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Avaliação dos Índices de Sobrecarga dos Cuidadores de Portadores de Paralisia Cerebral

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FACULDADE DO VALE DO JAGUARIBE 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA 
 
LUCIEUDO AMORIM MOURA 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DOS ÍNDICES DE SOBRECARGA DE CUIDADORES DOS 
PORTADORES DE PARALISIA CEREBRAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARACATI 
2017 
 
 
LUCIEUDO AMORIM MOURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DOS ÍNDICES DE SOBRECARGA DE CUIDADORES DOS 
PORTADORES DE PARALISIA CEREBRAL 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado 
ao Curso de Fisioterapia da Faculdade do 
Vale do Jaguaribe, como requisito parcial 
para obtenção do Título de bacharel em 
Fisioterapia. 
Orientadora: Prof. Ma. Cláudia Vaz Pupo de 
Mello 
 
 
 
 
 
 
ARACATI 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho a Deus, a minha mãe 
Ana Lucia, a meu pai Sebastião Eudo e a 
todos os meus pacientes. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Inicialmente agradeço a Deus, por sempre me guiar ao caminho certo a seguir, 
por nunca ter me desamparado e sempre me mostrar que com força de vontade tudo 
se torna realidade. 
Gostaria de agradecer a toda minha família, mãe, pai, e minhas duas irmãs, 
pois foram e serão meu porto seguro sempre que precisar de amparo. Queria 
agradecer a vocês que já vi diversas vezes abdicarem de suas próprias necessidades 
afim de realizar um sonho meu, nunca esquecerei toda a força de vontade e garra. 
Sempre serão um espelho no qual me espelharei por toda a vida, reflexo de tudo que 
faço. 
Queria aqui agradecer a minha irmã Liana Victoria, por ter me estimulado a 
ingressar no curso de Fisioterapia, pois foi sempre pensando em trazer benefícios 
para sua condição que hoje estou aqui escrevendo estes agradecimentos. 
Aos meus amigos de faculdade que levarei para minha vida Fiel, Marcia, 
Michele, Ananda, Jorge, Samylla e Gevas, independentemente de onde o destino me 
leve e os leve, saibam que sempre estarão guardados em um lugar insubstituível em 
minha vida. 
Aos meus amigos de toda a vida Kerlinha, Alice, Vinicius, Mikael, Rafaela, 
Tânia, Luiz Carlos, Alan, Romenik queria aqui deixar meu agradecimento, por todas 
as vezes que me estimularam e se orgulharam do que me tornei nestes longos 5 anos, 
sou imensamente grato pelo apoio de vocês. 
Gostaria de agradecer a Faculdade do Vale do Jaguaribe – FVJ, por ter me 
aberto portas e ser tão assídua e empenhada em trazer o melhor para os seus alunos. 
A minha orientadora Cláudia Pupo, por ter sido uma mentora incrível, me 
instruído tão bem, sempre me ajudado na formação acadêmica. 
A banca examinadora, deixo aqui meu muito obrigado por disponibilizarem de 
um tempo de suas vidas para estarem presentes neste momento único em minha 
carreira acadêmica. 
Quero aqui agradecer aos meus preceptores de estágio, espero um dia poder 
me tornar um profissional tão instruído quanto vocês. 
 
 
A Magda Lorena e Daniela Maia, por toda ajuda na realização desta pesquisa, 
desde a coleta de dados e por todas as opiniões repassadas. 
Gostaria de agradecer a todos os meus mestres, exemplos que seguirei. 
Verdadeiros modelos de profissionais e humanos o meu muito obrigado. 
 
 
 
RESUMO 
A paralisia cerebral é uma patologia que afeta o sistema nervoso central em fase de maturação, 
gerando acometimentos físicos e cognitivos. Portadores desta patologia necessitam de cuidados 
durante toda a vida. Os cuidadores deste grupo de pessoas, muitas vezes, desenvolvem sobrecargas 
tanto físicas, como psicológicas, decorrentes da grande demanda de cuidado voltada para portadores 
desta doença, abdicando de seus papeis na sociedade, com o objetivo de gerar qualidade de vida para 
os indivíduos que necessitam dos cuidados. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi mensurar 
os índices de sobrecarga nos cuidadores de portadores de paralisia cerebral, buscando traçar o perfil 
destes indivíduos, afim de verificar se fatores do cuidador como idade, sexo, renda, e aspectos do PC, 
como tipo de paralisia, território topográfico, idade e sexo, tem correlação com o aumento da 
sobrecarga no cuidador. A coleta de dados foi realizada nos campos de estágio da Faculdade do Vale 
do Jaguaribe. Os cuidadores foram submetidos a um formulário semiestruturado e a Escala de Burden 
Interview Zarit, afim de avaliar o grau de sobrecarga dos mesmos tanto no âmbito físico, como 
psicológico. Os dados foram analisados através do sistema estatístico Excel®. Pode-se notar que todos 
os entrevistados apresentavam algum nível de sobrecarga, variando entre moderada, moderada à 
severa e severa, porém estes índices não mostraram correlação com fatores do cuidador como idade, 
sexo, renda e escolaridade, tão pouco com sexo, idade, tipo de paralisia e diagnostico topográfico da 
lesão dos indivíduos com PC. 
PALAVRAS-CHAVE: Paralisia Cerebral; Cuidadores; Sobrecarga 
 
ABSTRACT 
Cerebral palsy is a pathology that affects the central nervous system in the maturation stage, generating 
physical and cognitive impairments. Patients with this pathology need lifelong care. The caregivers of 
this group of people often develop both physical and psychological overloads due to the great demand 
for care aimed at patients with this disease, abdicating their roles in society, with the goal of generating 
quality of life for individuals who need care. Thus, the objective of the present study was to measure the 
overload indexes in caregivers of patients with cerebral palsy, in order to trace the profile of these 
individuals, in order to verify if caregiver factors such as age, sex and income, and PC aspects as type 
of paralysis, topographic territory, age, and sex correlate with increased caregiver overload. Data 
collection was performed in the training camps of the Faculdade do Vale do Jaguaribe. The caregivers 
were submitted to a semi-structured form and the Burden Interview Zarit Scale, in order to assess the 
degree of overload of caregivers in both physical and psychological settings. The data were analyzed 
through the Excel statistical system in a descriptive way. It may be noted that all interviewed humans 
presented some level of overload ranging from moderate, moderate to severe and severe, but these 
indexes showed no correlation with the caregiver's factors such as age, sex, income and schooling, as 
well as gender, age , type of paralysis and topographical diagnosis of the lesion of individuals with CP. 
 
KEYWORDS: Cerebral Palsy; Caregivers; Overload 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 10 
2 METODOLOGIA ................................................................................................. 13 
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................................... 15 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 24 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 25 
Apêndice A - Carta de anuência para autorização de pesquisa ....................... 28 
Apêndice B - Termo de consentimento livre e esclarecido ............................... 29 
Apêndice C – Formulário semiestruturado ........................................................ 30 
Anexo A: Escala de Zarit Burden Interview ...................................................... 3210 
 
1 INTRODUÇÃO 
Paralisia Cerebral (PC) pode ser expressa como uma encefalopatia crônica 
caracterizada por malformação ou lesão do cérebro em fase de 
neurodesenvolvimento. Suas principais particularidades estão relacionadas a 
alterações do tônus muscular, postura e execução dos movimentos, ocasionando 
disfunções musculoesqueléticas secundárias, podendo encontrar-se associada a 
distúrbios de sensação e cognição (ALMEIDA et al., 2013; RIBEIRO et al., 2016). 
 A prevalência geral da paralisia cerebral é de aproximadamente 2 por 1.000 
nascidos vivos em países desenvolvidos (STAVSKY et al., 2017), já nos países 
subdesenvolvidos, a incidência é mais elevada, com índice de 7 por 1.000 nascidos 
vivos. No Brasil, estima-se cerca de 30.000 a 40.000 novos casos por ano (ZANINI; 
CEMIN; PERALLES, 2009). 
De acordo com Santos (2010), a PC é classificada de acordo com a distribuição 
da lesão e seu comprometimento está ligado ao território do sistema nervoso central 
lesionado, podendo ser dividida em quatro tipos clínicos que são: espástica, 
extrapiramidal, atáxica e mista, cada qual com suas particularidades. 
 Em relação à distribuição topográfica do comprometimento motor, classifica-
se a paralisia cerebral em três tipos: tetraparética (caracterizada por acometimento 
dos membros superiores e inferiores bilateralmente, geralmente sendo o 
acometimento mais grave), diparética (membros inferiores mais acometidos que 
membros superiores) e hemiparética (apenas um lado do corpo sofre alteração) 
(SANTOS et al., 2010). 
Gondim e Carvalho (2012) citam que, por se tratar de uma patologia crônica 
não progressiva que atinge indivíduos no início da vida, causando incapacidade física 
e cognitiva, a paralisia gera sensação de impotência nas famílias que recebem a 
notícia do diagnóstico. Indivíduos com PC alteram a forma com qual a família convivia, 
gerando uma nova vivência, que muitas vezes pode ser amedrontadora, 
principalmente pelo receio dos pais e cuidadores em relação a aceitação destes 
indivíduos na sociedade. 
O envelhecimento com PC é seguido de progressão do quadro de quedas, 
déficits de marcha, aumento dos processos álgicos, fadiga e depressão. A transição 
para a fase adulta pode ser considerada difícil, decorrente das mudanças no 
desenvolvimento psicológico e social, que vem acompanhada de aumento das 
11 
 
deformidades musculoesqueléticas e surgimento de alterações secundárias. É de 
fundamental importância nesta fase apoio da família em geral na diminuição dos 
impactos na saúde e bem-estar destes indivíduos (SIENKO, 2017). 
Diagnosticados com PC precisam constantemente de grande demanda de 
cuidados, que são exercidos durante todo o dia. Como o quadro clínico destes 
indivíduos é variado, pode-se notar, que na maioria das vezes no contexto de vida, as 
mulheres são as principais encarregadas por cuidar dos filhos. Na grande 
predominância, as genitoras se incumbem de toda a atividade sozinhas, as tornando 
sobrecarregadas físicas e psicologicamente (SANTOS et al., 2010; RIBEIRO et al., 
2016). 
De acordo com Ferreira e colaboradores (2010), a incapacidade física e mental 
gerada pela patologia, torna estes indivíduos dependentes de atenção e cuidados, 
ocasionando um processo de sobrecarga no cuidador, que pode ser definida como 
uma perturbação resultante do lidar com a dependência física e a incapacidade mental 
do indivíduo alvo da atenção e dos cuidados. 
A qualidade de vida (QV) é subjetiva e está relacionada com a satisfação 
pessoal de cada indivíduo nos domínios que consideram de maior importância, 
podendo citar o psicológico, físico, econômico, religioso e social. Se relacionando com 
a saúde, a qualidade de vida está intimamente ligada à satisfação e bem-estar em 
toda sua globalidade (FERREIRA et al., 2010). 
De acordo Batista e colaboradores (2016), os serviços de saúde direcionam 
seus recursos a promoção da saúde dos pacientes com PC, buscando gerar qualidade 
de vida relacionada a saúde (QVRS) neste grupo de indivíduos, mas na grande 
maioria das vezes, poucas intervenções são voltadas para as famílias e aos 
cuidadores informais destas pessoas, gerando negligência em relação a própria 
saúde. 
A demanda dos cuidados impostos pelo portador de PC é um fator que 
influência fortemente na sobrecarga física e psicológica dos cuidadores. O difícil 
processo de cuidar de uma pessoa com PC, pode acarretar nos cuidadores um quadro 
de cansaço, atenuando a sobrecarga e o estresse, levando-os a uma situação de 
isolamento social (BATISTA et al., 2016). 
Deste modo, o cuidador primário do portador de PC, modifica toda sua vida 
com o objetivo de gerar conforto para o indivíduo que necessita de seus cuidados, 
passando a abdicar de seus próprios papeis sociais (CAMARGO et al., 2009). 
12 
 
A rotina difícil faz com que os cuidadores deixem de exercer atividades que 
melhorem o bem-estar geral, se tornando cuidadores menos eficientes e dificultando 
o cuidado aos filhos, decorrente da grande carga de stress físico e emocional, 
ocasionado pelo excesso de sobrecarga (DANTAS et al., 2012). 
Citado por Glasscock (2000), Zanon, Batista (2012), é de fundamental 
importância a mensuração dos níveis de alterações de cunho emocional, neste grupo 
de indivíduos. Atualmente, a utilização de instrumentos e questionários de qualidade 
de vida tem recebido notório reconhecimento no campo da saúde. Na prática clínica, 
estes instrumentos tem a finalidade de avaliar as necessidades do paciente e a 
eficácia da intervenção. 
A aquisição de independência nos indivíduos com PC, está diretamente ligada 
com a melhora da QV de seus respectivos cuidadores. Atualmente já existem escalas 
que avaliam a sobrecarga do cuidador de indivíduos com patologias crônicas, 
podendo citar dentre elas a de Zarit Burden Interview (ZBI) que tem como finalidade, 
identificar as causas que levam a exaustão dos cuidadores, buscando propiciar 
respostas adequadas as suas necessidades (FERREIRA et al., 2010). 
Por se tratar de uma patologia crônica não progressiva, a paralisia cerebral 
acarreta diversos sinais e sintomas, que podem variar de acordo com a topografia da 
lesão, com isso, indivíduos portadores desta doença necessitam de cuidados diários 
durante toda a vida. 
Os pais e cuidadores deste grupo de pessoas são os responsáveis pela 
realização desta tarefa. A grande demanda de cuidados, afeta estes indivíduos tanto 
nas suas aptidões físicas, como sociais, abdicando de seus papéis na sociedade, com 
o objetivo de gerar QV para o humano que necessita de seus cuidados. Deste modo, 
o presente estudo justifica-se pela necessidade de se mensurar os índices de 
sobrecarga destes cuidadores, avaliando as principais causas responsáveis pelo 
surgimento destas alterações. 
A presente estudo teve como objetivo mensurar os índices de sobrecarga de 
cuidadores dos portadores de paralisia cerebral, buscando traçar o perfil destes 
indivíduos, afim de verificar se o tipo de paralisia, território topográfico, idade e sexo 
do portador de PC em conjunto com o perfil do cuidador tem correlação com o 
aumento da sobrecarga. 
 
13 
 
2 METODOLOGIA 
Foi realizado um estudo de campo, observacional, de caráter descritivo, com 
abordagem quantitativa, afim de mensurar os índices de sobrecarga dos cuidadores 
de indivíduos com paralisia cerebral. 
O estudo foi realizado nos campos de estágio do curso de Fisioterapia da 
Faculdade do Vale do Jaguaribe (FVJ). 
A população do estudo foram os cuidadores de portadores de doenças 
neurológicas atendidos pela instituição. 
Para que o estudo pudesse atingir sua finalidade, tornou-se necessário a 
delimitação de uma amostra, que foramos cuidadores de indivíduos com paralisia 
cerebral, atendidos nos campos de estágio do curso de fisioterapia da FVJ. 
Foram incluídos no estudo, cuidadores informais de portadores de PC. Utilizou-
se como critério de exclusão cuidadores que exerciam o papel de modo formal, fossem 
portadores de patologias crônicas e que exercessem a tarefa de cuidador para mais 
de um indivíduo portador da patologia. 
A coleta de dados foi realizada no período de setembro a outubro de 2017, 
através de levantamento de dados, com a finalidade de delimitar a quantidade de 
cuidadores de portadores de PC atendidos pela instituição. Foram convidados para 
participar da pesquisa 14 cuidadores informais de indivíduos com paralisia cerebral, 
contemplados pelos serviços de fisioterapia da instituição. 
Durante a realização da pesquisa aplicou-se um formulário semiestruturado 
criado exclusivamente para o estudo, composto por: dados pessoas do cuidador 
(idade, sexo, parentesco, profissão, renda, escolaridade, naturalidade e número de 
pessoas da residência). Informações relacionadas aos portadores de PC (sexo, idade, 
tipo de paralisia, diagnóstico topográfico, conhecimento a respeito da PC, 
acompanhamento fisioterapêutico e médico) e com relação aos cuidados diários 
(número de horas dedicadas ao portador de PC, uso de materiais facilitadores, 
dificuldades nas atividades do cotidiano, queixas físicas em relação a tarefa de cuidar, 
adaptações domiciliares e condições de transporte) (APÊNDICE C). 
Para identificação das causas que levam a exaustão dos cuidadores, medindo 
a saúde, o bem-esta físico, psicológico e social desses indivíduos foi aplicada a escala 
de ZBI, que é composta por vinte e duas perguntas, que podem ser pontuadas com 
escore de 0 a 5, variando entre alternativas de “nunca” a “sempre”, e a partir das 
14 
 
mesmas é possível classificar a sobrecarga em (ausente, leve, moderada, moderada 
à severa e severa) (ANEXO A). 
Os instrumentos de coleta foram aplicados através de entrevista. Todos os itens 
do formulário semiestruturado e da escala Burden Interview foram lidos para os 
cuidadores através de leitura direta e na integra. 
A análise dos dados foi realizada no sistema estatístico Excel®, a partir do teste 
de correlação estatística com valores (r<0,05) indicando correlação entre as variáveis 
analisadas, a fim de observar se os dados obtidos na escala de ZBI em conjunto com 
os fatores listados no formulário, se tornam relevantes no aumento da sobrecarga no 
cuidador. 
A pesquisa seguiu os preceitos éticos da resolução 466/2012 do CNS (BRASIL, 
2013). Encontra-se em análise para aprovação final no CEP da UERN - Universidade 
do Estado do Rio Grande do Norte e não apresenta pendências documentais. 
Os participantes foram informados sobre a importância e os objetivos do 
estudo, orientados sobre os procedimentos aos quais serão submetidos, e diante 
disso, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), sendo 
informados sobre o sigilo da identidade dos mesmos (APÊNCICE B). 
O estudo trouxe como riscos, exposição de dados pessoais e constrangimento do 
cuidador. 
Seus benefícios foram colaboração para o meio científico, incentivo para 
realizações de futuras ações voltadas para a qualidade de vida dos cuidadores de 
portadores de PC, aumento a base de dados a respeito da problemática estudada, 
mensuração dos índices de sobrecarga presentes nos cuidadores de portadores de 
PC, levantamento de dados a respeito do perfil dos cuidadores e quais os fatores tem 
maior correlação com os níveis da sobrecarga relacionada ao cuidado. 
 
15 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
A amostra foi composta por 14 cuidadores dos portadores de PC que exerciam 
este papel de modo informal. 
Destes, 85,7% eram do sexo feminino, com idade variando entre 29 a 58 anos 
e média de 41 anos. Se relacionado com o parentesco, 78,7% eram mães (Gráfico 1). 
Os resultados da análise bivariada apontam que não houve correlação entre os níveis 
de sobrecarga em relação ao sexo dos cuidadores (r=0,124584). 
Gráfico 1: Perfil dos cuidadores de portadores de PC em relação ao sexo e parentesco 
Fonte: Dados da pesquisa (2017) 
Santos e colaboradores (2010), em um estudo quantitativo e transversal com 
cuidadores de crianças com o diagnóstico clínico de paralisia cerebral, concordam 
com os resultados obtidos na pesquisa, afirmando que em sua amostra, 100% dos 
cuidadores foram mulheres. 
Na pesquisa de Oliveira e colaboradores (2013), que teve por finalidade avaliar 
a QV dos cuidadores de pessoas com PC, foi possível observar que 100% dos 
participantes eram mães/pais, indo de encontro com os resultados obtidos no estudo 
que confirma o mesmo perfil em 92,9% da amostra. 
Em relação ao perfil educacional, 35,8% dos cuidadores apresentavam nível 
fundamental incompleto, enquanto 35,8% médio completo (Gráfico 2). Durante análise 
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5
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,3
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2 1
F E M I N I N O M A S C U L I N O M Ã E S P A I S A V Ó S
S E X O P A R E N T E S C O 
% N
16 
 
estatística bivariada entre os níveis de sobrecarga e a escolaridade dos cuidadores, 
foi possível observar que não houve correlação entre as duas variáveis (r=0,14890). 
Gráfico 2: Perfil da escolaridade dos cuidadores de portadores de PC submetidos ao 
estudo 
Fonte: Dados da pesquisa (2017) 
Almeida e colaboradores (2015), em um estudo qualitativo, de caráter descritivo 
e exploratório realizado com mães de portadores de PC contrapõem os dados obtidos 
na pesquisa, observando que 45,36% de sua amostra apresentou ensino médio 
completo e 36,36% fundamental completo. 
Em contrapartida, Almeida e colaboradores (2013), durante um estudo 
semelhante corroboram com os dados obtidos nesta pesquisa, apontando que 57,7% 
dos cuidadores possuíam nível fundamental incompleto e 17,9% médio completo. 
Referente ao campo socioeconômico, 57,2% dos cuidadores tinham em sua 
disposição apenas 1 salário mínimo, enquanto 37,7% possuíam renda de dois salários 
mínimos (Gráfico 3). Porém, quando analisados estatisticamente, não foram 
encontradas correlações entre os índices de sobrecarga dos cuidadores com maior e 
menor renda, ou seja, não existe correlação entre as duas variáveis (r=0,12458). 
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F U N D A M E N T A L 
I N C O M P L E T O
F U N D A M E N T A L 
C O M P L E T O
M É D I O 
I N C O M P L E T O
M É D I O C O M P L E T O S U P E R I O R
% N
17 
 
Gráfico 3: Perfil socioeconômico dos cuidadores submetidos a pesquisa em relação a 
renda e as horas de trabalho 
Fonte: Dados da pesquisa (2017) 
Lima, Cardoso e Silva (2016), em sua pesquisa com objetivo de avaliar a QV 
de cuidadores de pessoas com PC, observaram que a grande maioria não ultrapassou 
a renda de 1 a 2 salários mínimos. 
Concordando Marques e colaboradores (2016), em seu estudo com a finalidade 
de avaliar a sobrecarga emocional em cuidadores de crianças com paralisia cerebral, 
puderam observar que grande parte da amostra possuía renda de 1 a 2 salários, 
fazendo correlação com os resultados obtidos nesta pesquisa. Este fator pode estar 
relacionado com a dificuldade dos mesmos de conciliarem outras atividades da vida 
cotidiana com os cuidados aos indivíduos com a doença. 
Santos, Marques, Sousa (2017), apontam que 74% dos cuidadores não 
exerciam nenhuma forma de ofício, concordando com os achados desta pesquisa, 
que comprova que 78,5% não desempenhavam nenhuma profissão, se dedicando 
inteiramente ao portador da doença, os impedindo de exercer alguma atividade 
remunerada (Gráfico 3). 
Se relacionadocom o número de horas dedicada aos cuidados, 100% referiu 
que exerciam a tarefa de cuidador por mais de 15 horas por dia, razão que aponta que 
a carga de cuidado diária destes indivíduos vai além de suas possibilidades 
5
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,2
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1
2
1 S A L Á R I O M Í N I M O 2 S A L Á R I O S 
M Í N I M O S
A C I M A D E 3 
S A L Á R I O S M Í N I M O S
N E N H U M A 4 H O R A S
R E N D I M E N T O M E N S A L % P R O F I S S Ã O / O C U P A Ç Ã O R E M U N E R A D A
% N
18 
 
Se tratando do perfil dos portadores de PC, foi possível observar que 50% eram 
do sexo feminino, porém não foram encontradas correlações estatísticas entre o sexo 
do portador de PC e os índices de sobrecarga do cuidador (r=-0,4423). 
Coimbra e Muller (2017), contrapõe este achado, alegando em sua pesquisa 
que a maior prevalência de PC está no sexo masculino em 55% dos casos, fator 
justificado pelo maior índice de vulnerabilidade da criança nas mudanças pré e 
perinatais, podendo citar o baixo peso e prematuridade, que são fatores de risco para 
o surgimento da doença. 
Destes, 92,8% apresentavam o padrão espástico. Durante análise bivariada 
entre a sobrecarga e o tipo de PC, foi possível observar que não houve correlação 
estatística entre as duas variáveis (r=-0,04331). Se relacionado com o diagnóstico 
topográfico da lesão, manifestavam PC quadriplégica em 64,5% dos casos (Gráfico 
4), contudo não foram encontradas correlações estatística com o grau de sobrecarga 
dos cuidadores (r=-0,05998). 
Gráfico 4: Perfil dos indivíduos com PC de acordo com o tipo de paralisia e o 
diagnostico topográfico da lesão 
Fonte: Dados da pesquisa (2017) 
Gomes e Golin (2013), assentem com os achados da pesquisa, afirmando que 
em 58% dos casos o tipo mais comum de PC é a espástica, caracterizada por um 
quadro de fraqueza, paresia e hipertonia muscular. 
9
2
,8
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6
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,2
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9
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E S P Á S T I C A A T Á X I C A Q U A D R I P L É G I C A D I P A R É T I C A H E M I P L É G I C A N Ã O S A B E
T I P O D E P A R A L I S I A D I A G N O S T I C O T O P O G R Á F I C O 
% N
19 
 
Referente ao acompanhamento especializado, 92,8% dos cuidadores 
relataram que os indivíduos com PC recebiam atendimento médico. Se tratando do 
acompanhamento fisioterapêutico, 92,8% eram contemplados com consultas 
regulares. 
Fernandes e colaboradores (2013), expõem que o profissional da saúde é de 
fundamental importância na diminuição das sobrecargas nos cuidadores de doentes 
crônicos, mostrando que são diversos os benefícios de se orientar estes indivíduos, 
dentre eles se encontram a maior tranquilidade e minimização das sobrecargas 
associadas a difícil tarefa de se cuidar de um portador de PC. 
Quando perguntados a respeito dos conhecimentos sobre a PC, 50% dos 
cuidadores referiram ter domínio de entendimento razoável sobre a patologia, 
relatando conhecer o que é a PC, suas causas, e o tipo de paralisia dos indivíduos 
com necessidade de cuidados (Gráfico 5). 
Gráfico 5: Conhecimento dos cuidadores a respeito da paralisia cerebral 
 
Fonte: Dados da pesquisa (2017) 
Contrapondo, Santos e colaboradores (2010), afirmam em seu estudo que a 
grande maioria dos cuidadores 76,2% possuíam conhecimento sobre o diagnóstico 
clínico dos indivíduos com PC. 
Quando questionados a respeito do uso de materiais que facilitassem os 
cuidados diários aos portadores da patologia, 62,8% afirmaram utilizar. Dentre eles os 
instrumentos usados são cadeira de rodas, andador e cadeira de banho (Tabela 1). 
5
0
3
5
,2
1
4
,2
7
5
2
O Q U E É P C C A U S A S D A P C T I P O S D E P C
% N
20 
 
Tabela 1: Materiais facilitadores utilizados durante o cotidiano dos cuidadores 
 N % 
Cadeira de rodas 7 58,4 
Andador 4 33,3 
Cadeira de banho 1 8,3 
Fonte: Dados da pesquisa (2017) 
Coimbra e Muller (2017), citam em sua pesquisa que a demanda de recursos 
utilizadas em um indivíduo com PC são três vezes maiores se relacionadas com a de 
uma pessoa sem nenhuma necessidade especial. Reforçando o fato de que quanto 
menor o perfil socioeconômico, maiores serão as dificuldades relacionadas aos 
cuidados prestados para o portador da doença. 
Quando indagados a respeito dos obstáculos enfrentados nas tarefas do 
cotidiano, 28,5% alegaram nunca ter sentido nenhum contratempo, 43% referiram 
sentir dificuldades habitualmente durante o dia, enquanto 28,5% responderam sempre 
vivenciar problemas relacionados aos cuidados diários. 
Tabela 2: Principais dificuldades encontradas pelos cuidadores durante as atividades 
cotidianas 
 % N 
 Banho 37 7 
 Comida 36,8 7 
 Locomoção 21 4 
 Outros 5,2 1 
Fonte: Dados da pesquisa (2017) 
Marques e colaboradores (2016), citam que os fatores relacionados ao 
ambiente físico destes indivíduos são muitas vezes precários e sem adaptações, 
podendo citar a moradia e as condições de transporte, sendo classificadas de forma 
negativa. Porém, independente das dificuldades, os cuidadores apresentam 
perspectivas positivas e mesmo que os humanos com PC exijam de grande demanda 
de tempo, os mesmos demostram a capacidade de se adaptar a estas situações. 
Quando questionados a respeito das adaptações domiciliares, 71,3% da 
amostra referiu não possuir nenhum tipo de adequação, enquanto 28,7% relataram 
possuir banheiros e portas adaptadas (Tabela 3). 
21 
 
Tabela 3: Percentual das adaptações domiciliares 
 % N 
Banheiro 75 3 
Porta 25 1 
Dados: Fontes da pesquisa (2017) 
Rocha (2003), em seus resultados consente com os dados da pesquisa, 
afirmando que na grande maioria das vezes os cuidadores não dispõem de 
adaptações em suas moradias, como tamanho dos banheiros, banheiras sem 
adaptação e cadeiras de banho inadequadas, lhes gerando maior dificuldade nas 
execuções das tarefas do cotidiano. 
Em relação as queixas físicas associadas aos cuidados, 57,1% referiram sentir 
algum tipo de dor, na topografia das algias foram relatados incômodos na coluna 
torácica, coluna lombar e nos membros superiores, enquanto 42,9% declararam não 
sentir nenhum tipo de queixa físicas. 
Gráfico 6: Perfil das queixas físicas relatadas pelo cuidador 
Fonte: Dados da pesquisa (2017) 
Marques e colaboradores (2016), vão de encontro com os dados obtidos no 
estudo, relatando que a grande parte dos cuidadores possuem quadro de fadiga 
atenuada ao final do dia, dificultando os cuidados aos portadores de PC e as 
atividades relacionadas a vida doméstica. A topografia das dores pode estar 
5
8
,6
2
7
,2
1
4
,2
6
3 2
D O R E S L O M B A R E S D O R E S N A C O L U N A T O R Á C I C A D O R E S E M M M S S
% N
22 
 
relacionada com o grande stress físico vivenciado por estes indivíduos durante o 
cotidiano. 
Os resultados obtidos na escala de ZBI mostram que todos os cuidadores 
entrevistados apresentaram algum tipo de sobrecarga física, psicológica ou social. Da 
amostra 78,7% foram classificados com sobrecarga moderada à severa (Tabela 5). 
Tabela 4: Índices de sobrecarga dos cuidadores de portadores de PC a partir da 
escala ZBI 
 N % 
Moderada 1 7,1 
Moderada à severa 11 78,7 
Severa 2 14,2 
Fonte: Dados da pesquisa (2017) 
Os resultados de Ferreira e colaboradores (2015), divergem com os da 
presente pesquisa, afirmando que em seu estudo 61,3% da amostra apresentou 
índice de sobrecarga moderada e apenas 6,4% sobrecarga severa. Estes resultados 
podem estar relacionados com o faixa etária dos portadores de PC, que em sua 
grande maioria, 71,4%, tinhamidade igual ou menor que 14 anos. Mostrando que a 
maioria dos cuidadores, ainda passa por um processo de adaptação psicossocial, 
justificando os índices de sobrecarga. 
Quando questionados a respeito da própria percepção do grau de sobrecarga 
através da pergunta 22 da escala de ZBI, a grande maioria 57,9% relatou não sentir 
nenhum tipo de sobrecarga (Figura 7). Indo contra os resultados obtidos nos scores 
globais da ZBI durante a pesquisa, onde 78,5% foram classificados com sobrecarga 
modera à severa (Tabela 4). 
Gráfico 7: Percepção do cuidador a respeito da própria sobrecarga através da questão 
22 da ZBI 
23 
 
Fonte: Dados da pesquisa (2017) 
Padilha e colaboradores (2017), em seu estudo também utilizando a escala de 
ZBI, apresentaram scores similares aos encontrados na presente pesquisa. Afirmando 
que este fator pode estar associado ao vínculo afetivo entre cuidador e pessoas com 
deficiência, observando que a grande maioria dos cuidadores eram mães, e na grande 
parte das vezes, dificilmente admite que o filho seja um fardo, ou possa acarretar 
alguma sobrecarga em sua vida, gerando uma gratidão ao cuidar e abolindo qualquer 
prejuízo advindo da ocupação. 
 
5
7
,9
7
,1
3
5
8
1
5
N U N C A Q U A S E N U N C A A S V E Z E S
% N
24 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A difícil tarefa de cuidar de um indivíduo com paralisia cerebral acarreta 
diversas sobrecargas no cuidador primário. Durante o estudo pode-se notar que todos 
os entrevistados apresentavam algum nível de sobrecarga, variando entre moderada, 
moderada à severa e severa, porém estes índices não mostraram correlação com 
fatores do cuidador como idade, sexo, renda e escolaridade, tão pouco com sexo, 
idade, tipo de paralisia e diagnóstico topográfico da lesão dos indivíduos com PC. 
Pode-se observar que a grande maioria dos cuidadores não admite a presença 
de nenhum grau de sobrecarga, indo contra os scores obtidos na escala de ZBI. Este 
aspecto é fortemente influenciado pelo vínculo afetivo entre o cuidador e o portador 
de PC, que na maior parte das vezes, dificilmente admite que os indivíduos com 
necessidades de cuidados lhes gerem algum tipo de prejuízo. 
Desta forma, torna-se necessária a implementação de novas ações voltadas 
para a minimização dos índices de sobrecarga relacionas a tarefa de se cuidar de um 
portador de doença crônica, afim de contribuir para que o governo, instituições de 
saúde e os profissionais possam prestar uma melhor assistência a esse grupo de 
pessoas. 
Porém, este estudo apresenta limitações em relação a globalização de seus 
achados, vendo que a amostra submetida ao estudo foi pequena e limitada apenas a 
uma instituição. Deste modo, sugere-se a implementação de novas pesquisas com 
maior abrangência neste grupo de indivíduos, afim de estudar os diversos fatores 
desencadeadores destas sobrecargas, fomentando os dados a respeito da 
problemática estudada, trazendo consigo novas estratégias para minimização dos 
índices de sobrecarga relacionada aos cuidados de indivíduos com paralisia cerebral. 
 
25 
 
REFERÊNCIAS 
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466, de 12 de dezembro de 2012.2013. Disponível em: 
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STAVSKY, Moshe et al. Cerebral Palsy—Trends in Epidemiology and Recent 
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ZANON, Márcia Andreya; BATISTA, Nildo Alves. Qualidade de vida e grau de 
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(SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0103-05822012000300013. 
 
 
28 
 
APÊNDICE A - CARTA DE ANUÊNCIA PARA AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA 
Ilmoª Sr.ª. Prof.ª. Ma. Ana Paula Lima Deus Arrigeto 
 
Solicitamos autorização institucional para realização da pesquisa intitulada 
AVALIAÇÃO DOS ÍNDICES DE SOBRECARGA DE CUIDADORES DOS 
PORTADORES DE PARALISIA CEREBRAL, a ser realizada nos campos de estágio 
do curso de fisioterapia da Faculdade do Vale do Jaguaribe - FVJ, pelo aluno de 
graduação LUCIEUDO AMORIM MOURA, sob orientação da Prof.ª. Ma. CLAUDIA 
VAZ PUPO DE MELLO, com os seguintes objetivos: Mensurar os índices de 
sobrecarga de cuidadores dos portadores de paralisia cerebral; caracterizar o perfil 
destes cuidadores; verificar quais comprometimentos tem maior correlação com o 
aumento da sobrecarga no cuidador; ao mesmo tempo pedimos autorização para que 
o nome desta instituição possa constar no relatório final bem como em futuras 
publicações na forma de artigo científico. 
Ressaltamos que os dados coletados serão mantidos em absoluto sigilo de 
acordo com a Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS/MS) 466/12 que trata 
da Pesquisa envolvendo Seres Humanos. Salientamos ainda que tais dados sejam 
utilizados tão somente para realização deste estudo. 
Na certeza de contarmos com a colaboração e empenho desta Diretoria, 
agradecemos antecipadamente a atenção, ficando à disposição para quaisquer 
esclarecimentos que se fizerem necessária. 
 
Aracati, _______ de _____________ de ________. 
 
 
________________________________ 
Claúdia Vaz Pupo de Mello 
Pesquisador Responsável do Projeto 
 
 
( ) Concordamos com a solicitação ( ) Não concordamos com a solicitação 
 
 
 
___________________________ 
Profª. Ma. Ana Paula Lima Deus Arrigeto 
Coord. De Fisioterapia da FVJ – Faculdade do Vale do Jaguaribe 
 
29 
 
Digital 
APÊNDICE B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 
Caro (a) Sr (a), _________________________________________________ 
Meu nome é CLAUDIA VAZ PUPO DE MELO, sou fisioterapeuta e professora 
do Curso de Graduação em Fisioterapia da Faculdade do Vale do Jaguaribe e estou 
realizando, neste momento, uma pesquisa sobre “AVALIAÇÃO DOS ÍNDICES DE 
SOBRECARGA DE CUIDADORES DOS PORTADORES DE PARALISIA 
CEREBRAL” cujos dados serão coletados pelo acadêmico de Fisioterapia, Lucieudo 
Amorim Moura. 
Venho solicitar a participação voluntariada neste estudo, no qual será aplicado 
um formulário semiestruturado, contendo dados como: (idade, sexo, parentesco, 
profissão, renda, escolaridade, número de pessoas que residem na residência). 
Informações relacionadas patologia (conhecimento sobre a doença, diagnostico 
topográfico, acompanhamento fisioterapêutico e médico). Com relação ao cuidar 
(número de horas dedicadas ao cuidado, uso de materiais facilitadores). Para 
identificação das causas que levam a exaustão dos cuidadores, medindo a saúde, o 
bem-esta físico, psicológico e social desses indivíduos será utilizada a escala de 
Burden Interview (Zarit). 
Os benefícios desta pesquisa são a colaboração para o meio científico, 
aumento a base de dados a respeito da problemática estudada, mensuração dos 
graus de sobrecarga presente em cuidadores de portadores de PC, coletando dados 
sobre o perfil dos cuidadores e quais os fatores tem maior correlação com o nível da 
sobrecarga relacionado ao cuidado. O risco desta pesquisa são a exposição de dados 
pessoais, perda de prontuários, constrangimento. 
Caso aceite, o acadêmico de Fisioterapia Lucieudo Amorim Moura irá fazer a 
coleta de informações sobre a problemática e sobre os seus dados pessoais. O 
participante terá garantido o sigilo de todas as informações coletadas, bem como o 
direito de se desligar da pesquisa a qualquer momento, sem que isso lhe traga 
qualquer prejuízo e/ou despesa. 
Os dados serão apresentados no programa de iniciação científica da 
Faculdade do Vale do Jaguaribe-FVJ, respeitando o caráter confidencial das 
identidades. 
Caso precise entrar em contato comigo, informo-lhe meus dados: Nome: 
Cláudia Vaz Pupo de Mello; E-mail: zoclaudia@hotmail.com. Outras informações 
podem ser obtidas no Comitê de Ética e Pesquisa, pelo telefone. 
 
CONSENTIMENTO PÓS-ESCARECIMENTO 
Declaro que após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter 
entendido o que me foi explicado, concordo em participar da pesquisa. 
Aracati, _______ de ______________de _______. 
 
__________________________________________ 
Assinatura do responsável 
_________________________________________ 
Assinatura do pesquisador 
 
 
30 
 
APÊNDICE C – FORMULÁRIO SEMIESTRUTURADO 
INFORMAÇÕES PESSOAIS 
 
Nome completo: 
 
Idade: 
 
Sexo: Masculino ( ) Feminino ( ) 
 
Escolaridade: Fundamental Incompleto ( ) Fundamental Completo ( ) Médio 
Incompleto ( ) Médio Completo ( ) Superior ( ) 
 
Total de horas de trabalho diárias: 4 horas ( ) 8 horas ( ) Outras ( ) Quantas: 
 
Renda: 1 salário mínimo ( ) 2 salários mínimos ( ) Acima de 3 salários mínimos 
( ) 
 
Naturalidade: 
 
Número de pessoas na residência: Menos que 4 ( ) Mais que 4 ( ) Quantas: 
 
INFORMAÇÕES SOBRE O INDIVÍDUO COM NECESSIDADE DE CUIDADOS 
 
Sexo: Masculino ( ) Feminino ( ) 
 
Idade: 
 
Tipo de Paralisia Cerebral: Espástica ( ) Atáxica ( ) Discinético ( ) Mista ( ) 
Hipotônica ( ) 
 
Topografia da lesão: Quadriplegica ( ) Diparetica ( ) Hemiplegica ( ) 
 
Conhecimentos a respeito da (PC): Nenhum ( ) Razoável ( ) Muito ( ) Quais: 
 
31 
 
Acompanhamento médico: SIM ( ) NÃO ( ) Se sim quais: 
 
Acompanhamento fisioterapêutico: SIM ( ) NÃO ( ) Se sim quais: 
 
 
EM RELAÇÃO AO CUIDADO DIARIO 
 
 
Número de horas relacionadas ao cuidado: 4 horas ( ) 8 horas ( ) Acima de 15 
horas ( ) 
 
Uso de materiais facilitadores: Cadeira de rodas ( . ) Muleta ( ) Andador ( ) 
Órtese ( ) Outros ( ) Quais: 
 
Dificuldades nas atividades do cotidiano:Nunca ( ) Às vezes ( ) Sempre ( ) 
Quais: Locomoção do PC ( ) Banho do PC ( ) Alimentação do PC ( ) Outros: 
 
Queixas físicas em relação a atividade de cuidar: Sim ( ) Não ( ) 
Quais: Cabeça ( ) Coluna Cervical ( ) Coluna torácica ( ) Coluna lombar ( ) 
Membros superiores ( ) Membros Inferiores ( ) 
 
Condições de transporte da criança: Carro ( ) Ônibus ( ) Taxi ( ) Motocicleta 
( ) Bicicleta ( ) 
 
Adaptações domiciliares: Sim ( ) Não ( ) 
Quais: Banheiros Adaptados ( ) Pisos antiderrapantes ( ) Portas adaptadas ( 
) Corrimão ( ) Escada adaptada ( ) Carro adaptado ( ) Quarto adaptado ( ) 
Outros: 
 
 
32 
 
ANEXO A: ESCALA DE ZARIT BURDEN INTERVIEW

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