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Ana Paula \batista 
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logística
RECICLAGEM DE GARRAFA PET NO BRASIL
São José dos Campos
2018
ana paula batista
logística
RECICLAGEM DE GARRAFA PET NO BRASIL
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Anhanguera de São José, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado Engenharia de Produção. 
Orientador: Projeto apresentado ao Curso de Engenharia de Produção da Instituição Faculdade Anhanguera de São José 
Orientadores: Tutor. Eng. Leonardo Ferrari e Profa. Dra. Ana Cabanas
São José dos Campos
2018
Ana Paula Batista
logística
RECICLAGEM DE GARRAFA PET NO BRASIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Anhanguera de São José, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado Engenharia de Produção
BANCA EXAMINADORA
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
 São José dos Campos, 22 dia de setembro de 2018
Dedico este trabalho:
A meus filhos:
 Gabriela, Bruna, Carolina e Guilherme, sempre é por vocês, e ao meu companheiro, que suporta meus momentos difíceis.
BATISTA, ANA PAULA. Logística Reversa: Reciclagem de garrafa Pet no Brasil. 2018. Número total de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso Engenharia de produção – Faculdade Anhanguera São José, São José dos Campos, 2018.
Palavras-chave: Garrafa PET; Resíduos sólidos; Logística reversa; Reciclagem e Meioambiente. .
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
PET	 Polietileno Tereftalato
NBR	 Norma Brasileira
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
SciELO	 Scintific Eletronic Library Online
PNRS Política Nacional Resíduos Sólidos 
ABIPET	 Associação Brasileira da Industria do PET
CEMPRE	 Compromisso Empresarial com a Reciclagem
Supply Chain Cadeia de suprimento
CDRS Canais de distribuição Reversos
IBGE	 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
MEG Monoetilenoglicol
DMT Dimetiltereftalato
PVC Policloreto de vinil
PP Polipropileno
PE Polietileno 
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
Muito se tem discutido, sobre a problemática dos resíduos sólidos descartados de forma incorreta no meio ambiente, uma sociedade com nível social mais elevado, porém, adquire uma forte consciência ambiental, pressionando as indústrias e o setor público a buscar meios para diminuir ou até solucionar esses problemas, porem uma parcela significativa da sociedade ainda não compreendeu que a cultura do descarte inadequado de lixo gera grande impacto tanto ao meio ambiente, poluindo rios, nascentes, oceanos, como perda de milhões dinheiro público e privado. Os termos sustentabilidade e reciclagem estão em alta, sobretudo dos grandes centros, por conta de lixões no limite de capacidade, obrigando o setor público intensificar e criar coletas seletivas, porém isso não ocorre nas pequenas cidades. 
Em uma época na qual as mudanças sociais e econômicas que correm de forma constantes, se faz necessário o uso de métodos de gestão que levem a sobrevivência das organizações. 
No mundo atual as organizações, comumente não buscam ainda obter vantagens competitivas sustentáveis exclusivamente através de novas tecnologias, e sim com a excelência em gestão. Em todos segmentos organizacionais onde se busque sobreviver ao ambiente altamente competitivo advindo das mudanças no cenário organizacional, deve-se buscar de forma rápida ter-se a consciência da importância e necessidade de adotar novas estratégias de gestão buscando fazer frente aos novos tempos.
 Este estudo tem por objetivo esclarecer os motivos pelo qual existe baixo crescimento na reciclagem de PET no Brasil, e quais as influencias socioambientais. 
De forma específica este estudo objetiva:
Apresentar a definição PET e impactos socioambientais como resíduo sólido; 
Descrever logística reversa do polietileno tereftalato no Brasil; 
Ponderar como as deficiências na reciclagem de PET impactam na indústria, sociedade e meio ambiente. 
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e descritiva com carácter qualitativo. Serão selecionados para este estudo, apenas artigos publicados a partir do ano de 2009, lutem língua portuguesa. Também será inclusa a Norma Brasileira Regulamentadora (NBR) 15575.2013 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Além disso como livros essenciais estão Reciclagem de PET no Brasil, Alexandre Forgommi, Responsabilidade Ambiental: Reciclagem e Reutilização, Jéssica Perry; Logística Reversa: Em busca do equilíbrio econômico e ambiental, Patrícia Guarnieri. Utizar-se-ão como base de dados Scintific Eletronic Library Online (SciELO), a ABNT, Política Nacional Resíduos Sólidos (PNRS), Brasileira da Industria de garrafa PET (ABIPET), Compromisso Empresarial com a Reciclagem (CEMPRE), Ministério do Meio Ambiente, Google Acadêmico.
No tratamento dos dados, a melhor forma de apreciação na pesquisa, observa-se que ela é pesquisa bibliográfica, já que se faz uso de materiais já publicados entre 2001 e 2018 em: livros, revistas, artigos científicos, documentos científicos, enciclopédias e documentos eletrônicos, utilizando-se das palavras chave “ garrafa PET, resíduos sólidos, logística reversa, reciclagem meio ambiente ", para buscar o desenvolvimento do conhecimento de como são as propostas para utilização na Reciclagem de PET. no Brasil.
Dessa forma, por meio desta pesquisa bibliográfica, o presente estudo advém inicialmente de material já publicado em livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet, sendo este um procedimento importante, para o levantamento de dados como procedimento totalmente técnico.
A pesquisa assume-se como qualitativa, sendo de metodologia exploratória, por assim, obter maior familiaridade com o problema, tornando-o mais explícito ou constituindo hipóteses que recaem sobre ele por intermédio de levantamento bibliográfico. 
2 LOGÍSTICA
Segundo Macohin (2001), os produtos em seu consumo nem sempre produzidos em locais próximos dos seus consumidores finais, os quais para serem consumidas próximas aos locais de produção ou devem ser transportadas para os locais de consumo. Tais limitações que correm tanto para transporte e armazenamento forçam os consumidores a estarem próximas do consumo. 
A logística no ambiente empresarial representa ainda um elemento novo que engloba-se aos elementos da gestão, comparando-se com os demais ramos tradicionais de finanças, e também de marketing e produção.
Logística consiste o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e economicamente eficaz de matérias-primas, estoque em processo, produtos acabados e informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes. (BALLOU, 2001, p. 23) 
A Logística representa o setor da administração relacionado a gestão do transporte e também do armazenamento das mercadorias. 
Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes.(Carvalho, 2002, p 31)
Christopher (2007 p. 2) afirma que a logística não é uma ideia atual, sendo que desde a construção de pirâmides até as ações que procuraram reduzir a fome da África, os princípios que fundamentam o fluxo eficiente demateriais e de informação para atender às exigências dos clientes pouco mudaram.
No setor empresarial Martins e Alt (2003, p. 251) indicam que: “No Brasil, a logística apareceu nos anos 1970, por meio de um de seus aspectos: a distribuição física, tanto interna quanto externa [...]”. 
Ballou (1993, p. 29), apresenta que as atividades da logística sempre foram administradas pelas empresas, porém os aperfeiçoamentos gerenciais surgiram do reagrupamento destas funções dentro da empresa. Este aparente comodismo ou resistência em relação aos benefícios destas atividades era devido à situação do ambiente econômico da época: os lucros eram altos, praticamente tudo o que se produzia era vendido, desta forma certa ineficiência na distribuição era tolerada.
De acordo com Ferreira (2003) os princípios de logística têm sua origem na língua francesa, do verbo loger, que consiste em alojar. O surgimento da Logística segundo Novaes (2001) relaciona-se às ações militares. Em estudo de Rodriguez e Granemann (1997), o conceito logística era usado militares que consistia em atividades de transporte, bem como no abastecimento e alojamento das tropas.
O sistema de logística busca eficiência na gestão da produção e em sua distribuição com o objetivo de aumentar a vantagem competitiva. Daí se faz necessária uma adequação da gestão deslocamento da produção, haja vista a crescente competitividade global dos dias atuais.
Ballou (1993, p. 23) define a logística empresarial como:
(...) todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável.
Para Rodrigues (2002) a Cadeia de Suprimento (Supply Chain) é utilizado pelas empresas na gestão de logística, com as suas características entre empresa, fornecedores e clientes, frente a relação a fluxos de produtos, de informações e também financeiros.
De acordo com Dornier et al (2000), quando o conceito de estratégia corporativa chegou nas organizações, a maioria das funções de logística permaneceu relegada aos tradicionais papéis reativos/táticos. A alta administração (tomando uma atitude gerencial ultrapassada) projetava a estratégia sem levar em conta as considerações logísticas e relegava a elas um papel de minimização de custo, devido principalmente às seguintes razões:
a) a dominância funcional de certas áreas na formulação da estratégia corporativa;
b) uma visão de curto prazo das contribuições de operações/logística;
c) uma crença de que a logística é uma especialidade técnica e não função estratégica do negócio.
Dividindo-se logística com sua evolução, pode-se dividir o processo de evolução em, primeiramente, uma fase de atuação segmentada pós segundos guerra em que o marketing era centrado na família padrão da época (pai trabalhando fora o dia todo, mãe doméstica e dois filhos em idade escolar), os produtos eram padronizados e não haviam sofisticados sistemas de comunicação e de informática. 
Novaes (2007, p. 42) explica que:
Na primeira fase da logística, as empresas procuravam formar lotes econômicos para transportar seus produtos, dando menor importância aos estoques. Ou seja, o enfoque era centrado nas possíveis economias que podiam ser obtidas com o uso de modos de transporte de menor custo, no emprego de veículos de maior capacidade e na busca de empresas transportadores com fretes mais reduzidos.
A segunda fase, de integração rígida, na qual os processos de produção se tornaram flexíveis, levando a uma maior variedade dos produtos e diferenciações dos mesmos. Tendo em vista essa abertura, se fez necessário uma maior racionalização da cadeia de suprimento, visando menores custos e maior eficiência.
Segundo Novaes (2007, p.44):
Pode-se caracterizar a segunda fase da logística como uma busca inicial de racionalização integrada da cadeia de suprimento, mas ainda muito rígida, pois não permitia a correção dinâmica, em tempo real, do planejamento ao longo do tempo.
A terceira fase da logística tem como característica a integração dos agentes da cadeia de suprimento, sendo somente ocorre em dois níveis: dentro da empresa e nas inter-relações da empresa com seus fornecedores e clientes. Somente na quarta e atual fase logística, é que o conjunto de empresas se integra de forma mais abrangente, cobrindo desde fornecedores, passando pela manufatura, distribuidores até o consumidor final. 
Novaes (2007, p. 46) explica:
Na terceira fase da logística, passa-se a observar maior preocupação com a satisfação plena do cliente, entendendo como tal não somente o consumidor final, como também todos os elementos intermediários, que por sua vez são clientes dos fornecedores que os antecedem na cadeia de suprimento.
Ainda segundo Novaes (2007, p. 38):
Na quarta fase da logística ocorre um salto qualitativo da maior importância: as empresas da cadeia de suprimento passam a tratar a questão logística de forma estratégica, ou seja, em lugar de otimizar pontualmente as operações, as empresas participantes da cadeia de suprimento passaram a buscar soluções novas, usando a logística para ganhar competitividade e para induzir novos negócios.
2.1 LOGÍSTICA REVERSA
Logística Reversa é a subdivisão da logística relacionado aos aspectos de retorno de produtos, embalagens ou materiais ao centro produtivo ou de descarte. A logística reversa pode ser identificada como representando uma versão inversa da logística tradicional, no qual os elementos da logística reversa ainda encontra-se em evolução.
Logística Reversa é a área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição Reversa, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros. (LEITE, 2003, p. 16-17)
O fato é que em planejamento reverso utilizam-se os mesmos processos que um planejamento convencional. Ambos tratam de nível de serviço, armazenagem, transporte, nível de estoque, fluxo de materiais e sistema de informação. No entanto a logística reversa deve ser vista como um novo recurso para a lucratividade. Há muito se fala em reciclagem e reaproveitamento dos materiais utilizados. Esta questão se tornou foco no meio empresarial e vários fatores cada vez mais as destacam, estimulando a responsabilidade da empresa sobre o fim da vida de seu produto. 
De acordo com Alcoforado (2002, p. 03) “a logística verde ou ecológica age em conjunto com a logística reversa, no sentido de minimizar o impacto ambiental, não só dos resíduos na esfera da produção e do pós-consumo, mas de todos os impactos ao longo do ciclo de vida dos produtos”. 
O objetivo estratégico mais evidente na implementação da Logística Reversa nas empresas, é o de agregação de valor econômico, porém observa-se que mais recentemente, dois novos fatores incentivam decisões empresariais em sua adoção: o fator competitividade com intuito da fidelização do consumidor e o fator da conscientização ecológica.
A questão principal da Logística Reversa é a viabilização do retorno de bens através de sua reinserção no ciclo de produção ou de negócios e para que isso ocorra, faz-se necessário que se desenvolva numa primeira etapa a análise destes bens de pós-venda e de pós-consumo no intuito de definir o estado destes bens e determinar o processo no qual deverá ser submetido. Os materiais podem retornar ao fornecedor ou podem ser revendidos se ainda estiverem em condições adequadas de comercialização.
Além disso, os bens podem ser recondicionados, ou reciclados, portanto, um produto só é descartado em último caso. 
A Logística Reversa pode ser dividida em duas partes, pós-venda, o que significa produto em poder do cliente, sendo utilizado ouaguardando o momento de uso, ou ainda, produtos sem uso ou com pouco uso e pós-consumo, entendido como produto no final da vida útil com possibilidade de reciclagem, reuso ou desmanche.
Nesse contexto podem-se classificar os canais de distribuição reversa do pós consumo em canais reversos de reciclagem e canais reversos de reuso. Entende-se por reciclagem a retirada de materiais que constituem os produtos descartados, através de um método industrial, transformando-os em matérias primas para fabricação de novos produtos. O processo de reciclagem envolve várias etapas, como coleta do produto, seleção do item que será reaproveitado, preparação para reaproveitamento e processo produtivo sob forma de matéria prima. Reciclar é reaproveitar matéria-prima já utilizada na forma de produto; é preservar o meio ambiente e os recursos naturais; é gerar empregos na indústria do pós-consumo, enfim, é atitude socioambiental. A coleta seletiva é o trabalho de separação de materiais que podem ser reaproveitados. 
Sem esse trabalho, não é possível reciclar, pois as indústrias de reciclagem devem receber os materiais separados e o quanto mais limpo possível. A reciclagem tornou-se muito importante do ponto de vista econômico, ambiental e social, pois beneficia a empresa e também a população de baixa renda, que, através dela consegue alcançar algum retorno financeiro. 
Os canais reversos de reuso estão ligados à reutilização de produtos ou materiais com vida útil prolongada. Quando apresentam condições de utilização podem fazer parte do mercado de segunda mão, sendo comercializados diversas vezes até atingir seu fim de vida. 
Os canais reversos de desmanche referem-se ao desmanche do produto como forma de reaproveitamento de algumas peças para fabricação de outro produto.
Denomina-se de logística reversa de pós-venda a específica área de atuação da logística reversa que se ocupa do planejamento, da operação e do controle do fluxo físico e das informações logísticas correspondentes de bens de pós-venda, sem uso ou com pouco uso, que por diferentes motivos retornam aos diferentes elos da cadeia de distribuição direta, que constituem uma parte dos canais reversos pelos quais fluem os produtos. (LEITE, 2003).
Seu objetivo estratégico é agregar valor a um produto logístico devolvido por razoes comerciais, erros no processamento dos pedidos, garantia dada pelo fabricante, defeitos ou falhas de funcionamento do produto, avarias no transporte, entre outros.
Esse fluxo de retorno se estabelecerá entre os diversos elos da cadeia de distribuição direta, dependendo do objetivo estratégico ou do motivo do retorno. (LEITE, 2003).
Os bens pós-vendas caracterizam-se por apresentar pouco ou nenhum uso, distinguindo-se dos produtos de pós-consumo que se caracterizam por serem utilizados até o fim da vida ou eventualmente até não apresentar utilidade ao primeiro possuidor, que os disponibiliza ou comercializa para extensão de utilizações. (LEITE, 2003).
Um dos aspectos de maior interesse para a logística reversa e que tem contribuído para seu afloramento na estratégia empresarial é a flexibilidade de retorno de mercadoria, por meio de contratos específicos ou por iniciativas próprias de bem servir aos clientes, agregando-lhes valor financeiro ou de outra natureza. (LEITE, 2003).
Empresas modernas utilizam a logística reversa de pós-venda, diretamente ou por meio de terceirizações com empresas especializadas, com diferentes objetivos estratégicos, como o aumento de competitividade no mercado pela diferenciação de serviços, a recuperação de valor econômico dos produtos, a obediência à legislação, garantindo imagem corporativa, etc. (LEITE, 2003).
As quantidades de produtos que fluem nos canais reversos de pós-venda variam de acordo com o tipo de produto, ou seja, características como sazonalidade, ciclo de vida útil, giro de estoques, sistema de comercialização estabelecido, obsolescência, impacto do retorno no resultado operacional, condições tecnológicas de manufatura ou reforma, entre outros motivos. (LEITE, 2003).
Bens de pós-consumo são os produtos ou materiais constituintes cujo prazo de vida útil chegou ao fim sendo assim considerados impróprios para o consumo primários, ou seja, não podem ser comercializados em canais tradicionais de vendas. No entanto, não quer dizer que não possam ser reaproveitados. Isso é possível graças à adoção da logística Reversa e de seus canais de distribuição reversos (CDRS). 
CDRS (Canais de distribuição Reversos) são as etapas envolvidas no retorno de produtos considerados bens de pós - consumo. Essas etapas formam o processo logístico no pós-consumo. Para falar em pós-consumo é preciso antes falar em ciclo de vida ou vida útil de um produto. “A vida útil de um bem é entendida como o tempo decorrido desde a sua produção original até o momento em que o primeiro possuidor se desembaraça dele” (LEITE, 2003, P: 34). Assim sendo, um produto ou material torna-se de pós-consumo quanto sua vida útil é encerrada e, mesmo assim, ainda pode ser reaproveitado para algum fim especifico. O retorno desse bem de pós-consumo ao ciclo produtivo constitui a principal preocupação da logística reversa (LEITE, 2003). A descartabilidade de um produto é que dá início ao processo de logística Reversa.
Os produtos fabricados pelo homem apresentam durações de vida útil que se estendem desde alguns dias até algumas décadas. Dessa maneira, para efeito do enfoque da logística Reversa e dos canais de distribuição reversos de pós – consumo dos materiais, consideraremos três grandes categorias de bens produzidos os bens descartáveis, os bens semiduráveis e os bens duráveis. 
“Bens descartáveis: São os bens que apresentam duração de vida útil média de algumas semanas, raramente superior a seis meses”. Essa categoria de bens produzidos constitui-se tipicamente de produtos de embalagens, brinquedos, materiais para escritório, suprimentos para computadores, artigos cirúrgicos, pilhas de equipamentos eletrônicos, fraldas, jornais, revistas, entre outros.
Bens duráveis: São os bens que apresentam duração de vida média útil variando de alguns anos a algumas décadas. Constituem bens produzidos para a satisfação de necessidades da vida social e incluem os bens de capital em geral. Fazem parte dessa categoria os automóveis, os eletrodomésticos, os eletrônicos, as maquinas e os equipamentos industriais, os edifícios de diversas naturezas, os aviões, as construções civis, os navios, entre outros.
Bens semi-duráveis: São os bens que apresentam duração média de vida útil de alguns meses raramente superior a dois anos. Trata se de uma categoria intermediária que, sob o enfoque dos canais de distribuição reversos dos materiais, apresenta características ora de bens duráveis, ora de bens descartáveis. Trata – se de bens como baterias de veículos, óleos lubrificantes, baterias de celulares, computadores e seus periféricos, revistas especializadas, entre outros.” LEITE (2003, p. 34)
São produtos que tem diversas características, de classificação para se encaixarem em cada grupo de separação técnica. Bens duráveis, semi-duráveis, e bens descartáveis, todos geram um grande problema, quando não são mais úteis, ou seja, na fase de pós-consumo. 	
Os produtos que não podem ser reaproveitados de forma nenhuma que fazer com eles? Como descartá-los? Onde jogá-los? Será que esta é a pergunta mais apropriada? Com a constante evolução tecnológica, temos hoje solução para uma boa parte de nosso lixo. Mas ainda é preciso acelerar este processo, pois o constante grito de socorro do planeta e das sociedades, comunidades econômicas, preocupadas com as consequências dos estragos ambientais causados pela ganância e desespero da sociedade em crescer desenfreadamente, sem pensar no futuro, almejando apenas ganhos momentâneos, sem analisar, as consequências reais de cada ação tomada pelo homem. 
Atualmente se está tentando parar uma bola de neve que já está praticamente nos empurrando, precipício abaixo. Dizem a maioria dos estudiosos, que aindadá tempo de amenizar esta situação e talvez retardá-la por um tempo suficiente para a reconstrução do nosso planeta e reconstituição gradativa do meio ambiente. Hoje vê-se grandes companhias com investimentos pesados em responsabilidade sócio-ambiental, devido a pressões de leis governamentais severas, e organizações não governamentais, que pressionam tanto estas empresas quanto o governo, quanto a leis mais eficazes e trabalho efetivo dos responsáveis, no cumprimento das leis, e na conscientização de todos, para que não venham a chorar ou perceber o que está acontecendo, quando for tarde demais, para resolver o problema.
Frente ao aumento na quantidade de itens a ser manipulada nos canais de distribuição diretos, exigindo giros de estoque crescentes para manter o “frescor” dos produtos em geral.
Com a redução do ciclo de compra, observa-se um aumento proporcional das quantidades de produtos devolvidos na cadeias reversas de pós venda, exigindo maior velocidade de manipulação e equacionamento mais rápido desse produtos, por meio da implementação de sistemas mais eficientes de logística reversa.
Do mesmo modo, com ciclos de vida cada vez menores, os produtos duráveis serão descartados em ciclos menores, transformando - se em produtos semiduráveis, enquanto os produtos anteriormente denominados semiduráveis se tornarão descartáveis. Os volumes dos produtos de pós-consumo aumentam fortemente e exaurem os meios tradicionais de “disposição final”, exigindo equacionamento do retorno de maiores quantidades de produtos e materiais de pós – consumo.
Os diversos tipos de bens produzidos serão disponibilizados em algum momento como pós – consumo. Denominamos de disposição final segura o desembaraço dos bens usando-se um meio controlado que não danifique, de alguma maneira, o meio-ambiente e que não atinja, direta ou indiretamente, a sociedade. Em oposição a esse tipo de disposição segura denominamos de disposição não segura o desembaraço dos bens de maneira não controlada, tal como em locais impróprios (terrenos baldios, riachos, rios, mares, lixões etc.), em quantidades indevidas. 
Fuller e Allen (1995, p.244) apresentam o “Ciclo de produção – Consumo”, as fontes de resíduos de pós – consumo: extração de materiais virgens, produção de materiais e produtos, atacadistas e varejistas e o consumidor final, os quais são “dirigidos” a dois sistemas de disposição final: o sistema de disposição final “seguro”, que o consiste em disposição final em aterros sanitários ou reintegração ao ciclo produtivo, e o sistema “não seguro”, que provoca poluição ambiental.
A disponibilização de bens e materiais residuais, não importando o modo como é feita, caso não seja devidamente “controlada”, gerará impactos ambientais, seja pela liberação de constituintes nocivos à vida, seja pelo acúmulo desses resíduos, originando indiretamente poluição. Algumas pilhas usadas em aparelhos eletrônicos contêm chumbo, cádmio, mercúrio e outros metais pesados que, quando liberados em certas condições de concentração, oferecem riscos à saúde humana, caracterizando – se em um exemplo do primeiro caso de poluição citado. Por outro lado, bens de pós – consumo, os constituídos por materiais muitas vezes inofensivos à saúde humana, poderão provocar, pelo acúmulo das quantidades produzidas e descartadas pela sociedade, a saturação dos meios tradicionais de disposição final dos resíduos, gerando poluição de maneira indireta, porém tão nociva quanto a primeira.
 O sistema de reciclagem agrega valor econômico, ecológico e logístico aos bens de pós-consumo, criando condições para que o material seja reintegrado ao ciclo produtivo e substituindo as matérias-primas novas, gerando uma economia reversa; o sistema de reusa agrega valor de reutilização ao bem de pós-consumo; e o sistema de incineração agrega valor econômico, pela transformação dos resíduos em energia elétrica.
O objetivo econômico da implementação da logística reversa de pós – consumo pode ser entendido como a motivação para a obtenção de resultados financeiros por meio de economias obtidas nas operações industriais, principalmente pelo aproveitamento de matérias-primas secundárias, provenientes dos canais reversos de reciclagem, ou de revalorizações mercadológicas nos canais reversos de reuso e de remanufatura.
Preços menores de matérias-primas secundárias ou recicladas reintegradas ao ciclo produtivo, reduções nos consumo de insumos energéticos de processo e de diferenciais de investimentos normalmente exigidos nas operações de utilização de matérias-primas em relação ás primárias permitem as empresas e aos setores correspondentes obter economias suficientes para garantir, rentabilidade satisfatória aos agentes comerciais e industriais em todas as etapas dos canais reversos.
Nos casos em que o bem apresenta condições de utilização por novo possuidor, o objetivo econômico da logística reversa é a comercialização do bem de segunda mão na condição em que se apresenta. Nos casos em que o bem ou componente de um bem ofereça condições tecnológicas de remanufatura, o objetivo de implementação da logística reversa é a revalorização do bem.
O objetivo estratégico econômico da implementação da logística reversa justifica o valor da economia reversa quando compara o valor produzido com matérias – primas primárias e secundárias, diferentemente do modo tradicional de avaliação pelo valor do produto de pós - consumo.
O principal objetivo de um canal reverso de reciclagem é reintegrar os materiais constituintes dos bens de pós-consumo, seja como substitutos de matérias – primas primárias na fabricação de outras matérias-primas, como, por exemplo, a sucata de ferro que entra na fabricação da matéria-prima do ferro e do aço, seja na fabricação de outros produtos, como, por exemplo, a fabricação de uma artefato de plástico pela indústria de transformação do plástico.
Para materiais comercialmente recicláveis e em condições normais de mercado, o preço do material reciclado deve-se manter abaixo da matéria-prima que substitui, permitindo o interesse em sua utilização” (Penman e Stock, p. 995).
Uma diferença percentual entre esses preços parece ser mantida como regra de mercado, fazendo com que os preços do material reciclado variem em função das variações do preço da matéria- prima que substitui.
Morris (1998) demonstra, em um acompanhamento de dez anos, em pesquisa regional nos Estados Unidos, que a diferença de preços entre os lingotes de alumínio e as latas de pós-consumo manteve-se em torno de US$ 500/t, representando entre 25 e 30% do valor da matéria – prima virgem, com um coeficiente de correlação de 0,92, indicando que 85% da variação dos preços das latas pode ser explicada pela variação dos preços do alumínio em lingotes.
A substituição de matérias-primas virgens por recicladas permite, além da economia obtida pelo diferencial dos preços entre elas, a obtenção de uma série de outras economias: Economia na quantidade de energia elétrica, energia térmica e outras modalidades de energia utilizadas na fabricação, pelo fato de essas energias já terem sido gastas na primeira fabricação do material.
O material alumínio, por exemplo, caracteriza-se por apresentar um conteúdo muito alta energia elétrica na fabricação do alumínio primário, economizada quando se utiliza o alumínio secundário ou reciclado. 
Diversas economias de componentes são obtidas pela substituição de matérias – primas virgens por recicladas, dentre as quais se destacam as obtidas pelo uso de ligas de determinado material em ciclos reversos fechados que permitem expressivas economias.
De uma maneira geral, os investimentos em fábricas de matérias reciclados são menores que os correspondentes em fábricas de matérias – primas primárias, tornando – se, portanto, fonte de economia de custos importantes. Citemos como exemplo o caso do alumínio, em que o investimento em fábrica nova é de ordem de 5 mil dólares por tonelada produzida, enquanto o investimento em uma fábrica de reciclagem é da ordem de 350 dólares por toneladaproduzida.
2.2 LOGÍSTICA REVERSA E AS GARRAFAS PET
As garrafas PET (Polietileno Tereftalato) apesar serem totalmente recicláveis, o Brasil o seu baixo custo de produção e seu descarte inadequado levam estas embalagens a representar um grande problema ambiental e para a saúde humana.
As garrafas Pet foram introduzidas no Brasil na década de 90 do século XX, e hoje a atual produção supera 1 bilhão de toneladas, dos quais aproximadamente 50% são reciclados. (IBGE, 2014)
De acordo com Rolim e Nascimento (2000, p. 04):
O PET é um tipo de plástico, que foi desenvolvido em 1941, por químicos ingleses, para a confecção de fibras têxteis. Mas somente no final da década de 60, o PET começou a ser desenvolvido para aplicações em embalagens. Suas características de leveza, transparência, brilho, boas propriedades mecânicas e de barreira do dióxido de carbono (CO2), fazem dele um material adequado para a fabricação de garrafas de bebidas carbonatadas (refrigerantes) (...) Atualmente, suas principais aplicações são frascos e garrafas para uso alimentício/hospitalar (principalmente garrafas de refrigerante), cosméticos, bandejas para microondas, filmes para áudio e vídeo, fibras têxteis. 
A matéria-prima básica os plásticos é o petróleo, sendo formado por uma complexa mistura de compostos que, por possuírem diferentes temperaturas de ebulição, separaram-se através de um processo conhecido como destilação. Uma das frações, a nafta, é fornecida para as centrais petroquímicas, onde passa por uma série de processos, dando origem aos principais monômeros, como por exemplo, eteno. Para a produção de plásticos são destinados cerca de 4% da produção mundial de petróleo. (ROLIM e NASCIMENTO, 2000)
O começo do ciclo de vida das garrafas PET ocorre na extração do petróleo que, após ser destilado e refinado, é separado em diversos compostos, entre os quais a nafta. A partir da nafta, são obtidos outros produtos como o etileno e o p-xileno. Sendo que representam matérias-primas para a fabricação do monoetilenoglicol (MEG) e do dimetiltereftalato (DMT). (ROLIM e NASCIMENTO, 2000)
Na indústria de bebidas, o PET mostrou ser o recipiente ideal em todo o mundo, reduzindo custos de transporte e produção. Por tudo isso, oferece ao consumidor um produto substancialmente mais barato, seguro e moderno, sendo que a cada ano que passa cada vez mais a produção de PET aumenta consideravelmente levando em conta o número de PET ́s produzidas por ano em toneladas no Brasil. (ROLIM e NASCIMENTO, 2000)
Segundo o 5º Senso de Reciclagem da ABIPET, o crescimento da reciclagem no Brasil desde 1994 foi de 1.850%, ou seja, quase 20 vezes mais do que reciclava no século passado; foram 253 mil toneladas recicladas em 2008, ante apenas 13 mil em 1994. Estes dados de reciclagem tendem e crescer, sendo que o país consome quase seis vezes mais PET para produzir embalagens novas, portanto, sobra mais PET hoje do que sobrava no século passado. Este fator qual justifica e leva as atenções para a reciclagem para o não acúmulo de lixo de PET. (ABIPET, 2014)
Sendo a reciclagem mecânica o principal processo utilizado no Brasil na cadeia reversa do PET, destaca-se como principal vantagem a acessibilidade a pequenas e médias empresas. Isto se deve ao fato de ser uma tecnologia de fácil absorção, marcada pela baixa intensidade tecnológica, à menor necessidade de mão-de-obra qualificada e ao pequeno aporte de investimento demandado. Além disso, a reciclagem mecânica permite a reutilização do PET para um número variado de produtos, voltado a um mercado consumidor de amplo espectro, indo de baldes e vassouras até roupas e materiais construtivos, que por sua vez apresentam um ciclo de vida mais longo do que as embalagens.
Segundo Rolim e Nascimento (2000, p. 05):
Um exemplo do processo de reciclagem do PET é descrito na revista Plástico Moderno (Furtado, 1999). Os resíduos de PET são classificados, separando os contaminantes maiores como pedras e tampas soltas através de uma peneira rotativa, onde ocorre também uma primeira lavagem.
A seguir, os resíduos são separados de outros tipos de plásticos e também de metais ferrosos através de um detetor de metais, sendo depois moídos com lavagem. O material vai para tanques de descontaminação onde ocorre a separação de tampas e rótulos e a adição de produtos químicos. Depois ele é moído, lavado novamente, secado, podendo ser utilizado na transformação (Furtado, 1999).
Todo o processo inicia-se com a fase chamada Recuperação, a partir das duas formas mais usada de coleta de lixo no Brasil: Cooperativas de Catadores e Micro empresas que se encarregam de arregimentar um número de empregados encarregados de coletar de diferentes formas o material desejado. O grande problema desta modalidade está na complexa e onerosa relação trabalhista.
De acordo com Rolim e Nascimento (2000, p. 06):
Atualmente, o maior mercado para o PET pós-consumo reciclado é a produção de fibras para fabricação de cordas (multifilamento), fios de costura (monofilamento) e cerdas de vassouras e escovas, sendo que outra parte é destinada à moldagem de autopeças, lâminas para termoformadores e formadores a vácuo (manequins plásticos), garrafas de detergentes, mantas não tecidas, carpetes e enchimentos de travesseiros (CEMPRE, 1997b). Em 1996, 21% da resina de PET produzida no Brasil foi reciclada, totalizando 22 mil toneladas.
A segunda etapa do processo é chamada triagem, onde as embalagens pós- consumo já examinadas serão separadas para evitar contaminação com qualquer outro tipo de plástico, metais e outros materiais e já separadas também por cor.
Na terceira etapa o material separado é prensado e amarrado para diminuir o volume e facilitar o transporte, agora chamado de fardo.
Para que o FARDO alcance o melhor preço é preciso que contenha somente PET, que as garrafas sejam todas da mesma cor, que as embalagens estejam limpas, o peso e a maneira que é fechado através de ráfia ou cintas feitas do próprio PET.
O segundo processo intitulado revalorização, engloba a moagem e lavagem do material PET resultando no floco da garrafa que podem ser mais ou menos refinados ganhando mais valor de mercado, pois aperfeiçoa o transporte e o desempenho na transformação.
Para instalação dessa linha é necessário um galpão com uma área de 1000 m2, com área mínima de estoque de 1000 m2. A capacidade das linhas de lavagem de PET, podem variar de 100 a 1500 kg/h. onde consumo médio de água é =~ 4m3/h e o de energia é =~ 120 KW.
Os fardos de garrafa entram na plataforma onde serão desfeitos. Após este procedimento as garrafas são colocadas na esteira de alimentação da peneira rotativa, ali é feita a primeira etapa de lavagem das garrafas, onde são retirados os contaminantes maiores (pedras, tampas soltas, etc.). As garrafas passam então para a esteira de seleção.
Nessa esteira de seleção é monitorada a presença de outros materiais (ex.: PVC, PP, PE), inclusive os metais que são acusados pelo detector de metais ferrosos. As garrafas caem na esteira de alimentação do primeiro moinho onde sofrem a primeira moagem, está feita a úmido com adição de água.
O material moído é retirado através de uma rosca duplo envelope, onde parte da água suja é separada do processo.
Passa pelos tanques de descontaminação, onde além de ser feita a separação dos rótulos e tampas poderá ser feita a adição de produtos químicos para beneficiamento do processo.
Após os tanques o material é introduzido em outro moinho até obter a granulometria adequada, depois é transportado pneumaticamente até lavador, onde com adição de água é feito o enxágue, saindo diretamente para o secador.
Segundo Rolim e Nascimento (2000, p. 07):
A inovação na reciclagem do PET é fundamental para o seu desenvolvimento e difusão, tanto nas empresas recicladoras como nas empresas produtoras de produtos feitos desse material. O PVC (policloreto de vinila), por exemplo, é um tipo de plástico com propriedades similares e que é o pior contaminante do PET. No exterior existem técnicas sofisticadaspara a separação destes plásticos,
como aparelhos que utilizam raios ultravioleta para a sua identificação (CEMPRE, 1997a). A evolução do design das embalagens de PET também contribuiu para facilitar a reciclagem de garrafas de PET. As garrafas de refrigerante não apresentam mais o base-cup (uma base feita de outro tipo de plástico, geralmente o PEAD, polietileno de alta densidade), não tem mais seus rótulos presos em cola e não possuem mais anel metálico nas tampas.
O material é retirado do secador por um transporte pneumático indo para o silo, passa por um detector de metais não ferrosos, de onde é retirado e colocado em big-bags, onde estão prontos para ser enviados à indústria de transformação em forma de flocos, ou o granulado, fechando o ciclo. Os transformadores utilizam PET reciclado para fabricação de diversos produtos.
 
REFERÊNCIAS
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