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1 Biofísica eletrocardiograma ELETROCARDIOGRAMA NA MEDICINA VETERINÁRIA ELETROCARDIOGRAMA 2 3 O que é? O eletrocardiograma é um teste simples que detecta e registra atividade elétrica do coração para localizar problemas cardíacos. Os sinais elétricos fazem o músculo cardíaco contrair à medida que viajam através do coração. Quando o coração contrai ele bombeia sangue para o resto do corpo. O eletrocardiograma mostra a rapidez das batidas do coração e seu ritmo. Ele ainda registra a força e ritmo dos sinais elétricos à medida que eles passam por cada parte do coração. ELETROCARDIOGRAMA 4 O que o ECG revela? Muitos problemas cardíacos alteram a assinatura elétrica do coração de formas distintas. O registro que o eletrocardiograma faz da atividade elétrica ajuda a revelar vários problemas cardíacos como: ataque do coração, falta de fluxo sanguíneo no músculo cardíaco, batimento irregular do coração e falta de força no bombeamento do coração. Os registros do eletrocardiograma podem ajudar os médicos a diagnosticarem um ataque cardíaco que está acontecendo ou que ocorreu no passado. Isso é particularmente verdadeiro quando o médico pode comparar o eletrocardiograma atual com um antigo. Os registros do eletrocardiograma também revelam: músculo cardíaco muito grosso ou partes do coração muito grandes, defeitos de nascença no coração, doença nas válvulas cardíacas. Um eletrocardiograma também mostra se o batimento cardíaco começa na parte superior direita do coração como deveria e o tempo que leva para os sinais elétricos atravessarem o coração. ELETROCARDIOGRAMA 5 Como surgiu? O eletrocardiograma foi desenvolvido no final do século XIX. O médico holandês Willeim Einthoven foi quem desenvolveu o galvanômetro de corda, permitindo o registro de atividade elétrica a partir de eletrodos colocados nos membros ELETROCARDIOGRAMA 6 Galvanômetro de Corda ELETROCARDIOGRAMA 7 CORAÇÃO O coração é um órgão muscular oco localizado no centro do tórax, onde ocupa o espaço entre os pulmões (mediastino) e repousa sobre o diafragma. Ele pesa aproximadamente 300g, embora seu peso e tamanho sejam influenciados pela idade, sexo, peso corporal, extensão do exercício e condicionamento físicos e por doença cardíaca. O coração bombeia o sangue para os tecidos suprindo-os com oxigênio e outros nutrientes. A ação de bombeamento do coração é realizada pela contração e relaxamento rítmicos de sua parede muscular. O coração é Composto por três camadas. Endocárdio Miocárdio epicárdio Ele envolvido por um fino saco fibroso composto por duas camadas. Pericárdio visceral: encontra-se aderido ao epicárdio. Pericárdio parietal: Tecido forte e fibroso que se insere nos grandes vasos, diafragma, esterno e coluna vertebral e sustenta o coração no mediastino. ELETROCARDIOGRAMA 8 As estruturas variadas das paredes atriais e ventriculares relacionam-se com a carga de trabalho exigida para cada compartimento. ELETROCARDIOGRAMA 9 Sistema de condução No coração existe um sistema de condução cardíaca que possui células especializadas e que geram metodicamente e coordenam a transmissão dos impulsos elétricos para as células miocárdicas. O resultado é a contração átrio ventricular seqüenciada,o que propicia o fluxo mais efetivo do sangue, otimizando, assim o débito cardíaco. Três características fisiológicas das células de condução cardíaca contribuem para essa coordenação: Automaticidade: capacidade de iniciar um impulso elétrico. Excitabilidade: Capacidade de responder a um impulso elétrico. Condutividade: capacidade de transmitir um impulso elétrico de uma célula para outra. ELETROCARDIOGRAMA 10 Trajetória do impulso elétrico Nódulo do sinoatrial (AS): é referido como o marcapasso primário do coração, localiza-se na junção da veia cava superior com o átrio direito. Os impulsos elétricos gerados pelo nódulo sinoatrial provocam a estimulação elétrica e subseqüente contração dos átrios. Nódulo atrioventricular (AV): Localizado na parede atrial direita próximo à válvula tricúspide, consiste em outro grupo de células musculares especializadas semelhantes àquelas do nódulo S.A. Ele retransmite os impulsos elétricos para os ventrículos. ELETROCARDIOGRAMA 11 Nódulo sinoatrial Nódulo atrioventricular Ramo esquerdo Ramo anterior esquerdo Feixe de His Ramo posterior esquerdo Ramo direito Fibras de purkinje A atividade elétrica cardíaca é a conseqüência do movimento de íons através da membrana celular. As alterações elétricas registradas dentro de uma única célula resultam no que é conhecido como o potencial de ação cardíaco. Acoplamento Eletromecânico ELETROCARDIOGRAMA 12 ELETROCARDIOGRAMA 13 A Evolução do Eletrodo no Registro dos Potenciais Elétricos Cardíacos ELETROCARDIOGRAMA 14 ELETROCARDIOGRAMA Os eletrodos são usados desde meados do século XIX até a atualidade e, principalmente, após a construção do galvanômetro de corda original criado por Willem Einthoven, em 1901, na Holanda 15 Após a definição matemática dos potenciais elétricos originados do coração, postulada por Einthoven durante a primeira década do século XX, outros autores como Sir ThomasLewis (Inglaterra), Frank Wilson e E. Goldberger(EUA), Sodi-Pallares (México) e outros, aprimoraramos registros eletrocardiográficos e sua interpretação,baseados na teoria vetorial de Wilson, a qual é ainda usada na prática médica. ELETROCARDIOGRAMA 16 Atualmente, os eletrodos são usados largamente como uma simples e pequena placa de metal no ECG de repouso na prática diária,no ECG dinâmico, nos monitores, nos laboratórios de pesquisa, nos métodos invasivos e nos marca-passos. Esta é a grande importância de um simples eletrodo, que não chama muito a atenção por ser uma coisa tão simples, mas que é de grande importância para a vida profissional. ELETROCARDIOGRAMA 17 O emprego do eletrodo para registro de potenciais elétricos em animais de laboratório e sua investigação no homem é conhecido desde a metade do século XIX. ELETROCARDIOGRAMA 18 Em 1856, Kollicker e Muller demonstraram a presença de correntes elétricas de ação que provocavam contraturas musculares em preparações nervo-músculo de rãs, estimuladas por fios elétricos, sendo observado também por outros investigadores da época. ELETROCARDIOGRAMA 19 Em 1887, Waller, usando um instrumento denominado eletrômetro capilar criado anos antes por Lippmann, foi o primeiro a demonstrar a mensuração da quantidade de corrente elétrica que circulava no corpo humano, associada à contração do coração. ELETROCARDIOGRAMA 20 Figura 1 Tubo capilar de vidro (amplificado), demonstrando o princípio básico do eletrômetro capilar de Gabriel Lippman (1872): eletrodos são colocados nas superfícies do mercúrio (em negro) e do ácido sulfúrico (em pontilhado). A passagem da corrente elétrica altera a tensão superficial do mercúrio que se move em ondas que são registradas. ELETROCARDIOGRAMA 21 Figura 2 Potenciais elétricos do coração correspondentes às ondas P, QRS e T (em negro), registrados pelo eletrômetro capilar de Lippman. Abaixo, o ECG que Einthoven comparou com o registro do eletrômetro. (Einthoven W. Pflugers Arch.1903;99:472. Einthoven Fundation)2,3 ELETROCARDIOGRAMA 22 À direita (C), a derivação D1 de Einthoven: braços dentro dos recipientes contendo solução salina concentrada; À esquerda(E), derivação D2 obtida com o braço e perna esquerdos dentro de outros recipientes. ELETROCARDIOGRAMA 23 Os potes faziam três pares de eletrodos bipolares: Osbraços direito e esquerdo formavam a derivação a que chamou de lead I (D1); o braço direito com a perna esquerda lead II (D2) e o braço esquerdo com a perna esquerda lead III (D3); a perna direita que tinha o mesmo potencial da esquerda tinha a função de terra . ELETROCARDIOGRAMA 24 ELETROCARDIOGRAMA Galvanômetro de corda de Einthoven já modificado, fabricado pela Cambridge Instrument, em 1911. Os braços e a perna esquerda estão mergulhados em recipientes contendo solução salina, para o registro das três derivações D1, D2 e D3. 25 O E.C.G. é um registro gráfico da atividade elétrica. Se um paciente queixa-se de que seu coração está descompassado, podemos submetê-lo ao E.C.G. que em tempo real irá mostrar graficamente este descompasso, sua natureza e freqüência, pois o mesmo será desenhado em um papel especialmente preparado para ser estudado. ELETROCARDIOGRAMA 26 O E.C.G. serve para obtermos informações sobre: freqüência cardíaca; ritmo cardíaco; aumentos nas câmaras cardíacas; anormalidades na posição anatômica do coração; intoxicações; processos obstrutivos nas artérias coronárias; atividade da musculatura cardíaca. ELETROCARDIOGRAMA 27 Sala ELETROCARDIOGRAMA 28 Eletrodos ELETROCARDIOGRAMA 29 Braceletas (4) ELETROCARDIOGRAMA 30 Diferentes modalidades de E.C.G. E.C.G Simples ou de Repouso ELETROCARDIOGRAMA 31 E.C.G. Dinâmico - HOLTER - 24h (Pouco usado na veterinária) Diferentes modalidades de E.C.G. ELETROCARDIOGRAMA 32 E.C.G. de Esforço (Teste Ergométricos) Diferentes modalidades de E.C.G. ELETROCARDIOGRAMA 33 ONDAS ELETROCARDIOGRAMA 34 ELETROCARDIOGRAMA 35 A morfologia de uma onda do ECG tem três componentes básicos, podem ser divididos em ondas e intervalos Onda P Segmento P-R Complexos QRS Segmento S-T Onda T Intervalo Q-T Intervalo PP Intervalo RR ELETROCARDIOGRAMA 36 Onda P: Representa a despolarização do músculo atrial, ou seja, o impulso elétrico que se inicia no nodo sino atrial, espalha-se através dos atrios. ELETROCARDIOGRAMA 37 Segmento P-R: Representa a transmissão do impulso para o nodo atrioventricular, Feixe de His --> Até o ponto de Ativação do tecido muscular ventricular. ELETROCARDIOGRAMA 38 Complexos QRS: Uma grande onda que representa despolarização ventricular. Ondas superior e inferior a 5mm de altura. O complexo QRS é normalmente inferior a 0,12s de duração. ELETROCARDIOGRAMA 39 Segmento S-T: Representa arte da repolarização ventricular, é o espaço final do complexo QRS e o início da onda T ELETROCARDIOGRAMA 40 Onda T: Representa a repolarização do ventrículo ELETROCARDIOGRAMA 41 Intervalo Q-T :Representa a despolarização e repolarização ventricular, ou seja, é um intervalo que representa a duração total da sístole elétrica ELETROCARDIOGRAMA 42 Intervalo PP : É utilizado para determinar o ritmo e freqüência Atrial Intervalo RR: É usado para determinar a freqüência e o ritmo ventricular Quando não se detecta nenhuma atividade elétrica , a linha no gráfico permanece plana e, é chamada de isoelétrica. Onda U: Acredita-se que represente a repolarização das fibras de Purkinje HIPOCALEMIA, HIPERTENSÃO E CARDIOPATIA. ELETROCARDIOGRAMA 43 ELETROCARDIOGRAMA 44 Arritmia atrial Etiologia:Freqüentemente nos quadros de ICC. Característica no ECG:Onda P prematura ou junta da onda T ELETROCARDIOGRAMA 45 Fibrilação atrial: 400 a 650 bpm. Ausência da onda P. Etiologia: ICC, infarto, hipertenção cardiopata. ELETROCARDIOGRAMA 46 Isquemia:Interrompe temporariamente o fornecimento sanguíneo ao tecido miocárdio, mas geralmente não causa morte celular. Injúria: Lesão aguda ou recente, gerada pela interrupção prolongada no fornecimento sanguíneo. infarto: Resulta da ausência completa de sangue no tecido.Isso causa morte das células miocárdicas (necrose). ELETROCARDIOGRAMA 47 Taquicardia atrial . Onda P :Ereta ou a onda P se perdeu na onda T prévia . Hipertenção Sistêmica. ELETROCARDIOGRAMA 48 Eletrodo Medem a intensidade e a direção das correntes elétricas do coração durante cada batimento São indispensáveis a adequada preparação cutânea e aplicação de eletrodos, para realização do exame. O tipo de eletrodo atualmente utilizado para monitorar o ECG é revestido de prata ou níquel descartável, centrado em um círculo de papel adesivo ou espuma de borracha. São confortáveis para o paciente e quando não aplicados adequadamente, podem levar a alarmes falsos ELETROCARDIOGRAMA 49 Material a ser usado para a realização do ECG Eletrocardiógrafo Braceletes Álcool, se necessário Gel Eletrodo Depilador, se necessário Gaze ELETROCARDIOGRAMA 50 MEMBROS: Braço esquerdo (amarelo) Braço direito; (vermelho) Perna esquerda (verde) Perna direita (preto) Nota: Marcapassos cardíacos, ou outros estimuladores elétricos, não afetam e nem são afetados pela operação do eletrocardiógrafo (modernos), Não causam nenhum risco a segurança. ELETROCARDIOGRAMA 51 ELETROCARDIOGRAMA perguntas 52