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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA GOIÁS INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS Prof.: CELSO MACHADO DE FARIA Goiânia, 2018 Introdução A água é um elemento de fundamental importância para a vida. E para que seja eficiente, deve estar disponível em quantidade adequada e em condições de consumo. Dessa forma, ela passa por diversas etapas até chegar às torneiras das residências. Os rios próximos às cidades servem como mananciais de captação, desde que apresentem qualidade suficiente. Após a captação, a água é levada para tratamento nas ETAs, ou seja, Estações de Tratamento de Água, sendo posteriormente reservada e, por fim, distribuída à população. Em uma residência, a água chega da concessionária, é medida através de um hidrômetro, e caminha por um sistema de tubulações e acessórios que devem ser adequadamente projetados para atender os seguintes objetivos: Fornecimento contínuo de água aos usuários e em quantidade suficiente, amenizando ao máximo os problemas decorrentes da interrupção do funcionamento do sistema público de abastecimento; Limitação de certos valores de pressões e velocidades, definidos na NBR 5625/1998, assegurando-se dessa forma o bom funcionamento da instalação e, evitando-se assim, consequentes vazamentos e ruídos nas canalizações e aparelhos; Preservação da qualidade da água através de técnicas de distribuição e reservação coerentes e adequadas, propiciando aos usuários boas condições de higiene, saúde e conforto. Economia global nas instalações, locação e execução do sistema predial de água fria. Sistema Predial de Água Fria Os componentes de um sistema predial de água fria são, geralmente: Tomada de Água: Ponto de conexão do ramal com a rede de distribuição de água; Ramal Predial: Tubulação compreendida dentre a tomada de água e o cavalete; Cavalete de Entrada (Abrigo e Hidrômetro): Elementos para medição do volume consumido; Alimentador Predial: Tubulação que sai do hidrômetro e vai para o reservatório; Reservatório Inferior: Responsável por fazer a primeira reservação da água que chega ao edifício; Conjunto elevatório: Tubulação de sucção, bombas e coluna de recalque; Reservatório Superior: Responsável por reservar a água que será consumida pelos usuários do edifício, além da reserva técnica de incêndio; Barrilete: Tubulação de regulação da água que será destinada aos usuários; Coluna de Água Fria: Tubulação que sai do reservatório superior e atende os pavimentos do edifício; Ramal de Distribuição: Compreende a tubulação que caminha por dentro da unidade habitacional e distribui para os sub-ramais consumidores; Sub-Ramal: Tubulação que direciona a água dos ramais para os pontos de utilização; Extravasador: Dispositivo que permite a liberação de água em caso de excesso nos reservatórios. A figura abaixo representa o sistema predial de água fria. Figura 1: Representação do Sistema Predial de Água Fria. Memorial Descritivo A norma principal que apoia o sistema predial de água fria é a NBR 5626:1998 – Instalação Predial de Água Fria. Nela estão as diretrizes para dimensionamento, especificações e orientações para a execução de um bom projeto. A NBR em questão, no item “4.4 – Materiais Plásticos”, cita outras normas para os materiais que serão utilizados neste projeto, no caso as tubulações em PVC e o reservatório em concreto armado. Elas estão apresentadas nas figuras 3, 4, 5 e 6. Figura 2: NBR 5626:1998 – Instalação Predial de Água Fria. Figura 3: ABNT NBR 5648:2010 – Tubos e Conexões de PVC-U com junta soldável para sistemas prediais de água fria. Figura 4: NBR – 5680:1977 – Dimensões de tubo de PVC rígido. Figura 5: NBR 7372:1982 – Execução de tubulações de pressão de PVC rígido com junta soldada, rosqueada, ou com anéis de borracha. Figura 6: NBR 6118:2014 – Projeto de estruturas de concreto. Cálculo populacional e do consumo diário Para o cálculo da quantidade populacional temos a seguinte equação: Logo temos que: De acordo com a tabela a seguir, utilizaremos o dado fornecido para o cálculo do consumo diário. Tabela 01 – Indicador de Consumo (L/Dia) EDIFÍCIO INDICADOR CONSUMO (l/dia) Alojamento provisório 80 per capita Apartamento 200 per capita Asilo, orfanato 150 per capita Cinema e teatro 2 por lugar Edifício público, comercial ou com escritórios 50 per capita O cálculo do consume diário é realizado da seguinte forma: Sendo: CD = Consumo diário ND = Número de dias Dimensionamento dos reservatórios Adotaremos um Volume de Reserva (VR) = 2 x CD, sendo assim: Reservatório Inferior: Possuindo 60% do Volume de Reserva. Reserva Técnica de Incêndio (RTI), calculando pela formula: Logo teremos, N = Número total de pavimentos 15 pavimentos tipos + térreo + subsolo = 17 pavimentos Reservatório Superior (40 % de VR + RTI): Cálculo do dimensionamento do alimentador predial O cálculo da vazão do alimentador predial (Qap) é realizado a partir dos dados anteriores. Encontrar o Diâmetro do alimentador predial (Dap), com: Adotando Vmáx = 1,0 m/s, temos: Conforme disponibilizado pelo material de apoio, adotaremos o Diâmetro Nominal (DN) = 40 mm. D REF: 1 ¹/4 pol DN: 40 mm DE: 40 mm DI: 35,2 mm E: 2,4 mm Cálculo do dimensionamento do ramal predial O hidrômetro utilizado na entrada do edifício será do tipo 20m³/h x 1.1/2”. Os Hidrômetros utilizados nos pavimentos serão do tipo 3m³/h x 3/4”, escolhidos a partir do consumo diário calculado para o edifício. Serão duplos para atender aos dois apartamentos de cada pavimento. Figura 7 – Detalhes do hidrômetro Calculando o dimensionamento do conjunto elevatório Calcula-se a vazão de recalque primeiramente com: Vazão de Recalque Diâmetro encontrado conforme gráfico (ÁBACO) Drec = 50 mm (2”) Dsup = 60 mm (2 ½”) Cálculo da Perda de Carga Sucção DI utilizado será = 53 mm J^' s=0,00085*Q^1,75/D^4,75 J^' s=0,00085* (2,67 x 〖10〗^(-3) )^1,75/〖(53 x 〖10〗^(-3))〗^4,75 J^' s=0,030 m/m Tubulação de Sucção Comprimento real: 8,58 Válvula Pé de Crivo: 25,0 Joelho D 60mm: 3,7 Leq Total: 37,28m Perda de Carga Perda de Carga Recalque DI utilizado será = 44mm Tubulação de Recalque Qtd Descrição Total - Comprimento real 74,51 01 válvula de retenção D50mm 7,1 01 tê de saída lateral D50mm 7,6 01 tê passagem direita D50mm 2,3 01 registro de gaveta D50mm 0,8 03 joelhos 90 D50mm 10,2 01 saída de canalização 3,3 Leq105,81m Perda de Carga Velocidade Máxima Hsuc = 8,00m Hrec = 53,00m Jr = 7,83 m/m Js = 1,11 m/m Então calcula-se a potência da bomba para o conjunto elevatório, no qual possui um rendimento (η) igual a 70 %, e altura manométrica (Hman) igual a 70,18 metros, com seguinte fórmula da potência: Temos: adota-se 4,5 CV. Cálculo do dimensionamento do ramal Primeiro é feito o cálculo da vazão do ramal predial (Qrp) com a seguinte fórmula: Assim temos: Com isso podemos calcular o Diâmetro do ramal predial com: Podemos adotar um diâmetro nominal para o ramal predial de 20 milímetros Cálculo do dimensionamento do sub-ramal Após ser realizado os cálculos necessários para definição do diâmetro das tubulações, observamos que o valor obtido foi baixo então a bitola de 20 milímetros como mínima para a tubulação do sub-ramal, já que este diâmetro é a de dimensão mínima mais facilmente encontrada no mercado. Cálculo de dimensionamento da água fria Trechos Q = Vazão ∑Trechos Diam. Encontrado AB 0,3000 1,0 11,62892903 mm 20mm BC 0,3912 1,7 13,27858967 mm 20mm CD 0,4550 2,3 14,32094508 mm 20mm DE 0,6504 4,7 17,12238211 mm 20mm EF 0,8161 7,4 19,17995793 mm20mm FG 0,8538 8,1 19,61828209 mm 20mm Dimensionamento do Barrilete PESOS DO PAVIMENTO TIPO Lavatório Máq Lavar Máq Lavar Louças Pia/Tanque Bacia c/ Caixa Acoplada Chuveiro Total Cozinha - 1,0 0,7 - - 1,7 Lavabo 0,3 - - - 0,3 - 0,6 Bho Social 0,3 - - - 0,3 0,1 0,7 Bho DCE 0,3 - - - 0,3 0,1 0,7 Bho Suíte 0,3 - - - 0,3 0,1 0,7 Lavanderia - 1 1 0,7 - - 2,7 Sacada 0,3 - - - - - 0,3 TOTAL GERAL 8,1 Tabela de Cálculo dos Pesos - Apartamentos COLUNA DE DISTRIBUIÇÃO PAV TRECHO PESOS Q (L/S) DIAMETRO(MM) COMPRIMENTO PERDA DE CARGA PRESSÃO (MCA) UNIT TOTAL CALCULADO NOMINAL INTERNO REAL EQUIV TOTAL UNITARIA TOTAL 15 A-1 19,2 288 5,09 46,48 60,00 53,00 7,00 11,4 18,40 0,095 1,741233 1,647 14 1-2 19,2 268,8 4,92 45,69 60,00 53,00 3,00 7,8 10,80 0,089 0,962155 0,873 13 2-3 19,2 249,6 4,74 44,85 60,00 53,00 3,00 7,8 10,80 0,083 0,901745 0,818 12 3-4 19,2 230,4 4,55 43,96 50,00 44,00 3,00 7,6 10,60 0,188 1,997372 1,809 11 4-5 19,2 211,2 4,36 43,02 50,00 44,00 3,00 7,6 10,60 0,175 1,850947 1,676 10 5-6 19,2 192 4,16 42,00 50,00 44,00 3,00 7,6 10,60 0,161 1,702846 1,542 9 6-7 19,2 172,8 3,94 40,91 50,00 44,00 3,00 7,6 10,60 0,146 1,552879 1,406 8 7-8 19,2 153,6 3,72 39,72 40,00 35,20 3,00 7,3 10,30 0,381 3,928557 3,547 7 8-9 19,2 134,4 3,48 38,42 40,00 35,20 3,00 7,3 10,30 0,339 3,495345 3,156 6 9-10 19,2 115,2 3,22 36,97 40,00 35,20 3,00 7,3 10,30 0,297 3,054299 2,758 5 10-11 19,2 96 2,94 35,32 40,00 35,20 3,00 7,3 10,30 0,253 2,603922 2,351 4 11-12 19,2 76,8 2,63 33,40 40,00 35,20 3,00 7,3 10,30 0,208 2,142061 1,934 3 13-14 19,2 57,6 2,28 31,09 32,00 27,80 3,00 4,6 7,60 0,496 3,770089 3,274 2 14-15 19,2 38,4 1,86 28,09 32,00 27,80 3,00 4,6 7,60 0,348 2,644063 2,296 1 15-16 19,2 19,2 1,31 23,62 25,00 21,40 3,00 1,5 4,50 0,657 2,958127 2,301 Dimensionamento do caminho crítico Deve-se levar em consideração o ponto de utilização mais desfavorável do projeto, como o chuveiro posicionado o mais próximo verticalmente e mais longe horizontalmente do reservatório superior. Sendo que o mesmo deve atender uma pressão mínima de 1,0 mca e uma velocidade máxima de 3,0 m/s. Assim estamos considerando como o chuveiro mais desfavorável o da suíte do 15º andar, pois o mesmo atende os requisitos citados anteriormente. Abaixo segue a planilha de cálculo da primeira tentativa e da segunda e última tentativa. J TOTAL 5,47 REFERÊNCIAS Neste projeto foram usadas as seguintes normas: Sistema Predial de Água Fria: NBR 5226/1998 – Instalação Predial de Água Fria NBR 5680/77 – (PB 277) – Dimensões de tubos de PVC rígido. NBR 5648/10 – Tubos e conexões de PVC-U com junta soldável para sistemas prediais de água fria. NBR 13714 – 2000 – Sistemas de Hidrantes e de Mangotinhos para Combate a Incêndio. PARA A FABRICAÇÃO E INSTALAÇÃO DOS HIDRÔMETROS: NBR 8009 NBR 8194 NBR NM 212 NBR 15 NBR 5426
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