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SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO		4
2	O CONFLITO ÁRABE-ISRAELENSE		5
2.1	MOTIVOS		5
2.2	HISTÓRICO		6
3	ALGUNS ELEMENTOS DA DISPUTA		9
3.1	ISRAEL		9
3.2	PALESTINA		9
3.3	JERUSALÉM		10	
3.4	FAIXA DE GAZA		10
3.5	CISJORDÂNIA		10	
3.6	HAMAS		10
4	CONFLITOS NO MUNDO ÁRABE		12
5	CONCLUSÃO		13
6	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS		14
1 INTRODUÇÃO
Nesse trabalho iremos apresentar textos que discorrem sobre os conflitos árabes. 
É de conhecimento de todos, de um modo geral, que os judeus sofreram muito nas mãos dos alemães durante a Segunda Guerra Mundial e os judeus não tinham onde se estabelecer depois da guerra. Dentro deste contexto, a Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu dividir a Palestina com o estado de Israel, surgindo então os primeiros conflitos árabes contra os judeus. 
Para auxiliar na compreensão do fato citado a cima, elaboramos alguns textos que ajudarão a entender melhor o contexto histórico desses conflitos.
2 O CONFLITO ÁRABE-ISRAELENSE
O conflito Árabe-Israelense é um longo conflito na região do Oriente Médio, que ocorre desde o final do século XIX, com a reivindicação de direitos sobre a área da Palestina por parte de judeus e árabes. Este conflito resultou no início de, no mínimo, cinco grandes guerras, um número significativo de conflitos armados e duas Intifadas (levantamentos populares).
Figura 2.1 Disponível em <http://www.estudopratico.com.br/o-conflito-arabe-israelense/>.
2.1 MOTIVOS
O principal dos motivos é a reivindicação de direitos sobre o território da Palestina por parte de israelenses e palestinos que, segundo cada um destes povos, possuem direito milenar sobre a região. Outros motivos estão ligados à cultura e à imposição de valores ocidentais às tradições orientais, a questão econômica, que diz respeito ao desejo das potências capitalistas de estabelecerem um ponto estratégico na rica região petrolífera (a mais rica região petrolífera do planeta) e o fator político.
2.2 HISTÓRICO
Os judeus foram expulsos da Palestina pelos romanos no século I da Era Cristã e, durante séculos, sonharam com o retorno à “Terra Prometida”. O Império Romano dominou essa área e, ao eliminar várias rebeliões judaicas, destruiu o templo judaico em Jerusalém, matou uma grande quantidade de judeus e forçou outros à diáspora (deixarem a sua terra). Nessa ocasião, o Império Romano mudou o nome da região de Terra de Israel para Palestina. Alguns judeus permaneceram na região, outros só retornaram nos séculos XIX e XX. No século VII, a Palestina foi invadida pelos árabes muçulmanos.
Após a derrota do Império Otomano na 1ª Guerra Mundial, a Palestina ficou sob o domínio dos ingleses, que se comprometeram a ajudar na construção de um estado livre e independente para os judeus. Os britânicos permitiram que os judeus comprassem terras na Palestina, e essa maciça migração recebeu o nome de Sionismo, fazendo referência à Colina de Sion, em Jerusalém.
No entanto, as áreas de assentamento de árabes e israelenses (dois grupos de características étnicas e religiosas bastante distintas) no mesmo território não foram delimitadas e os violentos conflitos tiveram início.
Com a ascensão do nazismo, a constante perseguição aos judeus e o massacre deste povo nos campos de concentração durante a 2ª Guerra Mundial, o apoio da comunidade internacional à criação de um Estado judaico aumentou.
Em 1947, a recém-criada Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu a divisão do território palestino entre judeus (ocupariam 56% das terras com seus 700 mil habitantes) e palestinos, que ocuparia o restante do território. O Estado de Israel foi proclamado no ano seguinte.
Insatisfeitos, a Liga Árabe (Egito, Líbano, Jordânia, Síria e Iraque) invadiu Israel, em 1948, com o objetivo de reconquistar o território, iniciando a Guerra de Independência. Os israelenses saíram vitoriosos e aumentaram a ocupação da área para 75%. Nesse mesmo período, o Egito assumiu o controle da Faixa de Gaza e a Jordânia criou a Cisjordânia.
Após a Guerra de 48, ainda vieram vários outros conflitos, como a Guerra de 1956, a de 1967, a guerra de 1968-1970, a de 1973 e a guerra de 1982, além de diversos outros conflitos armados e Intifadas.
A seguir, estão listados alguns fatores que os povos judeus e palestinos utilizam para basear suas reivindicações por Israel.
	O povo judeu baseia suas reivindicações por Israel em diversos fatores:
1. A Terra de Israel foi prometida por Deus aos judeus. Esta é a antiga terra dos patriarcas e profetas bíblicos. Na Bíblia, inúmeras passagens citam Israel e Jerusalém como sagrados ao povo judeu e as principais orações judaicas falam sobre o retorno do povo à sua cidade sagrada. As orações judaicas são feitas em direção a Jerusalém. Durante as festas judaicas, as orações são encerradas recitando a frase "ano que vem em Jerusalém".
2. Desde que os judeus foram exilados pelos romanos, a Terra de Israel nunca foi estabelecida como um estado. A região foi colonizada por diversos impérios, mas nunca voltou a ser um estado soberano. Foram imigrantes judeus que desenvolveram a agricultura e construíram cidades para restabelecer um estado no seu lar histórico.
3. O estado de Israel foi criado pelas Nações Unidas em 1947. É um estado democrático, moderno e soberano.
4. Toda a Terra de Israel foi comprada pelos judeus ou conquistada por Israel em guerras de defesa, após o país ter sido atacado por seus vizinhos árabes.
5. Os árabes controlam 99.9% do território no Oriente Médio. Israel representa apenas um décimo de 1 % da região.
6. A história demonstrou que a segurança do povo judeu apenas pode ser garantida através da existência de um estado judeu forte e soberano.
	O povo palestino baseia suas reivindicações em diversos fatores:
1. Os árabes muçulmanos viveram no local por muitos anos.
2. O povo palestino tem o direito à independência nacional e à soberania sobre a terra onde viveram.
3. Jerusalém é a terceira cidade sagrada na religião muçulmana, local de elevação do profeta Maomé aos Céus.
4. O Oriente Médio é dominado por árabes. Outras religiões ou nacionalidades não pertencem à região.
5. Todos os territórios árabes que foram colonizados tornaram-se estados completamente independentes, exceto a Palestina.
6. Os palestinos tornaram-se refugiados. Outros países árabes nunca os aceitaram completamente e eles vivem frequentemente em campos para refugiados tomados pela pobreza.
3 ALGUNS ELEMENTOS DESSA DISPUTA
Figura 3.1 – Cidade de Jerusalém, capital declarada por Israel.
3.1 ISRAEL
Localizado em parte da antiga Palestina, o Estado de Israel é um país judeu democrático criado em 1948 com ajuda da Organização Sionista Mundial. É a única nação de maioria judia no mundo e constantemente está envolvida em disputas com seus vizinhos árabes.
3.2 PALESTINA
Era uma extensa área do Oriente Médio localizada na costa oriental do Mar Mediterrâneo. Atualmente a palestina é um Estado sem território. Importante região que liga a África à Ásia, que foi durante toda a história, palco de disputas de etnias locais. A história sugere que, até o século XX, as disputas foram pontuais, havendo razoável tolerância entre judeus e árabes.
 Como tentativa de apaziguar os confrontos entre judeus e árabes, possibilitando a criação de um Estado judaico pós-holocausto, a ONU propôs partilha do território palestino entre o Estado de Israel e o Estado Palestino. Isso não foi bem visto pela Liga Árabe, que julgou injusta a divisão e não a reconheceu. A proposta de partilha nunca foi levada a cabo devido a sugestão de manutenção das populações árabes na região a ser ocupada. Contudo, a partir de 1948, a região foi repartida em três: uma corresponde, hoje, a Israel (Jerusalém Oriental), e as outras duas permanecem como territórios palestinos - Faixa de Gaza e Cisjordânia -, mas não formam um Estado. Atualmente, Israel controla os acessos à Cisjordânia e Faixa de Gaza, inclusive com um extensomuro na Cisjordânia.
3.3 JERUSALÉM
Uma das cidades mais antigas do mundo (IV milênio a.C.), Jerusalém hoje é declarada capital de Israel , ainda que não conte com o reconhecimento da comunidade internacional. Localizada na chamada “Terra Santa” (que para os judeus significa a terra prometida para o reino de Israel), a região também é importante para cristãos e muçulmanos. Jerusalém é alvo de constantes disputas, sendo um dos principais motivos do conflito árabe-israelense. 
3.4 FAIXA DE GAZA
É um estreito território palestino localizado na costa oriental do Mar Mediterrâneo que faz fronteira com Israel e Egito. É uma das áreas mais densamente povoadas do planeta que, além dos recorrentes conflitos na região, sofre com constante escassez de água. Foi palco de ataques entre os rivais Israel e Hamas em 2008, 2009, 2012 e 2014.
3.5 CISJORDÂNIA
Região do Oriente Médio que faz fronteira com Israel, Jordânia e o Mar Morto. Administrada pela Autoridade Palestina, mas ocupada militarmente pelo exército de Israel, a Cisjordânia é uma área bastante disputada, mas não pertence a nenhum Estado desde o fim da anexação ilegal por parte da Jordânia, em 1948.
3.6 HAMAS
Seu nome é uma sigla que significa “Movimento de Resistência Islâmica”. É uma organização palestina que controla a Faixa de Gaza, constituída de partido político, entidade filantrópica e seu conhecido braço militar. Ainda que alguns países como os Estados Unidos, Israel e Japão considerem o Hamas uma organização terrorista, outros recriminam apenas sua faceta militar. Já o Brasil não entende o Hamas como terrorista.
Figura 3.2 – mapa da Palestina
4 OS CONFLITOS NO MUNDO ÁRABE
Figura 4.1 – Manifestações no Egito
Alguns países árabes apresentam grande instabilidade política, diversidade étnica, corrupção, entre outros fatores que desencadeiam uma série de conflitos. Contudo, em 2011, parte da população de alguns desses países passou a reivindicar a queda de líderes ditadores que estão no poder há décadas, como no Egito e na Líbia.
A população egípcia, após 30 anos sob a presidência de Hosni Mubarak, foi a primeira a se manifestar para abertura política e garantia dos direitos civis.
A política implantada por Mubarak, que, desde que assumiu o poder, reprimiu de forma violenta os grupos extremistas islâmicos, proibiu manifestações populares, perseguiu opositores políticos, etc. Foi diante desse cenário, além dos problemas socioeconômicos, que grande parte da população foi às ruas reivindicar a renúncia de Mubarak. Depois de 18 dias de manifestações e pressão da comunidade internacional, Mubarak renunciou ao cargo. A vitória obtida pela população egípcia motivou uma onda de manifestações em outros países para implantação de governos democráticos, tais como na Líbia, Argélia, Bahrein, Omã, Iêmen e Tunísia.
 
5 CONCLUSÃO
Os “conflitos Árabes” existem desde o fim do século XIX e ocorrem devido a reaquisições dos judeus e árabes sobre a Palestina. Cada um desses povos possuem argumentos diferenciados para justificar suas devidas posses desse lugar e assuntos como a cultura, a política e a economia, também estão presentes para agravar a situação.
O conflito entre israelenses e palestinos é principalmente uma questão geográfica e a compreensão desses acontecimentos é muito importante para que a análise da reorganização da geopolítica mundial seja feita, pois modificam as relações geopolíticas e a economia global, visto que grande parte dos países envolvidos é exportadora e produtora de petróleo e gás natural.
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PORTAIS DIGITAIS
SILVA, Débora. “O conflito Árabe-Israelense”, Estudo Prático. Disponível em <http://www.estudopratico.com.br/o-conflito-arabe-israelense/>. Acesso em 12 de maio de 2017.
CERQUEIRA, Wagner de. “Os Conflitos no Mundo Árabe”, Brasil Escola. Disponível em <http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/os-conflitos-no-mundo-arabe.htm>. Acesso em 12 de maio de 2017.
Portal do Telecurso. “Oriente Médio - entenda o conflito árabe-israelense”, Educação Globo. Disponível em <http://educacao.globo.com/telecurso/noticia/2015/01/oriente-medio-entenda-o-conflito-arabe-israelense.html>. Acesso em 12 de maio de 2017.

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