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MÓDULO I FISIOLOGIA

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PROBLEMA 1 – INTRODUÇÃO À FISIOLOGIA [Linda]
1 – MP: constituição, fisiologia e fatores que influenciam sua funcionalidade
2 – Mecanismos de transporte pela membrana
3 – Potencial de ação nos neurônios e células musculares (relação com os macrominerais)
4 – Hipocalemia e hiponatremia 
1 – VOLUME E COMPOSIÇÃO DOS FLUIDOS CORPÓREOS
DISTRIBUIÇÃO DA ÁGUA NOS COMPARTIMENTOS LÍQUIDOS DO CORPO
• A água corporal se distribui entre dois compartimentos líquidos principais do organismo: o LIC e o LEC.
• O LIC está contido no interior das células (2/3) e o LEC fora das células (1/3 da água corporal).
• LIC e LEC são separados pelas membranas celulares.
• O LEC é, ainda, dividido em dois compartimentos: plasma e líquido intersticial.
• Plasma: é o líquido que circula nos vasos sanguíneos.
• Líquido intersticial: é o líquido que realmente banha as células.
• Plasma e líquido intersticial são separados pela parede capilar.
• O líquido intersticial é ultrafiltrado de plasma, formado pelos processos de filtração através da parede capilar.
• A parede capilar é impermeável às proteínas plasmáticas, assim, a fração do proteica do LI é pequena ou nula.
COMPOSIÇÃO DOS COMPARTIMENTOS LÍQUIDOS DO CORPO
ELETRONEUTRALIDADE DOS LÍQUIDOS DO CORPO
• Cada compartimento líquido do corpo deve obedecer ao princípio da eletroneutralidade.
• Ou seja, cada compartimento deve ter a mesma concentração em mEq/L de cargas + (cátions) e - (ânions).
COMPOSIÇÃO DO LIC E DO LEC
• O principal cátion do LEC é o sódio (Na+) e os ânions que o contrabalançam são o cloreto e o bicabornato (HCO3-).
• Os principais cátions do LIC são o potássio (K+) e o magnésio (Mg2+), e os ânions contrabalanceadores, as proteínas e os fosfatos orgânicos.
• A concentração total de solutos (osmolaridade) é a mesma no LIC e no LEC.
• Essa igualdade é produzida porque a água flui livremente pelas membranas celulares (osmose).
Criação de diferenças de concentração através de membranas celulares
• As diferenças da concentração de solutos através das membranas celulares são criadas e mantidas por mecanismos de transporte ativos, consumidores de energia, localizados nas membranas celulares.
• O mais conhecido desses mecanismos é a bomba Na+-K+ ATPase (bomba de sódio-potássio), que transporta Na+ do LIC para o LEC e, simultaneamente, K+ do LEC para o LIC.
• Tanto Na+, quanto K+, são transportados contra seus respectivos gradientes eletroquímicos.
• Por isso, é necessário ATP como fonte de energia.
• Essa bomba é responsável pela baixa concentração intracelular de Na+ e pela alta concentração de K+ intracelular.
• Da mesma forma, a concentração intracelular de Ca2+ é mantida em nível muito menor do que a concentração extracelular, por uma bomba de cálcio (Ca2+ ATPase), que bombeia o cátion contra seu gradiente eletroquímico.
• Além dos transportadores que usam, diretamente, o ATP, outros estabelecem diferenças de concentração através da membrana celular, utilizando o gradiente de concentração transmembranico de Na+, como fonte de energia.
• Esses transportadores criam gradientes de concentração para glicose, aminoácidos, Ca2+ e H+ sem a utilização direta de ATP.
2 – CARACTERÍSTICAS DAS MEMBRANAS CELULARES
• São compostas por lipídios e proteínas.
• Componente lipídico: é formado por fosfolipídios, colesterol e glicolipídios e é responsável pela alta permeabilidade das membranas celulares a substancias lipossolúveis, como o O2, o CO2, os AGs e os esteroides.
• É responsável pela baixa permeabilidade das membranas a substancias hidrossolúveis como íons, glicose e AAs.
• Componente proteico: composto por transportadores, enzimas, receptores de hormônios, e canais de íons e água.
Componente fosfolipídico das membranas celulares
• Os fosfolipídios são compostos por esqueleto de glicerol fosforilado (cabeça) e duas caudas de ácidos graxos.
• O esqueleto de glicerol (cabeça) é hidrofílico (solúvel em água)
• As caudas doas ácidos graxos são hidrofóbicas (insolúvel em água)
• Assim, as moléculas de fosfolipídios apresentam propriedades hidrofóbicas e hidrofílicas e são anfipáticas.
• Os fosfolipídios se orientam de modo que as caudas de AG fiquem frente a frente e as cabeças de glicerol se distanciam uma das outras, se dissolvendo nas soluções aquosas do LIC e do LEC.
• Essa orientação cria a bicamada lipídica.
Componente proteico das membranas celulares
• As proteínas das membranas celulares podem ser integrais ou periféricas, dependendo de como atravessam ou estão presentes em apenas um lado.
• A distribuição das proteínas, em uma bicamada fosfolipídica, é chamada de modelo mosaico fluido.
Proteínas integrais da membrana:
• Estão incrustadas na membrana celular, ancoradas por interações hidrofóbicas.
• Algumas proteínas integrais podem ser transmembrânicas, ou seja, que atravessam a membrana uma ou mais vezes, ficando em contato com o LIC e com o LEC.
EX: receptores de ligantes (p.ex: de hormônios ou neurotransmissores), proteínas transportadoras (Na+-K+ ATPase), poros, canais iônicos e proteínas G.
• Outras proteínas integrais estão incrustadas na membrana, mas não a atravessam.
Proteínas periféricas da membrana:
• Não estão incrustadas na membrana e não estão covalentemente ligadas a componentes dela.
• Estão frouxamente ligadas à face intra ou extracelular da membrana, por meio de interações eletrostáticas e podem ser removidas por tratamentos moderados que rompem ligações iônicas e pontes de hidrogênio.
3 – TRANSPORTE ATRAVÉS DAS MEMBRANAS CELULARES
• As substancias podem ser transportadas seguindo seu gradiente eletroquímico (transporte passivo) ou contra esse gradiente eletroquímico (transporte ativo).
• O transporte passivo ocorre por difusão, simples ou facilitada, e não requer o uso de energia metabólica.
• O transporte ativo pode ser primário ou secundário.
• O primário requer fonte direta de energia metabólica e o secundário requer fonte indireta de energia metabólica.
• A difusão simples é a única forma de transporte que não é mediada por carreadores.
• A difusão facilitada, o transporte ativo primário e o secundário envolvem proteínas integrais da membrana e são denominados transportes mediados por carreador.
• Os transportes mediados por carreador compartilham três características:
1 – SATURAÇÃO:
• As proteínas carreadoras apresentam número limitado de sítios de ligação para o soluto.
• Em baixas concentração do soluto, muitos sítios de ligação estão disponíveis e, assim, a intensidade do transporte aumenta à medida que a quantidade de soluto é aumentada.
• Porém, em altas concentrações de soluto, a disponibilidade dos sítios de ligação diminui, bem como a intensidade do transporte;
• Por fim, quando todos os sítios de ligação estão ocupados, ocorre a saturação no ponto denominado Transporte Máximo (Tm) 
2 – ESTEROESPECIFICIDADE: Os sítios de ligação de soluto, nas proteínas transportadoras, são esteroespecíficos para determinados tipos de soluto.
3 – COMPETIÇÃO:
• Embora os sítios de ligação dos solutos transportados sejam bastante específicos, podem reconhecer, se ligar a, e, até mesmo, transportar solutos quimicamente relacionados.
• O transportador de glicose, por exemplo, é específico para a D-glicoe, mas, também, reconhece e transporta um açúcar bastante semelhante, a D-galactose.
• Assim, a presença de D-galactose inibe o transporte de D-glicose, ocupando alguns dos sítios de ligação e tornando-os indisponíveis para a glicose.
DIFUSÃO SIMPLES
Difusão de não eletrólitos
• Ocorre como resultado d movimentação térmica aleatória das moléculas.
• Duas soluções (Fig 1-5. p7. Linda), A e B, são separadas por membrana que é permeável ao soluto.
• A concentração de soluto em A é, inicialmente, o dobre de B.
• As moléculas de soluto estão em movimentação constante, com igual probabilidade de uma dada molécula atravessar a membrana e chegar à outra solução.
• Uma vez que existem duas vezes mais moléculas de soluto na solução A do que na B, há maior movimentação de moléculas de A para B,do que de B para A.
• Assim, a difusão efetiva de soluto de A para B continua até que as concentrações do soluto, nas duas soluções, se igualem (embora a movimentação aleatória de moléculas continue para sempre.
• A difusão efetiva do soluto é denominada fluxo e depende do valor do gradiente de concentração.
Difusão de eletrólitos
• Quando o soluto em difusão é um íon ou eletrólito, existem duas outras consequências da presença de carga.
• Primeiro, se existe uma diferença de potencial através da membrana, ela altera a intensidade total da difusão de soluto com carga.
• A difusão do íon K+, por exemplo, será mais lenta caso a difusão ocorra em área de carga positiva e mais rápida em área de carga negativa.
• Esse efeito da diferença de potencial pode aumentar ou anular os efeitos das diferenças de concentração, dependendo da orientação da diferença de potencial e da carga do íon em difusão.
• Caso o gradiente de concentração e o efeito de cargas estejam na mesma direção, através da membrana, serão somados.
• Se forem orientados em direções opostas, podem cancelar um ao outro.
• Além disso, quando um soluto carga se difunde segundo seu gradiente de concentração, a difusão pode, por si só, criar uma diferença de potencial através da membrana, denominado potencial de difusão. 
DIFUSÃO FACILITADA
• Como a difusão simples, a difusão facilitada ocorre seguindo um gradiente de potencial eletroquímico.
• Assim, não requer o uso de energia metabólica.
• Diferentemente da difusão simples, porém, a difusão facilitada usa um carreador de membrana.
• Devido a este fato, ela exibe todas as características do transporte mediado por carreador: saturação, competição e esteroespecificidade.
• Em baixa concentração de soluto, a difusão facilitada é caracteristicamente, mais rápida do que a difusão simples, devido à função do carreador.
• Porém, em concentrações mais altas, os carreadores ficam saturados e a difusão facilitada é menor.
• Por outro lado a difusão simples continua enquanto existir gradiente de concentração de soluto.
• Um exemplo de difusão facilitada é o transporte de D-glicose na musculatura esquelética e nas células adiposas pelo transportador GLUT4.
• O transporte de glicose pode ocorrer enquanto a concentração sanguínea da molécula for maior do que sua concentração intracelular e os carreadores não tenham sido saturados.
TRANSPORTE ATIVO PRIMÁRIO
• No transporte ativo, um ou mais solutos se movem contra um gradiente eletroquímico potencial.
• O soluto se move de área de baixa concentração (ou baixo potencial eletroquímico) para área de alta concentração (ou alto potencial eletroquímico).
• No processo, o ATP é hidrolisado a ADP e fosfato inorgânico (Pi), liberando energia do fosfato terminal.
• Quando o ATP, como fonte energética, é diretamente acoplado ao processo de transporte, é denominado transporte ativo primário.
• Exemplos de transporte ativo primário:
Na+-K+ ATPase (Bomba de sódio-potássio)
• A bomba de sódio potássio está presente nas membranas de todas as células.
• Ela bombeia Na+ do LIC para o LEC e K+ doLEC para o LIC.
• Cada íon se move contra seu respectivo gradiente eletroquímico.
• Geralmente, para cada 3 Na+ lançados para fora da célula, dois K+ são bombeados para dentro.
• Assim, a cada ciclo da bomba, mais carga positiva é tirada da célula do que nela é colocada.
• Assim, o processo é denominado eletrogênico, já que cria separação de carga e diferença de potencial.
• A bomba de sódio-potássio é responsável pela manutenção dos gradientes de concetração desses íons, através das membranas celulares, mantendo a concentração intracelular de sódio baixa e a concentração intracelular de K+ elevada.
• A bomba de sódio potássio alterna entre dois estados conformacionais principais: E1 e E2.
• No estado E1, os sítios de ligação de Na+ e K+estão voltados para o líquido intracelular e a enzima tem alta afinidade por Na+
• No estado E2, os sítios de ligação de Na+ e K+ estão voltados para o líquido extracelular e a enzima tem alta afinidade por K+.
• O ciclo de transporte é inicado com a enzima no estado E1, ligada ao ATP.
• Nesse estado, os sítios de ligação iônica enfrentam o líquido intracelular e a enzima tem alta afinidade por Na+.
• Três íons Na+ se ligam, o ATP é hidrolisado e o fosfato terminal do ATP é transferido da enzima, produzindo estado de alta energia E1-P.
• Agora, ocorre mudança conformacional e a enzima passa de E1-P para E2-P.
• No estado E2, os sítios de ligação iônica enfrentam o líquido extracelular, a finidade por Na+ é baixa e por K+ é alta.
• Os três íons de Na+ são liberados da enzima no LEC, dois íons K+ se ligam e o fosfato inorgânico é liberado de E2.
• A enzima, agora, se liga ao ATP intracelular e passa por outra grande mudança conformacional, retornando ao estado E1.
• Os dois íons K+ são liberados no LIC e a enzima está pronta para outro ciclo.
Ca2+ ATPase (Bomba de cálcio)
• A maioria das membranas celulares contém uma bomba de cálcio (chamadas PMCA)
• A função dessa bomba é retirar o Ca2+ da célula contra seu gradiente eletroquímico.
• Um íon Ca2+ é retirado para cada ATP hidrolisado.
• A bomba de cálcio é responsável, em parte, por manter a concentração de cálcio muito baixa.
• Além disso, o RS das células musculares e o RE das outras células contem variantes da Ca2+ ATPase, que bombeiam dois Ca2+ do LIC para seu interior, sequestrando os íons (chamadas SERCA).
• No estado E1, a PMCA apresenta alta afinidade por Ca2+ no lado intracelular e ocorre alteração para o estado conformacional E2, que possui baixa afinidade por cálcio e o libera no lado extracelular.
• Na SERCA, o estado E1 se liga ao cálcio no lado intracelular e o estado E2 o libera no lúmen do RE ou RS.
H+-K+ ATPase (bomba de hidrogênio-potássio)
• A H+-K+ ATPase é encontrada nas células parietais da mucosa gástrica e nas células alfa-intercaladas do ducto coletor renal.
• No estomago, a bomba de hidrogênio potássio bombeia H+ do LIC das células parietais para o lúmen do estomago, onde o íon acidifica o conteúdo gástrico.
OBS: Omeprazol, um inibidor da H+-K+ ATPase gástrica é utilizado para reduzir a secreção de H+ no tratamento de algumas úlceras pépticas.
TRANSPORTE ATIVO SECUNDÁRIO
• Os processo de transporte ativo secundário são aqueles em que o transporte de dois ou mais solutos é combinado.
• Um destes solutos, geralmente Na+, se move na direção do gradiente eletroquímico e o outro se move contra.
• O movimento do Na+ a favor do gradiente de eletroquímico, fornece energia para a movimentação do outro soluto.
• Assim, a energia metabólica, sob a forma de ATP, não é diretamente usada, mas é indiretamente suprida pelo gradiente de concentração de Na+, através da membrana celular.
OBS: o gradiente de Na+ é criado pela bomba de sódio potássio, que utiliza ATP para isso.
• O nome transporte ativo secundário se refere à utilização indireta de ATP como fonte de energia.
• A inibição da Na+-K+ ATPase diminui o transporte de Na+ do LIC LEC, reduzindo seu gradiente transmembrana.
• Assim, todos os processos de transporte ativo secundários são diminuídos pelos inibidores da Na+-K+ ATPase, já que sua fonte de energia, o gradiente de Na+, é diminuída.
• Existem dois tipos de transporte ativo secundário, distinguíveis pela direção do movimento uphill (contra o gradiente de concentração) do soluto.
OBS: downhill = na direção do gradiente eletroquímico.
COTRANSPORTE/SIMPORTE
• Todos os solutos são transportados na mesma direção, através da membrana celular.
• O Na+ se move para a célula, seguindo seu gradiente eletroquímico.
• Os solutos cotransportados com o Na+ também se movem para dentro das células.
• O cotransporte está envolvido em diversos processos fisiológicos (principalmente nos túbulos renais).
• Em todos esses processos, o gradiente de Na+ estabelecido pela Na+-K+ ATPase é usado no transporte de solutos como glicose, aminoácidos, K+ ou Cl-, contra seus gradientes eletroquímicos.
EX: Quando o Na+ e aglicose estão presentesno lúmen do intestino delgado, se ligam ao co-transportador. A proteína co-transportadora gira e libera o Na+ e a glicose no interior da célula, onde, subsequentemente, ambos os solutos serão bombeados para o sangue (glicose por difusão facilitada e sódio pela Na+-K+ ATPase).
OBS: Na ausência de glicose ou de sódio no lumen intestina, o co-transportador não pode fazer a rotação. Assim, ambos os solutos são necessários e nenhum deles pode ser transportado na ausência do outro.
CONTRATRANSPORTE/ANTIPORTE ou TROCA:
• No antiporte os solutos se movem em direções opostas através da membrana celular.
• O Na+ se move para dentro das células, seguindo seu gradiente eletroquímico.
• Os solutos que são contratransportados ou trocados por Na+ se movem para fora das células.
• O contratransporte é ilustrado pela troca de Na+-Ca2+ e pela troca de Na+-H+.
• Como no simporte, o processo usa o gradiente do Na+, estabelecido pela Na+-K+ ATPase como fonte de energia.
• O Na+ se move na direção do seu gradiente eletroquímico e o Ca2+ ou H+ se move contra esse gradiente.
• A troca de Ca2+-Na+ é um dos mecanismos de transporte que, junto com a Ca2+ ATPase, ajuda a manter a concentração de Ca2+ no LIC muito baixa.
• O processo é ativo, já que o Ca2+ está mais concentrado no LEC e se move contra seu gradiente eletroquímico.
• A proteína deve se ligar ao Ca2+ no lado intracelular da membrana e, simultaneamente, ao Na+ no lado extracelular.
• Assim, a proteína de troca gira e leva o Ca2+ para fora e o Na+ para dentro da célula.
• De um modo geral, 3 íons Na+ entram e 1 íon Ca2+ saem da célula (eletrogênico).
 OSMOSE
• É o fluxo de água através da membrana semipermeável, devido às diferenças de concentração dos solutos.
• As diferenças de concentração de solutos impermeáveis estabelecem diferenças de pressão osmótica, que é a força que faz com que a água flua por osmose.
• A osmose não corresponde à “difusão” da água. 
• A osmose da água ocorre mais rapidamente do que a difusão da água.
• A osmose ocorre devido à diferença de pressão da água, enquanto a difusão ocorre devido à diferença de concentração da água.
Osmolaridade:
• Osmolaridade de uma solução é sua concentração de partículas osmoticamente ativas (solutos).
• Quando duas soluções apresentam a mesma osmolaridade, são denominadas isosmóticas.
• Quando apresentam osmolaridades diferentes, a de maior osmolaridade é chamada hiperosmótica e a de menor osmolaridade é chamada de hiposmótica.
Pressão osmótica
• A pressão osmótica é que faz a água se mover de um meio hiperosmótico para um hiposomótico.
• Quando duas soluções separadas por membrana semipermeável apresentam a mesma pressão osmótica efetiva, são isotônicas, ou seja, não ocorre o fluxo de água entre elas, já que não tem diferença de pressão osmótica através da membrana.
• Quando duas soluções tem pressões osmóticas diferentes, a com menor pressão é a hipotônica e com maior pressão é hipertônica.
OBS: A água flui da solução hipotônica para a solução hipertônica.
POTENCIAIS DE DIFUSÃO E DE EQUILÍBRIO
Canais Iônicos
• São proteínas integrais de membrana que, quando abertos, permitem a passagem de certos íons.
• Assim, os canais iônicos são seletivos e permitem que íons com características específicas se movam por eles.
• Essa seletividade é baseada na dimensão do canal e nas cargas que o recobrem.
EX: canais recobertos com cargas negativas, por exemplo, permitem a passagem de cátions, mas não a de ânions. Ou ainda, com base no tamanho do íon, um canal seletivo de cátions, recoberto com cargas negativas, pode permitir a passagem de sódio, mas não de K+.
• Os canais iônicos são controlados por comportas, que se abrem ou se fecham.
• Quando o canal está aberto, os íons, selecionados, podem fluir por ele, seguindo o gradiente eletroquímico.
• A condutância do canal depende da probabilidade de estar aberto, quanto maior essa probabilidade, maior a condutância ou permeabilidade.
• Dois tipos de comportas controlam a abertura e o fechamento dos canais iônicos:
- Canais voltagem-dependentes: abrem e fecham em resposta às alterações do potencial de membrana.
- Canais ligante-dependentes: abrem e fecham em resposta à ligação de hormônios, neurotransmissores e segundos mensageiros.
Canais voltagem-dependentes
• Suas comportas são controladas por alterações do potencial de membrana.
• A comporta de ativação, no canal neural de Ca2+, por exemplo, é aberta pela despolarização da membrana da célula nervosa.
• A abertura desse canal é responsável pela deflexão inicial do potencial de ação.
• Outra comporta, no canal de Na+, a comporta de inativação, é fechada pela despolarização.
• Uma vez que a comporta de ativação responde mais rapidamente à despolarização do que a comporta de inativação, o canal de Na+, primeiro, abre, para fechar em seguida.
• Essa diferença, no tempo de respostas das duas comportas, é responsável pela forma e decurso temporal do potencial de ação.
Canais ligante-dependentes
• Têm comportas controladas por hormônios, neurotransmissores e segundos mensageiros.
• O receptor nicotínico, na placa motora, por exemplo, é, na verdade, um canal iônico que se abre com a ligação da acetilcolina e que, quando aberto, fica permeável aos íons Na+ e K+.
Potenciais de Difusão
• O potencial de difusão é a diferença de potencial, gerada através de uma membrana, quando soluto carregado se difunde por seu gradiente de concentração.
• O potencial de difusão, portanto, é causado pela difusão dos íons.
• Assim, o potencial de difusão só pode ser gerado se a membrana for permeável ao íon.
• A grandeza do potencial de difusão, medida em milivolts mV, depende da intensidade do gradiente de concentração, que é a força propulsora.
Potenciais de Equilíbrio
• O potencial de equilíbrio é a extensão do conceito do potencial de difusão.
• Quando ocorre diferença de concentração de um íon, se a membrana é permeável ao íon, é criada uma diferença de potencial (potencial de difusão).
• Por fim, a difusão do íon fica mais lenta e é então interrompida devido a essa diferença de potencial.
• Em outras palavras, se um cátion se difunde por seu gradiente de concentração, carreia uma carga positiva, o que retarda e, por fim, interrompe a maior difusão do cátion.
• O potencial de equilíbrio é o potencial de difusão que, se opõe à tendência de difusão.
• No equilíbrio eletroquímico, as forças propulsoras quyímicas e elétricas atuantes sobre o íon são iguais e opostas, e não mais ocorre difusão efetiva, seguindo a diferença de concentração.
EX: p. 16 - Linda
• Duas soluções separadas por membrana permeável ao Na+, mas não ao Cl-.
• A concentração de NaCl é maior na solução 1 que na solução 2.
• O íon Na+ se difunde seguindo seu gradiente de concentração, da solução 1 para a 2.
• Como o Cl- não é permeável, ele não se difunde.
• Devido a esse movimento de cargas positivas para a solução 2, ocorre desenvolvimento de potencial de difusão de Na+ e a solução 2 passa a ser positiva em relação à 1.
• Essa positividade da solução 2 se opõe à maior difusão de Na+ e, por fim, impede a difusão efetiva.
• A diferença de potencial que equilibra a tendência do Na+ se difundir é o potencial de equilíbrio do Na+
• Forças químicas e elétricas, sobre o Na+ iguais e opostas = diz-se que esse íon está em equilíbrio eletroquímico.
Potencial de Membrana em Repouso
• É a diferença de potencial existente através da membrana das células excitáveis, como neurônios e miócitos, no período entre os potenciais de ação (repouso).
OBS: A convenção é referir o potencial intracelular com relação ao potencial extracelular.
• O potencial de membrana em repouso é estabelecido por potenciais de difusão, resultantes das diferenças de concentração dos diversos íons pela membrana que foram estabelecidas por mecanismos de transporte ativo primário e secundário.
•O potencial de membrana em repouso das células excitáveis fica de -70mV a -80mV.
POTENCIAIS DE AÇÃO [Fig. 1-13 – p.19 – Linda]
• É o fenômeno das célulasexcitáveis (neurônios e miócitos) e consiste na rápida despolarização, seguida pela Repolarização do potencial de membrana.
• É o mecanismo básico de transmissão de informação no sistema nervoso e em todos os tipos de músculo.
TERMINOLOGIA
• A seguinte terminologia é usada na discussão do potencial de ação, dos períodos refratários e da propagação dos potenciais de ação:
DESPOLARIZAÇÃO:
• É o processo de fazer a membrana menos negativa.
• O potencial de membrana em repouso normal das células excitáveis é orientado com o interior da célula negativo.
• A despolarização faz com que o interior da célula fique menos negativo ou, até mesmo, positivo.
HIPERPOLARIZAÇÃO: É o processo de torna o potencial de membrana mais negativo.
CORRENTE DE INFLUXO:
• É o fluxo de cargas positivas para o interior da célula
• Assim, as correntes de influxo despolarizam o potencial de membrana.
EX: entrada de Na+ para dentro da célula, durante a deflexão do potencial de ação.
CORRENTE DE EFLUXO
• É o fluxo de cargas positivas para fora da célula.
• As correntes de efluxo hiperpolarizam o potencial de membrana.
EX: corrente de efluxo do K+ para fora da célula durante a fase de Repolarização do potencial de ação.
POTENCIAL LIMIAR:
• É o potencial de membrana onde a ocorrência do potencial de ação é inevitável.
• Uma vez que o potencial limiar é menos negativo que o potencial de membrana em repouso, a corrente de influxo é necessária para despolarizar o potencial de membrana até o limiar.
• No potencial limiar, a corrente total influxo [p.ex., Na+) fica maior que a corrente total efluxo (p.ex., K+) e a despolarização resultante se torna autossustentada, originando a fase ascendente do potencial de ação.
OBS: se a corrente total influxo for menor que a corrente total efluxo, a membrana não será despolarizada até o limiar e não ocorrerá o potencial de ação.
Pico do potencial de ação: é a porção do potencial de ação onde o potencial de membrana é positivo.
Pós-potencial hiperpolarizante: É a porção do potencial de ação, após Repolarização, quando o potencial de membrana fica realmente mais negativo do que em repouso.
Período refratário: É o período em que outro potencial de ação normal não pode ser iniciado em célula excitável. Os períodos refratários podem ser absolutos ou relativos.
Características dos Potenciais de Ação
• Os potenciais de ação apresentam três características importantes:
Amplitude e formato estereotípicos: Cada potencial de ação normal de tipo celular dado parece idêntico, despolariza no mesmo potencial e repolariza no mesmo potencial de repouso.
Propagação:
• O potencial de ação, em um sítio, provoca a despolarização dos sítios adjacentes, trazendo-os ao limiar.
• A propagação dos potenciais de ação de um sítio para o outro não os diminui.
Resposta tudo ou nada:
• O potencial de ação ocorre ou não ocorre.
• Se a célula excitável é despolarizada até o limiar, no modo normal, a ocorrência do potencial de ação é inevitável.
• Se a membrana não for despolarizada até o limiar, não ocorre potencial de ação.
• Na verdade, se o estímulo for aplicado durante o período refratário, o potencial de ação não ocorre ou apresenta amplitude e formatos diferentes.
BASE IÔNICA DO POTENCIAL DE AÇÃO
• O potencial de ação é a despolarização rápida, seguida pela Repolarização de volta ao potencial de membrana de repouso.
• A figura 1-13 ilustra os eventos do potencial de ação no sistema nervoso e na musculatura esquelética que ocorrem nos seguintes passos:
1 – Potencial de membrana de repouso:
• Em repouso, o potencial de membrana é de, aproximadamente, -70mV (interior da célula negativo).
• A condutância de K+ é alta.
• Os canais de K+ estão quase todos completamente abertos, permitindo que esses íons saiam da célula seguindo o gradiente de concentração existente.
• A difusão cria um potencial de difusão de K+, que leva o potencial de membana até o potencial de equilíbrio de K+.
• A condutância do Cl- (não mostrada) também é alta, e, em repouso, esse íon está próximo de seu equilíbrio eletroquímico.
• Em repouso, a condutância de Na+ é baixa e, assim, o potencial de membrana de repouso está longe do potencial de equilíbrio desse íon.
2 – Deflexão inicial do potencial de ação:
• Uma corrente de influxo, que é, em geral, o resultado da corrente decorrente de potenciais de ação de sítios adjacentes, provoca a despolarização da membrana da célula nervosa até o limiar, o que ocorre em, aproximadamente, -60mV.
• Essa despolarização inicial provoca a rápida abertura das comportas de ativação dos canais de Na+ voltagem-dependentes, aumentando, rapidamente, a condutância desse íon, que ultrapassa a do K+.
• O aumento da condutância do Na+ aumenta a corrente de influxo do íon.
• O potencial da membrana é ainda mais despolarizado mas não chega a atingir o potencial de equilíbrio do Na+, de +65mV.
3 – Repolarização do potencial de ação:
• A deflexão inicial terminou, e o potencial de membrana é repolarizado até o nível de repouso, como resultado de dois eventos:
(1) As comportas de inativação dos canais de Na+ respondem à despolarização, se fechando, mas essa resposta é mais lenta do que a abertura das comportas de ativação. Assim, após certo retardo, as comportas de inativação fecham os canais de sódio, terminando a deflexão inicial.
(2) A despolarização abre canais de potássio, aumentando a condutância desse íon até valor ainda maior do que o observado em repouso. 
• O efeito combinado do fechamento dos canais de Na+ e da maior abertura dos canais de K+ faz com que a condutância desse último seja muito maior do que a do primeiro.
• Assim, ocorre o estabelecimento de corrente de efluxo de K+ e a membrana é repolarizada.
4 – Pós-potencial hiperpolarizante:
• Por um breve período de tempo, após a Repolarização, a condutância de K+ é maior do que em repouso e o potencial de membrana se aproxima do potencial de equilíbrio de K+.
• Por fim, a condutância do K+ retorna ao nível de repouso e o potencial de membrana passa por pequena despolarização, retornando ao valor de repouso.
• A membrana, agora, está pronta para, se estimulada, gerar outro potencial de ação.
Períodos Refratários
• Períodos nos quais as células excitáveis são incapazes de produzir potenciais de ação normais.
Período refratário absoluto:
• Se sobrepõe, quase completamente, à duração do potencial de ação.
• O potencial de ação não pode ser provocado.
• Isso ocorre devido ao fechamento das comportas de inativação do canal de Na+ em resposta à despolarização.
Período refratário relativo
• Período que começa ao fim do período refratário absoluto, durante o período hiperpolarizante.
• Pode ser provocado potencial de ação, desde que a corrente despolarizante seja maior que a usual.
Acomodação:
• Quando a célula nervosa ou muscular é lentamente despolarizada ou mantida em nível despolarizado, o potencial limiar usual pode ocorrer sem que seja disparado potencial de ação.
• Assim, ocorre porque a despolarização fecha as comportas de inativação nos canais de na+.
• Quando a despolarização é muito lenta, os canais de Na+ se fecham e assim permanecem.
• A deflexão inicial do PA não pode ocorrer porque não há canais de sódio suficientes para carrear a corrente influxo.
EX: Na HIPERCALEMIA, a alta concentração extracelular de K+ sustenta uma despolarização da membrana em repouso, fechando as comportas de inativação de Na+
Propagação dos Potenciais de Ação
• A propagação dos potenciais de ação pela fibra nervosa ou muscular ocorre por meio da dispersão de correntes locais das regiões ativas para as inativas adjacentes.
EX: os potenciais de ação começam no segmento inicial do axônio mais próximo ao corpo da célula, que é despolarizado e dispara o potencial de ação. Como resultado da corrente influxo de Na+, o pico do potencial de ação, a polaridade do potencial de membrana é revertida e o interior da célula se torna negativo. A região adjacente do axônio continua inativa, com seu interior celular negativo, até queno sítio ativo, as cargas positivas, no interior da célula, fluam em direção às cargas negativas no sitio inativo adjacente. Assim a região adjacente sofre uma despolarização e a região ativa original é repolarizada, voltando ao potencial de membrana de repouso e restaurando a sua polaridade negativa interior [Fig 1-15 – p.23 – Linda].
PROBLEMA 2 – SISTEMA NERVOSO [Linda] SINAPSES LINDA p.25
1 – Sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático e suas funções
2 – Receptores nos órgãos efetores e seus mecanismos de ação
3 – Patologias relacionadas ao SNAS e SNAP
INTRODUÇÃO
• O sistema nervoso motor tem dois componentes: o somático e o autônomo.
• O SNS é o sistema motor voluntário.
• Cada uma de suas vias é composta por motoneurônio único e as fibras musculares esqueléticas por ele inervadas.
• O corpo celular do motoneurônio fica no sistema nervoso central, no tronco cerebral ou na medula espinhal, e seus axônios estabelecem sinapses, diretamente, na musculatura esquelética, que é o órgão efetor.
• O neurotransmissor acetilcolina (ACh) é liberado pelos terminais pré-sinápticos dos motoneurônios e ativa receptores nicotínicos localizados nas placas motoras da musculatura esquelética.
• Um potencial de ação, nos motoneurônios, produz potencial de ação na fibra muscular, fazendo com que o músculo se contraria
OBS: Capitulo 1 do linda = discussão completa sobre o sistema nervoso somático.
• O SNA é um sistema involuntário que controla e modula as funções, primariamente, dos órgãos viscerais.
• Cada via, no SNA, consiste em dois neurônios: o pré-ganglionar o pós-ganglionar.
• O corpo celular de cada neurônio pré-ganglionar se situa no SNC.
• Os axônios desses neurônios pré-gangliogares fazem sinapse com os corpos celulares dos neurônios pós ganglionares em um dos vários gânglios autônomos localizados fora do SNC.
• Os axônios dos neurônios pós-ganglionares, então, se dirigem para a periferia, onde fazem sinapse com os órgãos efetores viscerais, tais como o coração, os bronquíolos, o músculo liso vascular, o trato gastrointestinal, a bexiga e a genitália.
• Todos os neurônios pré-ganglionares do SNA liberam ACh. 
• Os neurônios pós-ganglionares liberam ACh, norepinefrina ou ainda, neuropeptídios.
ORGANIZAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DO SNA
• O SNA é dividido em simpático e parassimpático, que complementam uma a outra na regulação do funcionamento dos órgãos.
• Uma terceira divisão do SNA é o sistema nervoso entérico, que se localiza nos plexos do trato gastrointestinal.
• Organização do SNA = [Fig 2-1 – Linda – p.46]
TERMINOLOGIA:
• Os termos simpático e parassimpático são anatômicos e se referem à origem dos neurônios pré-ganglionares no SNC.
• Os neurônios pré-ganglionares do SNAS se originam na medula espinhal toracolombar.
• Os neurônios pré-ganglionares do SNAP se originam no tronco encefálico e na medula espinhal sacral.
• Os termos adrenérgico e colinérgico são usados para descrever os neurônios tanto do SNAS, quanto do SNAP.
• Esses termos são utilizados de acordo com o neurotransmissor que sintetizam e liberam.
• Neurônios adrenérgicos liberam norepinefrina, os receptores para a norepinefrina nos órgãos efetores são chamados de receptores adrenérgicos e podem ser ativados pela norepinefrina, que é liberada pelos neurônios adrenérgicos, ou pela epinefrina, que é secretada na circulação pela medula adrenal.
• os neurônios colinérgicos liberam ACh, os receptores de ACh são chamados de receptores colinérgicos.
• Todos os neurônios pré ganglionares (simpáticos e parassimpáticas) liberam ACh e são chamados colinérgicos.
• Os pós ganglionares podem ser adrenérgicos (liberam norepinefrina) ou colinérgicos (liberam ACh).
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO
• A função geral do SNAS é a de mobilizar o corpo para a atividade.
• Quando a pessoa é exposta à situação de estresse, o sistema nervoso parassimpático é ativado com uma resposta conhecida como luta-ou-fuga, que inclui:
- aumento da pressão arterial
- aumento do fluxo sanguíneo para ativar os músculos
- aumento do metabolismo
- aumento da concentração de glicose no sangue
- aumento da atividade cerebral e do estado de alerta.
Organização: [Fig 2-2 – p.48 – Linda]
• Os neurônios pré-ganglionares simpáticos se originam em núcleos da medula toracolombar, emergem da medula espinhal pelas raízes motoras ventrais e pelos ramos brancos, e se projetam para os gânglios paravertebrais da cadeia simpática ou para a série de gânglios pré-vertebrais da cadeia simpática ou para a série de gânglios pré-vertebrais.
• Desse modo, uma categoria de neurônio pós-ganglionar faz sinapses nos neurônios pós-ganglionares na cadeia simpática.
• Essas sinapses podem ocorrer em gânglios no mesmo nível segmentar da cadeia ou as fibras pré-ganglionares podem se voltar em direção cranial ou caudal para intervar gânglios em níveis mais altos ou mais baixos nessa cadeia, permitindo assim sinapses em múltiplos gânglios.
• A outra categoria de neurônio pré-ganglionar atravessa a cadeia simpática sem fazer sinapses e continua, indo fazes sinapses em um gânglio pré-vertebral (celíaco, mesentérico superior e mesentérico inferior) que supre órgãos viscerais, glândulas e o sistema nervoso entérico do trato gastrointestinal.
• Nos gânglios, os neurônios pré-ganglionares fazem sinapses com os neurônios pós-ganglionares, que, então, se dirigem para a periferia, para inervar os órgãos efetores.
Origem dos neurônios pré-ganglionares:
• Neurônios pré-ganglionares da divisão simpática se originam de núcleos nos segmentos torácico e lombar da medula espinhal, especificamente do 1º segmento torácico ao terceiro lombar, por isso a divisão simpática é chamada de tóraco-lombar.
Localização dos gânglios autônomos
• Os gânglios do SNAS ficam situados na proximidade da medula espinhal, na cadeia paravertebral ou nos gânglios pré-vertebrais.
a) gânglio cervical superior (cadeia paravertebral): se projeta para órgãos da cabeça (olhos, glândulas salivares)
b) gânglio celíaco: se projeta para o estômago e intestino delgado.
c) gânglio mesentérico superior: se projeta para os intestinos delgado e grosso
d) gânglio mesentérico inferior: se projeta para a porção mais distal do IG, ânus, bexiga e genitália.
Comprimento dos axônios
• Uma vez que os gânglios simpáticos se situam na proximidade da medula espinhal, os axônios dos neurônios pré-ganglionares são curtos e os axônios dos neurônios pós-ganglionares são longos (assim, conseguem alcançar o órgão efetor periférico).
Neurotransmissores e tipos de receptores:
• Os neurônios pré-ganglionares da divisão simpática são sempre colinérgicos.
• Eles liberam ACh, que interage com os receptores nicotínicos nos corpos celulares dos neurônios pós-ganglionares.
• Os neurônios pós-ganglionares da divisão simpática são adrenérgicos em todos os órgãos efetores, exceto nas glândulas sudoríparas termorreguladoras (onde são colinérgicos).
• Os órgãos efetores, inervados pelos neurônios adrenérgicos simpáticos, tem um ou mais dos seguintes tipos de receptores atrenérgicos: alfa1, alfa2, beta 1 ou beta2.
• As glândulas sudoríparas termorreguladoras, inervadas pelos neurônios colinérgicos simpáticos, têm receptores colinérgicos muscarínicos.
Varicosidades adrenérgicas simpáticas:
• Os nervos adrenérgicos pós-ganglionares simpáticos liberam seus neurotransmissores por meio de varicosidades para seus tecidos-alvo.
• As varicosidades adrenérgicas simpáticas contêm o neurotransmissor clássico (norepinefrina), além de ATP e neuropeptídeo Y.
• A norepinefrina é sintetizada a partir da tirosina, nas varicosidades e armazenado em pequenas vesículas com núcleo denso, prontas para liberação.
OBS: essas vesículas também contêm dopamina B-hidroxilase, que catalisa a conversão da dopamina em norepinefrina e ATP.
• Quando neurônios adrenérgicos pós-ganglionares simpáticos são estimulados, a norepinefrina e o ATP são liberados pelas vesículas e atuam como neurotransmissores na junção neuroefetora.
• Primeiramente atua o ATP, ligando-seaos receptores do tecido-alvo e produzindo um efetio fisiológico (ex: contração do músculo liso vascular).
• A ação da norepinefrina segue a do ATP, se ligando aos seus receptores alfa1 e provocando uma segunda contração mais prolongada como no caso do músculo liso vascular.
• Por fim, as vesículas liberam neuropeptídeo Y, que causam uma terceira contração, mais lenta.
Medula supra-renal
• A medula suprarrenal é um gânglio especializado da divisão simpática.
• Os corpos celulares dos seus neurônios pré-ganglionares estão situados na medula espinhal torácica.
• Os axônios desses neurônios seguem pelo nervo esplâncnico maior até a medula-renal, onde fazem sinapses com células cromafins e liberam ACh, que ativa os receptores nicotínicos.
• Quando ativadas, as células cromafins da medula supra-renal secretam catecolaminas (epinefrina e norepinefrina) na circulação sanguínea.
• Ao contrário dos neurônios pós-ganglionares simpáticos que liberam apenas norepinefrina, a medula supra-renal secreta principalmente epinefrina (80%) e pequena quantidade de norepinefrina (20%).
• A razão para isso é a presença de feniletanolamina-N-metiltransferase (PNMT) na medula suprarrenal, mas não nos neurônios pós-ganglionares simpáticos adrenérgicos.
• A PNMT catalisa a conversão da noradrenalina em adrenalina, passo que requer cortisol vindo do córtex suprarrenal adjacente através da drenagem venosa.
Resposta de luta-ou-fuga:
• O corpo responde ao medo, estresse e exercício intenso pela ativação do SNAS, incluindo a medula supra-renal.
• Essa ativação, chamada de resposta de luta-ou-fuga, assegura que o corpo possa responder apropriadamente à situações adversas como fugir de uma casa pegando fogo. 
• A resposta inclui:
- aumento da frequência cardíaca.
- Aumento do débito cardíaco.
- aumento da pressão arterial.
- redistribuição do fluxo sanguíneo 
- dilatação das vias aéreas.
SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO: [Fig. 2-3 – p.52 – Linda]
• Função: restauradora, de conservação de energia.
• Os neurônios pré-ganglionares da divisão parassimpática têm seus corpos celulares situados no tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo) ou na medula espinhal sacral.
• Os axônios pré-ganglionares se projetam para uma serie de gânglios, situados na proximidade ou no próprio órgão efetor.
Origem dos neurônios pré-ganglionares:
• Se originam dos núcleos dos nervos cranianos: III, VII, IX e X e dos segmentos S2-S4 da medula espinhal sacral, por esse motivo, a divisão parassimpática também é chamada de craniossacral.
Localização dos gânglios autônomos:
• Ao contrário dos gânglios simpáticos, situado próximo do SNC, os gânglios do SNP se situam próximo, junto ou mesmo no interior dos órgãos efetores.
Comprimento dos axônios pré-ganglionares e pós ganglionares
• O comprimento dos axônios pré ganglionares e pós-ganglionares, na divisão parassimpática, é o oposto aos comprimentos relativos na divisão simpática.
• Essa diferença reflete a localização dos gânglios.
• Como os gânglios parassimpáticos se localizam perto ou nos órgãos efetores, os pré-ganglionares tem axônios longos e os pós, curtos.
NEUROTRANSMISSORES E TIPOS DE RECEPTORES
• Como na divisão simpática, todos os neurônios PRÉ-GANGLIONARES são colinérgicos e liberam ACh que interage com receptores nicotínicos nos corpos celulares dos neurônios pós-ganglionares.
• A maioria dos neurônios PÓS-GANGLIONARES da divisão parassimpática é também colinérgica.
• Os receptores de ACh, nos órgãos efetores, são MUSCARÍNICOS e não nicotínicos. [Fig. 2-1 – p.46 – Linda].
• Assim, a ACh liberada por neurônios pré-ganglionares da divisão parassimpática ativa receptores nicotínicos, enquanto a ACh liberada por neurônios pós-ganglionares da divisão parassimpática ativa receptores muscarínicos.
• Esses receptores e suas funções são distinguidos pelos fármacos que os ativam ou inibem [tabela 2-2].
VARICOSIDADES COLINÉRGICAS PARASSIMPÁTICAS
• Os neurônios pós-ganglionares colinérgicos liberam seus neurotransmissores de varicosidades nos tecidos-alvo.
• As varicosidades parassimpáticas colinérgicas liberam tanto o neurotransmissor clássico (ACh) quanto outros como o óxido nítrico.
• O ACh é sintetizado nas varicosidades a partir de colina e acetil CoA, e armazenados em vesículas pequenas.
• Além disso as varicosidades possuem a óxido nítrico sintase e podem sintetizar NO.
• Quando neurônios pós-ganglionares parassimpáticos colinérgicos são estimulados, a ACh é liberada pelas varicosidades, ligando-se a receptores muscarínicos nos tecidos-alvo, o que determina sua ação fisiológica.
INERVAÇÃO AUTONOMA DOS SISTEMAS ORGÂNICOS
• A tabela 2-3 serve como referência à informação sobre o controle autônomo da função dos sistemas orgânicos.
• Ela lista as inervações simpáticas e parassimpáticas dos principais sistemas orgânicos e os tipos de receptores encontrados em seus tecidos.
FUNÇÕES RECÍPROCAS – SIMPÁTICAS E PARASSIMPÁTICAS
• Muitos órgãos apresentam inervação simpática e parassimpática.
• Essas inervações operam recíproca ou sinergicamente, produzindo respostas coordenadas. 
• Além dos exemplos da tabela, os seguintes, ilustram melhor a reciprocidade e sinergia (atuação simultânea) do SNAS e SNAP:
NODO SINOATRIAL
• O nodo SA é o marca-passo normal do coração e sua intensidade/velocidade de despolarização controla a frequência cardíaca global.
• O nodo As recebe inervações simpática e parassimpática que funcionam de forma recíproca na modulação da frequência cardíaca.
• O aumento da atividade simpática eleva a frequência, o aumento da atividade parassimpática, diminui.
• Essas funções recíprocas se dão da seguinte maneira:
• Se ocorre a redução da PA, os centros vasomotores do tronco cerebral respondem a ela e produzem aumento na atividade simpática no nodo SA e decréscimo na atividade parassimpática.
• Os dois efeitos não competem entre si, mas agem de forma sinérgica no aumento da frequência cardíaca.
BEXIGA
• Quando a bexiga está se enchendo com a urina, ocorre o controle simpático.
• Essa atividade relaxa o músculo detrusor por meio de receptores beta 2, e contrai o músculo do esfíncter interno, via receptores alfa 1.
• O esfíncter externo é, simultaneamente, fechado por ação voluntária.
• Quando a musculatura da parede é relaxa e os esfíncteres são fechados, a bexiga pode ser enchida com urina.
• Quando a bexiga está cheia, isso é percebido pelos mecanorreceptores da parede do órgão.
• Agora, o controle parassimpático é predominante e contrai o músculo detrusor e relaxa os esfíncteres internos.
COORDENAÇÃO DA FUNÇÃO DOS ÓRGÃOS
• Existe uma coordenação entre simpático e parassimpático no controle da função dos sistemas orgânicos .
• Na bexiga, por exemplo, deve haver coordenação temporal entre a atividade do músculo detrusor da parede vesical e os esfíncteres.
• Assim, a atividade simpática é dominante, quando a bexiga está se enchendo, relaxando a parede do órgão e contraindo o esfíncter vesical interno.
• Durante a micção, a atividade parassimpática é dominante, contraindo a parede da bexiga e relaxando o esfíncter.
TIPOS DE RECEPTORES
• Na divisão parassimpática, os órgãos efetores apresentam somente receptores muscarínicos.
• Na divisão simpática, existem diversos tipos de receptores em órgãos efetores, incluindo os quatro adrenorreceptores (a1, a2, b1, b2) e, nos tecidos com inervação simpática colinérgica, existem receptores muscarínicos (glândulas sudoríparas).
• Entre os adrenorreceptores simpáticos, o tipo de receptor está relacionado à função.
• Os receptores alfa1 e alfa2 contraem músculos lisos, como os vasculares, os esfíncteres gastrointestinais e vesicais, os pilomotores e o músculo radial da íris.
• Os receptores beta1 estão envolvidos em funções metabólicas, como gliconeogênese, lipólise e a secreção de renina e em todas as funções cardíacas.
• Os receptores B2 relaxam a musculatura lisa dos bronquíolos, da parede da bexiga e da parede do trato gastrintestinal.
CENTROS DO HIPOTÁLAMO E DO TRONCO CEREBRAL
•Os centros localizados no hipotálamo e no tronco cerebral coordenam a regulação autônoma das funções de sistemas orgânicos.
• O centro vasomotor, por exemplo, recebe informações sobre a pressão arterial de barorreceptores localizados no seio carotídeo e as compara à pressão arterial ideal.
• Caso sejam necessárias correções, o centro vasomotor orquestra alterações na efluência das inervações simpática e parassimpática para o coração e os vasos sanguíneos, modificando a pressão arterial.
RECEPTORES AUTONOMOS
• Os receptores autônomos estão localizados na junção neuromuscular, nos corpos celulares de neurônios pós-ganglionares e nos órgãos efetores.
• O tipo de receptor determina e seu mecanismo de ação determinam a natureza da resposta fisiológica, que são específicas para o tecido e o tipo celular.
EX: os receptores B1 no nodo SA está acoplado a mecanismos que aumentam a intensiadade/velocidade de despolarização e elevam a frequência cardíaca, a ligação de agonista como a NA a esse receptor, aumenta a frequência cardíaca. Já os receptores B1 do músculo ventricular estão acoplados a mecanismos que aumentam a concentração intracelular de Ca2+ e a contratilidade. A ligação de agonista como a NA a esse receptor, aumenta a contratilidade, mas não exerce qualquer efeito sobre a frequência cardíaca.
ADRENORRECEPTORES
• São encontrados nos tecidos do sistema nervoso simpático e ativados pelas catecolaminas noradrenalina e adrenalina.
• A norepinefrina é liberada pelos neurônios pós-ganglionares do SNS.
• A epinefrina é secretada pela medula suprarrenal e chega aos tecidos-alvo pela circulação.
RECEPTORES ALFA 1
• São encontrados na musculatura lisa vascular da pele, nos músculos esqueléticos e na região esplâncnica, nos esfíncteres do trato gastrointestinal e da bexiga e no musculo radial da íris.
• A ativação dos receptores a1 leva à contração de cada um desses tecidos.
• O mecanismo de ação envolve a proteína Gq e a ativação da fosfolipase C.
RECEPTORES ALFA 2
• São inibidores, localizados pré e pós-sinapticamente, e são menos comuns do que os a1.
• São encontrados em terminais nervosos pré-sinápticos adrenérgicos e colinérgicos e no trato gastrointestinal.
• O mecanismo de ação destes receptores envolve a inibição da adenilil ciclase através da proteína Gi.
RECEPTORES BETA 1
• São proeminentes no coração, sendo encontrados no nodo SA, no nodo AV e no músculo ventricular.
• A ativação do B1, nesses tecidos, aumenta a frequência cardíaca, no nodo AS, elevando a velocidade de condução pelo nodo AV e a contratilidade do músculo ventricular, respectivamente.
• Também estão localizados nas glândulas salivares, no tecido adiposo e nos rins.
• O mecanismo de ação envolve a proteína Gs e a ativação da adenilil ciclase.
RECEPTORES BETA 2
• São encontrados na musculatura lisa vascular dos músculos esqueléticos.
• nas paredes do trato gastrointestinal e da bexiga e nos bronquíolos.
• A ativação dos receptores B2, nesses tecidos, provoca seu relaxamento ou dilatação.
• O mecanismo de ação é similar ao dos receptores B1: ativação da adenilil ciclase, através da proteína Gs.
RESPOSTA DOS ADRENORRECEPTORES À NORADRENALINA E ADRENALINA
• A NA e adrenalina tem quase a mesma potencia nos receptores alfa1, sendo a ultima pouco mais potente.
• Quando comparados aos receptores beta, porém, os receptores alfa1, são relativamente insensíveis às catecolaminas.
• A ativação de receptores alfa 1 requer concentrações maiores de catecolaminas do que a ativação de receptores beta.
• A norepinefrina e a epinefrina têm a mesma potencia nos receptores B1.
• Concentrações muito menores de catecolaminas são suficientes para a ativação dos receptores B1.
OBS: os receptores B2 são, preferencialmente ativados pela epinefrina. Assim, espera-se que a epinefrina, liberada da medula suprarrenal, mas não a norepinefrina, liberada das terminações nervosas simpáticas, ative os receptores B2.
NE : B1 > B2 > a1
Adrenalina: B2 > B1 > a1
COLINORRECEPTORES
RECEPTORES NICOTÍNICOS
• São encontrados em diversos locais importantes:
- placa motora do músculo esquelético.
- todos os neurônios pós-ganglionares do simpático e parassimpático
- células cromafins da medula suprarrenal.
• A ACh é seu agonista natural, sendo liberada pelos motoneurônios e por todos os neurônios pré-ganglionares.
• Os receptores nicotínicos são ativados por seus agonistas: ACh, nicotina e carbacol.
• O mecanismo de ação desses receptores, seja na placa motora ou nos gânglios, é baseado no fato de que esse receptores de ACh, é, também, um canal para Na+ e K+.
• Quando o receptor nicotínico é ativado pela ACh, o canal se abre, permitindo a passagem de sódio e potássio, determinada por seus respectivos gradientes eletroquímicos.
• Gerando assim um estado despolarizado de 0mV.
RECEPTORES MUSCARÍNICOS
• Estão localizados em todos os órgãos efetores do sistema nervoso parassimpático:
- coração
- trato gastrointestinal
- bronquíolos
- bexiga
- órgãos sexuais masculinos
• E são também encontrados em órgãos efetores do sistema nervoso simpático, principalmente nas glândulas sudoríparas.
• O mecanismo de ação pode ser por ativação da fosfolipase C e dos segundos mensageiros Ip3/Ca2+
• Ou ainda por meio de ação direta da proteína Gi que liberam a subunidade alfa1, que se liga diretamente aos canais de K+ no nodo SA, que se abrem, retardando a velocidade de despolarização no nodo SA e diminuindo a frequência cardíaca.
PROBLEMA 3 – SISTEMA MUSCULAR [Marieb] – SINAPSES LINDA p.25
1 – Descrever a estrutura do músculo esquelético e entender os mecanismos e tipos de contração
2 – Diferenças morfológicas e funcionais entre as fibras musculares vermelhas e brancas
3 – Descrever a estrutura do músculo liso e entender os mecanismos e tipos de contração:
4 – Relacionar a suplementação de creatina com DMP
1 – VISÃO GERAL DOS TECIDOS MUSCULARES:
Características FUNCIONAIS do tecido muscular 
1 – Excitabilidade: que é a capacidade de responder a um estímulo geralmente químico como um neurotransmissor, que gera um impulso elétrico que passa pelo sarcolema da fibra muscular, gerando contração.
2 – Contratilidade: que é a capacidade que o músculo tem de se encurtar quando estimulado. Realizando movimento dos ossos ,por exemplo.
3 – Extensibilidade: que é a capacidade de ser alongado até mesmo além do seu comprimento de repouso.
4 – Elasticidade: é a capacidade de uma fibra muscular retornar ao seu comprimento de repouso após ter sido estirada.
Funções dos músculos: Além disso, os músculos exercem quatro importantes funções: 
- Produção de movimento, 
- manutenção da postura, 
- estabilização das articulações e 
- geração de calor.
2 – MÚSCULO ESQUELÉTICO:
• O tecido ME é acondicionado nos ME, órgãos que se fixam no esqueleto ósseo e o recobrem.
• As fibras musculares esqueléticas são as células musculares mais longas
• elas apresentam faixas bastante evidentes chamadas de estriações e podem ser controladas voluntariamente.
• O musculo esquelético é o único tipo de tecido muscular submetido a um controle consciente.
• Ele é responsável por toda mobilidade do corpo.
ANATOMIA MACROSCÓPICA DO ME:.
Suprimento sanguíneo e nervoso:
• Cada músculo é suprido por 1 nervo, 1 artéria e 1 ou + veias, que se ramificam pela bainha de tecido conjuntivo.
• As fibras musculares em contração utilizam grandes quantidades de energia, o que requer a liberação de O2 e de nutrientes pelas artérias. Além disso, as fibras musculares produzem resíduos metabólicos que são removidos pelas veias.
Bainhas de tecido conjuntivo:
• As fibras musculares individuais são envolvidas e mantidas unidas por várias bainhas de tecido conjuntivo.
• Da mais interna para a mais externa, as bainhas de tecido conjuntivo são:
1 – Endomísio: fina bainha de TC que consiste de fibras reticulares que envolve cada fibra muscular individual.
2 – Perimísio e fascículos: camada TC fibroso que circunda os fascículos (agrupamentos de fibras musculares).
3 – Epimísio: tecidoconjuntivo denso não modelado que circunda o músculo inteiro.
• Nas extremidades do músculo, as camadas de tecido conjuntivo se unem para formar um tendão que fixa o músculo ao esqueleto. 
• As camadas de tecido conjuntivo são compostas, principalmente, por fibras colágenas e elásticas e servem para transmitir o movimento das moléculas de actina e miosina para que o esqueleto efetue o movimento. 
ANATOMIA MICROSCÓPICA DO ME:
• Cada fibra muscular esquelética é uma longa célula cilíndrica, com núcleos ovalados abaixo do sarcolema.
• O sarcoplasma de uma fibra muscular é similar ao citoplasma das outras células, mas com grandes quantidades de glicossomos (grânulos de glicogênio estocado) e mioglobina (pigmento vermelho que armazena O2 , similar à Hb). 
• As organelas celulares usuais das células estão presentes no sarcoplasma das fibras musculares, juntamente com outras como as miofibrilas e o retículo sarcoplasmático, além dos túbulos T, modificações unidas ao sarcolema.
Miofibrilas:
• As células do ME são delgadas, mas podem ser longas (até 25 cm de comprimento). 
• Cada fibra contém feixes de filamentos, chamados miofibrilas, que cursam ao longo do eixo da célula. 
• A disposição regular dos filamentos grossos e finos nessas miofibrilas origina a aparência estriada do ME. 
• As estriações podem ser observadas em fibras musculares intactas e nas miofibrilas.
• A miofibrila pode ser dividida em sarcômeros (Fig. 12-3). 
• O sarcômero é delimitado por duas linhas escuras, chamadas de linhas Z, e representa a unidade contrátil que se repete no músculo esquelético.
• Em cada lado da linha Z existe uma faixa clara (banda I) que contém os filamentos finos, compostos pela proteína actina. 
• A área entre duas bandas I no sarcômero é a banda A, que contém os filamentos grossos, compostos pela proteína miosina.
• Os filamentos finos de actina se estendem da linha Z em direção ao centro do sarcômero e se sobrepõem sobre parte dos filamentos grossos. 
• A área escura na extremidade da banda A representa essa região de sobreposição entre os filamentos. 
• A área clara, presente no centro do sarcômero, é chamada de banda H. 
• Esta área representa a porção da banda A que contém apenas os filamentos grossos de miosina. 
• Uma linha escura, chamada de linha M, é evidente no centro do sarcômero e inclui proteínas que parecem ser críticas para a organização e o alinhamento dos filamentos grossos no sarcômero.
COMPOSIÇÃO MOLECULAR DOS MIOFILAMENTOS:
1 – Filamentos GROSSOS:
• São compostos primariamente pela proteína MIOSINA.
• Cada molécula de miosina tem uma cauda em forma de bastão que termina em duas cabeças globulares.
• Suas cabeças globulares são as regiões de trabalho da miosina, elas mantêm unidos os filamentos fino e grosso , formando pontes cruzadas, que atuam como motores para gerar tensão por uma célula muscular em contração.
• Cada filamento grosso contém cerca de 300 moléculas de miosina agrupadas como um feixe, com suas caudas formando a parte central do filamento grosso e suas cabeças voltadas em direções opostas em cada extremidade.
2 – Filamentos FINOS:
• São compostos principalmente pela proteína ACTINA.
• As subunidades polipeptídicas, chamadas de actinas globulares possuem sítios ativos aos quais as cabeças de miosina ligam-se durante a contração.
• Os monômeros de actina globular são polimerizados em longos filamentos de actina (actina filamentosa).
• O esqueleto de cada filamento fino é formado por duas actinas filamentosas entrelaçadas.
3 – PROTEÍNAS REGULATÓRIAS:
• Duas fitas de TROPOMIOSINA se estendem em espiral sobre a actina e ajudam a torna-la mais rígida.
• Na fibra muscular relaxada, elas bloqueiam os sítios de ligação para a miosina na actina.
• Outra proteína importante do filamento fino é a TROPONINA, formada por um complexo de três polipeptídeos:
- Troponina I: subunidade inibitória que se liga com a actina
- Troponina T: subunidade que se liga com a tropomiosina e ajuda a posicioná-la na actina.
- Troponina C: liga-se com o cálcio. Essa ligação promove o movimento da tropomiosina, sobre o filamento de actina, EXPONDO OS SÍTIOS DE LIGAÇÃO DA ACTINA, facilitando a interação dos filamentos de actina e miosina e a contração do sarcômero (adiante).
4 – DISTROFINA: 
• liga os filamentos finos com proteínas integrais do sarcolema, que por sua vez são ancoradas à matriz extracelular.
• Dessa forma, ela estabiliza o sarcolema, prevenindo lesão muscular induzida pela contração.
• A distrofina é uma proteína em baixas quantidades no músculo esquelético (0,025%).
• Está localizada na superfície intracelular do sarcolema, em associação a várias glicoproteínas integrais de membrana (formando um complexo distrofina-glicoproteína). 
• O complexo distrofina-glicoproteína funciona, também, como suporte para as cascatas de sinalização celular que promovem a sobrevivência da célula.
• As distrofias musculares constituem um grupo de distúrbios degenerativos geneticamente determinados.
• A distrofia muscular de Duchenne (DMD; descrita por G.B. Duchenne em 1861) é a distrofia muscular mais comum e afeta 1 em 3.500 meninos (de 3 a 5 anos de idade). Ocorre grave enfraquecimento muscular, com a maioria dos pacientes ficando preso à cadeira de rodas, em torno dos 12 anos de idade, e muitos morrem por falência respiratória na vida adulta (30 a 40 anos de idade). A DMD é uma doença recessiva, ligada ao X, relacionada com defeito no gene da distrofina que leva à deficiência da proteína distrofina no músculo esquelético, cérebro, retina e músculo liso. 
RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO 
• Cada miofibrila é circundada pelo retículo sarcoplasmático (RS). 
• O principal papel do RS é REGULAR os níveis intracelulares do CÁLCIO.
• O RS ARMAZENA CÁLCIO e o libera quando a fibra muscular é estimulada a contrair.
• A porção do RS mais próxima aos túbulos T é chamada de cisterna terminal e é o local de liberação do Ca++, que fornece o sinal que inicia a contração. (ver adiante).
• Essa porção do RS contém alta densidade de proteína da bomba de Ca++ (Ca++-ATPase), fundamental para o reacúmulo do Ca++ no RS e, portanto, para o relaxamento do músculo.
TÚBULOS T:
• Em cada junção entre as bandas A e I, o sarcolema da fibra muscular penetra a célula, formando o túbulo T.
• O lúmen do túbulo T é contínuo com o espaço extracelular.
• Os túbulos T se projetam para o interior da célula e se estendem entre as cisternas terminais do RS, formando as tríades (cisterna terminal, túbulo T, cisterna terminal).
• Os túbulos T passam de uma miofibrila a outra, circundando cada sarcômero.
• As contrações musculares são essencialmente controladas por impulsos elétricos iniciados pelos nervos e que trafegam ao longo do sarcolema.
• Os túbulos T, como são continuações do sarcolema, CONDUZEM OS IMPULSOS para as regiões mais profundas da célula muscular e para cada sarcômero.
• Esses impulsos sinalizam a liberação do cálcio pelas CISTERNAS TERMINAIS.
• Assim, os túbulos T podem ser entendidos como um sistema de comunicação que garante que cada miofibrila na fibra muscular contraia praticamente ao mesmo tempo.
DESLIZAMENTO dos filamentos na contração:
• A contração muscular é, basicamente, a ativação das pontes transversais da miosina.
• O encurtamento ocorre quando há movimento pela tensão gerada pelas pontes transversais sobre o a actina.
• Em uma fibra muscular relaxada, os filamentos finos e grossos ficam sobrepostos nas extremidades da banda A.
• Quando são estimuladas pelo sistema nervoso, as cabeças de miosina prendem-se nos seus sítios de ligação na actina, e o deslizamento começa.
• Essas pontes transversais são formadas e rompidas várias vezes durante a contração, agindo como pequenas catracas para gerar tensão e empurrar os filamentos finos em direção ao centro do sarcômero.
• Como isso ocorre em todos os sarcômeros da célula muscular, ela encurta.
FISIOLOGIA DA FIBRA MUSCULAR ESQUELÉTICA
• Para uma fibra muscular se contrair, ela deve ser estimulada por uma terminaçãonervosa e propagar um potencial de ação, ao longo do seu sarcolema.
• Esse evento elétrico causa elevação nos níveis de cálcio intracelular, ocasionando o disparo final para a contração.
• A série de eventos que ligam o sinal elétrico com a contração é chamada de acoplamento excitação-contração.
ESTIMULO NERVOSO: EVENTOS NA JUNÇÃO NEUROMUSCULAR
• As células musculares são estimuladas por neurônios motores do sistema nervoso SOMÁTICO.
• O axônio de cada neurônio motor se divide quando entra no músculo.
• Cada terminal axônico forma várias ramificações que formam uma junção neuromuscular com uma fibra.
• Cada fibra tem apenas uma junção neuromuscular.
• Dentro do terminal axônico, estão as vesículas sinápticas, que contêm o neurotransmissor ACETILCOLINA.
• Placa motora terminal (depressão do sarcolema), fornece superfície para receptores colinérgicos MUSCARÍNICOS.
• Quando o impulso nervoso alcança o final do axônio, ocorre a abertura dos canais de cálcio voltagem-dependentes, permitindo o cálcio fluir a partir do meio extracelular.
• A presença de Ca2+ no TERMINAL AXÔNICO causa a fusão vesículas sinápticas com a membrana axônica e a liberação de ACh na fenda sináptica por exocitose.
• Depois que a ACh se liga aos seus receptores, ela é degrada em ácido acético e colina, pela acetilcolinesterase.
• A degradação da acetilcolina impede a contração continuada da fibra na ausência de estimulação do sist. Nervoso.
MIASTENIA GRAVE: 
• Doença caracterizada por queda das pálpebras superiores, dificuldade para deglutir, falar e fraqueza muscular.
• Essa doença envolve a falta de receptores para a acetilcolina.
• Os receptores para acetilcolina localizam-se onde os neurônios entram em contato os músculos. 
• A transmissão dos impulsos nervosos para o músculo ocorre como consequência da liberação da acetilcolina do nervo terminal e sua difusão através da fibra nervosa.
• Essa condição decorre da atuação de anticorpos como um anti-receptor de acetilcolina, interferindo na transmissão do impulso nervoso e provocando o enfraquecimento rápido dos músculos.
GERAÇÃO DE UM POTENCIAL DE AÇÃO ATRAVÉS DO SARCOLEMA:
• Como a membrana plasmática de todas as células, o sarcolema em repouso é polarizado.
• A ligação das moléculas de ACh com seus receptores na placa motora terminal abre os canais iônicos LIGANTES-DEPENDENTES localizados nos receptores MUSCARÍNICOS de ACh e permitindo a abertura dos canais de Na+, que vai se mover para dentro da célula, a favor do seu gradiente de concentração. 
• Devido ao maior influxo de Na+ que efluxo de K+, ocorre uma mudança transitória no potencial de membrana, de forma que o interior do sarcolema se torna levemente menos negativo, um evento chamado DESPOLARIZAÇÃO.
• A despolarização dispara o potencial de ação que se propaga pelo sarcolema, a partir da junção neuromuscular.
• Essencialmente, três passos estão envolvidos no potencial de ação:
PASSO 1
• Primeiro, as áreas da membrana adjacentes à placa motora também são despolarizadas por correntes locais que se espalham a partir da junção neuromuscular.
• Isso ABRE canais de SÓDIO VOLTAGEM-DEPENDENTES e o sódio entra, seguindo seu gradiente eletroquímico.
PASSO 2
• o potencial de ação é propagado ao longo do sarcolema.
• Novamente, os íons sódio, em geral impedidos de entrar na célula, difundem-se para dentro, seguindo seu GE.
PASSO 3
• O passo 3 é a Repolarização, que restabelece o estado polarizado inicial do sarcolema.
• A onda de Repolarização, que ocorre imediatamente após a onda de despolarização, é uma consequência do FECHAMENTO dos canais de Na+ e da ABERTURA dos canais de K+ voltagem-dependentes.
• Já que a concentração do K+ é maior dentro da fibra do que no LEC, o K+ difunde-se rapidamente para fora.
• Uma vez iniciado, o potencial de ação não pode ser interrompido e resulta, finalmente, na contração da célula muscular.
ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO [Fig. 9.10 – p. 259 – Marieb]
• Sequencia de eventos em que a transmissão de um potencial de ação ao longo do sarcolema causa o deslizamento dos miofilamentos.
• O potencial de ação é breve e termina muito antes de que qualquer sinal de contração seja evidente.
• Os eventos do acoplamento excitação-contração ocorrem durante o PERÍODO DE LATÊNCIA, entre o inicio do potencial de ação e o inicio da atividade mecânica.
• Os sinais elétricos não atuam diretamente sobre os miofilamentos, ao invés disso, causam um aumento na concentração intracelular do Ca2+, o que permite o deslizamento dos filamentos.
• o acoplamento excitação-contração consiste dos seguintes passos:
1 – A entrada de Na+ inicia um potencial de ação que é propagado ao longo do sarcolema e pelos túbulos T.
2 – A transmissão do potencial de ação nos túbulos T pelas tríades ativa canais iônicos voltagem-dependentes que causam a liberação de Ca2+ das cisternas terminais do RS para o sarcoplasma, onde ele se torna disponível para miofilamentos.
3 – Parte desse cálcio liga-se à troponina C, a qual muda sua conformação e remove a ação bloqueadora da tropomiosina; os sítios ativos da actina são expostos.
 4 – Contração: Quando o nível de cálcio intracelular aumenta, as cabeças de miosina se ligam e desligam, empurrando os filamentos finos de actina em direção ao centro do sarcômero. (estado ativo da célula).
5 – A queda nos níveis de Ca2+ ocorre quando o potencial de ação termina e é causada pela ação da bomba de cálcio dependente de ATP (Ca2+ ATPase), que é continuamente ativa e move o Ca2+ de volta para o RS.
6 – O estado inativo ocorre quando os níveis intracelulares de Ca2+ caem muito abaixo da quantidade necessária para a ligação com a troponina C, assim, o bloqueio da tropomiosina é reestabelecido. A atividade das pontes transversais termina, e ocorre o relaxamento.
CONTRAÇÃO DA FIBRA MUSCULAR: Na contração muscular, as fibras de miosina se ligam aos filamentos de actina e os arrastam para dentro da banda H. Desta forma a banda H some e a banda I fica diminuída.
Etapa 1: Após o potencial de ação no sarcolema e a condução pelos túbulos T, vai ocorrer a liberação de cálcio pelas cisternas terminais do RS. 
Etapa 2: O cálcio vai se ligar da troponina C. Essa ligação irá deslocar a tropomiosina, expondo os sítios de ligação da actina com as cabeças da miosina, que passa a conseguir se ligar ao filamento de actina para promover a contração.
Etapa 3: Após a ligação das cabeças de miosina à actina, o ATP que estava no sítio catalítico da miosina é hidrolisado.
Etapa 4: Essa hidrólise vai fornecer energia para a cabeça da miosina, de modo que ela arraste o filamento de actina para dentro da banda H.
Etapa 5: O ADP que ainda estará ligado ao sítio da cabeça da miosina, ao sair, promoverá mais uma pequena contração.
Etapa 6: Ocorre a ligação de outra molécula de ATP ao sítio da cabeça da miosina.
Etapa 7: essa ligação faz com que a cabeça da miosina se desligue da actina e volte para sua conformação inicial.
Etapa 8: Para impedir que a contração continue sem estimulo nervoso, o RS vai começar a captar novamente o Ca2+ do sarcoplasma, através de uma bomba de Ca2+, assim o Ca2+ que estava se ligado à troponina C vai se desligar, fazendo com que a tropomiosina volte à sua conformação original, bloqueando o sítio de ligação da miosina, na actina.
UNIDADE MOTORA
• Cada músculo é inervado por pelo menos um nervo motor, que contém axônios de centenas de neurônios motores.
• Quando um axônio entra em um músculo, ele se ramifica em vários terminais, cada um formando uma junção neuromuscular com uma única fibra muscular.
• O conjunto de um neurônio motor e todas as fibras musculares inervadas por ele é chamado de unidade motora.
• Quando um neurônio motor dispara potenciais, todas as fibras musculares inervadas por ele se contraem.
OBS: Músculos que exercem controle fino (movimento dos olhos) têm unidade motoras pequenas. Musculos grandes que sustentam peso e realizam movimentos menos precisos (pernas) possuem unidades motoras grandes.
TÔNUS MUSCULAR: 
• Os músculos esqueléticos,mesmo quando estão relaxados, apresentam-se levemente contraídos.
• Este fenômeno chama-se tônus muscular e não produz movimentos ativos, mas mantém os músculos prontos para responder à estimulação.
CONTRAÇÃO ISOTÔNICA E ISOMÉTRICA:
• Existem duas categorias de contrações: isotônica e isométrica.
ISOTÔNICA: o comprimento do músculo muda e move carga.
- Concêntrica: o músculo encurta e realiza trabalho
- Excêntrica: o músculo gera força enquanto se alonga.
OBS: as contrações excêntricas são aproximadamente 50% mais fortes do que as concêntricas de mesma carga, e causam com mais frequência dor muscular de início tardio.
ISOMÉTRICA:
• A tensão gerada pode atingir a capacidade máxima do músculo, porém ele não encurta nem alonga.
• As contrações isométricas ocorrem quando um músculo tenta mover uma carga maior do que a força.
• Os eventos eletroquímicos e mecânicos que ocorrem dentro do músculo são idênticos nos 2 tipos de contrações.
• Porém, o resultado é diferente:
- Nas contrações isotônicas, os filamentos finos estão deslizando.
- Nas contrações isométricas, as pontes transversais estão gerando força, mas não estão movendo os filamentos finos, assim não há mudança no padrão de bandas em relação ao do estado de repouso.
MECANISMO DO TÉTANO:
• Um só potencial de ação provoca a liberação de quantidade fixa de Ca2+ do RS produzindo espasmo único.
• O espasmo termina (relaxamento) quando o RS volta a acumular Ca2+.
• Quando o músculo é repetidamente estimulado, porém não há tempo suficiente para que o RS volte a acumular Ca2+ e a concentração intracelular do íon nunca retorna aos baixos níveis existentes durante o relaxamento.
• Em vez disso, a concentração intracelular de Ca2+ permanece alta, levando à contínua ligação do íon à troponina C e, consequentemente, do ciclo das pontes cruzadas.
• Nesse estado, ocorre a contração permanente, denominada tétano, em vez do espasmo único.
RIGOR MORTIS 
• Ilustra o envolvimento do ATP no desligamento das pontes transversais.
• A maioria dos músculos começa a se enrijecer 3 a 4 horas após a morte.
• As células mortas são incapazes de eliminar cálcio (↑ [Ca2+] no LEC), e o influxo de Ca2+ para as células musculares promove a formação das pontes transversais.
• Logo após a parada da respiração, a síntese de ATP cessa, ele continua a ser consumido e o desligamento da cabeça da miosina da actina (das pontes transversais) por nova ligação de ATP ao sítio da miosina é impossível.
• A actina e a miosina tornam-se irreversivelmente ligadas, produzindo a rigidez do rigor mortis, que desaparece gradualmente à medida que as proteínas musculares são degradadas após a morte.
3 – ENERGÉTICA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR
Fontes de energia para a contração muscular:
• Quando o músculo contrai, o ATP fornece a energia para:
- o movimento e o desligamento das pontes transversais, 
- para a atividade da bomba de cálcio que vai promover o bombeamento dos íons cálcio do sarcoplasma para o RS, depois do término da contração 
- e para o bombeamento dos íons Na+ e K+ (através da Na+/K+ ATPase), para manter o ambiente iônico apropriado para a propagação do potencial de ação das fibras musculares.
• O músculo armazena reservas muito limitadas de ATP [o suficiente para no máximo 1 a 2 segundos de contração].
• Como o ATP é a única fonte de energia usada diretamente para a contração, ele deve ser regenerado tão rapidamente quanto é utilizado.
• O ATP é clivado para formar ADP, o qual transfere a energia das moléculas de ATP para o mecanismo de contração da fibra muscular.
• Então, o ADP é refosforilado para formar novo ATP em outra fração de segundo.
Fontes De Energia Para Essa Refosforilação:
• A primeira fonte, utilizada para reconstituir o ATP é a FOSFOCREATINA (CP), que transporta uma ligação fosfato de alta energia similar às ligações do ATP.
• As ligações fosfato de alta energia da fosfocreatina têm teor de energia livre pouco maior que cada ligação do ATP.
• A fosfocreatina é clivada e sua energia liberada causa a ligação de novo íon fosfato ao ADP, para reconstituir o ATP.
• Entretanto, a quantidade total de fosfocreatina na fibra muscular é também muito pequena.
• A 2ª fonte importante de energia, que é utilizada para reconstituir o ATP e a fosfocreatina é a GLICÓLISE do glicogênio previamente armazenado nas células musculares.
• O rápido desdobramento do glicogênio a ácidos pirúvico e lático, libera energia para converter ADP em ATP.
• A terceira e última fonte de energia é o metabolismo oxidativo [respiração celular].
• Isso significa combinar o O2 com os produtos finais da glicólise e com vários outros nutrientes para liberar ATP.
• Mais de 95% de toda a energia usada pelos músculos para contração por longo tempo é derivada dessa fonte.
• Dentre os nutrientes consumidos [carboidratos, proteínas e gorduras], a gordura fornece maior energia, até a duas a quatro horas de contração.
GLICOSE + O2 CO2 + H2O + ATP
RELAÇÃO ENTRE: suplementação de creatina com DMP [...]
4 – VELOCIDADE E DURAÇÃO DA CONTRAÇÃO
• Os músculos variam de acordo com a rapidez de contração e tempo de contração sem desenvolver fadiga.
• Essas características são influenciadas pelo tipo de fibra muscular:
FIBRAS VERMELHAS: FIBRAS LENTAS/OXIDATIVAS
• São fibras pequenas, com alta taxa de suprimento de O2, muitas mitocôndrias e alta taxa mioglobina (vermelha).
• Como a mioglobina capta muito oxigênio, ela possui alto suprimento de oxigênio.
• assim, na mitocôndria ocorre o metabolismo oxidativo.
• Elas se contraem de forma relativamente lenta, pois suas ATPases das cabeças de miosina são lentas.
• São resistentes à fadiga e sustentam a contração por períodos prolongados.
• São finas [muito sarcoplasma dificultaria a difusão de O2 e nutrientes a partir do sangue].
• Gera relativamente POUCA FORÇA (células finas contém quantidades limitadas de miofibrilas).
FIBRAS BRANCAS: FIBRAS RÁPIDAS/GLICOLÍTICAS
• Fibras grandes, com reticulo sarcoplasmático extenso
• Baixa taxa de mitocôndrias e mioglobina e poucos capilares = coloração menos avermelhada.
• Com poucas mioglobinas, elas captam pouco O2.
• Contrai rapidamente e depende das abundantes reservas de glicogênio como substrato energético
• Não utiliza O2.
• Como as reservas de glicogênio têm curta duração e o lactato se acumula rapidamente nessas células, elas cansam logo, sendo portanto FIBRAS FATIGÁVEIS.
• Entretanto, seu GRANDE DIÂMETRO reflete ABUNDANCIA DE MIOFILAMENTOS contráteis, os quais permitem que essas fibras contraiam com BASTANTE FORÇA antes de entrarem em fadiga.
• Assim, essas fibras são adaptadas para movimentos rápidos, intensos, de curta duração.
• No RS é onde está o cálcio, assim, se ele é extenso, ele libera muito cálcio, além disso, se a fibra é grande, ela possui muitos miofilamentos contráteis, o que permite que essas fibras se contraiam com bastante força.
• Então essas fibras possuem um maior metabolismo glicolítico, que não necessita de oxigênio para a contração.
OBS: Embora alguns músculos tenham predominância de um tipo de fibra, a maioria contém uma mistura dos dois tipos, o que possibilita variações na velocidade de contração e na resistência à fadiga. 
• Algumas pessoas contêm mais de uma determinada fibra.
• Essas diferenças são estabelecidas geneticamente, mas podem ser modificadas pelo exercício.
EX: músculos de maratonistas têm um grande percentual de fibras vermelhas oxidativas lentas (80%), enquanto levantadores de peso contem mais ou menos a mesma quantidade das duas fibras .
MÚSCULO LISO: [...] [P 275 – Marieb]
PROBLEMA 4 – SISTEMA DIGESTÓRIO [Marieb]
1 – Controle hormonal e neural do sistema digestório
2 – Secreções do sistema digestório e suas funções. 
3 – Principais enzimas do sistema digestório e suas funções.
4 – Processo de absorção dos nutrientes no aparelho digestório.
[...]
PROBLEMA 5 – 1ª SESSÃO – SISTEMA CIRCULATÓRIO [Marieb]
1 – Funcionamento do CICLO CARDÍACO e sua REGULAÇÃO.
2 – Descrever como o potencial de ação atua sobre músculo cardíaco.

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