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LEI DOS CRIMES HEDIONDOS

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LEI DOS CRIMES HEDIONDOS (LEI Nº 8.072/90) 
(Doutrina, Jurisprudência e exercícios de fixação) 
VALDINEI CORDEIRO COIMBRA 
Mestrando em Direito Penal Internacional pela Universidad de Granada-Espanha 
Especialista em Direito Penal e Processual Penal pelo ICAT/UNIDF 
Especialista em Gestão Policial Judiciária – APC/Fortium 
Coordenador do www.conteudojuridico.com.br 
Chefe da Assessoria Jurídica do Varjão - DF 
Delegado de Polícia Civil do Distrito Federal 
Ex-analista judiciário do TJDF 
Ex-agente de polícia civil do DF 
Ex-agente penitenciário do DF 
 Ex-policial militar do DF 
vcoimbr@yahoo.com.br 
 
 
 
TEXTO CONSTITUCIONAL 
 
CF Art. 5º, inc. XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e 
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes 
hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, 
podendo evitá-los, se omitirem; 
Classificação das infrações penais: 
a) Infrações de lesividade insignificante: atipicidade; 
b) Infrações de ínfimo potencial ofensivo (infrações sui generis) – art. 
28 da Lei n. 11.343/2006. 
c) Infrações de menor potencial ofensivo: Lei nº 9.099/95, pena até 2 
anos e todas as contravenções penais (conciliação, transação e 
suspensão do processo) 
d) Infrações de médio potencial ofensivo: superior a 2 anos, sem 
violência ou grave ameaça à pessoa (normalmente será possível a 
substituição do art. 44, do CP). Pode-se incluir algumas com pena 
mínima de inferior ou igual a 1 ano, que comporta suspensão do 
processo do art. 89 da Lei n. 9099/95 (ex. estelionato pena de 1 a cinco 
anos, art. 171 do CP). Além disso, vale mencionar que a Lei n. 
12.403/2011, alterou o CPP, dispondo que crimes com pena máxima até 
04 anos de prisão cabe a aplicação da fiança na esfera policial, pelo 
Delegado de Polícia (art. 322 CPP). 
e) Infrações de grande potencial ofensivo: crimes graves, normalmente 
com violência ou grave ameaça à pessoa, e que não são definidos como 
hediondos ou equiparados. (roubo, homicídio simples). 
f) Infrações hediondas: Lei nº 8,072/90. Fernando Capez ensina três 
sistemas em relação à hediondez dos crimes: legal (a lei é define os 
crimes hediondos), judicial (o juiz é que decidirá pela hediondez do 
delito) e o misto (a lei prevê, mas deixa ao juiz a discricionariedade em 
definir). O Brasil adotou o legal. 
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LEI Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990. 
 
 
Dispõe sobre os crimes hediondos, nos 
termos do art. 5º, inciso XLIII, da 
Constituição Federal, e determina outras 
providências. 
Redação original da Lei: 
Art. 1º São considerados hediondos os crimes de latrocínio (art. 157, § 3º, in 
fine), extorsão qualificada pela morte, (art. 158, § 2º), extorsão mediante 
seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º), estupro 
(art. 213, caput e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único), 
atentado violento ao pudor (art. 214 e sua combinação com o art. 223, caput e 
parágrafo único), epidemia com resultado morte (art. 267, § 1º), 
envenenamento de água potável ou de substância alimentícia ou medicinal, 
qualificado pela morte (art. 270, combinado com o art. 285), todos do Código 
Penal (Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940), e de genocídio (arts. 
1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956), tentados ou 
consumados. 
*** Muitos concursos ainda cobram o crime de envenenamento de água 
potável como hediondo. Preste atenção. Este crime não foi reproduzido 
na lista do artigo 1º na alteração desta lei. 
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos 
tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código 
Penal, consumados ou tentados: 
• O ROL de crimes previsto neste artigo é TAXATIVO. 
• Os crimes militares não são alcançados pela Lei nº 8.072/90. 
• A tortura, o tráfico de drogas e o terrorismo, não são crimes 
hediondos, pois não estão elencados no art. 1º, entretanto são 
equiparados, por força do art. 2º desta Lei. 
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de 
extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado 
(art. 121, § 2o, I, II, III, IV e V); 
1) homicídio simples pode ser hediondo !!! somente se praticado em 
atividade típica de grupo de extermínio (2 ou mais pessoas # do art. 
288 do CP). Ex.: massacre do vigário geral. 
2) Atividade típica de grupo de extermínio não está no rol de quesitos 
do Tribunal do Júri (art. 483, CPP) 
3) Homicídio qualificado (apenas qualificado) sempre será hediondo. 
4) Homicídio privilegiado (e o privilegiado-qualificado) nunca será 
hediondo. Natureza subjetiva prepondera. Ex: pai mata estuprador da 
filha por asfixia. 
STJ - HABEAS CORPUS. DIREITO PENAL. HOMICÍDIO QUALIFICADO-
PRIVILEGIADO. PROGRESSÃO DE REGIME. POSSIBILIDADE. 1. O 
homicídio qualificado-privilegiado não é crime hediondo, não se lhe aplicando 
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norma que estabelece o regime fechado para o integral cumprimento da pena 
privativa de liberdade (Lei nº 8.072/90, artigos 1º e 2º, parágrafo 1º). 2. Ordem 
concedida. (HC 43043/MG, Rel. Ministro HAMILTON CARVALHIDO, SEXTA 
TURMA, julgado em 18/08/2005, DJ 06/02/2006 p. 352) 
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); 
• Subtração + Morte - Somente o roubo seguido de morte. 
• STF - SÚMULA Nº 610 - Há crime de latrocínio, quando o homicídio 
se consuma, ainda que não realize o agente a subtração de bens 
da vítima. 
Segundo Capez: 
• Subtração + morte tentada = Latrocínio tentado => art. 157 §3º, 2º 
parte, c/c art. 14, II, todos do CP. 
• Subtração tentada + morte tentada = Latrocínio tentado => art. 
157 §3º, 2º parte, c/c art. 14, II, todos do CP. 
• Súmula 603 do STF: a competência para o processo e julgamento 
de latrocínio é do juiz singular e não do tribunal do júri. 
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); 
CP - Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e 
com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a 
fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa: 
 Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
 § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego 
de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade. 
 § 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º 
do artigo anterior. 
 § 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e 
essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena 
é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão 
corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, 
respectivamente. (Incluído pela Lei nº 11.923, de 2009) 
 
Seqüestro relâmpago seguido de morte (art. 158, § 3º, CP) É 
hediondo???. 
 
Guilherme de Souza Nucci já se manifestou, lecionando que o descuido do 
legislador não permite considerar o "sequestro relâmpago" como crime 
hediondo, em nenhuma de suas formas. O novo delito do sequestro relâmpago, 
com resultado lesão grave ou morte da vítima, tem penas compatíveis com a 
gravidade do fato, mas não ingressa no contexto da Lei 8.072 /90." (Manual de 
Direito Penal, 5.ed, São Paulo: RT, 2009). 
 
Luiz Flávio Gomes e Rogério Sanches, entendem que é o sequestro relâmpago 
com resultado morte é hediondo: 
Disse o legislador (na lei dos crimes hediondos , art. 1º - Lei 
8.072/1990) que a extorsão com morte é crime hediondo. Ora, 
não importa a forma de execução do delito (com privação ou 
sem privação ou restrição da liberdade da vítima). Toda 
extorsão com morte (por vontade do legislador) é crime 
hediondo. O § 3º do art. 158 apenas detalhou uma forma de 
execução do delito (com privação ou restrição da liberdade da 
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vítima). O que vale para a extorsão (simples) com morte, vale 
também para a extorsão (específica) com morte. Note-se: em 
nada se alterou o substractum do delito (do injusto penal). O 
conteúdo do injusto é o mesmo. 
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e 
§§ lo, 2o e 3o); 
Cuidado: geralmente se faz confusão com os tipos seqüestro e cárcere 
privado (art 148), extorsão (art. 158) e extorsão mediante seqüestro (art. 
159) 
 
Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer 
vantagem, como condição ou preço do resgate: 
 Pena - reclusão, de oito a quinze anos. 
§ 1º Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é menor 
de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou 
quadrilha. (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 Pena - reclusão, de doze a vinte anos. 
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: 
 Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. 
§ 3º - Se resulta a morte: 
 Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. 
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, 
de 2009) 
V - estupro (art. 213 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo 
único); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 6.9.1994) 
VI - atentado violento ao pudor (art. 214 e sua combinação com o art. 223, 
caput e parágrafo único); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 6.9.1994) 
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção 
carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: (Redação 
dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. 
§ 1º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 
18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. 
§ 2º Se da conduta resulta morte: 
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos 
A alteração da redação do art. 213 do CP, acaba com discussão que havia 
quanto a questão do concurso entre o crime de estupro e atentado violento ao 
pudor, ou seja, antes havia discussão se seria crime continuado ou concurso 
material de crimes, prevalecia esta última. 
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); (Redação 
dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Estupro de vulnerável (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com 
menor de 14 (catorze) anos: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. 
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§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput 
com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o 
necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer 
outra causa, não pode oferecer resistência. 
§ 2o (VETADO) 
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: 
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. 
 § 4o Se da conduta resulta morte: 
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. 
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). 
Art. 267 - Causar epidemia, mediante a propagação de germes 
patogênicos: 
 Pena - reclusão, de dez a quinze anos. (Redação dada pela Lei nº 
8.072, de 25.7.1990) 
 § 1º - Se do fato resulta morte, a pena é aplicada em dobro. 
 § 2º - No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a dois anos, 
ou, se resulta morte, de dois a quatro anos. 
Basta que ocorra a morte de uma só pessoa para que se caracterize crime 
hediondo. Crime preterdoloso (dolo no caput e culpa no § 1º ) 
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto 
destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e 
§ 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998). 
(Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 20.8.1998) 
Art. 273 - Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto 
destinado a fins terapêuticos ou medicinais: (Redação dada pela 
Lei nº 9.677, de 2.7.1998) 
 Pena - reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e multa. 
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem importa, vende, expõe à 
venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, 
distribui ou entrega a consumo o produto falsificado, corrompido, 
adulterado ou alterado. 
§ 1º-A - Incluem-se entre os produtos a que se refere este artigo 
os medicamentos, as matérias-primas, os insumos farmacêuticos, 
os cosméticos (relacionado à beleza), os saneantes (desinfecção, 
higienização) e os de uso em diagnóstico. 
§ 1º-B - Está sujeito às penas deste artigo quem pratica as ações 
previstas no § 1º em relação a produtos em qualquer das 
seguintes condições: 
 I - sem registro, quando exigível, no órgão de vigilância 
sanitária competente; 
 II - em desacordo com a fórmula constante do registro 
previsto no inciso anterior; 
 III - sem as características de identidade e qualidade 
admitidas para a sua comercialização; 
 IV - com redução de seu valor terapêutico ou de sua 
atividade; 
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 V - de procedência ignorada; 
 VI - adquiridos de estabelecimento sem licença da autoridade 
sanitária competente. 
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio 
previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956, 
tentado ou consumado. 
O crime de genocídio É hediondo (Lei nº 2.889/56), na modalidade 
tentada e consumada. 
 
Art. 1º Quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, 
grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal: 
a) matar membros do grupo; (**** julgado no tribunal do 
júri !!!!!) 
b) causar lesão grave à integridade física ou mental de 
membros do grupo; 
c) submeter intencionalmente o grupo a condições de 
existência capazes de ocasionar-lhe a destruição física 
total ou parcial; 
d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no 
seio do grupo; 
e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo 
para outro grupo; 
Será punido: 
Com as penas do art. 121, § 2º, do Código Penal, no caso 
da letra “a”; 
Com as penas do art. 129, § 2º, no caso da letra “b”; 
Com as penas do art. 270, no caso da letra “c”; 
Com as penas do art. 125, no caso da letra “d”; 
Com as penas do art. 148, no caso da letra “e”; (norma 
penal incompleta !!! Diferente de norma penal em 
branco. Neste caso o preceito primário está completo e 
o secundário remete para outro artigo ou legislação) 
Art. 2º Associarem-se mais de 3 (três) pessoas para prática dos 
crimes mencionados no artigo anterior: 
Pena: Metade da cominada aos crimes ali previstos. 
Art. 3º Incitar, direta e publicamente alguém a cometer qualquer 
dos crimes de que trata o art. 1º: 
Pena: Metade das penas ali cominadas. 
§ 1º A pena pelo crime de incitação será a mesma de crime 
incitado, se este se consumar. 
§ 2º A pena será aumentada de 1/3 (um terço), quando a 
incitação for cometida pela imprensa. 
 
O crime de genocídio previsto no art. 208 do CPM não é hediondo. 
 
Quando se tratade crime de genocídio, deve-se atentar para o art. 
109, V-A, da Constituição Federal, que autoriza o Procurador-Geral da 
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República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações 
decorrentes de tratados internacionais de DH, suscitar perante o STJ, em 
qualquer fase do inquérito ou processo, o INCIDENTE DE DESLOCAMENTO 
DE COMPETÊNCIA para a Justiça Federal. (existe duas ADIns: AMB e 
ANAMAGES). 
Além disso, o § 4º do art. 5º da CF, que estabelece “O Brasil se 
submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha 
manifestado adesão”. Instituição permanente (Estatuto de Roma) 17/07/1998, 
aprovado pelo Decreto 112/2002. Jurisdição Internacional é Residual. Os 
crimes elencados no Estatuto de Roma são imprescritíveis, dentre eles o 
genocídio. 
 
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: 
Tortura (9.455/97), tráfico ilícito de entorpecentes (Lei nº 
11.343/06) e terrorismo não são hediondos, mas são 
EQUIPARADOS a hediondo. 
Terrorismo (art. 20, da Lei n. 7.170/83). Há divergência, alguns 
entendem que não existe tipificação do crime de terrorismo. 
I - anistia, graça e indulto; 
CF - XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis 
de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como 
crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os 
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; 
 
O constituinte ao utilizar a palavra “graça” o fez de forma 
genérica, o entendimento majoritário é que “graça” compreende 
indulto coletivo e indulto individual (graça). No art. 84, inc. XII 
utilizou a expressão indulto, abrangendo a graça (indulto 
individual). Além disso, a Constituição não proíbe que norma 
infraconstitucional estabeleça vedações à concessão de indulto. 
 
A anistia, a graça e o indulto são causas de extinção de 
punibilidade previstas no art. 109 do Código Penal. 
 
Anistia: É lei penal de efeito retroativo que retira as 
conseqüências de alguns crimes já praticados, promovendo o seu 
esquecimento jurídico. Refere-se a fatos e não a pessoas, e por 
isso, atinge todos que tenham praticado delitos de certa natureza. 
Pode ocorrer antes ou depois da sentença penal condenatória 
(anistia própria ou imprópria). 
 É lei Federal, de competência exclusiva (não delegável) da União 
(CF, art. 21, XVII) e privativa do Congresso Nacional (art. 48, VIII 
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da CF), com sanção do Presidente da República. Retira todos os 
efeitos penais, principais e secundários, mas não os efeitos 
extrapenais. Dessa forma, mesmo com a concessão da anistia, a 
sentença penal condenatória poderá ser executada no cível. Se 
ocorrer a anistia, o réu não será considerado reincidente caso 
cometa um novo delito. 
 
Graça é um benefício individual concedido mediante provocação 
da parte interessada, enquanto o indulto é de caráter coletivo e 
concedido espontaneamente. Ambos os institutos são concedidos 
pelo Presidente da República (art. 84, XII da CF), que poderão ser 
delegados aos ministros de Estado ou ao Procurador-geral da 
República e Advogado-Geral da União (Art. 84, par. único., CF). 
Só ocorrem na fase da execução penal. 
 
STF - EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. 
DECRETO FEDERAL. INDULTO. LIMITES. CONDENADOS PELOS 
CRIMES PREVISTOS NO INCISO XLIII DO ARTIGO 5º DA 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE. INTERPRETAÇÃO 
CONFORME. REFERENDO DE MEDIDA LIMINAR DEFERIDA. 1. A 
concessão de indulto aos condenados a penas privativas de liberdade 
insere-se no exercício do poder discricionário do Presidente da 
República, limitado à vedação prevista no inciso XLIII do artigo 5º da 
Carta da República. A outorga do benefício, precedido das cautelas 
devidas, não pode ser obstado por hipotética alegação de ameaça à 
segurança social, que tem como parâmetro simplesmente o montante 
da pena aplicada. 2. Revela-se inconstitucional a possibilidade de que 
o indulto seja concedido aos condenados por crimes hediondos, de 
tortura, terrorismo ou tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, 
independentemente do lapso temporal da condenação. Interpretação 
conforme a Constituição dada ao § 2º do artigo 7º do Decreto 4495/02 
para fixar os limites de sua aplicação, assegurando-se legitimidade à 
indulgencia principis. Referendada a cautelar deferida pelo Ministro 
Vice-Presidente no período de férias forenses. (ADI 2795 MC, 
Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA, Tribunal Pleno, julgado em 
08/05/2003, DJ 20-06-2003 PP-00056 EMENT VOL-02115-22 PP-
04558 JBC n. 49, 2004, p. 87-90) 
 
STF - COMUTAÇÃO DA PENA - NATUREZA. A comutação da pena 
está alcançada pelo gênero "graça", revelando-se verdadeiro indulto 
parcial. COMUTAÇÃO DA PENA - CRIME HEDIONDO. Consoante 
dispõe o inciso XLIII do artigo 5º da Constituição Federal, os crimes 
definidos como hediondos não são alcançados pela graça, notando-se 
a vedação legal no inciso I do artigo 2º da Lei nº 8.072/90. Mostra-se 
harmônico com o arcabouço normativo Decreto presidencial - nº 3.226, 
de 29 de outubro de 1999 - que a exclui.(HC 85921, Relator(a): Min. 
MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 29/06/2005, DJ 19-08-
2005 PP-00047 EMENT VOL-02201-3 PP-00497 RTJ VOL-00201-03 
PP-01017) 
II - fiança. (Redação dada pela Lei nº 11.464, 28 de março de 2007) 
 II - fiança e liberdade provisória. 
§ 1º A pena por crime previsto neste artigo será cumprida integralmente em 
regime fechado. 
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§ 2º Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se 
o réu poderá apelar em liberdade. 
§ 3º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei nº 7.960, de 21 de 
dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de trinta 
dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada 
necessidade. 
**** Obs: Cabe relaxamento por excesso de prazo 
A Lei na sua redação original previa a vedação à fiança e a liberdade 
provisória. Para alguns a alteração excluindo a vedação da liberdade provisória 
foi mera adequação da norma, pois entende que a vedação da fiança, 
automaticamente, está vedada a liberdade provisória, o que justificaria a 
manutenção da Sumula 697 do STF: “a proibição da liberdade provisória nos 
processo pro crimes hediondos não veda o relaxamento de prisão processual 
por excesso de prazo. 
No entanto o CPP fala em Liberdade Provisória com ou sem fiança, 
conforme segue: 
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL – LIBERDADE PROVISÓRIA COM OU SEM FIANÇA 
 
Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão 
preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, 
as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e observados os 
critérios constantes do art. 282 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de 
infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) 
anos. 
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que 
decidirá em 48 (quarenta e oito) horas. 
Art. 323. Não será concedida fiança: 
I - nos crimes de racismo; 
II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, 
terrorismo e nos definidos como crimes hediondos; 
III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a 
ordem constitucional e o Estado Democrático; 
Art. 324. Nãoserá, igualmente, concedida fiança: 
I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente 
concedida ou infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se 
referem os arts. 327 e 328 deste Código; 
II - em caso de prisão civil ou militar; 
IV - quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão 
preventiva (art. 312). 
Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade que a conceder nos 
seguintes limites: 
I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar de infração cuja 
pena privativa de liberdade, no grau máximo, não for superior a 4 (quatro) 
anos; 
II - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o máximo da pena 
privativa de liberdade cominada for superior a 4 (quatro) anos. 
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§ 1o Se assim recomendar a situação econômica do preso, a fiança poderá 
ser: 
I - dispensada, na forma do art. 350 deste Código; 
II - reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços); 
III - aumentada em até 1.000 (mil) vezes. 
 Art. 326. Para determinar o valor da fiança, a autoridade terá em 
consideração a natureza da infração, as condições pessoais de fortuna e vida 
pregressa do acusado, as circunstâncias indicativas de sua periculosidade, 
bem como a importância provável das custas do processo, até final julgamento. 
 
JURISPRUDÊNCIA DO STF 
STF. I – Tendo o paciente permanecido preso durante toda a instrução 
criminal, não se justifica soltá-lo, agora, com a prolação de sentença penal 
condenatória. II – Presentes os requisitos autorizadores da prisão cautelar, 
elencados no art. 312 do Código de Processo Penal, em especial para garantia 
da ordem pública, considerados a grande quantidade de droga apreendida 
(166kg de cocaína), bem como o modus operandi e aparelhamento dos 
elementos envolvidos nos crimes, os quais, segundo o juízo sentenciante, são 
de gravidade concreta. III – A vedação à liberdade provisória para o delito de 
tráfico de drogas advém da própria Constituição Federal, a qual prevê a 
inafiançabilidade (art. 5º, XLIII), e do art. 44 da Lei 11.343/2006. IV – Ordem 
denegada. (HC 107430, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira 
Turma, julgado em 10/05/2011, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-108 DIVULG 
06-06-2011 PUBLIC 07-06-2011) 
STF - [...] 2. Esta Corte tem adotado orientação segundo a qual há proibição 
legal para a concessão da liberdade provisória em favor dos sujeitos ativos do 
crime de tráfico ilícito de drogas (art. 44, da Lei n 11.343/06), o que, por si só, é 
fundamento para o indeferimento do requerimento de liberdade provisória. 
Cuida-se de norma especial em relação àquela contida no art. 310, parágrafo 
único, do CPP, em consonância com o disposto no art. 5 , XLIII, da 
Constituição da República. 3. O próprio juiz de primeiro grau reconheceu que a 
manutenção da prisão cautelar do paciente era necessária para garantia da 
ordem pública, nos termos do art. 312 do CPP. 4. Ante o exposto, não conheço 
do habeas corpus. (HC 95671, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda 
Turma, julgado em 03/03/2009, DJe-053 DIVULG 19-03-2009 PUBLIC 20-03-
2009 EMENT VOL-02353-03 PP-00478) 
§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente 
em regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 11.464, 28 de março de 2007) 
Não se aplica a regra do art. 33 e seguintes do CP. Assim, 
qualquer que seja o quantum a pena, o regime prisional será 
sempre o FECHADO. 
 
STF - HC 92997 / SP - SÃO PAULO Relator(a): Min. ELLEN GRACIE 
Julgamento: 24/06/2008 Órgão Julgador: Segunda Turma 
DIREITO PENAL. HABEAS CORPUS. CRIME HEDIONDO. REGIME 
FECHADO. IMPOSSIBILIDADE DO REGIME INICIAL SEMI-ABERTO. 
DENEGAÇÃO. [...]. 2. A pretensão do paciente esbarra na literalidade da 
norma legal - seja na redação original, seja na redação atual -, eis que as 
penas privativas de liberdade aplicadas para os agentes que cometeram crimes 
hediondos ou equiparados terão obrigatoriamente que ser cumpridas em 
regime inicialmente fechado. [...] 4. A regra do art. 33, § 2°, b, do Código Penal, 
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não se aplica às hipóteses de condenação por práticas relacionadas aos 
crimes hediondos ou a eles equiparados. 5. Ordem denegada. 
 § 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes 
previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) 
da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se 
reincidente. (Redação dada pela Lei nº 11.464, 28 de março de 2007) 
EMENTA: PENAL. PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. 
PROGRESSÃO DE REGIME. LEI 11.464/07. IRRETROATIVIDADE DE LEI 
PENAL MAIS GRAVOSA. CONTAGEM DE PRAZO PARA O BENEFÍCIO. 
ART. 112 DA LEP. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. I - Em matéria de 
progressão de regime em delito considerado como hediondo, cometido 
anteriormente à entrada em vigor da Lei 11.464/07, deve prevalecer o 
entendimento da inconstitucionalidade do então vigente art. 2º, § 1º, da Lei 
8.072/90, conforme precedente desta Corte. II - Para evitar-se a retroatividade 
da lei mais gravosa, o prazo a ser considerado é o do art. 112, original da LEP. 
III - Determinação ao Juízo da Vara das Execuções para que aprecie a 
possibilidade de concessão da progressão pleiteada, à vista dos requisitos 
objetivos e subjetivos. IV - Ordem concedida de ofício. (HC 93669, Relator(a): 
Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, julgado em 22/04/2008, 
DJe-088 DIVULG 15-05-2008 PUBLIC 16-05-2008 EMENT VOL-02319-05 PP-
00923) 
 
STF - Súmula Vinculante nº 26 - para efeito de progressão de regime no 
cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução 
observará a inconstitucionalidade do art. 2o da lei n. 8.072, de 25 de julho de 
1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos 
objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo 
fundamentado, a realização de exame criminológico. 
 
STJ - Súmula: 471 - Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados 
cometidos antes da vigência da Lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no 
art. 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de 
regime prisional. 
 
PODE HAVER SUBSTITUIÇÃO POR RESTRITIVA DE DIREITOS 
(crimes hediondos e delitos assemelhados) !!!! 
 
O STJ tem se posicionado pelo cabimento da substituição da pena corporal em 
restritiva de direitos no caso de condenado por tráfico ilícito de substância 
entorpecente (HC 118.098-RS, DJe 9/12/2008, HC 128.256-SP, DJe 
26/10/2009 e HC 120.353-SP, DJe 9/2/2010). No mesmo sentido o STF, no 
HC 97.256/RS, posicionou-se para conceder parcialmente a ordem e declarar 
incidentalmente a inconstitucionalidade da expressão “vedada a conversão em 
penas restritivas de direitos”, constante do § 4º, do art. 33, da Lei 11.343/2006, 
e da expressão “vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos”, 
contida no também aludido art. 44, do mesmo diploma legal. (HC 97256, 
Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em 01/09/2010, DJe-
247 DIVULG 15-12-2010 PUBLIC 16-12-2010 EMENT VOL-02452-01 PP-
00113 RT v. 100, n. 909, 2011, p. 279-333) 
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§ 3o Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá 
fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade. (Redação dada 
pela Lei nº 11.464, de 2007) 
PRISÃO PREVENTIVA - EXCEÇÃO. Consubstanciando a prisão preventiva 
exceção ao princípio da não-culpabilidade, deve-se reservá-la a casos 
extremos, presente o disposto no artigo 312 do Código de Processo Penal. 
PRISÃO PREVENTIVA - GRAVIDADE DA IMPUTAÇÃO. A gravidade daimputação, consideradas as qualificadoras do tipo penal, não serve à prisão 
preventiva, havendo de ser elucidada na sentença relativa à culpa. PRISÃO 
PREVENTIVA - CRIME HEDIONDO - AFASTAMENTO. Se a própria lei prevê 
que, em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se 
o réu poderá apelar em liberdade, forçoso é concluir que o enquadramento do 
crime como hediondo não revela, por si só, base para a prisão preventiva. (HC 
92299, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 
24/06/2008, DJe-177 DIVULG 18-09-2008 PUBLIC 19-09-2008 EMENT VOL-
02333-02 PP-00303) 
 
STJ - RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PROCESSUAL 
PENAL. TRÁFICO DE ENTORPECENTES. PRISÃO EM FLAGRANTE. 
CONDENAÇÃO. NEGATIVA DO DIREITO DE APELAR EM LIBERDADE. 
RÉU QUE PERMANECEU PRESO DURANTE TODA A INSTRUÇÃO 
CRIMINAL. EFEITO DA CONDENAÇÃO. 1. Na linha do entendimento firmado 
pelo Supremo Tribunal Federal, a vedação contida no artigo 2.º, inciso II, da Lei 
n.º 8.072/90 é constitucional e suficiente, por si só, para impedir a concessão 
da liberdade provisória ao réu preso em flagrante e condenado por crime 
hediondo. 2. Acrescente-se, ainda, que em relação ao crime de tráfico ilícito de 
entorpecentes existe expressa vedação legal à concessão do benefício (artigo 
44 da Lei n.º 11.343/06), o que é suficiente para negar ao Paciente o direito à 
liberdade provisória. 3. A despeito do princípio da presunção de inocência, não 
tem direito de recorrer em liberdade o acusado que permaneceu 
justificadamente preso durante toda a instrução criminal. 4. Recurso 
desprovido. (RHC 23319/MG, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, 
julgado em 12/08/2008, DJe 08/09/2008) 
§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de 
dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 
(trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e 
comprovada necessidade. (Incluído pela Lei nº 11.464, de 2007) 
Art. 1° Caberá prisão temporária: 
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; 
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer 
elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade; 
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova 
admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado 
nos seguintes crimes: 
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); 
b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
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e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 
3°); 
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e 
parágrafo único); 
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com 
o art. 223, caput, e parágrafo único); 
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e 
parágrafo único); 
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); 
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou 
medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 
285); 
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; 
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 
1956), em qualquer de sua formas típicas; 
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 
1976); 
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 
1986). 
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da 
representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério 
Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período 
em caso de extrema e comprovada necessidade. 
Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de segurança máxima, 
destinados ao cumprimento de penas impostas a condenados de alta 
periculosidade, cuja permanência em presídios estaduais ponha em risco a 
ordem ou incolumidade pública. 
Art. 4º (VETADO) 
Art. 5º Ao art. 83 do Código Penal é acrescido o seguinte inciso: 
"Art. 83. .............................................................. 
V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime 
hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, 
se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza." 
Art. 6º Os arts. 157, § 3º; 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º; 213; 214; 223, caput 
e seu parágrafo único; 267, caput e 270; caput, todos do Código Penal, passam 
a vigorar com a seguinte redação: 
Art. 7º Ao art. 159 (extorsão mediante seqüestro) do Código Penal fica 
acrescido o seguinte parágrafo: 
 
§ 4º Se o crime é cometido por quadrilha ou bando, o co-autor que denunciá-lo 
à autoridade, facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua pena reduzida de 
um a dois terços." (ver comentários ao parágrafo único do próximo artigo) 
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Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do 
Código Penal, quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, 
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo. 
Código Penal: 
Art. 288 - Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou 
bando, para o fim de cometer crimes: 
Pena - reclusão, de um a três anos. 
Parágrafo único - A pena aplica-se em dobro, se a quadrilha ou 
bando é armado. 
Lei 2.889/56 - Genocídio: 
Art. 2º Associarem-se mais de 3 (três) pessoas para prática dos 
crimes mencionados no artigo anterior: 
Pena: Metade da cominada aos crimes ali previstos. 
Lei n. 11.343/2006 – Lei de Drogas: 
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, 
reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, 
caput e § 1o, e 34 desta Lei: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 
(setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa. 
Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre 
quem se associa para a prática reiterada do crime definido no art. 36 
desta Lei. 
Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o 
bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida 
de um a dois terços. 
DELAÇÃO PREMIADA – Além da previsão na Lei 8.072/90, 
encontramos a delação premiada nas Leis n. 9.034/95 (crime 
organizado), Lei n. 9.807/99 (Lei de proteção a Testemunhas e réus 
colaboradores) e art. 41 da Lei n. 11.343/2006 (Lei de Drogas) 
 
Lei n. 9.807/99: Lei de proteção a Testemunhas e réus colaboradores 
[...] 
Art. 13. Poderá o juiz, de ofício ou a requerimento das partes, 
conceder o perdão judicial e a conseqüente extinção da punibilidade 
ao acusado que, sendo primário, tenha colaborado efetiva e 
voluntariamente com a investigação e o processo criminal, desde que 
dessa colaboração tenha resultado: 
 I - a identificação dos demais co-autores ou partícipes da ação 
criminosa; 
 II - a localização da vítima com a sua integridade física preservada; 
 III - a recuperação total ou parcial do produto do crime. 
Parágrafo único. A concessão do perdão judicial levará em conta a 
personalidade do beneficiado e a natureza, circunstâncias, gravidade 
e repercussão social do fato criminoso. 
Art. 14. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a 
investigação policial e o processo criminal na identificação dos 
demais co-autores ou partícipes do crime, na localização da vítima 
com vida e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no 
caso de condenação, terá pena reduzida de um a dois terços. 
Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os crimes capitulados nos arts.157, § 
3º, 158, § 2º, 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º, 213, caput e sua combinação 
com o art. 223, caput e parágrafo único, 214 e sua combinação com o art. 223, 
caput e parágrafo único, todos do Código Penal, são acrescidas de metade, 
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respeitado o limite superior de trinta anos de reclusão, estando a vítima em 
qualquer das hipóteses referidas no art. 224 também do Código Penal. 
A revogação dos arts. 223 e 224 do CP tornou inaplicável a causa 
de aumento de pena do art. 9º da Lei 8.072/90 
EXERCÍCIOS DIRIGIDOS 
1) O condenado por crime hediondo que denunciar à autoridade a quadrilha por ele integrada, 
possibilitando seu desmantelamento: 
(cód. Q25679) 
a) deve ter reconhecida em seu favor causa de diminuição de pena. 
b) faz jus ao perdão judicial. 
c) deve ter reconhecida em seu favor circunstância atenuante. 
d) não terá qualquer benefício. 
 
2) DELEGADO POLICIA - MS - 2006 - PRÓPRIA. São crimes hediondos, previstos na Lei 
8072/90: (cód. Q03493) 
a) Epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 
6.9.1994). 
b) Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou 
medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 
de julho de 1998). (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 20.8.1998), Tráfico de Entorpecentes 
(Lei 6368/76). 
c) Homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que 
cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, I, II, III, IV e V); (Inciso 
incluído pela Lei nº 8.930, de 6.9.1994), Latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); (Inciso incluído pela 
Lei nº 8.930, de 6.9.1994), Extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); (Inciso incluído pela 
Lei nº 8.930, de 6.9.1994), Tortura (Lei 9455/97). . 
d) Extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o); 
(Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 6.9.1994), Estupro (art. 213 e sua combinação com o art. 
223, caput e parágrafo único); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 6.9.1994), Atentado violento 
ao pudor (art. 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único); (Inciso incluído 
pela Lei nº 8.930, de 6.9.1994), Terrorismo. 
e) Todas acima estão corretas 
 
 
3) PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO - MPRO - 2006 - PRÓPRIA. São considerados 
crimes hediondos: 
(cód. Q09228) 
a) homicídio; 
b) extorsão; 
c) epidemia; 
d) tráfico ilícito de entorpecentes; 
e) falsificação de produto destinado a fins medicinais. 
 
 
4) DELEGADO DE POLÍCIA - PCTO - 2008 - CESPE. Considere a seguinte situação hipotética. 
Em 28/7/2007, Maria foi presa e autuada em flagrante delito pela prática de um crime 
hediondo. Concluído o inquérito policial e remetidos os autos ao Poder Judiciário, foi deferido 
pelo juízo pedido de liberdade provisória requerido pela defesa da ré. Nessa situação, 
procedeu em erro a autoridade judiciária, pois os crimes hediondos são insuscetíveis de 
liberdade provisória. (cód. Q07522) 
a) Verdadeiro 
b) Falso 
 
 
5) INVESTIGADOR POLICIAL - PCRJ - 2006 – CESGRANRIO. À luz da Lei no 8.072/90, NÃO 
constitui crime hediondo: (cód. Q05318) 
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a) induzimento ao suicídio. 
b) homicídio simples, quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio. 
c) falsificação de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais. 
d) extorsão qualificada pela morte. 
e) epidemia com resultado morte. 
 
6) AGENTE DE POLÍCIA CIVIL - 2009 - PCES – CESPE. Segundo o disposto na legislação 
específica, são crimes hediondos, entre outros, o homicídio qualificado, o latrocínio, a epidemia 
com resultado morte e o genocídio. (cód. Q21646) 
a) Verdadeiro 
b) Falso 
 
7) DEFENSOR PÚBLICO - MS - 2008 - VUNESP É crime hediondo nos termos do art. 1.º, da 
Lei n.º 8.072/90: 
(cód. Q20265) 
a) tráfico ilícito de entorpecentes. 
b) epidemia com resultado morte. 
c) terrorismo. 
d) tortura. 
 
8) AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA PENITENCIÁRIO - SEJUS/ES - 2009 - CESPE. Em 
relação à legislação penal extravagante e aos crimes definidos na parte especial do Código 
Penal, julgue o item a seguir. 
 
De acordo com a Lei n.º 8.072/1990, são crimes hediondos, entre outros, o latrocínio, a 
extorsão mediante sequestro, a tortura, o tráfico ilícito de drogas e o estupro. 
(cód. Q31707) 
a) Verdadeiro 
b) Falso 
 
9) EXAME DE ORDEM - OAB/DF - 2007.3° - CESPE. Acerca dos crimes hediondos, assinale a 
opção correta. (cód. Q06657) 
a) O rol dos crimes enumerados na Lei n.º 8.072/1990 não é taxativo. 
b) É possível o relaxamento da prisão por excesso de prazo. 
c) O prazo da prisão temporária em caso de homicídio qualificado é igual ao de um homicídio 
simples. 
d) Em caso de sentença condenatória, o réu não poderá apelar em liberdade, 
independentemente de fundamentação do juiz. 
 
10) ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA - STJ - 2008 - CESPE. De acordo com a 
nova redação da Lei dos Crimes Hediondos, a pena será sempre cumprida em regime 
inicialmente fechado, cabendo a progressão de regime após o cumprimento de dois quintos da 
pena, se o apenado for primário. (cód. Q14533) 
a) Verdadeiro 
b) Falso 
 
 
11) 2 EXAME OAB NACIONAL - 2009 - CESPE. Antônio, réu primário, sofreu condenação já 
transitada em julgado pela prática do crime previsto no art. 273 do CP, consistente na 
falsificação de produto destinado a fins terapêuticos, praticado em janeiro de 2009. Em face 
dessa situação hipotética e com base na legislação e na jurisprudência aplicáveis ao caso, 
assinale a opção correta. 
(cód. Q32785) 
a) Antônio cometeu crime hediondo e, portanto, não poderá progredir de regime. 
b) Antônio não cometeu crime hediondo e poderá progredir de regime de pena privativa de 
liberdade após o cumprimento de um sexto da pena, caso ostente bom comportamento 
carcerário comprovado pelo diretor do estabelecimento prisional, mediante decisão 
fundamentada precedida de manifestação do MP e do defensor. 
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c) Antônio cometeu crime hediondo, mas poderá progredir de regime de pena privativa de 
liberdade após o cumprimento de um sexto da pena, caso ostente bom comportamento 
carcerário comprovado pelo diretor do estabelecimento prisional. 
d) Antônio cometeu crime hediondo, de forma que só poderá progredir de regime de pena 
privativa de liberdade após o cumprimento de dois quintos da pena, caso atendidos os demais 
requisitos legais. 
 
12) DELEGADO DE POLÍCIA - PCAC - 2008 - CESPE. Em caso de crime hediondo, a prisão 
temporária será cabível, mediante representação da autoridade policial, pelo prazo de 30 dias, 
prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. (cód. Q09880) 
a) Verdadeiro 
b) Falso 
 
13) DEFENSOR PÚBLICO - RN - 2006 – PRÓPRIA. Constitui crime hediondo segundo a 
legislação vigente (cód. Q03077) 
a) causar epidemia. 
b) envenenar água potável de uso comum ou particular. 
c) falsificar produto destinado a fins terapêuticos. 
d) manter em depósito água ou substância envenenada. 
 
14) PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO - MPE/PR -2008 – PRÓPRIA. Para classificar um 
crime como hediondo ou assemelhado, a Lei Federal nº 8072/90: (cód. Q11401) 
a) atribuiu ao órgão julgador a possibilidade de, em virtude da gravidade do fato ou em 
decorrência da maneira de execução do crime, emoldurar um delito como hediondo ou a ele 
equiparado. 
b) elencou os delitos considerados hediondos de forma taxativa. Entretanto, em relação aos 
crimes a eles assemelhados, atribuiu ao órgão julgador a possibilidadeda análise do caso 
concreto para o enquadramento do delito como equiparado a hediondo. 
c) atribuiu ao órgão julgador, em virtude da gravidade do fato ou em decorrência da maneira de 
execução do crime, a possibilidade de emoldurar um delito como hediondo ou assemelhado, 
desde que observado o conceito acerca da hediondez previamente estabelecido na própria lei. 
d) elencou os delitos considerados hediondos e assemelhados de forma taxativa. Entretanto, 
permitiu expressamente ao magistrado, diante do caso concreto, excluir determinados crimes 
do rol previamente estabelecido na própria lei. 
e) elencou os delitos considerados hediondos e aqueles a eles equiparados de forma taxativa, 
deixando de fazer qualquer previsão expressa que permita ao magistrado excluir, a partir do 
caso concreto, determinado crime do rol previamente estabelecido na própria lei. 
 
 
Gabarito: 1 – A, 2 – A, 3 – E, 4 – F, 5 – A, 6 – F, 7 – B, 8 – F, 9 – B, 10 – V, 11 – D, 12 – V, 13 
 – C, 14 – E 
 
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REFERÊNCIAS 
 
ANDREUCCI, Ricardo Antonio. Legislação penal especial. 8 ed. São Paulo: 
Saraiva, 2011. 
 
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CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal - Legislação penal especial v. 4. 7 
ed. São Paulo: Saraiva, 2012. 
 
BRASIL, Superior Tribunal de Justiça. www.stj.jus.br 
BRASIL, Supremo Tribunal Federal. www.stf.jus.br 
 
GOMES, Luiz Flavio; CUNHA, Rogério Sanches. Legislação criminal especial. 
2ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010. 
 
NUCCI, Guilherme de Souza, Leis penais e processuais penais comentadas. 5 
ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010.

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