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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES i CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA COMPRA E VENDA DE AÇÕES CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES ii Índice CAPITULO 1..............................................................................................................................................1 FORMAÇÃO DOS GRÁFICOS PARA ANÁLISE TÉCNICA.............................................................1 1. O QUE É ANÁLISE TÉCNICA?..........................................................................................................2 1.1 UM POUCO DE HISTÓRIA .....................................................................................................................2 1.2 ANÁLISE TÉCNICA X ANÁLISE FUNDAMENTALISTA............................................................................2 1.3 IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE TÉCNICA..................................................................................................2 2. A TEORIA DE DOW.............................................................................................................................3 2.1 PRINCÍPIO 1: OS ÍNDICES DESCONTAM TUDO .....................................................................................3 2.2 PRINCÍPIO 2: AS TRÊS TENDÊNCIAS DO MERCADO .............................................................................3 2.3 PRINCÍPIO 3: AS TRÊS FASES DOS MOVIMENTOS ................................................................................4 2.3.1 Fases do Mercado de Alta .........................................................................................................4 2.3.2 Fases do Mercado de Baixa.......................................................................................................5 2.4 PRINCÍPIO 4: O PRINCÍPIO DA CONFIRMAÇÃO .....................................................................................5 2.5 PRINCÍPIO 5: VOLUME DEVE CONFIRMAR A TENDÊNCIA ....................................................................5 2.6 PRINCÍPIO 6: A TENDÊNCIA CONTINUA ATÉ SURGIR UM SINAL DEFINITIVO DE QUE HOUVE REVERSÃO................................................................................................................................................6 Para Saber Mais .................................................................................................................................6 3. FORMAÇÃO DOS GRÁFICOS...........................................................................................................6 3.1 CONHECENDO O GRÁFICO DE BARRAS ...............................................................................................6 3.2 CONHECENDO O GRÁFICO DE CANDLES .............................................................................................7 3.2.1 Resumo Introdutório ..................................................................................................................8 3.3 PERIODICIDADE DOS GRÁFICOS ........................................................................................................10 4. SUPORTES E RESISTÊNCIAS .........................................................................................................11 4.1 O COMPONENTE PSICOLÓGICO .........................................................................................................12 4.1.1 Comprometimento, envolvimento e orgulho ............................................................................12 4.1.2 Alívio e arrependimento...........................................................................................................13 4.2 NEGOCIANDO COM A AJUDA DE SUPORTE E RESISTÊNCIA ................................................................13 5. O PADRÃO PIERCING......................................................................................................................14 5.1 IDENTIFICANDO O PADRÃO ...............................................................................................................14 5.1.1 Psicologia ................................................................................................................................14 5.1.2 Fatores de Reforço...................................................................................................................15 6. O PADRÃO SHOOTING STAR (BEARISH SHOOTING STAR).................................................17 6.1 CARACTERÍSTICAS DO PADRÃO ........................................................................................................17 6.1.1 Psicologia ................................................................................................................................17 6.1.2 Utilização e Confluência..........................................................................................................18 7. O PADRÃO ENGOLFO......................................................................................................................20 7.1 FATORES QUE FORTALECEM O PADRÃO............................................................................................20 7.2 FORMAÇÃO DE RESISTÊNCIA OU SUPORTE .......................................................................................21 8. O MARTELO (HAMMER): CONSTRUINDO O PADRÃO...........................................................22 8.1 O MARTELO......................................................................................................................................22 8.2 A FORÇA DOS MARTELOS .................................................................................................................22 Um Pouco de Curiosidade ................................................................................................................23 8.3 O MARTELO (HAMMER): REALIZANDO TRADES...............................................................................23 8.3.1 Princípio 1: O Fundo do Martelo é Região de Suporte ...........................................................23 8.3.2 Princípio 2: Administrando Risco e Recompensa com o Martelo ...........................................24 9. PADRÕES DE CONTINUAÇÃO: RISING AND FALLING THREE METHODS......................25 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES ii 9.1 IDENTIFICANDO O PADRÃO ...............................................................................................................25 9.2 REALIZANDO TRADES.......................................................................................................................26 10. PADRÕES - O MERCADO SE REPETE........................................................................................28 10.1 OMBRO-CABEÇA-OMBRO (OCO) ...................................................................................................28 10.1.1 Negociando com o OCO ........................................................................................................28 10.2 TRIÂNGULOS ..................................................................................................................................30 10.2.1 Triângulo Ascendente ............................................................................................................30 10.2.2 Triângulo Descendente ..........................................................................................................31 10.2.3 Triângulo Simétrico ...............................................................................................................31 10.2.4 Outras Características dos Triângulos..................................................................................3111. TOPOS E FUNDOS DUPLOS E TRIPLOS ....................................................................................32 11.1 TOPOS DUPLOS ...............................................................................................................................32 11.2 FUNDOS DUPLOS ............................................................................................................................32 11.3 NEGOCIANDO COM TOPOS E FUNDOS DUPLOS................................................................................33 11.4 Topos e Fundos Triplos ............................................................................................................33 12. BANDEIRAS E FLÂMULAS............................................................................................................34 12.1 BANDEIRA ......................................................................................................................................34 12.2 FLÂMULA .......................................................................................................................................35 12.3 ALVO PARA OS PREÇOS ..................................................................................................................35 13. TOPOS E FUNDOS ARREDONDADOS ........................................................................................36 13.1 FORMA DOS PREÇOS E PADRÃO DE VOLUME ..................................................................................36 14. REALIZANDO TRADES COM CANAIS.......................................................................................37 14.1 TÉCNICAS DE OPERAÇÃO................................................................................................................38 14.2 SUPORTE E RESISTÊNCIA EM CANAIS..............................................................................................38 14.3 FALSOS ROMPIMENTOS...................................................................................................................38 14.4 APROVEITANDO O ROMPIMENTO VERDADEIRO ..............................................................................39 CAPITULO 2............................................................................................................................................41 ESTUDO E INDICADORES...................................................................................................................41 1. TIPOS DE DIVERGÊNCIAS..............................................................................................................42 1.1 MOMENTUM E DIVERGÊNCIAS..........................................................................................................42 1.2 DIFERENTES TIPOS DE DIVERGÊNCIAS..............................................................................................42 1.2.1 Divergências Tipo A ................................................................................................................42 1.2.2 Divergências Tipo B ................................................................................................................43 1.2.3 Divergências Tipo C ................................................................................................................43 2. GAPS .....................................................................................................................................................44 2.1 QUANDO SURGE UM GAP? .................................................................................................................44 2.2 O FECHAMENTO DE UM GAP.............................................................................................................44 2.3 TIPOS DE GAP ...................................................................................................................................45 2.3.1 Gaps de Rompimento ...............................................................................................................45 2.3.2 Gaps de Continuação...............................................................................................................46 2.3.3 Gaps de Exaustão ....................................................................................................................47 2.4 SUPORTE/RESISTÊNCIA.....................................................................................................................47 3. A FÍSICA DO MERCADO..................................................................................................................47 3.1 A INÉRCIA NOS GRÁFICOS .................................................................................................................47 3.2 RETRO ALIMENTAÇÃO......................................................................................................................48 3.3 CENTRO DE GRAVIDADE...................................................................................................................48 4. MUNDO DAS MÉDIAS MÓVEIS .....................................................................................................49 4.1 QUE TIPO DE MÉDIA UTILIZAR? .......................................................................................................50 4.2 USANDO MÉDIAS MÓVEIS ................................................................................................................50 4.3 MÉDIAS MÓVEIS COMO SUPORTE E RESISTÊNCIA ............................................................................51 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES iii 4.4 CRUZAMENTOS (CROSSOVERS) ........................................................................................................51 4.5 ADAPTANDO A JANELA DE TEMPO....................................................................................................52 5. IFR - ÍNDICE DE FORÇA RELATIVA............................................................................................53 5.1 TOPOS E FUNDOS ..............................................................................................................................53 5.2 FORMAÇÕES GRÁFICAS ....................................................................................................................53 5.3 SUPORTE E RESISTÊNCIAS.................................................................................................................54 5.4 DIVERGÊNCIAS .................................................................................................................................54 5.5 OUTRAS CARACTERÍSTICAS..............................................................................................................54 6. CONHEÇA O ESTOCÁSTICO..........................................................................................................55 6.1 TÉCNICAS DE UTILIZAÇÃO DO ESTOCÁSTICO ...................................................................................55 6.1.1 Níveis Extremos .......................................................................................................................55 6.1.2 Movimento Atenuado ...............................................................................................................56 6.2 DIVERGÊNCIAS .................................................................................................................................57 7. O INDICADOR FORCE INDEX........................................................................................................58 7.1 FORMA DE CÁLCULO ........................................................................................................................58 7.2 ENTRANDO EM UM TRADE ................................................................................................................58 7.3 EXAUSTÃO........................................................................................................................................597.4 DIVERGÊNCIAS .................................................................................................................................60 8. O INDICADOR OBV...........................................................................................................................60 8.1 DIVERGÊNCIA ...................................................................................................................................61 8.2 ELEMENTOS DA ANÁLISE TÉCNICA...................................................................................................61 9. O INDICADOR MARKET FACILITATION INDEX (MFI)..........................................................62 9.1 O MARKET FACILITATION INDEX E AS SITUAÇÕES DE MERCADO .....................................................62 10. MOVIMENTO DIRECIONAL: ADX, DI+ E DI-...........................................................................63 10.1 COMPONENTES DO MOVIMENTO DIRECIONAL: ADX, DI+ E DI- ....................................................64 11. PARABÓLICO SAR..........................................................................................................................65 11.1 TENDÊNCIA É FUNDAMENTAL ........................................................................................................65 11.2 STOPS, ENTRADAS E SAÍDAS...........................................................................................................66 12. BANDAS DE BOLLINGER..............................................................................................................67 12.1 UM POUCO DE ESTATÍSTICA ...........................................................................................................67 12.2 REGRAS DE INTERPRETAÇÃO ..........................................................................................................68 12.2.1 Estreitamento .........................................................................................................................68 12.3 ALCANÇANDO AS BANDAS .............................................................................................................69 12.4 OUTRAS DICAS DE USO ..................................................................................................................70 13. USANDO FIBONACCI FAN ............................................................................................................70 13.1 TRAÇANDO O FIBONACCI FAN ........................................................................................................70 13.2 O QUE O FIBONACCI FAN TEM A NOS DIZER? ..................................................................................70 14. DESCOBRINDO SUPORTES E RESISTÊNCIAS COM ANDREW'S PITCHFORK ..............72 14.1 CRIANDO O PITCHFORK ..................................................................................................................72 14.2 UTILIZAÇÃO ...................................................................................................................................72 15. O INDICADOR MACD.....................................................................................................................72 15.1 ENTENDENDO O MACD .................................................................................................................73 15.2 SINAIS DE COMPRA E VENDA..........................................................................................................73 15.3 CONFIABILIDADE DOS SINAIS .........................................................................................................74 15.4 OUTRAS CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DO MACD ..................................................................74 16. TÉCNICAS DE UTILIZAÇÃO DO VOLUME ..............................................................................75 CAPITULO 3............................................................................................................................................77 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES iv ESTRATÉGIAS DE TRADER ...............................................................................................................77 1. PLANEJAMENTO DE TRADES.......................................................................................................78 1.1 CONSIDERE OS ASPECTOS PESSOAIS .................................................................................................78 1.2 PREPARAÇÃO MENTAL .....................................................................................................................78 1.3 TESTE SEU SISTEMA .........................................................................................................................78 1.4 GERENCIAMENTO DE RISCO E OBJETIVOS.........................................................................................79 1.5 DEFINA REGRAS CLARAS DE SAÍDA .................................................................................................79 1.6 DEFINA REGRAS CLARAS DE ENTRADA ............................................................................................79 1.7 AUTO-AVALIAÇÃO E REGISTROS ......................................................................................................79 2. REGRAS DE PROTEÇÃO .................................................................................................................80 2.1 SISTEMA DE PROTEÇÃO ....................................................................................................................80 2.2 A REGRA DE 2%................................................................................................................................80 2.3 A REGRA DE 6%................................................................................................................................80 3. GUERRILHA TRADING....................................................................................................................80 3.1 CANDLE BULLISH 20/20 .............................................................................................................81 3.1.1 PONTOS IMPORTANTES .......................................................................................................81 3.2 CANDLE BEARISH 20/20..............................................................................................................82 3.2.1 PONTOS IMPORTANTES .......................................................................................................82 3.3 TÁTICA 1........................................................................................................................................82 3.3.1 O ATAQUE DO SNIPER .........................................................................................................82 3.3.2 A BATALHA.............................................................................................................................83 3.4 TÁTICA 2........................................................................................................................................84 3.4.1 A FUGA DO SNIPER ..............................................................................................................84 3.4.2 A BATALHA.............................................................................................................................84 3.5 TÁTICA 3........................................................................................................................................86 3.5.1 GAP SURPRESA DO TOURO.................................................................................................86 3.5.2 A BATALHA.............................................................................................................................87 3.6 TÁTICA 4........................................................................................................................................873.6.1 GAP SURPRESA DO URSO....................................................................................................87 3.6.2 A BATALHA................................................................................................................................88 3.7 TÁTICA 5........................................................................................................................................89 3.7.1 BEARISH 20/20 .......................................................................................................................89 3.7.2 A BATALHA.............................................................................................................................89 3.8 TÁTICA 6........................................................................................................................................90 3.8.1 BULLISH 20/20 .......................................................................................................................90 3.8.2 A BATALHA.............................................................................................................................90 CAPITULO 4............................................................................................................................................93 IMPOSTO DE RENDA SOBRE RENDA VARIÁVEL........................................................................93 1. IMPOSTO DE RENDA .......................................................................................................................94 1.1 OPERAÇÕES DE RENDA VARIÁVEL ...................................................................................................94 1.1.1 Imposto de renda retido na fonte .............................................................................................94 1.1.2 Como preencher o DARF, veja o exemplo passo a passo........................................................96 1.1.3 Como calcular o Imposto de Renda sobre as operações no Mercado à Vista .........................97 1.1.4 Como calcular o Imposto de Renda sobre as operações no Mercado a Termo.....................100 1.1.5 Cálculo do imposto de renda sobre operações de Day Trade ...............................................102 CAPITULO 5..........................................................................................................................................104 ENTREVISTAS, DEPOIMENTOS E CURIOSIDADES...................................................................104 1. COMO OPERAR NO DIA ................................................................................................................105 2. ATITUDE............................................................................................................................................105 3. O PROBLEMA DO DINHEIRO ......................................................................................................106 4. A SABEDORIA DE JESSE LIVERMORE .....................................................................................107 5. 10 ATITUDES PARA PERDER MUITO DINHEIRO NA BOLSA..............................................108 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES v 6. O SAMURAI DE 100 TRADES VITORIOSOS ..............................................................................108 7. PUBLICADO NA REVISTA ISTO É DINHEIRO 09/06/2004 ............................................109 ANEXOS .................................................................................................................................................113 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES vi Índice de Figuras, Fórmulas e Tabelas Figura 1: Gráfico de Tendência Primária ......................................................................... 4 Figura 2: Índices de Confirmação .................................................................................... 5 Figura 3: Formação do Gráfico de Barras ........................................................................ 6 Figura 4: Gráfico de Barras do Ibovespa.......................................................................... 7 Figura 5: Candles.............................................................................................................. 7 Figura 6: Doji’s................................................................................................................. 7 Figura 7: Padrões Altistas................................................................................................. 8 Figura 8: Padrões de Baixas ............................................................................................. 9 Figura 9: Padrões de Reversão ......................................................................................... 9 Figura 10: Candles Sem Sombras..................................................................................... 9 Figura 11: Gráfico Com Padrão Doji Star ...................................................................... 10 Figura 12: Resistência no Gráfico Ibovespa................................................................... 11 Figura 13: Suporte no Gráfico Ibovespa ........................................................................ 12 Figura 14: Suporte e Resistência no Gráfico Ibovespa................................................... 13 Figura 15: Piercing de alta (Bullish Piercing Line)........................................................ 14 Figura 16: Piercing de alta (Bullish Piercing Line) no Gráfico da EBTP4 .................... 15 Figura 17: Piercing de Alta no Gráfico da ELET6......................................................... 16 Figura 18: Piercing de Alta no Gráfico da SBSP3 ......................................................... 16 Figura 19: Shooting Star................................................................................................. 17 Figura 21: Shooting Star no Gráfico da TNLP4............................................................. 19 Figura 22: Shooting Star no Gráfico da PMAM4........................................................... 19 Figura 23: Engolfo’s Altista e Baixista .......................................................................... 20 Figura 24: Engolfo Altista no Gráfico da BBDC4 ......................................................... 21 Figura 25: Engolfo Altista no Gráfico da ODPV3 ......................................................... 21 Figura 26: Martelos (Hammer)....................................................................................... 22 Figura 27: Martelos no Gráfico do Ibovespa.................................................................. 23 Figura 28: Martelo no Gráfico do Ibovespa ................................................................... 24 Figura 29: Martelo (ou Dragonfly Doji) no Gráfico da GGBR4.................................... 25 Figura 30: Rising and Falling Three Methods................................................................ 26 Figura 31: Falling Three Methods no Gráfico do Ibovespa ........................................... 26 Figura 32: Falling Three Methods no Gráfico da CSMG3............................................. 27 Figura 33: Falling Three Methods no Gráfico de TOTS3.............................................. 27 Figura 34: OCO (Ombro-Cabeça-Ombro) ..................................................................... 28 Figura 35: OCO Invertido .............................................................................................. 29 Figura 36: OCO no Gráfico do Ibovespa........................................................................ 29 Figura 37: OCO Invertido no Gráfico de PMAM4 ........................................................ 30 Figura 38:Triângulo Ascendente ................................................................................... 31 Figura 39: Triângulo Descendente ................................................................................. 31 Figura 40: Triângulo Simétrico ...................................................................................... 31 Figura 41: Topo Duplo ................................................................................................... 32 Figura 42: Fundo Duplo ................................................................................................. 33 Figura 43: Topo Duplo no Gráfico do Ibovespa............................................................. 33 Figura 44: Bandeira ........................................................................................................ 34 Figura 45: Flãmula ......................................................................................................... 35 Figura 46: Padrão Bandeira no Gráfico TNLP4............................................................. 35 Figura 47: Topos e Fundos Arredondados ..................................................................... 36 Figura 48: Fundo Arredondado no Gráfico da ACES4 .................................................. 37 Figura 49: Canal Altista no Gráfico GGBR4 ................................................................. 38 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES vii Figura 50: Falso Rompimento no Gráfico da GGBR4................................................... 39 Figura 51: Rompimento Verdadeiro Gráfico BRTO4.................................................... 40 Figura 52: Divergência Entre Topo Duplo e IFR no Gráfico do Ibovespa .................... 43 Figura 53: GAP no Gráfico do Ibovespa ........................................................................ 45 Figura 54: GAP no Gráfico do Ibovespa ........................................................................ 46 Figura 55: GAP’s de Continuação no Gráfico da ELET6 .............................................. 46 Figura 56: Inércia e Rompimento no Gráfico do Ibovespa ............................................ 48 Figura 57: Centro de Gravidade no Gráfico da ACES4 ................................................. 49 Fórmula 1: Média Móvel Aritimética............................................................................. 50 Fórmula 2: Média Móvel Exponencial........................................................................... 50 Figura 58: Média Móvel Como Suporte no Gráfico da TNLP4..................................... 51 Figura 59: Cruzamento (Crossovers) da Média Móvel no Gráfico da GGBR4 ............. 52 Figura 60: Divergência no IRF no Gráfico do Ibovespa ................................................ 53 Figura 61: Divergência de Tendência no Gráfico do Ibovespa ...................................... 54 Fórmula 3: IRF (Índice de Força Relativo) .................................................................... 54 Fórmula 4: Estocástico ................................................................................................... 55 Figura 62: Sinalização de Compra e Venda Com o Estocástico .................................... 56 Figura 63: Perda de Inclinação ....................................................................................... 57 Figura 64: Divergência de Tendência Com o Estocástico no Gráfico da ARCZ6......... 57 Figura 65: Pontos de Entrada Com o Força Index no Gráfico do Ibovespa................... 59 Figura 66: Exaustão do Movimento Com o Força Index no Gráfico PETR4 ................ 60 Figura 67: Divergência de Tendência Com o OBV no Gráfico BBDC4 ....................... 61 Figura 68: Princípio de Inversão Com o OBV no Gráfico da CMIG4........................... 62 Figura 69: ADX na Confirmação de Ausência de Tendência no Gráfico do Ibovespa.. 64 Figura 70: ADX, DI+ e DI- na Análise do Gráfico do Ibovespa ................................... 65 Figura 71: Análise de Tendência com o Parabólico SAR no Gráfico da ELPL4........... 66 Figura 72: Análise de Tendência com o Parabólico SAR no Gráfico da GGBR4 ......... 67 Figura 73: Bandas de Bollinger e OBV na Análise de Divergência no Gráfico da AMBV4 .......................................................................................................................... 68 Figura 74: Bandas de Bollinger na Análise do Gráfico TNLP4..................................... 69 Figura 75: Fibonancci Fan Encontrando Suporte Oculto no Gráfico Ibovespa ............. 71 Figura 76: Fibonancci Fan Encontrando Suporte Oculto no Gráfico PMAM4.............. 71 Figura 77: Encontrando Suportes e Resistências Potências Com o Pitchfork no Gráfico do Ibovespa..................................................................................................................... 72 Figura 78: Análise do Gráfico do Ibovespa com o MACD............................................ 73 Figura 79: Análise do Gráfico da TNLP4 com o MACD............................................... 74 Figura 80: Análise por Volume no Gráfico da AVPL3.................................................. 76 Figura 81: Candle Bullish 20/20..................................................................................... 81 Figura 81: Candle Bearish 20/20.................................................................................... 82 Figura 82: Candle Bearish 20/20.................................................................................... 83 Figura 83: Tática de Trade Após Candle Bearish 20/20 ................................................ 83 Figura 84: Candle Bullish 20/20..................................................................................... 84 Figura 85: Tática de Trade Após Candle Bullish 20/20 ................................................. 84 Figura 86: Ataque do Sniper nas Ações da GGBR4 ...................................................... 85 Figura 87: Fuga do Sniper nas Ações da GGBR4.......................................................... 85 Figura 88: Fuga do Sniper Com Falling Three Methods nas Ações da CRUZ3............ 86 Figura 89:Candle Bearish 20/20..................................................................................... 86 Figura 90: GAP Surpresa do Touro................................................................................ 87 Figura 91: Candle Bullish 20/20..................................................................................... 87 Figura 92: GAP Surpresa do Urso.................................................................................. 88 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES viii Figura 93: GAP Surpresa do Touro nas Ações da EMBR4 ........................................... 88 Figura 94: Candle Bearish 20/20.................................................................................... 89 Figura 95: Candle Bearish 20/20 Continuação............................................................... 89 Figura 96: Candle Bullish 20/20..................................................................................... 90 Figura 97: Candle Beallish 20/20 Continuação.............................................................. 90 Figura 98: Operando com Bearish e Bullish com as Ações de Cesp4 ........................... 91 Tabela 1: Resumo de Movimentos, Gaps, Stop e Vendas de Ações .............................. 92 Tabela 2: IR Operações Day Trade ................................................................................ 94 Tabela 3: Mercado e Fato Gerador IR ............................................................................ 95 Tabela 4: Preenchimento de DARF................................................................................ 96Tabela 5: Exemplo Para Cálculo IR ............................................................................... 97 Tabela 6: Exemplo Para Cálculo de IR .......................................................................... 97 Tabela 7: Exemplo Para Cálculo de IR .......................................................................... 98 Tabela 8: Exemplo Para Cálculo de IR .......................................................................... 98 Tabela 9: Exemplo Para Cálculo de IR .......................................................................... 99 Tabela 10: Exemplo Para Cálculo de IR ........................................................................ 99 Tabela 11: Exemplo Para Cálculo de IR ........................................................................ 99 Tabela 12: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 100 Tabela 13: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 100 Tabela 14: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 100 Tabela 15: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 101 Tabela 16: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 101 Tabela 17: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 101 Tabela 18: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 102 Tabela 19: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 102 Tabela 20: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 102 Tabela 21: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 103 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 1 Capitulo 1 Formação dos Gráficos Para Análise Técnica CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 2 1. O que é Análise Técnica? A análise técnica ou análise gráfica, de maneira resumida, é uma abordagem que utiliza gráficos como ferramenta principal para determinar o melhor momento (e preço) para comprar e vender ativos. Em complemento a utilização de gráficos, a análise técnica inclui também uma série de teorias sobre como acontecem os movimentos do mercado. 1.1 Um pouco de história As origens da análise técnica moderna estão nos trabalhos de Charles Dow no início do século XX. Dow junto com Edward D. Jones publicava um informativo financeiro que mais tarde seria o "The Wall Street Journal". Através do jornal, Dow apresentava suas observações sobre o comportamento do mercado. O conjunto desses textos seria posteriormente reunido, gerando o que pode ser considerado o início da análise técnica: a teoria de Dow. 1.2 Análise Técnica x Análise Fundamentalista São duas escolas diferentes de análise. As características principais da análise fundamentalista são: • Tenta medir o valor intrínseco de um ativo, ou seja determinar um valor adequado que reflita a situação da empresa no presente e as expectativas futuras. • O valor intrínseco inclui fatores difíceis de quantificar como posicionamento da empresa no mercado. • Análise fundamentalista estuda as questões relativas à economia e perspectivas do segmento a que pertence à empresa. • Avalia como ocorre o gerenciamento da empresa. Características da análise técnica são: • Analisa os dados gerados pelas transações como preço e volume. • Utiliza os gráficos na busca de padrões. • Visualiza a ação dos componentes emocionais presentes no mercado. • Analisa as tendências e busca determinar alvos (até onde os preços irão se movimentar). As duas escolas têm por objetivo determinar o que comprar/vender quando comprar/vender. Contudo, utilizam abordagens claramente diferentes para atingir esse objetivo. 1.3 Importância da Análise Técnica A análise técnica funciona porque o mercado corresponde à soma dos desejos, medos e expectativas das pessoas. O valor de um ativo reflete o encontro entre os que acreditam que o CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 3 ativo irá se valorizar (compra) versus aqueles que pensam o contrário (venda). Essas manifestações aparecem nos gráficos. As pessoas lembram-se dos valores em que ganharam ou perderam dinheiro. Dessa maneira, começa a formação de zonas de preços difíceis de ultrapassar, são as chamadas regiões de suporte e resistência como veremos ao longo do tutorial. De modo semelhante, as tendências são formadas e a análise técnica oferece ferramentas que possibilitam medir a força da tendência e mesmo sua provável extensão. Outro fator importante é a crescente popularidade da análise técnica. Conforme ela ganha mais adeptos, mais pessoas passam a utilizar suas teorias e a perceber, simultaneamente, padrões de compra e venda, o que acaba por impulsionar o movimento de preço. Não podemos esquecer ainda o dinamismo da análise técnica. Durante o dia surgem diversas oportunidades de negócios, pois o mercado se repete e os mesmos padrões que uma pessoa observa em um gráfico de nível diário pode aparecer diversas vezes ao longo de um único pregão. 2. A Teoria de Dow A teoria de Dow é uma das principais bases da análise gráfica. A teoria é composta por alguns princípios básicos que estudaremos a seguir. 2.1 Princípio 1: Os Índices Descontam Tudo Os índices representam à ação conjunta de inúmeros investidores, desde os mais bem informados (que contam com as melhores informações e previsões) até os muito inexperientes. As variações diárias dos preços de um índice, portanto, já têm incluídas (descontadas) no seu valor os eventos que irão acontecer e que são desconhecidos pela maioria dos investidores. Dessa forma, todo o fator que afeta a relação de oferta/demanda está refletida no preço do mercado. Entretanto, existem os eventos que são imprevisíveis e que as pessoas não têm como saber, como calamidades naturais, catástrofes como os atentados nas torres americanas, etc. Esses são os chamados "atos divinos" , quando acontecem podem gerar fortes oscilações iniciais, mas acabam sendo absorvidos pelo mercado. Resumo do Princípio: • Todo o fator que afeta a oferta x demanda está refletido no índice. • O Índice já possui em seu valor (já descontou) eventos futuros que a imensa maioria não conhece. • Acontecimentos completamente inesperados são rapidamente avaliados e seus possíveis efeitos absorvidos. 2.2 Princípio 2: As Três Tendências do Mercado O segundo princípio de Dow afirma que o mercado possui três tendências de movimento: primária, secundária e terciária. A tendência primária é a tendência principal de um mercado. É um movimento longo que pode ser de alta ou de baixa e que leva a uma grande valorização ou desvalorização dos ativos. Não existem regras matemáticas exatas para definir o tempo de duração das tendências, entretanto, as tendências primárias duram aproximadamente de 1 a 2 anos. Na figura abaixo, as linhas verticais estão fazendo uma separação entre três tendências primárias no índice Bovespa. CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 4 Figura 1: Gráfico de Tendência Primária Uma tendência primária não se movimenta em linha reta. Ao observarmos o mercado (como no gráfico acima) percebermos que o movimento acontece como um ziguezague. Em um mercado de alta, após um impulsopara cima que forma um novo topo (mais alto que o anterior), temos uma correção que forma um novo fundo (também mais alto que o fundo anterior). Em uma tendência de baixa o oposto acontece, após uma queda que forma um fundo mais baixo, acontece uma reação que cria um topo mais baixo. O conjunto desses impulsos e correções dentro de uma tendência primária são as chamadas tendências secundárias. Uma tendência secundária dura de 3 semanas a alguns meses e pode corrigir até dois terços da tendência primária que ela faz parte. As tendências terciárias fazem parte das secundárias. São movimentos menores de, em média, até 3 semanas. Elas se comportam em relação às tendências secundárias da mesma maneira que as secundárias em relação às primárias. Quando estamos analisando o mercado é interessante classificar as tendências do movimento atual, assim, podemos avaliar melhor as ações a serem tomadas dentro de nossa estratégia operacional. 2.3 Princípio 3: As Três Fases dos Movimentos Dow fez uma série de observações sobre os movimentos de preços, tanto de alta como de baixa, caracterizando aspectos psicológicos marcantes de cada fase: 2.3.1 Fases do Mercado de Alta • Fase 1: No início da alta o mercado começa a ser propulsionado por investidores mais qualificados, que percebem logo que novos ventos estão soprando. Enquanto isso, a maioria ainda acredita que o pior ainda está por vir, o que permite aos investidores de elite comprarem papéis muito baratos. As notícias apresentadas pela mídia refletem as expectativas negativas da maioria. • Fase 2: A segunda parte é uma aceleração mais acentuada do movimento. A pressão compradora aumenta bastante. • Fase 3: A terceira fase é marcada por grandes altas. Os participantes do mercado, de maneira geral, estão cada vez mais seguros de seus lucros e os investidores mais bem preparados começam a vender suas posições. A grande massa de investidores está em clima de euforia que se realimenta diariamente nos noticiários. Está aberta a possibilidade para a fase 1 do mercado de baixa. CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 5 2.3.2 Fases do Mercado de Baixa • Fase 1: Nesta fase os profissionais e investidores de elite vendem seus ativos, iniciando a retração. • Fase 2: É uma etapa marcada por um grande nervosísmo, os investidores percebem o equívoco e tentam se desfazer de suas posições. • Fase 3: Com as grandes perdas e ativos muito desvalorizados a pressão vendedora se dissipa, oportunidades para uma nova alta começam a surgir. 2.4 Princípio 4: O Princípio da Confirmação O princípio da confirmação afirma que para uma reversão de tendência ou rompimento de nível de suporte/resistência (suportes e resistências serão melhor explicados nos capítulos seguintes) ser válido, o fato deve ocorrer em dois índices de composições distintas. Assim, um índice confirma o outro, demonstrando que não se trata de uma oscilação temporária do movimento. Figura 2: Índices de Confirmação Para ilustrar o princípio da confirmação suponha dois índices (A e B) de composições diferentes, mas que se comportam de maneira semelhante. O índice A, durante uma alta, vence a zona de pressão vendedora (a linha de resistência) e parece seguir com força em sua tendência. O índice B, entretanto, ao chegar pela primeira vez na linha de resistência não consegue o rompimento da mesma forma que A. Um investidor que analisa o mercado apenas a partir do ponto de vista do índice A pode concluir que existem boas oportunidade de compra logo após o rompimento. Contudo, o que acontece é uma retração, pois o mercado não estava tão forte como demonstrou a falha de rompimento por parte de B. Essa é a essência do princípio da confirmação. Dois índices são usados para que um pronuncie uma "segunda opinião" sobre o outro, de modo a validar o que está acontecendo ou indicar uma armadilha. No caso brasileiro, esses dois índices poderiam ser, por exemplo, o índice Bovespa e o IBRX. 2.5 Princípio 5: Volume Deve Confirmar a Tendência Este princípio é bastante simples, na teoria de Dow o volume está relacionado com as tendências da seguinte maneira: Tendência de Alta: Em uma tendência principal de alta é esperado que o volume aumente com a valorização dos ativos e diminua nas reações de desvalorização. Tendência de Baixa: Em uma tendência principal de baixa é esperado que o volume aumente com a desvalorização dos ativos e diminua nas reações de valorização. CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 6 2.6 Princípio 6: A Tendência Continua Até Surgir um Sinal Definitivo de que Houve Reversão Embora pareça óbvio, este princípio é importante. O mercado não vai cair apenas porque atingiu um nível "alto demais" ou subir porque "já caiu demais". Uma das técnicas mais simples utilizadas é a identificação de falhas ao formar um topo mais alto (em uma tendência de alta) ou um fundo mais baixo (em uma tendência de baixa). O investidor deve possuir uma metodologia de identificação de pontos de entrada e saída, existem uma série de ferramentas de análise técnica que ajudam nessas decisões. Neste e em outros tutoriais e artigos você aprenderá sobre padrões clássicos, candles, indicadores e muitas outras armas da escola gráfica. Para Saber Mais Neste capítulo vimos os princípios que formam a Teoria de Dow. São informações importantes que com certeza vão ajudar muito em sua estratégia operacional. Se você deseja saber mais, três bons livros são: The Dow Theory de Robert Rhea, Technical Analysis of Stock Trends de Robert D. Edwards e John Magee e Techical Analysis Explained de Martin Pring. 3. Formação dos Gráficos Existem diversos tipos de gráficos e consequentemente diversas maneiras de representar o que aconteceu no pregão. É importante que você entenda como são formados os símbolos que formam os gráficos, pois esses símbolos são a própria linguagem do mercado. 3.1 Conhecendo o Gráfico de Barras O gráfico de barras é um dos tipos mais populares na análise técnica. Conforme pode ser visto na ilustração ele utiliza o valor de abertura, máximo, mínimo e de fechamento. Figura 3: Formação do Gráfico de Barras A barra oferece uma série de informações sobre o que acontece no pregão. O segmento de reta para a esquerda é a abertura, ou seja, o valor do primeiro negócio que ocorreu no dia. O segmento para a direita é o valor de fechamento, representando o preço do último negócio no pregão. O ponto mais alto da barra coincide com o preço máximo praticado durante o pregão, enquanto que a extremidade inferior corresponde ao preço mínimo. O tamanho da barra (distância entre o máximo e o mínimo) nos oferece alguns dados, mostrando um pouco sobre como foi à batalha entre compradores e vendedores. Uma barra pequena ou média, normalmente, demonstra um mercado calmo, sem grandes conflitos. Mas, o que é uma barra pequena? Que tamanho é uma barra média? Isso depende do mercado/ativo, o que se faz é analisar o tamanho da barra em relação ao tamanho médio das outras barras do gráfico, se, por exemplo, for metade do tamanho da maioria, com certeza estamos falando de uma barra pequena. O mesmo raciocínio é válido para identificar barras grandes, a interpretação, entretanto, é completamente oposta. Barras grandes normalmente são um sinal de mercado volátil, com os preços variando fortemente durante o dia. Em pregões desse tipo, surgem várias oportunidades de negócios (e algumas armadilhas também). CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 7 Abaixo um gráfico de barras do índice Bovespa: Figura 4: Gráfico de Barras do Ibovespa 3.2 Conhecendo o Gráfico de Candles O Gráfico de candles, tambémchamado gráfico de velas ou candelabro japonês popularizou-se na década de 90 com os trabalhos de Steven Nison, autor do famoso livro Japanese Candlestick Charting Techniques. Também utiliza as informações de preço máximo, mínimo, abertura e fechamento para o desenho do símbolo. Figura 5: Candles O gráfico de candles é composto por duas partes: corpo e sombras. O corpo é a parte entre a abertura e o fechamento (parte mais alargada da figura acima), caso a abertura tenha sido inferior ao fechamento (um dia de alta) o corpo recebe, por exemplo, a cor branca. Se o fechamento foi menor que a abertura (um dia de queda) o corpo recebe outra cor, preto por exemplo. Assim, como pode ser visto na figura, em um dia de alta a abertura delimita a parte inferior do corpo candle e em um dia de queda o contrário. Existe uma classe de candles, contudo, que não possuem corpo são os chamados doji. Um doji é formado quando a abertura e fechamento coincidem. Exemplo: Figura 6: Doji’s CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 8 3.2.1 Resumo Introdutório Nas figuras abaixo podemos ver: - padrões baixistas - padrões altistas - padrões que indicam reversão de tendência. No endereço a seguir pode-se aprofundar no assunto (inclusive com as interpretações dos candles): http://www.equis.com/free/taaz/candlesticks.html Considerações sobre algumas figuras: Hammer (Martelo) – Representa uma figura de alta. É identificado como um pequeno corpo branco com uma sombra que chega a ser 2 vezes maior que o seu corpo. Um martelo é identificado por um corpo real pequeno (isto é, uma faixa pequena entre a abertura e os preços de fechamento) e por uma sombra longa , isto é, a mínima é bem inferior à abertura. Significa que ocorreu uma diminuição na tendência de baixa. Nota - Se aparecer depois de um significativo movimento altista, será chamada de enforcado, e neste caso é baixista. Piercing Line –. Linha da perfuração. Representa uma figura de alta. O segundo candle abre mais abaixo do mínimo do dia anterior, mas fecha acima do meio, sem ultrapassar o topo. Espera-se, neste caso, que o mercado está iniciando um movimento de alta. Engulfing Line – Este teste padrão é fortemente altista se ocorrer após um movimento de queda significativo (isto é, age como um teste padrão da reversão). Shooting Star – Indica baixa. O mercado vinha num movimento altista e no dia faz um novo topo, mas perde força e fecha no mesmo preço de abertura. Engulfing de baixa – Este teste padrão é fortemente baixista se ocorrer após um movimento de alta significativo (isto é, age como um teste padrão da reversão). Doji Star– Indica mudança na tendência altista. O mercado vinha subindo gradualmente e de repente mostra indecisão e falta de confiança na continuidade do movimento. Uma abertura no dia seguinte abaixo do fundo do Doji pode significar reversão. Figura 7: Padrões Altistas CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 9 Figura 8: Padrões de Baixas Figura 9: Padrões de Reversão As sombras, de maneira semelhante ao gráfico de barras, são traços que mostram os valores máximo e mínimo que os preços alcançaram. Vale ressaltar que um candle pode não ter sobra inferior ou superior, para isso basta que a abertura/fechamento seja no exato valor da mínima/máximo. Por exemplo: Figura 10: Candles Sem Sombras Em gráficos de candles podem ser utilizados todos os preceitos da teoria de Dow e padrões clássicos que veremos a seguir. Além disso, os candles introduzem um novo conjunto de padrões que serão assuntos durante nosso estudo. O mesmo gráfico de barras do Bovespa está sendo representado com candles abaixo: CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 10 Figura 11: Gráfico Com Padrão Doji Star 3.3 Periodicidade dos Gráficos Os gráficos podem ter diferentes periodicidades, ou seja, não precisam, necessariamente, representar 1 dia de pregão. Os gráficos em nível de dias mais comuns são: • Diário: Representando 1 pregão • Semanal: Uma barra ou candle representando todos os pregões da semana. • Mensal: Uma barra ou candle representando todos os pregões do mês. • Anual: Uma barra ou candle por ano. Uma outra classe, são os que mostram o que aconteceu durante a sessão, são os gráficos intraday (também chamados intradia). Em um gráfico intraday o intervalo utilizado corresponde, normalmente, há alguns minutos. Os mais comuns: 1, 5, 15, 30 e 60 minutos. A maneira como o símbolo é desenhado é exatamente a mesma que no caso de uma barra ou candle de 1 pregão. Vamos pegar como exemplo um gráfico semanal, cada semana será representada por um único símbolo, assim, o valor de mínimo será o menor entre todos os preços praticados na semana, enquanto que o valor máximo será o maior preço negociado no mesmo período. A abertura, nesse caso, será a abertura do primeiro dia de pregão da semana (segunda- feira em nosso exemplo) e o fechamento o valor de encerramento da sexta-feira. O mesmo ocorre para os gráficos intraday. Em um gráfico de 15 minutos o primeiro e último minuto do intervalo (digamos entre 15:01 e 15:15) são a abertura e o fechamento, enquanto que o máximo/mínimo entre os minutos desse intervalo será o máximo/mínimo do símbolo. Um ponto importante é que as técnicas de análises são válidas em qualquer tempo gráfico. As teorias são sempre válidas quando a formação do preço é livre (oferta x demanda), o que acontece algumas vezes é que certas técnicas se adaptam melhor a determinados períodos que outras. CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 11 4. Suportes e Resistências Suportes e resistências, de maneira simples, são zonas de preços nas quais o movimento atual do mercado tem grandes chances de parar e reverter. Definições: • Suporte: Região na qual o interesse de comprar é grande, superando a pressão vendedora, o movimento de queda tende a parar. • Resistência: Região na qual o interesse de vender é grande, superando a pressão compradora, o movimento altista tende a parar. Não existe nada de mágico com suportes e resistências o que existe é oferta versus demanda e psicologia humana. Em uma alta, conforme os preços aumentam, os ativos vão ficando naturalmente mais caros e menos compradores vão estar disponíveis a pagar determinado preço. Os vendedores, pelo contrário, vão querer vender como nunca nesses novos valores, aumentando a oferta e contribuindo para o início da desvalorização (queda). Podemos ver no gráfico abaixo do índice Bovespa que o mercado subia até atingir um nível de preços no qual ele parou (resistência). Depois de encontrar a resistência, o mercado corrigiu caindo um pouco, mas voltou a subir a alcançou a resistência novamente, ponto no qual reverteu para uma tendência de queda maior. Figura 12: Resistência no Gráfico Ibovespa Em uma baixa o contrário acontece, os ativos tornam-se mais baratos e a demanda pelos papéis começa a aumentar. Os vendedores, já não acham os preços tão atrativos, diminuindo a oferta. Está aberto o caminho para a valorização (alta). Abaixo temos um exemplo de suporte no índice Bovespa, note que o mercado vinha em queda até chegar ao valor de 15.780 pontos. A partir desse nível, a força compradora aumentou e a queda parou. O mercado reagiu, mas voltou a cair até a linha de suporte mais duas vezes até reverter para uma tendência de alta de maior intensidade. CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 12 Figura 13: Suporte no Gráfico Ibovespa 4.1 O Componente Psicológico Que outrosfatores ajudam a definir certo preço como suporte ou resistência? A resposta é simples: memória. As pessoas lembram-se dos valores que compraram ou venderam e ganharam dinheiro, lembram-se também dos preços em que perderam e das emoções boas e más sentidas durante esses eventos. Logo, o somatório desse histórico de lembranças é um dos fatores que contribui para a formação dessas zonas de bloqueio. Suportes e resistências estão entre os primeiros conceitos que aprendemos quando começamos a estudar análise técnica. Eles refletem, diretamente, a idéia de "comprar barato e vender caro" que habita os sonhos e intenções de qualquer investidor. Mas, como se formam esses níveis? O que faz com que determinado papel não consiga romper uma resistência antiga? A resposta para essas questões é ao mesmo tempo simples e complexa, assim como são os seres humanos. 4.1.1 Comprometimento, envolvimento e orgulho Uma das frases mais notórias e felizes usadas para diferenciar envolvimento e comprometimento diz que a galinha está envolvida com a omelete enquanto que o porco está comprometido com a feijoada. A distinção possui esse nível de grandeza mesmo, quando estamos verdadeiramente comprometidos nos esforçamos, torcemos, enfim, fazemos tudo ao nosso alcance para que as coisas aconteçam conforme o planejado. Quando olhamos os gráficos na tela do computador e formulamos uma estratégia de trade passamos a ter um envolvimento com nossa hipótese. Quando decidimos dar o passo seguinte e a ordem é enviada, querendo ou não, passamos a possuir um compromisso financeiro com a operação. A partir desse momento, o trader precisa saber gerenciar suas emoções, caso contrário uma série de pensamentos destrutivos podem por tudo a perder. Quando o investidor está comprometido, muitas vezes o orgulho o impede de admitir que esteja errado. Quanto dinheiro já foi perdido com a idéia de que "o mercado vai virar a qualquer momento". O primeiro fator, portanto, que torna tão poderosas as zonas de suporte e resistência é o comprometimento comum. Vendo os gráficos, o analista sabe que muitos investidores estão dispostos a se comprometer, comprando ou vendendo, em determinado nível, o que aumenta muito a confiança no trade . Se, por acaso, o suporte ou resistência falhar ele sabe que muitos outros analistas erraram também o que leva a um impacto menor em sua auto-estima. Assim, mais do que zonas de pressão compradoras ou vendedoras, suporte e resistências são níveis de CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 13 maior segurança psicológica. Abaixo algumas zonas de suporte e resistência no índice Bovespa durante o movimento lateral de fevereiro/março de 2004. Figura 14: Suporte e Resistência no Gráfico Ibovespa 4.1.2 Alívio e arrependimento Suponha que você acompanha em sua carteira o papel X. Por um bom tempo ele vem oscilando em torno de R$ 30,00. Repentinamente, uma alta rápida acontece e, por uma razão qualquer, você acaba não entrando no trade. O papel hoje está valendo R$56,00 e você fica imaginando o bem que esse lucro faria para sua carteira de investimentos. Se você permitir, o arrependimento irá assombrá-lo por alguns dias. Entretanto, uma série de correções acontece. Conforme os pregões vão se sucedendo, X vai caindo até chegar bem próximo do nível de R$ 30,00. Neste momento, na sua cabeça e na de muitos outros investidores uma voz irá repetir "de novo não". Dessa vez, você sente que tem uma segunda chance e compra no valor de R$ 30,00, o qual tende a se perpetuar como um ótimo nível de suporte. Imagine agora que o papel Y, está valendo R$ 40,00. Ele faz parte de sua carteira e você já ganhou algum dinheiro com ele. Contudo, dessa vez ele está com um desempenho ruim, de 40 já passou para 38.. 36...32 e agora está em 16! Todo o dia você se faz as mesmas perguntas: por que não vendi antes? E agora seguro ou liquido de uma vez? O mercado, no entanto, começa a subir. O papel Y volta para perto de R$ 40,00. Você sente que vendendo agora será dado fim ao doloroso trade . Você coloca sua ordem de venda e sente todo o alívio que o momento traz. Você e o mercado estão quites e o valor de R$ 40,00 torna-se uma resistência forte. O mercado é o encontro de uma série de emoções. Medo, angústia, orgulho, arrependimento, alívio, ganância e muito mais. O trader metódico e com um bom gerenciamento emocional possui uma grande vantagem. Lembre-se que existem níveis nos quais as pessoas irão comprar sem pensar e em outros nos quais elas irão derramar ordens de vendas. Olhe o volume e indicadores que utilizam o volume para medir a força de compradores e vendedores. Suportes e resistências sempre existirão, aprender a trabalhar com eles traz ótimos resultados. 4.2 Negociando com a Ajuda de Suporte e Resistência A regra para negociar usando suportes e resistências parece simples: comprar no suporte e vender na resistência. Essa regra sem sofisticação, mas objetiva pode tornar um investidor extremamente bem sucedido se ele conhecer o mercado e tiver uma boa metodologia de operação. Para isso o investidor deve saber que, muitas vezes ocorre o rompimento dos níveis de suporte e CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 14 resistência, sendo importante contar com estratégias para proteção do capital e também para aproveitar esses acontecimentos. Nesse contexto um ponto relevante é à força do suporte e resistência. Quanto mais vezes o mercado "bater e voltar" na linha, mais forte é a confiabilidade da barreira de preços. Aprenderemos no próximo capítulo um outro conceito importante relacionado com zonas de suporte e resistência que ajuda muito em nossas estratégias de investimentos: o Princípio da Inversão. 5. O Padrão Piercing Candles estão entre as ferramentas de preços mais ágeis em gerar sinais importantes, tanto de reversão quanto de continuação de movimento. Quando prestamos atenção ao contexto no qual um determinado candle surge e combinamos suas informações com outras técnicas ocidentais os resultados são muito bons. Neste artigo vamos conhecer um padrão de reversão chamado piercing. Trata-se de um padrão altista que surge com alguma freqüência e possui características importantes que devemos conhecer para medir (pelo menos subjetivamente) sua confiabilidade. Como convenção neste artigo usaremos o período diário para explicar o padrão, mas ele é perfeitamente válido para intervalos de tempo maiores e também intraday. 5.1 Identificando o Padrão O padrão piercing surge em um movimento baixista, necessitando de dois candles para sua formação: 1. O primeiro é um candle de queda, normalmente com um corpo de tamanho grande em relação a suas sombras. Primeiro dia é completamente dominado pela força vendedora. 2. O segundo é um candle de alta cujo valor de abertura é inferior ao fechamento do dia anterior (idealmente menor que a mínima). Apesar da abertura ruim para os compradores, durante o dia existe uma recuperação que resulta em um fechamento que avança bastante para "dentro" do corpo do candle do primeiro dia. 5.1.1 Psicologia Com o forte dia de vendidos dominando e com o gap de baixa no segundo dia, cada vez mais apresenta um cenário onde os vendidos estão confiantes. No entanto, o segundo dia fecha o gap de baixa e invade metade do corpo do candle anterior sendo assim colocando em xeque sua tendência de baixa. Piercing de alta (Bullish Piercing Line) Figura 15: Piercing de alta (Bullish Piercing Line) CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 15 5.1.2 Fatores de Reforço Existem alguns itens que intensificam a força do padrão: Quanto maior o grau deavanço melhor. Um piercing no qual o candle de alta passa de 80% do corpo do candle de queda é mais relevante do que outro em que essa penetração é de 50%. Se esse avanço for de 100% ou mais estaremos diante de um engolfo de alta. Se o segundo dia abre sob ou próximo de um suporte e o candle de alta faz com que o suporte não seja perdido. Isso mostra que os vendedores não tiveram força de vencer a pressão de compra daquela região e reforça a indicação de reversão do padrão. Volume considerável no segundo dia. Esses fatores são importantes, mas os dois últimos não são fundamentais. Existe, contudo, menos liberdade em relação ao primeiro (grau de avanço), sendo realmente desejável que essa penetração seja significativa. Se não houver um avanço de pelo menos 50% o padrão passa a ser classificado como um dos variantes (mais fracas) do piercing chamados de on-neck, in-neck e thrusting. Observe o gráfico da Embratel abaixo (EBTP4): Figura 16: Piercing de alta (Bullish Piercing Line) no Gráfico da EBTP4 O mercado vem em queda com uma sucessão de candles baixistas (pretos na figura) e no dia 20 de fevereiro, para satisfação dos vendedores, o mercado abre abaixo da mínima do pregão anterior. No entanto, ao longo do dia os preços iniciam uma recuperação que leva a um fechamento bem acima, penetrando fortemente no último candle de queda. Está formado o piercing, o qual foi o ponto de reversão para um belo rally na EBTP4. Lembre-se sempre de observar os candles no contexto em que surgem. O piercing, por exemplo, só possui validade após um movimento de queda. Os candles são uma linguagem de preços rica que pode contribuir bastante em suas estratégias. O piercing como outros padrões de candles possui o seu padrão oposto baixista, o dark- cloud (nuvem escura). CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 16 Figura 17: Piercing de Alta no Gráfico da ELET6 Figura 18: Piercing de Alta no Gráfico da SBSP3 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 17 6. O Padrão Shooting Star (Bearish Shooting Star) Análise técnica trata de probabilidades. O analista desenvolve uma estratégia com base em certo número de ferramentas que são aplicadas aos gráficos, quando 2 ou mais dessas técnicas indicam a mesma direção às chances de sucesso aumentam. A maioria dos analistas que utilizam candles acaba sempre prestando atenção dobrada quando o padrão Shooting Star aparece, especialmente se ele surgir em conjunto com um sinal de topo da análise técnica ocidental. 6.1 Características do Padrão A Shooting Star é um padrão de candle de 1 barra, ou seja, não é um dos chamados padrões compostos, os quais desenvolvem-se ao longo de 2, 3 ou até mais barras. A Shooting Star, ou estrela cadente, recebe esse nome porque ela lembra a estrela no horizonte com a cauda para cima. Ela é formada por um pequeno corpo localizado na parte inferior do candle com uma grande sombra na parte superior. Não existe regra definida para o tamanho da sombra, mas espera-se que seja de pelo menos 2 vezes o tamanho do corpo. Como outros padrões do tipo estrela, a cor do corpo não é um fator muito importante, por isso está representado em cinza na figura abaixo: Figura 19: Shooting Star Como a maioria das formaçoes de candles, a Shooting é válida em qualquer tempo gráfico desde uma periodicidade Intraday até mensal, semanal, etc. Sendo um padrão que sinaliza topos (ou seja uma possível queda) ela deve surgir necessariamente após um movimento de alta. Assim, resumindo as característiscas do padrão: • Deve necessariamente vir após um movimento altista. • O corpo deve ser pequeno e na parte inferior, contrastando com uma grande sombra na parte superior. • É válida em qualquer tempo gráfico. Uma observação a ser feita, no entanto, é que em intervalos muito curtos como 5 minutos a efetividade tende a ser um pouco menor. 6.1.1 Psicologia A longa sombra superior e o pequeno corpo formado pelo candle no fundo do movimento de alta causa preocupação nos comprados. Eles imaginam se é o final da tendência de alta e tomam precauções para proteger os seus ganhos. CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 18 6.1.2 Utilização e Confluência No gráfico abaixo do índice Bovespa (IBOVESPA) está destacada uma Shooting Star: O mercado reage após chegar na região dos 20 mil pontos. O movimento de alta estabelecido começa a ser posto em dúvida com o surgimento da Shooting Star, indicando através de sua sombra que o mercado tentou, mas rejeitou novamente o nível de preços de aproximadamente 23.370, confirmando a última resistência alcançada. Esse, inclusive, é um ponto importante. O máximo da Shooting estabelece uma nova resistência e quando o padrão se forma perto de uma resistência já conhecida (como no exemplo mostrado) a técnica de candles oriental está sendo confirmada por uma técnica da escola gráfica clássica, gerando uma confluência de sinais que aumentam em muito as probabilidades de uma reversão. Na figura abaixo um novo exemplo com a Telemar (TNLP4) próximo a uma Banda de Bollinger. Note que a Shooting possui uma pequena sombra inferior, por ser bastante reduzida em relação ao restante do candle ela não invalida o padrão. Figura 20: Shooting Star no Gráfico Ibovespa CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 19 Figura 21: Shooting Star no Gráfico da TNLP4 Procure sempre observar se a formação surge junto com resistências, linhas de tendência de baixa, limites de envelopes, bandas de bollinger e também em conjunto com osciladores em estado de sobrecompra como IFR, Estocástico, etc. Essas coincidências aumentam muito a confiabilidade. O artigo que trata de trades com canais mostra uma Shooting Star confirmando o limite superior do canal, os exemplos existem em grande quantidade e o mercado vai continuar criando novos continuamente. Figura 22: Shooting Star no Gráfico da PMAM4 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 20 7. O Padrão Engolfo Os padrões de engolfo de alta e de baixa são padrões de reversão de tendência que possuem uma confiabilidade significativa. Estão entre os padrões de candles mais "famosos". Como reconhecer um engolfo? Vamos lá, as características do engolfo de alta são: • Surge em uma tendência de baixa. • O primeiro dia do padrão é formado por um candle de baixa. • No segundo dia surge um candle de alta cuja abertura está abaixo da abertura do dia anterior e o fechamento acima do fechamento do dia anterior. O que acontece é que o corpo do segundo candle envolve (engolfa) o corpo do primeiro. O engolfo de baixa é similar com as diferenças esperadas: • Surge em uma tendência de alta. • O primeiro dia é um candle de alta. • O corpo do segundo dia (de baixa) engolfa o do primeiro dia. Figura 23: Engolfo’s Altista e Baixista 7.1 Fatores que Fortalecem o Padrão O engolfo é um padrão de confiabilidade considerável, mas claro que, como todos os padrões de candles, a confiabilidade sofre influências do momento técnico total. Existem, no entanto, aspectos que sugerem um engolfo de maior força: • Surgir após movimento rápido (que pode ter deixado o mercado vulnerável a correções) ou após uma tendência longa (mercado sobrecomprado/sobrevendido). • O primeiro dia do padrão ser composto por um candle de corpo pequeno, o que pode indicar a existência de um balanço entre as forças de oferta e demanda e, portanto, o controle não é mais tanto dos vendedores/compradores quanto anteriormente.