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1 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5 aul� 4 - farmacologi� Sist. respiratório e reações alérgicas Anti-histamínicos Classe - Autacóides (subst. produzida no próprio organismo e exercem ação no próprio local onde são liberadas) Considerações (histamina) •Atua na resposta imunológica •Possui ação vasodilatadora e constritora de músculos lisos •Atua como neurotransmissor no cérebro •Pode ser produzida por células mastocitárias e não-mastocitárias •Está presente na maioria dos tecidos •A histamina é encontrada em grande [ ] no pulmão, no TGI e na pele •É armazenada em grânulos nos mastócitos e basó�ilos Mec����mo �� �ção A histamina é produzida e �ica armazenada em grânulos dentro da célula, presa a enzimas. A liberação da histamina dos grânulos pode se dar de forma: Liberação imunológica - a secreção de histamina é secundária a uma quebra na ligação proteína-histamina dentro da célula devido a uma reação imunológica entre uma imunoglobulina (IgE) e seu receptor celular. Liberação química - a ligação da histamina com as proteínas que a mantém dentro dos grânulos é quebrada por ação direta dos fármacos (Penicilinas, cefalosporinas, mor�ina), causando liberação de histamina e um possível choque ana�ilático. Liberação mecânica - a histamina é liberada devido ao rompimento da membrana das células secretoras de histamina secundário a trauma. Se as células estiverem na pele: edema, prurido e ruborização. A histamina age nos seguintes receptores: ✓H1 - Músculo liso, endotélio e SNC ✓H2 - Mucosa gástrica, coração, mastócitos, SNC ✓H3 - SNC ✓H4 - SNC Receptores H1 da musculatura lisa (íleo, brônquios, bronquíolos, útero, musculatura lisa dos vasos) - a presença desse receptor promove a contração muscular. - A ligação com a histamina promove o aumento citoplasmático de cálcio Receptores H1 no endotélio vascular - esses receptores estão presentes na camada endotelial que reveste internamente os vasos. Quando ativados, promovem a dilatação dos vasos pela liberação de óxido nítrico. - Esse fator é responsável por causar a hipovolemia característica em choque ana�ilático Receptores H2 na musculatura lisa vascular - Caso a histamina consiga atravessar o endotélio e chegar na musculatura lisa do vaso ela causará relaxamento do vaso. - Há um sinergismo se houver uma ativação simultânea de H1 e H2 (vasodilatação) Receptores H2 no coração - quando ativado, promove o aumento da FC e força de contração. Durante um quadro de choque ana�ilático, os receptores H2 do coração, mesmo ativados, não são capazes de aumentar a PA no paciente. Isso acontece porque nos vasos há a presença dos receptores H1 e H2 que causam vasodilatação. A vasodilatação é mais intensa que o DC aumentado pela ação dos receptores H2 no coração, dessa forma, o aumento da FC e força de contração cardíaca não seriam su�icientes para elevar a PA. Choque Ana�ilático ↓PA = ↓↓RPT (H1+H2 vascular) x ↑DC (H2 cardíaco) Receptores H2 nas células parietais gástricas (secretam HCL) - A histamina no TGI atua 2 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5 aumentando o peristaltismo e estimula a secreção de HCL. - Cél. secretoras de histamina no estômago: histaminócitos *Descargas exageradas de histamina podem gerar gastrites e úlceras na mucosa gástrica por este mecanismo. Receptores de histamina na pele - durante uma descarga de histamina na pele o indivíduo pode apresentar prurido (estimulação das terminações nervosas da região) e eritema (vasodilatação local). - Olhos, lábios, orelhas, palmas das mãos e planta dos pés possuem mais células produtoras de histamina Receptor Efeito H1 Excreção exócrina (aumento da produção de muco nasal e brônquico) Broncoconstrição Constrição da musc. lisa intestinal (cólicas e diarréia) Prurido e dor H1 e H2 Coração (reduz a PA e RVP, aumenta a frequência e força de contração cardíaca) Pele (edema, rubor, calor) H2 Estímulo da secreção gástrica An�i-hi���míni��� Efeitos da liberação de histamina no organismo: •Taquicardia •Vasodilatação •Hipotensão •Broncoconstrição •Aumento dos movimentos peristálticos (diarréia) •Enjoos, vômitos •Aumento da secreção gástrica •Urticárias na pele •Edema •Choque ana�ilático •Manifestações alérgicas (rinite, reações de hipersensibilidade, gripe com coriza, conjuntivite alérgica) •Dor Anti-histamínicos - são antagonistas dos receptores de histamina. Eles contém os efeitos da liberação exagerada de histamina. Antagonistas H1 - Reações in�lamatórias e alérgicas. Esses fármacos não in�lui na formação ou na liberação da histamina. Eles bloqueiam a resposta mediada pelo receptor no tecido alvo. Eles são muito mais e�icazes em prevenir os sintomas do que em revertê-los depois de desencadeados. *Efeitos adicionais: ligam-se a receptores colinérgicos, adrenérgicos ou serotoninérgicos. Uso terapêutico ✓Condições alérgicas e in�lamatórias (rinite, conjuntivite, urticária) ✓Enjoo e náuseas do movimento (devem ser tomados antes do aparecimento dos sintomas) - Ex: viagem de carro, navio, avião ✓Soníferos (usados no tratam. da insônia) ✓Orexígeno Contraindicação •Indivíduos cuja atividade pro�issional exige atenção máxima •Não são indicados no tratamento de asma brônquica Efeitos adversos •Sedação •Xerostomia 3 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5 •Aumento do apetite •Reação de hipersensibilidade 1 geração Efeito sedativo forte (atravessam a BHE, muito lipo�ílico) - Não seletivos (causam muitos efeitos colaterais) •Mepiramina •Difenidramina (Dramin) •Prometazina (Fenergan) •Dexclorfeniramina (Polaramine) •Hidroxizina •Ciclizina •Meclizina *Contraindicado para crianças e > 65 anos. 2 geração Causam menos sedação ( atravessam pouco a BHE e atravessam a barreira placentária) - São seletivos para H1 - Possuem maior duração do efeito •Fexofenadina (Allegra) •Loratadina •Desloratadina •Cetirizina •Levocetirizina A sedação ou agitação ocorre devido ao bloqueio dos receptores H1 no SNC. A histamina no SNC funciona como neurotransmissor excitatório (quando ela age sobre neurônios excitatórios, como os colinérgicos) ou inibitória (quando ela age sobre neurônios inibitórios, ou gabaérgicos). Bloqueio de neurônios excitatórios = sedação Bloqueio de neurônios inibitórios = agitação Prescrição de antialérgico Dia - Preferir os de 2 geração (não atrapalham as atividades da vida diária/ não causa sonolência) Noite - Preferir os fármacos de 1 geração (induzem o sono e o paciente acaba esquecendo o processo alérgico) Antagonistas H2 - Secreção gástrica (agem diminuindo a secreção de HCL). - São úteis no tratamento de úlcera pépticas e gastrites *Apresentam baixa ou nenhuma a�inidade pelos receptores H1. •Cimetidina •Ranitidina •Famotidina Antagonistas H3 - localizados no SNC (inibe a liberação de neurotransmissores de histamina. - Histamina - neurotransmissor (atua no controle da termorregulação, controle neuroendócrino, estado de vigília e regulação cardiovascular) ✓Efeito anti-in�lamatório - diminuição da expressão e/ou liberação de citocinas, quimiocinas e mediadores in�lamatórios. ✓Efeitos antialérgicos - inibe a liberação de histamina pelos mastócitos e basó�ilos. 4 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5 Far����ci�éti�� •Boa absorção oral •Metabolização hepática (CYP450) - Atenção aos hepatopatas •2 geração: são excretados sem metabolização •Excreção renal •Meia-vida: 4-6h •Ultrapassam a BHE (princ. os de 1 geração) *É necessário ajuste de dose para pacientes com problemas hepáticos. Efeitos colaterais *1 geração - baixa seletividade (atuam em receptores colinérgicos, adrenérgicos e serotoninérgicos) •Sedação (bloqueio do H1 no SNC) •Fadiga, tontura, falta de coordenação e tremores (bloqueio no SNC) •Efeitos antimuscarínicos (xerostomia, secura nasal, visão turva, retenção urinária) •Hipotensão •Aumento do apetite •Taquicardia Interações farmacológicas *potencializa os efeitos de depressores do SNC •Álcool (exacerba a depressão do SNC) •IMAOs (exacerbam efeitos anticolinérgicos) •Inibidores da colinesterase Intoxicação aguda: alucinações, ataxia, convulsões,coma, depressão cardiorespiratória, midríase, boca seca, retenção urinária, rubor. Urgência Prometazina - Via IM (ação + rápida) Observações Anti-histamínicos usados para tratamento de reações alérgicas = Anti-H1 - Os receptores H1 estão presentes nos brônquios (broncoconstrição), vasos sanguíneos (vasodilatação), mucosa nasal (aumento da produção de muco nasal e brônquica), músculo liso intestinal (cólica e diarréia), terminações nervosas (prurido e dor) Avaliar alimentos e drogas que podem causar reações alérgicas - Medicamentos: ATBs (penicilina benzatina*), AINEs - Alimentos: amendoim, castanha - Animais: vespas, abelhas São mais efetivos em PREVENIR do que REVERTER sintomas Efeitos colaterais (1 geração) SONOLÊNCIA (informar sempre ao paciente) - Avaliar qual a sua ocupação (necesidade de estado de alerta/ atenção) - Uso concomitante de Anti-H1 com álcool exacerba a depressão do SNC* Hipotensão (evitar uso em pacientes em choque) *Avaliar se os efeitos colaterais são bons ou ruins de acordo com o quadro de cada paciente. - A sonolência pode ser boa se paciente relata não conseguir dormir Contraindicações - Extremos de idade (sedação) - Crianças = broncoaspiração 2 geração (não causam sonolência, não atravessam a BHE) - H1 seletivos - Não tem por via EV (parenteral) - Metabolismo hepático (em casos de insu�iciência hepática, optar por essa geração) - Mais utilizado em situações crônicas - Ex: Loratadina, Fexofenadina (Allegra) Anafilaxia 5 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5 De�inição: descarga sistêmica e disseminada de histamina. Critérios de de�inição para reação ana�ilática: 1. Início de ação e progressão rápida 2. Acometimento da circulação (hipotensão e hipoperfusão), respiração (dispnéia e sibilos) que sejam ameaçadores à vida 3. Alteração de pele e mucosas (edema, eritema) *Avaliar exposição recente a um alérgeno conhecido. Alterações Sinais de alarme: HIPOTENSÃO, SIBILO (broncoconstrição) e DISPNÉIA Apresenta ameaça a vida: pode haver alterações em A, B e C A - Edema de glote (di�iculdade de respiração) B - Broncoconstrição com sibilos intensos/ queda da saturação de O2 C - Hipotensão arterial (choque) - acometimento da perfusão tecidual É necessário que o paciente apresente alterações na pele e/ou na mucosa (podem ser sutis) - Urticária (placas eritematosas com prurido) - Angioedema (edema de lábios e mucosas em geral) - Vermelhidão em algumas áreas do corpo (princ. na face) *As alterações de pele podem ser leves ou ausentes (20%) Fluxograma (tratamento) Ordem de administração dos medicamentos Adrenalina (IM, S/ diluição) (vasoconstrição, broncodilatação) ⇩ Anti-histamínico (bloqueia a ação dos receptores de histamina) ⇩ Corticosteróide (supressão das moléculas estimulantes que promovem a secreção de histamina - anticorpos) ⇩ Broncodilatador (Spray, inalatório) ⇩ Hidratação intensa (2 acessos) ⇩ Oxigenoterapia sob máscara Medidas não farmacológicas adotadas: deitar paciente + elevação dos MMII (melhorar retorno venoso e �luxo cerebral) Monitorização de pacientes graves 6 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5 - Oximetria de pulso (se baixa saturação, ofertar alto �luxo de O2) - Eletrocardiograma - Pressão arterial (realizar hidratação vigorosa - 2 vias) Medidas farmacológicas - Adrenalina - Broncodilatador - Corticóide - Anti-histamínico Observação Em reações ana�iláticas não faz sentido administrar anti-histamínicos de imediato na ocorrência dos sintomas. Os anti-histamínicos irão bloquear os receptores H de histamina no corpo porém, a histamina já foi liberada dos mastócitos e basó�ilos e já está ligada aos receptores histamínicos, explicando o quadro clínico. Dessa forma, os anti-histamínicos vão agir apenas como diminuidores da exacerbação dos sintomas. NÃO TRATA os sintomas, evita sua exacerbação. Adrenalina Ação: vasoconstrição (aumento da PA) + broncodilatação ✓IM (aplicação + rápida) - Início de ação mais lenta - Não necessita de diluição ✓EV (aplicação + lenta) - Início de ação mais rápida - Desvantagem: demora para obter acesso venoso, a adrenalina pode extravasar do vaso sanguíneo e causar isquemia da extremidade do membro (vasoconstrição) - O ideal é que seja administrada através de um acesso venoso central (Evitar acesso periférico) Receptores (não possui seletividade = causa mais efeitos colaterais) - Vasoconstrição (alfa 1 e 2 nos vasos) - Coração (Beta1) - Brônquios (Beta2) Dose: 500 mcg IM (0,5 ml) Reação alérgica comum (reação mucocutânea) Anti-histamínico ⇩ Corticóide ⇩ Hidratação* (Se houver comprometimento cardiovascular) *É importante diferenciar reações alérgicas comuns de reações anafiláticas devido a diferença no tratamento. Descongestionantes nasais Considerações •Podem ser tópicos (gotas, nebulização, spray) ou sistêmicos (comprimidos). •Podem existir isoladamente ou em associação com outras substâncias: anti-histamínicos, antipiréticos e/ou analgésicos. - Coristina D - Benegrip - Multigrip - Neosoro - Naridrin - Sorine - Adnax Mec����mo �� �ção Os descongestionantes nasais tópicos são agentes simpatomiméticos que agem sobre receptores adrenérgicos da mucosa nasal causando vasoconstrição. - Diminuem o edema e melhoram a ventilação *Os vasos sanguíneos da mucosa nasal são altamente sensíveis à ação dessas substâncias. Vasoconstrição local ⇩ Redução do �luxo sanguíneo ⇩ Redução do edema, exsudação de plasma e secreções nasais ⇩ Menor resistência do �luxo aéreo 7 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5 *Os descongestionantes nasais aliviam apenas a congestão nasal e não contribuem para a melhoria de outros sintomas como rinorreia, espirros ou prurido nasal. Atenção O fármaco vai atuar em todos os vasos do corpo (comprimido) dessa forma, vai causar vasoconstrição, elevando a PA (efeito mínimo) - A longo prazo, pode gerar hipertensão (pode haver taquicardia e palpitações Vício em Sorine Os vasos da mucosa nasal já estão tão acostumados com a droga que ele ocasiona uma rápida vasoconstrição e logo volta ao estado de vasodilatação. Com isso, o paciente acaba dependendo da droga porque a vasodilatação vai ocorrer a todo instante. Cla���fic�ção Aminas simpaticomiméticas ✓Fenilefrina (ex: Neo-sinefrina®, Vibrocil® (Fenilefrina + dimetindeno)); ✓Efedrina (ex: SEDOTUSSE® ); ✓Pseudoefedrina (ex: SUDAFED® ) *Possuem efeitos sistêmicos mais pronunciados. Imidazolinas ✓Oximetazolina (EX: Nasex® ; Rinerge® ; Vicks ✓Vapospray® ; Bisolspray® ; Nasorhinathiol® ); ✓Xilometazolina (Otrivina® ) ✓Tramazolina (Rhinospray® ) *São substâncias mais seguras, causam menos efeitos adversos. Farmacocinética •São metabolizados pela MAO e COMT na mucosa do TGI, �ígado •T ½ curto •Possuem pouca ou nenhuma absorção sistêmica (tópicos) Indicação •Resfriado comum •Sinusites •Alergias Efeitos colaterais •Queimação, irritação, espirros e secura da mucosa nasal •Aumento da produção de muco •Rebote da congestão nasal se usado por mais de 4 ou 5 dias •Hipertensão •Taquicardia (ação do fármaco nos receptores cardíacos) •Arritmias •Retenção urinária •Dor de cabeça •Náusea •Tontura •Insônia *O uso inadequado e excessivo pode levar ao desenvolvimento de rinite medicamentosa (in�lamação crônica da mucosa nasal). É indicado o uso de descongestionantes nasais por, no máximo, 5 dias em casos de rinossinusite e resfriado comum. - A utilização desses medicamentos por período mais prolongados induz vasodilatação capilar (efeito rebote) podendo provocar rinite medicamentosa. Contraindicações •Hipertensos (crise hipertensiva) •Diabéticos (alterações do nível de glicose) •HPB (retenção urinária) •Glaucoma (aumento da pressão intraocular) •Doença cardíaca (aumento do esforço cardíaco) •Doenças da tireóide •Gravidez (malformações fetais) •Epilepsia (convulsões) 8 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5 *Podem provocar dependência psicológica. Interações medicamentosas •Inibidores da MAO •Antidepressivos tricíclicos •Anti-hipertensivos Uso de cloreto de sódio para descongestionar o nariz O cloreto de sódio é umhipertônico, então por osmose o líquido que tiver na sua cavidade nasal, vai acabar saindo. Esse líquido se junta com a secreção que você já possui e a deixa mais �luida, facilitando a sua eliminação. *Esse tipo de mecanismo de ação só é útil para os pacientes que consigam retirar a secreção. Além disso, ele não trata a causa de base, apenas deixa a secreção mais �luida. Combinação de drogas (critérios de escolha) Avaliar se o anti-histamínico é da 1 ou 2 geração (sedação) Avaliar componentes - Antiemético - Anti-in�lamatório (dipirona/ paracetamol): febre, dor Presença de descongestionante (vasoconstrição dos vasos da mucosa nasal - atua nos receptores alfa-2) Coristina Ácido acetilsalicílico AINE (ANALGÉSICO) Maleato de dexclorfeniramina (ANTIALÉRGICO, 1ªG) Cloridrato de fenilefrina (DESCONGESTIONANTE) Cafeína (potencializa o efeito do analgésico) Claritin Loratadina (ANTIALÉRGICO, 2ª G) Sulfato de pseudoefedrina (DESCONGESTIONANTE) Benegrip Dipirona sódica monoidratada (ANALGÉSICO) Maleato de clorfeniramina (ANTIALÉRGICO, 1ª G) Cafeína (potencializa o efeito do analgésico) Decongex Maleato de bronfeniramina (ANTIALÉRGICO,1ª G) Cloridrato de fenilefrina (DESCONGESTIONANTE) Multigrip Paracetamol (ANALGÉSICO) Maleato de clorfeniramina (ANTIALÉRGICO, 1ª G) Cloridrato de fenilefrina (DESCONGESTIONANTE) Ex1: Paciente está com rinite alérgica. Prescrição: Decongex (paciente quer alívio da obstrução nasal) Ex2: Paciente com febre, secreção e obstrução nasal - infecção bacteriana. Nesse caso, usa-se Benegrip, pois possui dipirona que além de desobstruir irá aliviar a febre. Antitussígenos Tosse: mecanismo que o organismo dispõe para proteger o trato respiratório da inalação de corpos estranhos e da retenção de secreções. - Carrega os elementos irritantes das vias aéreas para fora do corpo Considerações •O uso de antitussígenos só é indicado quando a tosse é muito incômoda e persistente •Reduz o re�lexo da tosse, independentemente da secreção respiratória •Antes de indicar um antitussígeno deve-se diagnosticar a causa da tosse (caso a causa seja desconhecida, a supressão da tosse pode agravar o quadro do paciente) •Indicados para o tratamento da tosse seca •Não devem ser usados em casos de expectoração útil como em infecções bacterianas ou pneumonia 9 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5 Causas de tosse Aguda •Pneumonia •Infecções respiratórias altas •Corpos estranhos •Bronquites •Processos alérgicos Crônica •Asma •Re�luxo gastroesofágico •Bronquite crônica •Inibidores da ECA •Gotejamento retronasal Avaliação da tosse ✓Duração da tosse ✓Período do dia em que mais ocorre ✓Tipo e quantidade de expectoração ✓Tabagismo ✓Histórico familiar de alergias e infecções respiratórias Mec����mo �� �ção Os antitussígenos agem inibindo as respostas dos estímulos que chegam ao centro da tosse. *Não se deve associar antitussígeno com expectorante, pois causa acúmulo de secreção e pode causar as�ixia. •Alteram fatores mucociliares •Reduzem a excitabilidade da via aferente do re�lexo da tosse •Elevam o limiar do centro da tosse Mecanismos da tosse Quimiorreceptores e mecanorreceptores Vias aéreas, bronquíolos e parênquima pulmonar Nervos aferentes Vago e glossofaríngeo Conexões centrais Centro da tosse e centro respiratório Nervos periféricos Frênico, recorrente e intercostais Indicação •Cancro do pulmão (tosse dolorosa e contínua) •In�lamação da pleura •Uso de inibidores da ECA Classi�icação Antitussígenos opióides - Codeína - Possui ação central Antitussígenos não opióides - Dextrometorfano, difenidramina, folcodina, clobutinol Codeína Age no tronco cerebral produzindo supressão da tosse, fraca analgesia, e diminui a secreção de sedação. - Deprime o SNC Efeitos adversos •Sedação/ sonolência •Constipação •Náuseas e vômitos •Xerostomia •Depressão respiratória Contraindicações •Di�iculdades respiratórias Não é indicada para asmáticos Interação medicamentosa •IMAO •Antidepressivos tricíclicos 10 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5 *Opióide: potencial de abuso Dextrometorfano Indicação: Tosse não produtiva, seca Eleva o limiar central para o re�lexo da tosse (bloqueia os receptores NMDA para o glutamato (excitatório) fazendo com que ocorra uma elevação do limiar da tosse) - Não deprime o SNC Considerações •Não interfere nas secreções respiratórias •Não apresenta ação analgésica e sedativa Efeitos adversos •Diarréia •Náuseas e vômitos •Sonolências •Tontura Contraindicações •Hepatopatas •Asmáticos Interações medicamentosas •Inibidores da MAO •Álcool Benzonatato Suprime o re�lexo da tosse por ação periférica, anestesia os receptores de estiramento localizados nas passagens respiratórias, nos pulmões e na pleura. Efeitos adversos •Tontura •Dormência na língua, boca e garganta *Não tem potencial de abuso Antitussígenos Benzonatato Codeína Dextrometorfano Guaifenesina Mucolíticos e Expectorantes Considerações •Indicados para o tratamento da tosse produtiva. *Não é indicado que pacientes com tosse seca façam uso de expectorantes pois, é possível que haja um ressecamento da mucosa causando uma irritação local e provocando uma piora da tosse. Mecanismo de ação Expectorantes - Estimulam os mecanismos de expulsão das secreções. 1. Estimulam o re�lexo da tosse por irritação brônquica (induz a tosse) Os expectorantes não devem ser usados em conjunto com os antitussígenos. Mucolíticos - são agentes que reduzem a viscosidade das secreções, contribuindo para sua remoção. 1. Reduzem a viscosidade e/ou aumentam o conteúdo líquido da secreção (�luidez) *Evitar o uso de xarope para tosse seca (pode ressecar a mucosa e causar uma irritação local, piorando a tosse) Antiasmáticos Asma - doença in�lamatória crônica de vias aéreas. A in�lamação crônica está associada a hiperreatividade de vias aéreas que determinam episódios recorrentes de broncoconstrição aguda (encurtamento da respiração), sibilância, dispnéia, opressão torácica e tosse (principalmente à noite ou ao despertar) e aumento da FR. Considerações 11 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5 •Não é uma doença progressiva (não evolui) •Se não tratada, pode ocorrer remodelação das vias aéreas (aumento da incidência e gravidade das crises) Fis���a��l��i� �� as�� A obstrução do �luxo aéreo na asma resulta de broncoconstrição por contração de músculos lisos brônquicos, in�lamação da parede brônquica e aumento na secreção de muco. A in�lamação subjacente das vias aéreas contribui para a hiperreatividade das vias aéreas, para a limitação do �luxo aéreo, para os sintomas respiratórios e para a cronicidade da doença. Os ataques de asma podem ser desencadeados por exposição a alérgenos (pólen, poeira, perfume), exercício, estresse e infecções respiratórias. Tra����n�o •Diminuir a intensidade e a frequência dos sintomas •Tratamento agudo: alívio rápido dos sintomas •Tratamento de controle, a longo prazo: reverter e prevenir a in�lamação das vias aéreas Tratamento não farmacológico - recomenda-se a redução da exposição a fatores desencadeantes (alérgenos/ irritantes respiratórios, tabagismo e medicamentos) Fármacos utilizados ✓B2-agonistas adrenérgicos (broncodilatadores) - Alívio rápido - Controle a longo prazo ✓Corticoesteróides inalatórios (diminuir a in�lamação brônquica) ✓Fármacos alternativos - Xantinas: broncodilatadores de potência leve (teobromina, teo�ilina) - Antileucotrienos Classi�icação da gravidade da asma Gravidade Tratamento Asma intermitente Alívio imediato dos sintomas (B2CA) Asma persistente Sintomas agudos (B2CA) Controle da in�lamação - Corticóides inalatórios Asma moderada ou grave Sintomas agudos (B2CA) Corticóides inalatórios Corticóides orais Fluxograma asma 12 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5 Resumindo Asma Há uma broncoconstrição + aumento da secreção brônquica + In�lamação da mucosa (edema) - Anti-histamínico: não resolve a broncoconstrição, apenas evita que ela piore (a histamina já está ligada aos receptores H) - PAUSA A EVOLUÇÃO DA CRISE (não resolve o quadrodo paciente) - Corticóide: Reduz o edema e a secreção (anti-in�lamatório) - Broncodilatador: resolve a broncoconstrição *Ausculta pulmonar: sibilos *Em pacientes com crise asmática utilizar broncodilatadores com 2 mecanismos de ação diferentes (potencializar o efeito) - Fenoterol, Salbutamol (Beta-2) - Ipratrópio (Receptores muscarínico/ anticolinérgico) *Broncodilatadores em spray possuem ação mais rápida Se o paciente não responder ao tratamento anterior adicionar Sulfato de magnésio - Possui ação vasodilatadora dos brônquios (melhora expressivamente a respiração) Asma grave: baixa saturação (88%), tiragem intercostal Broncodilatadores Broncodilatadores - relaxa diretamente o músculo liso das vias aéreas facilitando a passagem do ar. Além disso, inibem a liberação de mediadores in�lamatórios e aumentam a remoção do muco. Classes dos broncodilatadores •Antagonistas muscarínicos (Ipratrópio) •Agonistas B2-adrenérgicos •Xantinas *Os efeitos adversos estão ligados a falta de seletividade do fármaco e ação em outros receptores. Deve-se evitar o uso de agonistas adrenérgicos não seletivos em pacientes hipertensos. Os fármacos não seletivos irão atuar nos receptores adrenérgicos B1 (coração - vasoconstrição) e B2 (brônquio - vasodilatação) podendo causar uma crise hipertensiva. *Sempre preferir B-adrenérgicos seletivos. Considerações •São utilizados para alívio rápido dos sintomas e no tratamento de controle a longo prazo 13 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5 •Podem ser administrados por aerossóis, em pó, VO, parenteral ou em solução nebulizada •Devem ser administrados preferencialmente por via inalatória (efeito máximo local sobre a musc. lisa das vias resp. e mínimo efeito sistêmico) Alívi� �ápi�� *São usados no tratamento sintomático do broncoespasmo e dão alívio rápido na broncoconstrição aguda. Considerações •B2- agonistas de curta duração •Possuem rápido início de ação (5-30 min) •Proporciona alívio de 4-6h •Não possuem efeito anti-in�lamatório Nunca devem ser usados como terapêutica única para pacientes com asma crônica. *Podem ser usados como terapia única em casos de asma intermitente ou broncoespasmo induzido por exercício. Efeitos adversos dos B2-agonistas •Taquicardia •Hiperglicemia, hipopotassemia e hipomagnesemia •Tremores (B2 no músculo esquelético) •Inquietação Hipoemia *Efeitos são minimizados quando administrados por inalação. Con���l� �o� l���� p�a�� Considerações •São B2-agonistas de longa duração •Proporciona alívio por pelo menos 12h •Não são utilizados sozinhos, devem ser associados a corticoesteróides - Servem como tratamento auxiliar •São administrados regularmente (evitar crises asmáticas) Usados no controle da doença Não devem ser usados para alívio rápido de um ataque de asma agudo Efeitos adversos •Tremores •Taquicardia •Arritmia cardíaca Ação curta/ imediata Ação longa Salbutamol Formoterol Fenoterol Salmeterol Terbutalina Indacaterol Levossalbutamol Arfomoterol A epinefrina, fenoterol ou salbutamol (broncodilatadores) podem causar aumento da 14 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5 FC e tremores devido a ação adrenérgica. - Evitar uso em pacientes que já possuam alterações na FC/ arritmias *Escolha: Ipratrópio (anticolinérgico) Corticoesteróides Fármacos de escolha para controle de longo prazo em pacientes com asma persistentes. Considerações •É o medicamento mais e�icaz no controle da asma a longo prazo •Deve ser usado regularmente para controlar a in�lamação Mec����mo �� �ção Inibem a liberação de ác. araquidônico por meio da inibição da fosfolipase A2, produzindo um efeito anti-in�lamatório das vias aéreas. Ação nos pulmões ✓Diminui a cascata in�lamatória ✓Reverte o edema das mucosas. diminui a permeabilidade vascular e inibe a liberação de leucotrienos ✓Não atua diretamente no músculo liso *Após um longo período de uso regular, os corticosteróides reduzem a hiper-reatividade do músculo liso das vias aéreas a vários estímulos broncoconstritores ( alérgenos, irritantes, ar frio e exercício), melhoram a função pulmonar e reduz os sintomas e as exacerbações. Vias de administração •Inalação •Oral/ sistêmico utilizar somente em pacientes mais graves, que não tem o controle da asma feito pelos fármacos inalatórios. Efeitos adversos •Candidíase orofaríngea (imunossupressão local) •Rouquidão *Os corticosteróides sistêmicos possuem mais efeitos adversos. *Para diminuir os efeitos adversos, os pacientes podem, após a adm. do medicamento, fazer gargarejo com água. Crise de asma 1) Adulto a) Nebulização: 10 gotas de Fenoterol (Berotec®) + 10 gotas de Ipratrópio (Atrovent®) + lOmL de Soro Fisiológico 0,9%. b) 1 Amp. de 500 mg de Hidrocortisona E.V c) Para casa: Prednisona (Meticorten) comp. de 20 mg. Tomar 1 comp. de 8/8hs por 5 dias. 2) Criança a) Nebulização: 1 gota/3 Kg de Fenoterol (Berotec®) + 5 gotas de Ipratrópio (Atrovent®) + 10 mL de Soro Fisiológico 0,9%. b) 1 Amp. de 100mg de Hidrocortisona E.V c) Para casa: Prednisolona (Prednisolona®) Sol. (1mg/mL). Tomar 2 mg/kg/dia divididos em 2 duas vezes. 15 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5 Condição clínica Tratamento Alergia qualquer Descongestionante nasal tópico (Nafazolina) Anti-histamínico - Loratadina (2 geração) - 1x/ dia - Fexofenadina (2 geração) - Allegra - Alergia noturna: 1 geração Manifestações cutâneas: adicionar corticóides Rinite alérgica Descongestionantes nasais Corticóides tópicos Sinusite forte AINE Anti-histamínico Corticóide Descongestionante nasal Ana�ilaxia Adrenalina Anti-histamínico Broncodilatador Corticóide Asma Anti-histamínico Corticóide Broncodilatador Sulfato de magnésio* Náuseas, vômitos Dimedrinato (Dramin) Hidroxizina Prometazina (Fenergan) Difenidramina (IV) Gestantes Prometazina - IM: sedação - Tópico: picada de insetos - Comprimido: gestante
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