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BIOFISICA DAS MEMBRANAS A célula pode ser considerada como: A unidade fundamental dos seres vivos; A menor estrutura biológica capaz de ter vida autônoma; Podem ser unicelulares e mais complexos sendo pluricelulares; Em relação a suficiência de alimentação: Autótrofos sintetizam todos os componentes moleculares que precisam para viver; Heterótrofos necessitam receber algumas moléculas de outros seres vivos, ou de outras fontes; Classificada em três tipos: Procariócitos – as mais rudimentares, sem membrana nuclear; Eucariócitos – as mais sofisticadas, com membrana nuclear; Fotossintéticas – desenvolvimento intermédio entre as precedentes. Utilizam energia radiante para sintetizar biomoléculas. Compartimentação é o estabelecimento de duas regiões no espaço, separadas fisicamente por uma barreira, e funcionalmente por um trânsito seletivo. Sem compartimentação, não há seres vivos. A estrutura fundamental para compartimentação nos seres vivos, é a membrana biológica. Membranas biológicas estruturas altamente diferenciadas, destinadas a uma compartimentação única, são capazes de selecionar, por mecanismos de transporte Ativos e Passivos, os ingredientes que devem passar, tanto para dentro, como para fora. No interior a entropia é baixa e já no meio exterior a entropia é alta. Estrutura da membrana biológica Membrana Paucimolecular de Davson e Danielli – dupla camada lipídica, com as extremidades hidrofóbicas voltadas para dentro da membrana, e proteínas globulares adjacentes aos terminais hidrofílicos do lípide. Membrana Unitária de Robertson – similar a anterior, com a proteína esticada, e cada cadeia polipeptídica associada aos lípides, formando uma unidade estrutural. Modelo do Mosaico Fluido – sugerido por Singer e Nicholson, as proteínas da membrana estão engastadas na camada lipídica, do lado interno, do lado externo, ou atravessando completamente a membrana. Existe uma grande variedade de proteínas membranais. A fluidez está condicionada ao tipo de ligações intermoleculares na membrana. Ligações na Membrana - a membrana não é uma estrutura covalente. As forças que mantém as biomoléculas na membrana, são coulômbicas, hidrofóbicas, pontes H etc. A membrana pode ser considerada como tendo 4 estruturas básicas: Poros ou canais: são passagens que permitem comunicação entre o lado externo e o interno da célula, podem possuir carga positiva, negativa ou serem destituídos de cargas elétricas. Podem haver grupamentos de afinidade especifica, para íons ou outras moléculas. A natureza das cargas seleciona os íons: Canais positivos, repelem cátions (+) deixam passar aníons (-) Canais negativos, repelem aníons (-) deixam passar cátions (+) Zonas de difusão facilitada (ZDF): São regiões que possuem moléculas de uma determinada espécie química, em alta concentração. Daí, moléculas afins se difundem com mais facilidade através dessas zonas. Acredita-se que as ZDF sejam importantes trajetos para participantes de processos imunológicos das células, permeando antígenos e anticorpos. Hormônios esteroides também transitam através de ZDF. Receptores: São sítios capazes de receber moléculas especificas, a ligação dessas moléculas, uma mensagem é transmitida, e a célula aciona mecanismos de abertura ou fechamento de poros, entrada ou saída de substâncias. Existem receptores na membrana e no citosol, os da membrana são a insulina, glucagon. Hormônios proteicos, adrenalina, acetilcolina etc. Os do citosol, geralmente reconhecem hormônios lipídicos (esteroides) que atravessam facilmente a membrana, como os andrógenos, estrógenos e corticosteroides. Operadores: São mecanismos moleculares capazes de transportar substancias através da membrana, em sentido único. Utilizam ATP como fonte de energia. O princípio operacional é simples: a molécula a ser transportada se encaixa no operador, que muda sua conformação, segurando-a. Uma molécula de ATP se encaixa na fenda que resultou da mudança de conformação do operador, é hidrolisada, e libera energia para outra mudança maior, com realização de Trabalho, que é o transporte para dentro da molécula desejada. Difusão facilitada o transporte passivo de substâncias pela membrana tem dois modos principais: um não é facilitado ocorre pelo gradiente de concentração. E o segundo é o transporte passivo facilitado ou mediado. Membrana celular e parede celular - a membrana é responsável pelo potencial de estado fixo e potencial de ação, que resulta de distribuição assimétrica de ânions e cátions, sendo o exterior positivo (há exceções); a parede celular tem carga negativa devido à presença de glúcides, fosfolípides e proteínas, é responsável pelas propriedades eletroforéticas de células. Membranas e Transporte O gradiente elétrico – o íon 𝑁𝑎+, positivo, é atraído para o lado negativo com uma Energia Elétrica. O gradiente osmótico – o gradiente de concentração (osmótico), empurra o íon 𝑁𝑎+ de (1) para (2) com a Energia Osmótica. O potencial existe sob duas formas principais: Potencial de Repouso, ou de estado fixo, mais ou menos em estado estacionário. Potencial de Ação, que é uma variação e propagação brusca do potencial, e pode conduzir importantes mensagens. Eletródios Impolarizáveis – para recolher os potenciais e corrente, é necessário o uso de eletródios que não se polarizem. A polarização dos eletródios é o acúmulo de cargas opostas às que estão sendo medidas e que abaixam o potencial verdadeiro. Os eletródios impolarizáveis possuem cargas própria negativas e positivas. Esses eletródios podem ser afilados a frações de micra de espessura, e penetram em células sem causarem maiores danos. Essa técnica de penetração é conhecida como empalhamento. Os eletródios são utilizados em pares. Pequeno resumo sobre o cap. do livro de Biofísica Básica de Heneine 2ª edição.