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10/11/2018 1 Profª Tatiane Camacho Mendes Distúrbios Hidro e Hemodinâmicos I Uceff – Centro Universitário FAI Medicina Veterinária Patologia Geral Introdução: sistema circulatório Função – Fornecer (transporte) Oxigênio, nutrientes, vitaminas e hormônios – Retirar produtos finais do metabolismo celular – Regular a temperatura corpórea 60% da massa do organismo animal é composta de água 40% espaço intracelular 20% espaço extracelular (5% intravascular e 15% espaço intersticial) Distúrbios Hidro e Hemodinâmicos Alterações na distribuição dos fluidos corporais – Edema Alterações hemodinâmicas – Acúmulo de sangue Hiperemia / Congestão – Hemorragia – Trombose / Hemostasia – Embolia / Isquemia / Infarto – Choque Anemia Edema Distúrbios Hidro e Hemodinâmicos Edema Derivado do grego Oidema = inchaço ou tumefação Conceito: “é o extravasamento de líquido do espaço vascular para dentro dos tecidos e cavidades pré-existentes” Fisiologia “Hipótese ou forças de Starling” – Pressão hidrostática (PH) Pressão sanguínea venosa e arterial (sistema vascular) – Pressão oncótica ou coloidal ou osmótica (PO) Moléculas de sais e das proteínas presentes no fluídos – Drenagem pelos vasos linfáticos 10/11/2018 2 “Equilíbrio de Starling”“Equilíbrio de Starling” Arteriolar Venosa Pressão Hidrostática do plasma 30mmHg 17mmHg Pressão Hidrostática do tecido 8mmHg 8mmHg Pressão oncótica do plasma 25mmHg 25mmHg Pressão oncótica do tecido 10mmHg 10mmHg HIPÓTESE DE STARLINGHIPÓTESE DE STARLING EXTREM. ARTERIAL EXTREM. VENOSA REDE CAPILAR SANGUE TECIDO PH 30mmHg Coração PO 10mmHg Colágeno Proteoglicanos PO 15mmHg PH 8mmHg PH 9mmHg PO 25mmHg PH 8mmHg PH 22mmHg PO 10mmHg PO 15mmHg PO 25mmHg Albumina PH 17mmHg LINFÁTICO1mmHg7mmHg 6mmHg EXTREM. ARTERIAL EXTREM. VENOSA REDE CAPILAR SANGUE TECIDO PH 30mmHg Coração PH 8mmHg LINFÁTICO PO 10mmHg Colágeno Proteoglicanos PO 25mmHg Albumina HIPÓTESE DE STARLINGHIPÓTESE DE STARLING EXTREM. ARTERIAL EXTREM. VENOSA REDE CAPILAR SANGUE TECIDO PO 15mmHg PH 22mmHg LINFÁTICO7 mmHg Pressão total de filtração Pressão total de filtração HIPÓTESE DE STARLINGHIPÓTESE DE STARLING EXTREM. ARTERIAL EXTREM. VENOSA REDE CAPILAR SANGUE TECIDO PH 8mmHg PH 17mmHg LINFÁTICO 7mmHg PO 25mmHg ALBUMINA PO 10mmHg HIPÓTESE DE STARLINGHIPÓTESE DE STARLING EXTREM. ARTERIAL EXTREM. VENOSA REDE CAPILAR SANGUE TECIDO PH 9mmHg PO 15mmHg LINFÁTICO 7mmHg 6mmHg Pressão total de reabsorção Pressão total de reabsorção HIPÓTESE DE STARLINGHIPÓTESE DE STARLING 10/11/2018 3 EXTREM. ARTERIAL EXTREM. VENOSA REDE CAPILAR SANGUE TECIDO LINFÁTICO1mmHg - LINFA 7mmHg 6mmHg Pressão total de filtração Pressão total de filtração Pressão total de reabsorção Pressão total de reabsorção HIPÓTESE DE STARLINGHIPÓTESE DE STARLING Pressão total de drenagemPressão total de drenagem Mecanismos de formação do edema Alterações nas trocas de fluidos – Obstrução da drenagem linfática – ↓ da pressão oncótica (PO) capilar – ↑ da pressão hidrostática (PH) venosa – ↑ da permeabilidade vascular Mecanismos de formação do edema Obstrução da drenagem linfática – Linfangite / Linfoadenite Paratuberculose / esporotricose – Distúrbio do desenvolvimento Aplasia ou hipoplasia linfática congênita – Tumores e/ou metástases (compressão) – Extirpação cirúrgica da cadeia linfática Mastectomia por tumor de mama LINFEDEMALINFEDEMA EXTREM. ARTERIAL EXTREM. VENOSA REDE CAPILAR SANGUE TECIDO LINFÁTICO1mmHg 7mmHg 6mmHg X Obstrução da drenagem linfáticaObstrução da drenagem linfática FORMAÇÃO DE EDEMA CRÔNICOFORMAÇÃO DE EDEMA CRÔNICO Canino Hipoplasia linfática unilateral Bovino Hipoplasia linfática bilateral Obstrução da drenagem linfática Hipoplasia linfática Hereditária Obstrução da drenagem linfática Bovino, macho, raça Hereford, 10 meses 10/11/2018 4 Aspecto do vaso linfático normal Vaso Linfático de bovino com Hipoplasia Linfática Hereditária Aplasia de vasos linfáticos em bovino com Hipoplasia Linfática Hereditária Aspecto radiográfico do ganglio poplíteo de um Bovino Hereford NORMAL Aplasia ganglionar em bovino afetado com Hipoplasia Linfática Hereditária Hipoplasia Linfática Hereditária. Observar a hipoplasia ganglionar, presentando um único vaso linfático em seu aspecto saculado Município da Região central do RS Fig.2. Aspecto translúcido e gelatinoso do tecido subcutâneo do bovino 393 afetado por linfedema primário congênito. A pele é espessa. Fig.1. (A) Grupo de terneiros afetados por linfedema primário congênito. Observe que o edema é mais pronunciado nos membros pélvicos e, em alguns casos, é assimétrico. (B) Bovino 346, com linfedema primário congênito em vista mais aproximada. Acentuado edema de ambos os membros pélvicos e da cauda.Pesq. Vet. Bras. setembro 2009. Pesq. Vet. Bras. setembro 2009. Fig.3. Aspecto do fluxo do corante azul de metileno 2h após injeção interdigital nos 2 membros pélvicos do Bovino 948 afetado por linfedema primário congênito. O corante ficou restrito as porções proximais dos dois membros. Fig.4. Aspecto do fluxo do corante azul de metileno 2h após injeção interdigital nos 2 membros pélvicos do Bovino 349. Observe que no membro pélvico direito há um vaso repleto de corante drenado, portanto, normal (esse membro não era afetado por edema). No membro pélvico esquerdo (afetado por edema) não se observa drenagem do corante. Pesq. Vet. Bras. setembro 2009. LINFONODO NORMAL LINFONODO HIPOPLÁSICO Fig.5. Linfonodos poplíteos do bovino 349. observe que o linfonodo poplíteo a esquerda (membro afetado pelo edema) é acentuadamente menor que o linfonodo correspondente direito, indicando hipoplasia do linfonodo que drena o membro afetado. Adicionalmente a cor azulada do linfonodo normal indica que o corante drenou até o linfonodo 2h após sua injeção no espaço interdigital, o que não ocorreu no caso do linfonodo hipoplásico. Obstrução da drenagem linfática - neoplasias 10/11/2018 5 Filariose ou elefantiase É a doença causada pelos parasitas nemátodes Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori, comumente chamados filária, que se alojam nos vasos linfáticos causando linfedema (IRREVERSÍVEL). Tem como transmissor os mosquitos dos gêneros Culex, Anopheles, Mansonia ou Aedes, presentes nas regiões tropicais e subtropicais. Quando o nematódeo obstrui o vaso linfático, o edema é irreversível. Mosca Chrysomya, varejeira Mecanismos de formação do edema Diminuição da PO capilar – Distúrbios hepáticos (diminuição na síntese) – Distúrbios renais (proteinúria - perda) – Desnutrição (dietas hipoproteicas) – Perda excessiva de proteínas pelo tubo digestivo Parasitismo gástrico e intestinal / diarréia – Hemoncose e Tricostrongilose = OVINOS – Queimaduras severas (inflamação) EXTREM. ARTERIAL EXTREM. VENOSA REDE CAPILAR SANGUE TECIDO LINFÁTICO1mmHg >7mmHg <6mmHg X Diminuição da pressão oncótica capilarDiminuição da pressão oncótica capilar PO 10mmHg PO <25mmHg HIPOALBUMINEMIA PO < 25mmHg HIPOALBUMINENIA PO 10mmHg Verme adulto consome 0,05mL de sangue/dia Infecção moderada 5 a 7% de seu volume de sangue/dia Diminuição da pressão oncótica capilar Haemonchus contortus Hidropericárdio Hemoncose Haemonchus contortus Diminuição da pressão oncótica capilar Insuficiência Hepática Crônica Diminuição da pressão oncótica capilar Insuficiência Renal Crônica 10/11/2018 6 Mecanismos de formação do edema Aumento da PH venosa (estase sanguínea)– Estase sanguínea e hemoconcentração Eventos vasculares da inflamação aguda – Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) – Obstrução e/ou compressão venosa Colocação apertada de bandagens Neoplasmas Trombos Torções EXTREM. ARTERIAL EXTREM. VENOSA REDE CAPILAR SANGUE TECIDO PH 8mmHg PO 25mmHg PO 10mmHg ↑↑↑ PH venosa↑↑↑ PH venosa LINFÁTICO 7mmHg 1mmHg <6mmHg Aumento da pressão hidrostática venosaAumento da pressão hidrostática venosa ICC DIREITA ICC ESQUERDA Congestão de VD ESTASE Congestão de fígado ESTASE Ascite Edema generalizado ANASARCA Congestão de VE ESTASE Congestão do pulmão ESTASE EDEMA PULMONAR Insuficiência Cardíaca Direita Ascite Aumento da pressão hidrostática venosa Mecanismos de formação do edema Aumento da permeabilidade vascular – Processos inflamatórios agudo – Reações alérgicas Hipersensibilidade do tipo I – Histamina = amina vasoativa Edema pulmonar e de glote (edema da laringe) – Substâncias tóxicas e venenos JARARACA - CRUZEIRA / ARANHA MARROM Doença do edema em suínos (Colibacilose enterotoxêmica) – Enterotoxina → Escherichia coli hemolítica EXTREM. ARTERIAL EXTREM. VENOSA REDE CAPILAR SANGUE TECIDO LINFÁTICO 1mmHg 7mmHg 6mmHg Aumento da permeabilidade vascularAumento da permeabilidade vascular Saída de líquido e de proteínas de alto peso molecular (globulinas e fibrinogênio) Saída de líquido e de proteínas de alto peso molecular (globulinas e fibrinogênio) FORMAÇÃO DE EDEMA AGUDOFORMAÇÃO DE EDEMA AGUDO 10/11/2018 7 Acidente ofídico Botrópico Serpentes do gênero Bothrops Jararaca / Cruzeira Aumento da permeabilidade vascular Escherichia coli Doença do edema AGUDA – Específica de suínos 6 – 14 semanas de idade – Mudanças na dieta durante o desmame Toxina verotoxina – Indução da produção de IL-8 Quimiotaxia para neutrófilos = disseminação Angiotoxina – Lesão endotelial generalizada (artérias e arteríolas) EDEMA Doença do edema – Edemas generalizados – Sinais neurológicos Incoordenação, desequilíbrio, fraqueza, tremores e convulsão – Cérebro malácia (degeneração) focal Medula, tálamo e gânglios basais – Morte Choque endotóxico (letalidade 100%) Fecal → oralFecal → oral Doença do edema: leitão de creche (21 a 63 dias) com sinais neurológicos = decúbito lateral e pedalagem. Doença do edema: edema subcutâneo Característica do crescimento de E. coli a partir do conteúdo intestinal (FEZES) em casos de doença do edema. Placa de ágar sangue com crescimento puro e abundante de colônias beta-hemolíticas Doença do edema: leitão com incoordenação dos membros pélvicos (seta). Doença do edema: ascite Doença do edema: estômago apresentando edema acentuado ao longo da curvatura maior (amarelado e brilhante). Doença do edema: estômago, superfície de corte apresentando edema acentuado da parede do estômago (material amarelado gelatinoso e brilhante) Doença do edema: edema cerebral (sinais clínicos nervosos). Achatamento das circunvoluções cerebrais Características morfológicas do edema 10/11/2018 8 Suíno - edema de subcutâneo Doença do edema – Escheriachia coli Características morfológicas do edema Cão, linfoma, edema submandibular e sub-cutâneo Sinal de Godet ou de cacifo (é patognomônico para o edema) Características morfológicas do edema Características morfológicas do edema Bovino com acentuado edema, desde a barbela até o abdômen. Intoxicação experimental por Tetrapterys acutifolia (Barra do Piraí, RJ). Ovino - ASCITE Bovino com acentuado edema, desde a barbela até o abdômen. Intoxicação espontânea por Tetrapterys multiglandulosa (Lorena, PS). Edema de subcutâneo (edema de declive) Bovino, Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) Direita Ateleia glaziovianna (timbó, maria-preta, cinamomo-bravo, amargo) Edema de subcutâneo (edema de declive) Bovino 10/11/2018 9 Insuficiência Cardíaca Congestiva Direita Ascite ASCITE (transudato) - canino ASCITE. Morte súbita em bovinos causada pela ingestão de Pseudocalymma elegans no município de Rio Bonito – RJ. Interfere no ciclo de Krebs Maior efeito tóxico sobre o coração Morte por fibrilação ventricular e parada cardíaca Hidrotórax - suíno Hidrotórax Morte súbita em bovinos causada pela ingestão de Pseudocalymma elegans no município de Rio Bonito – RJ. Hidrotórax. Hidrotórax Bovino Hidroperitônio Canino Hidropericárdio 10/11/2018 10 Edema cerebral (parênquima) Bovino Edema do encéfalo EDEMA CEREBRAL X HIDROCEFALIA EDEMA CEREBRAL X HIDROCEFALIA Hidrocefalia adquirida CANINO Hidrocefalia adquirida Coenurose - OVINO Hidrocefalia congênita CANINO FIXAÇÃO Na fotografia acima é visível a deformação da calota craniana em comparação com o crânio normal à direita. Na fotografia abaixo, o mesmo caso de hidrocefalia, já com o crânio aberto mostrando a falta de consistência do cérebro, em grande parte preenchido pela distensão dos ventrículos laterais. Hidrocefalia Hidrocefalia congênita CANINO Hidrocefalia Normal Hidrocefalia Edema Pulmonar - ovinoEdema Pulmonar - bovino Canino – congestão e edema pulmonar Exceção: inspiração forçada na fase agônica (EQUINOS) 10/11/2018 11 Edema pulmonar intersticial, bovino Edema pulmonar: o pulmão edematoso não se colapsa após a abertura do tórax, tem superfície lisa e brilhante e, à palpação, é mais firme e elástico que o normal Rato – tecido pulmonar normal Rato – edema pulmonar Hiperemia passiva e edema – tecido pulmonar Hiperemia passiva e edema – tecido pulmonar Significado clínico do edema Localização X Intensidade – Tecido subcutâneo – Edema pulmonar alveolar # – Edema cerebral # – Saco pericárdio: hidropericárdio # – Cavidades corpóreas: hidrotórax, ascite... – Anasarca: edema generalizado 10/11/2018 12 Hiperemia / Congestão Distúrbios Hidro e Hemodinâmicos Hiperemia Conceito: “é o aumento do aporte ou quantidade de sangue em uma determinada área” – Ocorre a nível capilar, posteriormente envolve arteríolas, artérias, veias,... Fisiologicamente... Sistema circulatório Fisiologicamente a maioria da rede capilar está fechada. Nas anastomoses artério-venosas é onde o sangue flui, é quem faz a irrigação do tecido. Em cada bifurcação da rede arteriolar há um músculo que fecha o vaso (esfincters pré-capilares). Estes esfincters abrem e fecham de acordo com a necessidade (hipóxia tecidual / > < [ ] de O2) do local onde estão os capilares. Não há volume sanguíneo suficiente em um organismo normal para preencher todo o leito vascular do indivíduo. Hiperemia FISIOLÓGICA OU PATOLÓGICA 10/11/2018 13 Hiperemia Fisiológica Hiperemia Patológica Causas principais: inflamações agudas de qualquer etiologia Eritema HIPEREMIA ≠ POLICITEMIA / ERITOCITOSE Hiperemia Maior afluxo (sangue arterial) ATIVO X Congestão Diminuição do efluxo (drenagem venosa) PASSIVO Tipos de hiperemia Quanto ao mecanismo Quanto a extensão Quanto a duração Hiperemia Patológica Quanto ao mecanismo Hiperemia ativa –Processo ativo vascular Inflamação (mediadores químicos) Hiperemia passiva (CONGESTÃO) –Estase da rede venosa Tumor, garrote, abscesso – Obstrução ao fluxo 10/11/2018 14 Quanto a extensão Localizada Generalizada Quanto a duração Aguda Crônica Hiperemia Patológica Hiperemia Aspecto – Macroscópico / Microscópico (?) Hiperemia passiva ou congestão x Hipostase cadavérica??? Padrões morfológicos HIPEREMIA – Hiperemia Ativa Localizada Aguda – Hiperemia Ativa Generalizada Aguda CONGESTÃO – Hiperemia Passiva Localizada Aguda –Hiperemia Passiva Localizada Crônica – Hiperemia Passiva Generalizada Crônica Hiperemia Ativa Localizada Aguda Inflamação aguda Hipersensibilidade do tipo I (alergia) – Mediadores químicos Prostaglandinas Bradicinina – Coloração vermelho vivo – Temperatura: + quente Hiperemia Ativa Localizada Aguda 10/11/2018 15 Hiperemia Ativa Generalizada Aguda Fase irreversível do choque – Choque anafilático (colapso circulatório) – Incompatível com a vida Hiperemia Passiva (CONGESTÃO) Localizada Aguda Torção de órgãos Intussuscepção Garrote Coloração – Vermelho escuro, azulada (cianótica) Temperatura: + fria volvo intestinal Vólvulo ou volvo intestinal Hiperemia passiva localizada aguda Volvo intestinal, Equino Hiperemia passiva localizada aguda Vólvulo intestino delgado, Equino 10/11/2018 16 Hiperemia passiva localizada aguda, Equino, vólvulo de cólon maior Intussuscepção Intussuscepção equino íleocecal, cecocecal ou cecocólica Hiperemia Passiva Localizada crônica Compressão local – Tumores, abscessos, corpos estranhos... Hiperemia Passiva Generalizada Crônica Insuficiência cardíaca – Esquerda → pulmões Edema pulmonar – Direita → circulação sistêmica → fígado Ascite Deficiência da valva tricúspide FÍGADO BAÇO APARELHO DIGESTÓRIO 10/11/2018 17 Insuficiência Cardíaca Congestiva Direita Ascite Insuficiência Cardíaca Direita FÍGADO DE “NOZ-MOSCADA” (Bovino) Fígado normal Hiperemia passiva generalizada crônica (bovino) Acentuação do padrão lobular, fígado de “noz-moscada” Deficiência da valva mitral PULMÕES Hiperemia passiva generalizada crônica Insuficiência cardíaca congestiva esquerda Pulmão, suíno, normal ICC DIREITA ICC ESQUERDA Congestão de VD ESTASE Congestão de fígado ESTASE Ascite Edema generalizado ANASARCA Congestão de VE ESTASE Congestão do pulmão ESTASE EDEMA PULMONAR 10/11/2018 18 Hemorragia Distúrbios Hidro e Hemodinâmicos Hemorragia Conceito: “é o extravasamento ou saída de HEMÁCIAS para fora do leito vascular” Classificação – Quanto ao mecanismo – Quanto a morfologia Quanto ao mecanismo Per rhexis – Necrose, traumatismos ou neoplasmas Per diapedese: INFLAMAÇÃO – Mediadores químicos histamina / bradicinina / leucotrienos Quanto a morfologia ASPECTO MACROSCÓPICO Petéquias: 1 – 2mm – pele, mucosas ou superfícies serosas Equimoses: > que petéquia < que sufusão – Víbices: equimoses em forma de linhas quase paralelas Púrpuras – petéquias + equimoses generalizadas – planas e lineares Quanto a morfologia ASPECTO MACROSCÓPICO Sufusões – “pinceladas de tinta vermelha” Hematoma – Acúmulo dentro do tecido –Faz saliência ou deforma o tecido vizinhos – Possui comprimento, largura e profundidade Cavidades corpóreas –Hemotórax, hemoperitônio e hemopericárdio Hemorragias petequiais, bovino, gengiva Pequenas hemorragias, desde da cabeça de um alfinete até focos de 1 – 2mm 10/11/2018 19 Hemorragias petequiais Coração, bovino Endotoxemia coração - bovino Hemorragia equimóticas Ocorrem em forma de áreas maiores de até 2 a 3cm de tamanho Bovino, coração Bovino – Equimoses na pleura parietal. Intoxicação espontânea aguda por Pteridium aquilinum (“samambáia”; Correia Pinto, SC). Equimoses / Víbices, ovino, rúmen Víbices: hemorragias planas e lineares, quase paralelas 10/11/2018 20 Múltiplas hemorragias petequiais, equimóticas e víbices Ceco e cólon maior , potro, septicemia Equimoses / Víbices bovino, intestino delgado Bovino – Equimoses e petéquias na superfície do PULMÃO. Intoxicação espontânea aguda por Pteridium aquilinum (“samambáia”; Passa Vinte, MG). Sufusão, bovino, coração Referem-se a extensas áreas hemorrágicas que aparecem como se alguém literalmente tivesse “pincelado” tinta vermelha sobre os tecidos 10/11/2018 21 Bovino – Múltiplas hemorragias do MESENTÉRIO e na SEROSA INTESTINAL. Intoxicação espontânea aguda por Pteridium aquilinum (“samambáia”; Correia Pinto, SC). Hematoma É tridimensional, ocupa espaço Hematoma subdural, humano Hematoma Hematoma epidural – canino, acidente ofídico Hematoma tecido subcutâneo Hematoma 10/11/2018 22 Classificação quanto a localização Hemopericárdio – Derrame de sangue dentro do saco saco pericárdio Hemotórax – Derrame de sangue no espaço pleural Hemoperitônio – Derrame de sangue na cavidade abdominal Hemartrose – Derrame de sangue no interior de uma articulação Otohematoma – Derrame de sangue no pavilhão auricular HEMOPERICÁRDIO Tamponamento cardíaco HEMOPERICÁRDIO -Tamponamento cardíaco HEMOPERICÁRDIO Tamponamento cardíaco HEMOPERICÁRDIO Tamponamento cardíaco 10/11/2018 23 Canino hemotórax HEMOTÓRAX HEMOPERITÔNIO HEMOPERITÔNIO HEMANGIOSSARCOMA EM BAÇO Canino Otohematoma 10/11/2018 24 Felino Otohematoma Outras localizações Hemoptise: ato de expectorar sangue Hematêmese: vômito com sangue Epistaxe (rinorragia): sangramento nasal Melena: fezes escuras com sangue alterado Hematoquesia: fezes sanguinolentas Hematúria: presença de sangue na urina EPISTAXE (rinorragia) MELENA Fezes escuras com sangue alterado ≠ de hematoquesia: fezes sanguinolentas Hemorragia gastrintestinal Hematúria enzoótica Samambaia Pteridium aquilinum URINA 10/11/2018 25 Vaca com hematúria (Resende, RJ) Bovino – Bexiga contendo sangue coagulado em caso espontâneo de hematúria enzoótica (Urubici, SC). Tico, canino, macho, SRD, adulto: Carcinoma de Células Transicionais + Hidronefrose por obstrução de uretra peniana por coágulo oriundo do tumor presente no interior da bexiga. Significado clínico da hemorragia Local – Vital x não vital Duração – Aguda x crônica Intensidade – Pequena x grande Significado clínico da hemorragia Hemorragia cerebral (tronco) – Hemorragia aguda – Local vital (compressão = causa a morte) – Pequena intensidade Parasitose intestinal – Hemorragia crônica – Local não vital – Pequena intensidade Ruptura de baço – Hemorragia aguda – Local não vital – Alta intensidade Grande perda de sangue Morte por choque hipovolêmico 10/11/2018 26 Evolução da hemorragia Remoção do coágulo – Infiltrado inflamatório – Remoção de restos teciduais – Reparação Obrigado!!!