necessário desenvolver um pensamento alternativo, as Epistemologias do Sul surgem como proposta da descolonização do pensamento através do resgate de modelos epistemológicos que foram desconsiderados pela hegemonia da ciência moderna. Este processo de descolonização do pensamento e do conhecimento para a retomada de uma consciência pluralista e propositiva, ambiente que tornaria possível rumo a uma sociedade mais humana e sensível. O conhecimento atual parte da ideia de que transformação da sociedade é necessária masn justifica os seus meio a sociedade quer alternativa para a problemática desse Estado Moderno é necessário desenvolver um pensamento alternativo, isso nesse tempo é utópico pois se vive um tempo em que essa alternativa não parece ser possível ou necessária. Brasil Numa sociedade com tamanha desigualdade social, o direito tenta ser um instrumento de opressão à serviço das classes soberanas, é preciso indulgência e organização para o direito seja posto a serviço das classes populares e da legalidade que defende e legitima as suas aspirações. A democracia representativa está a ser esvaziada pelo capitalismo e pelo fascismo social. Nenhuma conquista democrática é agressiva. O neoliberalismo disciplinar está a destruir qualquer alternativa ao atual modelo de concentração de riqueza e destruição ambiental, utilizando-se da democracia, ao direito e dos meios de comunicação social/mídia. Na América Latina está disposta a eliminar todos os governos progressistas que chegaram ao poder última década. O imperialismo norte-americano volta a colaborar ativamente num golpe anti-democrático no Brasil, através dos grupos de Direita pela CIA, irmãos Cok e pelas Organizações Evangélicas Norte-Americanas,o sinal de sua presença é agressividade dos termos, que transforma o melhor presidente da história do Brasil num mero bandido à ser abatido por qualquer esquadrão da morte jurídica/ política. Bibliografia FERREIRA, Thiago Xavier. Indícios de um pensamento em construção. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/rascunhos/article/viewFile/37486/21297>. Acesso em: 20 de nov. 2018. GOMES, Fulvio de Moraes. As epistemologias do Sul de Boaventura de Sousa Santos: por um resgate do sul global. Revista Páginas de Filosofia, v. 4, n. 2, p. 39-54, jul./dez. 2012. LEVITSKY, Steven. ZIBLATT, Daniel. Como as Democracias Morrem. Rio de Janeiro: Zahar, 2018. MONEDERA, Juan. Curso Urgente de Política para Gente Decente. Rio de Janeiro: Contracorrente, 2018. SANTOS, Boaventura. Epistemologias do Sul: Desafios Teóricos e Metodológicos. Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=q75xWUBI8aY. Acesso em: 10 de nov. de 2018. SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula. Epistemologias do Sul. São Paulo; Editora Cortez. 2010.
Compartilhar