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LOGÍSTICA REVERSA 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Luiz Felipe Cougo 
 
 
 
 
2 
 
CONVERSA INICIAL 
Caro aluno, seja bem-vindo! Estamos iniciando a segunda aula da 
disciplina de Logística Reversa! 
Agora que passamos por um bom conteúdo inicial de Logística Reversa 
(LR), que inclui a evolução, os conceitos e importantes fatores para o uso desse 
processo, veremos a importante característica da LR, incluindo os tipos de fluxos 
logísticos, as diferenças que trazem essa atividade e os aspectos estratégicos 
para a correta adoção dessa ferramenta. Além disso, conheceremos os canais 
de distribuição da logística reversa e também os tipos existentes. 
Um ótimo estudo! 
 
CONTEXTUALIZANDO 
Existem diversos tipos de sistemas logísticos reversos implantados nas 
empresas. Compreender os métodos para implantação a partir da compreensão 
do que é gerenciar canais reversos, como se classificam os bens e o que seja a 
logística reversa de pós-consumo e de pós-vendas é importante para 
compreendermos como cada tipo de canal reverso pode ser aplicado a uma 
organização em particular. 
Você deve estar se perguntando: de que forma os produtos voltam? 
Quais são os importantes métodos conhecidos até hoje para que a logística 
reversa seja aplicável? 
Vamos aos estudos para que juntos possamos entender alguns 
importantes pontos da logística reversa. 
 
TEMA 1 - CONCEITOS E DEFINIÇÕES 
 Relembrando os conceitos, os autores Rogers e Tibben-Lembke (1998) 
conceituam a logística reversa ou inversa como: "o processo de planejamento, 
implementação e controle da eficiência e eficácia e dos custos, dos fluxos de 
matérias-primas, produtos em curso, produtos acabados e informação 
relacionada, desde o ponto de consumo até ao ponto de origem, com o objetivo 
de recapturar valor ou realizar a deposição adequada". 
Leite (2000) reforça também sobre os resíduos como um agente 
importante da logística reversa: 
 
 
3 
A Logística Reversa, uma nova área da Logística Empresarial, 
preocupa-se em equacionar a multiplicidade de aspectos logísticos do 
retorno ao ciclo produtivo destes diferentes tipos de bens industriais, 
dos materiais constituintes dos mesmos, bem como dos resíduos 
industriais, através de reutilização controlada do bem e de seus 
componentes ou da reciclagem dos materiais constituintes, dando 
origem a matérias-primas secundárias que se reintroduzirão ao 
processo produtivo. 
 
Após anos até os dias de hoje, a evolução desse conceito é 
complementada considerando o aumento da economia, do crescimento da 
variedade de produtos para atender a todos os consumidores, incluindo gêneros, 
idades, costumes, culturas – as mais variadas possíveis, entre outros. Exige das 
organizações sistemas logísticos de distribuição e controle, assim como o 
aumento do retorno de produtos de pós-consumo, tornando esse aspecto de 
extrema importância ao meio ambiente. 
Depois o conceito de Logística Reversa ter sido relembrado, sabe-se que 
existem dentro do processo evolutivo da LR diversos elementos que fizeram 
parte da força motriz dessa atividade. 
O desenvolvimento e progresso da logística inversa tem sido 
impulsionado, em grande parte, pelas questões ambientais, relacionado com o 
problema da deposição das embalagens dos produtos, da recuperação dos 
produtos, partes de produtos ou materiais, das devoluções de produtos em fim 
de vida, de produtos com defeito (WIKIPÉDIA, 2015). 
Quando as condições naturais do mercado não propiciam eficiente 
equilíbrio entre os fluxos reversos e os fluxos diretos, faz-se necessária a 
intervenção governamental por meio da legislação, de modo que sejam 
alteradas as condições e seja permitido melhor equacionamento do 
retorno dos bens de pós-consumo e de seus materiais constituintes (LEITE, 
2012). 
Tem existido um forte crescimento dessa área da logística, não só pela 
legislação ambiental, a qual impõe leis mais exigentes, mas também pela 
consciencialização ambiental das empresas, organizações e organismos 
públicos. 
Em termos econômicos e financeiros, a logística inversa já representa 
cerca de 0,5% do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos. 
 
 
4 
Essa vertente da logística encontra-se em franco desenvolvimento, e é 
um grande potencial de negócio emergente para as empresas e organizações, 
pois as políticas ambientais tendem a ser cada vez mais exigentes. 
Outro fator de grande importância, e que está diretamente relacionado 
com o grande aumento da logística inversa é a compra de produtos através da 
internet, o chamado e-commerce (CARVALHO, 2003, p. 71-72). 
Com o crescimento exponencial das vendas on-line, por exemplo, os 
sistemas de logística reversa, no que diz respeito à questão da gestão das 
devoluções, tem crescido de uma forma abrupta. Leva à necessidade de ação 
de logística reversa. 
Podemos mesmo afirmar que a grande maioria dos sistemas de logística 
reversa aparecem devido à questão das devoluções. Os clientes, quando os 
produtos não corresponderem a seus requisitos de qualidade, podem acionar o 
processo de devolução, que é disponibilizado por cada vez mais empresas, de 
modo a prestarem um serviço de pós-venda de qualidade cada vez melhor, 
tentando atingir ou mesmo ultrapassar as expectativas dos clientes. 
Desse modo, é possível fidelizar o cliente, pois estes preferem, na maioria 
dos casos, ter poucos fornecedores, em detrimento de vários, mas que 
correspondam ou mesmo superem as suas expectativas. 
Para definirmos exemplificando, o quadro abaixo expõe as principais 
diferenças entre a logística tradicional e a reversa: 
 
 
 
5 
TEMA 2 - ABORDAGENS EMPRESARIAIS RELACIONADAS À LOGÍSTICA 
REVERSA 
Você já parou para pensar que a grande maioria das organizações em 
que conhece, que trabalha ou que já trabalhou apresenta um processo produtivo 
que é essencialmente baseada na fabricação de produtos específicos? E que 
deste produto temos apenas o valor agregado que o empreendedor vislumbra 
como fator de sucesso para sua empresa? 
Existe uma triste afirmativa nesta resposta, contudo, nos dias de hoje, sob 
o ponto de vista estratégico e operacional, existem algumas questões básicas a 
serem respondidas para que a LR seja aplicável e que deve ser considerada 
para todos os processos produtivos, a saber: 
1. Quais alternativas estão disponíveis para recuperar produtos, 
partes de produtos e materiais? 
2. Quem deve realizar as diversas atividades de recuperação? 
3. Como essas atividades devem ser realizadas? 
4. É possível integrar as atividades típicas da logística reversa com 
sistemas de distribuição e produção clássicos? 
5. Quais são os custos e benefícios da logística reversa, do ponto de 
vista econômico e ambiental? 
 
Há processos em que a LR apresenta maneiras diferentes de aplicação, 
todavia, a abordagem estratégica se faz necessária nos negócios e refere-se às 
decisões de logística reversa no macroambiente empresarial constituído pela 
sociedade e comunidades locais, governos e ambiente concorrencial. Portanto, 
levará em consideração as características que garantirão competitividade e 
sustentabilidade às empresas nos eixos econômico e ambiental por meio de 
diversificados objetivos empresariais como: 
 Recuperação de valor financeiro (Retorno do investimento) 
 Seguimento de legislações 
 Prestação de serviços aos clientes 
 Mitigação dos riscos ou reforço da imagem de marca ou corporativa 
e demonstração de responsabilidade social 
Fatores como esses devem necessariamente fazer parte da pauta de 
análise crítica da direção das organizações para que as decisões sejam tomadas 
e a operacionalização adequada ao uso do processo. 
 
 
6 
O quadro ao lado demonstra diversos inputs que são considerados 
estrategicamente para o negócio, incluindo a logística reversa. 
 
 
Sob os aspectos operacionais, alguns relevantes a considerar: Envolvem o uso das principais ferramentas de logística aplicadas à 
logística reversa 
 Localização de instalações 
 Roteirização 
 Gestão de estoques 
 Gestão de transporte e armazenagem etc. 
 
Leia este interessante texto: “As oportunidades na economia circular”, de 
Ana Ester Rossetto, sócia da KCA Consulting, que aborda questões 
relacionadas à logística reversa à luz da ideia de Economia Circular. 
Link: https://endeavor.org.br/as-oportunidades-na-economia-circular/ 
 
O vídeo que é mencionado pela autora do texto anterior é muito 
interessante para compreender a economia circular. Vale a pena assistir! 
Link:https://www.youtube.com/watch?v=zhFhgXb4hO4&context=C47e1f
50ADvjVQa1PpcFMU9oMqKAaePWLibRcaXKUo0ZterO6hX4o 
 
TEMA 3 - CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO 
Como visto em aula, o estudo dos canais de distribuição reversos 
interessa às empresas pela oportunidade de recuperação de custos envolvidos 
https://endeavor.org.br/as-oportunidades-na-economia-circular/
https://www.youtube.com/watch?v=zhFhgXb4hO4&context=C47e1f50ADvjVQa1PpcFMU9oMqKAaePWLibRcaXKUo0ZterO6hX4o
https://www.youtube.com/watch?v=zhFhgXb4hO4&context=C47e1f50ADvjVQa1PpcFMU9oMqKAaePWLibRcaXKUo0ZterO6hX4o
 
 
7 
e pela diferenciação dos níveis de serviços oferecidos em mercados 
globalizados e extremamente competitivos da atualidade. 
Assim, o gerenciamento dos canais reversos de distribuição pode ser 
definido como: “[...] as atividades logísticas em que uma organização se ocupa 
da coleta de seus produtos usados, danificados ou ultrapassados, embalagens 
e/ou outros resíduos finais gerados pelos seus produtos e subprodutos”. Fonte: 
RAZZOLINI FILHO, 2004. Adaptado. 
Por meio dos canais reversos são retornados produtos industriais já 
usados e que, através de análises de viabilidade, define-se os possíveis destinos 
para este fim. O quadro ao lado demonstra alguns exemplos aplicáveis na cadeia 
produtiva industrial. 
 
 
 
Como característica complementar ao fluxo direto, a figura a seguir mostra 
o fluxo reverso necessário, sob o aspecto operacional, que deve ser mapeado 
na logística dos materiais e informações. 
 
 
8 
 
Ou ainda, os chamados canais reversos devem ser criados da maneira 
que inclua todas as hipóteses e cenários considerando a viabilidade do negócio. 
As opções são inúmeras, como mostra o exemplo da figura seguinte que vimos 
na última rota, porém, aplicável nesse contexto também: 
 
 
Essa classificação da figura anterior quanto ao destino dos produtos 
retornados pode ser demonstrada da seguinte forma: 
 Reciclado: é reduzido à forma primária, uso como matéria-prima/ 
aproveitamento de componentes 
 Recondicionado: bom estado, limpeza/ revisão 
 Renovado: igual ao recondicionado, envolve mais tempo de reparo 
 Remanufaturado: igual ao renovado, envolve desmontagem e 
recuperação 
 Revenda: pode ser vendido como novo 
Existe ainda uma importante definição para os canais reversos e que 
influenciam para a formação desses chamados canais. Resumidamente, existem 
três grandes categorias de bens produzidos: os bens descartáveis, os bens 
duráveis e os bens semiduráveis classificados de acordo com a sua vida útil. 
 
 
9 
Essas definições são fundamentais para um melhor entendimento das atividades 
dos canais de distribuição reversos. 
 Bens descartáveis: são bens que apresentam duração de vida útil 
média de algumas semanas, raramente superior a seis meses. São exemplos de 
bens descartáveis os produtos de embalagens, brinquedos, materiais para 
escritório, suprimentos para computadores, artigos cirúrgicos, pilhas de 
equipamentos eletrônicos, fraldas, jornais, revistas etc. 
 Bens duráveis: são os bens que apresentam duração de vida útil 
variando de alguns anos a algumas décadas. Exemplos: automóveis, 
eletrodomésticos, eletroeletrônicos, as máquinas e os equipamentos industriais, 
edifícios, aviões, navios etc. 
 Bens semiduráveis: são os bens que apresentam duração média 
de vida útil de alguns meses, raramente superior a dois anos. Sob o enfoque dos 
canais de distribuição reversos dos materiais, apresentam características ora de 
bens duráveis, ora de bens descartáveis. Exemplos: baterias de veículos, óleos 
lubrificantes, baterias de celulares, computadores e seus periféricos, revistas 
especializadas etc. 
O acelerado desenvolvimento tecnológico vivenciado pela sociedade nas 
últimas décadas, a introdução de novos materiais que têm substituído outros com 
melhoria de desempenho técnico do produto e de sua embalagem e redução de 
custos dos produtos – associados ao acirramento da competitividade, como 
consequência da globalização e da própria tecnologia – têm feito que empresas 
passem a se diferenciar pela constante inovação, reduzindo drasticamente o 
ciclo de vida dos produtos, causando um alto grau de obsolescência e, assim 
sendo, uma alta tendência à descartabilidade. Essa tendência tem causado 
modificações nos hábitos mercadológicos e logísticos das empresas modernas, 
exigindo alta velocidade no fluxo de distribuição física dos produtos. 
Uma das consequências é a redução do ciclo de compra, observando-se 
um aumento das quantidades de produtos devolvidos nas cadeias reversas de 
pós-venda, exigindo um sistema de logística reversa mais eficiente. 
Por outro lado, com os ciclos de vida cada vez menores, os produtos ditos 
duráveis serão descartados mais rapidamente, transformando-se em 
semiduráveis. Da mesma forma, os produtos semiduráveis se tornarão 
descartáveis. Assim sendo, os produtos de pós-consumo aumentam e exaurem 
 
 
10 
os meios de disposição final, tornando-se necessário equacionar o problema de 
retorno dos bens de pós-consumo. 
Consulte o livro-base desta disciplina, “O Reverso da Logística e as 
Questões Ambientais no Brasil”, da Editora Intersaberes e de autoria de Edelvino 
Filho RAZZOLIN e Rodrigo BERTÉ. 
 
TEMA 4 - TIPOS DE CANAIS REVERSOS 
Basicamente os canais reversos são divididos em dois grandes grupos: 
os canais reversos do tipo de pós-vendas e os de pós-consumo. Como o nome 
já diz, são separados de forma distinta para que a identificação e todo o 
mapeamento dos processos relacionados à logística reversa sejam bem 
definidos. 
 
 
 
Os canais de distribuição reversos de pós-consumo são constituídos pelo 
fluxo reverso de uma parcela de produtos e de materiais constituintes originados 
no descarte dos produtos após a sua utilização pelo usuário original e retornando 
ao ciclo produtivo. 
Os canais reversos de pós-venda são constituídos pelas diferentes formas 
e possibilidades de retorno de uma parcela de produtos, com pouco e nenhum 
uso, que fluem no sentido inverso, do consumidor ao varejista ou ao fabricante, 
do varejista ao fabricante, entre as empresas, motivado em geral por problemas 
 
 
11 
de qualidade, garantia, processos comerciais entre empresas e retornando ao 
ciclo de negócios de alguma forma. 
Distinção entre os canais reversos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: LEITE (2009) 
 
Existem dois recentes artigos que podem ser utilizados como modelos de 
estudo para os casos de logística reversa de bens de pós-consumo e outro artigo 
para LR de pós-vendas, respectivamente. É de grande aprendizado, confira! 
Links: 
http://periodicos.unb.br/index.php/sust/article/view/15522 
http://abcustos.emnuvens.com.br/abcustos/article/view/118 
 
Leia de forma complementar excelente artigo sobre os canais reversos 
aplicados a um estudo de caso em uma instituição de ensino, disponível no botão 
a seguir. 
Link: http://siaibib01.univali.br/pdf/Pamela%20dos%20Santos.pdf 
 
TEMA 5 - CANAIS REVERSOS DE PÓS-CONSUMO (CR-PC) 
A logística reversa de pós-consumo deverá planejar, operar e controlar o 
fluxo de retorno dos produtos de pós-consumo ou de seus materiais 
constituintes, classificados em função de seu estado de vida e origem: “Em 
condições de uso”; “Fim de vida útil”; e “Resíduos industriais”.Logística Reversa de Pós-Venda 
 Equacionamento do 
retorno de produtos não 
consumidos. 
 Produtos voltam pelos 
mesmos canais reversos 
que os levaram ao 
mercado. 
Logística Reversa de Pós-Consumo 
 Equacionamento do 
retorno de produtos 
consumidos. 
 Produtos voltam por 
canais reversos distintos 
daqueles que os levaram 
ao mercado. 
http://periodicos.unb.br/index.php/sust/article/view/15522
http://abcustos.emnuvens.com.br/abcustos/article/view/118
http://siaibib01.univali.br/pdf/Pamela%20dos%20Santos.pdf
 
 
12 
A classificação “Em condições de uso” refere-se às atividades em que o 
bem durável ou semidurável apresenta interesse de reutilização, sendo sua vida 
útil estendida adentrando no canal reverso de “Reuso” em mercado de segunda 
mão até atingir o “fim de vida útil” do produto. 
Nas atividades da classificação “Fim de vida útil”, a logística reversa 
poderá atuar em duas áreas não destacadas no esquema: dos bens duráveis ou 
descartáveis. 
Na área de atuação de duráveis ou semiduráveis, os produtos entrarão no 
canal reverso de Desmontagem e Reciclagem Industrial; sendo desmontados na 
etapa de “desmanche”, seus componentes poderão ser aproveitados ou 
remanufaturados, retornando ao mercado secundário ou à própria indústria que 
o reutilizará, sendo uma parcela destinada ao canal reverso de “Reciclagem”. 
Já nas áreas de logísticas, tecnológicas e econômicas, os produtos são 
retornados por meio do canal reverso de “Reciclagem Industrial”, onde os 
materiais constituintes são reaproveitados e se constituirão em matérias-primas 
secundárias, que retornam ao ciclo produtivo pelo mercado correspondente, ou 
no caso de não haver as condições mencionadas, serão destinadas ao “Destino 
Final”, aos aterros sanitários, lixões e incineração com recuperação energética. 
Observe o fluxograma na tela a seguir. 
 
 
 
 
13 
 
Uma parcela dos bens de pós-consumo será reintegrada ao ciclo 
produtivo e irá fluir pelos canais reversos de reciclagem. Com a revalorização 
dos seus materiais constituintes, estes podem ser reintegrados ao ciclo produtivo 
na fabricação de um produto similar ao que lhe deu origem ou de um produto 
distinto. Em função dessa diferença, há a distinção de duas categorias de ciclos 
reversos de retorno ao ciclo produtivo: 
 Canais de distribuição reversos de ciclo aberto: são 
constituídos pelas diversas etapas de retorno dos materiais constituintes dos 
produtos de pós-consumo, tais como plásticos, papéis, vidros, metais etc., que 
são reintegrados ao ciclo produtivo e substituem as matérias-primas virgens 
necessárias para a fabricação de itens diversos. Pode-se citar como exemplo os 
eletrodomésticos descartados, de onde são extraídos diversos componentes, 
sendo um deles o material ferroso, que será reintegrado como matéria-prima 
secundária na fabricação de chapas de aço, barras de ferro e vigas, entre outros. 
 Canais de distribuição reversos de ciclo fechado: são constituídos 
por bens de pós-consumo em que os materiais constituintes de determinado 
produto descartado são extraídos seletivamente e aproveitados na fabricação de 
um produto similar ao de origem. Das baterias de veículos descartadas, por 
exemplo, podem ser extraídas a liga de chumbo e a carcaça de plástico, 
materiais que são reutilizados na fabricação de uma nova bateria. 
É importante ressaltar que no canal de ciclo aberto a matéria-prima 
extraída será utilizada na elaboração de produtos diferentes daqueles dos quais 
os materiais foram extraídos, pois nessa categoria o material é primeiramente 
reprocessado para depois se tornar uma nova matéria-prima. 
Já no caso do canal de ciclo fechado, após seleção, o material classificado 
como aproveitável é separado e colocado em um novo produto similar, que 
poderá ser novamente disponibilizado no mercado. 
Classificação e destino dos canais reversos pós-consumo (CR-PC): 
1. Reúso 
 São os canais em que se tem a extensão do uso de um produto de pós-
consumo ou de seu componente, com a mesma função para a qual foi 
originalmente concebido, ou seja, sem nenhum tipo de remanufatura. Pós-
consumo, neste caso, é adotado como sinônimo de bem-usado. Por exemplo: 
veículos, eletrodomésticos, produtos de informática, vestuário etc. 
 
 
14 
Em todas as regiões do planeta possuem mercado de segunda mão. Após 
os bens atingirem seu fim de vida útil efetivo, os mesmos passam um por um 
fluxo reverso por meio de dois grandes sistemas de canais reversos de 
revalorização: “remanufatura” e o de “reciclagem”. Na impossibilidade dessas 
revalorizações, os bens de pós-consumo encontram a “disposição final” em 
aterros sanitários ou são incinerados. 
2. Desmanche 
 É um processo industrial no qual um produto durável de pós-consumo 
é desmontado em seus componentes. Os componentes em condições de uso ou 
de remanufatura são separados e destinados à remanufatura industrial e os 
materiais para os quais não existem condições de revalorização são enviados 
para a reciclagem industrial. Os componentes em condições de uso são 
enviados, diretamente ou após a remanufatura, ao mercado de peças usadas, 
enquanto os materiais inservíveis são destinados a aterros sanitários ou são 
incinerados. 
3. Remanufatura 
 São bens usados que passam pelo o processo industrial da 
remanufatura. Em geral, algumas condições devem ser cumpridas para que um 
bem seja considerado remanufaturado, são elas: os componentes primários 
deverão ser provindos de um produto usado; o produto usado deverá ser 
desmontado na extensão necessária a se determinar as condições de seus 
componentes; os componentes do produto usado deverão ser completamente 
limpos e livres de ferrugem e corrosão; todas as peças faltantes, defeituosas, 
quebradas ou desgastadas deverão ser restauradas ou substituídas por novas 
ou usadas de forma que apresentem boas condições de funcionamento; o 
produto deverá passar por operações como usinagem, rebobinagem, 
acabamento, entre outras, para chegar em plenas condições de funcionamento 
e o produto deverá ser remontado e operar com a mesma segurança e eficiência 
de um produto novo. 
Atualmente, há diversos termos correlatos aos bens remanufaturados, 
dentre eles: 
 Bem reconstruído (rebuilt): é sinônimo de remanufaturado quando 
aplicado a peças de motores e sistemas automotivos, mas não ao veículo todo. 
 
 
15 
 Bem recarregado (recharged): também é sinônimo de 
remanufaturado, geralmente aplicado a produtos de imagem, como cartuchos de 
tinta. 
 Bem recondicionado (refurbished): esse termo se refere, 
sobretudo, àqueles produtos que apresentaram defeito ainda dentro da fábrica e 
são ali mesmo reparados. Tal termo é utilizado principalmente para artigos 
eletrônicos. 
4. Reciclagem 
A reciclagem é o reaproveitamento dos materiais como matéria-prima 
para um novo produto. Muitos materiais podem ser reciclados e os exemplos 
mais comuns são o papel, o vidro, o metal e o plástico. A palavra reciclagem 
difundiu-se na mídia a partir do final da década de 1980, quando foi constatado 
que as fontes de petróleo e de outras matérias-primas não renováveis estavam 
se esgotando rapidamente, bem como havia falta de espaço para a disposição 
de lixo e de outros dejetos na natureza. 
A expressão vem do inglês recycle (re = repetir; cycle = ciclo). Os 
resultados da reciclagem são expressivos tanto no campo ambiental, como nos 
campos econômico e social. No aspecto econômico, a reciclagem contribui para 
a utilização mais racional dos recursos naturais e a reposição daqueles recursos 
que são passíveis de reaproveitamento. No meio ambiente, a reciclagem pode 
reduzir a acumulação progressiva de resíduos à produção de novos materiais, 
como exemplo o papel – que exigiria o corte de mais árvores; as emissões de 
gases como metano e gás carbônico; as agressões ao solo, ar e água; entre 
outros tantos fatores negativos. No âmbito social,a reciclagem não só 
proporciona melhor qualidade de vida para as pessoas – através das melhorias 
ambientais – como também tem gerado muitos postos de trabalho e rendimento 
para pessoas que vivem nas camadas mais pobres. 
A seguir, veremos uma introdução sobre exemplos de materiais que 
podem ser reciclados quando ocorre o processo da logística reversa. 
Aço Reciclado 
A reciclagem de aço é o reaproveitamento do aço utilizado em objetos que 
já não estão funcionando para produzir novos objetos. O aço é utilizado em 
diversos materiais, desde latas até carros. Sua reciclagem é tão antiga quanto a 
própria história de sua utilização. O aço pode ser reciclado infinitas vezes, com 
custos menores e menos dispêndio de energia do que na sua criação inicial. Ele 
 
 
16 
pode ser separado de outros resíduos por diversos processos químico-
industriais e voltar a ser utilizado sem perder suas características iniciais. A lata 
de aço é uma das embalagens mais utilizadas em todo mundo para acondicionar 
alimentos e produtos diversos. A embalagem pode ser biodegradada pelo 
próprio ambiente, através do processo de ferrugem, num prazo médio de três 
anos. Porém, se aproveitado, o aço pode gerar economias e menos agressão ao 
meio ambiente. 
Reciclagem de papel 
A reciclagem do papel consiste no reaproveitamento das fibras celulósicas 
de papéis usados para produção de um novo artefato de papel. O papel reciclado 
pode ser aplicado em caixas de papelão, sacolas, embalagens para ovos, 
bandejas para frutas, papel higiênico, cadernos e livros, material de escritório, 
envelopes, papel para impressão, entre outros usos. Para a reciclagem, o papel 
é classificado em papel branco, papel jornal, papel misto, papelão e longa vida. 
Os papéis brancos são os papéis de carta, folhetos, papéis de copiadoras e 
impressoras. O papel jornal é produzido com menos celulose e mais fibras de 
madeira, obtidas na primeira etapa da fabricação do papel e, por isso, apresenta 
menor qualidade. Os papéis mistos apresentam diferentes fibras e cores, por 
exemplo, aqueles que encontramos em revistas. 
É importante lembrar que os papéis para fins sanitários (toalhas e 
higiênicos) não são encaminhados para reciclagem, assim como papéis 
vegetais, parafinados, carbono, plastificados e metalizados. 
 
 
17 
 
Figura: A reciclagem do papel (alpambiental, 2015) 
 
Reciclagem do vidro 
A reciclagem possui papel de destaque na indústria vidreira. Com um quilo 
de vidro se faz outro quilo de vidro, com perda zero e sem poluição para o meio 
ambiente. Além da vantagem do reaproveitamento de 100% do caco, a 
reciclagem permite poupar matérias-primas naturais como areia, barrilha e 
calcário (Fonte: site ABIVIDRO – Associação Técnica Brasileira das Indústrias 
Automáticas de Vidro). 
Como normalmente os vidros de embalagem são do tipo sodo-cálcico, 
apenas as sucatas de vidro com essa natureza química são aceitas para 
reciclagem, como garrafas, potes e frascos. Os vidros de janelas, espelhos, 
cristais, pirex e similares podem ser reciclados, porém não devem ser incluídos 
junto com os vidros de embalagem. 
 
 
Reciclagem do alumínio 
A reciclagem de alumínio é o processo pelo qual o alumínio pode ser 
reutilizado em determinados produtos, após ter sido inicialmente produzido. O 
processo resume-se no derretimento do metal, o que é muito menos dispendioso 
e consome muito menos energia do que produzir o alumínio através da 
 
 
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mineração de bauxita. A mineração e o refino deste requerem enormes gastos 
de eletricidade, enquanto que a reciclagem requer apenas 5% da energia para 
produzi-lo. Por isso, a reciclagem tornou-se uma atividade importante para essa 
indústria. 
O alumínio pode ser reciclado tanto a partir de sucatas geradas por 
produtos de vida útil esgotada, como de sobras do processo produtivo. O 
alumínio reciclado pode ser obtido a partir de esquadrias de janelas, 
componentes automotivos, eletrodomésticos, latas de bebidas, entre outros. A 
reciclagem não danifica a estrutura do metal, que pode ainda ser reciclado 
infinitamente e reutilizado na produção de qualquer produto com o mesmo nível 
de qualidade de um alumínio recém-produzido por mineração. 
 
Reciclagem de plástico 
Existem três tipos de reciclagem do plástico: 
1. Reciclagem primária ou pré-consumo - é feita com os materiais 
termoplásticos provenientes de resíduos industriais, que são limpos e fáceis de 
identificar. Tecnologias convencionais de processamento transformam esses 
resíduos em produtos com características de desempenho equivalentes aos 
fabricados a partir de resinas virgens. 
2. Reciclagem secundária ou pós-consumo - acontece com os 
resíduos plásticos recolhidos em lixões, sistemas de coleta seletiva, sucatas etc. 
É feita com os mais diversos tipos de materiais e resinas que são separados e 
passam por um processo ou por uma combinação de operações para serem 
transformados em outros produtos. 
3. Reciclagem terciária - é a conversão de resíduos plásticos em 
produtos químicos e combustíveis, por processos termoquímicos. Esses 
plásticos são convertidos em matérias-primas que podem originar novamente as 
resinas virgens ou outras substâncias interessantes para a indústria, como gases 
e óleos combustíveis. Para se reciclar o plástico, é preciso separar, moer e lavar 
o material, secar com batedores e sopradores (que farão uma secagem parcial) 
e depois com aglutinadores (que farão a secagem definitiva). Depois esse 
material será fundido, resfriado, granulado e transformado, enfim, em matéria-
prima e que poderá ser utilizada na fabricação de inúmeros produtos, como 
garrafas, frascos, baldes, cabides, pentes, “madeira plástica”, cerdas, vassouras, 
sacolas, filmes, painéis para a construção civil e outra infinidade de opções. 
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Os plásticos recicláveis são: garrafas, tampas, embalagens de higiene e 
limpeza, garrafas PET, CD e DVD, tubos vazios de creme dental, utensílios 
plásticos, como canetas e escovas de dente, potes de todos os tipos, sacos de 
supermercado, embalagens para alimentos, vasilhas, recipientes e tubulações. 
Há um interessante artigo sobre a aplicação empreendedora em micro e 
pequenas empresas com bom exemplo de aplicabilidade de um canal reverso 
muito utilizado que é a reciclagem e que pode ser útil como exemplo de 
implantação. 
Veja um estudo de caso com um bom e animado exemplo de fator de 
sucesso aliado à logística reversa e os aspectos de reciclagem. 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=j22M5rfVacI 
TROCANDO IDEIAS 
Chegou o momento de trocar ideias com os seus amigos! 
Dentre os estudos apresentados acerca dos canais reversos, sob o ponto 
de vista econômico e ambiental, qual seria a melhor opção? De que forma a 
logística reversa pode gerar ganhos através dos canais reversos? Sua empresa 
utiliza algum tipo de canal reverso, qual? 
Enriqueça esse debate e participe no fórum! 
SÍNTESE 
Nesta aula, aprendemos os conceitos e definições da logística reversa e 
qual a relação dela com as organizações nos dias de hoje, vimos que o fluxo 
reverso é representado por canais e que são conhecidos como canais reversos 
de pós-consumo e de pós-vendas. O gerenciamento desses canais é dado por 
um conjunto de atividades desenvolvidas pelas empresas para que os produtos 
http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/372.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=j22M5rfVacI
http://www.uniesp.edu.br/finan/pitagoras/downloads/numero4/a-logistica-reversa-como-gestao.pdf
http://www.uniesp.edu.br/finan/pitagoras/downloads/numero4/a-logistica-reversa-como-gestao.pdf
 
 
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retornem a sua utilização ou sejam direcionados aos multicanais apresentados 
para as áreas de pós-consumo. 
Aprendemos também que a classificação desses materiais em bens com 
variados ciclos de vida determina, nos dias de hoje, as tecnologias a serem 
utilizadas quando da necessidade da utilização de um ou maiscanais reversos. 
Compreendemos também a relação direta que a logística reversa tem 
com a reciclagem, bem como a importância da reciclagem, não só no aspecto 
reverso, mas também para a preservação dos recursos naturais. 
Além disso, vale destacar que aprendemos que a logística reversa de pós-
consumo, dita por Barbieri e Dias (2002) “logística reversa sustentável”, também 
resulta em benefícios econômicos, como a geração de lucro, e é qualificada 
como um negócio inteligente (CALDWELL, 1999), já que o crescimento 
econômico de longo prazo depende de atitudes sustentáveis. Tachizawa (2002, 
p.24) comenta ainda que as práticas sociais e sustentáveis subsidiam as 
organizações a manterem-se competitivas no mercado, seja qual for o setor. Tais 
benefícios se fazem por intermédio do reaproveitamento ou revenda dos 
componentes retornados no mercado secundário, economia de insumos, 
geração de empregos pela atividade, reconhecimento da imagem corporativa 
pela credibilidade atribuída pela sociedade, entre outros (LEITE, 2009; MIGUEZ, 
2010). 
 
REFERÊNCIAS 
RAZZOLINI, Edelvino Filho; BERTÉ, Rodrigo. O Reverso da Logística 
e as Questões Ambientais no Brasil. Curitiba: INTERSABERES, 2013. 
DE BRITO, M P, FLAPPER, S D P e DEKKER, R, 2002, Reverse 
Logistics: a review of case studies, Econometric Institute Report. EI 2002-21, 
Maio. 
DONATO, Vitório. Logística Verde: uma abordagem socioambiental. São 
Paulo: Ciência Moderna, 2009. 
FLEURY, P F. et. al. 2000, Logística Empresarial: a perspectiva 
brasileira. São Paulo: Atlas. 
LACERDA, L. 2002, Logística Reversa - uma visão sobre os conceitos 
básicos e as práticas operacionais. Disponível em: 
http://www.coppead.ufrj.br/pesquisa/cel/new/fr-rev.htm. 
http://www.coppead.ufrj.br/pesquisa/cel/new/fr-rev.htm
 
 
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LEITE, Paulo Roberto. Logística Reversa. 2 ed. São Paulo: Pearson / 
Prentice Hall, 2009.

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