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Magistratura e Sistemas de Seleção

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MAGISTRATURA: 
A Magistratura é um elemento essencial no Estado Democrático de Direito. É atribuído o nome de magistrado à pessoa que recebeu poderes da nação ou do governo central para governar ou administrar a justiça. Tal designação cabe aos desembargadores, ministros, juízes, administrador ou governador. O presidente da república é considerado o primeiro magistrado da nação, aquele que detém a mais alta autoridade política e administrativa. Popularmente, o termo é mais utilizado em meio à área jurídica, para se referir aos cargos de chefia dentro da hierarquia do poder judiciário.
O termo magistrado tem origem na língua latina, derivada da palavra magistratus, que por sua vez surgiu de magister, palavra que significa "chefe" ou "superintendente". A palavra latina magistratus tanto significa o cargo de governar (magistratura) como pessoa que governa (magistrado). Em suma, era um funcionário do poder público investido de autoridade. Na antiguidade eram diversos os magistrados, como os cônsules, os pretores, os censores, considerados magistrados maiores, e os edis e questores, os magistrados menores. Os magistrados são detentores do imperium, um poder absoluto anteriormente atribuído apenas aos reis, um poder de soberania, aos quais os cidadãos não podiam opor-se.
No mundo contemporâneo a palavra magistrado encontra-se fortemente associada ao exercício do poder judiciário. Os países cuja estrutura legal é baseada no Direito Romano (Itália, França, Alemanha, Espanha ou Portugal), têm no seu corpo de magistrados juízes e procuradores ou promotores. Tal noção de magistratura é desconhecida nos países que adotam a common law. No Brasil, os magistrados são tão somente os juízes, membros do Poder Judiciário, apesar de ambas as categorias (magistrados e membros do Ministério Público) gozarem das garantias constitucionais de vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos.
# SISTEMA SELETIVO ADOTADOS PARA O RECRUTAMENTO DE JUÍSES:
SISTEMA SELETIVO: O magistrado é escolhido por votação, ou seja, através do voto da população, como ocorre com os representantes do legislativo e do executivo. Essa prática era adotada no Brasil Colônia e em Roma. Método esse que ainda é adotado nos EUA e na Suíça. 
SISTEMA DE NOMEAÇÃO: O magistrado é indicado pelo chefe do Executivo, mediante proposta do Poder Legislativo ou do judiciário. É o sistema utilizado na Inglaterra. O Magistrado é escolhido por livre nomeação do Executivo, dependendo da aprovação do Judiciário, ou a escolha é do próprio Judiciário, ou então, como na França e na Itália, a escolha se dá por órgão especial de composição mista, incluindo advogados. Também é utilizado no Brasil para preenchimento de 1/5 vagas nos Tribunais de Justiça dos estados - escolha do governador – e nos Tribunais Superiores(STJ e STF) – escolha do presidente da república.
SISTEMA DE CONCURSO PÚBLICO: O ingresso na magistratura se dá através de concursos públicos de provas e títulos, com os melhores candidatos preenchendo as vagas existentes. É obrigatória a presença de um membro da OAB na Banca Examinadora do Concurso.
ATIVISMO JUDICIAL:
É evidente que não podemos falar do ativismo judicial sem falarmos da judicialização, pois são temas que se entrelaçam e algumas vezes se confundem. O ativismo judicial é uma atitude, ou melhor, uma escolha de um modo específico e proativo que o Poder Judiciário possui de interpretar a Constituição, muitas vezes, expandindo seu sentido e seu alcance.
Assim, podemos observar o ativismo judicial, por exemplo, nas situações que envolvem o Poder Legislativo (classe política) e a sociedade civil, principalmente quando nessa relação as demandas sociais não venham ser atendidas efetivamente. Fica claro que o ativismo judicial é uma tentativa do Poder Judiciário de ter uma participação mais ampla e intensa na concretização de fins constitucionais, com maior interferência no espaço de atuação dos outros poderes.
Sob uma ótica mais garantista, podemos dizer que o ativismo judicial é um importante elemento no desenvolvimento dos direitos fundamentais no Brasil. Contudo, tal atividade deve estar balizada em critérios compatíveis com o principio da divisão dos poderes, com as normas constitucionais e com o principio democrático.
JUDICIALIZAÇÃO;
Não é difícil de perceber que não só atualmente, mas ao longo da história, o Poder Judiciário tem sido muito aplaudido e também bastante criticado por suas tomadas de decisões, especialmente quando estas envolvem questões de cunho político, de implementação de políticas públicas ou escolhas morais em temas controversos na sociedade.
A judicialização, portanto, significa que algumas questões de grande repercussão política ou social estão sendo resolvidas pelo Poder Judiciário, e não pelas instâncias políticas tradicionais, como Congresso Nacional e Poder Executivo. Assim, a judicialização, no contexto brasileiro, é um fato, uma circunstância que decorre do modelo constitucional que se adotou, e não um exercício deliberado de vontade política.
Importante destacar que na judicialização, o Poder Judiciário é devidamente provocado a se manifestar e o faz nos limites dos pedidos formulados. O tribunal não tem a alternativa de conhecer ou não das ações, de se pronunciar ou não sobre o seu mérito, uma vez preenchidos os requisitos de cabimento.
A judicialização não decorreu de uma opção ideológica ou filosófica do Judiciário, pois esse decide em cumprimento, de modo estrito, ao ordenamento jurídico vigente.
ARTIGO 95 P.U DA CF/88: OS JUÍZES GOZAM DAS SEGUINTES GARANTIAS
 I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
 II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
 III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
 Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
 I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
 II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
 III - dedicar-se a atividade político-partidária;
 IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
 V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

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