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TRABALHO DE REFRIGERAÇÃO (Completo 1ª Etapa + 2ª Etapa) Grupo 2

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Refrigeração
Professor: Pedro Anselmo
Projeto de refrigeração das salas I08 e I09
 Douglas Leal
 Gilbert Silva
 Gislene Coutinho
Jade Nunes
Recife, Julho de 2018.
	Introdução
O trabalho versa sobre o dimensionamento de um sistema completo de refrigeração para as salas I8 e I9 da Escola Politécnica de Pernambuco situada no bairro da Madalena na cidade do Recife, no estado de Pernambuco. As salas nesse trabalho serão consideradas como câmaras frigorificas. Para iniciar esse projeto foi preciso realizar um levantamento de todos os dados necessários de Recife, assim como, o posicionamento da Universidade em relação ao comportamento solar no terreno.
As consultas realizadas em sites na internet, manuais de refrigeração, livros, colegas que atuam na área, informações cedidas pelo professor Pedro Anselmo em sala de aula, gráficos de comportamentos de algumas características, foram de suma importância para a conclusão deste trabalho.
Projeto de Refrigeração das salas I08 e I09 
(1ª Etapa)
Considere as salas I08 e I09 como câmaras frigoríficas. A sala I08 será condicionada a -15 °C e 50% de umidade relativa enquanto que a sala I09 vai ser condicionada a -10 °C e 100% de umidade relativa.
Dimensione um sistema de compressão simples e outro com dupla compressão ou dupla evaporação para condicionar as salas nas seguintes condições:
Text = 30 °C;
Umidade relativa = 85%;
Esquema de sopragem de ar está localizado no DATP (despreze os efeitos solarimétricos e as perdas por radiação, convecção e condução).
Para os dados e circunstâncias oferecidos, calcule:
Psicrometria das salas I08 e I09;
A carga térmica;
COP do sistema para refrigerante a sua escolha;
Escolha os equipamentos a partir de algum catálogo de fabricante.
Faça o dimensionamento dos dutos de distribuição de ar para 5 renovações por hora (5 renov./h).
Esquema do sistema de Refrigeração
Um ciclo de refrigeração por compressão de vapor consiste de basicamente 5 componentes: compressor, condensador, dispositivos de expansão (válvula de expansão), evaporador e fluido refrigerante. Abaixo segue o esquema de como será o sistema de refrigeração solicitado para o projeto.
Figura 1. Esquema do processo de refrigeração 
O fluxo de massa de vapor refrigerante com baixa pressão e baixa temperatura entra no compressor (considerado o coração do sistema). Após a compressão o refrigerante assume a forma de gás à alta pressão e superaquecido e então é bombeado até o condensador. No condensador o refrigerante gasoso começa um processo de perda de calor até chegar na temperatura de condensação na qual irá se transformar em líquido e o condensado irá resfriar-se até atingir a temperatura ambiente. Assim o fluxo de refrigerante líquido sub-resfriado se dividirá e seguirá para cada sala. Passa por válvulas de expansão e expande-se na entrada do evaporador e com a queda de pressão se transformará de líquido para gasoso, absorvendo energia térmica (calor) da câmara de refrigeração, resfriando o ambiente. O refrigerante agora na forma de vapor à baixa pressão novamente passa a ser succionado pelo compressor iniciando-se assim um novo ciclo. Nas figuras abaixo é possível conferir os elementos industriais acima citados. 
 Figura 2. Compressores para refrigeração Figura 3. Condensador para refrigeração
 
 Figura 4. Evaporador para refrigeração Figura 5. Válvula de expansão
 
Dados coletados e dados de projeto
Para a realização do projeto solicitado fornecidos alguns parâmetros. Porém também tiveram que ser coletados dados sobre as salas que serão consideradas câmaras de refrigeração. 
Dados coletados:
Sala I08:	
- Largura (L) = 7,0 m
		- Comprimento (C) = 9,0 m
		- Altura (A) = 2,9 m
		- 
Sala I09:	
- Largura (L) = 7,0 m
		- Comprimento (C) = 9,0 m
		- Altura (A) = 2,9 m
		- 
Ambas as salas têm mesmas dimensões. Portanto: 
Dados de projeto:
Sala I08:	 Sala I09:	
		- Temperatura alvo: -15 °C - Temperatura alvo: -10 °C
		- Umidade alvo: 50% - Umidade alvo: 100%
Ambiente da instalação: 
- Temperatura Externa: 30°C
- Umidade relativa: 85%
- Volume específico: 0,89 (carta psicrométrica)
Taxa de renovação por hora: 5 renov/h
PSICROMETRIA DAS SALAS I08 E I09
Cálculo do fluxo de massa de refrigerante
FLUXO DE VOLUME NA SALA I08:
FLUXO DE VOLUME NA SALA I09:
 → → 
Cálculo das cargas térmicas
Carga térmica na Sala I08:
- Obtido graficamente pela carta psicrométrica:
 
- Quantidade de água que necessita ser retirada do ar para atingir a temperatura e umidade relativa alvos:
 = 0,0225 
 
- Valores encontrados graficamente na carta psicrométrica:
 (ambiente)
 (sala I08)
- Valores encontrados no Shapiro, nas tabelas de propriedades da água (A2 e A6):
 (ambiente)
 (sala I08) (interpolação entre os valores -362,15 -366,14)
- 
Para o ar seco:
Para a água:
- Potência no evaporador:
Carga térmica na Sala I09:
- Obtido graficamente pela carta psicrométrica:
- Quantidade de água que necessita ser retirada do ar para atingir a temperatura e umidade relativa alvos:
- Valores encontrados graficamente na carta psicrométrica:
 (ambiente)
 (sala I09)
- Valores encontrados no Shapiro, nas tabelas de propriedades da água (A2 e A6):
 (ambiente)
 (sala I09)
- 
Para o ar seco:
Para a água:
- Potência do evaporador:
Carga térmica total
O cálculo da carga térmica total é feito com a soma das potências do evaporador de cada sala, ou seja, o .
Cálculo do COP usando o refrigerante R410A
 O coeficiente de performance, ou COP, é um parâmetro fundamental na análise de sistemas de refrigeração. Com ele pode-se verificar os parâmetros que influenciam o desempenho do sistema. Então, quanto maior for o COP melhor e mais eficiente será o sistema de refrigeração. E para isso, a capacidade de retirar calor do evaporador sobre a potência consumida pelo compressor deve ser a maior possível.
Define-se o COP com a seguinte relação:{\displaystyle COP={\dot {Q_{l}}}/{\dot {W_{C}}}\,\!} 
Fórmulas e considerações
Para podermos calcular o COP do sistema de refrigeração será necessário conhecer todas as variáveis nele presentes. Serão feitas algumas suposições, afim de facilitar cálculos e pela abertura dada para tal. Também serão definidas as fórmulas necessárias para encontrar as variáveis requisitadas. O refrigerante escolhido para a realização deste trabalho foi o R410A.
 (considerando processo isoentálpico nas válvulas de expansão)
 (desprezando perdas de carga nas válvulas de expansão e evaporadores)
Sabe-se que o refrigerante se encontra na situação de vapor saturada à baixa pressão e temperatura ao sair das salas e antes de entrar no compressor, ponto 1.
Considera-se a para garantir a troca na sala I08 (. Para o refrigerante R410A a pressão de saturação a -20°C é de 3,996 bar (tabela B.4.1 Van Wylen). 
Como a temperatura externa é de 30°C então a deve trabalhar um pouco acima disso, para garantir a troca térmica. De acordo com a tabela B.4.1 do Van Wylen, a pressão de saturação do R410A a 35°C é de 21,402 bar. Trabalharemos com aproximadamente essa pressão no ponto 2, descarga do compressor. Consideramos os seguintes valores:
Cálculo de parâmetros das etapas do sistema
Com os dados estabelecidos para o ponto 1, encontramos a entalpia pela tabela B.4.1:
 (Entalpia do vapor saturado a -20°C)
Considerando o processo de compressão como isentrópico, a entropia dovapor superaquecido a 20,0 bar será:
 (tabela B.4.2 do Van Wylen)
Para e , encontramos na tabela de vapor superaquecido (tabela B.4.2 do Van Wylen):
	
	
	1,0878
	320,62
	1,1207
	
	1,1537
	343,22
Como a entropia do refrigerante no ponto 2 se encontra na situação intermediária entre as temperaturas 60 °C e 80 °C então conclui-se que .
Tendo definido todos os parâmetros do ponto 2 fica faltando somente encontramos o valor da entropia no ponto 3. Para acharmos o será necessária outra interpolação, dessa vez com os valores de líquido saturado acima e abaixo de 20,0 bar.
	
	
	18,85
	106,14
	20,0
	
	21,4
	114,95
 (Entalpia do líquido saturado à 20,0 bar)
Assim sendo temos todos os valores de entropias, pois como o processo nas válvulas de expansão dos dois evaporadores é isoentálpico, então:
E desprezando as perdas de carga nos evaporadores e válvulas de expansão podemos considerar que:
Cálculo do fluxo de massa das Salas I08 e I09
O cálculo dos fluxos de massa das salas será dado pelas fórmulas já apresentadas anteriormente. Assim sendo, segue os cálculos:
Sala I08:
Sala I09: 
Cálculo do fluxo de massa do refrigerante R410A
Tendo os valores de é possível calcular o fluxo do refrigerante, ou seja, o :
Cálculo da potência útil do compressor
Com o valor de é possível então achar a potência útil do compressor. Segue o cálculo:
Cálculo do COP do sistema de refrigeração
Com o valor de é possível então finalmente achar COP do sistema de refrigeração. Segue o cálculo:
Carta psicométrica e tabelas usadas para extrair dados
Desta tabela abaixo foram tirados os valores do volume específico no ambiente de instalação (), da umidade absoluta no ambiente (), da umidade absoluta nas salas I08 e I09 (), das entalpias de ar seco do ambiente () e das salas I08 e I09 ().
Figura 6. Carta psicométrica de onde foram tirados os dados citados
Também foram encontradas as entalpias da água no ambiente () e nas salas () usando a tabela de propriedades da água do livro Shapiro. Segue referência da mesma abaixo.
Tabela 1. Tabela de propriedades da água, A-2
Tabela 2. Tabela de propriedades da água, A-6
Por fim para obter os dados dos pontos do sistema de refrigeração foram usadas as tabelas de propriedades do refrigerante R410A do Van Wylen, B.4.1 e B.4.2.
Tabela 3. Tabela das propriedades do refrigerante R410A saturado
Tabelas 4. Tabelas das propriedades do refrigerante em forma de vapor superaquecido
Escolha de equipamentos para suprir demanda
Para o devido funcionamento do sistema de refrigeração é necessário escolher equipamentos que supram a necessidade demandada pelo sistema. Tendo isso em vista, alguns parâmetros são necessários para a escolha correta de cada equipamento. 
 Escolha do compressor
Para a escolha de um compressor compatível precisamos ver a potência demandada por ele. No caso deste projeto o . Escolhemos o catálogo do fabricante “MADEF”, e a potência é dada em CV pelo fabricante. Fazendo a conversão de unidade teremos . Então o escolhido foi o Compressor Alternativo “2C-16x11” de rotação 750 rpm que para uma temperatura de evaporação de -20 °C demanda uma potência de 33,2 CV e para uma temperatura de -25 °C demanda uma potência de 30,1 CV.
Tabela 5. Tabela do fabricante MADEF para compressores
 Escolha do condensador
Para o condensador será necessário analisar o que corresponde à capacidade dele de remover calor do refrigerante. Utilizando os dados já obtidos sabe-se que o e isto equivale a 74.565,78 kcal/h. Olhando para a tabela podemos escolher o condensador ideal, “MODELO 78”. Suas dimensões, peso vazio e operando juntamente a outras dados podem ser conferidos abaixo.
	
Tabela 6. Tabela do fabricante MADEF para condensadores
7.3. Escolha do evaporador
Para a escolha do evaporador será necessário saber o quanto de calor ele consegue absorver do ambiente, o e o . Como os valores dessas variáveis são próximos o mesmo modelo de evaporador serve para ambos as salas. Foi escolhido o MODELO RTA 40, pois sua capacidade supre as necessidades para ambas as salas.
Tabela 7. Tabela do fabricante MADEF para evaporadores
8. Dimensionamento dos tubos e dutos de refrigeração
 O ideal para qualquer escoamento é ser laminar, pois oferece mais controle, o fluxo se dá de maneira mais ordenada e possui maior previsibilidade dos resultados. Para garantir um escoamento laminar é imprescindível que o fluído escoa em baixa velocidade e ser suficientemente viscoso. 
O que define o tipo de escoamento que o fluido possuirá, além de outras, é o número de Reynolds. O número de Reynolds é calculado com a seguinte fórmula:
Onde “D” refere-se ao diâmetro hidráulico e calcula-se Dh = 4A/P. Para o trabalho definimos uma velocidade de v = 3 m/s a fim de chegar ao resultado de escoamento laminar desejado. A área e o perímetro dependerão do dimensionamento do tubo, tópico desta seção.
O refrigerante pode ter diferentes densidades dependendo da temperatura na qual se encontra. Como ele passa por vários níveis de temperatura durante o ciclo de refrigeração será definido o ponto 1 (entrada do compressor após ter condicionado as salas) como referência para o tipo de escoamento. A densidade nessa situação, na qual o refrigerante se encontra em forma de vapor saturado, é de 4,12 kg/m3 (segundo a tabela de propriedades do refrigerante que virá a seguir).
Outra propriedade que varia bastante com a temperatura é a viscosidade dinâmica. Para se obter o valor exato desta variável precisa-se definir a temperatura na qual o refrigerante vai estar. Além disso também se faria necessário um viscosímetro de Stokes. Como não possuímos tal equipamento a viscosidade dinâmica será estimada em 0,025 Kg/m.s . 
A seção será retangular pois é o mais habitual para instalações de refrigeração industriais. E agora para garantir o escoamento laminar será assumido o número de Reynolds no limiar de transitar de laminar pra zona intermediária. Assim sendo Re = 2000.
Agora possuímos todas as variações necessárias para definir o dimensionamento dos dutos. Segue os cálculos:
 
Obtemos então o valor de Dh. Foram escolhidos dutos e tubos retangulares para o sistema, então serão compostos de base (b) e altura (h) para a seção. Também sabe-se que Dh = 4A/P, sendo A = bxh e P = (2xb) + (2xh) para retângulos. Sendo assim temos:
Pegando a equação em destaque e dividindo pelo h teremos:
Essa equação tem diversas soluções, porém nem b tampouco h podem dar valores negativos. Nenhuma dessas duas variáveis podem ser 0 também pois não faz sentido geométrico. Também não é comum que o h seja maior que b.
Para facilitar os cálculos estabeleceremos b = 5 m. Calculando através da equação, o resultado será h = 3,4 aproximadamente. Assim sendo estará dimensionada e tubulação do sistema de refrigeração para que o escoamento seja laminar.
8.1. Tabelas, propriedades e informações do refrigerante 
 R410A
A seguir serão expostas as propriedades, tabelas e maiores informações sobre o refrigerante R410A que foram usadas para definição do dimensionamento dos tubos e dutos de refrigeração.
Projeto de Refrigeração das salas I08 e I09 
(2ª Etapa)
Considere as salas I08 e I09 como câmaras frigoríficas. Ambas salas I08 e I09 vão sofrer efeitos solares externos e perdas térmicas
Dimensione um sistema de compressão simples e outro com dupla compressão ou dupla evaporação para condicionar as salas nas seguintes condições:
Text: Descobrir através de solarimetria;
Umidade relativa a descobrir;
Esquema de sopragem de ar está localizado em ambiente que sofre efeitos solarimétricos e perdas por radiação, convecção e condução.
Para os dados e circunstâncias oferecidos, calcule:
Psicrometriadas salas I08 e I09;
A carga térmica;
COP do sistema para refrigerante a sua escolha;
Escolha os equipamentos a partir de algum catálogo de fabricante.
Faça o dimensionamento dos dutos de distribuição de ar para 5 renovações por hora (5 renov./h).
DADOS GEOGRÁFICOS
Os dados da latitude, longitude e altitude para a cidade de Recife foram encontrados na tabela A.4, da NBR 16401-1. Através dessa norma também foi possível determinar as temperaturas máximas e mínimas ao longo do ano.
	
Latitude: 8,07S
Longitude: 34,85W
Altitude: 19m
Temperatura máxima: 30,1°C
Temperatura mínima: 21,2º
TEMPERATURAS MÁXIMAS, MÍNIMAS E MÉDIAS AO LONGO DO ANO
Tabela 1 – Temperaturas máximas, mínimas e médias ao longo do ano em Recife
	
	Tmín (°C)
	Tmáx (°C)
	Tméd (°C)
	Janeiro
	23.8
	30.1
	26.9
	Fevereiro
	23.8
	30.1
	26.9
	Março
	23.6
	30.0
	26.8
	Abril
	23.0
	29.3
	26.1
	Maio
	22.5
	28.7
	25.6
	Junho
	21.9
	27.6
	24.7
	Julho
	21.2
	27.1
	24.1
	Agosto
	21.2
	27.6
	24.4
	Setembro
	22.0
	28.4
	25.2
	Outubro
	22.8
	29.3
	26.0
	Novembro
	23.2
	29.7
	26.4
	Dezembro
	23.4
	29.5
	26.4
Figura 1. Gráfico referente à tabela anterior
IRRADIAÇÃO SOLAR
 3.1. Irradiação Solar Global
A irradiação solar é a irradiância integrada em um intervalo de tempo especificado, geralmente uma hora ou um dia, e é dada em watt hora por metro quadrado (Wh/m²). Irradiação solar nada mais é do que uma determinada quantidade de radiação solar por unidade de área. Por irradiação solar normal entende-se a irradiação recebida por uma superfície perpendicular à direção dos raios solares. Os dados de irradiação solar foram coletados do Atlas Solarimétrico do Brasil, 2000. Na Tabela 2 encontram-se os dados coletados.
Tabela 2 – Irradiação solar global no Recife
Acima pode-se conferir a média mensal de irradiação solar dada em KWh/m2 por dia.
3.1.1. Horas de Insolação
Os dados de horas de insolação diária foram coletados do Atlas Solarimétrico do Brasil 2000 a respeito da latitude, longitude e altitude da cidade de Recife. Segue abaixo a tabela de horas de insolação:
Tabela 3 - Duração de Horas de Insolação na cidade do Recife
 3.1.2. Gráfico das Horas de Insolação
Figura 2. Gráfico da Duração de Insolação na cidade de Recife
Figura 3. Azimute e elevação para o endereço definido na data de geração de dados
E nesta próxima figura pode-se conferir com mais detalhes os dados geográficos vistos na figura anterior.
Figura 4. Dados em detalhe no endereço definido e data de geração de dados
Assim sendo, utilizando as tabelas e dados recolhidos, podemos definir os intervalos nos quais as salas recebem incidência solar direta. Os resultados podem ser conferidos na Tabela 5 abaixo.
Tabela 5 – Intervalos de incidência solar direta
	Intervalos de incidência solar direta
	
Salas
	Ângulo
	
	Alt. Min
	Alt. max
	
Az. min 
	
Az. max 
	Az. normal
	I08
	0
	90
	67,67
	292,26
	25,5
	I09
	0
	90
	68,31
	291,89
	123,7
3.2. Incidência Real
 3.2.1. Lei de Lambert
A Lei de Lambert diz que a quantidade de energia incidente em uma superfície inclinada é igual à quantidade de energia que incide numa superfície perpendicular à direção do fluxo, multiplicada pelo cosseno do ângulo entre as superfícies.
3.2.2 Lei de Lambert para superfícies verticais (elevação
 e azimute solar):
Contudo, como as paredes são superfícies verticais, para calcular o quanto de radiação solar cada fachada irá receber durante o dia, será necessário realizar uma adaptação na Lei de Lambert. Ao invés de usar o cosseno do ângulo na multiplicação, usa-se o seno. Com isso, encontra-se a quantidade de energia para os movimentos de elevação do Sol.
Entretanto, apenas com essa adaptação não se pode estimar com precisão a radiação absorvida pelas salas. Como se sabe, o Sol também se movimenta em relação aos pontos cardeais. Por isso, a Lei de Lambert é aplicada novamente, dessa vez para um observador acima do estabelecimento, do ponto de vista superior. Essa fórmula, no final, determina com boa precisão a quantidade de energia absorvida por cada parede das salas, considerando a movimentação de elevação solar e mudança de azimute ao longo do dia, definidos pela tabela 4 vista anteriormente.
3.2.3. Irradiações diretas, indiretas e difusas
As paredes das salas receberão raios solares incidindo diretamente sobre sua superfície ao longo do dia. Porém, também haverá incidência de radiação por meio dos raios solares provenientes de reflexão no chão de concreto aos arredores da sala (que será irradiação indireta) e por raios difusos por nuvens e partículas suspensas na atmosfera (que será irradiação difusa). Pode-se perceber o efeito dessas radiações na figura 3, encontrada a seguir.
Figura 3. Reflexão da irradiação em superfícies reais (esquerda) e difusa (direita)
 
 
A partir das considerações feitas da Lei de Lambert, é possível também calcular a irradiação difusa. Os coeficientes de refletividade da irradiação indireta e difusa estão na Tabela 6.
A porcentagem de radiação difusa pelo ambiente, no caso, foi considerada como sendo 35% da irradiação proveniente de reflexão direta.
Tabela 6 – Coeficiente de refletividade
	Refletividade
	Concreto (direto)
	0,12
	Concreto (difuso)
	0,042
3.3.4. Irradiação total nas paredes
Portanto, a irradiação total incidente em cada parede será a soma das irradiações diretas, considerando o movimento de elevação e do azimute solar, com a irradiação indireta e difusa.
Levando em consideração:
▪ Inclinação: 90°
▪ Ângulo Azimutal: Sul 0°, Norte 180°, Leste -90°, Oeste 90°
Dessa forma, com base nos dados recolhidos, teremos que a irradiação total recebida em Recife será:
Irradiação Leste – Oeste = 1050 + 1080 = 2130 [kWh/m²].
Irradiação Norte – Sul = 913 + 799 = 1712 [kWh/m²].
Tabela 7 – Tabela climática de Recife
Materiais das paredes e Temperaturas internas e externas
4.1. Materiais das paredes das salas I08 e I09
Paredes: 
▪ Material Utilizado: ▪ Emissividade:
Blocos de concreto e tijolos furados. ε1 = 0,8
 ε2 = 0
▪ Espessura: 
L1 = 0,20 m (Bloco de concreto). ▪ Transmissividade:
L2 = 0,06 m (Tijolo, unidade) TR1 = 0
 TR2 = 0 
▪ Condutividade Térmica: 
K1 = 1,10 W/m.ºC (Bloco de Concreto) ▪ Reflexividade:
K2 = 0,72 W/m.°C (Tijolo) ρ1 = 0,12
 ρ2 = 0
▪ Salas I08 e I09:
Comprimento: 9 m. ▪ Coeficiente de convecção:
Altura: 2,9 m. Ambiente externo: 25 W/m².°C
Área: 26,1 m². Ambiente interno: 10 W/m².°C
4 paredes cada sala
Para realizar o cálculo dos efeitos da passagem de temperatura das superfícies externas da parede para as superfícies internas e consequentemente o ambiente interno da sala, é necessário também ter o conhecimento do coeficiente de absortividade () do material das paredes, no caso o concreto. Abaixo pode-se conferir os coeficientes para diferentes materiais com o concreto em detalhe.
Figura 4. dos materiais de acordo a temperatura, com o concreto destacado
O coeficiente de absortividade também irá variar de acordo com qual tipo de fonte irradiante agirá sobre o material. Prédios e edifícios próximos também terão seusefeitos na irradiação no material. O concreto terá um coeficiente para irradiação direta do sol e outro para irradiações provenientes de ambientes próximos
Figura 5. Efeitos no coeficiente de absortividade dependendo da fonte irradiante
4.2. Esquema das paredes das salas I08 e I09
Determinação da temperatura da parede externa
Para este trabalho desconsideramos a taxa de emissão da parede e o calor de convecção do lado externo, pois a temperatura da parede externa não poderia ser calculada, mas sim estimada. Estima-se uma temperatura aproximada de 40 ºC.
Para simplificação de cálculos, 
taxas de calor por condução = taxas de calor por convecção = 0
 (são desprezíveis em relação à taxa de calor por radiação)
4.4. Determinação da temperatura da parede interna
Uma vez definida a temperatura da parede externa, foi calculada a taxa de calor por condução máxima que a parede poderia transmitir para o lado interno.
A máxima taxa de calor que as paredes poderiam transmitir seria aquela em que todo o calor absorvido pela parede seria conduzido pelas paredes, isto é, desprezando agora as taxas de calor por convecção e por radiação na face externa.
O circuito de transmissão de calor utilizado é composto de resistências térmicas (Figura 6), considerando duas paredes de concreto de 200 mm de espessura e condutividade térmica de aproximadamente 1,1 W/m.°C à temperatura média de Recife (25 °C), separadas entre si por uma camada de tijolos de 60 mm de espessura (cada unidade) e condutividade térmica de aproximadamente 0,72 W/m.°C. Desta forma, a temperatura da parede interna pode ser calculada.
Figura 6 – Resistência térmica equivalente
4.5. Determinação da temperatura interna (ambiente 
 interno)
Novamente foi utilizado o equacionamento por resistências térmicas (Figura 7), mas desta vez as resistências são em paralelo.
Figura 7 – Resistência térmica equivalente
4.6. Resultado de temperaturas no ambiente interno sem a
 atuação do sistema de refrigeração
Tabela 7 – Temperaturas máximas internas em cada estação do ano em relação as paredes
	Temperatura interna (°C)
	Salas
	Equinócio de Outono - 21/03
	Solstício de Inverno - 21/06
	Equinócio de Primavera - 22/09
	Solstício de Verão - 21/12
	Sala I08
	35,77
	33,38
	36,01
	38,84
	Sala I09
	35,35
	33,19
	35,93
	38,12
Ambiente da instalação: 
- Temperatura Externa: 40°C
- Umidade relativa: 73,3%
- Volume específico: 0,928 (carta psicrométrica)
Taxa de renovação por hora: 5 renov/h
PSICROMETRIA DAS SALAS I08 E I09
Cálculo do fluxo de massa de refrigerante
FLUXO DE VOLUME NA SALA I08:
FLUXO DE VOLUME NA SALA I09:
 → → 
Cálculo das cargas térmicas
Carga térmica na Sala I08:
- Obtido graficamente pela carta psicrométrica:
 
- Quantidade de água que necessita ser retirada do ar para atingir a temperatura e umidade relativa alvos:
 = 0,0345 
 
- Valores encontrados graficamente na carta psicrométrica:
 (ambiente)
 (sala I08)
- Valores encontrados no Shapiro, nas tabelas de propriedades da água (A2 e A6):
 (ambiente)
 (sala I08) (interpolação entre os valores -362,15 -366,14)
- 
Para o ar seco:
Para a água:
- Potência no evaporador:
Carga térmica na Sala I09:
- Obtido graficamente pela carta psicrométrica:
- Quantidade de água que necessita ser retirada do ar para atingir a temperatura e umidade relativa alvos:
- Valores encontrados graficamente na carta psicrométrica:
 (ambiente)
 (sala I09)
- Valores encontrados no Shapiro, nas tabelas de propriedades da água (A2 e A6):
 (ambiente)
 (sala I09)
- 
Para o ar seco:
Para a água:
Potência do evaporador:
Carga térmica total
O cálculo da carga térmica total é feito com a soma das potências do evaporador de cada sala, ou seja, o .
Cálculo do fluxo de massa das Salas I08 e I09
O cálculo dos fluxos de massa das salas será dado pelas fórmulas já apresentadas anteriormente. Assim sendo, segue os cálculos:
Sala I08:
Sala I09: 
Cálculo do fluxo de massa do refrigerante R410A
Cálculo da potência útil do compressor
Cálculo do COP do sistema de refrigeração
Com o valor de é possível então finalmente achar COP do sistema de refrigeração. Segue o cálculo:
Conclusão
Com a execução deste trabalho notamos a importância de acompanhar à risca todas as normalizações existentes para nos salva-guardar de qualquer situação adversa. Notamos que os dados a serem levantados para uma determinada cidade, quando se tem um projeto é de suma importância, e que inclusive, não são tão simples de encontrar. Outro fator importante é que a incidência solar pode alterar os resultados do projeto, por isso as condições solarimétricas devem ser consideradas para o mesmo não ficar subdimensionado.
Temos total convicção que o assunto tratado nesse trabalho é de grande importância para qualquer estudante de engenharia, tendo em vista que, abrange uma gama de conhecimentos da toda a graduação necessários para a conclusão desse projeto, praticando, aperfeiçoando e principalmente adquirindo conhecimentos novos.
Referências Bibliográficas
[1] TemperatureWeather 
(http://www.temperatureweather.com/caribic/tempo/pt-tempo-na-brasil-recife.htm).
[2] Atlas Solarimétrico do Brasil CEPEL 2000.
[3] Potencial Estimation Utility
(http://re.jrc.ec.europa.eu/pvgis/apps4/pvest.php?map=africa&lang=en).
[4] Proteção térmica da envolvente
(http://www.civil.uminho.pt/lftc/Textos_files/construcoes/cp2/Cap.%20VII%20-%20Protec%C3%A7%C3%A3o%20T%C3%A9rmica%20na%20Envolvente.pdf).
[5] NBR 16401 – 1 – 2008 – Instalação de ar-condicionado – sistemas centrais e unitários.
[6] NBR 06401 – Ar-condicionado central para conforto.
[7] ASHRAE

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