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002 SAUDE DA MULHER DA CRIANCA E DO ADOLESCENTE

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Química AmbientalSaúde da Mulher da Criança e do AdolescenteTécnico em Enfermagem
BELO HORIZONTE / MG
ISABELA DUARTE
MARTHA APARECIDA DA SILVA
SAÚDE DA MULHER DA CRIANÇA E 
DO ADOLESCENTE
AUTORES
............................................................................
ISABELA DUARTE
MARTHA APARECIDA DA SILVA
ADASTRA EDITORA LTDA
............................................................................
Avenida Afonso Pena, 941 – 4º andar
Centro
CEP: 30.130-002 – Belo Horizonte – MG 
PROMOÇÃO DA SAÚDE
SAÚDE DA MULHER DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
610.73
D812s
Duarte, Isabela.
 
 Saúde da mulher, da criança e do adolescente / Isabela 
Duarte, Martha Aparecida da Silva. Belo Horizonte – MG : Adas-
tra Editora, 2015.
170 f. ; il.,
ISBN 978-85-69111-47-4
Apostila de Técnico em Enfermagem.
1. Saúde. 2. Gestação. 3. Recém-nascido. 4. Adolescente I. 
Título.
CDD: 610.73
Saúde da Mulher da Criança e do AdolescenteTécnico em Enfermagem
SUMÁRIO
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
......... 10
......................... 10
..... 11
............... 11
..................... 14
.................. 15
............................... 15
..................... 16
......................................... 16
........................................................ 21
................................. 21
........ 27
........ 27
........... 29
.............................................................. 38
.................................................. 38
....................................................... 39
................................. 39
................................ 39
................................................... 39
 UNIDADE I - ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA 
MULHER
1. Os avanços na assistência à saúde da 
mulher
2. Humanização e acolhimento
3. Programa de assistência integral à saúde 
da mulher (PAISM) 
4. Competência da unidade de saúde
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE II - ANATOMIA E FISIOLOGIA
1. O aparelho reprodutor feminino
2. O aparelho reprodutor masculino
3. Fases da vida da mulher
4. Principais hormônios femininos
5. O ciclo reprodutivo
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE III - PLANEJAMENTO FAMILIAR
1. Conceito
2. Métodos contraceptivos
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE IV - ENFERMAGEM EM GINECO-
LOGIA
1. Queixas mais frequentes das mulheres
2. Exames e procedimentos mais comuns 
em ginecologia
3. Afecções ginecológicas mais comuns
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE V - DOENÇAS SEXUALMENTE 
TRANSMÍSSIVEIS (DSTs)
1. Sífilis
2. Cancro mole
3. Gonorreia
4. Infecção por Chlamydia
5. Linfogranuloma venéreo
6. Donovanose
7. Trichomoníase
8. Herpes simples genital
9. Infecção pelo papiloma vírus humano 
(HPV) 
10. Hepatite B
11. Síndrome da imunodeficiência adquirida 
(AIDS ou SIDA) 
12. Prevenção das DSTs
13. Quando suspeitar de DST
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE VI - A GESTAÇÃO
1. Aspectos emocionais da mulher no ciclo 
gravídico puerperal
2. Desenvolvimento da gravidez
3. O desenvolvimento embrionário
4. O desenvolvimento fetal
5. Os anexos embrionários
6. A circulação fetal
7. A gestação
8. Cálculo da idade gestacional e data 
provável do parto
9. Trimestres de gravidez
10. Nutrição
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE VII - ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL
1. Objetivos
2. Fatores determinantes para uma atenção 
pré-natal de qualidade
3. O sisprenatal
4. O cartão de pré-natal
5. Pré-natal de alto risco e de risco habitual
6. Vacinação da gestante
7. Assistência de enfermagem à gestante 
gemelar
8. Orientações
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE VIII - COMPLICAÇÕES DURANTE 
O PERÍODO GESTACIONAL
1. Síndromes hemorrágicas
2. Doença hipertensiva específica da gravi-
............................................... 40
.................................. 40
........... 41
...................................................... 41
...... 41
..................................... 42
............................. 42
....... 47
....................... 47
.................... 47
................................ 48
................................ 48
........................................... 48
..................................................... 49
.............. 51
.................................. 51
......................................................... 51
........................................................ 54
..... 54
................................................. 54
.................................... 55
..... 55
.................................. 56
........ 56
................................................... 56
.............................. 62
..... 64
I N T R O D U Ç Ã O
Saúde da Mulher da Criança e do AdolescenteTécnico em Enfermagem
SUMÁRIO
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
..................................... 65
............................................. 65
.................................................... 66
...................... 66
................... 66
......................................... 67
...................................................... 68
................................... 71
.................................................. 71
...... 72
......................... 72
......................................................... 73
.......................................................... 73
.......................... 73
......................................... 75
.................................... 75
......................................................... 80
..... 80
....... 81
.... 82
........................................................... 86
........................................................... 86
.... 87
.... 87
.............. 87
............... 89
dez - DHEG
3. Diabetes gestacional
4. Sofrimento fetal
5. Polidrâmnio
6. Infecção do trato urinário (ITU) 
7. Doenças de transmissão vertical
8. Eritroblastose fetal
9. Óbito fetal
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE IX - PARTO HUMANIZADO
1. Classificação do parto
2. Parto normal
3. Monitoramento dos batimentos cardiofe-
tais
4. Indução do trabalho de parto
5. Cesárea
6. Distócia
7. Assistência de enfermagem
8. Parto humanizado
9. Método Mãe Canguru
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE X - PUERPÉRIO
1. Conceito
2. Assistência de enfermagem no puerpério
3. Principais alterações ocorridas no puer-
pério
4. Complicações mais comuns no puerpério
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 ESTUDOS DE CASO
• Caso 1
• Caso 2
 UNIDADE XI - ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA 
CRIANÇA
1. Humanização da assistência/acolhimento
2. Programa de atenção integral a saúde da 
CRIANÇA – PAISC
3. Atendimento da criança na atenção 
primária
4. Atendimento na unidade hospitalar
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE XII - ASSISTÊNCIA AO 
RECÉM-NASCIDO
1. O recém-nascido
2. Triagem neonatal - “Teste do pezinho” 
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE XIII - CUIDADOS COM O 
RECÉM-NASCIDO ENFERMO E COM MÁ 
FORMAÇÃO CONGÊNITA
1. O recém-nascido com sinais gerais de 
perigo
2. Sepse neonatal
3. Hiperbilirrubinemia e icterícia
4. Distúrbios respiratórios
5. RN com má formação congênita
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE XIV - AMAMENTAÇÃO E ORIEN-
TAÇÃO ALIMENTAR
1. Vantagens do aleitamento materno
2. Anatomia
e fisiologia da amamentação
3. Cuidados e orientações
4. Técnica correta para a amamentação
5. Técnica de ordenha manual para extração 
do leite
6. As dificuldades na amamentação
7. As drogas e a lactação
8. Introdução de alimentos complementares
9. Suplementação alimentar
10. Nutrição de prematuros
11. Obesidade infantil
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE XV - ALGUNS ASPECTOS IM-
PORTANTES NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA 
CRIANÇA
1. Imunização
2. Acompanhamento do crescimento e 
desenvolvimento
3. Acidentes mais comuns na infância, por 
faixa etária e sua prevenção
........................................... 98
........ 107
........ 112
............................................ 112
...................... 113
................................ 114
................. 115
............. 119
....... 119
............................... 119
........ 120
.. 120
............... 121
................................ 122
.. 122
........................... 123
.............................. 123
....................................... 125
.................................................. 130
........... 131
..... 133
Saúde da Mulher da Criança e do AdolescenteTécnico em Enfermagem
SUMÁRIO
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
.. 134
.................. 139
........................................ 140
............................... 140
................................. 142
................................. 150
.. 156
... 157
........... 157
.. 158
.................................................... 158
....................................................... 159
.............. 159
................................................ 161
................................................. 161
.......... 162
......................................... 166
...................................... 167
.................................................. 167
............................................................ 170
4. A criança ou adolescente vítima de violên-
cia doméstica
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE XVI - DOENÇAS MAIS COMUNS 
NA INFÂNCIA
1. Desnutrição energético proteica
2. Anemia ferropriva
3. Diarreia e desidratação
4. Doenças respiratórias
5. Parasitoses intestinais
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 UNIDADE XVII - ATENÇÃO À SAÚDE DO 
ADOLESCENTE
1. Programa de atenção à saúde do adoles-
cente (PROSAD) 
2. Atenção integral à saúde do adolescente
3. Assistência à saúde do adolescente
4. Atribuições do técnico de enfermagem na 
assistência ao adolescente
5. Vacinação
6. Nutrição
7. Carências e distúrbios nutricionais
8. Saúde bucal
9. Sexualidade
10. Principais situações de risco que en-
volvem o adolescente
 - Ideias-chave
 - Recapitulando
 - Para fixar o conteúdo
 ESTUDOS DE CASO
 SITES E LINKS ÚTEIS
 BIBLIOGRAFIA
 ANEXOS
Saúde da Mulher da Criança e do AdolescenteTécnico em Enfermagem 8
SAÚDE DA MULHER DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Por um bom tempo, a atenção à saúde 
da mulher esteve voltada para o aspecto 
da reprodução. Como herança desse 
tempo, ainda não é raro nos remetermos 
imediatamente ao pré-natal e ao parto quando 
pensamos na assistência a esta população. 
Contudo, é necessário considerar que a saúde 
da mulher engloba muitos outros aspectos, 
já que esta possui diversas particularidades 
relativas ao gênero, que vão muito além da 
sua função reprodutiva.
Considerando o perfil da população 
feminina brasileira, do ponto de vista 
epidemiológico, é possível destacar alguns 
fatores importantes:
• A morbidade por violência sexual e 
doméstica afeta prioritariamente as 
mulheres. 
• A população feminina é particularmente 
afetada por problemas relacionados ao 
exercício da sexualidade, tendo como 
complicação a transmissão vertical de 
DSTs, como AIDS e Sífilis, por exemplo.
• As principais causas de morte entre as 
mulheres são: 
 - Doenças cardiovasculares;
 - Neoplasias (câncer de mama, 
pulmão e colo uterino);
 - Pneumonias;
 - Doenças endócrinas, nutricionais 
e metabólicas (principalmente o 
diabetes);
 - Causas externas.
• A mortalidade materna não está entre 
as 10 principais causas de óbito entre as 
mulheres, mas é importante considerar 
que 92 % dessas mortes são evitáveis. 
Com base nisso, o coeficiente de 
mortalidade materna no Brasil ainda é 
considerável.
• As principais causas de óbito materno 
nas capitais brasileiras, atualmente, 
são: hipertensão arterial, hemorragias, 
infecção puerperal e aborto.
• Com relação à assistência à gestação e 
puerpério, a porcentagem de mulheres 
que realizam as 6 consultas de pré-natal 
ainda é muito baixa, e menor ainda é a 
cobertura da consulta puerperal.
• A fecundidade, o número de partos e as 
internações por aborto têm aumentado 
em mulheres com idade precoce.
A infância é a fase da vida mais intensa 
no que se refere ao crescimento do corpo, 
maturação do organismo e desenvolvimento 
neuropsicomotor. É também um momento 
de bastante vulnerabilidade do indivíduo a 
problemas que possam afetar a sua saúde 
em todos os aspectos. 
Dessa forma, é necessário que a criança 
receba uma atenção, que seja baseada na 
promoção da saúde, prevenção de doenças, 
diagnóstico precoce e recuperação dos 
agravos à saúde. Tal cuidado deve ser iniciado 
ainda no pré-natal, de forma humanizada 
e que considere todas as particularidades 
dessa fase da vida. 
Além disso, as condições de saúde das 
crianças também têm grande importância, do 
ponto de vista epidemiológico, uma vez que a 
morbidade e a mortalidade infantil, sobretudo 
no primeiro ano, são sensíveis indicadores 
das condições de vida de uma população. 
Assim como as crianças, os adolescentes 
também se apresentam como um público 
que merece lugar de destaque nas políticas 
de saúde. Essa fase da vida é marcada por 
intensas modificações biológicas, psicológicas 
e sociais, bem como pela exposição a 
diversas condições que aumentam os riscos 
de agravos para a sua saúde. 
Com base no exposto, o presente 
componente curricular vem tratar da atenção 
à saúde da mulher em todos os seus aspectos, 
abordando desde a anatomia e fisiologia 
SAÚDE DA MULHER,
DA CRIANÇA E
DO ADOLESCENTE
Introdução
9Saúde da Mulher da Criança e do AdolescenteTécnico em Enfermagem
SAÚDE DA MULHER DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Charge para debate e análise em sala
do sistema reprodutor, passando pela 
ginecologia, DSTs e planejamento familiar, 
até o ciclo gravítico-puerperal. Este material 
pretende ser subsídio para o conhecimento 
dos principais aspectos relacionados à saúde 
da criança e do adolescente, bem como da 
assistência de enfermagem a esse público. 
Aborda-se a assistência à criança na unidade 
de atenção primária a saúde, assim como 
na unidade hospitalar; focaliza-se o recém-
nascido, englobando os cuidados com o 
mesmo e os principais problemas manifestos 
nessa idade; apresentam-se as doenças 
mais comuns na infância, a amamentação 
e nutrição; discute-se a atenção à criança 
e aos adolescentes vítimas de violência 
doméstica; e, por fim, relacionam-se os 
principais aspectos da assistência à saúde 
do adolescente.
A infância é a fase da vida mais intensa 
no que se refere ao crescimento do corpo, 
maturação do organismo e desenvolvimento 
neuropsicomotor. É também um momento 
de bastante vulnerabilidade do indivíduo a 
problemas que possam afetar a sua saúde 
em todos os aspectos. 
Dessa forma, é necessário que a criança 
receba uma atenção que seja baseada na 
promoção da saúde, prevenção de doenças, 
diagnóstico precoce e recuperação dos 
agravos à saúde. Tal cuidado deve ser iniciado 
ainda no pré-natal, de forma humanizada, 
considerando todas as
particularidades dessa 
fase da vida. 
Além disso, as condições de saúde das 
crianças também têm grande importância, do 
ponto de vista epidemiológico, uma vez que a 
morbidade e a mortalidade infantil, sobretudo 
no primeiro ano, são sensíveis indicadores 
das condições de vida de uma população. 
Assim como as crianças, os adolescentes 
também se apresentam como um público 
que merece lugar de destaque nas políticas 
de saúde. Essa fase da vida é marcada por 
intensas modificações, tanto do ponto de vista 
biológico, como psicológico e social, bem 
como pela exposição a diversas condições 
que aumentam os riscos de agravos para a 
sua saúde. 
Com base no exposto, o presente 
componente curricular pretende ser subsídio 
para o conhecimento dos principais aspectos 
relacionados à saúde da criança e do 
adolescente, bem como da assistência de 
enfermagem a esse público. Aborda-se a 
assistência à criança na unidade de atenção 
primária à saúde, assim como na unidade 
hospitalar; o recém-nascido, englobando 
os cuidados com o mesmo e os principais 
problemas manifestos nessa idade; as 
doenças mais comuns na infância; a 
amamentação e a nutrição; a atenção à criança 
e aos adolescentes vítimas de violência 
doméstica e, por fim, os principais aspectos 
da assistência a saúde do adolescente.
Saúde da Mulher da Criança e do AdolescenteTécnico em Enfermagem 10
SAÚDE DA MULHER DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
UNIDADE I
ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA MULHER
1. OS AVANÇOS NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA 
MULHER
Por um bom tempo, a atenção à saúde da mulher 
esteve voltada para o aspecto da reprodução. 
Como herança desse tempo, ainda não é raro nos 
remetermos imediatamente ao pré-natal e ao parto 
quando pensamos na assistência a esta população. 
Contudo, é necessário considerar que a saúde da 
mulher engloba muitos outros aspectos, já que esta 
possui diversas particularidades relativas ao gênero, 
que vão muito além da sua função reprodutiva. 
No Brasil, a política pública evidenciou um salto 
de qualidade na década de 1980, com a formulação 
de propostas de atenção integral à saúde da mulher 
(PAISM-MS; Resolução 123 do INAMPS) que incluíram, 
pela primeira vez, serviços públicos de contracepção, 
visando à incorporação da própria mulher como sujeito 
ativo no cuidado da sua saúde em todas as etapas de 
vida. 
No nível conceitual, a ampliação do conceito de 
saúde é fruto de análises da condição feminina que 
abrangem as esferas de produção e de reprodução, 
abordando as complexas relações entre ambos, 
tanto em nível das práticas sociais como no aspecto 
ideológico. 
A relação trabalho, mulher e saúde e a dialética 
biológico e social têm em comum a preocupação em 
avançar numa caracterização da condição feminina 
que leva a uma ampliação do conceito de saúde.
À medida que a presença das mulheres no 
mercado de trabalho aumentou, elas se depararam 
com mudanças importantes nas suas funções, estilos 
de vida e padrões familiares. Além disso, encontraram 
perigos e estresse ambientais que as levaram a 
focalizar, de imediato, a atenção sobre as práticas de 
promoção da saúde.
Outras alterações no transcurso dos anos incluíram 
o retardo da gestação e da procriação até bem depois 
da estruturação das carreiras profissionais. Vários 
métodos de contracepção possibilitaram esta opção. 
Neste contexto, o cuidado à saúde da mulher nos 
aspectos assistenciais, preventivos e de promoção das 
suas necessidades ímpares se tornou essencial.
2. HUMANIZAÇÃO E ACOLHIMENTO
O conceito de atenção humanizada é amplo e 
envolve um conjunto de conhecimentos, práticas 
e atitudes que visam à promoção do parto e do 
nascimento saudáveis, bem como à prevenção da 
morbimortalidade materna e perinatal.
A atenção inicia-se no pré-natal, procurando 
garantir que a equipe de saúde realize procedimentos 
comprovadamente benéficos para a mulher e o bebê, 
bem como evite as intervenções desnecessárias, 
preservando a privacidade e a autonomia da mãe e do 
bebê.
Os profissionais de saúde desempenham importante 
11Saúde da Mulher da Criança e do AdolescenteTécnico em Enfermagem
SAÚDE DA MULHER DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
função, colocando seu conhecimento a serviço do 
bem-estar da mulher e do bebê, reconhecendo os 
momentos críticos, em que suas intervenções são 
necessárias para assegurar a saúde de ambos.
O profissional de saúde, consciente e responsável, 
desempenha o papel de minimizar a dor, ficar ao lado, 
dar conforto, esclarecer, orientar, ajudando no parto e 
nascimento.
A grande maioria dos profissionais vê a 
gestação, parto e puerpério como um processo 
predominantemente biológico, em que o aspecto 
patológico e as técnicas intervencionistas são 
considerados de maior importância.
A gestação é um processo que geralmente decorre 
sem complicações, mas deve ter uma avaliação crítica 
caso a caso. 
Reconhecer a individualidade é humanizar o 
atendimento, mudando condutas arraigadas de 
práticas rotineiras, e estimulando novas práticas e 
atitudes que, de foro íntimo, dependem de cada um. 
Algumas questões devem ser vistas como 
compromissos profissionais indispensáveis, tais 
como: sintonizar novas propostas e experiências, 
novas técnicas; basear-se em evidências, com olhar 
do observador atento; reconhecer que a grávida é a 
condutora do processo e que gravidez não é doença; 
e, principalmente, adotar a ética como pressuposto 
básico na prática profissional.
O acolhimento, aspecto essencial da política 
de humanização, implica na recepção da mulher, 
desde sua chegada à unidade de saúde, assumindo 
a responsabilidade por ela, ouvindo suas queixas, 
permitindo que ela expresse suas preocupações, 
angústias, garantindo atenção resolutiva e articulação 
com os outros serviços de saúde para a continuidade 
da assistência, quando necessário. 
3. PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA INTEGRAL À 
SAÚDE DA MULHER (PAISM)
A saúde da mulher (PAISM)
A incorporação da saúde da mulher entre as 
políticas de saúde ocorreu nas primeiras décadas do 
século XX. Porém, nesta época, a atenção era limitada 
às demandas relativas à gestação e ao parto.
Essa política recebeu muitas críticas do movimento 
feminista, que apontava o fato de a mulher ter a sua 
saúde assistida apenas no ciclo gravítico puerperal, 
ficando sem assistência na maior parte da sua vida. A 
ação e as críticas desse movimento tiveram um papel 
decisivo na inclusão de novas questões na agenda 
política nacional. De modo que, em 1984, o Ministério 
da Saúde elaborou o Programa de Assistência Integral 
à Saúde da Mulher e da criança (PAISMC). 
Em 1991, houve a separação entre o Programa da 
Criança (PAISC) e o Programa de Assistência Integral 
à Saúde da Mulher (PAISM).
Este programa incluiu ações educativas, preventivas, 
de diagnóstico, tratamento e recuperação. Determinou 
a assistência à mulher em clínica ginecológica, no 
pré-natal, parto, puerpério, climatério e planejamento 
familiar, bem como nas DSTs, no câncer de colo do 
útero e mama. 
O PAISM norteia as políticas de atenção à saúde da 
mulher até os dias de hoje. Seu objetivo maior é atender 
a mulher em sua integralidade, em todas as fases da 
vida, respeitando as necessidades e características 
de cada uma delas. Para isto, a Secretaria de Saúde 
do Distrito Federal tem dado ênfase ao atendimento 
à população feminina através de ações preventivas 
e de controle às doenças prevalentes nesse grupo 
populacional, nos níveis primário, secundário e 
terciário de assistência. 
Atuação do PAISM
 
As áreas de atuação do PAISM correspondem a 
grupos baseados nas fases da vida da mulher:
1. Assistência ao ciclo gravídico puerperal: pré-natal 
(baixo e alto risco), parto e puerpério;
2. Assistência ao abortamento;
3. Assistência à concepção e anticoncepção;
4. Prevenção do câncer de colo uterino
e detecção 
do câncer de mama (Portaria 3040, de 21 de junho 
de 1998, do MS, instituiu o Programa Nacional de 
Combate ao Câncer do Colo Uterino);
5. Assistência ao climatério;
6. Assistência às doenças ginecológicas prevalentes;
7. Prevenção e tratamento das DST/AIDS;
8. Assistência à mulher vítima de violência.
4. COMPETÊNCIA DA UNIDADE DE SAÚDE
A Unidade de Saúde deve ser a porta de entrada 
da gestante para o sistema de saúde. Ela é ponto de 
atenção estratégico e tem como atributo garantir a 
acessibilidade, responsabilizando-se pelos problemas 
de saúde das gestantes do seu território. 
Responsabilidades da equipe de atenção primária 
à saúde 
Realizar pré-natal:
 - Diagnóstico de gravidez;
 - Captar gestante;
 - Solicitar exames;
Saúde da Mulher da Criança e do AdolescenteTécnico em Enfermagem 12
SAÚDE DA MULHER DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
 - Garantir medicamentos básicos;
 - Classificar risco gestacional e monitorar as 
gestantes de alto risco;
 - Promover educação em saúde;
 - Alimentar e analisar o sistema de informação;
 - Tornar viável a visita da gestante à maternidade.
•	 Prevenção do Câncer de colo do útero: realizar 
rastreamento; coletar material para citologia 
oncótica; alimentar e analisar o sistema de 
informação.
•	 Prevenção do câncer de mama: realizar 
rastreamento, exame clínico das mamas, 
orientação para o autoexame das mamas; 
alimentar e analisar o sistema de informação.
•	 Puerpério: realizar as consultas e encaminhar para 
o planejamento familiar.
Competência da Maternidade na Assistência à 
Gestante
•	 Acolher a gestante quando esta apresentar 
qualquer intercorrência ou no momento do parto;
•	 Avaliar o grau de risco gestacional;
•	 Solicitar os exames necessários, conforme o 
estabelecido no Protocolo;
•	 Permitir a presença de acompanhante para a 
parturiente durante o trabalho de parto;
•	 Monitorar a evolução do trabalho de parto, 
realizando os registros no partograma;
•	 Adotar as recomendações para o parto humanizado, 
evitando os procedimentos desnecessários que 
tragam desconforto ou redução da autonomia à 
parturiente;
•	 Garantir a presença de pediatra na sala de parto;
•	 Viabilizar o alojamento conjunto;
•	 Realizar os cuidados necessários tanto para a 
mãe quanto para o bebê;
•	 Realizar as ações de educação em saúde, 
enfatizando o aleitamento materno e os cuidados 
com o bebê;
•	 Realizar os registros necessários no prontuário, 
Cartão da Gestante, entre outros. 
IDEIAS-CHAVE
Avanços na assistência à saúde da mulher; 
Humanização e acolhimento; PAISM; Competência da 
unidade de saúde; Competência da maternidade na 
assistência à gestante.
RECAPITULANDO
•	 No Brasil, a política pública evidenciou um salto de 
qualidade na década de 1980, com a formulação 
de propostas de atenção integral à saúde da 
mulher (PAISM-MS; Resolução 123 do INAMPS) 
que incluíram, pela primeira vez, serviços públicos 
de contracepção, visando à incorporação da 
própria mulher como sujeito ativo no cuidado da 
sua saúde, em todas as etapas de vida. 
•	 O conceito de atenção humanizada é amplo e 
envolve um conjunto de conhecimentos, práticas 
e atitudes, que visam à promoção do parto e do 
nascimento saudáveis, bem como à prevenção da 
morbimortalidade materna e perinatal.
•	 O profissional de saúde, consciente e responsável, 
desempenha o papel de minimizar a dor, ficar ao 
lado, dar conforto, esclarecer e orientar, ajudando 
no parto e no nascimento.
•	 O acolhimento, aspecto essencial da política de 
humanização, implica na recepção da mulher, 
desde sua chegada à unidade de saúde, 
assumindo responsabilidade por ela, ouvindo 
suas queixas, permitindo que ela expresse suas 
preocupações, angústias, garantindo atenção 
resolutiva e articulação com os outros serviços de 
saúde para a continuidade da assistência, quando 
necessário. 
•	 O objetivo maior do PAISM é atender a mulher 
em sua integralidade, em todas as fases da vida, 
respeitando as necessidades e características de 
cada uma delas. Para isto, a Secretaria de Saúde do 
Distrito Federal tem dado ênfase ao atendimento à 
população feminina através de ações preventivas 
e de controle às doenças prevalentes nesse grupo 
populacional, nos níveis primário, secundário e 
terciário de assistência. 
•	 A Unidade de Saúde deve ser a porta de entrada 
da gestante para o sistema de saúde. Ela é 
ponto de atenção estratégico e tem como atributo 
garantir a acessibilidade, responsabilizando-se 
pelos problemas de saúde das gestantes do seu 
território. 
PARA FIXAR O CONTEÚDO
A. Questões discursivas
1. No atendimento humanizado, qual o papel do 
profissional de enfermagem?
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2. Qual a diferença entre acolhimento e humanização?
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13Saúde da Mulher da Criança e do AdolescenteTécnico em Enfermagem
SAÚDE DA MULHER DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
3. O atendimento humanizado em saúde faz diferença 
na qualidade de assistência prestada aos pacientes/
clientes?
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4. Analise a relação entre atendimento humanizado e 
ética profissional.
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5. Qual é o significado de PAISM?
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B. Leia atentamente as afirmativas e marque V para 
as verdadeiras e F para as falsas.
01.( ) A gestação é um processo que geralmente 
decorre sem complicações, mas deve ter uma 
avaliação crítica caso a caso.
02.( ) O objetivo maior do PAISM é atender a 
mulher em sua integralidade, em todas as 
fases da vida, respeitando as necessidades e 
características de cada uma delas.
03.( ) É de responsabilidade da equipe de atenção 
primária à saúde: garantir a presença de 
pediatra na sala de parto e viabilizar o 
alojamento conjunto.
04.( ) Para o parto humanizado, recomenda-se 
evitar procedimentos desnecessários que 
tragam desconforto ou redução da autonomia 
à parturiente.
05.( ) No Brasil, a política pública evidenciou um 
salto de qualidade na década de 1980, com a 
formulação de propostas de atenção integral à 
saúde da mulher (DINSAMI). 
ANOTAÇÕES ESPECIAIS:
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Saúde da Mulher da Criança e do AdolescenteTécnico em Enfermagem 14
SAÚDE DA MULHER DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
UNIDADE II
ANATOMIA E FISIOLOGIA
1. O APARELHO REPRODUTOR FEMININO
O aparelho reprodutor feminino é um sistema 
formado por um conjunto de órgãos distribuídos de tal 
forma que, ao permitir a cópula, sirva de acomodação 
para dar origem à fecundação e desenvolvimento de 
uma gravidez em seu interior. 
É dividido, anatomicamente, em órgãos genitais 
externos e internos.
Órgãos genitais externos
As estruturas externas do aparelho reprodutor 
feminino são: o monte de vênus, ou monte pubiano, 
que tem a função de proteger e acolchoar a sínfise 
púbica; os grandes lábios e pequenos lábios, que 
também têm função de proteção; o clitóris, que é o 
principal local de estimulação nesta região; o meato 
uretral, por onde sai a urina; o introito vaginal, que 
é a abertura externa da vagina; as glândulas de 
Bartholin, glândulas secretoras de muco; o hímen, 
tecido membranoso que recobre o orifício vaginal e o 
períneo, região muscular, que separa a introito vaginal 
do ânus e tem função de sustentar a bexiga. Este 
conjunto de estruturas recebe o nome de vulva. 
Órgãos genitais internos
Internamente, o aparelho reprodutor feminino é 
constituído pelas seguintes estruturas: vagina, ovário, 
útero e tubas uterinas. 
Vagina
É o canal que comunica os órgãos internos e 
externos. Ele recebe lubrificação a partir do conteúdo 
excretado pela glândula de Bartholin. É o órgão 
receptor da copulação e também via de saída do fluxo 
menstrual e do conteúdo gestacional no momento do 
parto. 
Ovário
São as gônadas femininas. São glândulas duplas 
que têm como função principal o desenvolvimento 
e expulsão dos ovócitos, bem como a elaboração e 
secreção dos hormônios, estrógeno e progesterona.
Tubas Uterinas
São dois ductos que unem os ovários ao útero. 
Possuem um epitélio de revestimento formado por 
células ciliadas, cujo batimento dos cílios, juntamente 
com os movimentos peristálticos deste ducto, 
colaboram para a realização da função principal deste 
órgão: a condução do ovócito e do espermatozoide 
para o local da fecundação; e do zigoto em divisão na 
direção ao útero.
Útero
É o órgão responsável por receber o produto da 
gestação, alojá-lo para que ele possa crescer e se 
desenvolver, produzir as contrações durante o trabalho 
de parto e eliminar a menstruação caso não ocorra a 
fecundação. 
Ele se situa na cavidade pélvica anteriormente à 
bexiga e posteriormente ao reto. Tem o formato de 
uma pera invertida e é composto por três camadas: 
o perimétrio (camada externa, constituída de tecido 
conjuntivo); o miométrio (camada média, constituída 
de tecido muscular liso); e, por fim, o endométrio 
(camada interna), que é constituído de um tecido 
epitelial vascularizado rico em glândulas e cuja 
camada mais superficial é renovada ciclicamente, 
crescendo pela ação dos hormônios femininos e, 
depois, desagregando-se na menstruação. É também 
nesta última camada que o embrião se fixa para que 
possa se desenvolver.
Do ponto de vista anatômico, o útero ainda é dividido 
em colo (região localizada na abertura da vagina, na 
qual é formado o canal do parto) e corpo (região na 
qual acontece a implantação do concepto).
15Saúde da Mulher da Criança e do AdolescenteTécnico em Enfermagem
SAÚDE DA MULHER DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
As mamas
As mamas são consideradas órgãos assessórios 
do aparelho reprodutor feminino. São as glândulas 
responsáveis pela produção do leite após o parto.
2. O APARELHO REPRODUTOR MASCULINO
O aparelho reprodutor masculino tem a função 
de produzir o espermatozoide e inseminá-lo dentro 
do aparelho reprodutor feminino. É constituído pelas 
seguintes estruturas: testículos ou gônadas, pênis, 
vias espermáticas, epidídimo, canal deferente, 
uretra, escroto e glândulas anexas (próstata, 
vesículas seminais e glândulas bulbouretrais). 
Testículos
São as gônadas masculinas. Sua função é 
a formação dos espermatozoides e a produção 
dos hormônios sexuais masculinos, sobretudo a 
testosterona.
Epidídimos
São dois tubos enovelados que partem dos 
testículos, onde os espermatozoides são armazenados.
Canais deferentes
São dois tubos que funcionam como via de 
passagem para os espermatozoides. Partem dos 
testículos, circundam a bexiga urinária e unem-se ao 
ducto ejaculatório. 
Vesículas seminais
São responsáveis pela produção de um 
líquido que age como fonte de energia para os 
espermatozoides. Este líquido é liberado no ducto 
ejaculatório e juntamente com o líquido prostático e os 
espermatozoides, entrarão na composição do sêmen. 
Próstata
É uma glândula localizada abaixo da bexiga 
urinária, que tem por função secretar substâncias 
alcalinas que neutralizam a acidez da urina e ativam 
os espermatozoides.
Glândulas Bulbouretrais
Produzem uma secreção transparente que é 
lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar a 
passagem dos espermatozoides; também tem função 
na lubrificação do pênis durante o ato sexual.
Pênis
É órgão responsável pela eliminação do sêmen 
no interior do aparelho reprodutor feminino (processo 
denominado ejaculação). As estruturas que compõem 
este órgão são o corpo esponjoso, os corpos 
cavernosos, o prepúcio e a glande. 
Uretra 
É o canal localizado no interior do pênis, por 
onde passam os espermatozoides no momento da 
ejaculação, sendo também a via de eliminação da 
urina. 
Saco Escrotal, Bolsa Escrotal ou Escroto
São as duas bolsas constituídas de tecido epitelial 
que abrigam os testículos. Sua função é manter este 
órgão em uma temperatura de cerca de 1 a 3°C abaixo 
da temperatura corporal, pois os espermatozoides 
não poderiam se desenvolver adequadamente na 
temperatura normal do corpo.
3. FASES DA VIDA DA MULHER 
O ciclo de vida da mulher do ponto de vista 
reprodutivo
 
Do ponto de vista reprodutivo, a mulher passa 
por diversas fases durante a sua vida. Na infância, 
o aparelho genital da menina não manifesta nenhuma 
função específica, salientando que esta já nasce com 
todos de folículos, porém estes permanecem
imaturos 
até a puberdade. Por estímulos hormonais, começa a 
maturidade sexual, surgindo as seguintes modificações 
no organismo: estirão puberal; crescimento dos brotos 
mamários; início do aparecimento dos pelos pubianos 
e axilares; início da primeira menstruação (menarca). 
Com a menarca, a mulher entra em sua fase 
reprodutiva, denominada menacma, quando ocorrem 
os ciclos reprodutivos. Esta fase se encerra com a 
menopausa (última menstruação).
Saúde da Mulher da Criança e do AdolescenteTécnico em Enfermagem 16
SAÚDE DA MULHER DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
A próxima fase é o climatério, período em que 
os ciclos menstruais tornam-se irregulares, indicando 
o final da vida reprodutiva da mulher. O climatério 
é caracterizado por diversas manifestações, tais 
como escassez das menstruações (que culmina na 
menopausa); alterações vasomotoras, que provocam 
ondas de calor; sudorese; elevação da pressão arterial; 
palpitações passageiras e alterações do sistema 
nervoso, provocando instabilidade emocional, insônia 
e mudanças bruscas de comportamento.
4. PRINCIPAIS HORMÔNIOS FEMININOS
 - O GnRH: produzido pela região do cérebro 
denominada hipotálamo. Este hormônio estimula a 
liberação, pela glândula hipófise, do FSH e do LH.
 - O FSH e o LH: são produzidos pela glândula 
hipófise e agem diretamente no ovário, estimulando 
a maturação dos folículos (células que dão origem 
aos ovócitos), a ovulação, a produção do estrógeno 
e da progesterona e o crescimento do endométrio.
 - Estrógeno e progesterona: também estimulam 
o crescimento do endométrio e ainda levam 
as glândulas do endométrio a secretarem, 
preparando-o para a implantação do produto da 
concepção.
 - Prolactina: atua sobre a mama para estimular a 
produção de leite.
 - Oxitocina: hormônio secretado pela hipófise 
posterior, causa contração de miométrio no termo, 
ou seja, acentua a atividade uterina durante o 
trabalho de parto e age na liberação de leite 
durante a lactação. 
 - hCG (Gonadotrofina coriônica humana): 
é produzido pelos tecidos do embrião em 
desenvolvimento e tem a função de manter o corpo 
lúteo no início da gravidez, para que este secrete 
os hormônios estrogênio e progesterona.
5. O CICLO REPRODUTIVO
Todos os meses, a mulher passa por um ciclo 
reprodutivo, no qual ocorre basicamente: a maturação 
do ovócito, sua liberação (para que seja fecundado) 
e a menstruação ou a gestação.
O ciclo ovariano
Quando o ovário recebe o estímulo dos hormônios 
LH e FSH, vários folículos iniciam um processo de 
maturação, porém somente um deles, o conclui e é 
enfim liberado na ovulação. Isso leva em torno de 14 
dias, em um ciclo de 28. 
Durante a maturação dos folículos as células 
do ovário começam a produzir o estrogênio, que 
continuará a ser produzido após a ovulação, por 
uma glândula temporária denominada corpo lúteo, 
que também produz a progesterona. Caso ocorra a 
fecundação esta glândula é mantida, caso não ocorra, 
ela involui.
O ciclo menstrual 
O ciclo menstrual começa no primeiro dia da 
menstruação, dura em média 28 dias, podendo variar 
de 23 a 35. Passa por três fases:
1ª: Fase menstrual: quando a camada funcional do 
endométrio descama e é eliminada. Dura em torno de 
4 a 5 dias.
2ª: Fase proliferativa: coincide com o período de 
crescimento dos folículos ovarianos. Inicialmente, 
a camada mais interna do útero é bastante fina, 
mas sob o estímulo do estrogênio, do LH e do FSH, 
a espessura, o teor de água, as glândulas e a rede 
vascular do endométrio aumentam. Essa fase dura em 
média 9 dias. 
3ª: Fase secretora: é principalmente estimulada pela 
progesterona. O endométrio fica ainda mais espesso e 
as suas glândulas começam a secretar uma substância 
rica em glicogênio. Dura em torno de 13 dias.
A partir desse momento o ciclo pode ter dois 
desfechos:
1. Se ocorrer a fecundação, o concepto libera um 
hormônio denominado hCG que age sobre o 
corpo lúteo, fazendo com que ele mantenha a 
produção de estrógeno e progesterona, impedindo 
a ocorrência da menstruação. 
2. Se não houver fecundação, o ovário cessa a 
produção de estrógeno e progesterona, levando a 
uma queda abrupta dos níveis destes hormônios 
e consequente descamação do endométrio, 
ocorrendo a menstruação e iniciando um novo 
ciclo.
Características do ciclo menstrual
Duração
• Hipomenorreia: menos de 3 dias
• Hipermenorreia: mais de 5 dias
Intervalo
• Polimenorreia: a cada 15 dias ou duas vezes por 
mês
• Amenorreia: ausência de menstruação
17Saúde da Mulher da Criança e do AdolescenteTécnico em Enfermagem
SAÚDE DA MULHER DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Quantidade
•	 Oligomenorreia: escassa quantidade de sangue
• Menorragia: profusa quantidade de sangue, 
geralmente com coágulos.
Alterações do ciclo menstrual
Menóstase: é a suspensão brusca da menstruação 
antes do tempo normal de seu término. Acontece, 
geralmente, sob influências hormonais. 
Dismenorreia: trata-se da dor associada à 
menstruação, que pode ocorrer antes, durante ou 
depois da mesma. Está associada a um mecanismo 
no qual estão presentes fenômenos espasmódicos, 
vasculares, congestivos e, com frequência, também 
psicológicos.
Metrorragia: é a ocorrência de uma hemorragia 
uterina, não relacionada com a menstruação. Pode 
estar associada a várias causas, ocorrendo geralmente 
após o parto, no abortamento, na gravidez extrauterina, 
ou devido a tumores.
Amenorreia: ausência de fluxo menstrual.
IDEIAS-CHAVE
Órgãos genitais; Ciclo Reprodutivo; Ciclo Ovariano; 
Ciclo Menstrual.
RECAPITULANDO
•	 O Sistema Reprodutor Feminino externo é 
constituído por: monte de vênus, grandes lábios, 
pequenos lábios, meato uretral, introito vaginal, 
hímen, glândulas de Bartholin, clitóris e períneo.
•	 O sistema reprodutor feminino interno é constituído 
por: vagina, ovário, útero e tubas uterinas.
•	 O sistema reprodutor masculino é constituído pelas 
seguintes estruturas: testículos ou gônadas, pênis, 
vias espermáticas, epidídimo, canal deferente, 
uretra, escroto e glândulas anexas (próstata, 
vesículas seminais e glândulas bulbouretrais). 
•	 O útero é constituído de três camadas: o perimétrio 
(tecido conjuntivo), o miométrio (músculo liso) e o 
endométrio (tecido epitelial).
•	 As fases da vida da mulher do ponto de vista 
reprodutivo são: a infância (não há função 
reprodutiva), a puberdade (início da fase 
reprodutiva), a menacma (fase reprodutiva 
propriamente dita) e o climatério (quando cessam 
as funções reprodutivas).
•	 A primeira menstruação recebe o nome de 
menarca, e a última, de menopausa.
•	 Os hormônios envolvidos no ciclo reprodutivo são: 
GnRH, LH, FSH, progesterona e estrógeno.
•	 No ciclo reprodutivo ocorrem basicamente a 
maturação dos ovócitos, sua liberação e a 
menstruação ou a gestação.
•	 O ciclo menstrual se inicia no primeiro dia da 
menstruação.
•	 O ciclo menstrual dura em média 28 dias, podendo 
variar entre 23 e 35. 
Charge para debate e análise em sala
Saúde da Mulher da Criança e do AdolescenteTécnico em Enfermagem 18
SAÚDE DA MULHER DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
19Saúde da Mulher da Criança e do AdolescenteTécnico em Enfermagem
SAÚDE DA MULHER DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
PARA FIXAR O CONTEÚDO
A. Questões discursivas
1. Cite as estruturas que formam o aparelho reprodutor 
feminino internamente.
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2. Qual a importância do endométrio para a função 
reprodutiva da mulher?
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3. Cite as estruturas que formam o sistema reprodutor 
masculino.
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4. Por que os testículos não poderiam ser localizados 
dentro da cavidade pubiana?
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5. O que é a menacma e o que caracteriza esta fase 
da vida da mulher?
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6. Explique o que é o climatério e cite as principais 
manifestações desta fase da vida da mulher.
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7. Como você vê a assistência de enfermagem no 
climatério?
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8. Qual é o objetivo do ciclo reprodutivo na mulher?
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9. Descreva com suas palavras o ciclo ovariano e o 
ciclo menstrual.
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10. Qual a função dos hormônios envolvidos no ciclo 
reprodutivo?
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B. Leia atentamente as afirmativas e marque V para 
as verdadeiras e F para as falsas.
01.( ) A menopausa é a fase que marca o final da 
vida reprodutiva da mulher.
02.( ) O estrógeno e a progesterona são hormônios 
produzidos pelo corpo lúteo, e agem no 
endométrio, preparando-o para a implantação 
do concepto.
03.( ) A menacma corresponde à fase reprodutiva 
da vida da mulher e é iniciada com a menarca.
04.( ) A uretra não faz parte do aparelho reprodutor 
masculino, pois a sua função é eliminar a urina.
05.( ) O colo do útero é a região em que ocorre a 
implantação do embrião.
06.( ) A temperatura ideal para o desenvolvimento 
dos espermatozoides é entre 36,5 e 37°C. 
07.( ) A ovulação ocorre por volta do 14º dia do ciclo 
reprodutivo de 28 dias.
08.( ) O ciclo menstrual sempre dura 28 dias.
09.( ) O endométrio é a camada que descama no 
final de cada ciclo menstrual.
Saúde da Mulher da Criança e do AdolescenteTécnico em Enfermagem 20
SAÚDE DA MULHER DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
10.( ) As mamas são órgãos acessórios do sistema 
reprodutor feminino. 
C. Questões de múltipla escolha.
1. São funções do útero, exceto:
a. Receber o embrião.
b. Produzir as contrações durante o trabalho de parto.
c. Produzir o hormônio HCG.
d. Eliminar a menstruação.
2. As fases do ciclo menstrual são:
a. Ovulatória e menstrual.
b. Proliferativa e secretora.
c. Menstrual, proliferativa e secretora.
d. Ovulatória, proliferativa e secretora.
3. Sobre o ciclo ovariano, assinale a afirmativa correta.
a. A fase proliferativa do ciclo menstrual coincide com 
o momento da maturação dos folículos.
b. Em cada ciclo reprodutivo, um único folículo inicia 
o processo de maturação.
c. A ovulação é estimulada pelo estrógeno.
d. Folículos são os gametas femininos.
4. Podemos definir menopausa como:
a. O fim da vida reprodutiva da mulher.
b. Menstruações irregulares.
c. Dor ao menstruar.
d. A última menstruação.
5. Sobre o sistema reprodutor feminino, é incorreto 
afirmar que:
a. O endométrio é a camada do útero com menor 
capacidade de regeneração.
b. No nascimento, a menina já possui todos os 
folículos, que irão maturar ao longo da vida da 
mulher a partir da puberdade.
c. As tubas uterinas possuem células ciliadas 
e movimentos peristálticos que servem para 
conduzir o ovócito para o local da fecundação ou o 
zigoto em formação em direção ao útero. 
d. As camadas do útero são perimétrio, endométrio 
e miométrio.
ANOTAÇÕES ESPECIAIS:
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21Saúde da Mulher da Criança e do AdolescenteTécnico em Enfermagem
SAÚDE DA MULHER DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
UNIDADE III
PLANEJAMENTO FAMILIAR
1- CONCEITO
O objetivo principal do planejamento familiar 
é proporcionar ao casal as informações e meios 
necessários para que possam decidir, de forma livre 
e consciente, o número de filhos e em que momento 
irão tê-los. 
Sabe-se que pelo menos metade das gestações 
não são inicialmente planejadas, embora possam 
ser desejadas. Entretanto, em muitas ocasiões, o 
não planejamento deve-se à falta de orientações ou 
de oportunidades para a aquisição de um método 
anticoncepcional, o que comumente ocorre com as 
adolescentes. 
Neste sentido é importante que a equipe de saúde 
incentive e oriente as mulheres, num contexto de 
escolha livre e informada, com relação à utilização dos 
métodos contraceptivos, nas oportunidades de contato 
entre elas e a equipe de saúde, ou seja, nas consultas 
médicas e de enfermagem, nas visitas domiciliares, 
durante as consultas de puericultura e de puerpério e 
nas atividades de vacinação.
É importante também orientar à população que 
a maior parte dos contraceptivos protege somente 
contra a gravidez, mas não contra as DSTs. 
2 - MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
Métodos Naturais ou comportamentais
São gratuitos, não afetam a fertilidade
e não 
têm contraindicações. Porém, são pouco eficazes 
se não forem combinados com outros métodos, 
como preservativos ou espermicidas. A maioria 
deles somente é adequada para mulheres com ciclo 
menstrual regular.
Método da Tabelinha (Ogino-Knaus)
A mulher deve ser orientada, inicialmente, a marcar 
no calendário os últimos 6 a 12 ciclos menstruais com 
data do primeiro dia e duração, anotando o mais curto 
e o mais longo, de modo que, se a diferença entre 
eles for maior que 10 dias, este método não deve 
ser utilizado. Caso contrário, procede-se o seguinte 
cálculo: 
 - Subtrai-se 18 do ciclo mais curto, de modo que o 
resultado marca o início do período fértil (ex.: se o 
resultado é 10, o período fértil se inicia no 10° dia 
do ciclo),
 - A seguir subtrai-se 11 do ciclo mais longo, obtendo-
se o final do período fértil (ex.: resultado 20, final 
do período fértil no 20° dia do ciclo). 
Identificado o período fértil, deve-se abster de 
relações sexuais com contato genital durante tal 
período. 
Método da temperatura basal
Baseia-se nas alterações fisiológicas da 
temperatura corporal que ocorrem ao longo do 
ciclo menstrual, de modo que, após a ovulação, a 
temperatura basal aumenta entre 0,3 e 0,8° C. Desta 
forma, a paciente deverá observar e anotar a variação 
de sua temperatura, durante 2 a 3 ciclos menstruais, 
aferindo-a (durante 5 minutos) pela manhã (após 
repouso de no mínimo 5 horas), antes de se alimentar 
ou realizar qualquer esforço. 
Este procedimento deve ser realizado desde o 
primeiro dia da menstruação até o dia em que a 
temperatura se elevar por 3 dias consecutivos. Feito 
isso, deve-se estabelecer qual é variação normal da 
temperatura e o padrão de aumento, evitando relações 
sexuais no período fértil, ou seja, nos 3 dias em que a 
temperatura aumentou.
Vale ressaltar que, caso a mulher tenha alguma 
doença infecciosa como um simples resfriado ou 
virose, o esquema é alterado, de modo a não ser 
mais possível retomar a linha basal, ou distinguir se 
o aumento de temperatura é devido à ovulação ou à 
febre.
Método do Muco Cervical ou Billing
Baseia-se no princípio de que o muco cervical, que 
aparece cerca de 2 a 3 dias depois da menstruação, 
é inicialmente pouco consistente e espesso. Porém, 
logo antes da ovulação, ele atinge o chamado “ápice”, 
ficando bem “grudento”. 
Estas modificações do muco devem ser observadas 
diariamente, colocando-o entre o indicador e o polegar 
e tentando separar os dedos. Quando percebida a 
alteração, a atividade sexual deve ser interrompida, 
permanecendo em abstinência por no mínimo 4 dias a 
partir do pico de produção.
Saúde da Mulher da Criança e do AdolescenteTécnico em Enfermagem 22
SAÚDE DA MULHER DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Coito interrompido 
Entre os métodos naturais, é o mais utilizado. 
Fundamenta-se na capacidade do homem em 
pressentir a iminência da ejaculação e, neste 
momento, retirar o pênis da vagina. Porém, possui 
baixa efetividade, não sendo muito indicado.
Método da amenorreia da lactação (LAM)
O aleitamento materno exclusivo também pode 
funcionar como um método contraceptivo, pois a 
sucção frequente pelo bebê envia impulsos nervosos 
ao hipotálamo, inibindo a ovulação por, em média, 
90 dias após o parto. Porém, para este método 
exercer uma função contraceptiva eficaz não deve 
haver interrupção do aleitamento materno e a nutriz 
deve oferecer de 8 a 11 mamadas em 24 horas, sem 
suprimir totalmente o aleitamento durante a noite e 
sem introduzir alimentação suplementar. 
Métodos de barreira
Os métodos de barreira são aqueles que atuam 
impedindo a ascensão dos espermatozoides ao útero. 
Suas vantagens são: o fato de quase todas as pessoas 
poderem usar; de não provocarem nenhum tipo de 
risco para a saúde; e de serem de fácil acesso. 
Condom, camisinha ou preservativo
É o método de barreira mais utilizado. Trata-se 
de um dispositivo de látex (masculina) ou poliuretano 
(feminina), que tem a função de reter o sêmen, 
impedindo o seu contato com a vagina, bem como a 
transmissão de microrganismos por via sexual. É um 
método de fácil acesso, não tem contraindicações. 
É fornecido, tanto na versão masculina quanto na 
feminina, pela rede pública da saúde.
Para se obter a eficácia adequada deste método, 
é fundamental que se tenha o cuidado de utilizá-lo da 
maneira correta. Conforme as observações a seguir:
- Preservativo masculino
O preservativo masculino é um envoltório de látex, 
que deve ser desenrolado, com cuidado e pelo lado 
correto, sempre no pênis ereto, antes de qualquer 
contato com a vagina, ânus ou boca. Deve ser retirado 
imediatamente após a ejaculação, segurando-se as 
bordas para impedir que os espermatozoides escapem 
para a vagina. 
Depois de retirá-lo da embalagem, deve-se apertar 
a extremidade (dando uma leve torcida) para evitar 
a entrada de ar, pois caso isso ocorra, há risco de 
estourar com mais facilidade. Vale lembrar que ele já 
vem com um lubrificante, que não deve ser retirado, 
pois isso também aumenta o risco de estourar. 
A taxa de falha varia de 3 a 14 mulheres grávidas 
em 100, por ano.
Preservativo feminino
O preservativo feminino é um tubo de poliuretano 
com uma extremidade fechada e a outra aberta, 
acoplado na cérvice uterina, paredes vaginais e vulva 
por dois anéis flexíveis. 
A sua introdução é feita flexionando o anel de modo 
que possa ser introduzido na vagina, empurrando com 
os dedos indicador e médio o máximo que puder, de 
modo que fique sobrando um pouco para fora, devendo 
permanecer assim durante a relação. 
O produto já vem lubrificado, devendo ser utilizado 
uma única vez. Deve ser retirada logo após a 
ejaculação, rosqueando o anel para que não escorra 
o líquido seminal para dentro da vagina. Se usada 
corretamente, sua eficácia varia de 82 a 97%.
Diafragma
Trata-se de um anel flexível, coberto por uma 
membrana de borracha fina, disponível em vários 
tamanhos (de acordo com o tamanho do colo uterino), 
que a mulher deve colocar na vagina para cobrir o colo 
do útero. 
Como uma barreira, ele impede a entrada dos 
23Saúde da Mulher da Criança e do AdolescenteTécnico em Enfermagem
SAÚDE DA MULHER DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
espermatozoides, devendo ser utilizado junto com um 
espermicida, por no máximo 6 horas antes da relação 
sexual. Recomenda-se introduzir na vagina de 15 a 30 
minutos antes da relação sexual e só retirar de 6 a 
8 horas após a última relação com penetração. Vale 
ressaltar que a higienização e o armazenamento 
corretos do dispositivo são fatores importantes na 
prevenção de infecções genitais e no prolongamento 
da vida útil do diafragma. 
Esponjas e os Espermicidas 
As esponjas são dispositivos descartáveis, feitos 
de poliuretano, que são adaptadas ao colo uterino. 
Geralmente são utilizadas em associação com 
espermicidas, substâncias químicas que imobilizam 
e destroem os espermatozoides, podendo ser 
utilizados combinadamente também com o diafragma 
ou preservativos. São encontrados em várias 
apresentações: cremes, geleias, supositórios, tabletes 
e espumas.
 
Dispositivo Intrauterino (Diu) 
O DIU é um artefato de polietileno, ao qual podem 
ser adicionados cobre ou hormônios. É inserido 
na cavidade uterina e atua causando uma reação a 
corpo estranho, provocando alterações endometriais, 
espermáticas, ovulares, cervicais e tubárias, 
interferindo no transporte do espermatozoide pelo 
trato reprodutivo feminino, e impedindo, assim, a 
fecundação. 
Recentemente, foi lançado no Brasil o Mirena®, 
um DIU combinado com hormônios, em um formato 
de letra T. Este possui um reservatório contendo um 
hormônio que age provocando a atrofia do endométrio, 
além de tornar o muco cervical mais espesso, inibindo 
a passagem do espermatozoide através da cavidade 
uterina. A sua
vantagem é a menor quantidade de 
efeitos colaterais em relação ao DIU convencional.
Anticoncepção Hormonal 
Este método se baseia na utilização de fármacos a 
base de estrógeno e progesterona e atua, basicamente, 
de modo a inibir a ovulação, pois bloqueia a liberação 
de FSH e LH pela hipófise. Além disso, interfere na 
função de transporte das tubas uterinas, ao modificar 
a contratilidade das mesmas, alterando também 
as condições endometriais, além se produzir uma 
modificação no muco cervical, tornando-o hostil aos 
espermatozoides.
Anticoncepcionais hormonais orais (pílulas) 
 - Pílulas Monofásicas: são aquelas que contêm 
a mesma dosagem de hormônios (estrogênio 
e progesterona) em todas as pílulas, devendo-
se tomar uma por dia, com uma pausa de sete 
dias, ao final de cada cartela, momento em que 
sobrevém a menstruação. 
 - Pílulas Multifásicas: têm diferentes dosagens 
para cada hormônio, conforme a fase do ciclo. São 
tomadas como as pílulas monofásicas, mas têm 
cores diferentes, de acordo com a dosagem e a 
fase do ciclo, indicando a ordem em que devem 
ser tomadas. A vantagem destas é que causam 
menos efeitos colaterais.
 - Pílulas e baixa dosagem ou minipílulas: têm 
uma dosagem mais baixa e contêm apenas um 
hormônio (geralmente a progesterona). São 
indicadas durante a amamentação, como uma 
garantia extra para a mulher. Ressalte-se que elas 
não têm ação de inibição da ovulação, realizando 
apenas as demais funções dos contraceptivos 
hormonais. Devem ser tomadas todos os dias, 
sem interrupção, inclusive durante a menstruação. 
As pílulas são métodos de efetividade alta e 
bastante utilizados; porém, também apresentam 
algumas desvantagens e contraindicações:
•	 Podem causar efeitos colaterais em algumas 
mulheres, como náusea, sensibilidade dos seios, 
ganho de peso ou retenção de água, alterações no 
humor, manchas na pele, dor de cabeça e aumento 
na pressão sanguínea. 
•	 São contraindicadas em mulheres fumantes, com 
doenças do fígado e do coração, hipertensão, 
suspeita de gravidez, flebite ou varizes, glaucoma, 
enxaqueca, AVE, ou obesidade. 
•	 Pode ter sua efetividade diminuída com o uso de 
algumas drogas. Se utilizada por muito tempo, 
pode aumentar o risco de câncer de mama. Não é 
recomendada para mulheres com menos de 16 ou 
com mais de 40 anos. 
Saúde da Mulher da Criança e do AdolescenteTécnico em Enfermagem 24
SAÚDE DA MULHER DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Anticoncepção de emergência, ou pílula do Dia 
Seguinte 
É um tipo alternativo de contracepção hormonal 
oral a base de levonorgestrel, um tipo de progesterona. 
Age inibindo a ovulação, fertilização e implantação 
do blastocisto (zigoto em divisão). É utilizada antes 
de 72 horas após o coito desprotegido. Este método 
foi elaborado para ser usado somente nos casos de 
emergência, ou seja, nos casos em que os outros 
métodos anticoncepcionais não tenham sido adotados 
ou tenham falhado de alguma forma. 
Vale ressaltar que esta medida nem sempre surte 
resultados e pode ter efeitos colaterais intensos, 
sendo os mais comuns: náusea, dores abdominais, 
fadiga, cefaleia, distúrbio no ciclo menstrual, tontura, 
fragilidade dos seios, e, em casos menos comuns, 
diarreia, vômito e acnes. Não é indicada a sua 
utilização de modo frequente. Além disso, a sua taxa 
de falha aumenta de forma diretamente proporcional ao 
tempo decorrido do coito, bem como com a utilização 
frequente.
Anticoncepcionais hormonais administrados por 
outras vias
Entre os contraceptivos hormonais, existem 
aqueles que são utilizados por outras vias que não 
a via oral, sendo eles: os injetáveis, os implantes, os 
endovaginais e os adesivos.
 
- Injetáveis: são administrados por via intramuscular 
(IM), contendo progesterona e estrógeno ou apenas 
progesterona. Podem ser trimestrais ou mensais, de 
modo que o mensal deve ter sua primeira injeção 
aplicada do 1º ao 5º dia do ciclo menstrual e as 
subsequentes a cada 30 dias, podendo variar no 
máximo 3 dias. 
Para o injetável trimestral, a primeira injeção deve 
ser realizada até o sétimo dia do ciclo menstrual e as 
próximas a cada 90 dias, extrapolando no máximo 3 
dias da data estipulada. Vale lembrar que não se deve 
utilizar bolsa de água quente e nem massagem no local 
da injeção para não acelerar a liberação do hormônio 
(nesse caso, progesterona), o que pode alterar a sua 
ação. 
Implantes: são cápsulas de silicone, contendo 
hormônio sintético similar à progesterona, liberado 
diretamente na corrente sanguínea. A cápsula é 
implantada no tecido subcutâneo, na região do 
antebraço. A durabilidade varia com o tipo de implante 
e a eficácia é alta. 
Anticoncepcionais administrados por via vaginal: 
têm as mesmas características do oral, porém são 
metabolizados de forma mais lenta e uniforme 
em comparação com o que ocorre na mucosa 
gastrointestinal.
Adesivo anticoncepcional: é utilizado sobre a pele, 
em diversos locais do corpo, permanecendo na posição 
durante uma semana, e liberando gradativamente 
os hormônios que são absorvidos diretamente pela 
circulação.
Métodos Definitivos
Os métodos definitivos, também conhecidos 
como esterilização, são: a laqueadura tubária e a 
vasectomia. São métodos cirúrgicos, realizados, 
na mulher, através da ligadura ou corte das tubas 
uterinas, impedindo o encontro dos gametas masculino 
e feminino (laqueadura) e, no homem, pela ligadura 
ou corte dos canais deferentes (vasectomia), o que 
impede a presença dos espermatozoides no líquido 
ejaculado. 
IDEIAS-CHAVE
Impedimento do encontro dos gametas; abstenção 
sexual; inibição da ovulação; impedimento da 
implantação; modificações endometriais e cervicais; 
impedimento da ascensão do espermatozoide.
 
RECAPITULANDO
•	 O planejamento familiar permite ao casal decidir o 
número de filhos e o momento de tê-los.
•	 Os métodos contraceptivos naturais são: tabelinha, 
temperatura basal, Billing, coito interrompido e 
25Saúde da Mulher da Criança e do AdolescenteTécnico em Enfermagem
SAÚDE DA MULHER DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
método da amenorreia da lactação (LAM).
•	 Os métodos da tabelinha, temperatura basal e 
Billing só podem ser utilizados por mulheres com 
ciclos regulares.
•	 Os métodos de barreira são o preservativo, o 
diafragma, as esponjas e os espermicidas. 
•	 Os métodos de barreira atuam impedindo a 
ascensão dos espermatozoides ao útero.
•	 A função do preservativo é reter o sêmen e evitar 
a transmissão de microrganismos por via sexual.
•	 O DIU é um artefato inserido na cavidade uterina 
que atua causando uma reação a corpo estranho.
•	 Anticoncepção hormonal atua basicamente de 
modo a inibir a ovulação, pois bloqueia a liberação 
de FSH e LH pela hipófise.
•	 A pílula do dia seguinte atua inibindo a ovulação, 
fertilização e implantação do blastocisto (zigoto em 
divisão). 
•	 Além dos contraceptivos hormonais orais, existem 
ainda os injetáveis, os implantes, os endovaginais 
e os adesivos.
•	 Os métodos definitivos são: a laqueadura tubária 
e a vasectomia.
•	 Laqueadura: ligadura ou corte das tubas uterinas.
•	 Vasectomia: ligadura ou corte dos canais 
deferentes.
•	 Os métodos definitivos atuam impedindo o 
encontro entre o espermatozoide e o óvulo, na 
mulher e a liberação do espermatozoide no sêmen, 
no homem.
PARA FIXAR O CONTEÚDO
A. Questões discursivas
1. Qual é o objetivo do planejamento familiar?
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2. Quais são os tipos de métodos contraceptivos 
disponíveis?
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3. Os métodos da tabelinha, de Billing e da temperatura 
basal são indicados para quais mulheres?
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4. Mariana anotou o início e a duração de todos os seus 
ciclos menstruais durante 6 meses e constatou que o 
seu ciclo mais curto foi de 27 dias e o mais longo de 
30 dias. Ela pode utilizar o método da tabelinha como 
contraceptivo? E caso ela queira engravidar, em que 
período do ciclo ela tem mais chances de conseguir?
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5. Por que o aleitamento materno exclusivo pode agir 
também como método contraceptivo?
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6. Dentre os métodos contraceptivos, qual o único que 
previne DSTs?
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7. Quais são os efeitos colaterais mais comuns das 
pílulas?
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8. No que se baseia, de um modo geral, a ação dos 
contraceptivos hormonais?
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Saúde da Mulher da Criança e do AdolescenteTécnico em Enfermagem 26
SAÚDE DA MULHER DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
9. Qual a diferença entre a pílula do dia seguinte e os 
outros contraceptivos hormonais orais?
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10. Que procedimento é realizado na laqueadura 
tubária e na vasectomia? Como tais métodos impedem 
a gestação?
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B. Leia atentamente as afirmativas e marque V para 
as verdadeiras e F para as falsas.
01.( ) A função dos métodos contraceptivos é evitar 
a gestação e prevenir as DSTs.
02.( ) A pílula do dia seguinte é um método que 
possui alta eficácia e com poucos efeitos 
colaterais, se utilizado de forma frequente.
03.( ) Entre os métodos contraceptivos naturais, o 
coito interrompido é o mais eficaz.
04.( ) O DIU atua causando alterações endometriais, 
espermáticas, ovulares, cervicais e tubárias, 
interferindo no transporte do espermatozoide 
pelo trato reprodutivo feminino.
05.( ) As pílulas multifásicas recebem este nome 
por serem compostas de mais de um tipo de 
hormônio, enquanto que as monofásicas são 
constituídas somente por um tipo de hormônio. 
As últimas são geralmente utilizadas durante a 
amamentação.
06.( ) O método da temperatura basal consiste em 
abstenção da relação sexual durante os dias 
em que ocorre aumento da temperatura. Isto 
se baseia no princípio de que a temperatura 
basal sofre ligeiro aumento entre 0,3 e 0,8° C 
após a ovulação. 
07.( ) A ação da pílula do dia seguinte é exatamente a 
mesma da de outras pílulas anticoncepcionais.
08.( ) Os implantes são cápsulas de silicone, 
contendo hormônio sintético similar à 
progesterona, liberado diretamente na 
corrente sanguínea.
09.( ) Após a administração do contraceptivo 
injetável, a paciente deve ser orientada 
a aplicar bolsa de água quente e realizar 
massagem com movimentos circulares no 
local da aplicação para alívio da dor.
10.( ) O contraceptivo hormonal em forma de 
adesivo é utilizado sobre a pele, liberando 
gradativamente os hormônios, que são 
absorvidos diretamente pela circulação.
C. Questões de múltipla escolha.
1. Sobre a administração do contraceptivo hormonal 
injetável, assinale a alternativa correta.
a. O de aplicação mensal deve ter sua primeira 
injeção realizada do 1º ao 5º dia do ciclo menstrual 
e as subsequentes a cada 30 dias, podendo variar 
no máximo 3 dias. 
b. No de aplicação trimestral a primeira injeção 
deve ser feita até o 7º dia do ciclo menstrual e as 
próximas a cada 90 dias, extrapolando no máximo 
3 dias da data estipulada.
c. A via de administração é a intramuscular.
d. Todas as afirmativas estão corretas.
2. São métodos contraceptivos definitivos:
a. Histerectomia e Vasectomia.
b. Vasectomia e Laqueadura.
c. DIU e Implantes.
d. Diafragma e Laqueadura.
3. São todos anticoncepcionais hormonais:
a. Pílula, pílula do dia seguinte e DIU.
b. Diafragma, pílula e adesivo anticoncepcional.
c. Billing, diafragma e DIU. 
d. Pílula, adesivo anticoncepcional e implante.
4. As pílulas convencionais são contraindicadas para 
as seguintes mulheres, exceto:
a. Fumantes, com doenças do fígado ou com 
glaucoma.
b. Hipertensas, que possuem flebite ou varizes, ou 
que tenham sofrido um AVE.
c. Que estejam com suspeita de gravidez, ou que 
sejam obesas.
d. Maiores de 35 e menores de 12 anos.
5. Assinale a alternativa em que todos são efeitos 
colaterais das pílulas convencionais:
a. Retenção de líquido e aumento na pressão 
sanguínea.
b. Ganho de peso e alopecia.
c. Náuseas e alterações no ciclo menstrual. 
d. Alterações de humor e prurido cutâneo.
 
27Saúde da Mulher da Criança e do AdolescenteTécnico em Enfermagem
SAÚDE DA MULHER DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
UNIDADE IV
ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA
A Ginecologia é a área que presta assistência 
à mulher não grávida. Neste contexto, é comum 
ocorrerem situações embaraçosas e, às vezes, 
delicadas. Por isso, os profissionais que atendem a 
essa população precisam estar atentos a algumas 
questões: 
•	 Manter uma conduta profissional dentro da 
ética. Não realizar julgamentos e comentários 
preconceituosos, mantendo sempre sigilo sobre as 
revelações feitas pela paciente, bem como sobre 
diagnóstico e tratamento aos quais a mesma já 
tenha sido ou esteja sendo submetida.
•	 Cuidar para que ela não fique exposta mais do que 
o necessário durante exames e procedimentos.
•	 Tratar as pacientes com uma atitude de acolhida 
e respeito independente de suas particularidades.

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