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ANÁLISE DE ARTIGO IQA QUIMICA AMBIENTAL

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Análise de Artigo - Estudo de caso 
CONTROLE E ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA 
 
 
 
2018 
 
ENGENHARIA QUIMICA - 4° SEMESTRE 
QUÍMICA AMBIENTAL 
 
PROFESSORA PATRÍCIA APARECIDA ALVES 
 
ALUNO R.A 
GIOVANNA DOMINGUES MARCELINO 2017.1093 
NATHALIA DOS SANTOS FARIA 2017.0401 
 
Água 
O controle da qualidade é feito no momento em que a água entra na estação, 
estendendo-se até as residências, onde existe um monitoramento através de coletas 
nas residências, escolas, creche e hospitais, realizados semanalmente, sendo que a 
potabilidade da água tem de estar de acordo com a OMS (Organização Mundial de 
Saúde). 
Além disso, para chegar até as torneiras com boa qualidade e atender as 
necessidades da população a água percorre um grande trajeto, atento a isso, o serviço 
de analistas (de agua e esgoto) conta com um capacitado corpo técnico que atua no 
laboratório e nas ETA’s, de modo que à população possa tomar uma água sem 
quaisquer danos à saúde. Todo esse sistema de controle de qualidade está integrado à 
Seção de Operação e Tratamento com responsável técnico profissionalmente 
habilitado. 
A água potável pode ser definida como a água própria para consumo, ou seja, 
livre de substâncias e organismos que possam trazer doenças, além de não possuir cor, 
gosto ou cheiro. Para que uma água seja considerada potável, devemos, portanto, 
analisar suas características físicas, químicas, biológicas e até mesmo radioativas. 
Muitas pessoas pensam que a água cristalina é potável e que, portanto, não necessita 
de tratamento. Entretanto, apenas cor e odor não são suficientes para garantir que a 
água seja própria para o consumo, haja vista que organismos patogênicos 
microscópicos podem estar presentes e causar sérios danos à saúde. Sendo assim, a 
água potável não pode ser avaliada apenas visualmente, sendo fundamentais os testes 
de potabilidade. 
Normalmente águas de rios e lagos não são próprias para consumo humano, 
sendo fundamental que passem por processos específicos em estações de tratamento 
de água. Após o tratamento, é importante que sejam realizados testes para confirmar 
se a água tratada corresponde ao padrão de potabilidade exigido pelo Ministério da 
Saúde, caso esteja de acordo, a água poderá ser enviada para a população. Os padrões 
de análise podem variar de acordo com a finalidade do uso da água, seja para consumo 
humano ou lazer, uso industrial ou agrícola ou manutenção do equilíbrio ambiental. 
IQA – Índice de Qualidade da Água 
O Índice de Qualidade das Águas (IQA) é o principal indicador qualitativo usado 
no país. Foi desenvolvido para avaliar a qualidade da água para o abastecimento 
público, após o tratamento convencional. A interpretação dos resultados da avaliação 
do IQA deve levar em consideração este uso da água. Por exemplo, um valor baixo de 
IQA indica a má qualidade da água para abastecimento, mas essa mesma água pode 
ser utilizada em usos menos exigentes, como a navegação ou geração de energia. 
No cálculo do IQA são considerados os seguintes parâmetros: oxigênio 
dissolvido, coliformes termotolerantes, pH, demanda bioquímica de oxigênio, nitrogênio 
total, fósforo total, temperatura da água, turbidez e resíduos totais, gerando um índice 
com valores variando de 0 a 100, que correspondem aos níveis de qualidade descritos 
abaixo. 
Oxigênio dissolvido – é a concentração de oxigênio (O2) contido na água, 
sendo essencial para todas as formas de vida aquática. Os sistemas aquáticos 
produzem e consomem o oxigênio, o qual é retirado da atmosfera na interface água - ar 
e também é obtido como resultado de atividades fotossintéticas de algas e plantas. 
Coliformes termotolerantes – As bactérias coliformes termo tolerantes ocorrem 
no trato intestinal de animais de sangue quente e são indicadoras de poluição por 
esgotos domésticos. Elas não são patogênicas (não causam doenças) mas sua 
presença em grandes números indicam a possibilidade da existência de microrganismos 
patogênicos que são responsáveis pela transmissão de doenças de veiculação hídrica 
(ex: disenteria bacilar, febre tifoide, cólera). 
Potencial Hidrogeniônico (pH) – O pH afeta o metabolismo de várias espécies 
aquáticas. A Resolução CONAMA 357 estabelece que para a proteção da vida aquática 
o pH deve estar entre 6 e 9. Alterações nos valores de pH também podem aumentar o 
efeito de substâncias químicas que são tóxicas para os organismos aquáticos, tais como 
os metais pesados. 
D.B.O. Demanda Bioquímica de Oxigênio, ou seja, é a quantidade de 
oxigênio necessária para estabilizar a matéria orgânica. O método de tratamento com 
reator UASB + filtro biológico promove uma diminuição de até 90% do nível de DBO. 
Quanto menor o nível de DBO, menos poluente é o efluente. 
Nitrogênio Total - Nos corpos d’água o nitrogênio pode ocorrer nas formas de 
nitrogênio orgânico, amoniacal, nitrito e nitrato. Os nitratos são tóxicos aos seres 
humanos, e em altas concentrações causa uma doença chamada metahemoglobinemia 
infantil, que é letal para crianças. Pelo fato dos compostos de nitrogênio ser nutrientes 
nos processos biológicos, seu lançamento em grandes quantidades nos corpos d’água, 
junto com outros nutrientes tais como o fósforo, causa um crescimento excessivo das 
algas, processo conhecido como eutrofização, o que pode prejudicar o abastecimento 
público, a recreação e a preservação da vida aquática. As fontes de nitrogênio para os 
corpos d’água são variadas, sendo uma das principais o lançamento de esgotos 
sanitários e efluentes industriais. Em áreas agrícolas, o escoamento da água das chuvas 
em solos que receberam fertilizantes também é uma fonte de nitrogênio, assim como a 
drenagem de águas pluviais em áreas urbanas. Também ocorre a fixação biológica do 
nitrogênio atmosférico pelas algas e bactérias. Além disso, outros processos, tais como 
a deposição atmosférica pelas águas das chuvas também causam aporte de nitrogênio 
aos corpos d’água. 
Fósforo Total – Do mesmo modo que o nitrogênio, o fósforo é um importante 
nutriente para os processos biológicos e seu excesso pode causar a eutrofização das 
águas. Entre as fontes de fósforo destacam-se os esgotos domésticos, pela presença 
dos detergentes superfosfatos e da própria matéria fecal. A drenagem pluvial de áreas 
agrícolas e urbanas também é uma fonte significativa de fósforo para os corpos d’água. 
Entre os efluentes industriais destacam-se os das indústrias de fertilizantes, 
alimentícias, laticínios, frigoríficos e abatedouros. 
Temperatura da água – A temperatura influência vários parâmetros físico-
químicos da água, tais como a tensão superficial e a viscosidade. Os organismos 
aquáticos são afetados por temperaturas fora de seus limites de tolerância térmica, o 
que causa impactos sobre seu crescimento e reprodução. Todos os corpos d’água 
apresentam variações de temperatura ao longo do dia e das estações do ano. No 
entanto, o lançamento de efluentes com altas temperaturas pode causar impacto 
significativo nos corpos d’água. 
A turbidez é uma medida que identifica a presença de partículas em suspensão 
na água, desde tamanhos grosseiros até os coloides. Os principais causadores da 
turbidez na água são areia, argila e microrganismos. 
Resíduo Total – O resíduo total é a matéria que permanece após a evaporação, 
secagem ou calcinação da amostra de água durante um determinado tempo e 
temperatura. Quando os resíduos sólidos se depositam nos leitos dos corpos d’água 
podem causar seu assoreamento, que gera problemas para a navegação e pode 
aumentar o risco de enchentes. Além disso, podem causar danos à vida aquática, pois 
ao se depositarem no leito eles destroem os organismos que vivem nos sedimentose 
servem de alimento para outros organismos, além de danificar os locais de desova de 
peixes. 
O IAP, comparado com o IQA, é um índice mais fidedigno da qualidade da água 
bruta a ser captada, que após tratamento, será distribuída para a população. O IAP é o 
produto da ponderação dos resultados atuais do IQA (Índice de Qualidade de Águas) e 
do ISTO (Índice de Substâncias Tóxicas e Organolépticas), que é composto pelo grupo 
de substâncias que afetam a qualidade organoléptica da água, bem como de 
substâncias tóxicas. 
A falta de água potável no Brasil e no mundo apresenta diversas causas, 
destacando-se a poluição e a falta de planejamento na distribuição desse recurso. 
Sendo assim, é importante que políticas sejam criadas urgentemente para garantir a 
conservação dos corpos hídricos, a despoluição de rios e que a distribuição ocorra de 
maneira adequada. Também é fundamental o investimento constante em saneamento, 
pois este garante um destino adequado ao esgoto e que água de qualidade chegue à 
população. 
É importante destacar que a água potável é um bem valioso que merece atenção 
não só por parte dos governantes. Cada pessoa, ao desperdiçar água em sua casa ou 
poluir um rio, por exemplo, está contribuindo para que a quantidade de água potável 
seja reduzida. Fazer a nossa parte é garantir qualidade de vida para a nossa geração e 
para as gerações futuras. 
Bioindicadores de Qualidade da Água 
Índices bióticos têm sido uma importante ferramenta em estudos de 
monitoramento de condições ecológicas, em geral considerando a composição 
taxonômica e dominância de alguns grupos tolerantes a poluição. No Brasil, algumas 
iniciativas têm sido propostas para bacias hidrográficas que vêm sofrendo a influência 
do lançamento de esgotos domésticos e efluentes industriais, na maioria das vezes 
utilizando técnicas de estatísticas multivariadas. 
 Os bioindicadores também são definidos como organismos ou comunidades 
que respondem à poluição ambiental, alterando suas funções vitais ou acumulando 
toxinas. Esta definição pode ser ampliada ao se considerar que bioindicadores são 
organismos ou comunidades que reagem a alterações ambientais modificando suas 
funções vitais e/ou sua composição química e com isso fornecem informações sobre a 
situação ambiental. 
Bioindicadores são organismos ou comunidades, cujas funções vitais se 
correlacionam tão estreitamente com determinados fatores ambientais, que podem ser 
empregados como indicadores na avaliação de uma dada área. Esta definição inclui 
conscientemente a indicação de comportamentos naturais, como por exemplo, na 
agricultura, onde podemos inferir sobre características de uma região apenas pela 
presença ou ausência de determinadas espécies vegetais. 
Os macroinvertebrados têm sido amplamente utilizados como bioindicadores de 
qualidade de água no monitoramento de reservatórios, trechos de importantes bacias 
hidrográficas sob diferentes níveis de impacto antrópico e na saúde de ecossistemas 
por apresentarem as seguintes características: 
Ciclos de vida longo, comparando-se com os organismos do plâncton que em 
geral tem ciclos de vida em torno de horas, dias, 1 ou 2 semanas 
 Os macroinvertebrados podem viver entre semanas, meses e mesmo mais de 1 
ano. 
 Em geral, são organismos grandes, sésseis ou de pouca mobilidade; 
 Fácil amostragem, com custos relativamente baixos; 
 Elevada diversidade taxonômica e de identificação relativamente fácil (ao nível 
de família e alguns gêneros); 
 Organismos sensíveis a diferentes concentrações de poluentes no meio, 
fornecendo ampla faixa de respostas frente a diferentes níveis de contaminação 
ambiental. 
A megaloptera é uma das classes utilizadas como bioindicador nos 
ecossistemas aquáticos. Esses organismos possuem a cabeça mais rígida, brânquias 
ao longo do abdômen e mandíbulas fortes, sendo geralmente encontrados em águas 
que possuem qualidade boa ou mediana. 
Outros bioindicadores da qualidade da água que vivem em águas de boa 
qualidade são os plecópteros, que possuem brânquias axilares e patas que parecem 
garras. Já os odonatas, ordem formada pelas libélulas, são seres que vivem em águas 
de qualidade razoável e possuem o corpo longo, fino e antenas. 
A classe oligochaeta — organismos que não possuem pernas e são 
caracterizados pelo corpo comprido, fino e arredondado — e a classe mollusca, seres 
que possuem uma concha e não se classificam como insetos, são bioindicadores 
geralmente encontrados em ambientes aquáticos com qualidade muito ruim. 
Também costumam ser encontrados em locais com qualidade de água muito 
ruim os indivíduos da classe hirudinea, formada por organismos de corpo mole e com 
pequenas ventosas no abdômen, e pela classe diptera, seres com o corpo fino, cabeça 
pequena e que possuem pequenas patas. 
O termo biomonitoramento, ou monitoramento biológico, pode ser definido como 
o uso sistemático de respostas biológicas para avaliar mudanças ambientais com o 
objetivo de utilizar esta informação em um programa de controle de qualidade. Estas 
mudanças normalmente estão associadas a fontes antropogênicas. 
Bioindicação é o uso de um organismo (uma parte do organismo ou uma 
comunidade de organismos) para se obter informações sobre a qualidade do seu 
ambiente ou parte dele. Organismos que são capazes de fornecer informações sobre a 
qualidade do seu ambiente são bioindicadores. 
Biomonitoramento é a observação contínua de uma área com a ajuda de 
bioindicadores, os quais neste caso, devem ser chamados de biomonitores. 
Normalmente, toda observação contínua possibilita uma avaliação semi-quantitativa dos 
resultados. Usando uma comparação do dia-a-dia: a diferença entre bioindicação e 
biomonitoramento é a mesma que existe entre uma fotografia e um filme". 
A bioindicação se fundamenta no princípio de que os sistemas biológicos 
possuem um estado de estabilidade elevada e um equilíbrio dinâmico. Todo sistema 
biológico, independentemente de ser organismo, população ou comunidade, se adaptou 
a um complexo de fatores ambientais ao longo da sua evolução. Na biosfera, ele 
conquistou um espaço e um nicho ecológico, onde ele encontra as condições 
necessárias e favoráveis à sua manutenção e reprodução. Entretanto, alterações dos 
fatores ambientais sob influência de estressores antrópicos levam a outros estados de 
estabilidade. Os organismos reagem, alguns se adaptam, porém, quando ultrapassam 
sua capacidade de adaptação, eles podem apresentar sintomas visíveis. Neste caso, o 
reconhecimento da reação do indicador, como um todo, ocorre somente após o 
aparecimento de certos danos visíveis, como necrose e clorose. 
Os indicadores neste contexto são reações bioquímicas, morfológicas e 
fisiológicas. Estruturas menores, como organelas isoladas (cloroplastos e mitocôndrias) 
ou reações bioquímicas e fisiológicas, são mais sensíveis à instabilidade ambiental. 
Seus limites são mais estreitos, elas reagem mais sensivelmente às perturbações. 
Alterações na concentração de ácido ascórbico, proteínas, amido, enzimas, produção 
de O2 de protoplastos isolados de plantas superiores, fluorescência de clorofila de 
algas, são alguns exemplos de parâmetros que podem ser mensurados no 
biomonitoramento, fornecendo informações sobre alterações da qualidade ambiental.

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