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O Que É Análise Técnica

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O Que É Análise Técnica?
A análise técnica se refere ao modelo de análise de investimento que avalia instrumentos financeiros a partir de gráficos históricos. Atualmente o modelo mais aceito é o de estudos de padrões gráficos e uso de indicadores técnicos.
Teoria De Dow
A teoria de Dow é composta por uma série de axiomas propostos por Henry Charles Dow no começo do século XX, buscando explicar o comportamento do mercado de ações. Estes axiomas se tornaram tão bem aceitos e aplicáveis que até hoje são ensinados como porta de entrada para o mundo especulativo da bolsa.
A história mostra que a teoria de Dow foi adotada algum tempo após sua morte, em 1902. Dow tinha o hábito de escrever no jornal que ele mesmo fundou, o Wall Street Journal; seus artigos abordavam diversos aspectos e diretrizes da vida do trader, e sua compilação acabou emergindo como um guia para os traders da época. Por volta de 1922 os traders William Peter Hamilton, Robert Rhea e George Schaefer sintetizaram os principais artigos de Dow em seis princípios básicos:
As médias descontam tudo;
O mercado tem três tendências;
As tendências ocorrem em três fases;
As médias confirmam a tendência;
As tendências são confirmadas pelo volume;
A tendência vale até sua inversão.
As Médias Descontam Tudo
A regra básica da teoria de Dow e que dá sustentação a toda a teoria da análise técnica, parte do pressuposto de que todas as informações de mercado bem como humores, sentimentos e expectativas presentes já estão incorporados ao preço dos ativos, sendo o preço dos ativos e seu histórico a única informação realmente relevante para avaliação de investimentos.
Balanços e notícias são irrelevantes, pois a influência que eles podem ter sobre o preço do papel já foi absorvida antes que se pudesse ter conhecimento público de ambos. Assim, mais uma vez, reforça-se a necessidade de olhar apenas para os preços dos papéis.
Dow faz uma ressalva: atos de “Deus” não estão precificados nos preços dos ativos, essencialmente as catástrofes naturais como terremotos e furacões. Dow usa o termo “média” para se referir aos índices de ações.
Diferente da análise fundamentalista onde o diferencial da avaliação se dá pelo que pode acontecer, ou seja, estimativas, a base da análise técnica diz que os preços atuais do mercado são uma conseqüência do que ocorreu e o que está ocorrendo com os ativos.
O Mercado Tem Três Tendências
O mercado se movimenta em três tipos de tendência, a primária, a secundária e a terciária. As tendências se comportam de maneira recursiva, sendo a tendência primária uma composição de tendências secundárias e uma tendência secundária uma composição de tendências terciárias.
A tendência primária é uma tendência que busca explicar os grandes movimentos de mercado, tem duração de seis meses a vários anos e dá o direcionamento de longo prazo dos papéis.
A tendência secundária é uma tendência que busca explicar os pequenos movimentos de mercado, tem duração de duas semanas a vários meses e dá o direcionamento de curto prazo dos papéis.
A tendência terciária é uma tendência que busca explicar os pequenos ruídos diários de mercado, tem duração de horas a uma semana e dá o direcionamento de curtíssimo prazo dos papéis.
A imagem abaixo ilustra esse relacionamento:
O caminho em verde identifica a tendência primária. A tendência primária é formada por tendências secundárias, identificadas pela cor azul. O traçado em preto identifica as tendências terciárias, onde ocorrem as pequenas variações de preço do papel.
As Tendências Ocorrem Em Três Fases
Cada amplitude de tendência (primária, secundária ou terciária) se forma em três momentos: acumulação, movimento e distribuição.
A acumulação é o momento onde os investidores que dominam a tendência que está se formando, acumulam posições (compradas ou vendidas) a favor da tendência que se forma. O papel apresenta leve inclinação e volume de negociação crescente.
O movimento é o momento onde a tendência se revela verdadeira, com forte volume e forte alta (ou baixa).
A distribuição é o fim da tendência, com os investidores da vanguarda desfazendo posições, volume decrescente e papel corrigindo preço contra a tendência.
A imagem abaixo ilustra uma tendência de alta e suas três fases:
Em verde temos a fase de acumulação. Em vermelho a fase de movimento. Em amarelo temos a fase de distribuição.
As Médias Confirmam A Tendência
Olhar o desempenho do índice de ações é uma parte importante do processo de análise técnica de um papel. Isso porque na maior parte do tempo os papéis da bolsa tendem a seguir os índices de ações, tanto o índice amplo de mercado como o índice específico do setor.
No dia-a-dia os papeis podem ter desempenho substancialmente diferente do índice de ações, mas quanto maior o prazo de comparativo, maior a chance dos movimentos serem similares.
As Tendências São Confirmadas Pelo Volume
O interesse geral dos investidores por um papel pode ser medido pelo volume de negociação deste papel. Isso significa dizer que, em uma situação de tendência ou de formação de tendência, quanto maior o volume, mais representativa é aquela tendência, uma vez que o interesse foi forte no movimento formado.
Ao observar um rompimento de nível de preços ou uma formação de tendência, é importante observar o volume também, a fim de determinar se aquela tendência de alta ou de baixa possui a participação de muitos investidores.
A Tendência Vale Até Sua Inversão
Observar o comportamento dos preços em relação à sua tendência é importante para determinar a continuidade ou não de sua tendência. Isso porque, segundo Dow, uma tendência invertida deve mudar a estratégia operacional do investidor.
A inversão da tendência é identificada através de linhas de estudo de suportes e resistências. Uma vez perdida a linha que identifica a tendência atual, deve-se ignorá-la e buscar uma nova tendência.
Padrões Gráficos
A análise de padrões gráficos é a parte da análise técnica que estuda o histórico de preços diretamente no gráfico. Esta análise busca a formação de padrões de comportamento conhecido no histórico da análise por padrões.
Suportes, Resistências E Canais
Suportes e resistências são linhas horizontais desenhadas no gráfico que identificam preços que são pontos de decisão no mercado, para movimentos de alta ou baixa. São localizados sempre em região de preço onde estão formados topos e fundos.
Suportes são linhas de preços abaixo do preço atual do papel que identificam uma região de sustentação do papel. Suportes podem ser mantidos (e nesse caso o papel voltaria a subir) ou perdidos (neste caso o papel inicia nova seqüência de quedas). Ao ser perdido, um suporte se torna uma resistência.
Resistências são linhas de preços acima do preço atual do papel que identificam uma região de barreira do papel. Resistências podem ser mantidas (e nesse caso o papel voltaria a cair) ou rompidas (neste caso o papel inicia nova seqüência de altas). Ao ser rompida, uma resistência se torna um suporte.
A imagem abaixo ilustra este conceito:
Canais são formações que buscam demonstrar a tendência do papel, três tipos: tendência de alta, tendência de baixa e canal lateral.
Uma tendência de alta é uma seqüência de topos e fundos ascendentes, são formados por uma linha de tendência de alta que tangencia os fundos e uma linha de referência de alta que tangencia os topos.
Uma tendência de baixa é uma seqüência de topos e fundos descendentes, são formados por uma linha de tendência de baixa que tangencia os topos e uma linha de referência de baixa que tangencia os fundos.
A imagem abaixo ilustra este conceito:
Um canal lateral é uma seqüência desordenada de topos e fundos onde não se pode identificar uma tendência de alta ou de baixa consistente.
Formações Gráficas
Formações gráficas são padrões de preços que se repetem ao longo do tempo no histórico de cotações dos papeis e representam, dada uma avaliação estatística, uma grande possibilidade de movimento em uma direção após a formação do padrão. Sãoseparados em dois tipos quanto ao movimento: continuação da tendência e inversão da tendência.
O ombro-cabeça-ombro é um padrão gráfico que inverte a tendência de alta do papel. Também pode ser encontrado na posição invertida, indicando, portanto, uma tendência de baixa. Consiste em uma formação de rompimento de linha de tendência com certa simetria, onde o rompimento da uma linha chamada de linha de pescoço, aciona-se o uso do padrão para investimentos.
A imagem abaixo ilustra este conceito:
O triângulo ascendente é um padrão gráfico que mantém a tendência de alta do papel. Também pode ser encontrado na posição descendente, mantendo, portanto, uma tendência de baixa. Consiste em uma formação onde os preços congestionam ao redor de um preço. Com o rompimento do formato de triângulo, aciona-se o uso do padrão para investimentos.
A imagem abaixo ilustra este conceito:
Candlesticks
A exibição gráfica no formato de candlestick permite ao investidor analisar a tendência geral do papel e a tendência de curto prazo ao mesmo tempo. Isso porque os candlesticks carregam em si mais informações que um gráfico de linha, pois exibem os quatro preços de um período (abertura, máxima, mínima e fechamento) ao invés de apenas um, como seria do gráfico de linha.
Recebe este nome por ter um formato parecido com uma vela. Há um tipo de candlestick para dias de alta intraday e outro para dias de baixa intraday.
A imagem abaixo compara um gráfico de linha dos fechamentos e um gráfico de candlestick do Ibovespa em dezembro de 2010.
Assim como existem padrões de preços que dão origem aos estudos de formações gráficas, candlesticks também podem apresentar padrões para estudos de comportamento de curto prazo.
Indicadores Técnicos
Indicadores técnicos são fórmulas matemáticas que podem ser aplicadas aos preços dos papeis para ajudar o investidor a fazer uma melhor leitura do comportamento dos preços do papeis.
Dividem-se em três categorias:
Tendência: baseiam-se na média móvel dos preços para avaliar a tendência geral do papel em diversas amplitudes de tempo;
Osciladores: baseiam-se em estudos de oscilação excessiva de preços para avaliar tendências de curto prazo;
Volume: qualquer tipo de indicador que se utiliza do volume para o cálculo é classificado como indicador de volume.
Indicadores De Tendência
São exemplos de indicadores de tendência, as médias móveis simples, exponenciais, quadráticas, fractais, as bandas de bollinger, o MACD (Moving Avarage Convergence-Divergence), o parabólico SAR (Stop-and-Reverse) e o Hilo (High and Low Activator).
Todos os indicadores de tendência carregam em si uma média móvel, normalmente a simples, que é a média da somatória dos últimos n períodos, sendo n um parâmetro definido pelo investidor.
A fórmula geral da média móvel simples é:
Onde:
SMA: preço do valor da média no dia p.
p: dia ao qual se refere o ponto da média calculada.
c: valor de referência para cálculo, por exemplo, fechamento.
n: número de períodos da média
Apesar de sua fórmula aparentemente complexa, a prática se mostra mais simples. Por exemplo, para 3 dias de negociação com fechamentos em 15,10, 14,70 e 13,95 para os dias 5, 4 e 3 de janeiro de 2011, respectivamente, a média será:
Abaixo temos o gráfico do Ibovespa para o mês de dezembro com uma média móvel simples de 10 períodos:
Para calcular os 10 primeiros dias de dezembro foram utilizados dados de novembro.
O estudo de estratégias com as médias móveis é bem amplo pois existem muitos tipos de médias e é possível estudar muitos tipos de intervalos de média para todos os tipos de período gráfico (mensal, semanal, diário e os mais diversos tipos de intraday).
Indicadores Osciladores
São exemplos de indicadores osciladores o estocástico, o sistema ADX, o IFR (Índice de Força Relativa), o Commodity Channel Index e o indicador Willams %R.
Todos os indicadores osciladores procuram relacionar os dias de alta e de baixa, bem como a eventual diferença entre máximas e mínimas de diversas formas, de formar a encontrar fortalecimentos e enfraquecimento de movimentos de alta e baixa no papel no curto prazo.
Indicadores De Volume
São exemplos de indicadores de volume o OBV (On Balance Volume), o Money Flow, o Oscilador de Volume e a média móvel de volume.
Teoria de Dow e a Análise Técnica Clássica
Como Charles Henry Dow desenvolveu seus princípios para analisar o mercado financeiro e que hoje tornou-se a teoria chave para entender os fundamentos da Análise Técnica Clássica?
Charles Dow teve uma importância tão relevante no mercado financeiro que até os dias de hoje o Dow Jones Industrial Average, criado por ele, continua sendo um dos índices mais importantes do mercado financeiro mundial. Mas qual eram os princípios da teoria que Charles Dow utilizava para analisar o mercado?
As tendências do mercado
O mercado, de acordo com a Teoria de Dow, possui 3 tendências: primária, secundária e terciária.
A tendência primária é a de longo prazo, que duram anos (gráfico mensal).
Já a secundária é a tendência de médio prazo, durando de algumas semanas até meses (gráfico semanal). Esses movimentos de médio prazo corrigem a tendência primária em cerca de 30% a 60%, porém não mudam a direção da tendência. 
A tendência terciária é a de curto prazo, com caráter especulativo, podendo então ser manipulada pelos grandes players (gráfico diário e intraday).
As três fases de uma tendência
A Teoria de Dow prega que cada tendência, seja de alta ou baixa, possui três fases.
A tendência de alta é caracterizada por um período de acumulação, uma subida e uma euforia.
Na acumulação, pessoas com informações privilegiadas começam a comprar o papel, fazendo com que a tendência, antes de baixa, passe a andar de lado, acumulando.
Na fase da subida, investidores que acompanham mais de perto o mercado começam a comprar devido a uma melhora nos números da empresa. Nessa fase o volume de negociações aumenta, mas o público geral não passou a comprar ainda.
Na euforia, todos se convencem que o papel está em alta e os noticiários começam a divulgar manchetes positivas sobre a empresa. Nesse momento o papel se valoriza drasticamente.
A tendência de baixa é caracterizada por um período de distribuição, pânico e uma desaceleração.
Na distribuição, a fase da euforia termina e os insiders começam a vender suas posições. Os números da empresa continuam excelentes, mas os preços começam a cair.
No pânico todos investidores começam a vender com pressa e o medo se instaura no mercado. O preço sofre grandes quedas e o volume é bastante alto nessa fase.
A desaceleração se caracteriza por ser uma região bastante sobrevendida, onde as pessoas que não venderam durante o pânico também se desencorajam a vender a preços tão baixos. Nesse momento é provável que se inicie uma nova fase de acumulação.
A reversão da tendência
Pela Teoria de Dow, uma tendência só perde seu caráter altista ou baixista quando ocorrer uma confirmação revertendo essa tendência.
A reversão ocorre quando, durante uma tendência de baixa, o mercado começa a subir, recua a favor da tendência porém sem forças, formando um fundo mais alto que o fundo prévio e, a partir dali, volta a subir rompendo o último topo. Essa formação é chamada de pivot de alta e é uma confirmação que reverte a tendência original. Numa tendência de alta ocorre exatamente o contrário.
Críticas
A Teoria de Dow retarda bastante a entrada numa reversão de tendência. O fato de esperar uma confirmação de reversão priva o investidor do primeiro movimento de alta na entrada e do último movimento de alta na saída. Nesse sentido o investidor só aproveitaria cerca de 1/3 de toda a movimentação.
Existem outros princípios que norteiam a Teoria de Dow, como por exemplo, a importância do volume e das médias. Porém o entendimento do conceito das tendências é fator essencial para uma boa análise técnica.
Aprenda a usar os Candlesticks
A essênciada análise gráfica é, obviamente, o gráfico de preços. Esse gráfico pode ser visualizado de várias maneiras diferentes, sendo os mais conhecidos: linha, barras, candlesticks e ponto/figura. Dentre esses tipos citados, o gráfico de maior sucesso atualmente é o candlestick. Saiba mais sobre ele logo abaixo.
O gráfico Candlestick
O gráfico Candlestick (candelabro ou velas) é um método japonês de analisar os preços do mercado. Seu nome, ocidentalizado, surgiu pelo fato da representação de cada elemento do gráfico ser bastante similar a uma vela (candle em inglês). Esses candles passam muitas informações do mercado de forma simples e visual, dai a popularização deste tipo de gráfico.
Cada candle pode ser cheio ou vazado. Usualmente, os candles cheios representam baixa (fechamento menor que abertura) e os candles vazados representam alta (fechamento maior que abertura). Além disso, o “pavio” (ou sombra) de cada candle representa a máxima e a mínima do mercado naquele intervalo de tempo. Veja a representação dos candles na figura abaixo:
Cada candle passa as informações referentes ao intervalo de tempo que você está visualizando. Em um gráfico diário, por exemplo, cada candle mostrará a abertura/fechamento/mínima/máxima do dia.
Candles populares
Após entender exatamente quais informações são vistas em um candle, é preciso saber como usá-los. Será fácil perceber que alguns candles serão bem particulares. Combinações de corpos e sombras oferecem figuras interessantes na formação dos candles e veremos que cada candle possui um significado diferente.
	
	Alguns tipos de candles no gráfico da Petrobrás em 2012
Doji
Os Dojis são candles em que o preço de fechamento é igual ao preço de abertura, logo o candle é formado praticamente só por sombras. Este fenômeno geralmente ocorre devido a uma indefinição do mercado, mostrando que as forças compradoras e vendedoras se balancearam. Devido a isso, normalmente os Dojis marcam reversões.
Martelo
Os candles martelo são muito procurados no mercado, pois quando aparecem após uma tendência de baixa, principalmente numa região de suporte, costuma marcar um fundo. Este candle possui um corpo pequeno na parte de cima e uma longa sombra para baixo. Significa que o mercado caiu bastante após a abertura e então entrou bastante força compradora naquela região. O candle martelo que ocorre num topo é chamado de “hanging-man”.
Shooting Star
A estrela cadente, ou shooting star, exerce a mesma função do martelo, porém no lado contrário do gráfico. Após uma tendência de alta, quando aparece uma shooting star numa região de resistência, é provável que o mercado sinalize um topo. A shooting star possui um pequeno corpo na parte de baixo com uma longa sombra pra cima. Quando ela ocorre em um fundo, é chamado também de martelo invertido.
Marobozu
Este candle possui apenas um longo corpo, sem sombras (ou sombras bem curtas). Portanto este candle possui sua abertura na mínima ou próximo dela e fechamento na máxima (marobozu de alta). Este tipo de candle é interessante quando acontece em rompimentos de resistências ou suportes, pois quando aliado a um bom volume, mostra força no rompimento.
Engolfo
O engolfo é um padrão de candles que também pode marcar reversões. Ele se compõe com um primeiro candle numa tendência e um segundo candle oposto com um corpo envolvendo todo o corpo do primeiro candle. Ou seja, um candle de alta seguido por um candle de baixa que envolve todo o corpo do candle prévio chama-se engolfo de baixa. O contrário é chamado de engolfo de alta.
Harami
Também é formado por uma combinação de dois candles, porém agora o segundo é pequeno, encoberto pelo primeiro candle. O nome desse padrão vêm do japonês Harami que significa gravidez.
Conclusão
Vimos claramente que o gráfico de candlestick nos fornece muita informação, sendo para mim o tipo mais completo para se analisar um ativo com base nos preços.
Há quem diga que as formações e tipos de candles não tem muita confiabilidade, ou seja, a chance de um martelo reverter a tendência é a mesma que outro candle qualquer. Definitivamente há uma lógica nas formações de candles, quando se analisa o tipo de padrão relacionando à psicologia da guerra: Comprados X Vendidos. Exemplo é o martelo, que significa a entrada de força compradora numa região que tentava continuar caindo.
Acredito que o candle não deve ser o único fator na tomada de decisão, mas com certeza não costumo ignorar um martelo em região de suporte, nem uma shooting star numa região de resistência.

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