Buscar

Conceitos Básicos sobre Análise Técnica, Psicologia e Estratégia para Compra e Venda de Ações


Continue navegando


Prévia do material em texto

CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 i 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE 
TÉCNICA, PSICOLOGIA E ESTRATÉGIA 
PARA COMPRA E VENDA DE AÇÕES
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 ii 
Índice 
CAPITULO 1..............................................................................................................................................1 
FORMAÇÃO DOS GRÁFICOS PARA ANÁLISE TÉCNICA.............................................................1 
1. O QUE É ANÁLISE TÉCNICA?..........................................................................................................2 
1.1 UM POUCO DE HISTÓRIA .....................................................................................................................2 
1.2 ANÁLISE TÉCNICA X ANÁLISE FUNDAMENTALISTA............................................................................2 
1.3 IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE TÉCNICA..................................................................................................2 
2. A TEORIA DE DOW.............................................................................................................................3 
2.1 PRINCÍPIO 1: OS ÍNDICES DESCONTAM TUDO .....................................................................................3 
2.2 PRINCÍPIO 2: AS TRÊS TENDÊNCIAS DO MERCADO .............................................................................3 
2.3 PRINCÍPIO 3: AS TRÊS FASES DOS MOVIMENTOS ................................................................................4 
2.3.1 Fases do Mercado de Alta .........................................................................................................4 
2.3.2 Fases do Mercado de Baixa.......................................................................................................5 
2.4 PRINCÍPIO 4: O PRINCÍPIO DA CONFIRMAÇÃO .....................................................................................5 
2.5 PRINCÍPIO 5: VOLUME DEVE CONFIRMAR A TENDÊNCIA ....................................................................5 
2.6 PRINCÍPIO 6: A TENDÊNCIA CONTINUA ATÉ SURGIR UM SINAL DEFINITIVO DE QUE HOUVE 
REVERSÃO................................................................................................................................................6 
Para Saber Mais .................................................................................................................................6 
3. FORMAÇÃO DOS GRÁFICOS...........................................................................................................6 
3.1 CONHECENDO O GRÁFICO DE BARRAS ...............................................................................................6 
3.2 CONHECENDO O GRÁFICO DE CANDLES .............................................................................................7 
3.2.1 Resumo Introdutório ..................................................................................................................8 
3.3 PERIODICIDADE DOS GRÁFICOS ........................................................................................................10 
4. SUPORTES E RESISTÊNCIAS .........................................................................................................11 
4.1 O COMPONENTE PSICOLÓGICO .........................................................................................................12 
4.1.1 Comprometimento, envolvimento e orgulho ............................................................................12 
4.1.2 Alívio e arrependimento...........................................................................................................13 
4.2 NEGOCIANDO COM A AJUDA DE SUPORTE E RESISTÊNCIA ................................................................13 
5. O PADRÃO PIERCING......................................................................................................................14 
5.1 IDENTIFICANDO O PADRÃO ...............................................................................................................14 
5.1.1 Psicologia ................................................................................................................................14 
5.1.2 Fatores de Reforço...................................................................................................................15 
6. O PADRÃO SHOOTING STAR (BEARISH SHOOTING STAR).................................................17 
6.1 CARACTERÍSTICAS DO PADRÃO ........................................................................................................17 
6.1.1 Psicologia ................................................................................................................................17 
6.1.2 Utilização e Confluência..........................................................................................................18 
7. O PADRÃO ENGOLFO......................................................................................................................20 
7.1 FATORES QUE FORTALECEM O PADRÃO............................................................................................20 
7.2 FORMAÇÃO DE RESISTÊNCIA OU SUPORTE .......................................................................................21 
8. O MARTELO (HAMMER): CONSTRUINDO O PADRÃO...........................................................22 
8.1 O MARTELO......................................................................................................................................22 
8.2 A FORÇA DOS MARTELOS .................................................................................................................22 
Um Pouco de Curiosidade ................................................................................................................23 
8.3 O MARTELO (HAMMER): REALIZANDO TRADES...............................................................................23 
8.3.1 Princípio 1: O Fundo do Martelo é Região de Suporte ...........................................................23 
8.3.2 Princípio 2: Administrando Risco e Recompensa com o Martelo ...........................................24 
9. PADRÕES DE CONTINUAÇÃO: RISING AND FALLING THREE METHODS......................25 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 ii 
9.1 IDENTIFICANDO O PADRÃO ...............................................................................................................25 
9.2 REALIZANDO TRADES.......................................................................................................................26 
10. PADRÕES - O MERCADO SE REPETE........................................................................................28 
10.1 OMBRO-CABEÇA-OMBRO (OCO) ...................................................................................................28 
10.1.1 Negociando com o OCO ........................................................................................................28 
10.2 TRIÂNGULOS ..................................................................................................................................30 
10.2.1 Triângulo Ascendente ............................................................................................................30 
10.2.2 Triângulo Descendente ..........................................................................................................31 
10.2.3 Triângulo Simétrico ...............................................................................................................31 
10.2.4 Outras Características dos Triângulos..................................................................................3111. TOPOS E FUNDOS DUPLOS E TRIPLOS ....................................................................................32 
11.1 TOPOS DUPLOS ...............................................................................................................................32 
11.2 FUNDOS DUPLOS ............................................................................................................................32 
11.3 NEGOCIANDO COM TOPOS E FUNDOS DUPLOS................................................................................33 
11.4 Topos e Fundos Triplos ............................................................................................................33 
12. BANDEIRAS E FLÂMULAS............................................................................................................34 
12.1 BANDEIRA ......................................................................................................................................34 
12.2 FLÂMULA .......................................................................................................................................35 
12.3 ALVO PARA OS PREÇOS ..................................................................................................................35 
13. TOPOS E FUNDOS ARREDONDADOS ........................................................................................36 
13.1 FORMA DOS PREÇOS E PADRÃO DE VOLUME ..................................................................................36 
14. REALIZANDO TRADES COM CANAIS.......................................................................................37 
14.1 TÉCNICAS DE OPERAÇÃO................................................................................................................38 
14.2 SUPORTE E RESISTÊNCIA EM CANAIS..............................................................................................38 
14.3 FALSOS ROMPIMENTOS...................................................................................................................38 
14.4 APROVEITANDO O ROMPIMENTO VERDADEIRO ..............................................................................39 
CAPITULO 2............................................................................................................................................41 
ESTUDO E INDICADORES...................................................................................................................41 
1. TIPOS DE DIVERGÊNCIAS..............................................................................................................42 
1.1 MOMENTUM E DIVERGÊNCIAS..........................................................................................................42 
1.2 DIFERENTES TIPOS DE DIVERGÊNCIAS..............................................................................................42 
1.2.1 Divergências Tipo A ................................................................................................................42 
1.2.2 Divergências Tipo B ................................................................................................................43 
1.2.3 Divergências Tipo C ................................................................................................................43 
2. GAPS .....................................................................................................................................................44 
2.1 QUANDO SURGE UM GAP? .................................................................................................................44 
2.2 O FECHAMENTO DE UM GAP.............................................................................................................44 
2.3 TIPOS DE GAP ...................................................................................................................................45 
2.3.1 Gaps de Rompimento ...............................................................................................................45 
2.3.2 Gaps de Continuação...............................................................................................................46 
2.3.3 Gaps de Exaustão ....................................................................................................................47 
2.4 SUPORTE/RESISTÊNCIA.....................................................................................................................47 
3. A FÍSICA DO MERCADO..................................................................................................................47 
3.1 A INÉRCIA NOS GRÁFICOS .................................................................................................................47 
3.2 RETRO ALIMENTAÇÃO......................................................................................................................48 
3.3 CENTRO DE GRAVIDADE...................................................................................................................48 
4. MUNDO DAS MÉDIAS MÓVEIS .....................................................................................................49 
4.1 QUE TIPO DE MÉDIA UTILIZAR? .......................................................................................................50 
4.2 USANDO MÉDIAS MÓVEIS ................................................................................................................50 
4.3 MÉDIAS MÓVEIS COMO SUPORTE E RESISTÊNCIA ............................................................................51 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 iii
4.4 CRUZAMENTOS (CROSSOVERS) ........................................................................................................51 
4.5 ADAPTANDO A JANELA DE TEMPO....................................................................................................52 
5. IFR - ÍNDICE DE FORÇA RELATIVA............................................................................................53 
5.1 TOPOS E FUNDOS ..............................................................................................................................53 
5.2 FORMAÇÕES GRÁFICAS ....................................................................................................................53 
5.3 SUPORTE E RESISTÊNCIAS.................................................................................................................54 
5.4 DIVERGÊNCIAS .................................................................................................................................54 
5.5 OUTRAS CARACTERÍSTICAS..............................................................................................................54 
6. CONHEÇA O ESTOCÁSTICO..........................................................................................................55 
6.1 TÉCNICAS DE UTILIZAÇÃO DO ESTOCÁSTICO ...................................................................................55 
6.1.1 Níveis Extremos .......................................................................................................................55 
6.1.2 Movimento Atenuado ...............................................................................................................56 
6.2 DIVERGÊNCIAS .................................................................................................................................57 
7. O INDICADOR FORCE INDEX........................................................................................................58 
7.1 FORMA DE CÁLCULO ........................................................................................................................58 
7.2 ENTRANDO EM UM TRADE ................................................................................................................58 
7.3 EXAUSTÃO........................................................................................................................................597.4 DIVERGÊNCIAS .................................................................................................................................60 
8. O INDICADOR OBV...........................................................................................................................60 
8.1 DIVERGÊNCIA ...................................................................................................................................61 
8.2 ELEMENTOS DA ANÁLISE TÉCNICA...................................................................................................61 
9. O INDICADOR MARKET FACILITATION INDEX (MFI)..........................................................62 
9.1 O MARKET FACILITATION INDEX E AS SITUAÇÕES DE MERCADO .....................................................62 
10. MOVIMENTO DIRECIONAL: ADX, DI+ E DI-...........................................................................63 
10.1 COMPONENTES DO MOVIMENTO DIRECIONAL: ADX, DI+ E DI- ....................................................64 
11. PARABÓLICO SAR..........................................................................................................................65 
11.1 TENDÊNCIA É FUNDAMENTAL ........................................................................................................65 
11.2 STOPS, ENTRADAS E SAÍDAS...........................................................................................................66 
12. BANDAS DE BOLLINGER..............................................................................................................67 
12.1 UM POUCO DE ESTATÍSTICA ...........................................................................................................67 
12.2 REGRAS DE INTERPRETAÇÃO ..........................................................................................................68 
12.2.1 Estreitamento .........................................................................................................................68 
12.3 ALCANÇANDO AS BANDAS .............................................................................................................69 
12.4 OUTRAS DICAS DE USO ..................................................................................................................70 
13. USANDO FIBONACCI FAN ............................................................................................................70 
13.1 TRAÇANDO O FIBONACCI FAN ........................................................................................................70 
13.2 O QUE O FIBONACCI FAN TEM A NOS DIZER? ..................................................................................70 
14. DESCOBRINDO SUPORTES E RESISTÊNCIAS COM ANDREW'S PITCHFORK ..............72 
14.1 CRIANDO O PITCHFORK ..................................................................................................................72 
14.2 UTILIZAÇÃO ...................................................................................................................................72 
15. O INDICADOR MACD.....................................................................................................................72 
15.1 ENTENDENDO O MACD .................................................................................................................73 
15.2 SINAIS DE COMPRA E VENDA..........................................................................................................73 
15.3 CONFIABILIDADE DOS SINAIS .........................................................................................................74 
15.4 OUTRAS CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DO MACD ..................................................................74 
16. TÉCNICAS DE UTILIZAÇÃO DO VOLUME ..............................................................................75 
CAPITULO 3............................................................................................................................................77 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 iv 
ESTRATÉGIAS DE TRADER ...............................................................................................................77 
1. PLANEJAMENTO DE TRADES.......................................................................................................78 
1.1 CONSIDERE OS ASPECTOS PESSOAIS .................................................................................................78 
1.2 PREPARAÇÃO MENTAL .....................................................................................................................78 
1.3 TESTE SEU SISTEMA .........................................................................................................................78 
1.4 GERENCIAMENTO DE RISCO E OBJETIVOS.........................................................................................79 
1.5 DEFINA REGRAS CLARAS DE SAÍDA .................................................................................................79 
1.6 DEFINA REGRAS CLARAS DE ENTRADA ............................................................................................79 
1.7 AUTO-AVALIAÇÃO E REGISTROS ......................................................................................................79 
2. REGRAS DE PROTEÇÃO .................................................................................................................80 
2.1 SISTEMA DE PROTEÇÃO ....................................................................................................................80 
2.2 A REGRA DE 2%................................................................................................................................80 
2.3 A REGRA DE 6%................................................................................................................................80 
3. GUERRILHA TRADING....................................................................................................................80 
3.1 CANDLE BULLISH 20/20 .............................................................................................................81 
3.1.1 PONTOS IMPORTANTES .......................................................................................................81 
3.2 CANDLE BEARISH 20/20..............................................................................................................82 
3.2.1 PONTOS IMPORTANTES .......................................................................................................82 
3.3 TÁTICA 1........................................................................................................................................82 
3.3.1 O ATAQUE DO SNIPER .........................................................................................................82 
3.3.2 A BATALHA.............................................................................................................................83 
3.4 TÁTICA 2........................................................................................................................................84 
3.4.1 A FUGA DO SNIPER ..............................................................................................................84 
3.4.2 A BATALHA.............................................................................................................................84 
3.5 TÁTICA 3........................................................................................................................................86 
3.5.1 GAP SURPRESA DO TOURO.................................................................................................86 
3.5.2 A BATALHA.............................................................................................................................87 
3.6 TÁTICA 4........................................................................................................................................873.6.1 GAP SURPRESA DO URSO....................................................................................................87 
3.6.2 A BATALHA................................................................................................................................88 
3.7 TÁTICA 5........................................................................................................................................89 
3.7.1 BEARISH 20/20 .......................................................................................................................89 
3.7.2 A BATALHA.............................................................................................................................89 
3.8 TÁTICA 6........................................................................................................................................90 
3.8.1 BULLISH 20/20 .......................................................................................................................90 
3.8.2 A BATALHA.............................................................................................................................90 
CAPITULO 4............................................................................................................................................93 
IMPOSTO DE RENDA SOBRE RENDA VARIÁVEL........................................................................93 
1. IMPOSTO DE RENDA .......................................................................................................................94 
1.1 OPERAÇÕES DE RENDA VARIÁVEL ...................................................................................................94 
1.1.1 Imposto de renda retido na fonte .............................................................................................94 
1.1.2 Como preencher o DARF, veja o exemplo passo a passo........................................................96 
1.1.3 Como calcular o Imposto de Renda sobre as operações no Mercado à Vista .........................97 
1.1.4 Como calcular o Imposto de Renda sobre as operações no Mercado a Termo.....................100 
1.1.5 Cálculo do imposto de renda sobre operações de Day Trade ...............................................102 
CAPITULO 5..........................................................................................................................................104 
ENTREVISTAS, DEPOIMENTOS E CURIOSIDADES...................................................................104 
1. COMO OPERAR NO DIA ................................................................................................................105 
2. ATITUDE............................................................................................................................................105 
3. O PROBLEMA DO DINHEIRO ......................................................................................................106 
4. A SABEDORIA DE JESSE LIVERMORE .....................................................................................107 
5. 10 ATITUDES PARA PERDER MUITO DINHEIRO NA BOLSA..............................................108 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 v 
6. O SAMURAI DE 100 TRADES VITORIOSOS ..............................................................................108 
7. PUBLICADO NA REVISTA ISTO É DINHEIRO 09/06/2004 ............................................109 
ANEXOS .................................................................................................................................................113 
 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 vi 
Índice de Figuras, Fórmulas e Tabelas 
Figura 1: Gráfico de Tendência Primária ......................................................................... 4 
Figura 2: Índices de Confirmação .................................................................................... 5 
Figura 3: Formação do Gráfico de Barras ........................................................................ 6 
Figura 4: Gráfico de Barras do Ibovespa.......................................................................... 7 
Figura 5: Candles.............................................................................................................. 7 
Figura 6: Doji’s................................................................................................................. 7 
Figura 7: Padrões Altistas................................................................................................. 8 
Figura 8: Padrões de Baixas ............................................................................................. 9 
Figura 9: Padrões de Reversão ......................................................................................... 9 
Figura 10: Candles Sem Sombras..................................................................................... 9 
Figura 11: Gráfico Com Padrão Doji Star ...................................................................... 10 
Figura 12: Resistência no Gráfico Ibovespa................................................................... 11 
Figura 13: Suporte no Gráfico Ibovespa ........................................................................ 12 
Figura 14: Suporte e Resistência no Gráfico Ibovespa................................................... 13 
Figura 15: Piercing de alta (Bullish Piercing Line)........................................................ 14 
Figura 16: Piercing de alta (Bullish Piercing Line) no Gráfico da EBTP4 .................... 15 
Figura 17: Piercing de Alta no Gráfico da ELET6......................................................... 16 
Figura 18: Piercing de Alta no Gráfico da SBSP3 ......................................................... 16 
Figura 19: Shooting Star................................................................................................. 17 
Figura 21: Shooting Star no Gráfico da TNLP4............................................................. 19 
Figura 22: Shooting Star no Gráfico da PMAM4........................................................... 19 
Figura 23: Engolfo’s Altista e Baixista .......................................................................... 20 
Figura 24: Engolfo Altista no Gráfico da BBDC4 ......................................................... 21 
Figura 25: Engolfo Altista no Gráfico da ODPV3 ......................................................... 21 
Figura 26: Martelos (Hammer)....................................................................................... 22 
Figura 27: Martelos no Gráfico do Ibovespa.................................................................. 23 
Figura 28: Martelo no Gráfico do Ibovespa ................................................................... 24 
Figura 29: Martelo (ou Dragonfly Doji) no Gráfico da GGBR4.................................... 25 
Figura 30: Rising and Falling Three Methods................................................................ 26 
Figura 31: Falling Three Methods no Gráfico do Ibovespa ........................................... 26 
Figura 32: Falling Three Methods no Gráfico da CSMG3............................................. 27 
Figura 33: Falling Three Methods no Gráfico de TOTS3.............................................. 27 
Figura 34: OCO (Ombro-Cabeça-Ombro) ..................................................................... 28 
Figura 35: OCO Invertido .............................................................................................. 29 
Figura 36: OCO no Gráfico do Ibovespa........................................................................ 29 
Figura 37: OCO Invertido no Gráfico de PMAM4 ........................................................ 30 
Figura 38:Triângulo Ascendente ................................................................................... 31 
Figura 39: Triângulo Descendente ................................................................................. 31 
Figura 40: Triângulo Simétrico ...................................................................................... 31 
Figura 41: Topo Duplo ................................................................................................... 32 
Figura 42: Fundo Duplo ................................................................................................. 33 
Figura 43: Topo Duplo no Gráfico do Ibovespa............................................................. 33 
Figura 44: Bandeira ........................................................................................................ 34 
Figura 45: Flãmula ......................................................................................................... 35 
Figura 46: Padrão Bandeira no Gráfico TNLP4............................................................. 35 
Figura 47: Topos e Fundos Arredondados ..................................................................... 36 
Figura 48: Fundo Arredondado no Gráfico da ACES4 .................................................. 37 
Figura 49: Canal Altista no Gráfico GGBR4 ................................................................. 38 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 vii 
Figura 50: Falso Rompimento no Gráfico da GGBR4................................................... 39 
Figura 51: Rompimento Verdadeiro Gráfico BRTO4.................................................... 40 
Figura 52: Divergência Entre Topo Duplo e IFR no Gráfico do Ibovespa .................... 43 
Figura 53: GAP no Gráfico do Ibovespa ........................................................................ 45 
Figura 54: GAP no Gráfico do Ibovespa ........................................................................ 46 
Figura 55: GAP’s de Continuação no Gráfico da ELET6 .............................................. 46 
Figura 56: Inércia e Rompimento no Gráfico do Ibovespa ............................................ 48 
Figura 57: Centro de Gravidade no Gráfico da ACES4 ................................................. 49 
Fórmula 1: Média Móvel Aritimética............................................................................. 50 
Fórmula 2: Média Móvel Exponencial........................................................................... 50 
Figura 58: Média Móvel Como Suporte no Gráfico da TNLP4..................................... 51 
Figura 59: Cruzamento (Crossovers) da Média Móvel no Gráfico da GGBR4 ............. 52 
Figura 60: Divergência no IRF no Gráfico do Ibovespa ................................................ 53 
Figura 61: Divergência de Tendência no Gráfico do Ibovespa ...................................... 54 
Fórmula 3: IRF (Índice de Força Relativo) .................................................................... 54 
Fórmula 4: Estocástico ................................................................................................... 55 
Figura 62: Sinalização de Compra e Venda Com o Estocástico .................................... 56 
Figura 63: Perda de Inclinação ....................................................................................... 57 
Figura 64: Divergência de Tendência Com o Estocástico no Gráfico da ARCZ6......... 57 
Figura 65: Pontos de Entrada Com o Força Index no Gráfico do Ibovespa................... 59 
Figura 66: Exaustão do Movimento Com o Força Index no Gráfico PETR4 ................ 60 
Figura 67: Divergência de Tendência Com o OBV no Gráfico BBDC4 ....................... 61 
Figura 68: Princípio de Inversão Com o OBV no Gráfico da CMIG4........................... 62 
Figura 69: ADX na Confirmação de Ausência de Tendência no Gráfico do Ibovespa.. 64 
Figura 70: ADX, DI+ e DI- na Análise do Gráfico do Ibovespa ................................... 65 
Figura 71: Análise de Tendência com o Parabólico SAR no Gráfico da ELPL4........... 66 
Figura 72: Análise de Tendência com o Parabólico SAR no Gráfico da GGBR4 ......... 67 
Figura 73: Bandas de Bollinger e OBV na Análise de Divergência no Gráfico da 
AMBV4 .......................................................................................................................... 68 
Figura 74: Bandas de Bollinger na Análise do Gráfico TNLP4..................................... 69 
Figura 75: Fibonancci Fan Encontrando Suporte Oculto no Gráfico Ibovespa ............. 71 
Figura 76: Fibonancci Fan Encontrando Suporte Oculto no Gráfico PMAM4.............. 71 
Figura 77: Encontrando Suportes e Resistências Potências Com o Pitchfork no Gráfico 
do Ibovespa..................................................................................................................... 72 
Figura 78: Análise do Gráfico do Ibovespa com o MACD............................................ 73 
Figura 79: Análise do Gráfico da TNLP4 com o MACD............................................... 74 
Figura 80: Análise por Volume no Gráfico da AVPL3.................................................. 76 
Figura 81: Candle Bullish 20/20..................................................................................... 81 
Figura 81: Candle Bearish 20/20.................................................................................... 82 
Figura 82: Candle Bearish 20/20.................................................................................... 83 
Figura 83: Tática de Trade Após Candle Bearish 20/20 ................................................ 83 
Figura 84: Candle Bullish 20/20..................................................................................... 84 
Figura 85: Tática de Trade Após Candle Bullish 20/20 ................................................. 84 
Figura 86: Ataque do Sniper nas Ações da GGBR4 ...................................................... 85 
Figura 87: Fuga do Sniper nas Ações da GGBR4.......................................................... 85 
Figura 88: Fuga do Sniper Com Falling Three Methods nas Ações da CRUZ3............ 86 
Figura 89:Candle Bearish 20/20..................................................................................... 86 
Figura 90: GAP Surpresa do Touro................................................................................ 87 
Figura 91: Candle Bullish 20/20..................................................................................... 87 
Figura 92: GAP Surpresa do Urso.................................................................................. 88 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 viii
Figura 93: GAP Surpresa do Touro nas Ações da EMBR4 ........................................... 88 
Figura 94: Candle Bearish 20/20.................................................................................... 89 
Figura 95: Candle Bearish 20/20 Continuação............................................................... 89 
Figura 96: Candle Bullish 20/20..................................................................................... 90 
Figura 97: Candle Beallish 20/20 Continuação.............................................................. 90 
Figura 98: Operando com Bearish e Bullish com as Ações de Cesp4 ........................... 91 
Tabela 1: Resumo de Movimentos, Gaps, Stop e Vendas de Ações .............................. 92 
Tabela 2: IR Operações Day Trade ................................................................................ 94 
Tabela 3: Mercado e Fato Gerador IR ............................................................................ 95 
Tabela 4: Preenchimento de DARF................................................................................ 96Tabela 5: Exemplo Para Cálculo IR ............................................................................... 97 
Tabela 6: Exemplo Para Cálculo de IR .......................................................................... 97 
Tabela 7: Exemplo Para Cálculo de IR .......................................................................... 98 
Tabela 8: Exemplo Para Cálculo de IR .......................................................................... 98 
Tabela 9: Exemplo Para Cálculo de IR .......................................................................... 99 
Tabela 10: Exemplo Para Cálculo de IR ........................................................................ 99 
Tabela 11: Exemplo Para Cálculo de IR ........................................................................ 99 
Tabela 12: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 100 
Tabela 13: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 100 
Tabela 14: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 100 
Tabela 15: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 101 
Tabela 16: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 101 
Tabela 17: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 101 
Tabela 18: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 102 
Tabela 19: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 102 
Tabela 20: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 102 
Tabela 21: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 103 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 1 
 
 
 
 
 
 
 
Capitulo 1 
Formação dos Gráficos Para Análise 
Técnica 
 
 
 
 
 
 
 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 2 
 
 
 
 
1. O que é Análise Técnica? 
A análise técnica ou análise gráfica, de maneira resumida, é uma abordagem que utiliza gráficos 
como ferramenta principal para determinar o melhor momento (e preço) para comprar e vender 
ativos. Em complemento a utilização de gráficos, a análise técnica inclui também uma série de 
teorias sobre como acontecem os movimentos do mercado. 
1.1 Um pouco de história 
As origens da análise técnica moderna estão nos trabalhos de Charles Dow no início do século XX. 
Dow junto com Edward D. Jones publicava um informativo financeiro que mais tarde seria o "The 
Wall Street Journal". Através do jornal, Dow apresentava suas observações sobre o 
comportamento do mercado. O conjunto desses textos seria posteriormente reunido, gerando o 
que pode ser considerado o início da análise técnica: a teoria de Dow. 
1.2 Análise Técnica x Análise Fundamentalista 
São duas escolas diferentes de análise. As características principais da análise fundamentalista 
são: 
• Tenta medir o valor intrínseco de um ativo, ou seja determinar um valor adequado que 
reflita a situação da empresa no presente e as expectativas futuras. 
• O valor intrínseco inclui fatores difíceis de quantificar como posicionamento da empresa 
no mercado. 
• Análise fundamentalista estuda as questões relativas à economia e perspectivas do 
segmento a que pertence à empresa. 
• Avalia como ocorre o gerenciamento da empresa. 
Características da análise técnica são: 
• Analisa os dados gerados pelas transações como preço e volume. 
• Utiliza os gráficos na busca de padrões. 
• Visualiza a ação dos componentes emocionais presentes no mercado. 
• Analisa as tendências e busca determinar alvos (até onde os preços irão se movimentar). 
As duas escolas têm por objetivo determinar o que comprar/vender quando comprar/vender. 
Contudo, utilizam abordagens claramente diferentes para atingir esse objetivo. 
1.3 Importância da Análise Técnica 
A análise técnica funciona porque o mercado corresponde à soma dos desejos, medos e 
expectativas das pessoas. O valor de um ativo reflete o encontro entre os que acreditam que o 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 3 
ativo irá se valorizar (compra) versus aqueles que pensam o contrário (venda). Essas 
manifestações aparecem nos gráficos. 
As pessoas lembram-se dos valores em que ganharam ou perderam dinheiro. Dessa maneira, 
começa a formação de zonas de preços difíceis de ultrapassar, são as chamadas regiões de 
suporte e resistência como veremos ao longo do tutorial. De modo semelhante, as tendências são 
formadas e a análise técnica oferece ferramentas que possibilitam medir a força da tendência e 
mesmo sua provável extensão. 
Outro fator importante é a crescente popularidade da análise técnica. Conforme ela ganha mais 
adeptos, mais pessoas passam a utilizar suas teorias e a perceber, simultaneamente, padrões de 
compra e venda, o que acaba por impulsionar o movimento de preço. 
Não podemos esquecer ainda o dinamismo da análise técnica. Durante o dia surgem diversas 
oportunidades de negócios, pois o mercado se repete e os mesmos padrões que uma pessoa 
observa em um gráfico de nível diário pode aparecer diversas vezes ao longo de um único pregão. 
2. A Teoria de Dow 
A teoria de Dow é uma das principais bases da análise gráfica. A teoria é composta por alguns 
princípios básicos que estudaremos a seguir. 
2.1 Princípio 1: Os Índices Descontam Tudo 
Os índices representam à ação conjunta de inúmeros investidores, desde os mais bem 
informados (que contam com as melhores informações e previsões) até os muito inexperientes. 
As variações diárias dos preços de um índice, portanto, já têm incluídas (descontadas) no seu 
valor os eventos que irão acontecer e que são desconhecidos pela maioria dos investidores. 
Dessa forma, todo o fator que afeta a relação de oferta/demanda está refletida no preço do 
mercado. Entretanto, existem os eventos que são imprevisíveis e que as pessoas não têm como 
saber, como calamidades naturais, catástrofes como os atentados nas torres americanas, etc. 
Esses são os chamados "atos divinos" , quando acontecem podem gerar fortes oscilações iniciais, 
mas acabam sendo absorvidos pelo mercado. 
Resumo do Princípio: 
• Todo o fator que afeta a oferta x demanda está refletido no índice. 
• O Índice já possui em seu valor (já descontou) eventos futuros que a imensa maioria não 
conhece. 
• Acontecimentos completamente inesperados são rapidamente avaliados e seus possíveis 
efeitos absorvidos. 
2.2 Princípio 2: As Três Tendências do Mercado 
O segundo princípio de Dow afirma que o mercado possui três tendências de movimento: 
primária, secundária e terciária. 
A tendência primária é a tendência principal de um mercado. É um movimento longo que pode 
ser de alta ou de baixa e que leva a uma grande valorização ou desvalorização dos ativos. Não 
existem regras matemáticas exatas para definir o tempo de duração das tendências, entretanto, 
as tendências primárias duram aproximadamente de 1 a 2 anos. Na figura abaixo, as linhas 
verticais estão fazendo uma separação entre três tendências primárias no índice Bovespa. 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 4 
 
Figura 1: Gráfico de Tendência Primária 
Uma tendência primária não se movimenta em linha reta. Ao observarmos o mercado (como no 
gráfico acima) percebermos que o movimento acontece como um ziguezague. Em um mercado 
de alta, após um impulsopara cima que forma um novo topo (mais alto que o anterior), temos 
uma correção que forma um novo fundo (também mais alto que o fundo anterior). Em uma 
tendência de baixa o oposto acontece, após uma queda que forma um fundo mais baixo, acontece 
uma reação que cria um topo mais baixo. O conjunto desses impulsos e correções dentro de uma 
tendência primária são as chamadas tendências secundárias. Uma tendência secundária dura 
de 3 semanas a alguns meses e pode corrigir até dois terços da tendência primária que ela faz 
parte. 
As tendências terciárias fazem parte das secundárias. São movimentos menores de, em média, 
até 3 semanas. Elas se comportam em relação às tendências secundárias da mesma maneira que 
as secundárias em relação às primárias. 
Quando estamos analisando o mercado é interessante classificar as tendências do movimento 
atual, assim, podemos avaliar melhor as ações a serem tomadas dentro de nossa estratégia 
operacional. 
2.3 Princípio 3: As Três Fases dos Movimentos 
Dow fez uma série de observações sobre os movimentos de preços, tanto de alta como de baixa, 
caracterizando aspectos psicológicos marcantes de cada fase: 
2.3.1 Fases do Mercado de Alta 
• Fase 1: No início da alta o mercado começa a ser propulsionado por investidores mais 
qualificados, que percebem logo que novos ventos estão soprando. Enquanto isso, a 
maioria ainda acredita que o pior ainda está por vir, o que permite aos investidores de 
elite comprarem papéis muito baratos. As notícias apresentadas pela mídia refletem as 
expectativas negativas da maioria. 
• Fase 2: A segunda parte é uma aceleração mais acentuada do movimento. A pressão 
compradora aumenta bastante. 
• Fase 3: A terceira fase é marcada por grandes altas. Os participantes do mercado, de 
maneira geral, estão cada vez mais seguros de seus lucros e os investidores mais bem 
preparados começam a vender suas posições. A grande massa de investidores está em 
clima de euforia que se realimenta diariamente nos noticiários. Está aberta a possibilidade 
para a fase 1 do mercado de baixa. 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 5 
2.3.2 Fases do Mercado de Baixa 
• Fase 1: Nesta fase os profissionais e investidores de elite vendem seus ativos, iniciando a 
retração. 
• Fase 2: É uma etapa marcada por um grande nervosísmo, os investidores percebem o 
equívoco e tentam se desfazer de suas posições. 
• Fase 3: Com as grandes perdas e ativos muito desvalorizados a pressão vendedora se 
dissipa, oportunidades para uma nova alta começam a surgir. 
2.4 Princípio 4: O Princípio da Confirmação 
O princípio da confirmação afirma que para uma reversão de tendência ou rompimento de nível de 
suporte/resistência (suportes e resistências serão melhor explicados nos capítulos seguintes) ser 
válido, o fato deve ocorrer em dois índices de composições distintas. Assim, um índice confirma o 
outro, demonstrando que não se trata de uma oscilação temporária do movimento. 
 
Figura 2: Índices de Confirmação 
Para ilustrar o princípio da confirmação suponha dois índices (A e B) de composições diferentes, 
mas que se comportam de maneira semelhante. O índice A, durante uma alta, vence a zona de 
pressão vendedora (a linha de resistência) e parece seguir com força em sua tendência. O índice B, 
entretanto, ao chegar pela primeira vez na linha de resistência não consegue o rompimento da 
mesma forma que A. Um investidor que analisa o mercado apenas a partir do ponto de vista do 
índice A pode concluir que existem boas oportunidade de compra logo após o rompimento. 
Contudo, o que acontece é uma retração, pois o mercado não estava tão forte como demonstrou a 
falha de rompimento por parte de B. 
Essa é a essência do princípio da confirmação. Dois índices são usados para que um pronuncie 
uma "segunda opinião" sobre o outro, de modo a validar o que está acontecendo ou indicar uma 
armadilha. No caso brasileiro, esses dois índices poderiam ser, por exemplo, o índice Bovespa e o 
IBRX. 
2.5 Princípio 5: Volume Deve Confirmar a Tendência 
Este princípio é bastante simples, na teoria de Dow o volume está relacionado com as tendências 
da seguinte maneira: 
Tendência de Alta: Em uma tendência principal de alta é esperado que o volume aumente com a 
valorização dos ativos e diminua nas reações de desvalorização. 
Tendência de Baixa: Em uma tendência principal de baixa é esperado que o volume aumente 
com a desvalorização dos ativos e diminua nas reações de valorização. 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 6 
2.6 Princípio 6: A Tendência Continua Até Surgir um Sinal 
Definitivo de que Houve Reversão 
Embora pareça óbvio, este princípio é importante. O mercado não vai cair apenas porque atingiu 
um nível "alto demais" ou subir porque "já caiu demais". Uma das técnicas mais simples utilizadas 
é a identificação de falhas ao formar um topo mais alto (em uma tendência de alta) ou um fundo 
mais baixo (em uma tendência de baixa). O investidor deve possuir uma metodologia de 
identificação de pontos de entrada e saída, existem uma série de ferramentas de análise técnica 
que ajudam nessas decisões. Neste e em outros tutoriais e artigos você aprenderá sobre padrões 
clássicos, candles, indicadores e muitas outras armas da escola gráfica. 
Para Saber Mais 
Neste capítulo vimos os princípios que formam a Teoria de Dow. São informações importantes que 
com certeza vão ajudar muito em sua estratégia operacional. Se você deseja saber mais, três 
bons livros são: The Dow Theory de Robert Rhea, Technical Analysis of Stock Trends de Robert D. 
Edwards e John Magee e Techical Analysis Explained de Martin Pring. 
3. Formação dos Gráficos 
Existem diversos tipos de gráficos e consequentemente diversas maneiras de representar o que 
aconteceu no pregão. É importante que você entenda como são formados os símbolos que 
formam os gráficos, pois esses símbolos são a própria linguagem do mercado. 
3.1 Conhecendo o Gráfico de Barras 
O gráfico de barras é um dos tipos mais populares na análise técnica. Conforme pode ser visto na 
ilustração ele utiliza o valor de abertura, máximo, mínimo e de fechamento. 
 
Figura 3: Formação do Gráfico de Barras 
A barra oferece uma série de informações sobre o que acontece no pregão. O segmento de reta 
para a esquerda é a abertura, ou seja, o valor do primeiro negócio que ocorreu no dia. O 
segmento para a direita é o valor de fechamento, representando o preço do último negócio no 
pregão. O ponto mais alto da barra coincide com o preço máximo praticado durante o pregão, 
enquanto que a extremidade inferior corresponde ao preço mínimo. 
O tamanho da barra (distância entre o máximo e o mínimo) nos oferece alguns dados, 
mostrando um pouco sobre como foi à batalha entre compradores e vendedores. Uma barra 
pequena ou média, normalmente, demonstra um mercado calmo, sem grandes conflitos. Mas, 
o que é uma barra pequena? Que tamanho é uma barra média? Isso depende do mercado/ativo, o 
que se faz é analisar o tamanho da barra em relação ao tamanho médio das outras barras do 
gráfico, se, por exemplo, for metade do tamanho da maioria, com certeza estamos falando de 
uma barra pequena. 
O mesmo raciocínio é válido para identificar barras grandes, a interpretação, entretanto, é 
completamente oposta. Barras grandes normalmente são um sinal de mercado volátil, com os 
preços variando fortemente durante o dia. Em pregões desse tipo, surgem várias oportunidades 
de negócios (e algumas armadilhas também). 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 7 
Abaixo um gráfico de barras do índice Bovespa: 
 
Figura 4: Gráfico de Barras do Ibovespa 
3.2 Conhecendo o Gráfico de Candles 
O Gráfico de candles, tambémchamado gráfico de velas ou candelabro japonês popularizou-se na 
década de 90 com os trabalhos de Steven Nison, autor do famoso livro Japanese Candlestick 
Charting Techniques. Também utiliza as informações de preço máximo, mínimo, abertura e 
fechamento para o desenho do símbolo. 
 
Figura 5: Candles 
O gráfico de candles é composto por duas partes: corpo e sombras. O corpo é a parte entre a 
abertura e o fechamento (parte mais alargada da figura acima), caso a abertura tenha sido 
inferior ao fechamento (um dia de alta) o corpo recebe, por exemplo, a cor branca. Se o 
fechamento foi menor que a abertura (um dia de queda) o corpo recebe outra cor, preto por 
exemplo. Assim, como pode ser visto na figura, em um dia de alta a abertura delimita a parte 
inferior do corpo candle e em um dia de queda o contrário. Existe uma classe de candles, contudo, 
que não possuem corpo são os chamados doji. Um doji é formado quando a abertura e 
fechamento coincidem. Exemplo: 
 
Figura 6: Doji’s 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 8 
3.2.1 Resumo Introdutório 
Nas figuras abaixo podemos ver: 
- padrões baixistas 
- padrões altistas 
- padrões que indicam reversão de tendência. 
No endereço a seguir pode-se aprofundar no assunto (inclusive com as interpretações dos 
candles): http://www.equis.com/free/taaz/candlesticks.html 
Considerações sobre algumas figuras: 
Hammer (Martelo) – Representa uma figura de alta. É identificado como um pequeno corpo 
branco com uma sombra que chega a ser 2 vezes maior que o seu corpo. Um martelo é 
identificado por um corpo real pequeno (isto é, uma faixa pequena entre a abertura e os preços de 
fechamento) e por uma sombra longa , isto é, a mínima é bem inferior à abertura. Significa que 
ocorreu uma diminuição na tendência de baixa. Nota - Se aparecer depois de um significativo 
movimento altista, será chamada de enforcado, e neste caso é baixista. 
Piercing Line –. Linha da perfuração. Representa uma figura de alta. O segundo candle abre mais 
abaixo do mínimo do dia anterior, mas fecha acima do meio, sem ultrapassar o topo. Espera-se, 
neste caso, que o mercado está iniciando um movimento de alta. 
Engulfing Line – Este teste padrão é fortemente altista se ocorrer após um movimento de queda 
significativo (isto é, age como um teste padrão da reversão). 
Shooting Star – Indica baixa. O mercado vinha num movimento altista e no dia faz um novo topo, 
mas perde força e fecha no mesmo preço de abertura. 
Engulfing de baixa – Este teste padrão é fortemente baixista se ocorrer após um movimento de 
alta significativo (isto é, age como um teste padrão da reversão). 
Doji Star– Indica mudança na tendência altista. O mercado vinha subindo gradualmente e de 
repente mostra indecisão e falta de confiança na continuidade do movimento. Uma abertura no dia 
seguinte abaixo do fundo do Doji pode significar reversão. 
 
 
Figura 7: Padrões Altistas 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 9 
 
Figura 8: Padrões de Baixas 
 
Figura 9: Padrões de Reversão 
As sombras, de maneira semelhante ao gráfico de barras, são traços que mostram os valores 
máximo e mínimo que os preços alcançaram. Vale ressaltar que um candle pode não ter sobra 
inferior ou superior, para isso basta que a abertura/fechamento seja no exato valor da 
mínima/máximo. Por exemplo: 
 
Figura 10: Candles Sem Sombras 
Em gráficos de candles podem ser utilizados todos os preceitos da teoria de Dow e padrões 
clássicos que veremos a seguir. Além disso, os candles introduzem um novo conjunto de padrões 
que serão assuntos durante nosso estudo. O mesmo gráfico de barras do Bovespa está sendo 
representado com candles abaixo: 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 10 
 
Figura 11: Gráfico Com Padrão Doji Star 
 
3.3 Periodicidade dos Gráficos 
Os gráficos podem ter diferentes periodicidades, ou seja, não precisam, necessariamente, 
representar 1 dia de pregão. Os gráficos em nível de dias mais comuns são: 
• Diário: Representando 1 pregão 
• Semanal: Uma barra ou candle representando todos os pregões da semana. 
• Mensal: Uma barra ou candle representando todos os pregões do mês. 
• Anual: Uma barra ou candle por ano. 
Uma outra classe, são os que mostram o que aconteceu durante a sessão, são os gráficos intraday 
(também chamados intradia). Em um gráfico intraday o intervalo utilizado corresponde, 
normalmente, há alguns minutos. Os mais comuns: 1, 5, 15, 30 e 60 minutos. 
A maneira como o símbolo é desenhado é exatamente a mesma que no caso de uma barra ou 
candle de 1 pregão. Vamos pegar como exemplo um gráfico semanal, cada semana será 
representada por um único símbolo, assim, o valor de mínimo será o menor entre todos os preços 
praticados na semana, enquanto que o valor máximo será o maior preço negociado no mesmo 
período. A abertura, nesse caso, será a abertura do primeiro dia de pregão da semana (segunda-
feira em nosso exemplo) e o fechamento o valor de encerramento da sexta-feira. 
O mesmo ocorre para os gráficos intraday. Em um gráfico de 15 minutos o primeiro e último 
minuto do intervalo (digamos entre 15:01 e 15:15) são a abertura e o fechamento, enquanto que 
o máximo/mínimo entre os minutos desse intervalo será o máximo/mínimo do símbolo. 
Um ponto importante é que as técnicas de análises são válidas em qualquer tempo gráfico. As 
teorias são sempre válidas quando a formação do preço é livre (oferta x demanda), o que 
acontece algumas vezes é que certas técnicas se adaptam melhor a determinados períodos que 
outras. 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 11 
4. Suportes e Resistências 
Suportes e resistências, de maneira simples, são zonas de preços nas quais o movimento atual do 
mercado tem grandes chances de parar e reverter. Definições: 
• Suporte: Região na qual o interesse de comprar é grande, superando a pressão 
vendedora, o movimento de queda tende a parar. 
• Resistência: Região na qual o interesse de vender é grande, superando a pressão 
compradora, o movimento altista tende a parar. 
Não existe nada de mágico com suportes e resistências o que existe é oferta versus demanda e 
psicologia humana. Em uma alta, conforme os preços aumentam, os ativos vão ficando 
naturalmente mais caros e menos compradores vão estar disponíveis a pagar determinado preço. 
Os vendedores, pelo contrário, vão querer vender como nunca nesses novos valores, aumentando 
a oferta e contribuindo para o início da desvalorização (queda). 
Podemos ver no gráfico abaixo do índice Bovespa que o mercado subia até atingir um nível de 
preços no qual ele parou (resistência). Depois de encontrar a resistência, o mercado corrigiu 
caindo um pouco, mas voltou a subir a alcançou a resistência novamente, ponto no qual reverteu 
para uma tendência de queda maior. 
 
Figura 12: Resistência no Gráfico Ibovespa 
Em uma baixa o contrário acontece, os ativos tornam-se mais baratos e a demanda pelos papéis 
começa a aumentar. Os vendedores, já não acham os preços tão atrativos, diminuindo a oferta. 
Está aberto o caminho para a valorização (alta). 
Abaixo temos um exemplo de suporte no índice Bovespa, note que o mercado vinha em queda até 
chegar ao valor de 15.780 pontos. A partir desse nível, a força compradora aumentou e a queda 
parou. O mercado reagiu, mas voltou a cair até a linha de suporte mais duas vezes até reverter 
para uma tendência de alta de maior intensidade. 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 12 
 
Figura 13: Suporte no Gráfico Ibovespa 
4.1 O Componente Psicológico 
Que outrosfatores ajudam a definir certo preço como suporte ou resistência? A resposta é simples: 
memória. As pessoas lembram-se dos valores que compraram ou venderam e ganharam dinheiro, 
lembram-se também dos preços em que perderam e das emoções boas e más sentidas durante 
esses eventos. Logo, o somatório desse histórico de lembranças é um dos fatores que contribui 
para a formação dessas zonas de bloqueio. 
Suportes e resistências estão entre os primeiros conceitos que aprendemos quando começamos a 
estudar análise técnica. Eles refletem, diretamente, a idéia de "comprar barato e vender caro" que 
habita os sonhos e intenções de qualquer investidor. Mas, como se formam esses níveis? O que 
faz com que determinado papel não consiga romper uma resistência antiga? A resposta para essas 
questões é ao mesmo tempo simples e complexa, assim como são os seres humanos. 
4.1.1 Comprometimento, envolvimento e orgulho 
Uma das frases mais notórias e felizes usadas para diferenciar envolvimento e comprometimento 
diz que a galinha está envolvida com a omelete enquanto que o porco está comprometido com a 
feijoada. A distinção possui esse nível de grandeza mesmo, quando estamos verdadeiramente 
comprometidos nos esforçamos, torcemos, enfim, fazemos tudo ao nosso alcance para que as 
coisas aconteçam conforme o planejado. 
Quando olhamos os gráficos na tela do computador e formulamos uma estratégia de trade 
passamos a ter um envolvimento com nossa hipótese. Quando decidimos dar o passo seguinte e a 
ordem é enviada, querendo ou não, passamos a possuir um compromisso financeiro com a 
operação. A partir desse momento, o trader precisa saber gerenciar suas emoções, caso contrário 
uma série de pensamentos destrutivos podem por tudo a perder. 
Quando o investidor está comprometido, muitas vezes o orgulho o impede de admitir que esteja 
errado. Quanto dinheiro já foi perdido com a idéia de que "o mercado vai virar a qualquer 
momento". O primeiro fator, portanto, que torna tão poderosas as zonas de suporte e resistência 
é o comprometimento comum. Vendo os gráficos, o analista sabe que muitos investidores estão 
dispostos a se comprometer, comprando ou vendendo, em determinado nível, o que aumenta 
muito a confiança no trade . Se, por acaso, o suporte ou resistência falhar ele sabe que muitos 
outros analistas erraram também o que leva a um impacto menor em sua auto-estima. Assim, 
mais do que zonas de pressão compradoras ou vendedoras, suporte e resistências são níveis de 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 13 
maior segurança psicológica. Abaixo algumas zonas de suporte e resistência no índice Bovespa 
durante o movimento lateral de fevereiro/março de 2004. 
 
Figura 14: Suporte e Resistência no Gráfico Ibovespa 
4.1.2 Alívio e arrependimento 
Suponha que você acompanha em sua carteira o papel X. Por um bom tempo ele vem oscilando 
em torno de R$ 30,00. Repentinamente, uma alta rápida acontece e, por uma razão qualquer, 
você acaba não entrando no trade. O papel hoje está valendo R$56,00 e você fica imaginando o 
bem que esse lucro faria para sua carteira de investimentos. Se você permitir, o arrependimento 
irá assombrá-lo por alguns dias. 
Entretanto, uma série de correções acontece. Conforme os pregões vão se sucedendo, X vai 
caindo até chegar bem próximo do nível de R$ 30,00. Neste momento, na sua cabeça e na de 
muitos outros investidores uma voz irá repetir "de novo não". Dessa vez, você sente que tem uma 
segunda chance e compra no valor de R$ 30,00, o qual tende a se perpetuar como um ótimo nível 
de suporte. 
Imagine agora que o papel Y, está valendo R$ 40,00. Ele faz parte de sua carteira e você já 
ganhou algum dinheiro com ele. Contudo, dessa vez ele está com um desempenho ruim, de 40 já 
passou para 38.. 36...32 e agora está em 16! Todo o dia você se faz as mesmas perguntas: por 
que não vendi antes? E agora seguro ou liquido de uma vez? 
O mercado, no entanto, começa a subir. O papel Y volta para perto de R$ 40,00. Você sente que 
vendendo agora será dado fim ao doloroso trade . Você coloca sua ordem de venda e sente todo o 
alívio que o momento traz. Você e o mercado estão quites e o valor de R$ 40,00 torna-se uma 
resistência forte. 
O mercado é o encontro de uma série de emoções. Medo, angústia, orgulho, arrependimento, 
alívio, ganância e muito mais. O trader metódico e com um bom gerenciamento emocional possui 
uma grande vantagem. Lembre-se que existem níveis nos quais as pessoas irão comprar sem 
pensar e em outros nos quais elas irão derramar ordens de vendas. Olhe o volume e indicadores 
que utilizam o volume para medir a força de compradores e vendedores. Suportes e resistências 
sempre existirão, aprender a trabalhar com eles traz ótimos resultados. 
4.2 Negociando com a Ajuda de Suporte e Resistência 
A regra para negociar usando suportes e resistências parece simples: comprar no suporte e 
vender na resistência. Essa regra sem sofisticação, mas objetiva pode tornar um investidor 
extremamente bem sucedido se ele conhecer o mercado e tiver uma boa metodologia de operação. 
Para isso o investidor deve saber que, muitas vezes ocorre o rompimento dos níveis de suporte e 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 14 
resistência, sendo importante contar com estratégias para proteção do capital e também para 
aproveitar esses acontecimentos. Nesse contexto um ponto relevante é à força do suporte e 
resistência. Quanto mais vezes o mercado "bater e voltar" na linha, mais forte é a confiabilidade 
da barreira de preços. 
Aprenderemos no próximo capítulo um outro conceito importante relacionado com zonas de 
suporte e resistência que ajuda muito em nossas estratégias de investimentos: o Princípio da 
Inversão. 
5. O Padrão Piercing 
Candles estão entre as ferramentas de preços mais ágeis em gerar sinais importantes, tanto de 
reversão quanto de continuação de movimento. Quando prestamos atenção ao contexto no qual 
um determinado candle surge e combinamos suas informações com outras técnicas ocidentais os 
resultados são muito bons. 
Neste artigo vamos conhecer um padrão de reversão chamado piercing. Trata-se de um padrão 
altista que surge com alguma freqüência e possui características importantes que devemos 
conhecer para medir (pelo menos subjetivamente) sua confiabilidade. Como convenção neste 
artigo usaremos o período diário para explicar o padrão, mas ele é perfeitamente válido para 
intervalos de tempo maiores e também intraday. 
5.1 Identificando o Padrão 
O padrão piercing surge em um movimento baixista, necessitando de dois candles para sua 
formação: 
1. O primeiro é um candle de queda, normalmente com um corpo de tamanho grande em 
relação a suas sombras. Primeiro dia é completamente dominado pela força vendedora. 
2. O segundo é um candle de alta cujo valor de abertura é inferior ao fechamento do dia 
anterior (idealmente menor que a mínima). Apesar da abertura ruim para os compradores, 
durante o dia existe uma recuperação que resulta em um fechamento que avança 
bastante para "dentro" do corpo do candle do primeiro dia. 
5.1.1 Psicologia 
 
Com o forte dia de vendidos dominando e com o gap de baixa no segundo dia, cada vez mais 
apresenta um cenário onde os vendidos estão confiantes. No entanto, o segundo dia fecha o gap 
de baixa e invade metade do corpo do candle anterior sendo assim colocando em xeque sua 
tendência de baixa. 
Piercing de alta (Bullish Piercing Line) 
 
 
Figura 15: Piercing de alta (Bullish Piercing Line) 
 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 15 
 
5.1.2 Fatores de Reforço 
Existem alguns itens que intensificam a força do padrão: 
Quanto maior o grau deavanço melhor. Um piercing no qual o candle de alta passa de 80% do 
corpo do candle de queda é mais relevante do que outro em que essa penetração é de 50%. Se 
esse avanço for de 100% ou mais estaremos diante de um engolfo de alta. 
Se o segundo dia abre sob ou próximo de um suporte e o candle de alta faz com que o suporte 
não seja perdido. Isso mostra que os vendedores não tiveram força de vencer a pressão de 
compra daquela região e reforça a indicação de reversão do padrão. 
Volume considerável no segundo dia. 
Esses fatores são importantes, mas os dois últimos não são fundamentais. Existe, contudo, menos 
liberdade em relação ao primeiro (grau de avanço), sendo realmente desejável que essa 
penetração seja significativa. Se não houver um avanço de pelo menos 50% o padrão passa a 
ser classificado como um dos variantes (mais fracas) do piercing chamados de on-neck, in-neck e 
thrusting. 
Observe o gráfico da Embratel abaixo (EBTP4): 
 
Figura 16: Piercing de alta (Bullish Piercing Line) no Gráfico da EBTP4 
 
O mercado vem em queda com uma sucessão de candles baixistas (pretos na figura) e no dia 20 
de fevereiro, para satisfação dos vendedores, o mercado abre abaixo da mínima do pregão 
anterior. No entanto, ao longo do dia os preços iniciam uma recuperação que leva a um 
fechamento bem acima, penetrando fortemente no último candle de queda. Está formado o 
piercing, o qual foi o ponto de reversão para um belo rally na EBTP4. 
Lembre-se sempre de observar os candles no contexto em que surgem. O piercing, por exemplo, 
só possui validade após um movimento de queda. Os candles são uma linguagem de preços rica 
que pode contribuir bastante em suas estratégias. O piercing como outros padrões de candles 
possui o seu padrão oposto baixista, o dark- cloud (nuvem escura). 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 16 
 
Figura 17: Piercing de Alta no Gráfico da ELET6 
 
Figura 18: Piercing de Alta no Gráfico da SBSP3 
 
 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 17 
6. O Padrão Shooting Star (Bearish 
Shooting Star) 
Análise técnica trata de probabilidades. O analista desenvolve uma estratégia com base em certo 
número de ferramentas que são aplicadas aos gráficos, quando 2 ou mais dessas técnicas indicam 
a mesma direção às chances de sucesso aumentam. A maioria dos analistas que utilizam candles 
acaba sempre prestando atenção dobrada quando o padrão Shooting Star aparece, 
especialmente se ele surgir em conjunto com um sinal de topo da análise técnica ocidental. 
6.1 Características do Padrão 
A Shooting Star é um padrão de candle de 1 barra, ou seja, não é um dos chamados padrões 
compostos, os quais desenvolvem-se ao longo de 2, 3 ou até mais barras. A Shooting Star, ou 
estrela cadente, recebe esse nome porque ela lembra a estrela no horizonte com a cauda para 
cima. Ela é formada por um pequeno corpo localizado na parte inferior do candle com uma 
grande sombra na parte superior. 
Não existe regra definida para o tamanho da sombra, mas espera-se que seja de pelo menos 2 
vezes o tamanho do corpo. Como outros padrões do tipo estrela, a cor do corpo não é um fator 
muito importante, por isso está representado em cinza na figura abaixo: 
 
Figura 19: Shooting Star 
Como a maioria das formaçoes de candles, a Shooting é válida em qualquer tempo gráfico desde 
uma periodicidade Intraday até mensal, semanal, etc. Sendo um padrão que sinaliza topos (ou 
seja uma possível queda) ela deve surgir necessariamente após um movimento de alta. 
Assim, resumindo as característiscas do padrão: 
• Deve necessariamente vir após um movimento altista. 
• O corpo deve ser pequeno e na parte inferior, contrastando com uma grande sombra na 
parte superior. 
• É válida em qualquer tempo gráfico. Uma observação a ser feita, no entanto, é que em 
intervalos muito curtos como 5 minutos a efetividade tende a ser um pouco menor. 
6.1.1 Psicologia 
A longa sombra superior e o pequeno corpo formado pelo candle no fundo do movimento de alta 
causa preocupação nos comprados. Eles imaginam se é o final da tendência de alta e tomam 
precauções para proteger os seus ganhos. 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 18 
 
6.1.2 Utilização e Confluência 
No gráfico abaixo do índice Bovespa (IBOVESPA) está destacada uma Shooting Star: 
 
O mercado reage após chegar na região dos 20 mil pontos. O movimento de alta estabelecido 
começa a ser posto em dúvida com o surgimento da Shooting Star, indicando através de sua 
sombra que o mercado tentou, mas rejeitou novamente o nível de preços de aproximadamente 
23.370, confirmando a última resistência alcançada. 
Esse, inclusive, é um ponto importante. O máximo da Shooting estabelece uma nova 
resistência e quando o padrão se forma perto de uma resistência já conhecida (como no exemplo 
mostrado) a técnica de candles oriental está sendo confirmada por uma técnica da escola gráfica 
clássica, gerando uma confluência de sinais que aumentam em muito as probabilidades de uma 
reversão. 
Na figura abaixo um novo exemplo com a Telemar (TNLP4) próximo a uma Banda de Bollinger. 
Note que a Shooting possui uma pequena sombra inferior, por ser bastante reduzida em relação 
ao restante do candle ela não invalida o padrão. 
Figura 20: Shooting Star no Gráfico Ibovespa 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 19 
 
Figura 21: Shooting Star no Gráfico da TNLP4 
Procure sempre observar se a formação surge junto com resistências, linhas de tendência de baixa, 
limites de envelopes, bandas de bollinger e também em conjunto com osciladores em estado de 
sobrecompra como IFR, Estocástico, etc. Essas coincidências aumentam muito a confiabilidade. O 
artigo que trata de trades com canais mostra uma Shooting Star confirmando o limite superior do 
canal, os exemplos existem em grande quantidade e o mercado vai continuar criando novos 
continuamente. 
 
Figura 22: Shooting Star no Gráfico da PMAM4 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E 
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES 
 20 
 
7. O Padrão Engolfo 
Os padrões de engolfo de alta e de baixa são padrões de reversão de tendência que possuem uma 
confiabilidade significativa. Estão entre os padrões de candles mais "famosos". Como reconhecer 
um engolfo? Vamos lá, as características do engolfo de alta são: 
• Surge em uma tendência de baixa. 
• O primeiro dia do padrão é formado por um candle de baixa. 
• No segundo dia surge um candle de alta cuja abertura está abaixo da abertura do dia 
anterior e o fechamento acima do fechamento do dia anterior. O que acontece é que o 
corpo do segundo candle envolve (engolfa) o corpo do primeiro. 
O engolfo de baixa é similar com as diferenças esperadas: 
• Surge em uma tendência de alta. 
• O primeiro dia é um candle de alta. 
• O corpo do segundo dia (de baixa) engolfa o do primeiro dia. 
 
Figura 23: Engolfo’s Altista e Baixista 
7.1 Fatores que Fortalecem o Padrão 
O engolfo é um padrão de confiabilidade considerável, mas claro que, como todos os padrões de 
candles, a confiabilidade sofre influências do momento técnico total. Existem, no entanto, aspectos 
que sugerem um engolfo de maior força: 
• Surgir após movimento rápido (que pode ter deixado o mercado vulnerável a correções) 
ou após uma tendência longa (mercado sobrecomprado/sobrevendido). 
• O primeiro dia do padrão ser composto por um candle de corpo pequeno, o que pode 
indicar a existência de um balanço entre as forças de oferta e demanda e, portanto, o 
controle não é mais tanto dos vendedores/compradores quanto anteriormente.