Buscar

Farmacologia do sistema respiratório 2018 02

Prévia do material em texto

FARMACOLOGIA DO SISTEMA 
RESPIRATÓRIO
HISTAMINA
- Encontrada em praticamente todos os tecidos (grande qde nos
pulmões pele e TGI), em grandes [] em mastócitos e basófilos
- Presente como componente de venenos e secreções de picadas
de insetos
Receptores
- Receptores acoplados à proteína G (metabotrópicos).
- H1 e H2 – alvos de substâncias com ação antagonista.
- H3 – localizados nas células nervosas – podem inibir a liberação de
diversos neurotransmissores, incluindo a própria histamina.
- H4 (último a ser descoberto) – localizado em certas células
inflamatórias
HISTAMINA
- Funções da histamina
HISTAMINA
- Receptores de histamina
- Receptores acoplados à proteína G (metabotrópicos).
- H1 e H2 – alvos de substâncias com ação antagonista.
- H3 – localizados nas células nervosas – podem inibir a liberação de
diversos neurotransmissores, incluindo a própria histamina.
- H4 (último a ser descoberto) – localizado em certas células
inflamatórias
Anti-histamínicos H1
- Efeitos terapêuticos
- Condições alérgicas e inflamatórias
- Enjôos e náuseas
- Sedativos/hipnóticos
Bilastina, ebastina,
mizolastina e rupatadina
Anti-histamínicos
- Efeitos adversos
- Sedação, Sonolência, vertigem
- Retenção urinária
- Taquicardia
- Hipotensão
- Boca seca
- Aumento de apetite
Anti-histamínicos H2
- Efeitos terapêuticos
- Tratamento de úlceras pépticas
Cinetidina, ranitidina,
famotidina, nizatidina
Estabilizadores de mastócitos
- Cromoglicato e nedocromolina (utilizados topicamente)
- Inibem, por mecanismo ainda desconhecido, a degranulação de mastócitos
durante reações alérgicas
Rinite Alérgica
- Inflamação das membranas mucosas do nariz
- Caracterizada por: prurido nasal e ocular, rinorreia aquosa, congestão nasal
- Crise desencadeada por inalação de alérgeno
Fármacos usados no tto da Rinite Alérgica
- Anti-histamínicos H1
- Usados com maior frequência
- Difenidramina, clorfeniramina, loratadina e fexofenadina
- Agonistas alfa-adrenérgicos (descongestionantes nasais)
- Fenilefrina (ação breve)
- Oximetazolina (ação mais prolongada)
- Formulações nasais e sistêmicas
- Não devem ser usados por muitos dias “risco de congestão nasal rebote”
- Não tem indicação no tto prolongado da rinite alérgica
- Corticosteróides
- Beclometasona, budesonida, fluticasona, flunisolida e triancinolona
(eficazes na forma de nebulização)
- Não devem ser inalados profundamente pois o alvo é a narina apenas
- Cromolina
- Intranasal, útil ppmente quando administrada antes do contato com o
alérgeno (deve-se iniciar o tto uma a duas semanas antes do contato)
- Estabilização de mastócitos
ASMA
PAPEL DA INFLAMAÇÃO
Crises relacionadas a:
- Alérgenos
- Irritantes inalados
Acarretando:
- Hiperatividade brônquica
- Inflamação da mucosa das
vias aéreas
Fármacos são eficazes no
tratamento, mas não curam
ASMA
ASMA
OBJETIVOS DO TRATAMENTO
REDUZIR O AGRAVAMENTO
- Prevenir os sintomas crônicos e penosos
- Diminuir o uso de agonistas β2 de ação curta (< 2X na semana)
- Manter a função pulmonar (praticamente) normal
- Manter o nível de atividade normal (exercícios físicos, trabalho,
escola)
- Atender as expectativas e satisfações do paciente e da família no
controle da asma
REDUZIR O RISCO
- Prevenir o agravamento recorrente da asma (diminuir as visitas à
emergência e internações)
- Prevenir a perda progressiva da função pulmonar (em crianças,
impedir a diminuição do crescimento do pulmão)
- Assegurar farmacoterapia ótima com efeitos adversos ausentes ou
mínimos
Fármacos de 1ª linha para o tto da ASMA
AGONISTAS ADRENÉRGICOS
- ALÍVIO RÁPIDO
- A maioria tem início de ação de 5-30 min e duração de 4-6 horas.
- Usados no tto sintomático do broncoespasmo e dão alívio rápido na
broncoconstrição aguda
- Não tem ação anti-inflamatória
- Monoterapia deve ser usada somente em asma leve e intermitente (ex.
induzida pelo exercício)
- Agonistas β2 diretos e seletivos (máxima broncodilatação com poucos
efeitos em β1 ou α – via inalatória)
- Ex. pirbuterol, terbutalina, albuterol ou salbutamol
- CONTROLE PROLONGADO
- Salmeterol e formoterol - β2 adrenérgicos de longa duração (mínimo de
12 horas)
- Devem ser usados somente em rotina e não para ataque agudos – início
de ação lento
- Efeitos adversos relacionados às ações em β1 ou α
ASMA
AGONISTAS ADRENÉRGICOS
Fármacos de 1ª linha para o tto da ASMA
CORTICOSTERÓIDES
- Via inalatória – fármacos de escolha para asma persistente de qualquer grau
(leve, moderado, grave)
- Se adequadamente prescritos e usados – evitam o uso de corticosteróides
sistêmicos
- Sua eficácia depende de uso contínuo
- Normas atuais mandam dosificar o corticosteróide de acordo com o quadro
de cada paciente - controle adequado durante 3 a 6 meses (considera-se a
redução da dose inalada)
- Ações no pulmão
- Não tem efeito no músculo liso
- Diminuem a cascata inflamatória (eosinófilos, macrófagos e linfócitos T)
- Revertem o edema da mucosa
- Diminuem a permeabilidade capilar
- Inibem a liberação de leucotrienos
- Após meses de tto – reduzem a hiper-responsividade do músculo liso a alérgenos,
irritantes, ar frio e exercício
Fármacos de 1ª linha para o tto da ASMA
CORTICOSTERÓIDES
- Vias de administração
- INALAÇÃO
- Depósito de fármaco na mucosa oral e laríngea pode ocasionar: candidíase
orofaríngea e taquifonia (rouquidão)
Fármacos de 1ª linha para o tto da ASMA
CORTICOSTERÓIDES
- Vias de administração
- ORAL/SISTÊMICO
- Para pacientes com exacerbação grave da asma – IV
metilpredinisolona ou oral de prednisona (suspender o uso assim que
haja a melhora – uma a duas semanas de tto)
- ESPAÇADORES
- Efeitos adversos – não
frequentes por via
inalatória
Fármacos alternativos usados no tto da ASMA
- Úteis no tto de asma alérgica moderada a grave – em pacientes
malcontrolados ou que apresentam efeitos adversos pelo uso de
doses elevadas ou prolongadas de corticosteóides
- Não devem ser usados como medicação única, mas junto com
corticosteróides
Fármacos alternativo usados no tto da ASMA: 
Antagonistas de leucotrienos
- Montelucaste: tem dosagens para
crianças a partir de 1 ano, tem
apresentações como comprimidos
mastigáveis e granulados
- Não são eficazes para a
broncodilatação imediata
- Efeitos adversos
- Elevação de enzimas hepáticas
- Cefaléia e dispepsia
- Zileutona e Zafirlucaste são
inibidores do CYP450
Fármacos alternativo usados no tto da ASMA
- CROMOLINA E NEDOCROMOLINA
- Anti-inflamatórios profiláticos eficazes
- Não são úteis em crises agudas de asma
- Cromolina:
- administrada por inalação, na forma de pó ou solução em aerossol
- poucos efeitos adversos
- pré-tratamento bloqueia a broncoconstrição induzida por alérgenos e
exercícios
- Rinite alérgica – útil na redução dos sintomas
- Reações tóxicas leves: gosto amargo e irritação da faringe e laringe
- Devido a duração de ação curta – requerem dosificação diária, o que
interfere na adesão ao tratamento
Fármacos alternativo usados no tto da ASMA
- TEOFILINA
- Broncodilatador: alivia a obstrução das vias aéreas na asma crônica e
diminui seus sintomas
- Bem absorvida no TGI
- Disponível em várias preparações de liberação prolongada
- Atualmente foi amplamente substituída pelos agonistas β2 e
corticosteróides
- Possui janela terapêutica estreita, efeitos adversos e potencial de
interações emedicamentosas
- Dosagens excessivas podem causar convulsões e arritmias
potencialmente fatais
- Possui interação com vários fármacos
Fármacos alternativo usados no tto da ASMA
- OMALIZUMABE
- Ac monoclonal que se liga seletivamente a IgE humana
- Diminui a ligação da IgE ao seu receptor na superfície dos mastócitose
basófilos – limita a liberação de mediadores inflamatórios
- Útil na asma alérgica a grave em pacientes mal controlados
- Não é fármaco de primeira escolha devido:
- Aos elevados custos
- Limitações na dosagem
- Triagens clínicas experimentais
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
Fármacos usados no tto da DPOC
Antitussígenos
- Codeína (padrão-ouro)
- Diminui a sensibilidade do centro da tosse no SNC e a secreção da mucosa
- Efeitos adversos: constipação, disforia e fadiga, potencial de abuso
- Dextometorfano
- Derivado sintético da morfina
- Suprime a resposta do centro da tosse
- Baixo potencial de abuso, mas causa disforia
- Apresenta eficácia similar a codeína com perfil de efeitos adversos
significativamente menores
- Dropropizina e levodropropizina
- Possui ação periférica (ação do fármaco na árvore
traqueobrônquica)
- Apresenta interações com álcool e depressores do SNC
- EA Dropropizina: náusea, sonolência, hipotensão ortostática
Em doses elevadas: hipotensão por ação antiadrenérgica
- EA: levodropropizina: cansaço , diminuição da consciência,
Cefaleia, fadiga, sonolência, torpor, prurido, desconforto
abdominal, diarreia, náuseas, vertigens e palpitações.
Expectorantes e mucolíticos
- Guaifenesina
- Expectorante por diminuir a viscosidade do muco, aumentando a eficiência do
reflexo da tosse e facilitando a remoção das secreções.
- EA: náusea, vômito, cefaleia, diarreia, hiperssensibilidade
- Iodeto de potássio
- Mucolítico e expectorante
- Interações com lítio e fármacos antitireoidianos
- EA: irritação gástrica, hipersensibilidade aguda, parotidite, errupção cutânea,
iodismo (uso prolongado)
- Acetilcisteína
- Mucolítico e expectorante
- Ação mucolítico fluidificante das secreções mucosas e mucopurulentas
- Interação medicamentosa com as penicilinas semissintéticas
- Não deve ser administrada concomitantemente com fármacos antitussígenos
- EA: sonolência, calafrios, febre, náuseas, vômito e corrimento nasal.
Expectorantes e mucolíticos
- Carbocisteína
- Mucolítico e expectorante
- Ação mucolítico fluidificante das secreções 
- Interação medicamentosa com antitussígenos e derivados da atropina
- EA: palpitação, errupção na pele, hipoglicemia, diarreia, dor abdominal, náuseas, 
cefaleia, tontura e insônia
- Cloridrato de ambroxol
- Reduz a viscosidade das secreções traqueobrônquicas, além de estimular a síntese
e a liberação de surfactante pulmonar e reativar a função mucociliar.
- Interações medicamentosas com: amoxicilina, cefuroxima, eritromicina,
doxiciclina (aumentando a [] destes no tecido pulmonar)
- EA: náusea, vômito, dor epigástrica, má digestão
- Cloridrato de bromexina
- Expectorante
- Reduz a viscosidade do muco e ativa a o epitélio ciliar, favorecendo a depuração
mucociliar
- Interações: aumenta a [] de amoxicilina, eritromicina e oxitetraciclina, no catarro
e nas secreções broncopulmonares
- EA: desconforto gastrointestinal, reação alérgica e errupções na pele.
REFERÊNCIAS
- Brunton, L.L., Parker, K., Blumenthal, C., Buxton, I. Godman & Gilman – Manual de Farmacologia e
Terapêutica. 2ª edição, Artmed, Porto Alegre, 2015.
- Morethson, P. Farmacologia para a clínica odontológica. 1ª Edição, Rio de Janeiro, Editora
Santos, 2015.
- Clark, M.A., Finkel, R., Rey, J.A., Whalen, K. Farmacologia ilustrada. 5ª edição, Porto Alegre, Ed.
Artmed, 2013.
- Lüllmann H, Mohr K, Hein L. Farmacologia: Texto e Atlas. 7ª edição, Porto Alegre, Ed. Artmed,
2017.

Continue navegando