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Patologia geral AULA 6 Metástase “Todas as vezes que uma célula é lesada e sofre uma mutação no material genético, torna-se uma célula neoplásica. Os tumores podem ter ora comportamento benigno, ora maligno. Somente tumores malignos metastatizam, ou seja, geram metástase.” Benigno X Maligno grau de diferenciação taxa e velocidade de crescimento invasão local metástase (quando o tumor transfere de lugar) “Quando ocorre metástase em um órgão, ele se chamará de órgão primário. Só que como ocorre a metástase, essas células cancerosas vão para outro órgão. Então, se o doente fizer a cirurgia da retirada do órgão primordial, não adianta mais: o câncer já se proliferou.” Carcinoma “in situ” Carcinoma Tumor maligno Célula epitelial “In situ” não rompeu a membrana basal Infiltrativo rompeu a membrana basal Os carcinomas começam como crescimentos localizados limitados ao epitélio a partir do qual surgem - não rompem a membrana basal - Carcinoma in situ. Carcinoma in situ adquire potencial invasivo - estende-se através da membrana basal subjacente - comprometimento dos tecidos vizinhos e metástase. Genes supressores de tumor gene que bloqueia a multiplicação de células neoplásicas eles orientam a apoptose de células neoplásicas Genes que, quando perdidos ou defeituosos, favorecem o aparecimento de neoplasias. Estão envolvidos no controle do crescimento e diferenciação celular, evitando multiplicação celular descontrolada (comportam-se como “freios”) P53 é o + importante!!!!!! O gene supressor de tumor P53 é o + comumente relacionado aos cânceres humanos. quando se tem a falta ou a perda ou a deficiência desses genes, significa que há o aparecimento mais fácil de neoplasias. Metástase mudança de lugar, transferência. todos os tumores malignos podem gerar metástase em geral, quanto mais agressivo, de crescimento + rápido e quanto maior for a neoplasia primária, maior sua probabilidade de fazer metástase há tumores malignos “bonzinhos”, estes são os que raramente geram metástase, mas podem gerar mas também, um tumor benigno pode se tornar maligno • Formação de uma nova lesão tumoral a partir da primeira, mas sem continuidade entre as duas Todos os cânceres podem fazer metástases. Em geral, quanto mais agressivo, de crescimento mais rápido e quanto maior for a neoplasia primário, maior sua probabilidade de fazer metástase. Exames Biopsia incisional se faz nos tumores benignos Quimioterapia provavelmente só em tumores malignos Radioterapia tanto para tumores benignos quanto para tumores malignos Etapas da metástase 1. Destacamento das células da massa tumoral original; 2. Deslocamento dessas células através da MEC; 3. Invasão dos vasos linfáticos ou sanguíneos; 4. Sobrevivência das células na circulação; 5. Adesão ao endotélio vascular; 6. Saída do vaso; 7. Proliferação no órgão invadido; 8. Indução de vasos para o suprimento sanguíneo. Explicando... 1. As células se desprendem do tumor primário, que é cheio de proteínas 2. Há o destruimento do estroma. Há a síntese de uma enzima que destrói o colágeno, e por fim acaba destruindo tudo 3. Penetra na luz do vaso sanguíneo/linfático 4. Essas células têm que escapar dos mecanismos de defesa do corpo 5. Se aderem/fixam nos vasos 6. Saída do vaso 7. Vão p/ o local/órgão que vai ser invadido 8. Angiogênese 1. Destacamento das células da massa tumoral original Os sinais que induzem proliferação celular em geral também inibem as ligações mediadas pelas caderinas. Alterações nestas proteínas diminuem a adesão entre as células e facilitam o desprendimento do tumor primário e invasão dos tecidos vizinhos. 2. Deslocamento das células através da MEC A célula neoplásica assume o fenótipo de célula móvel - pseudópode Deslocamento é facilitado pela destruição enzimática da matriz Locomoção é orientada por fatores quimiotáticos “Portanto, as células metastáticas devem ser capazes de secretar colagenases e outras enzimas proteolíticas que digerem a matriz extracelular. “ 3. Invasão dos Vasos Sanguíneos ou Linfáticos Deve-se à propriedade das células malignas de destruir a matriz e de se locomover, possibilitando vencer a membrana basal dos vasos e penetrar na sua luz. Caindo na circulação, as células neoplásicas, para sobreviverem, precisam escapar dos mecanismos de defesa- anticorpos, macrófagos. Ao entrar na corrente circulatória a maior parte das células é destruída por linfócitos e fagócitos polimorfonucleares. O número de células malignas que conseguem penetrar em um vaso sanguíneo é muito maior do que o número daquelas que originam metástase. A presença de células na circulação não indica obrigatoriamente a formação de metástase. 4 e 5. Adesão ao endotélio vascular A aderência das células cancerosas segue os mesmos mecanismos da aderência leucocitária na inflamação. 6. Saída do vaso – DIAPEDESE A diapedese depende da ação de quimiotáticos produzidos no estroma do órgão alvo. Células tumorais possuem receptores para quimiocinas e atendem ao gradiente desses peptídeos, deslocando-se. 7 e 8. Proliferação no órgão invadido- CRESCIMENTO SECUNDÁRIO Para formar uma nova colônia, as células neoplásicas dependem de fatores de crescimento existentes no órgão alvo e da capacidade da célula neoplásica de INDUZIR ANGIOGÊNESE Se não ocorrer angiogênese, as células neoplásicas proliferam mas a metástase não cresce, porque não há desenvolvimento de vasos sanguíneos para suprir a nova colônia. Pulmão ↔ Fígado Ocorre essa transferência devido a fatores quimiotáticos, que recorrem as células de órgão primário para seguir em frente a se proliferar em outro órgão.