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TITULOS DE CREDITO-QUESTOES

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V. Títulos de Crédito
3585. (Juiz – TJ-PB – 2011 – CESPE) Considerando a aplicabilidade, no direitocambiário, dos princípios da cartularidade, literalidade e autonomia, bem como de outros delesdecorrentes, assinale a opção correta.
(A) O princípio da literalidade é relativizado pelo direito brasileiro, de sorte que o aval tanto podeser prestado mediante assinatura do avalista no próprio título quanto em documento apartado.
(B) Consoante o princípio da inoponibilidade, o devedor de dívida representada por título de créditosó pode opor ao terceiro de boa-fé as exceções que tiver contra este e as fundadas nos aspectosformais do título.
(C) De acordo com o princípio da literalidade, o título de crédito deve satisfazer seus requisitosformais no momento da emissão, sendo, em regra, nulo o título que, emitido em branco ouincompleto, venha depois a ser preenchido ou complementado pelo beneficiário.
(D) De acordo com o princípio da abstração, o emitente de título cambial não pode opor aobeneficiário as exceções fundadas no negócio jurídico subjacente, ainda que o título não tenhaentrado em circulação.
(E) Em razão do princípio da cartularidade, a duplicata mercantil só pode ser protestada se o credorestiver na posse do título.
RESPOSTA (A) Art. 898, CC. (B) Art. 915, CC. (C) Art. 891, CC, c/c Súmula 387, STF. (D) Na relação direta entre credor edevedor, é possível opor exceções fundadas no negócio jurídico subjacente (art. 17, LUG). (E) Admite-se o protesto porindicações na duplicata (art. 13, § 1º, Lei n. 5.474/68). Alternativa B.
3586. (Advogado – OAB – 2008 – CESPE) Assinale a opção correta, acerca da disciplina normativa dos títulos de crédito.
(A) A duplicata mercantil é uma ordem de pagamento à vista ou a prazo, sacada por um credor contra o seu devedor, em favor de alguém.
(B) À exceção do regime de casamento da separação absoluta de bens, os cônjuges não podem, sem autorização do outro, prestar fiança ou aval.
(C) Os títulos de crédito causais são aqueles dissociados da relação jurídica que lhes deu origem, tais como a nota promissória.
(D) Consideram-se sucessivos os avais superpostos e prestados sem a indicação da pessoa avalizada.
RESPOSTA (A) A duplicata tem vencimento à vista ou a dia certo e o beneficiário é o credor emitente. (B) Art. 1.647, III, CC. (C) Títulos causais só podem ser emitidos em razão de determinados negócios jurídicos, definidos em lei. (D) Súmula 187, STF. Alternativa B.
3587. (Juiz – TJ-ES – 2011 – CESPE) A respeito dos títulos de crédito, assinale a opção correta.
(A) Por expressa disposição legal, os devedores de um título de crédito são solidários, sendo cada um deles obrigado pelo montante integral da dívida.
(B) Os títulos nominativos não à ordem identificam o titular do crédito e se transferem por endosso.
(C) Às matérias relativas aos títulos de crédito aplica-se o Código Civil, mesmo quando este contiver comando diverso do que dispõe a lei especial.
(D) Quanto ao conteúdo da obrigação que representa, o título de crédito não se distingue dos demais documentos representativos de direitos e obrigações, sendo possível, portanto, documentar, em um título de crédito, obrigações de dar, fazer ou não fazer.
(E) De acordo com a doutrina, o princípio da literalidade tem consequências favoráveis e contrárias tanto para o credor quanto para o devedor, o qual não será obrigado a mais do que estiver mencionado no documento.
RESPOSTA (A) Não há disposição legal nesse sentido. (B) Art. 11, 2ª alínea, LUG. (C) Art. 903, CC. (D) Título de crédito documenta obrigação de pagar determinada quantia. (E) O título de crédito se limita positiva e negativamente pelo que nele houver sido escrito. Alternativa E.
3588. (Advogado – OAB – 2008 – CESPE) Os títulos de crédito são tradicionalmente concebidos como documentos que apresentam requisitos formais de existência e validade, de acordo com o regulado para cada espécie. Quanto aos seus requisitos essenciais, a nota promissória
(A) poderá ser firmada por assinatura a rogo, se o sacador não puder ou não souber assiná-la.
(B) conterá mandato puro e simples de pagar quantia determinada.
(C) poderá não indicar o nome do sacado, permitindo-se, nesse caso, saque ao portador.
(D) precisa ser denominada, com sua espécie identificada no texto do título.
RESPOSTA (A) Não cabe assinatura a rogo em títulos de crédito (art. 8º, LUG). (B) Art. 75, 2, LUG. (C) Não existe sacado em nota promissória, sendo nulo o saque ao portador (Art. 907, CC). (D) Art. 75, 1, LUG. Alternativa D.
3589. (Juiz – TJ-PI – 2012 – CESPE) De acordo com o Código Civil, o título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preenchidos os requisitos legais. Com base nessa informação e na teoria geral dos títulos de crédito, assinale a opção correta.
(A) De acordo com a teoria da emissão, embasada nos estudos de Kuntze, os títulos de crédito representam obrigações abstratas, porquanto a causa não é essencial à formação do título.
(B) Reputam-se abstratos ou perfeitos os chamados títulos representativos, cuja circulação importa a transferência da mercadoria a que se referem, como o conhecimento de transporte ferroviário ou marítimo e a duplicata.
(C) Consoante o princípio da autonomia, o título de crédito desvincula-se do negócio jurídico que lhe deu origem, ou seja, questões relativas a esse negócio jurídico subjacente não afetam o cumprimento da obrigação do título.
(D) Enquanto estiver em circulação, só o título de crédito poderá ser dado em garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e não separadamente os direitos ou mercadorias que ele represente.
(E) O conceito mais clássico de título de crédito, praticamente reproduzido no artigo 887 do Código Civil, foi elaborado por Tullio Ascarelli.
RESPOSTA (A) A causa é essencial nos títulos causais. (B) A duplicata é título causal. (C) O item conceitua, na verdade, o princípio da abstração; vê-se o princípio da autonomia, por exemplo, nos arts. 7º e 32, LUG. (D) Art. 895, CC. (E) O conceito clássico de título de crédito foi elaborado por Cesare Vivante. Alternativa D.
3590. (Advogado – OAB – 2006 – CESPE) Quanto aos títulos de crédito, assinale a opção incorreta.
(A) No caso do título de crédito à ordem, a cessão dos direitos nele incorporados realiza-se mediante endosso ou por tradição, quando se tratar de título ao portador.
(B) O título de crédito abstrato é aquele cuja causa da emissão é determinada e a obrigação é vinculada a essa causa que gerou o negócio.
(C) O princípio da cartularidade no direito cambial significa que todos os atos, declarações e assinaturas referentes ao título de crédito devem constar da própria cártula.
(D) A circulação do título à ordem realiza-se por meio de uma série de endossos, que são representados pelas assinaturas dos endossantes com a designação em favor de quem está sendo transferido o título, no caso do endosso em preto.
RESPOSTA (A) Arts. 904 e 910, CC. (B) O item define, na verdade, título de crédito causal. (C) É o que se retira, por
exemplo, do art. 2º, LUG. (D) A diferença do endosso em preto para o endosso em branco é que naquele se identifica o endossatário e neste, não. Alternativa B.
(Advogado – AGU – 2012 – CESPE) No que se refere aos títulos de crédito, julgue os itens subsequentes (Certo ou Errado).
3591. Considere que Ana emita letra de câmbio cuja ordem seja destinada a Bento e cujo beneficiário seja Caio. Nessa situação hipotética, se Bento aceitar parcialmente a letra de câmbio, ocorrerá o vencimento antecipado do título, sendo admissível, então, a Caio cobrar a totalidade do crédito da sacadora.
RESPOSTA Em conformidade com o art. 26, LUG, no aceite limitativo não há o vencimento antecipado do título, por não equivaler à recusa de aceite. É possível Caio cobrar da sacadora a totalidade do crédito, porém na data de vencimento prevista no título. Errada.
3592. O títuloque for emitido em favor de pessoa cujo nome conste no registro do emitente e que for transferido mediante termo assinado pelo proprietário e pelo adquirente constituirá título à ordem.
RESPOSTA Em conformidade com os arts. 921 e 922, CC, o presente item define, na verdade, título nominativo. Errada.
3593. (Advogado – OAB – 2009 – CESPE) Uma letra de câmbio foi sacada por Z contra X para um beneficiário Y e foi aceita. Posteriormente, foi endossada sucessivamente para A, B, C e D. Nessa situação hipotética,
I. Z é o sacado, X é o endossante, Y é o tomador.
II. aposto o aceite na letra, X torna-se o obrigado principal.
III. se, na data do vencimento, o aceitante se recusar a pagar a letra, o portador não precisará encaminhar o título ao protesto para garantir o seu direito de ação cambial ou de execução contra os coobrigados indiretos.
IV. se A promover o pagamento ao portador D, os endossantes B e C estarão desonerados da obrigação.
Estão certos apenas os itens
(A) I e III.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) II e IV.
RESPOSTA O item I está incorreto, porque Z é o sacador e X é o sacado. O item II está correto, de acordo com o art. 28, LUG. O item III está incorreto, de acordo com o art. 53, LUG. O item IV está correto, de acordo com o art. 50, 2ª alínea,
LUG. Alternativa D.
3594. (Juiz – TJ-ES – 2011 – CESPE) Com referência a letra de câmbio e direito cambiário, assinale a opção correta.
(A) Para que a letra de câmbio produza os efeitos pretendidos, basta a identificação do sacador, do sacado e do tomador, não havendo requisito de natureza formal.
(B) Entre os requisitos, estabelecidos em lei, essenciais à produção de efeitos da letra de câmbio inclui-se a obrigatória identificação do tipo de título de crédito que se pretende gerar.
(C) Tratando-se de letra de câmbio, são inadmissíveis cláusula de correção monetária ou, em letra de câmbio a vista, fluência de juros entre as datas do saque e da apresentação.
(D) Não é necessário que a letra de câmbio mencione o lugar do pagamento e o lugar do saque.
(E) Para a emissão de letra de câmbio, que corresponde a ordem de pagamento, não é permitido que a mesma pessoa ocupe simultaneamente mais de uma situação.
RESPOSTA (A) Art. 1º, LUG. (B) Art. 1º, 1, LUG. (C) Art. 5º, LUG. (D) Art. 2º, 3ª e 4ª alíneas, LUG. (E) Art. 3º, LUG. Apesar do gabarito oficial, a opção D também está correta. Alternativa B.
3595. (Advogado – OAB – 2006 – CESPE) De vez em quando, um amigo que mal me cumprimenta, ou um colega de trabalho que nunca me ajudou, me pede que seja seu avalista.
Provavelmente, ele raciocina que perguntar não ofende, só depende da cara de pau de cada um. Por que os bancos insistem em obter um aval de um amigo do cliente? No fundo, o que os bancos querem é reduzir o risco da operação de crédito, arrolando também os bens pessoais do avalista como garantia. Mas que interesse tem o avalista em colocar seus bens em risco sem nada receber em troca?
O avalista entra gratuitamente nesse contrato, como um voluntário, um altruísta, sem receber uma remuneração pelo serviço que presta ao banco. O avalista só entra com obrigações e não tem nenhum benefício, só chateação. O banco ficará obviamente feliz com o empréstimo que você viabilizou.
Uma técnica que eu uso nessas ocasiões, e que aprendi com um verdadeiro amigo, é ficar indignado com os juros exorbitantes cobrados pelo banco e oferecer o mesmo empréstimo, sem cobrar juros.
Seu amigo ou parente vai pular de alegria, e você coloca uma única e singela imposição: que o gerente ou o presidente do banco avalize a operação. Não é um pedido exorbitante, e nenhum gerente de banco poderá recusar, porque é exatamente o mesmo pedido que eles estão fazendo. Seria hipocrisia recusar (...).
Stephen Kanitiz. Procuro um avalista. Veja, 12/5/2004, p. 23 (com adaptações).
Considerando o texto acima como referência inicial, assinale a opção correta relativamente ao aval no âmbito do Código Civil vigente.
(A) O avalista não pode, assim como sucede com o fiador de contrato de locação imobiliária urbana, invocar a proteção ao seu bem de família.
(B) Da mesma forma que o penhor, o aval constitui uma garantia real, instituída, entretanto, em título de crédito.
(C) Semelhantemente ao que ocorre na fiança, nenhum dos cônjuges, sem autorização do outro, pode prestar aval, exceto no regime da separação absoluta.
(D) O aval, no Código Civil, garante, em regra, o benefício de ordem ao avalista.
RESPOSTA (A) Art. 1.715, CC. (B) O aval é modalidade de garantia pessoal, fidejussória. (C) Art. 1.647, III, CC. (D) Não há benefício de ordem entre avalista e avalizado. Alternativa C.
3596. (Promotor – MP-AM – 2007 – CESPE) Quanto aos títulos de crédito, assinale a opção correta.
(A) As relações cambiais são regidas pelos princípios da autonomia e da inoponibilidade das exceções pessoais ao terceiro de boa-fé, entre outros. Assim, quando o devedor for demandado pelo legítimo portador do título, não poderá alegar possíveis exceções pessoais que possui contra o credor originário.
(B) O título de crédito causal representa obrigações desvinculadas do negócio jurídico que deu origem à cártula, permitindo-se considerar, quando o título é posto em circulação, apenas a existência da obrigação cambial, representada por uma cártula e seu conteúdo. Por isso, para que seu titular exerça o direito de crédito dele emergente, basta a apresentação do título.
(C) Em decorrência do princípio da literalidade, o título de crédito em branco ou incompleto é ineficaz cambialmente; por isso, o seu posterior preenchimento, mesmo quando houver acordo prévio, poderá constituir motivo para que sejam opostas ao portador as exceções que caberiam contra o primitivo credor. Assim, ainda que tenha havido a circulação desse título, será negado pagamento e o negócio jurídico que lhe deu origem será anulável.
(D) O meio próprio de transferência do título de crédito à ordem é o endosso seguido de sua tradição. O endosso não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificado; o endossante é responsável não só pelo aceite, mas também pelo pagamento do crédito nele mencionado, isto é, ele se responsabiliza pela solvência do crédito.
(E) O aval é autônomo em relação à obrigação do devedor principal e se constitui no vencimento do título de crédito. Assim, a morte do avalista ocorrida antes do vencimento do título extingue a obrigação, não se transmitindo aos herdeiros, por não possuir caráter personalíssimo.
RESPOSTA (A) Arts. 915 e 916, CC, e art. 17, LUG. (B) É nos títulos abstratos que se percebem obrigações desvinculadas do negócio jurídico que deu origem à cártula. (C) Art. 891, CC, e Súmula 387, STF. (D) Não se exige a notificação do devedor para a eficácia do endosso. (E) A morte repassa as obrigações aos herdeiros, de maneira anômala
(REsp 260.004). Alternativa A.
3597. (Advogado – OAB – 2006 – CESPE) Acerca de títulos de crédito, assinale a opção incorreta.
(A) A letra de câmbio é considerada título de crédito causal, visto que se vincula à relação jurídica que lhe deu origem.
(B) A emissão de cheque com valor superior a cem reais deve ser obrigatoriamente nominal.
(C) Prescreverá em três anos a pretensão à execução de duplicata contra o sacado e seus avalistas,
contados da data do vencimento do título de crédito.
(D) A nota promissória pode ser vinculada a contrato, mas dependerá de indicação, no próprio título
de crédito, da celebração do referido negócio jurídico.
RESPOSTA (A) A letra de câmbio é um título abstrato. (B) Art. 69, Lei n. 9.096/95. (C) Art. 18, Lei n. 5.474/68. (D)
Aplicação do princípio da literalidade (vide Súmula 258, STJ). Alternativa A.
3598. (Juiz – TRF-1 – 2011 – CESPE) A respeito dos títulos de crédito, assinale a opção correta.
(A) A morte do responsável cambiário constitui modalidade de transferência anômala da obrigação, que, por não possuir caráter personalíssimo, é repassada aosherdeiros, mesmo que o óbito tenha ocorrido antes do vencimento do título.
(B) O documento é suficiente para atestar a existência de crédito, não havendo nos títulos de crédito solidariedade entre os vários obrigados, mas uma unidade de prestação.
(C) Cabe ação executiva contra o emitente e seus avalistas, ainda que não apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, ou prescrita a ação cambiária.
(D) Na prestação de serviços, a duplicata não aceita, mas protestada, é título hábil para instruir o pedido de falência, não sendo necessária a comprovação dos serviços.
(E) O estabelecimento bancário não é responsável pelo pagamento de cheque falso, ressalvadas as hipóteses de culpa exclusiva ou concorrente do correntista.
RESPOSTA (A) REsp 260.004. (B) Art. 47, LUG. (C) Art. 47, § 3º, Lei n. 7.357/85. (D) Súmula 248, STJ. (E) Súmula 28, STF. Alternativa A.
3599. (Advogado – OAB – 2008 – CESPE) De acordo com a legislação em vigor relativa a títulos de crédito, não é passível de aceite a
(A) duplicata.
(B) duplicata rural.
(C) letra de câmbio.
(D) nota promissória.
RESPOSTA A nota promissória representa uma promessa de pagamento. A duplicata e a letra de câmbio representam uma ordem de pagamento dada a alguém, denominado sacado, que ao manifestar o aceite se torna o devedor direto do título. Alternativa D.
3600. (Juiz – TJ-PA – 2012 – CESPE) Considerando que determinado título de crédito à ordem tenha sido endossado de acordo com o que estabelece o Código Civil, assinale a opção correta.
(A) Sem a tradição do título, não se completará a transferência por endosso.
(B) É nula cláusula que desonere o endossante do cumprimento da prestação constante do título.
(C) O endosso que tiver sido dado no anverso do título será considerado não escrito.
(D) O pagador do título deverá verificar a autenticidade das assinaturas dele constantes.
(E) Se o endosso for em branco, será nula a alteração para endosso em preto pelo endossatário.
RESPOSTA (A) Art. 910, § 2º, CC. (B) Art. 914, CC. (C) Art. 910, caput, CC. (D) Art. 911, parágrafo único, CC. (E) Art. 913, CC. Alternativa A.
(Advogado – AGU – 2009 – CESPE) Acerca dos títulos de crédito, julgue o item subsequente.
3601. Para a validade do endosso dado no anverso do título de crédito, é suficiente a assinatura do endossante, imediatamente após a qual ocorre a transferência do referido título.
RESPOSTA Em conformidade com o art. 13, 2ª alínea, LUG. Errada.
3602. (Advogado – OAB – 2004 – CESPE) Acerca do instituto dos títulos de crédito, assinale a opção correta.
(A) Considerando situação hipotética em que Armando e Batista tenham firmado contrato de compra e venda, no qual Batista, comprador, tenha emitido cártula de cheque para pagamento da dívida contraída, o título de crédito emitido representa a própria obrigação contraída e com ela se confunde.
(B) Considere a seguinte situação hipotética. João solicitou a José, colega de trabalho, empréstimo de R$ 8.500,00 e, para garantir o pagamento da dívida, entregou a este um cheque representativo do valor emprestado. Passado o período estipulado para o pagamento, José procurou João para receber a importância devida e, nesse momento, comunicou ao colega que havia perdido o cheque, do qual possuía cópia. Diante desse fato, João recusou-se a efetuar o pagamento e manifestou-se no sentido de que não pretendia pagar, mesmo que José possuísse o referido título. Nessa situação, José poderá ajuizar ação de execução contra João, utilizando-se da cópia do cheque emitido para saldar a dívida.
(C) Em conformidade com o atual ordenamento civil, os títulos de crédito podem ser emitidos em computador.
(D) Considere a seguinte situação hipotética. Pedro pretende transferir a outrem, por endosso, a propriedade de uma nota promissória representativa da importância de R$ 15.000,00. Nessa situação, Pedro poderá efetuar a transferência do título por meio de contrato escrito, devidamente registrado em cartório.
RESPOSTA (A) Os títulos de crédito não geram novação, não se confundindo com o negócio jurídico subjacente. (B) O princípio da cartularidade determina a apresentação do título no original. (C) Art. 889, § 3º, CC. (D) Art. 13, LUG. Alternativa C.
(Analista – TJ-RR – 2012 – CESPE) Com relação aos títulos de crédito, julgue os itens que se seguem (Certo ou Errado).
3603. No título ao portador, o devedor não pode opor ao portador exceção fundada em direito pessoal.
RESPOSTA Em conformidade com o art. 906, CC. Errada.
3604. Enquanto o título de crédito estiver em circulação, apenas ele poderá ser dado em garantia, e não, separadamente, os direitos ou mercadorias que representa.
RESPOSTA Em conformidade com o art. 895, CC. Correta.
3605. (Advogado – OAB – 2004 – CESPE) Cada uma das opções a seguir, referentes ao cheque e à nota promissória, apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. Assinale a opção cuja assertiva esteja incorreta.
(A) Uma compradora, no ato de pagamento de mercadorias que selecionara em loja de roupas femininas, preencheu cártula de cheque e a entregou ao caixa da loja. Contudo, o caixa recusou-se a receber o título de crédito, por desconhecer o banco sacado. Nessa situação, o caixa da loja não praticou ilícito.
(B) Mauro efetuou contrato de compra e venda com Marcelo e, para o pagamento previsto no contrato, emitiu cártula de cheque no valor de R$ 550,00. Nessa situação, deve constar do título de crédito, por determinação legal, o nome do respectivo beneficiário, ou seja, Marcelo.
(C) Por força de contrato firmado entre particulares, foram emitidas várias notas promissórias. Considerando que o portador dos referidos títulos decidiu transferir a titularidade destes por endosso, após endossados, estes passam a representar dívidas autônomas.
(D) Ana firmou contrato de abertura de crédito com determinada instituição bancária e, para garantir o cumprimento das obrigações contraídas, emitiu uma nota promissória. Nessa situação, a nota promissória é considerada título de crédito, com todas as características inerentes a quaisquer títulos dessa natureza, ou seja, literalidade, cartularidade e autonomia.
RESPOSTA (A) É possível se recusar a receber cheque; o banco sacado é quem pagará o título (arts. 3º e 4º, Lei n.
7.357/85). (B) Art. 69, Lei n. 9.069/95, c/c art. 907, CC. (C) Art. 8º, LUG. (D) Súmula 258, STJ. Alternativa D.
3606. (Juiz – TJ-PA – 2012 – CESPE) Acerca dos títulos de crédito, assinale a opção correta.
(A) Os títulos ao portador ostentam o nome do credor, ou seja, circulam por mera tradição.
(B) Aos títulos de crédito aplica-se o Código Civil, mesmo havendo dispositivo com comando diverso em lei especial que lhe seja anterior.
(C) Em razão do princípio da abstração, o título de crédito, qualquer que seja a sua natureza, quando posto em circulação, continua vinculado à relação fundamental que lhe deu origem.
(D) O sacador e o aceitante não são solidariamente responsáveis pelo pagamento da letra de câmbio, contudo o endossante ou avalista o serão.
(E) A duplicata é um título de crédito vinculado ao modelo, ou seja, somente produz efeitos cambiais se observado o padrão exigido para a constituição do título.
RESPOSTA (A) Nos títulos ao portador, o credor não é identificado. (B) Art. 903, CC. (C) O princípio da abstração
determina a desvinculação entre o título e a relação fundamental. (D) Art. 47, LUG. (E) Art. 27, Lei n. 5.474/68. Alternativa E.
3607. (Advogado – OAB – 2006 – CESPE) A respeito do regime do cheque no Brasil, assinale a opção correta.
(A) O cheque pré-datado encontra-se previsto expressamente na legislação brasileira.
(B) O cheque veicula obrigação portável.
(C) O cheque contém promessa incondicional de pagamento de quantia determinada.
(D) O emitente deve ter fundos disponíveis em poder do sacado e estar autorizado a emitir cheque sobre eles, em virtude de contrato expresso ou tácito.
RESPOSTA (A) Art.32, Lei n. 7.357/85. (B) O cheque veicula obrigação quesível. (C) Art. 1º, II, Lei n. 7.357/85. (D) Art. 4º, Lei n. 7.357/85. Alternativa D.
3608. (Promotor – MP-PI – 2012 – CESPE) Com referência aos títulos de crédito, assinale a opção correta.
(A) Em virtude de ser lícito o aval em cheque, é possível a proposição de ação monitória contra avalista de cheque prescrito.
(B) Nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta, prestar fiança ou aval.
(C) A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito goza de autonomia em razão da liquidez do título que a originou.
(D) Em razão da existência de dispositivo legal que não admite cheque “a data certa” ou “a certo termo de vista”, a jurisprudência não acolhe pedido de dano moral em virtude de apresentação antecipada de cheque pré-datado.
(E) A simples devolução indevida do cheque não caracteriza dano moral, pois, para tanto, se exige prova de que o ato tenha causado angústia e aborrecimento sério ao prejudicado pela conduta.
RESPOSTA (A) Art. 60, Lei n. 7.357/85 (há ilegitimidade passiva, em razão da perda de eficácia do aval – REsp
1.022.068/SP). (B) Art. 1.647, III, CC. (C) Súmula 258, STJ. (D) Súmula 370, STJ. (E) Súmula 388, STJ. Alternativa B.
3609. (Advogado – OAB – 2008 – CESPE) Assinale a opção correta quanto aos títulos de crédito.
(A) Endosso pode ser corretamente definido como a transferência total ou parcial do crédito correspondente a um título feita pelo credor ou endossante ao endossatário.
(B) O aval, espécie de obrigação cambial, é autônomo em relação à obrigação do devedor principal e se constitui no momento da aposição da assinatura do avalista no título de crédito.
(C) O devedor que paga integralmente o título de crédito se desonera da obrigação nele representada, não se admitindo o pagamento parcial do título de crédito por desnaturar a literalidade do título; ademais, a quitação da obrigação deve constar expressamente do título que deverá ser entregue ao devedor, por isso, a vedação do pagamento parcial.
(D) Os títulos nominativos, emitidos em favor de pessoa indeterminada, podem ser transferíveis por endosso em branco ou em preto.
RESPOSTA (A) Art. 12, 2ª alínea, LUG. (B) Art. 898, CC, e art. 32, LUG. (C) Arts. 901 e 902, CC. (D) Arts. 921 e 923, CC. Alternativa B.
3610. (Juiz – TJ-BA – 2012 – CESPE) Assinale a opção correta com relação aos títulos de crédito.
(A) Dispensa-se o aceite desde a emissão da nota promissória, não se aplicando a esse título a modalidade de vencimento a certo termo da vista, na medida em que, nessa modalidade, a data para pagamento é estabelecida a partir do momento do aceite.
(B) Ordinariamente, a letra de câmbio propicia ao sacador a opção de, em vez de efetuar o pagamento de determinada dívida diretamente ao tomador, em vista de ter crédito perante o sacado, emitir uma letra de câmbio, por meio da qual será satisfeito o seu crédito perante o
sacado, bem como o crédito do tomador perante o próprio sacador.
(C) A perda ou extravio da duplicata são as únicas hipóteses que, de acordo com a lei, obrigam o vendedor a extrair a triplicata, cujos efeitos são os mesmos daquela.
(D) A letra de câmbio e a duplicata são exemplos de títulos livres, cujo formato não segue um rigor absoluto, podendo ser confeccionados da maneira que melhor atenda aos interesses das partes.
(E) O aval somente pode ser dado após a constituição formal da obrigação assumida pelo avalizado, determinando o Código Civil brasileiro que o vencimento do aval póstumo produz os mesmos efeitos do anteriormente dado.
RESPOSTA (A) Art. 78, LUG. (B) Art. 3º, LUG. (C) Art. 21, § 3º, Lei n. 9.492/97. (D) Art. 27, Lei n. 5.474/68. (E) Permite-se o aval antecipado, na figura do sacado de uma letra de câmbio, por exemplo (art. 32, 1ª e 2ª alíneas, LUG). Alternativa B.
(Defensor – DPE-CE – 2008 – CESPE) Acerca dos títulos de crédito, julgue os itens seguintes (Certo ou Errado).
3611. Presume-se em favor do sacador o aval em branco prestado em letra de câmbio.
RESPOSTA Em conformidade com o art. 31, 3ª alínea, LUG. Correta.
3612. Considere que, ao celebrar contrato de abertura de crédito com certa instituição bancária, Raul tenha emitido notas promissórias vinculadas ao referido contrato. Nessa situação, as notas promissórias estão desprovidas de autonomia.
RESPOSTA Em conformidade com a Súmula 258, STJ. Correta.
3613. É lícita a emissão de duplicata de prestação de serviços de engenharia com vencimento a certo termo da vista.
RESPOSTA Em conformidade com o art. 2º, § 1º, III, Lei n. 5.474/68. Errada.
3614. Considere que, ao efetuar o pagamento de um automóvel recentemente adquirido, Lucas tenha emitido cheque em que, no verso, havia sido lançada declaração do banco indicando a existência de provisão de fundos para a sua liquidação, durante o prazo de apresentação do título de crédito. Nessa situação, o cheque utilizado por Lucas é considerado um cheque administrativo ou bancário.
RESPOSTA Em conformidade com o art. 7º, Lei n. 7.357/85. Não se pode confundir cheque visado com cheque administrativo. Errada.
3615. (Advogado – OAB – 2007 – CESPE)
Marcos, empresário individual, emitiu uma duplicata contra Lucas, no valor de R$ 5.000,00, com praça de pagamento em Brasília – DF. Após isso, Marcos colocou o título em circulação, endossando-o a Mateus, que, por sua vez, também por endosso, transferiu-o a João. A par do endosso, Mateus fez vir à duplicata, em seu favor, aval de Josué, cônjuge de Maria.
Acerca do protesto da duplicata mencionada na situação hipotética acima, assinale a opção incorreta.
(A) Para que João possa cobrar de Mateus, é imprescindível o protesto do título.
(B) O protesto deve ser tirado na praça de pagamento constante da duplicata, ou seja, em Brasília – DF.
(C) Caso não seja exercida a faculdade de protestar o título por falta de aceite, não se elide a possibilidade de protesto por falta de pagamento.
(D) De acordo com a legislação em vigor, a duplicata só pode ser protestada por falta de aceite ou de pagamento.
RESPOSTA (A) Art. 53, LUG, c/c art. 25, Lei n. 5.474/68. (B) Art. 13, § 3º, Lei n. 5.474/68. (C) Art. 13, § 2º, Lei n. 5.474/68. (D) Art. 13, caput, Lei n. 5.474/68. Alternativa D.
3616. (Advogado – OAB – 2007 – CESPE) Com relação à duplicata descrita no texto, assinale a opção correta.
(A) A denominação duplicata não precisa estar expressa no título para que este valha como tal.
(B) Para que o aval de Josué seja eficaz, não é necessária autorização de Maria.
(C) Conforme a jurisprudência do STJ, mesmo sem aceite e desprovida de prova de entrega da mercadoria ou da prestação do serviço, a duplicata pode ser executada contra o sacadorendossante e seus garantes.
(D) A validade da obrigação de Josué, como avalista, depende da existência e da validade das obrigações de Mateus, Marcos e Lucas.
RESPOSTA (A) Art. 2º, § 1º, I, Lei n. 5.474/68. (B) Art. 1.647, III, CC. (C) Dentre outros, o REsp 823.151/GO. (D) Art. 32, LUG, c/c art. 25, Lei n. 5.474/68. Alternativa C.
3617. (Juiz – TJ-ES – 2011 – CESPE) Em relação a nota promissória e cheque, assinale a opção correta.
(A) Cheque é ordem de pagamento a vista; em razão disso, não se considera essencial constar a palavra cheque escrita no texto do título, para a sua identificação como tal.
(B) Como regra geral, a cláusula não à ordem, implícita em todo cheque, significa que esse tipo de título se transmite, normalmente, mediante endosso.
(C) Quem concorda em se obrigar por uma nota promissória aceita a circulação do crédito correspondente, uma vez que a nota promissória corresponde a promessa de pagamento.
(D) A nota promissória pode ser transferida e cobrada sob o regime do direito cambiário mesmo que não esteja revestida das formalidades legais.
(E) A nota promissória e a letra de câmbio, diversas quanto à constituição e exigibilidade do crédito, são disciplinadas porregimes jurídicos diversos.
RESPOSTA (A) Art. 1º, I, Lei n. 7.357/85. (B) Art. 17, Lei n. 7.357/85. (C) Art. 75, LUG. (D) Art. 77, LUG. (E) Submetem-se ao mesmo regime jurídico, à LUG. Alternativa C.
3618. (Advogado – OAB – 2010 – CESPE) Acerca da disciplina normativa do cheque, assinale a opção correta.
(A) A lei admite a emissão de cheque contra banco, instituição financeira ou cooperativa de crédito.
(B) Assim como os demais títulos de crédito, o cheque deve ser apresentado para aceite.
(C) A lei veda ao banco sacado a prestação de aval para garantir o pagamento do cheque.
(D) Admite-se, excepcionalmente, a estipulação de cláusula de juros inserida no cheque.
RESPOSTA (A) Art. 3º, Lei n. 7.357/85. (B) Art. 6º, Lei n. 7.357/85. (C) Art. 29, Lei n. 7.357/85. (D) Art. 10, Lei n. 7.357/85.
Alternativa C.
3619. (Juiz – TRF-3 – 2011 – CESPE) Determinado documento foi apresentado, como cheque, ao caixa de instituição financeira localizada no Brasil para recebimento, em espécie, do valor registrado. O caixa da instituição, todavia, devolveu o papel ao apresentante informando-o de que, legalmente, aquele documento não valia como cheque. Tendo como referência essa situação,
assinale a opção correspondente a hipótese prevista para a devolução do referido documento.
(A) A instituição financeira em que trabalha o caixa não é, de fato, banco, mas, apenas, a ele equiparada.
(B) No documento está escrito a palavra check, em lugar da palavra cheque, por pertencer aos Estados Unidos da América o banco de origem do documento.
(C) A assinatura do emitente foi aposta por meio de chancela mecânica.
(D) Não há indicação, no documento, do lugar de pagamento.
(E) Não há indicação, no documento, do lugar de emissão.
RESPOSTA Em conformidade com os arts. 1º a 3º, Lei n. 7.357/85. Alternativa B.
3620. (Advogado – OAB – 2008 – CESPE) Considerando-se que Paula tenha endossado a Luana um cheque de terceiro no valor de R$ 500,00, é correto afirmar que
(A) Paula, por ter endossado o cheque, responde pela solvência do devedor principal, no valor de R$ 500,00.
(B) o endosso produz os mesmos efeitos jurídicos de uma cessão civil de créditos.
(C) o endosso transfere a Luana a posse, não a propriedade do título de crédito.
(D) o endosso de Paula será nulo de pleno direito se a obrigação consubstanciada no cheque já
estiver vencida.
RESPOSTA (A) Art. 21, Lei n. 7.357/85. (B) Art. 17, § 1º, Lei n. 7.357/85. (C) Art. 20, Lei n. 7.357/85. (D) Art. 27, Lei n.
7.357/85. Alternativa A.
(Delegado – PF – 2004 – CESPE) Quanto ao instituto dos títulos de crédito, do direito de empresa e do direito falimentar, no item que se segue, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada (Certo ou Errado).
3621. Ana e Carolina celebraram contrato de compra e venda de automóvel, no valor de R$ 48.000,00. Para garantir a efetividade da avença, Carolina emitiu cheque pré-datado correspondente ao valor do automóvel. Por solicitação de Ana, o referido título de crédito foi avalizado por José, garantindo apenas o montante de R$ 10.000,00. Nessa situação, o aval prestado por José para garantir parte da dívida é perfeitamente válido.
RESPOSTA Em conformidade com o art. 29, Lei n. 7.357/85, não se aplicando ao caso o art. 897, parágrafo único, CC, em razão do art. 903 do mesmo código. Correta.
3622. (Procurador – BACEN – 2009 – CESPE) Os cheques pré-datados são amplamente utilizados no comércio para a realização de pagamentos, mormente operações de compra e venda mercantis. A respeito desse costume, assinale a opção correta.
(A) Apesar de os costumes serem considerados fontes indiretas do direito empresarial, a utilização dos cheques pré-datados não é admitida pelo ordenamento jurídico ou pelos tribunais brasileiros, pois, segundo a Lei n. 7.357/1985, o cheque é ordem de pagamento à vista.
(B) É entendimento sumulado do STJ que a apresentação antecipada do cheque pré-datado causa dano moral por quebra do acordo entre partes e ofensa à boa-fé objetiva.
(C) Durante o prazo de apresentação do cheque, o emitente pode fazer sustar o seu pagamento, manifestando ao sacado (instituição financeira), por escrito, oposição fundada em relevante razão de direito, devendo a instituição julgar como cabível, ou não, a relevância das razões invocadas como motivo da sustação ou oposição.
(D) O banco sacado que paga cheque à ordem é obrigado a verificar a regularidade da série de endossos, mas não a autenticidade das assinaturas dos endossantes. Por isso, não responde pelo pagamento do cheque falso, falsificado ou alterado.
(E) Prescrito o cheque, o que ocorre após seis meses da expiração do prazo de apresentação, não cabe mais ação cambial e resta como única alternativa a ação de enriquecimento contra o emitente ou outros obrigados, que se locupletaram injustamente com o não pagamento do cheque.
RESPOSTA (A) A jurisprudência admite a utilização dos cheques pré-datados. (B) Súmula 370, STJ. (C) Art. 36, caput e § 2º, Lei n. 7.357/85. (D) Art. 39, Lei n. 7.357/85. (E) Súmula 299, STJ. Alternativa B.
(Analista – STJ – 2012 – CESPE) Com base em assuntos relacionados ao direito empresarial, julgue os itens subsequentes (Certo ou Errado).
3623. Considere a seguinte situação hipotética. A empresa X, que é uma sociedade de arrendamento mercantil, emitiu letras de arrendamento mercantil no valor de dez mil reais cada uma.
Uma dessas letras foi recebida por Salomão, comerciante na cidade da sede da empresa, que endossou o título em questão e o passou para Matias como pagamento de dívidas. A empresa X, no momento da apresentação da letra, negou-se a fazer o pagamento alegando problemas financeiros. Nessa situação, Matias não pode exigir que Salomão faça o pagamento do montante total estipulado
na letra, a não ser que haja estipulação em contrário.
RESPOSTA Em conformidade com o art. 2º, § 2º, Lei n. 11.882/2008. Correta.
3624. O tabelião de protesto de títulos tem competência privativa e ampla quanto a títulos e outros documentos de dívidas emitidos em território nacional. Essa competência, porém, não se estende a títulos de dívida em moeda estrangeira, que não podem ser protestados se emitidos no exterior, ainda que haja tradução feita por tradutor público juramentado.
RESPOSTA Em conformidade com o art. 10, Lei n. 9.492/97. Errada.
3625. (Juiz – TJ-CE – 2012 – CESPE) Desde o seu surgimento até os dias de hoje, o protesto tem como função a prova necessária da recusa do pagamento ou aceite de uma letra, o que possibilita que o credor venha a insurgir-se contra os obrigados de regresso. A respeito do protesto de títulos e outros documentos de dívidas, assinale a opção correta.
(A) Conforme estabelece a legislação pertinente, todos os títulos e documentos de dívida protocolizados devem ser examinados em seus caracteres formais e ter curso se não apresentarem vícios, cabendo ao tabelião de protesto investigar a ocorrência de prescrição ou caducidade.
(B) O protesto facultativo ocorrerá somente quando o título não tiver coobrigados, mas apenas devedor principal, como, por exemplo, ocorre com a nota promissória sem endosso e sem aval.
(C) Quando o sacador retiver a letra de câmbio ou a duplicata enviada para aceite e não proceder à devolução dentro do prazo legal, o protesto poderá ser baseado na segunda via da letra de câmbio ou nas indicações da duplicata.
(D) O protesto por falta de aceite deve ser providenciado antes do vencimento da obrigação e após o decurso do prazo legal para o aceite ou a devolução.
(E) De acordo com a lei substantiva civil, o protesto cambiário tem por objeto título de crédito, não correspondendo a ato judicial, e, por isso, não interrompe o prazo prescricional da ação cambiária.
RESPOSTA (A) Art. 9º, Lei n. 9.492/97. (B) O protesto será facultativo para a cobrança do devedor principal, independente de ter ou não havido, no título, aval ou endosso. (C) Art. 21, § 3º, Lei n. 9.492/97.(D) Art. 21, § 1º, Lei n. 9.492/97. (E) Art. 202, III, CC. Nessa questão, como se percebe, há duas opções corretas: as alternativas C e D. Alternativa D.
3626. (Juiz – TJ-AC – 2012 – CESPE) Em relação ao protesto, ato formal e solene por meio do qual se provam a inadimplência e o descumprimento da obrigação, assinale a opção correta.
(A) O tabelião de protesto de títulos exerce competência exclusiva para a protocolização, a
intimação, o acolhimento da devolução ou do aceite e o recibo de pagamento do título de outros
documentos de dívida, na tutela dos interesses públicos e privados.
(B) Em caso de risco de prejuízo de difícil reparação para o credor, o juiz deve condicionar
obrigatoriamente o deferimento da sustação ou cancelamento cautelar do protesto à prestação de
caução.
(C) O título do documento de dívida cujo protesto tiver sido sustado judicialmente só poderá ser
pago, protestado ou retirado mediante autorização judicial.
(D) Sendo o devedor microempresário ou empresa de pequeno porte, o cancelamento do registro de protesto, em decorrência do pagamento do título, dependerá de declaração de anuência do credor.
(E) Dispensa-se a exigência de identificação da pessoa que tenha recebido a notificação do protesto para requerer a falência do devedor.
RESPOSTA (A) Arts. 14 e 15, Lei n. 9.492/97. (B) Não há previsão legal nesse sentido. (C) Art. 17, § 1º, Lei n. 9.492/97. (D) Art. 73, III, Lei Complementar n. 123/2006. (E) Súmula 361, STJ. Alternativa C.
3627. (Promotor – MP-RR – 2011 – CESPE) Assinale a opção correta com relação às ações cambiárias e os títulos de créditos.
(A) Se um dos coemitentes pagar a soma cambiária, ele só poderá acionar o outro emitente para haver a sua cota, tendo essa ação natureza cambiária.
(B) As pessoas acionadas em virtude de uma letra de câmbio não podem, em nenhuma circunstância, opor ao portador exceções fundadas sobre as relações pessoais delas com o sacador ou com os portadores anteriores.
(C) O ingresso da ação cambiária do portador contra os aceitantes e emitentes de uma letra prescreve em um ano a contar da data do protesto; havendo cláusula sem protesto, a prescrição ocorre a partir da data do vencimento do título.
(D) O que diferencia os títulos de crédito dos demais títulos executivos extrajudiciais é a limitação quanto às matérias que possam ser apresentadas em embargos à execução.
(E) O portador de uma letra de câmbio deve obedecer à ordem de preferência para a propositura da ação de execução contra os legitimados passivos.
RESPOSTA (A) Tal ação não tem natureza cambiária, constituindo-se em mera ação regressiva civil, em razão da solidariedade passiva. (B) Art. 17, LUG. (C) Art. 70, LUG. (D) Efeito jurídico decorrente do princípio da inoponibilidade de exceções pessoais. (E) Art. 47, 2ª alínea, LUG. Alternativa D.
3628. (Juiz – TRF-2 – 2011 – CESPE) Com relação ao título de crédito, considerado, na doutrina, o documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado, assinale a opção correta.
(A) Cheque administrativo ou bancário é aquele em que o emitente se confunde com o sacado, ou seja, é emitido pela própria instituição financeira. Estabelece a lei que regulamenta os cheques que o cheque pode ser emitido contra o próprio banco sacado, desde que ao portador.
(B) A nota promissória não produzirá efeito quando faltarem a indicação de vencimento e a indicação do lugar em que se deva efetuar o pagamento.
(C) A lei que regulamenta a duplicata estabelece que a emissão da fatura é obrigatória em todos os contratos, sejam eles de compra e venda mercantil ou de prestação de serviços.
(D) O cheque devolvido ao seu portador por falta de provisão de fundos pode ser apresentado somente mais uma vez, e sua execução contra os endossantes e avalistas depende de protesto.
(E) Estabelece a lei uniforme relativa às letras de câmbio e às notas promissórias que o sacador de letra de câmbio pagável à vista ou a certo termo de vista pode fazer constar a incidência de juros sobre o valor a ser pago.
RESPOSTA (A) Art. 9º, III, Lei n. 7.357/85. (B) Art. 75, 2ª e 3ª alíneas, LUG. (C) Art. 1º, Lei n. 5.474/68. (D) Art. 47, § 1º, Lei n. 7.357/85. (E) Art. 5º, LUG. Alternativa E.
3629. (Promotor – MP-RR – 2011 – CESPE) Com relação ao protesto de títulos e outros documentos de dívida, assinale a opção correta.
(A) O protesto por falta de aceite somente poderá ser efetuado depois do vencimento da obrigação e após o decurso do prazo legal para o aceite ou a devolução.
(B) Revogada a ordem de sustação de protesto, será necessário proceder a nova intimação do devedor, sendo a lavratura e o registro do protesto efetivados até o primeiro dia útil subsequente ao do recebimento da revogação.
(C) O protesto de nota promissória deve ser tirado no lugar onde deva ser efetuado o pagamento do título e, na ausência de indicação de local para pagamento, considera-se o lugar do domicílio do sacado.
(D) A averbação de retificação de erros materiais pelo serviço poderá ser efetuada de ofício ou a requerimento do interessado, sendo devidos os emolumentos pela citada averbação.
(E) Cláusula sem protesto inserida no título pelo sacador produz efeitos em relação a todos os obrigados pela letra; inserida pelo endossante ou avalista somente produzirá efeitos em relação a esse endossante ou avalista.
RESPOSTA (A) Art. 21, § 1º, Lei n. 9.492/97. (B) Art. 17, § 2º, Lei n. 9.492/97. (C) Não há sacado na nota promissória. (D) Art. 25, § 2º, Lei n. 9.492/97. (E) Art. 46, 3ª alínea, LUG. Alternativa E.
3630. (Juiz – TJ-BA – 2012 – CESPE) De acordo com o que dispõe a legislação que regulamenta os serviços concernentes ao protesto de títulos e outros documentos de dívida, assinale a opção correta.
(A) Havendo ou não prazo assinado, a data do registro do protesto é o termo inicial da incidência de juros, taxas e atualizações monetárias sobre o valor da obrigação contida no título ou documento de dívida.
(B) É de cinco anos o prazo estipulado para o arquivamento de livros de protocolo e de dez anos para o arquivamento dos livros de registros de protesto e respectivos títulos.
(C) Os cartórios devem fornecer às entidades representativas da indústria e do comércio ou àquelas vinculadas à proteção do crédito, quando solicitada, certidão diária, em forma de relação, dos protestos retirados e dos cancelamentos efetuados, com a nota de se cuidar de informação reservada, da qual somente se poderá dar publicidade, pela imprensa, de forma parcial.
(D) Os tabeliães de protesto de títulos serão civilmente responsáveis pelos prejuízos que causarem a terceiros somente quando houver dolo, sendo também responsáveis pelos prejuízos causados pelos substitutos que designarem ou escreventes que autorizarem, assegurado o direito de regresso.
(E) Revogada a ordem de sustação, não se exige nova intimação do devedor, devendo a lavratura e o registro do protesto ser efetivados até o primeiro dia útil subsequente ao do recebimento da revogação, salvo se a materialização do ato depender de consulta a ser formulada ao apresentante, caso em que o mesmo prazo deverá ser contado da data da resposta dada.
RESPOSTA (A) Art. 40, Lei n. 9.492/97. (B) Art. 36, Lei n. 9.492/97. (C) Art. 29, Lei n. 9.492/97. (D) Art. 38, Lei n. 9.492/97. (E) Art. 17, § 2º, Lei n. 9.492/97. Alternativa E.
3631. (Advogado – CEF – 2010 – CESPE) Assinale a opção correta no que se refere a títulos de crédito, títulos de financiamento da atividade econômica e títulos societários.
(A) O ordenamento jurídico pátrio veda o uso comercial da duplicata virtual em substituição à duplicata em papel, mas os cartórios extrajudiciais devem aceitar as indicações contidas no meio magnético a fim de levar a efeito eventual protesto.
(B) Nas hipóteses de cédulas de crédito rural, industrial e comercial, não se admite a incidência de comissão de permanência, após a inadimplência, sendo permitidas, apenas, a elevação dosjuros remuneratórios em 1% ao ano, a correção monetária e a multa contratual.
(C) A lei veda que a constituição da garantia, real ou fidejussória, seja feita em documento separado da cédula de crédito bancário.
(D) O conhecimento de depósito e o warrant são títulos de crédito representativos de mercadorias custodiadas em armazéns gerais, e a circulação desses títulos, por endosso, deve ocorrer conjuntamente.
(E) Cabe às sociedades anônimas criar, a qualquer tempo, títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao capital social, denominados debêntures, os quais garantem aos seus titulares direito de crédito eventual contra a companhia.
RESPOSTA (A) Inexiste tal vedação. (B) Arts. 5º, parágrafo único, e 10, Decreto-lei n. 167/67. (C) Art. 32, Lei n. 10.931/2004. (D) A circulação do conhecimento de depósito e do warrant pode ocorrer em separado. (E) Art. 54, Lei n. 6.404/76 (as debêntures têm valor nominal). Alternativa B.
3632. (Juiz – TJ-CE – 2012 – CESPE) Com o desenvolvimento dos títulos de crédito, o mundo moderno mobiliza suas próprias riquezas, vencendo o tempo e o espaço. Acerca desses títulos, assinale a opção correta.
(A) A legislação que dispõe sobre o patrimônio de afetação de incorporações imobiliárias, letra de crédito imobiliário, cédula de crédito imobiliário e cédula de crédito bancário, criou a letra de crédito hipotecário emitido por instituição financeira, como promessa de pagamento, com lastro em crédito imobiliário decorrente de hipoteca ou alienação fiduciária.
(B) De acordo com a lei que dispõe sobre títulos de crédito comercial, a não identificação dos bens objeto da alienação fiduciária cedular retira a eficácia da garantia, que deve incidir sobre outros de mesmo gênero, quantidade e qualidade.
(C) A cédula de crédito industrial, conforme estabelece a legislação que a regulamenta, pode ser aditada, ratificada e retificada, por meio de menções adicionais e de aditivos, datados e assinados pelo emitente e pelo credor, lavrados em folha à parte do mesmo formato e que devem passar a
fazer parte integrante do documento cedular.
(D) São títulos de crédito à exportação a nota de crédito à exportação e a cédula de crédito à exportação, ambos títulos casuais que constituem promessa de pagamento, ostentando a nota de crédito à exportação garantia real, incorporada à própria cártula, diferentemente da cédula de
crédito à exportação, que não possui essa garantia.
(E) A cédula de produto rural é título de crédito de natureza causal, emitido por produtor ou cooperativa rural, como promessa de entrega de produtos rurais, disciplinada na lei que a institui, segundo a qual o emitente da cédula de produto rural não responde pela evicção, podendo, ainda, invocar, em seu benefício, o caso fortuito ou força maior.
RESPOSTA (A) A letra de crédito hipotecário é regulamentada pela Lei n. 7.684/88, e não pela Lei n. 10.931/2004. (B) Art. 4º, Lei n. 6.840/80. (C) Art. 12, Decreto-lei n. 413/69. (D) A diferença existente entre a cédula de crédito e a nota de crédito é que aquela tem garantia e esta, não. (E) Arts. 1º, 2º e 11, Lei n. 8.929/94. Alternativa C.
3633. (Promotor – MP-RR – 2011 – CESPE) Com relação aos títulos de crédito comercial, industrial, à exportação, rural e imobiliário, assinale a opção correta.
(A) A cédula e a nota de crédito à exportação são títulos causais resultantes de financiamento à exportação ou à produção de bens destinados à exportação, não constitutivos de meras promessas de pagamento, em razão do caráter especialíssimo de tais cártulas.
(B) A nota promissória e a duplicata rural são títulos de crédito rural fundados em operações de compra e venda de natureza rural, contratadas a prazo, constitutivas de financiamentos no âmbito do crédito rural.
(C) A letra de crédito imobiliário é título causal emitido por instituição financeira como promessa de pagamento, com lastro em crédito imobiliário decorrente de hipoteca ou alienação fiduciária.
(D) A nota de crédito comercial é um título causal resultante do financiamento obtido por empresas no mercado financeiro, com promessa de pagamento e garantia real, incorporada à própria cártula.
(E) A cédula de crédito industrial é um título causal resultante de financiamento obtido por empresas nas bolsas de valores, com promessa de pagamento, mas sem garantia real.
RESPOSTA (A) A cédula e a nota de crédito à exportação representam promessa de pagamento. (B) Art. 42, parágrafo único, Decreto-lei n. 167/67. (C) Art. 12, Lei n. 10.931/2004. (D) Nota de crédito não tem garantia real. (E) Cédula de crédito tem garantia real. Tal financiamento é obtido por pessoa que se dedique à atividade industrial. Alternativa C.
V. Títulos de Crédito
3748. (Advogado – PBGAS – 2007 – FCC) A respeito dos títulos de crédito é INCORRETO afirmar:
(A) Enquanto o título de crédito estiver em circulação, só ele poderá ser dado em garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e não, separadamente, os direitos e mercadorias que representa.
(B) O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser garantido por aval parcial.
(C) O título de crédito não pode ser reivindicado do portador que o adquiriu de boa-fé e na conformidade das normas que disciplinam a sua circulação.
(D) Aquele que, sem ter poderes, ou excedendo os que tem, lança a sua assinatura em título de crédito, como mandatário ou representante de outrem, fica pessoalmente obrigado.
(E) A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem.
RESPOSTA (A) Art. 895, CC. (B) O art. 897, parágrafo único, CC, determina que é vedado o aval parcial. (C) Art. 896, CC. (D) Art. 892, CC. (E) Art. 888, CC. Alternativa B.
3749. (Juiz – TJ-GO – 2012 – FCC) No tocante ao título de crédito, é correto afirmar que
(A) quando não indicado, considera-se lugar de sua emissão e de pagamento o domicílio do credor.
(B) sua transferência não implica a de todos os direitos que lhe são inerentes.
(C) pode-se reivindicá-lo do portador que o adquiriu de boa-fé e na conformidade das normas que disciplinam sua circulação.
(D) não tendo ele indicação de vencimento, entende-se que o prazo de pagamento é o de sessenta dias.
(E) enquanto estiver em circulação, só ele poderá ser dado em garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e não, separadamente, os direitos ou mercadorias que representa.
RESPOSTA (A) Art. 889, § 2º, CC (domicílio do emitente). (B) A transferência implica a de todos os direitos, segundo o art. 893, CC. (C) Não pode reivindicá-lo do portador de boa-fé, de acordo com o art. 896, CC. (D) Não indicando vencimento, o título é pagável à vista, conforme o art. 889, § 1º, CC. (E) Art. 895, CC. Alternativa E.
3750. (Defensor – DPE-PA – 2009 – FCC) Em relação ao título de crédito, examine as asserções seguintes:
I. Trata-se de documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, só produzindo efeito quando preenchidos os requisitos legais.
II. A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito sua validade como título de crédito, implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem.
III. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser garantido por aval, ainda que parcial. Delas se extrai que
(A) o item I é verdadeiro, bem como o item III, sendo falso o item II, pois o negócio jurídico será válido, mesmo despido de sua validade como título de crédito.
(B) o item I é verdadeiro, bem como o item II, sendo falso o item III, por ser vedada a concessão de aval parcial.
(C) o item I é verdadeiro, sendo falsos os itens II e III, pois o negócio jurídico será válido, mesmo despido de sua validade como título de crédito e, quanto à garantia do pagamento do título de crédito, é vedada a concessão de aval parcial.
(D) o item I é falso, pois o exercício do direito éliteral mas sempre vinculado a causas subjacentes, sendo verdadeiros os itens II e III.
(E) os itens I, II e III são falsos.
RESPOSTA De acordo com os arts. 887 (item I – verdadeiro), 888 (item II – falso) e 897 (item III – falso), do Código Civil. Alternativa C.
3751. (Procurador – PGE-AM – 2010 – FCC) A respeito do regime jurídico das Notas Promissórias e Letras de Câmbio, é correto afirmar:
(A) O emitente de uma letra de câmbio tem a mesma responsabilidade pelo pagamento do título que o emitente de uma nota promissória.
(B) A cláusula “à ordem”, expressa no título, define a responsabilidade solidária de todos os garantidores do direito de crédito nele mencionado.
(C) Para a validade do endosso é indispensável a prévia anuência do devedor original, a ser dada no próprio título ou em documento em separado.
(D) O aval dado em uma nota promissória tem os mesmos efeitos da fiança prestada sem benefício de exoneração.
(E) A cobrança judicial do crédito mencionado em nota promissória contra o devedor principal independe do prévio protesto do título.
RESPOSTA (A) O aceitante na letra de câmbio tem a mesma responsabilidade do sacador na nota promissória. (B) A cláusula “à ordem” determina que o título é transmissível via endosso. (C) Para a validade do endosso basta a simples assinatura do endossante no verso da folha. (D) O aval tem efeitos distintos dos da fiança. (E) O protesto é cambialmente facultativo para a cobrança do devedor principal. Alternativa E.
3752. (Juiz – TRT-20 – 2012 – FCC) Sendo o pagamento de uma letra de câmbio garantida por aval,
(A) a obrigação do avalista se mantém, mesmo no caso de a obrigação que ele garantir ser nula por qualquer razão que não seja um vício de forma.
(B) a obrigação do avalista não se mantém se a obrigação por ele garantida for nula ou anulável.
(C) a obrigação do avalista é acessória e ele pode opor ao credor as defesas pessoais, privativas do sacado e as que forem comuns a ele e ao sacado.
(D) a obrigação do avalista é subsidiária, podendo invocar o benefício de ordem, salvo se a ele houver renunciado ou se tiver se obrigado solidariamente com o sacado.
(E) se o avalista pagar a letra, fica sub-rogado nos direitos emergentes da letra contra a pessoa a favor de quem foi dado o aval, mas não contra os obrigados para com esta em virtude da letra.
RESPOSTA Art. 32, LUG. Alternativa A.
3753. (Juiz – TRT-11 – 2012 – FCC) Em relação aos títulos de crédito, é correto afirmar que
(A) a duplicata é título autônomo e abstrato, sendo irrelevante perquirir-se o negócio subjacente que lhe deu origem.
(B) a letra de câmbio pode ser objeto de aceite e de endosso, mas não de aval, que é restrito ao cheque.
(C) o credor é obrigado a receber o pagamento antes do vencimento do título, se o devedor quiser pagá-lo, ficando este responsável pela validade correspondente.
(D) a omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem.
(E) o emitente do cheque garante seu pagamento, salvo se declarar-se isento dessa garantia no próprio título.
RESPOSTA (A) A duplicata é título causal, só podendo ser emitido em razão de compra e venda mercantil ou de
prestação de serviços. (B) A LUG regulamenta o aval para a letra de câmbio nos arts. 30 a 32. (C) O credor não é obrigado a receber o pagamento antes do vencimento. (D) Art. 888, CC. (E) O emitente do cheque sempre garante o pagamento, de acordo com o art. 15, Lei n. 7.357/85. Alternativa D.
3754. (Defensor – DPE-PA – 2009 – FCC) Por ser o cheque uma ordem de pagamento a vista,
(A) é ilegal a emissão de cheque pós-datado, que não gera qualquer efeito jurídico ao emitente ou ao beneficiário.
(B) embora a pós-datação não produza efeito cambial, pode gerar efeitos reparatórios civis se a data futura não foi obedecida pelo beneficiário, por lesão à boa-fé objetiva.
(C) como a pós-datação não produz efeito cambial, também não pode gerar efeitos reparatórios civis se a data futura não for obedecida pelo beneficiário.
(D) a pós-datação gera efeitos cambiais, por isso sendo obstada a apresentação do título a pagamento antes da data futura aposta.
(E) o postulado da questão é parcialmente verdadeiro, pois a natureza do cheque permite que seja tanto uma ordem de pagamento a vista como um título de crédito a prazo.
RESPOSTA O art. 32, Lei n. 7.357/85, considera não escrita qualquer menção em contrário ao fato de o cheque ser pagável à vista. A Súmula 370, STJ, informa que caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado. Alternativa B.
3755. (Juiz – TJ-GO – 2012 – FCC) Em relação aos seguintes títulos de crédito é correto afirmar:
(A) Se o cheque pós-datado for apresentado em data anterior à indicada para pagamento, não poderá ser pago de imediato, pois se terá descaracterizado como ordem de pagamento à vista.
(B) Como regra, o sacado de um cheque não tem qualquer obrigação cambial; assim, o credor do cheque não pode responsabilizar o banco sacado pela inexistência ou insuficiência de fundos disponíveis.
(C) As notas promissórias admitem aceite e, por isso, a recusa deste acarreta o vencimento antecipado do título.
(D) A duplicata mercantil é protestável somente por falta de pagamento e não admite ser garantida por aval, uma vez que se trata de título causal.
(E) A duplicata não permite reforma ou prorrogação de seu prazo de vencimento, que é imutável.
RESPOSTA (A) O cheque, mesmo pós-datado, é pagável no dia da apresentação, de acordo com o art. 32, Lei n.
7.357/85. (B) Art. 6º, Lei n. 7.357/85. (C) Não se admite aceite em nota promissória, conforme o art. 77, LUG. (D) A
duplicata é protestável por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, segundo o art. 13, Lei n. 5.474/68. (E) Pelo art. 11, Lei n. 5.474/68, admite-se reforma ou prorrogação de vencimento na duplicata. Alternativa B.
3756. (Procurador – SAMPA-SP – 2008 – FCC) A duplicata é um título de crédito
(A) que pode ser extraído para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador, e ser levado a protesto por falta de aceite, de devolução ou de pagamento.
(B) formal, que só admite protesto por falta de pagamento.
(C) causal, que só pode ser emitido para documentar a prestação de serviços por empresários individuais ou sociedades empresárias.
(D) causal, que só pode ser emitido para documentar a venda e compra mercantil.
(E) que consubstancia promessa de pagamento à vista, admite endosso e pode ser levado a protesto por falta de aceite ou por falta de pagamento.
RESPOSTA A duplicata é título causal, podendo ser emitido em razão de compra e venda mercantil ou de prestação de serviços, configurando uma ordem de pagamento, e pode ser protestada por falta de aceite, de devolução ou de pagamento. De acordo com os arts. 1º, 2º, 13 e 20, Lei n. 5.474/68. Alternativa A.
3757. (Juiz – TRT-4 – 2012 – FCC) A duplicata é título de crédito
(A) causal e pode ser emitida em razão da prestação de serviços, por empresas individuais, devendo a fatura discriminar a natureza dos serviços prestados.
(B) causal ou formal, segundo a natureza da dívida que representa, dispensando-se a emissão de fatura, quando não corresponder à venda de mercadorias.
(C) formal e só pode ser emitida como representativa da obrigação de entrega de coisa fungível, cujo valor deve ser declarado, para o caso de sua liquidação financeira.
(D) causal e apenas pode ser emitida em razão da venda de mercadorias por empresas de natureza mercantil, sendo necessária a emissão de fatura correspondente.
(E) formal e pode ser emitida como representativa de qualquer dívida de dinheiro.
RESPOSTA De acordo com o art. 20, Lei n. 5.474/68. Alternativa A.
3758. (Juiz – TJ-PE – 2011 – FCC) No que tange à duplicata:
(A) o comprador poderá deixar de aceitá-la por vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade dasmercadorias, exclusivamente.
(B) é lícito ao comprador resgatá-la antes do aceite, mas não antes do vencimento.
(C) trata-se de título causal, que por isso não admite reforma ou prorrogação do prazo de vencimento.
(D) é título protestável por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, podendo o protesto ser tirado mediante apresentação da duplicata, da triplicata, ou ainda por simples indicações do portador, na falta de devolução do título.
(E) em nenhum caso poderá o sacado reter a duplicata em seu poder até a data do vencimento, devendo comunicar eventuais divergências à apresentante com a devolução do título.
RESPOSTA (A) Todas as hipóteses de recusa do aceite estão descritas no art. 8º, Lei n. 5.474/68. (B) É lícito resgatar a duplicata, seja antes do aceite, seja antes do vencimento, segundo o art. 9º, Lei n. 5.474/68. (C) O art. 11, Lei n. 5.474/68, determina que a duplicata admite reforma ou prorrogação de vencimento. (D) Art. 13, § 1º, Lei n. 5.474/68. (E) O art. 7º, § 1º, Lei n. 5.474/68, determina a possibilidade de retenção da duplicata. Alternativa D.
3759. (Juiz – TJ-MS – 2010 – FCC) Com relação à duplicata, é correto afirmar que
(A) a sua exigibilidade em relação ao devedor principal (sacado) depende do prévio registro no cartório de protesto de títulos competente.
(B) só pode ser emitida, se o crédito por ela representado for oriundo de relação de compra e venda de mercadorias ou prestação de serviços.
(C) pode ser sacada para representar créditos relativos a contrato de mútuo.
(D) a sua exigibilidade em relação ao endossante depende do esgotamento das tentativas de cobrança do crédito em relação ao devedor principal, na via judicial.
(E) constitui título executivo, independentemente de qualquer outra formalidade, mesmo quando não aceita pelo sacado.
RESPOSTA (A) O protesto é facultativo para a cobrança do devedor principal. (B) Arts. 1º e 20, Lei n. 5.474/68. (C) Só pode ser sacada em razão de compra e venda mercantil ou de prestação de serviços. (D) Para a cobrança do endossante, é necessário o protesto. (E) O art. 15, II, Lei n. 5.474/68, determina que, para a duplicata não aceita, faz-se necessário: o protesto do título; o comprovante de entrega e recebimento de mercadoria; não haver motivo para a recusa do aceite.
Alternativa B.
3760. (Promotor – MP-PE – 2008 – FCC) A duplicata mercantil, enquanto título causal,
(A) está sujeita a regime jurídico diverso do cambial.
(B) sujeita-se ao regime jurídico cambial e, portanto, aos princípios da cartularidade, da literalidade e da autonomia das obrigações.
(C) pode ser sacada em qualquer hipótese, segundo a vontade das partes interessadas.
(D) não se vincula especificamente a nenhum negócio jurídico.
(E) não pode ser tida como um título de crédito abstrato, se examinada sua origem.
RESPOSTA Os títulos de crédito se classificam em causal (quando a sua emissão só pode ocorrer em razão de determinado negócio jurídico) ou abstrato (quando a sua emissão pode ocorrer em razão de qualquer negócio jurídico). A duplicata é um título cambiariforme e se submete aos princípios cambiários. A alternativa E, também, está correta. Gabarito oficial: Alternativa B.
3761. (Advogado – NOSSA CAIXA – 2011 – FCC) O protesto cambial é medida necessária para
(A) constituição do devedor principal em mora, no caso de dívida líquida com vencimento em dia certo e expresso no título.
(B) interrupção da prescrição da ação de cobrança do crédito mencionado no título.
(C) ajuizamento de ação de execução de cheque contra o seu emitente.
(D) assegurar o direito de cobrança contra o endossante de nota promissória com cláusula sem despesa.
(E) cobrança de juros moratórios previstos no título.
RESPOSTA A cláusula sem despesa dispensa a necessidade de protesto, conforme o art. 46, LUG. O protesto é cambialmente facultativo para a cobrança do devedor principal. Considera-se não escrita a cláusula de juros, conforme o art. 890, CC. A interrupção da prescrição pode ocorrer pelo protesto cambial, de acordo com o art. 202, III, CC. Alternativa B.
3762. (Juiz – TJ-PE – 2011 – FCC) Em relação ao protesto de títulos, é correto afirmar:
(A) O protesto será tirado por falta de pagamento, de aceite ou de devolução, só podendo ser efetuado o protesto por falta de aceite antes do vencimento da obrigação e após o decurso do prazo legal para o aceite ou a devolução.
(B) Em nenhum caso serão protestados títulos e outros documentos de dívida em moeda estrangeira, emitidos fora do Brasil.
(C) Todos os títulos serão examinados pelo tabelião de protesto em seus caracteres formais, inclusive quanto à ocorrência de prescrição ou caducidade, só tendo curso se não apresentarem vícios.
(D) Quando a intimação do devedor for efetivada excepcionalmente no último dia do prazo ou além dele, por motivo de força maior, o protesto será tirado antecipadamente.
(E) O protesto é ato personalíssimo, devendo sua intimação ocorrer sempre na figura do devedor e defesa a intimação por edital.
RESPOSTA (A) Art. 21, caput e § 1º, Lei n. 9.492/97. (B) O art. 10, Lei n. 9.492/97, apresenta os requisitos para ser
protestado título em moeda estrangeira. (C) Não cabe ao tabelião verificar prescrição ou caducidade, segundo o art. 9º, Lei n. 9.492/97. (D) Art. 13, Lei n. 9.492/97 (o protesto será tirado no primeiro dia útil subsequente). (E) O art. 15, Lei n. 9.492/97, prevê as possibilidades de intimação do protesto por edital. Alternativa A.
VI. Contratos Empresariais
3763. (Juiz – TJ-GO – 2012 – FCC) Em relação aos contratos bancários, é correto afirmar:
(A) O objeto do contrato de alienação fiduciária em garantia será sempre bem móvel, pertencente ou não ao devedor.
(B) O mútuo bancário é o contrato consensual de empréstimo de coisa infungível ao cliente.
(C) Como regra geral, as instituições financeiras estão limitadas, na cobrança dos juros remuneratórios, à taxa de 12% ao ano.
(D) Pelo contrato de abertura de crédito, o banco disponibiliza ao cliente certa quantia de dinheiro, a ser por ele necessariamente utilizada.
(E) O depósito bancário é o contrato pelo qual uma pessoa, denominada depositante, entrega valores monetários a um banco, que se obriga a restituí-los quando solicitados.
RESPOSTA (A) A alienação fiduciária em garantia pode ser de bem móvel, imóvel ou título de crédito (art. 1.361, CC; art. 22, Lei n. 8.514/97; e art. 66-B, Lei n. 4.728/65). (B) O objeto do mútuo bancário é quantia em dinheiro, coisa fungível (art. 586, CC). (C) As instituições financeiras não se submetem à Lei de Usura (Súmula 596, STF). (D) Não há necessidade de o cliente utilizar. (E) O depósito bancário é uma modalidade de depósito de coisas fungíveis (art. 645, CC). Alternativa E.
3764. (Procurador – TCM-BA – 2011 – FCC) Os contratos empresariais
(A) de prestação de serviço não admitem convencionar por mais de quatro anos, embora tenham por
causa o pagamento de dívida do prestador ou se destinem à execução de certa e determinada obra.
(B) não estão vinculados à função social do contrato.
(C) válidos são os contratos típicos, vedada a celebração de contratos atípicos.
(D) são mero protocolo de intenções, como regra, não obrigando efetivamente o proponente.
(E) de compra e venda entre empresas só podem ter como objeto coisa atual, defeso que se contrate sobre coisa futura.
RESPOSTA (A) Art. 598, CC. (B) Art. 421, CC. (C) Art. 425, CC. (D) Art. 427, CC. (E) Art. 483, CC. Alternativa A.
3765. (Juiz – TRT-11 – 2007 – FCC) Por meio do contrato de alienação fiduciária em garantia, o proprietário de um bem móvel:
(A) Aliena-o a outra pessoa, em garantia de uma dívida com esta contraída, mas permanece com a posse direta do bem;
(B) Aliena-o a outra pessoa, em garantia de uma dívida com esta contraída, e lhe transfere a propriedade plena do bem, recuperando-a após o pagamento da dívida;
(C) Oferece-o em penhor ao credor do financiamento obtido para a aquisiçãodo próprio bem;
(D) Transfere a sua posse direta a outra pessoa, em garantia de uma dívida com esta contraída, mas permanece com a propriedade plena do bem;
(E) Transfere a sua posse indireta a outra pessoa, em garantia de uma dívida com esta contraída, mas permanece com a propriedade plena do bem.
RESPOSTA O art. 1.361, CC, determina que se considera fiduciária a propriedade resolúvel de coisa móvel fungível que o devedor, com o escopo de garantia, transfere ao credor. Por sua vez, o § 2º, do mesmo artigo, informa que, com a constituição da propriedade fiduciária, dá-se o desdobramento da posse, tornando-se o devedor possuidor direto da coisa. Alternativa A.
3766. (Promotor – MP-CE – 2011 – FCC) Se o bem móvel alienado fiduciariamente a um banco não for encontrado ou não se achar na posse do devedor, poderá o credor fiduciário
(A) apenas alterar o pedido formulado na ação de busca e apreensão para o de execução por quantia certa.
(B) requerer a conversão do pedido de busca e apreensão, nos mesmos autos, em ação de depósito, e
o devedor ficará sujeito a prisão civil, se não restituir o bem ou seu equivalente em dinheiro.
(C) se o fiduciante estiver em mora, somente executar o fiador, que se sub-rogará, de pleno direito, no crédito e na garantia constituída pela alienação fiduciária.
(D) recorrer apenas à execução contra o devedor, penhorando-lhe outros bens suficientes para assegurar a execução.
(E) requerer a conversão do pedido de busca e apreensão, nos mesmos autos, em ação de depósito, mas o devedor não ficará sujeito a prisão civil.
RESPOSTA É o que determina o art. 4º, Decreto-lei n. 911/69. A Súmula Vinculante 25, STF, determina ser ilícita a prisão do depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito. Alternativa E.
3767. (Juiz – TRT-20 – 2012 – FCC) A alienação fiduciária em garantia de bem móvel faculta ao credor, vencida a dívida e não paga,
(A) promover a busca e apreensão judicial do bem, a qual será convertida em ação de depósito, se o bem não for encontrado e, por isso, ficando o devedor sujeito a prisão civil como depositário infiel.
(B) ficar com a coisa alienada, a título de pagamento de seu crédito, pelo valor de mercado, restituindo ao devedor a diferença que houver entre aquele valor e a dívida não paga.
(C) somente cobrá-la do devedor ou de seus garantidores, preferindo o bem alienado na penhora, sobre qualquer outro.
(D) vender, judicial ou extrajudicialmente, a coisa a terceiro e aplicar o preço no pagamento de seu crédito, entregando o saldo, se houver, ao devedor.
(E) ficar com a coisa alienada, a título de dação em pagamento, independente da vontade do devedor, e sem a necessidade de qualquer restituição em dinheiro, salvo se já houver sido pago mais de 40% (quarenta por cento) do débito.
RESPOSTA É o que determina o art. 2º, Decreto-lei n. 911/69. Alternativa D.
3768. (Juiz – TRT-11 – 2007 – FCC) Alberto era representante comercial da ABC Ltda., tendo exercido essa função por dez anos. Ao longo desse período, por imposição da empresa representada, as partes celebravam contratos por prazo determinado de um ano, ao fim do qual procedia-se a sua imediata renovação. Ao final do 10º ano, a ABC Ltda. notificou Alberto a respeito da não renovação de seu contrato e extinção do vínculo negocial. Alberto agora pleiteia o recebimento de indenização equivalente a 1/12 (um doze avos) das comissões auferidas durante todo o período de representação, em razão da extinção imotivada do contrato por iniciativa da representada. Essa indenização
(A) é devida, pois é aplicável a todos os contratos de representação comercial.
(B) é devida, apenas com relação ao último período anual de contrato.
(C) é devida, pois é aplicável a contratos com mais de cinco anos de vigência.
(D) é devida, pois o contrato celebrado com Alberto deve ser considerado a prazo indeterminado.
(E) não é devida.
RESPOSTA A indenização narrada está descrita no art. 27, j, Lei n. 4.886/65. Já o § 2º, do art. 27, da mesma lei, informa que o contrato por prazo determinado, uma vez prorrogado o prazo inicial, tácita ou expressamente, torna-se a prazo indeterminado. Alternativa D.
3769. (Defensor – DPE-PA – 2009 – FCC) Nos contratos de crédito bancário,
(A) são livres os juros remuneratórios, limitada a taxa de comissão de permanência, em caso de inadimplência, aos juros contratados, e a multa moratória a 2% mensais nas relações consumeristas.
(B) são livres os juros remuneratórios, bem como a taxa de comissão de permanência, limitada a multa a 10% mensais, em qualquer caso.
(C) os juros remuneratórios obedecem ao limite de uma taxa diária do Banco Central, bem como a comissão de permanência; a multa moratória não pode ultrapassar 2% mensais, nas relações de consumo.
(D) os juros remuneratórios são limitados a 1% ao mês, bem como a comissão de permanência, com multa moratória de 2% mensais nas relações de consumo.
(E) os juros remuneratórios são livres, é potestativa a comissão de permanência, que não pode ser cobrada, e a multa moratória limita-se em qualquer caso a 2% mensais.
RESPOSTA Súmulas 297 e 596, STF. Alternativa A.
3770. (Promotor – MP-CE – 2011 – FCC) Descumprida a obrigação pecuniária pelo arrendatário, no contrato de leasing financeiro,
(A) o arrendante apenas pode cobrar a dívida, mas não pleitear a rescisão do contrato ou a sua reintegração na posse, dada a existência de opção de compra.
(B) não se admite em nenhuma hipótese a ação de reintegração de posse, se nas parcelas tiver sido incluído o denominado Valor Residual Garantido (VRG), de acordo com a jurisprudência mais recente consolidada em súmula do Superior Tribunal de Justiça.
(C) admite-se a reintegração do arrendante na posse, caso haja no contrato cláusula resolutória expressa e tenha sido o arrendatário devidamente notificado de sua mora.
(D) perde o arrendatário o direito de usar o bem enquanto não purgar a mora, independentemente de notificação do arrendante, mas não fica sujeito à retomada do bem antes do trânsito em julgado da sentença que rescindir o contrato.
(E) a reintegração na posse pelo arrendante prescinde de cláusula resolutória expressa e de notificação prévia do arrendatário, vencendo-se a dívida por inteiro, e será o bem vendido para seu pagamento e o arrendatário ficará pessoalmente responsável pelo saldo devedor se o valor
obtido com a venda for insuficiente.
RESPOSTA A Súmula 369, STJ, responde à presente questão. Alternativa C.
V. Títulos de Crédito
3887. (Juiz – TRF-4 – 2010) Os títulos de crédito são documentos que representam obrigação pecuniária. Um dos mais conhecidos é a nota promissória, que constitui uma promessa de pagamento que uma pessoa faz a outra. Dadas as assertivas abaixo sobre nota promissória, assinale a alternativa correta.
I. A nota promissória em que não se indique a época do pagamento será considerada pagável no prazo de trinta dias contados da data da emissão.
II. Na falta de indicação especial, o lugar onde a nota promissória foi passada considera-se como sendo o lugar do pagamento.
III. Não são aplicáveis às notas promissórias as disposições da Lei Uniforme de Genebra atinentes às
letras de câmbio.
IV. Conquanto a nota promissória de regra tenha autonomia, quando vinculada a contrato de abertura
de crédito ela perde esse atributo, em razão da iliquidez do título que a originou.
V. O avalista de nota promissória vinculada a contrato de mútuo, quando figurar no contrato como devedor solidário, também responde pelas obrigações pactuadas.
(A) Estão corretas apenas as assertivas I, IV e V.
(B) Estão corretas apenas as assertivas II, III e IV.
(C) Estão corretas apenas as assertivas II, IV e V.
(D) Estão corretas apenas as assertivas I, II, IV e V.
(E) Estão corretas todas as assertivas.
RESPOSTA O item I está incorreto, de acordo com o art. 76, 2ª alínea, LUG. O item II está correto, de acordo com o art. 76, 3ª alínea, LUG.

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