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ICMS ST

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APRESENTAÇÃO
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Este trabalho tem o objetivo de analisar as questões tributárias relacionadas ao ICMS do estado do Rio de Janeiro e ao ISS do Município do Rio de janeiro, que sejam específicas das operações e prestações praticadas pelas concessionárias de veículos.
 
Trataremos das operações com:
• Veículos Novos; 
• Veículos Usados;
• Pneus e Afins; 
• Peças e Acessórios Para Veículos;
• Lubrificantes e Aditivos;
• Tintas e Vernizes 
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INTRODUÇÃO
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 A substituição tributária do ICMS, consiste basicamente na cobrança deste imposto pelo contribuinte substituto, antes mesmo que ocorra o fato gerador, ou seja, antes que a mercadoria tenha uma posterior saída do estabelecimento do contribuinte que sofre a retenção, do estabelecimento do contribuinte substituído. 
Significa que o ICMS que seria devido na operação do contribuinte substituído, que ainda vai acontecer, já foi retido pelo substituto. 
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A aplicabilidade do regime de substituição tributária está prevista na Constituição Federal de 1988, artigo 150, § 7º, conforme reproduzimos a seguir:
“.......................................................................
Art.150 - ........................................................................
§ 7º - A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador  presumido.
...................................................................”
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Ocorrendo esta situação de responsabilidade, aquele que assume a condição de responsável pela retenção e recolhimento do ICMS, no lugar dos demais contribuintes participantes da cadeia de comercialização do produto, fica caracterizado como substituto tributário, contribuinte substituto, ou simplesmente responsável. 
Em contrapartida, os demais envolvidos na cadeia de circulação da mercadoria, ou seja, aqueles que receberão a mercadoria do substituto e sofrerão a retenção, ficam caracterizados como contribuintes substituídos.
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A forma de substituição tributária que será objeto de nossos encontros é a chamada substituição para a frente, e, resumidamente, significa que quando esta forma de tributação é aplicada, o contribuinte que for designado como substituto, digamos um industrial, deverá reter e recolher o ICMS que seria gerado nas saídas subseqüentes (para a frente) que seriam realizadas pelos substituídos com as mercadorias que ele está vendendo, ou seja, este industrial reterá o ICMS que ainda será devido na venda do distribuidor para o varejista e na venda do varejista para o consumidor final.
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Em resumo, no regime de substituição tributária, os industriais e importadores, por serem os primeiros a dar saída nos produtos (estão no topo da cadeia de circulação) são denominados contribuintes substitutos, os responsáveis pela retenção/cobrança antecipada do ICMS relativo a todas as operações subseqüentes a serem realizadas pelos contribuintes substituídos (distribuidor/atacadista e varejista), ou seja, numa única operação os substitutos reterão antecipadamente:
• o ICMS da venda do distribuidor/atacadista para o varejista; e
• o ICMS da venda do varejista para o consumidor final.
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Vejamos com números como funciona o regime de substituição tributária, em comparação com o regime normal de tributação:
•• PRIMEIRAMENTE O REGIME NORMAL••
Vamos imaginar uma indústria vendendo para um distribuidor, posteriormente o distribuidor vende para o varejista e o varejista vende para o consumidor final.
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Como vimos no quadro anterior, quando o ICMS é calculado no regime normal de apuração, fora da substituição tributária, cada contribuinte apura mensalmente e individualmente o seu ICMS a recolher, e este recolhimento é feito em nome próprio, no mês subsequente ao da venda.
 
••AGORA NO REGIME DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA••
Indústria vende para distribuidor:
Preço do produto R$ 1.000,00.
ICMS dentro dos R$ 1.000,00 é R$ 190,00 (19%)
Indústria, ao vender para o distribuidor, retêm DE UMA ÚNICA VEZ o ICMS relativo às operações internas subsequentes, ou seja: “das Vendas do distribuidor para o varejista e das vendas do varejista para o consumidor final”.
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Vamos ao cálculo do ICMS a ser Retido
 
• Nesse exemplo o valor que o industrial tomará como base de cálculo para retenção é o “preço de venda praticado com o consumidor”, que em nosso caso é R$ 1.500,00 (Preço praticado pelo varejista do quadro anterior)
 
• Para calcular o ICMS ser retido, o industrial aplica a alíquota de 19% (alíquota interna deste produto), sobre a base de cálculo para retenção: 
– R$ 1.500,00 x 19% = R$ 285,00
 
• Dos R$ 285,00 resultante do cálculo (débito), o industrial subtrai R$ 190,00 (ICMS próprio destacado em sua NF - crédito) e encontra o ICMS a ser retido:
– R$ 285,00 - R$ 190,00 = R$ 95,00 ICMS ST 
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Efeitos da ST
Ao comparar o quadro de apuração normal e este resultado, podemos notar que a soma dos valores do ICMS, devido individualmente, pelo distribuidor (R$ 57,00) e pelo varejista (R$ 38,00) é igual a R$ 95,00 , valor do ICMS retido pelo industrial,  que cobrará do distribuidor.
 
A retenção tomará forma na Nota Fiscal emitida pelo industrial onde ele cobrará R$ 1.000.00 de mercadoria e R$ 95,00 de ICMS/ST que reterá, e resultará num valor total da NF de R$ 1.095,00.
Este ICMS retido (R$ 95,00.) será recolhido pelo industrial.
Resumindo: Na substituição tributária o contribuinte substituto retêm e recolhe o ICMS que os contribuintes substituídos recolheriam em suas operações normais. 
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Os substituídos (distribuidor e varejista) já recebem a mercadoria com o ICMS retido e, portanto, acabam pagando antecipadamente o ICMS, na compra, antes de vender o produto.
Vejamos como ficaria o campo “Cálculo do Imposto” de uma NF-e com estes valores:
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A indústria cobra estes R$ 95,00 do distribuidor e esta cobrança (retenção) permitirá que as vendas internas realizadas pelo distribuidor e pelos demais que venderem tal produto não tenha mais ICMS a ser recolhido, independentemente do preço que praticarem, seja maior ou menor que a base de cálculo da retenção, no caso R$ 1.500,00, valor sobre o qual foi calculado o ICMS que foi retido.
A indústria de nosso exemplo, ao final do período de apuração, recolherá dois ICMS:
• o seu próprio: que resultará do confronto entre os créditos das matérias-primas e outros produtos que adquiriu para transformar, que serão deduzidos de R$ 190,00, débito de ICMS destacado na NF de nosso exemplo;
 
•  o ICMS ST : no valor de R$ 95,00, que reteve do distribuidor.
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1. CONCEITOS
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A substituição tributária é uma forma de tributação que abrange a maior parte dos tributos, inclusive o ICMS, e consiste na eleição de determinado contribuinte como substituto, ou seja, o responsável pela retenção e recolhimento do ICMS incidente nas seguintes hipóteses:
• em operações ou prestações antecedentes ou concomitantes (Substituto é o destinatário da mercadoria ou serviço);
• em operações ou prestações subseqüentes (Substituto é o remetente da mercadoria ou serviço); ou
 
• do valor relativo ao diferencial entre as alíquotas interna e interestadual a ser recolhido nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final que seja contribuinte do ICMS, localizado em outro Estado (Substituto é o remetente da mercadoria ou serviço).
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1.1. OBJETIVO DO REGIME
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O regime de substituição tributária foi instituído com o objetivo de facilitar a arrecadação e diminuir a sonegação. 
A lógica deste regime é a de concentração da arrecadação e também da fiscalização nos iniciadores do processo de comercialização (indústria e importadores), preferencialmente em relação
às mercadorias que poucas empresas produzem ou importam e muitos consomem.
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1.2. ENCERRAMENTO DO CICLO DE TRIBUTAÇÃO
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O Estado do Rio de Janeiro ao implantar o regime de substituição tributária, aplica o conceito de “encerramento do ciclo de tributação“. Significa que as mercadorias cujo ICMS já foi pago por substituição tributária não sofrem mais tributação nas operações INTERNAS realizadas posteriormente.
As mercadorias que tiverem o ICMS retido podem ser vendidas por valor SUPERIOR ao que foi utilizado como base de cálculo para retenção, mas sobre a diferença a maior NÃO TERÁ que ser recolhido qualquer outro valor a título de ICMS.
Entretanto, caso o contribuinte realize operações com valores INFERIORES àqueles usados como base de cálculo para retenção este não terá direito a restituição do ICMS pago a maior.
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1.3. A SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 
SE SOBREPÕE 
A QUALQUER OUTRO REGIME
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Após a mercadoria passar a ser tributada pelo regime de substituição tributária, esta forma de tributação se sobrepõe a qualquer outro adotado pelo contribuinte. 
Vejamos dois exemplos:
• a ST se aplica ás empresas enquadradas no Simples Nacional, ou seja, as operações realizadas com mercadorias já tributadas por ST são excluídas da receita total na hora do cálculo do ICMS pelo Simples Nacional.  Se um varejista ou distribuidor de autopeças, por exemplo, se enquadrar no Simples Nacional ele não terá nenhum benefício em relação ao ICMS pois toda a sua receita terá tributação pelo regime de ST;
• os fornecedores de alimentação que utilizarem o regime especial de tributação de 2% ou 4% sobre a receita, são obrigados a excluir a receita dos produtos que recebe já tributados por ST.
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1.4. SUBSTITUIÇÃO INTERNA E INTERESTADUAL
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O regime de substituição tributária pode ser instituído para aplicação nas seguintes operações, conforme dispuser a legislação específica:
• Operações Internas (Somente);
• Operações Internas e Interestaduais;
 
Como distinguir em qual destas hipóteses será aplicado o regime de substituição tributária?
Vejamos as explicações, caso a caso, nos subitens seguintes.
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1.4.1. SUBSTITUIÇÃO SOMENTE NAS 
OPERAÇÕES INTERNAS
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O regime será aplicado só nas operações internas quando for instituído por ato individual do Estado.  
A legislação do Estado do Rio de Janeiro, no Livro IV do RICMS relaciona os combustíveis e lubrificantes e no Anexo I do Livro II, também do RICMS, trás os demais produtos sujeitos a ST, dispostos numa tabela e em cada uma das subrrelações de produtos está esclarecida a aplicação da ST, se interna somente ou interna e interestadual.
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As situações em que a legislação define apenas como ST somente internas significam que os fornecedores de outros estados não tem a obrigação de reter quando nos mandam e nós também não temos obrigação de fazer retenção quando mandamos para outros estados.
Por exemplo: 
Existem autopeças que estão sujeitas a ST somente em operações internas. 
O regime de ST para autopeças é fundamentado no Protocolo ICMS 41/2008, que relaciona diversas autopeças, mas o Rio de janeiro ampliou esta relação ao criar o seguinte quadro, ao final da tabela 9 do anexo I do Livro II do RICMS:
“.......................................................................
- Âmbito de aplicação: Operações internas
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Em relação a estas demais autopeças “não relacionados no Protocolo ICMS 41/08” o fornecedor de outro estado não tem obrigação de reter o ICMS quando remete para o RJ. 
O contribuinte do RJ também não tem a obrigação de reter o ICMS quando remeter estes produtos para outro estado. 
Entretanto, dentro do RJ as operações são sujeitas à ST e se vierem de fora do estado sem retenção a responsabilidade por pagar antecipadamente na entrada aqui no RJ fica com o adquirente do RJ.
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1.4.2. SUBSTITUIÇÃO EM OPERAÇÕES INTERNAS E INTERESTADUAIS
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O regime será aplicado nas operações internas e interestaduais ou somente interestaduais quando for instituído por Convênio ou Protocolo. 
Estes são os atos firmados entre as Unidades da Federação (Estados e Distrito Federal), com o propósito específico de estabelecer a aplicação deste regime com determinados produtos, nas operações realizadas entre os Estados participantes.
Os participantes de um determinado Convênio ou Protocolo de substituição tributária são denominados signatários.
Como exemplo de Convênios e Protocolos que dispõem sobre substituição tributária e que afetam as atividades das concessionárias temos:
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• Convênio ICMS 132/92 - Que disciplina este regime nas operações internas e interestaduais com veículos automotores entre TODAS as Unidades da Federação.
 
• Convênio ICMS 110/2007 – Que disciplina este regime nas operações internas e interestaduais com combustíveis e lubrificantes entre TODAS as Unidades da Federação.
 
• Convênio ICMS 85/93 – Que disciplina este regime nas operações internas e interestaduais com pneumáticos, câmaras de ar e protetores de borracha, entre TODAS as Unidades da Federação. 
 
• Convênio ICMS 74/94 – Que disciplina este regime nas operações internas e interestaduais com tinta, verniz, solvente, diluente, removedor e mercadorias correlatas , entre TODAS as Unidades da Federação.
 
• Protocolo ICMS 41/2008 – Que disciplina este regime nas operações internas e interestaduais com autopeças, entre as seguintes Unidades da Federação: AL, AM, AP, BA, DF, ES, GO, MG, MT, PA, PR, PI, RJ, RS, SC, SP. 
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Em relação a estes atos, nas operações internas e operações interestaduais entre os estados signatários o remetente é o substituto tributário, responsável pela retenção do ICMS.
Mas não podemos esquecer que, se o remetente não fizer a retenção ou (numa operação interna) não esclarecer quanto a uma retenção já ocorrida, a responsabilidade por pagar pela entrada fica com o adquirente.
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2. CONTRIBUINTES SUBSTITUTOS
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Como uma regra geral, o contribuinte responsável pela retenção e recolhimento do ICMS é denominado SUBSTITUTO, e aquele do qual o ICMS é retido (cobrado), intitula-se SUBSTITUÍDO.
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2.1. QUEM PODE SER DESIGNADO COMO SUBSTITUTO
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De acordo com o que estabelece a legislação do ICMS pode ser atribuída a condição de substituto tributário a quaisquer dos contribuintes a seguir relacionados:
– ao industrial, comerciante ou outra categoria de contribuinte, pelo pagamento do imposto devido em operações ou prestações ANTERIORES.  É a Substituição para trás, que ocorre nos casos de pagamento do imposto relativo às operações ou prestações beneficiadas por diferimento ou suspensão;
– ao produtor, extrator, gerador, inclusive de energia elétrica, importador, industrial, distribuidor, comerciante ou transportador, pelo pagamento do imposto devido nas operações ou prestações SUBSEQÜENTES;
 – ao depositário, a qualquer título, em relação a mercadoria depositada por contribuinte;
– ao contratante de serviço ou terceiro que participe da prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
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2.1.1. A QUEM O ESTADO EFETIVAMENTE ATRIBUI 
A CONDIÇÃO DE SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO?
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Nas operações com mercadorias sujeitas à substituição tributária, a legislação efetivamente relaciona como substitutos os seguintes contribuintes do ICMS:
• a) industriais (Estes substitutos retêm na saída);
 
• b) importadores (Estes substitutos retêm na saída);
 
• c) distribuidores sujeitos a regimes especiais, por exemplo: os enquadrados no Riolog ou no Decreto 40016/2006 (Estes substitutos retêm na saída);
 
• d) qualquer contribuinte que der saída, para fora do Estado, de mercadoria submetida ao regime de substituição tributária prevista em Convênio ou Protocolo e que o Estado do Rio de Janeiro e o Estado de destino sejam signatários, desde que na operação que ele realizar tenha que ser aplicada
a substituição tributária (Este substituto retêm na saída);
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• e) qualquer contribuinte, que com o objetivo de revenda, receber, de dentro ou de fora do Estado, os produtos sujeitos ao regime de substituição tributária em qualquer das seguintes condições: 
• e-1) sem que seu fornecedor tenha informado na NF que houve retenção anterior traduzido por CFOP, CST ou CSOSN incorretos(Informação que só vale em operação interna);
• e-2) sem que seu fornecedor, de outro estado, tenha realizado a retenção na NF ( no caso dele ter inscrição de substituto aqui), ou pagamento antecipado e não trouxe Guia paga;
• e-1) com retenção insuficiente (alíquota menor, MVA menor, falta de FECP, falta de inclusão de alguma parcela na base da retenção, etc..). 
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A denominação correta para este substituto da letra “e” é “responsável solidário“, tendo em vista que ele NÃO faz retenção pela saída, ele faz uma antecipação pela entrada. 
Na realidade ele é obrigado a, digamos, “cobrir uma falha” deixada na operação anterior (falta de retenção), e a forma estabelecida pela legislação é passar/transferir para ele a obrigação de pagar o ICMS pela entrada. 
Na prática o que ele deve fazer é antecipar o pagamento do ICMS que não retiveram dele, até setembro de 2012 o pagamento era POR DECÊNDIO DE ENTRADA, nos dias 3, 13 e 23, entretanto, a partir das entradas de outubro/2012 o pagamento passou a ser no DIA DA ENTRADA no estabelecimento (Resolução 537 SEFAZ/2012). 
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 2.1.1.1 QUAL A FUNÇÃO DOS SUBSTITUTOS?
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Como já dissemos, os substitutos são também chamados de responsáveis (não confundir com responsável solidário), ou seja, aqueles que farão a retenção e o recolhimento do ICMS relativamente às operações posteriores que serão realizadas com os produtos sujeitos ao regime de substituição tributária. 
 
NOTAS: 
1. A exceção nesta regra de retenção é naqueles casos que mencionamos na letra “e” do subitem anterior, na qual o responsável solidário não retêm, ele é obrigado a fazer, em nome próprio, o pagamento pela entrada.
 2. As regras que analisaremos neste subitem e no 2.1.1.1.1 aplicam-se unicamente aos contribuintes substitutos que fazem retenção pela saída.
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 2.1.1.1.1 SUBSTITUTO CONTINUA TRIBUTADO NORMALMENTE
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ATENÇÃO, os contribuintes substitutos que fazem retenção pela saída (não confundir com responsável solidário) continuam recolhendo, normalmente, o ICMS relativo ÀS SUAS PRÓPRIAS operações. 
Significa dizer que o ICMS que incide nas SUAS vendas destas mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária não se mistura com o ICMS que elas retêm. 
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Podemos concluir que, nas operações com produtos sujeitos ao regime de substituição, o substituto recolhe o seu próprio ICMS e ainda retêm e recolhe o ICMS dos contribuintes substituídos.
NOTA: Ao final do período de apuração o substituto preencherá um DARJ com duas receitas ou dois DARJs:
• um relativo ao SEU ICMS e respectivo FECP;
• outro referente ao ICMS que RETEVE dos contribuintes substituídos, mais o respectivo FECP.
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2.2  CONTRIBUINTE SUBSTITUÍDO
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Substituídos são aqueles contribuintes que recebem os produtos JÁ COM O ICMS RETIDO pelo substituto, são os que SOFREM a retenção antecipada em relação às saídas que ainda irão realizar.
Podemos dizer que se o contribuinte substituído realizar apenas operações internas sujeitas ao ICMS pelo regime de substituição tributária não terá ICMS em separado a recolher ao final do período de apuração, relativamente à saída de mercadorias.
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2.2.1 QUEM SÃO ELES?
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Substituídos, como uma regra geral, são aqueles que recebem a mercadoria com o ICMS já retido, podemos citar os seguintes:
• Atacadistas em geral sem regime especial;
 
• Distribuidores em geral sem regime especial; e
 
• Varejistas.
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2.3. MULTAS PARA OS SUBSTITUTOS OU RESPONSÁVEIS QUE DEIXAM DE RETER, NÃO RECOLHEM NA DATA OU ANTECIPADAMENTE NA ENTRADA
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Os substitutos tributários obrigados a reter, bem como aqueles obrigados a fazer o recolhimento por antecipação (responsável solidário) estão sujeitos às seguintes penalidades, conforme o caso, em relação ao ICMS da substituição tributária não recolhido, conforme determina a Lei 2657/96:
 
“.......................................................................
DAS INFRAÇÕES E MULTAS
Art. 60. O descumprimento da legislação tributária em relação a obrigação principal sujeita o infrator, contribuinte ou responsável, além da exigência do tributo, às seguintes multas:
 I - 75% (setenta e cinco por cento) do valor do imposto:
 .........................................................................
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b) não destacado, não debitado, não retido, não estornado ou não pago;
 II - 120% (cento e vinte por cento) do valor do imposto retido por substituição tributária e não declarado no documento de informação e apuração, se deixar de pagá-lo.
 
Parágrafo único - A multa será de 150% (cento e cinquenta por cento) do valor do imposto, se, nas hipóteses previstas neste artigo, adulterar, viciar ou falsificar documento ou escrituração de livro, ou, ainda, utilizar documento simulado, viciado ou falso para produção de qualquer efeito fiscal, nos casos em que, por ação ou omissão, tiver concorrido para a prática fraudulenta.
................................................................”
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3. HIPÓTESES 
EM QUE A SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NÃO SE APLICA
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Como uma regra geral, as seguintes operações NÃO ESTÃO sujeitas ao regime de substituição tributária, umas por determinação expressa da legislação, outras por interpretação em relação à aplicabilidade do regime nas operações subsequentes. 
De qualquer forma só quem pode e deve verificar se naquela operação o regime é aplicável é o substituto tributário que retêm na saída, ou seja, o industrial, importador, distribuidor com regime especial ou qualquer um que realize saída para fora do estado com Protocolo ou Convênio. 
 
Só eles podem reter ou não, e tem de fazê-lo corretamente em razão de que, após realizar a retenção, se ela for feita em situação na qual não deveria acontecer o que deve ser feito para corrigir será sempre complicado.
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Vejamos então estas hipóteses de não aplicação de ST em relação às mercadorias sujeitas a este regime, listadas no anexo I do Livro II do RICMS/2000 e no Livro IV:
• a) Não há retenção de ICMS ST: na saída de estabelecimento de industrial ou de importador (substitutos tributários na saída) com destino a OUTRO contribuinte substituto da MESMA mercadoria.
Nota: O RJ, ao publicar a Resolução 2.764 SEF/94 restringiu a aplicação desta regra, pois estabeleceu que mesma mercadoria é “mesma marca” e portanto só poderia ser aplicada em relação a dois substitutos tributários importadores ou distribuidores que podem realizar operações com o mesmo produto, de mesma marca. 
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Exemplo: Importador vende autopeças de sua importação, para uma segunda importadora de autopeças, da mesma marca que a sua. A segunda importadora irá revendê-las para uma distribuidora de autopeças.
Conclusão: A operação da 1ª para a 2ª importadora será com tributação normal, sem substituição tributária. A retenção ocorrerá na saída da segunda importadora para a distribuidora.
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• b) Não há retenção de ICMS ST: Na transferência de estabelecimento de industrial, importador, ou de qualquer outro contribuinte que seja substituto na saída, destinada a filial do estabelecimento do contribuinte substituto, exceto se este outro for um estabelecimento varejista. 
Nota: Nesta hipótese a obrigação de reter e recolher o ICMS recairá sobre o estabelecimento que promover a saída da mercadoria com destino a empresa diversa.
Exemplo: Indústria transfere autopeças de sua fabricação para sua filial, também industrial de autopeças, que irá revendê-las para uma distribuidora de autopeças. 
Conclusão: A transferência da 1ª
para a 2ª indústria será com tributação normal, sem ST. A retenção ocorrerá na saída da 2ª indústria para a distribuidora. Significa dizer que se a 1ª operação fosse da indústria para uma filial varejista esta operação já seria com retenção.
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• c) Não há retenção de ICMS ST : Na saída de mercadoria de estabelecimento de industrial, importador ou de qualquer outro contribuinte que seja substituto, para utilização, pelo adquirente, em processo de industrialização.
Nota: Esta regra não se aplica em relação ao álcool para uso doméstico, farmacêutico ou industrial classificado na posição 2207 da NCM e neste caso o adquirente industrial pode aproveitar, como crédito, além do ICMS normal, o ICMS retido, escriturando-o no mesmo período de apuração, no campo 007 "Outros Créditos" do livro RAICMS, com a expressão "Imposto retido".
Exemplo: Indústria de autopeças vende peças de sua fabricação, para uma indústria de automóveis que irá utilizá-las como matéria-prima na elaboração de automóveis. 
Conclusão :A operação será com tributação normal, sem ST, pois este regime prevê a tributação antecipada das operações subseqüentes com o mesmo produto, não com produtos resultantes da utilização deles como matéria-prima. 
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• d) Não há retenção de ICMS ST: Na saída para fora de nosso Estado, dos produtos constantes da lista de ST nos quais esteja assinalado que o regime somente seja aplicável nas operações internas.
Exemplo: Autopeças que “não estiverem listadas” no Protocolo ICMS 41/2008 na saída para qualquer outro estado. Elas deverão sair tributadas normalmente, sem ST, ainda que recebidas anteriormente com retenção.
Conclusão: A operação será com tributação normal, sem substituição tributária, pois este regime não prevê a tributação antecipada das operações interestaduais subsequentes quando elas são realizadas com outro estado que não tem acordo de ST em relação àquele produto.
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• e) Não há retenção de ICMS ST, nem informação de que o ICMS já foi retido: Na saída de mercadoria, realizada por estabelecimento distribuidor ou atacadista que a tenha recebido com ICMS retido, com destino a outro contribuinte onde será utilizada em processo industrial. 
Neste caso a ST que já ocorreu é desfeita e a operação é tributada normalmente.
Exemplo: Distribuidora de autopeças compra estes produtos da fábrica, situada neste Estado, com retenção do ICMS. Posteriormente revende estas autopeças para uma fábrica de veículos que irá utilizá-las nos veículos que fabrica. Esta operação da distribuidora será com tributação normal, sem ST. 
A distribuidora dará saída tributada normalmente, mas poderá aproveitar como crédito o ICMS normal e o retido presentes na NF de compra original.
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• f) Não há retenção de ICMS ST: Na saída interna de mercadoria realizada diretamente do estabelecimento substituto – industrial, importador, ou distribuidor com regime especial –, com destino a consumidor final contribuinte ou não do ICMS.
• Exemplo: Indústria vende autopeças de sua fabricação, para uma empresa que irá utilizá-los no conserto de veículo pertencente ao seu ativo fixo.
Conclusão: A operação da indústria será com tributação normal, sem substituição tributária, pois não há operação subseqüente a ser substituída. Se o comprador não dará uma posterior saída não há o que substituir.
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• g) Não há retenção de ICMS ST: Na saída interestadual de mercadoria realizada diretamente do estabelecimento substituto – que neste caso pode ser o industrial, importador, distribuidor ou varejista–, com destino a consumidor final que não seja contribuinte do ICMS.
• Exemplo: Indústria vende autopeças de sua fabricação, para uma empresa que irá utilizá-las na reforma de veículo de seu ativo fixo.
 
Conclusão: A operação da indústria de autopeças será com tributação normal, sem substituição tributária.
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• h) Não há retenção de ICMS ST: Na saída interestadual de mercadoria destinada a Estado que não tenha Convênio ou Protocolo de substituição tributária com o RJ em relação aos produtos que estiverem sendo remetidos.
• Exemplo: Saída de autopeças não relacionadas no Protocolo ICMS 41/2008 para qualquer estado.
Conclusão: A operação será com tributação normal, sem substituição tributária, não importa quem vende ou quem compra, tampouco a finalidade da compra, em razão de que este produto só está no regime internamente em nosso Estado, é um dos produtos listados no Anexo I do Livro II do RICMS/2000 com observação de aplicação “apenas em operação interna”.
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3.1. ESTAR NA LISTA DA ST NÃO SIGNIFICA 
QUE EM TODA 
OPERAÇÃO ESTARÁ 
NO REGIME DA ST
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Da análise das situações de não aplicabilidade da substituição tributária, podemos concluir que a lista que compõe o Anexo I do Livro II e o Livro IV ,ambos do RICMS, apenas relacionam produtos aos quais se pode aplicar o regime de substituição tributária, desde que a operação que está sendo realizada permita, ou melhor, obrigue.
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4. BASE DE CÁLCULO 
DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
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Para calcular o ICMS no regime de substituição tributária seja na antecipação pela entrada ou na retenção pela saída, temos que observar as regras que a legislação estabelece.
A seguir demonstramos as regras de formação de BCR – Base de Cálculo da Retenção que o substituto irá aplicar para efetuar a retenção ou antecipação do ICMS devido por substituição tributária em relação às operações subsequentes.
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4.1. REGRA GERAL: PRODUTOS QUE NÃO SE ENQUADREM NAS REGRAS ESPECIAIS
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Na regra geral do ICMS a BCR é” o preço máximo de venda a consumidor estabelecido por autoridade competente”. 
Se o fisco pudesse faria com que em todos os casos a regra fosse esta, ter preço tabelado, pois quando a regra é esta o cálculo gera mais ICMS para o estado. 
Como a maioria absoluta dos produtos não possuem preço tabelado a base de cálculo mais comum é aquela que determina que seja formada pelo montante dos seguintes valores:
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• preço praticado pelo contribuinte substituto; 
 
• frete e carreto (ainda que FOB) ;
 
• seguro; 
 
• outros encargos transferíveis ao destinatário;
• IPI;
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• MVA - Margem de Valor Agregado: deve ser aplicado sobre a soma dos valores anteriormente relacionados, o percentual é determinado por produto, conforme previsto no anexo I do Livro II do RICMS. 
No caso de uma operação interestadual de venda ou de compra o substituto ou o responsável solidário tem que verificar se há necessidade de “Ajustar o MVA”, torná-lo maior nos casos em que a alíquota interna é maior que a interestadual.
Vejamos as normas segundo os atos legais que afetam às concessionárias
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Vejamos a seguir um exemplo da venda de um Pneu onde temos:
Valor total da mercadoria: R$ 1.000,00;
MVA: 50%;
Alíquota ICMS: 19%
*
*
Vejamos a seguir um exemplo da venda de um Pneu onde temos:
Valor total da mercadoria: R$ 1.000,00;
Desconto: 100,00;
MVA: 50%;
Alíquota ICMS: 19%
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*
4.2. PRODUTOS 
QUE AFETAM 
ÀS CONCESSIONÁRIAS
 
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4.2.1 VEÍCULOS AUTOMÓVEIS
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• Convênio ICMS 132/92 - Que disciplina este regime nas operações internas e interestaduais com veículos automotores entre TODAS as Unidades da Federação.
Produtos sujeitos ao regime:
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4.2.1.1. REGRA DA BASE DE CÁLCULO
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“......................................................................
Cláusula terceira A base de cálculo do imposto para fins de substituição tributária será:
I - em relação aos veículos saídos, real ou simbolicamente, das montadoras ou de suas concessionárias com destino a outra unidade da Federação, o valor correspondente ao preço de venda a consumidor constante de tabela estabelecida por órgão competente (ou sugerido ao público) ou, na falta desta, a tabela sugerida pelo fabricante, acrescido do valor do frete, do IPI e dos acessórios a que se refere o § 2º da
cláusula primeira.
*
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II - em relação às demais situações, o preço máximo ou único de venda utilizado pelo contribuinte substituído, fixado pela autoridade competente, ou, na falta desse preço, o valor da operação praticado pelo substituto, incluídos os valores correspondentes a frete, carreto, seguro, impostos e outros encargos transferíveis ao varejista, acrescido do valor resultante da aplicação do percentual de 30% (trinta por cento) de margem de lucro.
§ 1º Em se tratando de veículo importado, o valor da operação praticado pelo substituto a que se refere o inciso II, para efeito de apuração da base de cálculo, não poderá ser inferior ao que serviu de base de cálculo para pagamento dos Impostos de Importação e sobre Produtos Industrializados.
*
*
§ 2º Aplicam-se às importadoras que promovem a saída dos veículos constantes da tabela sugerida pelo fabricante referida no inciso I, as disposições nele contidas, inclusive com a utilização dos valores da tabela.
§ 3º Na impossibilidade de inclusão do valor do frete na composição da base de cálculo, o recolhimento do imposto correspondente será efetuado pelo estabelecimento destinatário.
......................................................................”
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4.2.2. LUBRIFICANTES E ADITIVOS
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• Convênio ICMS 110/2007 – Que disciplina este regime nas operações internas e interestaduais com combustíveis e lubrificantes entre TODAS as Unidades da Federação.
No caso o regime é aplicado aos seguintes produtos vendidos pelas concessionárias:
• óleos lubrificantes, 2710.19.3;
• óleos de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) e preparações não especificadas nem compreendidas em outras posições, contendo, como constituintes básicos, 70% ou mais, em peso, de óleos de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto os desperdícios, 2710.19.9;
*
*
• preparações lubrificantes, exceto as contendo, como constituintes de base, 70% ou mais, em peso, de óleos de petróleo ou de minerais betuminosos, 3403.
• preparações antidetonantes, inibidores de oxidação, aditivos peptizantes, beneficiadores de viscosidade, aditivos anticorrosivos e outros aditivos preparados, para óleos minerais (incluída a gasolina) ou para outros líquidos utilizados para os mesmos fins que os óleos minerais, 3811;
• líquidos para freios (travões) hidráulicos e outros líquidos preparados para transmissões hidráulicas, não contendo óleos de petróleo nem de minerais betuminosos, ou contendo-os em proporção inferior a 70%, em peso, 3819.00.00;
*
*
4.2.2.2 REGRA DA BASE DE CÁLCULO
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RICMS, Livro IV:
“..............................................
Art. 11. Nas operações com mercadorias não relacionadas em Ato do Secretário de Estado de Fazenda referido nos artigos 9.º e 10, inexistindo o preço a que se refere o artigo 8.º, a base de cálculo será o montante formado pelo preço estabelecido por autoridade competente para o sujeito passivo por substituição tributária, ou, em caso de inexistência deste, o valor da operação acrescido dos valores correspondentes a frete, seguro, tributos, contribuições e outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário, adicionados, ainda, em ambos os casos, do valor resultante da aplicação dos seguintes percentuais de margem de valor agregado:
*
*
I - tratando-se de mercadorias contempladas com a não incidência prevista no artigo 155, § 2.º, X, “b” da Constituição Federal, nas operações:
a) internas, 30% (trinta por cento);
b) interestaduais, os resultantes da aplicação da seguinte fórmula: MVA = [130 / (1 - ALIQ)] - 100, considerando-se:
1 - MVA: margem de valor agregado, expressa em percentual, arredondada para duas casas decimais;
2 - ALIQ: percentual correspondente à alíquota efetiva aplicável ao produto na unidade federada de destino, considerando-se alíquota efetiva aquela que, aplicada ao valor da operação, resulte valor idêntico ao obtido com a aplicação da alíquota nominal à base de cálculo reduzida;
II - em relação aos demais produtos, 30% (trinta por cento).
...........................................”
*
*
4.2.3. PNEUS E CÂMARAS
*
*
• Convênio ICMS 85/93 – Que disciplina este regime nas operações internas e interestaduais com pneumáticos, câmaras de ar e protetores de borracha, entre TODAS as Unidades da Federação. 
 No caso o regime é aplicado aos seguintes produtos vendidos pelas concessionárias:
*
*
*
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4.2.3.1. REGRA DA BASE DE CÁLCULO
*
*
“.........................
Cláusula terceira A base de cálculo do imposto para fins de substituição tributária será o valor correspondente ao preço de venda a consumidor constante de tabela estabelecida por órgão competente para venda a consumidor, acrescido do valor do frete.
§ 1º Inexistindo o valor de que trata o caput, a base de cálculo corresponderá ao montante formado pelo preço praticado pelo remetente, incluídos os valores correspondentes a frete, seguro, impostos, contribuições, e outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário, ainda que por terceiros, adicionado da parcela resultante da aplicação, sobre o referido montante, do percentual de margem de valor agregado ajustada (“MVA Ajustada”), calculado segundo a fórmula MVA ajustada
*
*
MVA ajustada = 
[(1+ MVA ST original) x (1 - ALQ inter) / (1- ALQ intra)] -1, onde:
I - “MVA ST original” é a margem de valor agregado indicada no Anexo Único deste protocolo;
 II -“ALQ inter” é o coeficiente correspondente à alíquota interestadual aplicável à operação;
 III - “ALQ intra” é o coeficiente correspondente à alíquota prevista para as operações substituídas, na unidade federada de destino.
.........................................................”
*
*
4.2.4. TINTA, VERNIZ, SOLVENTE, DILUENTE, REMOVEDOR
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• Convênio ICMS 74/94 – Que disciplina este regime nas operações internas e interestaduais com tinta, verniz, solvente, diluente, removedor e mercadorias correlatadas, entre TODAS as Unidades da Federação.
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4.2.4.1. REGRA DA BASE DE CÁLCULO
*
*
“...................................
Cláusula terceira A base de cálculo do imposto, para fins de substituição tributária, será o valor correspondente ao preço de venda a consumidor, constante de tabela estabelecida por órgão competente, acrescido do valor do frete.
§ 1º Inexistindo o valor de que trata o caput, a base de cálculo será obtida tomando-se por base o preço praticado pelo substituto, incluídos o IPI, frete, seguro e as demais despesas debitadas ao estabelecimento destinatário, adicionado da parcela resultante da aplicação, sobre o referido montante, do percentual de margem de valor agregado ajustada (“MVA ajustada”), calculada segundo a fórmula “MVA
*
*
“MVA ajustada = 
[(1+ MVA-ST original) x (1 - ALQ inter) / (1- ALQ intra)] -1”, em que:
I -“MVA-ST original” é a margem de valor agregado prevista no § 2º;
II - “ALQ inter” é o coeficiente correspondente à alíquota interestadual aplicável à operação;
III - “ALQ intra” é o coeficiente correspondente à alíquota prevista para as operações substituídas, na unidade federada de destino.
*
*
§ 2º A MVA-ST original é:
I - 35% (trinta e cinco por cento), para os produtos relacionados conforme itens I  a IX do Anexo a este convênio;
II - 50% (cinqüenta por cento) para os produtos relacionados conforme  item X do Anexo a este convênio.
§ 3º Da combinação dos §§ 1º e 2º, o remetente deve adotar as seguintes MVAs ajustadas nas operações interestaduais:
I -  com relação ao item “I” do § 2º :
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*
II -  com relação ao item “II” do § 2º :
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III - nas demais hipóteses, o remetente deverá calcular a correspondente MVA ajustada, na forma do § 1º.
....................................................................”
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4.2.5. AUTOPEÇAS
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• Protocolo ICMS 41/2008 – Que disciplina este regime nas operações internas e
interestaduais com autopeças, entre as seguintes Unidades da Federação: AL, AM, AP, BA, DF, ES, GO, MG, MT, PA, PR, PI, RJ, RS, SC, SP.
O Protocolo tem uma relação de autopeças que consta no protocolo, mas, para as operações internas o regime é aplicável a qualquer produto usado como acessório/autopeça em veículos.
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4.2.5.1. REGRA DA BASE DE CÁLCULO
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“............................
Cláusula segunda A base de cálculo do imposto, para os fins de substituição tributária, será o valor correspondente ao preço máximo de venda a varejo fixado por autoridade competente, ou na falta deste, o preço sugerido ao público pelo fabricante ou importador, acrescido, em ambos os casos, do valor do frete quando não incluído no preço.
§ 1º Inexistindo os valores de que trata o caput, a base de cálculo corresponderá ao montante formado pelo preço praticado pelo remetente, acrescido dos valores correspondentes a frete, seguro, impostos e outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário, adicionado da parcela resultante da aplicação, sobre o referido montante, do percentual de margem de valor agregado ajustada (“MVA ajustada”), calculada segundo a fórmula “MVA ajustada”
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“MVA ajustada = 
[(1+ MVA-ST original) x (1 - ALQ inter) / (1- ALQ intra)] -1”, onde:
I - “MVA-ST original” é a margem de valor agregado prevista no § 2º;
II - “ALQ inter” é o coeficiente correspondente à alíquota interestadual aplicável à operação;
III - “ALQ intra” é o coeficiente correspondente à alíquota interna ou percentual de carga tributária efetiva, quando este for inferior à alíquota interna, praticada pelo contribuinte substituto da unidade federada de destino, nas operações com as mesmas mercadorias.
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§ 2º A MVA-ST original é:
I - 33,08% (trinta e três inteiros e oito centésimos por cento), tratando-se de:
a) saída de estabelecimento de fabricante de veículos automotores, para atender índice de fidelidade de compra de que trata o art. 8º da Lei federal nº 6.729, de 28 de novembro de 1979;
b) saída de estabelecimento de fabricante de veículos, máquinas e equipamentos agrícolas ou rodoviários, cuja distribuição seja efetuada de forma exclusiva, mediante contrato de fidelidade.
II - 59,60% (cinquenta e nove inteiros e sessenta centésimos por cento) nos demais casos.
...................................”
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4.3. TRANSFERÊNCIA DE MERCADORIA PARA ESTABELECIMENTO VAREJISTA DO CONTRIBUINTE SUBSTITUTO
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Na hipótese de ainda não ter sido realizada a retenção ou antecipação com o produto, caso se realize uma transferência de mercadoria sujeita a ST para estabelecimento varejista do contribuinte substituto, será feita a retenção e a BCR será:
a) o preço efetivamente praticado pelo estabelecimento varejista do contribuinte substituto, se possuir sistema integrado de contabilidade ou tabela de preços; ou 
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b) o preço máximo, ou único, de venda a varejo fixado pela autoridade competente ou, na falta desse preço, o montante formado pelo valor da operação ou prestação própria realizada pelo contribuinte substituto, neste valor incluído o valor do IPI, acrescido do frete e carreto, seguro e outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomadores de serviço, adicionado da parcela resultante da aplicação, sobre o referido montante, da margem de valor agregado, relativa às operações ou prestações subsequentes, determinada pela legislação. 
Observando-se que neste caso o preço de partida deve ser algum dos seguintes na qual o substituto se enquadre:
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- caso o remetente seja industrial – o preço FOB estabelecimento industrial à vista, entendendo-se este como o preço efetivamente cobrado pelo remetente na operação mais recente e caso o remetente não tenha efetuado venda de mercadoria, o preço corrente da mercadoria ou de seu similar no mercado atacadista do local da operação ou, na falta deste, no mercado atacadista regional;
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*
 - caso o remetente seja comerciante – o preço FOB estabelecimento comercial à vista, nas vendas a outros comerciantes ou industriais; 
entendendo-se este como o preço efetivamente cobrado pelo remetente na operação mais recente e caso o remetente não tenha efetuado venda de mercadoria, o preço corrente da mercadoria ou de seu similar no mercado atacadista do local da operação ou, na falta deste, no mercado atacadista regional. 
E mais, caso o estabelecimento remetente não efetue venda a outros comerciantes ou industriais ou, em qualquer caso, não haja mercadoria similar, o preço de partida será equivalente a 75% do preço de venda corrente no varejo.
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4.4. REMESSA DESTINADA A SUBSTITUÍDO INTERMEDIÁRIO INTERDEPENDENTE 
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Neste caso, aplicam-se as demais regras, entretanto o valor inicial para a determinação da base de cálculo de retenção será o preço praticado por esse último, nas operações com o comércio varejista.
Devemos entender “substituído intermediário “como o contribuinte que recebe a mercadoria do substituto e que ainda irá vender para um outro que também irá revender. Nesta regra seriam encaixados os distribuidores, atacadistas e grandes varejistas.
Já “interdependente” são as empresas que tiverem entre si uma relação que se enquadre em qualquer uma das regras a seguir:
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- uma delas, por si, seus sócios ou acionistas e respectivos cônjuges e filhos menores, for titular de mais de 50% do capital da outra;
- uma mesma pessoa fizer parte de ambas, na qualidade de diretor ou sócio com funções de gerência, ainda que exercidas sob outra denominação;
- uma tiver vendido ou consignado à outra, no ano anterior, mais de 20%, no caso de distribuição com exclusividade em determinada área do território nacional, e mais de 50%, nos demais casos, do volume das vendas dos produtos tributados de sua fabricação, importação ou arrematação;
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- uma delas, por qualquer forma ou título, for a única adquirente de um ou de mais de um dos produtos industrializados, importados ou arrematados pela outra, ainda quando a exclusividade se refira apenas à padronagem, marca ou tipo do produto;
- uma vender à outra, mediante contrato de participação ou ajuste semelhante, produto tributado que tenha fabricado, importado ou arrematado.
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4.5. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS
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Nos casos de substituição tributária interestadual (aquelas estabelecidas em Convênios e Protocolos), está prevista a retenção do ICMS nas remessas interestaduais para uso, consumo ou imobilização dos adquirentes contribuintes do ICMS. 
Nestes casos a base de cálculo para retenção é o preço de venda praticado pelo substituto, somadas todas as parcelas envolvidas, inclusive frete por fora.
Na formação desta base não serão aplicadas as margens de valor agregado previstas na legislação, pois esta não é uma hipótese de retenção em relação a operação subsequente.
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A retenção deve conter exatamente o mesmo valor de ICMS que a empresa que sofrer a retenção recolheria como Difal.
Vejamos o campo “cálculo do imposto” de uma nf de venda interestadual de material de uso e consumo, no valor de R$ 1.000,00, sujeito a ST por protocolo ou convênio que prevê a retenção do Difal de 7% (19% – 12% ):
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4.6. EMPRESAS ENQUADRADAS NO SIMPLES NACIONAL
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As empresas enquadradas no Simples Nacional, estabelecidas no Estado do Rio de Janeiro, quando realizarem operações internas, não possuem uma forma especial para fixação da base de cálculo do ICMS a ser antecipado ou retido por substituição tributária. 
ATENÇÃO !!!
Nas operações interestaduais, por força do Convênio ICMS 35/2011, quando na operação o FORNECEDOR for uma empresa enquadrada no Simples Nacional, deve ser aplicado o MVA interno (original), ou seja, NÃO haverá Ajuste de MVA. 
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4.7. BASE DE CÁLCULO É O VALOR BRUTO
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ATENÇÃO, todos os contribuintes devem estar conscientes de que integram, também, a base de cálculo da substituição tributária:
• as bonificações;
• os descontos e quaisquer outras deduções concedidas no valor total ou unitário da mercadoria.
 
Significa dizer que o substituto quando for realizar a retenção utilizará o valor bruto de sua operação – sem desconto – como ponto de partida para obtenção da base de cálculo.
Também quer dizer que uma bonificação está sujeita à retenção do ICMS por ST.
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5. COMO EFETUAR A RETENÇÃO PELA SAÍDA OU ANTECIPAÇÃO PELA ENTRADA
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Para calcular o ICMS o contribuinte obrigado a recolher o ICMS ST deve obedecer á seguinte sequência de cálculos que demonstramos nos subitens a seguir, de acordo com cada situação:
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5.1. RETENÇÃO PELA SAÍDA REALIZADA POR EMPRESA FORA DO SIMPLES NACIONAL
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•1ª fase – Determinar a base de cálculo para retenção (Ver item 4 e subitens deste trabalho);
• 2ª fase – Sobre a base de cálculo da retenção aplicar a alíquota interna do produto no estado para onde irá a mercadoria. O resultado do cálculo chamaremos de ICMS total incidente na operação;
 
• 3ª fase – Do ICMS total incidente na operação, obtido na 2ª fase, deve ser deduzido o ICMS da própria operação do substituto (ICMS normal destacado na Nota Fiscal que o substituto emitir);
 
• 4ª fase – O resultado da dedução (ICMS total incidente na operação (-) ICMS da própria operação), obtido na 3ª fase, é o ICMS a ser retido.
 
• 5ª fase – Se for uma operação interna no RJ ou uma operação vindo de fora para o RJ deve ser feito o cálculo do FECP nos produtos que possuam (Ver item 5.6 deste trabalho.)
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•1ª fase – Determinar a base de cálculo para retenção (Ver item 4 e subitens deste trabalho);
• 2ª fase – Sobre a base de cálculo da retenção aplicar a alíquota interna do produto no estado para onde irá a mercadoria. O resultado do cálculo chamaremos de ICMS total incidente na operação;
 
• 3ª fase – Do ICMS total incidente na operação, obtido na 2ª fase, deve ser deduzido o ICMS da própria operação do substituto (ICMS normal destacado na Nota Fiscal que o substituto emitir);
 
• 4ª fase – O resultado da dedução (ICMS total incidente na operação (-) ICMS da própria operação), obtido na 3ª fase, é o ICMS a ser retido.
 
• 5ª fase – Se for uma operação interna no RJ ou uma operação vindo de fora para o RJ deve ser feito o cálculo do FECP nos produtos que possuam (Ver item 5.6 deste trabalho.)
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5.2. RETENÇÃO PELA SAÍDA POR EMPRESA ENQUADRADA NO SIMPLES NACIONAL
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•1ª fase – Determinar a base de cálculo para retenção (Ver item 4 e subitens deste trabalho);
 
• 2ª fase – Sobre a base de cálculo da retenção aplicar a alíquota interna do produto prevista no estado para onde irá a mercadoria, o resultado do cálculo chamaremos de ICMS total incidente na operação;
 
• 3ª fase – Do ICMS total incidente na operação, obtido na 2ª fase, deve ser deduzido o ICMS da própria operação. Neste caso o contribuinte enquadrado no Simples Nacional não tem um ICMS da própria operação destacado na NF. 
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Então, apenas para cálculo da retenção, calculará um ICMS da própria operação, aplicando a alíquota que um contribuinte normal aplicaria naquela hipótese, sobre o valor da sua própria operação;
• 4ª fase – O resultado da dedução (ICMS total incidente na operação (-) ICMS da própria operação), obtido na 3ª fase, é o ICMS a ser retido.
 
• 5ª fase – Se for uma operação interna no RJ ou uma operação vindo de fora para o RJ deve ser feito o cálculo do FECP nos produtos que possuam (Ver item 5.6 deste trabalho.)
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5.3 ANTECIPAÇÃO PELA ENTRADA: AQUISIÇÃO SEM RETENÇÃO DE FORNECEDOR NÃO ENQUADRADO NO SIMPLES NACIONAL 
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• 1ª fase – Considerando os dados constantes da NF do fornecedor, determinar a base de cálculo para retenção (Ver item 4 e subitens deste trabalho);
• 2ª fase – Sobre a base de cálculo da retenção aplicar a alíquota interna do produto prevista no estado para onde irá a mercadoria, o resultado do cálculo chamaremos de ICMS  total incidente na operação;
• 3ª fase – Do ICMS total incidente na operação, obtido na 2ª fase, deve ser deduzido o ICMS da própria operação. Neste caso o contribuinte enquadrado no Simples Nacional não tem um ICMS da própria operação destacado na NF. 
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Então, apenas para cálculo da retenção, calculará um ICMS da própria operação, aplicando a alíquota que um contribuinte normal aplicaria na mesma situação, sobre o valor da sua própria operação;
• 4ª fase – O resultado da dedução (ICMS total incidente na operação (-) ICMS da própria operação) obtido na 3ª fase, é o ICMS a ser recolhido por antecipação na entrada..
• 5ª fase – Se for uma operação interna no RJ ou uma operação vindo de fora para o RJ deve ser feito o cálculo do FECP nos produtos que possuam (Ver item 5.6 deste trabalho.)
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 5.4 ANTECIPAÇÃO PELA ENTRADA: AQUISIÇÃO SEM RETENÇÃO DE FORNECEDOR ENQUADRADO NO SIMPLES NACIONAL
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*
• 1ª fase – Considerando os dados constantes da NF do fornecedor, determinar a base de cálculo para retenção (Ver item 4 e subitens deste trabalho
• 2ª fase  – Sobre a base de cálculo da retenção aplicar a alíquota interna do produto prevista no estado para onde irá a mercadoria, o resultado do cálculo chamaremos de ICMS total incidente na operação;
 
• 3ª fase – Do ICMS total incidente na operação, obtido na 2ª fase, deve ser deduzido o ICMS da própria operação do fornecedor. 
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Neste caso o fornecedor é contribuinte enquadrado no Simples Nacional e não tem um ICMS da própria operação destacado na NF. 
Então, apenas para cálculo da retenção, o adquirente forjará um ICMS da própria operação do fornecedor, aplicando a alíquota que um contribuinte normal aplicaria naquela hipótese, sobre o valor da operação do fornecedor, que consta na NF dele;
 
• 4ª fase – O resultado da dedução (ICMS total incidente na operação (-) ICMS da própria operação) obtido na 3ª fase, é o ICMS a ser recolhido por antecipação. 
 
• 5ª fase – Se for uma operação interna no RJ ou uma operação vindo de fora para o RJ deve ser feito o cálculo do FECP nos produtos que possuam (Ver item 5.6 deste trabalho.)
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5.5 ANTECIPAÇÃO PELA ENTRADA: POR ALGUMA PARCELA NÃO INCLUSA NA BASE DE CÁLCULO OU CÁLCULO INCORRETO
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Quando alguma parcela que deve compor a base de cálculo da retenção não for inclusa (por exemplo : IPI, seguros, MVA menor, frete FOB, e etc), ou quem fez a retenção aplicou uma alíquota menor, o contribuinte que recebe o produto torna-se responsável solidário e também deve realizar um cálculo na entrada, para antecipação complementar do ICMS não retido pelo substituto. 
Para cálculo deverá observar, no que couberem, as regras gerais para antecipação pela entrada, que comentamos nos subitens 5.3 e 5.4.
 Se for uma operação interna no RJ ou uma operação vindo de fora para o RJ deve ser feito o cálculo do FECP nos produtos que possuam (Ver item 5.6 deste trabalho.)
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5.6.CÁLCULO DO FECP
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Para calcular o FECP nas retenções ou antecipações para o Estado do Rio de Janeiro o valor da parcela do adicional relativo ao FECP em razão da substituição tributária, com exceção de combustíveis, deve ser obtido conforme a seguir:
– em operações internas – O contribuinte deve aplicar 1% sobre a diferença entre o valor da base de cálculo de retenção e o valor da base de cálculo da operação própria do emissor da NF;
– em operações interestaduais destinadas ao Estado do Rio de Janeiro – O contribuinte deve aplicar 1% sobre o valor da base de cálculo de retenção.
Em qualquer dos casos o valor obtido deve ser subtraído do ICMS retido ou antecipado e recolhido em campo separado no DARJ.
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5.7. PRAZOS PARA RECOLHIMENTO DO ICMS – ST
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I) RETENÇÃO PELA SAÍDA
O recolhimento do ICMS retido pelo contribuinte que for substituto pelas saídas deve ser realizado até o dia 9 do mês subsequente ao da saída da mercadoria.
 
II) ANTECIPAÇÃO POR ENTRADA SEM RETENÇÃO
O recolhimento do ICMS antecipado,
relativo às aquisições sem retenção, ou com retenção a menor, cuja responsabilidade passou para o adquirente deve observar as seguintes regras:
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5.7. PRAZOS PARA RECOLHIMENTO DO ICMS – ST
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*
I) RETENÇÃO PELA SAÍDA
O recolhimento do ICMS retido pelo contribuinte que for substituto pelas saídas deve ser realizado até o dia 9 do mês subsequente ao da saída da mercadoria.
 
II) ANTECIPAÇÃO POR ENTRADA SEM RETENÇÃO
O recolhimento do ICMS antecipado, relativo às aquisições sem retenção, ou com retenção a menor, cuja responsabilidade passou para o adquirente deve observar as seguintes regras:
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a) AQUISIÇÃO DENTRO DO ESTADO
O recolhimento deve ocorrer no dia da entrada
 
a.1). Dados a informar no DARJ
O DARJ referente à operação relatada deve ser preenchido observados os seguintes detalhes:
• natureza do recolhimento: substituição tributária por responsabilidade;
• emissão em nome próprio da empresa destinatária;
• anotação, em observações: do número da nota fiscal na qual os produtos estão descritos.
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b) AQUISIÇÃO DE ESTADO QUE NÃO MANTÉM ACORDO COM RJ
Nas aquisições de mercadorias de Estado que não possui acordo com o Estado do Rio de Janeiro, através de Convênio ou Protocolo em relação ao produto, o fornecedor do outro Estado não é o responsável pela retenção. 
A responsabilidade de pagar, por antecipação, o ICMS que não foi retido, é do destinatário e adquirente da mercadoria no Rio de Janeiro. 
Sendo a responsabilidade do destinatário no Rio de Janeiro, este deve recolher o ICMS-ST não retido antes da mercadoria entrar aqui no RJ, pois a fiscalização do Estado do Rio de Janeiro exigirá a apresentação do comprovante de pagamento do ICMS devido, ou seja, o DARJ – Documento de Arrecadação de Receitas do Estado do Rio de Janeiro e o DIP – Demonstrativo de Item de Pagamento, que detalha os valores que foram pagos.
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b.1.) RECOLHIMENTO DO ICMS ANTES DA ENTRADA NO ESTADO
O recolhimento deste ICMS antes da mercadoria entrar no Estado do Rio de Janeiro pode causar dificuldade operacional para o destinatário, pois o DARJ pago deve vir junto com a mercadoria, a fim de ser apresentado na entrada da mercadoria nesse estado, nos casos em que o veículo seja parado em alguma barreira fiscal, ou no trânsito da mercadoria dentro deste Estado até o destinatário. 
 Para atender a esta norma, o destinatário no Rio de Janeiro terá que tomar providências para que o transportador do produto cruze ou chegue até a fronteira do Estado do Rio de Janeiro já com o DARJ pago.
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Como podemos perceber, a realização dessas operações exigirá que o destinatário no RJ estabeleça uma perfeita coordenação de procedimentos com seus fornecedores de outros Estados, pois, para cálculo do imposto e preenchimento correto do DARJ, o destinatário precisa saber o número da nota fiscal e o valor dos produtos que virão.
Embora a legislação seja omissa em relação a quais procedimentos deverão ser adotados para a realização desse processo, sugerimos que, após o pagamento, o DARJ e o DIP sejam enviados ao fornecedor para que este os traga juntamente com a mercadoria.
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b.1.1.) Documento de Arrecadação
No preenchimento do DARJ com o valor do ICMS, na situação citada anteriormente, devem ser observados os seguintes detalhes:
• natureza do recolhimento: substituição tributária por responsabilidade;
• emissão em nome próprio da empresa destinatária;
• anotação, em observações: do tipo, da série, do número e da data de emissão da nota fiscal e do CNPJ de seu emitente.
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c) AQUISIÇÃO DE ESTADO QUE MANTÉM CONVÊNIO OU PROTOCOLO
Nesta operação, os fornecedores são os responsáveis pela retenção e recolhimento do ICMS-ST, em relação às mercadorias que o Estado do fornecedor e o RJ possuírem acordo através de Convênio ou Protocolo. Sendo assim, as regras que estes fornecedores devem observar quanto ao recolhimento do ICMS-ST são as seguintes:
• fornecedores que não possuem inscrição como contribuinte substituto no RJ: as cargas das mercadorias já devem vir com GNRE pagas, individualmente por nota fiscal;
• fornecedores que possuem inscrição de contribuinte substituto no RJ: o ICMS deve vir retido na nota fiscal e o fornecedor deverá recolher nos dias 9 ou 10 do mês subsequente.
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C.1) RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO
Embora a responsabilidade seja do remetente, nos casos em que exista Convênio ou Protocolo, o destinatário deve sempre verificar se a inscrição de substituto de seu fornecedor ainda é válida no Rio de Janeiro, pois caso o fornecedor não retenha ou não pague antecipadamente, o destinatário no Rio de Janeiro deve recolher o ICMS não retido na entrada do produto no território do RJ, sob pena do veículo ser parado na barreira fiscal ou na fiscalização no trânsito da mercadoria, ficando o destinatário sujeito à cobrança do ICMS e autuação.
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C.1.1). Dados a informar no DARJ ou GNRE
O DARJ/GNRE referentes à operação, quando emitidos por fornecedor sem inscrição ou pelo destinatário, devem ser observados os seguintes detalhes:
• natureza do recolhimento: substituição tributária por responsabilidade;
• emissão em nome próprio da empresa destinatária: quando o destinatário for o responsável;
• emissão em nome do fornecedor: quando este for o responsável;
• anotação, em observações: do tipo, da série, do número e da data de emissão da nota fiscal e do CNPJ de seu emitente.
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5.7.1. RECOLHER A RETENÇÃO INDEPENDE DA APURAÇÃO DE SUAS OPERAÇÕES
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O substituto tributário por saída deve efetuar o recolhimento do ICMS retido independentemente do resultado da apuração relativa às suas próprias operações. Isto significa dizer que na apuração do substituto pode dar saldo credor, relativamente às suas próprias operações, e mesmo assim este deverá recolher o ICMS que reteve de seus clientes durante o mês. 
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6. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
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Nos subitens a seguir, analisamos as regras que os contribuintes substitutos e os substituídos devem observar para emissão de Notas fiscais e a escrituração dos Livros fiscais, em razão da aplicação da substituição tributária, com os produtos sujeitos a este regime. 
Abordaremos inclusive as regras que os contribuintes que se tornam responsáveis solidários por recebimento de dentro ou de fora do Estado devem obedecer.
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6.1. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS DO CONTRIBUINTE SUBSTITUTO PELAS SAÍDAS
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Nos subitens a seguir, relacionamos as regras para emissão e escrituração de documentos fiscais pelos contribuintes substitutos tradicionais, ou seja, aqueles que fazem retenção pela saída (Normalmente os Industriais e importadores, ou distribuidores com regime especial). 
NOTA: Em relação aos contribuintes que se tornam responsáveis solidários por recebimento de mercadoria de dentro ou de fora do estado sem retenção ou com retenção insuficiente, comentaremos no subitem 6.3
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6.1.1 EMISSÃO DE NOTA FISCAL 
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6.1.1. A) SUBSTITUTO NÃO ENQUADRADO NO SIMPLES NACIONAL:
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O contribuinte substituto que retêm na saída, quando estiver desempenhando esta função, ou seja, quando realizar a retenção do ICMS, deve emitir Nota Fiscal Eletrônica por ocasião da saída da mercadoria sujeita á substituição, que contenha, em especial, o que segue:
a) As indicações gerais exigidas na legislação, por exemplo:
√√  No quadro “ Dados do Produto” – preenchimento normal, com preocupação específica para aposição das seguintes informações, as quais significam que naquela operação ESTÁ SENDO REALIZADA UMA RETENÇÃO, ou seja, o fornecedor está cobrando ICMS ST em separado na NF.
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Vejamos o que fazer :
•• CST de operação na qual está ocorrendo retenção: 
– 10 - Tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária: significa que a operação do substituto é tributada normalmente e ele ainda está retendo ICMS de seu cliente; 
–30 - Isenta ou não tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária:
significa que a operação do substituto é isenta ou não tributada e ele ainda está retendo ICMS de seu cliente; 
–70 - Com redução de base de cálculo e cobrança do ICMS por substituição tributária : significa que a operação do substituto ou a base de cálculo da retenção tem redução da Base de cálculo ele ainda está retendo ICMS de seu cliente;
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•• CFOP de operação na qual está ocorrendo retenção: 
 
– 5.401/ 6.401 - Venda de produção do estabelecimento em operação com produto sujeito a ST, na condição de substituto – 
• CFOP de Indústria que está retendo na operação - classificam-se neste código as vendas de produtos industrializados ou produzidos pelo próprio estabelecimento em operações com produtos sujeitos ao regime de substituição tributária, na condição de contribuinte substituto. 
 
– 5.403/ 6.403 - Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros em operação com mercadoria sujeita a ST, na condição de contribuinte substituto – 
• CFOP de quem está retendo ICMS na operação, mas não industrializou o produto - classificam-se neste código as vendas de mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros, na condição de contribuinte substituto, em operação com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária. 
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– 6.404 - Venda de mercadoria sujeita a ST, cujo ICMS já tenha sido retido anteriormente –
• CFOP de um ex-substituído que agora está agindo como substituto, ou seja, que está retendo ICMS na operação, e não industrializou o produto - classificam-se neste código as vendas de mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária, na condição de substituto tributário, exclusivamente nas hipóteses em que o imposto já tenha sido retido anteriormente.
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ATENÇÃO: Este CFOP é constantemente usado de forma incorreta, pois muitas empresas acreditam que quando o texto legal fala em “imposto retido anteriormente” significa que podemos realizar uma operação sem mais nenhum ICMS, nem próprio nem retido. 
Isto não é assim, é justamente o contrário : “quer dizer que já houve retenção anterior, mas que agora está sendo realizada uma nova operação com ICMS normal e com retenção do seu cliente”. 
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√√ No quadro cálculo do imposto:
– Campo “Base de cálculo do ICMS” (de sua própria operação): preencher nas hipóteses em que a operação do substituto seja tributada;
– Campo “Valor do ICMS” (de sua própria operação) : preencher nas hipóteses em que a operação própria do substituto seja tributada;
– Campo “Base de Cálculo ICMS substituição” – o valor que serviu de base de cálculo para a retenção; e 
– Campo “Valor do ICMS substituição” – o valor do imposto retido
– Campos “Valor do frete, seguros e outras despesas acessórias”, IPI : preencher caso sejam cobradas dentro da NF;
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6.1.1. B) SUBSTITUTO ENQUADRADO NO SIMPLES NACIONAL
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O contribuinte substituto enquadrado no Simples Nacional, no desempenho desta função, ou seja, quando realizar a retenção do ICMS nas saídas, deve emitir Nota Fiscal, NF-e, por ocasião da saída da mercadoria sujeita á substituição, que contenha, em especial, o que segue: 
a) As indicações gerais exigidas na legislação, por exemplo:
√√  No quadro “Dados do Produto” – preenchimento normal, com preocupação específica para aposição das seguintes informações, as quais significam que naquela operação ESTÁ SENDO REALIZADA UMA RETENÇÃO, ou seja, o fornecedor está cobrando ICMS ST em separado na NF. Vejamos o que fazer:
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•• CSOSN de operação na qual está ocorrendo retenção: 
– 201 - Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito e com cobrança do ICMS por substituição tributária: classificam-se neste código as operações que permitem a indicação da alíquota do ICMS devido pelo Simples Nacional e do valor do crédito, e com cobrança do ICMS por substituição tributária.
– 202 - Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito e com cobrança do ICMS por substituição tributária :classificamos neste código as operações que não permitem a indicação da alíquota do ICMS devido pelo Simples Nacional e do valor do crédito, e não estejam abrangidas nas hipóteses dos códigos 103, 203, 300, 400, 500 e 900, e com cobrança do ICMS por substituição tributária.
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– 203 - Isenção do ICMS no Simples Nacional para faixa de receita bruta e com cobrança do ICMS por substituição tributária : 
devem ser classificadas neste código as operações praticadas por optantes pelo Simples Nacional contemplados com isenção para faixa de receita bruta e com cobrança do ICMS por substituição tributária. Este CSOSN não é aplicado no RJ, pois não existe esta, nem outra isenção para o Simples Nacional na legislação do RJ
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•• CFOP de operação na qual está ocorrendo retenção: 
– 5.401/ 6.401 - Venda de produção do estabelecimento em operação com produto sujeito a ST, na condição de substituto – 
• CFOP de Indústria que está retendo na operação - classificam-se neste código as vendas de produtos industrializados ou produzidos pelo próprio estabelecimento em operações com produtos sujeitos ao regime de substituição tributária, na condição de contribuinte substituto. 
– 5.403/ 6.403 - Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros em operação com mercadoria sujeita a ST, na condição de contribuinte substituto – 
• CFOP de quem está retendo ICMS na operação, mas não industrializou o produto - classificam-se neste código as vendas de mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros, na condição de contribuinte substituto, em operação com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária. 
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– 6.404 - Venda de mercadoria sujeita a ST, cujo ICMS já tenha sido retido anteriormente –
• CFOP de um ex-substituído que agora está agindo como substituto, ou seja, que está retendo ICMS na operação, e não industrializou o produto - classificam-se neste código as vendas de mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária, na condição de substituto tributário, exclusivamente nas hipóteses em que o imposto já tenha sido retido anteriormente. 
*
*
ATENÇÃO: Este CFOP é constantemente usado de forma incorreta, pois muitas empresas acreditam que quando o texto legal fala em “imposto retido anteriormente” significa que podemos realizar uma operação sem mais nenhum ICMS, nem próprio nem retido. Isto não é assim, é justamente o contrário : “quer dizer que já houve retenção anterior, mas que agora está sendo realizada uma nova operação com ICMS normal e com retenção do seu cliente. 
*
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√√ No quadro cálculo do imposto:
– Campo “Base de cálculo do ICMS” (de sua própria operação): preencher nas hipóteses em que a operação do substituto seja tributada;
– Campo “Valor do ICMS” (de sua própria operação) : preencher nas hipóteses em que a operação própria do substituto seja tributada;
– Campo “ Base de Cálculo ICMS substituição” – o valor que serviu de base de cálculo para a retenção; e 
– Campo “Valor do ICMS substituição” – o valor do imposto retido
– Campos “Valor do frete, seguros e outras despesas acessórias”, IPI : preencher caso sejam cobradas dentro da NF;
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6.1.2. ESCRITURAÇÃO DO LIVRO REGISTRO DE SAÍDAS
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O que vamos analisar a seguir não se aplica às empresas enquadradas no Simples Nacional, pois estas são dispensadas de escrituração do LRS.
Sendo assim, as Notas Fiscais emitidas pelo substituto tributário não enquadrado no Simples Nacional, com produtos sujeitos ao regime de ST, na qual este seja o responsável pela retenção, devem ser lançadas normalmente no Livro Registro de Saídas, observando – se, em especial, o que segue:
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a) nas colunas do quadro “ ICMS Valores Fiscais “ – Lançar os dados relativos à sua própria operação; 
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b) Em relação aos valores do ICMS retido e da respectiva base de cálculo para retenção o substituto deve adotar o seguinte critério:
- no caso de contribuinte que utilize o sistema eletrônico de processamento de dados, estes valores
devem ser lançados na linha abaixo do lançamento da operação própria, sob o título comum “Substituição Tributária” ou código “ST”;
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c) os valores constantes nas colunas relativas ao imposto retido e à sua base de cálculo, mencionados na letra “b“ devem ser totalizados no último dia do período de apuração para lançamento no livro Registro de Apuração do ICMS, separadamente se for o caso, a saber:
operações internas; 
operações interestaduais.
Nota: Em relação ao item “c” tal obrigação não se aplica aos enquadrados no Simples Nacional pois estes não escrituram o LRAICMS, nem o LRS, o controle destas operações deve ser feito à parte.
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6.1.3. ESCRITURAÇÃO DO LIVRO REGISTRO DE ENTRADAS
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*
O Livro Registro de Entradas deve ser escriturado pelos substitutos tributários, normalmente pelos sujeitos a tributação normal. 
Já os enquadrados no Simples Nacional precisam escriturar somente até a coluna de Valor Contábil.
A diferenciação será apenas em relação aos casos de entrada de mercadoria em devolução (devolução de venda) e cujo ICMS tenha sido por eles retido anteriormente. 
Neste caso a Nota Fiscal, emitida por seu cliente, que acobertou a devolução, deve ser escriturada conforme regras a seguir:
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a) normalmente nas colunas relativas ao documento e valor contábil e, em especial, nas colunas “Operações com Crédito do Imposto” pelos não enquadrados no Simples Nacional. 
Os enquadrados no Simples nacional não escrituram campos relativos a créditos pois seu regime de tributação não permite.
b) em relação ao valor da base de cálculo da retenção e do ICMS retido, relativos à devolução tanto os enquadrados no Simples Nacional quanto os não enquadrados devem observar o que segue:
    –   se o contribuinte utilizar sistema eletrônico de processamento de dados deve – Deve lançar tais valores na linha abaixo do lançamento da operação própria, sob o título comum “Substituição Tributária” ou “ST”;
*
*
  –   se o contribuinte não utilizar o sistema eletrônico de processamento de dados – Deve lançar estes valores separadamente na coluna “Observações”, na mesma linha do lançamento da Nota Fiscal de devolução sob o título comum “ substituição tributária”.
 
Os valores relativos á base de cálculo da retenção e ao ICMS retido, ambos das devoluções, devem ser totalizados no último dia do período de apuração, para lançamento no LRAICMS, pelos não enquadrados no Simples Nacional. 
Os enquadrados devem somar e fazer um controle à parte, pois não escrituram o LRAICMS
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6.1.4. ESCRITURAÇÃO DO LIVRO REGISTRO DE APURAÇÃO DO ICMS
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*
Os contribuintes enquadrados no Simples Nacional não escrituram o LRAICMS e fazem seus controles de apuração à parte da forma que bem entenderem.
Assim, o contribuinte substituto NÃO enquadrado no Simples Nacional deve escriturar o LRAICMS - livro Registro de Apuração do ICMS de forma diferenciada, pois, a cada mês, deve utilizar pelo menos duas folhas do Livro, da seguinte forma:
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*
1ª folha – Para apuração do ICMS das próprias operações.
Nesta folha é feita a apuração normal dos débitos e créditos do substituto.
2ª folha – Para apuração do ICMS retido em operações internas
Nesta 2ª folha ( folha SUBSEQÜENTE à destinada a apuração relacionada com as suas próprias operações) o substituto deve apurar os valores relativos ao ICMS retido, no último dia do respectivo período, no LRAICMS, com a indicação da expressão “Substituição Tributária”, utilizando, no que couber, os quadros “Débitos do Imposto”, “Crédito do Imposto” e “Apuração dos Saldos”, conforme a seguir:
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– no Quadro “Débitos do Imposto” -  no campo 001 “Por Saídas com Débito do Imposto” - Lançar o somatório do ICMS retido no mês, que estava escriturado no campo observações do Livro Registro de Saídas;
– no Quadro “ Créditos do Imposto” no campo “Por Entradas com Crédito do Imposto”  – Lançar o somatório do ICMS retido, relativo às devoluções de venda que porventura ocorrerem no período, que estava escriturado no campo observações do Livro Registro de Entradas;
–  no Quadro “Apuração dos Saldos” – Lançar o resultado da subtração dos créditos dos débitos.
*
*
3ª folha – Para apuração do ICMS retido em operações interestaduais, o registro deve ser feito em folha subseqüente às operações internas, pelos valores totais, detalhando os valores relativos a cada unidade da Federação nos quadros “Entrada” e “Saída”, nas colunas “Base de Cálculo” (para base de cálculo do imposto retido), “Imposto Creditado” e “Imposto Debitado” (para imposto retido, identificando a unidade da Federação na coluna “Valores Contábeis”).
*
*
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*
*
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6.1.5 EXEMPLOS DE EMISSÃO DE NF E ESCRITURAÇÃO DOS LIVROS
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*
A seguir veremos exemplo de emissão de NF, pela “Indústria de Cimentos AZUL Ltda”, contribuinte substituto, utilizando os dados do exemplo 1 do subitem 4.2.
*
*
6.1.6 CONTRIBUINTES QUE SÃO SUBSTITUTOS 
POR SAÍDAS 
NAS OPERAÇÕES 
PARA OUTROS ESTADOS ENTREGAM A GIA-ST
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*
A GIA-ST deve ser utilizada para a informação e apuração do ICMS devido por substituição tributária à unidade federada diversa daquela do domicílio fiscal do substituto, portanto, se um contribuinte do Rio de Janeiro possuir inscrição como contribuinte substituto em outro Estado, deverá transmitir a GIA–ST para aquele Estado.
 
A GIA-ST deve ser remetida pelo substituto tributário à repartição fiscal de circunscrição neste Estado, até o dia 10 do mês subseqüente ao da apuração do imposto, ainda que no período não tenham ocorrido operações sujeitas à substituição tributária, hipótese em que deverá assinalar o campo 1 correspondente à expressão “GIA-ST SEM MOVIMENTO”;
*
*
A GIA-ST deve ser apresentada por transmissão eletrônica de dados ou em meio magnético, a critério do fisco de cada Estado, após ser validada pelo programa de computador aprovado pela COTEPE/ICMS.
Na hipótese de retificação de GIA-ST anteriormente apresentada, deverão ser observados, no que couber, os procedimentos previstos na legislação
*
*
6.1.7. OBRIGAÇÕES DO SUBSTITUTO POR ENTRADA
(RESPONSÁVEL SOLIDÁRIO)
*
*
O substituto por realizar antecipação na entrada, aquele obrigado a recolher o ICMS na entrada, por ter recebido o produto SEM RETENÇÃO/SEM INFORMAÇÃO DA RETENÇÃO OU RETENÇÃO INSUFICIENTE, enquadrado no Simples Nacional, ou não, deve proceder como segue, seja ele distribuidor, atacadista ou varejista.
*
*
6.1.7.1 EMISSÃO DE NOTA FISCAL
*
*
O estabelecimento que estiver nesta condição quando der saída interna a estas mercadorias ao emitir Nota Fiscal deve observar as seguintes regras:
√√  No quadro “ Dados do Produto” – preenchimento normal, com preocupação específica para aposição das seguintes informações, as quais significam que naquela operação JÁ FOI realizada uma retenção, ou seja, ou seja, todo o ICMS que tinha que ser cobrado já foi pago anteriormente, seja por ter sido retido ou por ter sido pago antecipadamente pela entrada. 
Vejamos o que fazer:
*
*
•• CST de operação na qual JÁ ocorreu retenção:
– 60 - ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária
•• CSOSN de operação na qual JÁ ocorreu retenção – no caso de empresa enquadrada no Simples nacional:
– 500 - ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária (substituído) ou por antecipação
•• CFOP de operação na qual JÁ ocorreu retenção: 
– 5.405 - Venda de mercadoria, adquirida ou recebida de terceiros, sujeita ao regime de substituição tributária, na condição de contribuinte-substituído.
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*
• CFOP de contribuinte que já sofreu retenção na operação anterior ou que pagou antecipadamente na entrada
√√ No quadro cálculo do imposto:
– Campo “Base de cálculo do ICMS” (de sua própria operação): Não preencher ;
 – Campo “Valor do ICMS” (de sua própria operação) : Não preencher ;
 – Campo “ Base de Cálculo ICMS substituição”

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