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EMERGÊNCIAS OBSTÉTRICAS Profa. Ana Carolina Araújo ENSINO CLÍNICO EM SAÚDE DA MULHER TEÓRICO SÍNDROMES HIPERTENSIVAS GESTACIONAIS Importância - Epidemiologia • Síndrome mais importante em Obstetricia; • Principal causa de mortalidade materna no Brasil (25,7%); (Ministério da Saúde, 2012) • Incidência: 10% das grávidas, principalmente primíparas; (Rezende, 2014) Fatores de Risco Primiparidade Histórico familiar PE em gestação anterior Obesidade Diabetes Melito Gestação múltipla Extremos de idade Nutrição inadequada Raça (RICCI, 2013) ETIOPATOGENIA DA PRÉ-ECLÂMPSIA 6 – 10 sem. PLACENTAÇÃO DEFEITUOSA HIPÓXIA PLACENTÁRIA DISFUNÇÃO ENDOTELIAL ISQUEMIA PLACENTÁRIA radicais livres, citocinas, lipoproteínas VASOESPASMO AUMENTO DA PERM. GLOMERULAR VASC. ALT. EXPRESSÃO ENDOTELIAL DE FAT. COAGULAÇÃO HIPERTENSÃO PROTEINÚRIA COAGULOPATIA Fisiopatologia • ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES • ALTERAÇÕES RENAIS – PROTEINÚRIA • • ALTERAÇÕES UTEROPLACENTÁRIAS: •diminuição de 40-60% na circulação uteroplacentária; Fisiopatologia • ALTERAÇÕES HEPÁTICAS (HELLP): • Necrose hemorrágica do tipo periportal; • Aumento das enzimas hepáticas; • Dor no QSD; Fisiopatologia • ALTERAÇÕES CEREBRAIS: • Vasosespasmo cerebral; • Encefalopatia hipertensiva • Barotrauma • Edema cerebral • Distúrbios visuais • Amaurose (cegueira) é rara; • Descolamento da retina unilateral convulsão Fisiopatologia • ALTERAÇÕES HIDROELETROLÍTICAS: EDEMA Face Mãos MMII Fisiopatologia • ALTERAÇÕES FETAIS: CIUR Sofrimento Fetal Oligodramnia HIPERTENSÃO GESTACIONAL PRÉ-ECLÂMPSIA SOBREPOSTA HIPERTENSÃO CRÔNICA PRÉ-ECLÂMPSIA ECLÂMPSIA < 20ª SEMANA SEM PROTEINÚRIA PA NÃO NORMALIZA NO PUERPÉRIO PA ≥ 140 x 90 mmHg Hipertensão Crônica PA ≥ 140 x 90 mmHg > 20ª SEMANA PA NORMALIZA NO PUERPÉRIO AUSÊNCIA DE PROTEINÚRIA Hipertensão Gestacional • 15-25% evoluem para pré-eclâmpsia > 20ª SEMANA PROTEINÚRIA ≥ 300mg/24h (1+) PA NORMALIZA NO PUERPÉRIO PA ≥ 140 x 90 mmHg Pré-Eclâmpsia • < 20 semanas: desconfiar de DTG SEM OUTRAS CAUSAS DE CONVULSÃO PRÉ-ECLÂMPSIA CONVULSÕES TÔNICO-CLÔNICAS seguida de COMA Eclâmpsia • 50% na gravidez – 25% no parto – 25% no puerpério IMEDIATO (maioria, nas primeiras 24h) • Sinais premonitórios: cefaleia frontal (60 – 70%) e distúrbios visuais (20 – 30%) APARECIMENTO OU PIORA DA PROTEINÚRIA TROMBOCITOPENIA (plaquetas <100.000/mm3) ELEVAÇÃO DAS ENZIMAS HEPÁTICAS É o surgimento de PE em mulheres com HC ou doença renal Pré-eclâmpsia Sobreposta à HC • 10-25% das hipertensas crônicas • Podem surgir: Formas Clínicas GESTANTE COM PA ≥ 140X90mmHg < 20 SEMANAS > 20 SEMANAS Proteinúria ausente ou estável Hipertensão crônica Proteinúria Proteinúria ausente Pré- eclâmpsia Hipertensão gestacional Formas Clínicas Leve Grave (REZENDE, 2011) Formas Clínicas: Síndrome HELLP “H” hemolysis “LP” low platelets “EL” elevated liver enzimes DHL ≥ 600 UI/l Esfregaço exibindo eritrócitos destruídos TGO/TGP ≥ 70 UI/l Bilirrubina ≥ 1,2mg/dl Plaquetas: < 100.000/mm³ Síndrome HELLP • 20% dos casos de PE grave; • Mortalidade materna – até 24% • Mortalidade perinatal – até 20% (REZENDE, 2011) (Martin et al., 2006) Eclâmpsia • Convulsão em mulheres com pré- eclâmpsia; • Letalidade – 1,8%; • Leva à morbidade materna: • CIVD(7-11%), • DPP (7-10%), • HELLP(10-15%), • EAP(3-5%), IRA(5-9%), • pneumonia aspirativa(2-3%), • falência cardiopulmonar(2-5%). ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Anamnese Exame Físico Diagnósticos de Enfermagem Intervenções Investigação dos sintomas Exame Físico • VERIFICAÇÃO DA P.A. • Sentada, com os pés apoiados no chão, por 2-3 minutos; • Verificar no mesmo braço (direito); • Esfingnomanômetro de mercúrio (padrão ouro) (Brown et al., 2000) Exame Físico • AVALIAÇÃO DO EDEMA: EDEMA Face Mãos MMII (REZENDE, 2011) Conduta - HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA • Monitorar PA domiciliar • Evitar ganho excessivo de peso e reduzir a ingesta de sódio (máximo de 2,4g/dia); • Exercício físico moderado; • Anti-hipertensivos: se PAS estiver ≥ 150 mmHg e a PAD 90-100 mmHg: • Metildopa 250mg, 2 vezes ao dia, máximo de 2g/dia • Nifedipina 10-20mg VO a cada 4-6h (máximo de 180mg/dia) Fluxograma de conduta • Protocolo clinico, MEAC Intervenções de Enfermagem PRÉ-ECLAMPSIA LEVE e HIPERTENSÃO GESTACIONAL • Tratamento ambulatorial com consultas semanais: avaliar sintomas; • Dieta normossódica; • Anti-hipertensivos nos picos pressóricos; • Avaliação laboratorial quinzenal; • Interromper a gestação apenas se ocorrer comprometimento da vitalidade fetal e/ou materna ou quando atingir IG de 37 semanas. • Avaliação da vitalidade fetal: • Avaliar crescimento fetal e volume do líquido amniótico • Mobilograma • Cardiotocografia semanal • Dopplerfluxometria quinzenal a partir de 28 semanas Fluxograma de conduta Intervenções de Enfermagem • Internação da paciente e estabilização do quadro clínico; • Controle rígido da pressão arterial (PA) e dos sintomas; • Verificar a P.A. paciente a cada 15 minutos até estabilização (RCOG, 2006); • Verificar a P.A. paciente a cada 4 horas após estabilização (RCOG, 2006); • Manter a P.A.S < 160mmHg e a P.A.D < 110mmHg; • Investigar a gestante quanto a presença de sintomas de gravidade; Intervenções de Enfermagem - PRÉ- ECLAMPSIA GRAVE • Cateterismo venoso e vesical; • Avaliação da vitalidade fetal: USG obstétrica com doppler; • Corticoide até 36 semanas e 6 dias; • Restringir fluidos mesmo na presença de oligúria: evitar EAP (máx. 80ml/h) • Realizar CTG; • Iniciar sulfatoterapia e avaliar parâmetros clínicos para suspensão da droga. Controle dos Picos Pressóricos - pré- parto e puerpério imediato • Ataque (manter PAS < 150 e PAD entre 80 e 100mmHg): • 1ª ESCOLHA: Nifedipina: 20mg, 1 comprimido VO, a cada 20min, se, PAS≥160mmHg e/ou PAD≥110mmHg – máx. 3 doses. • OBS.: Persistindo os picos após 20 min da terceira dose de Nifedipina, administrar droga de segunda escolha. • 2ª ESCOLHA: Hidralazina: 5 mg EV (até 20mg), em bolus, lentamente 1-2min, repetida a cada 20min. (diluir 1 ampola de 20 mg em água destilada – 20 ml – e aplicar 5 ml). • A queda na pressão sanguínea começa dentro de 10 a 30 minutos e dura de 2-4h. Sulfatoterapia • MgSO4 é o anticonvulsivante de escolha tanto no tratamento como profilaxia das convulsões (Rezende, 2011); • Reduz em mais de 50% o risco de eclâmpsia (Duley et al., 2008); DOSE DE ATAQUE: 4 - 6 g EV, dose única (diluir 8 – 12 ml da solução a 50% em 100 ml de soro glicosado a 5% e ministrar, com bomba de infusão, em 30 minutos). DOSE DE MANUTENÇÃO: 1 a 2 g por hora, EV (diluir 12 - 24 ml da solução a 50% em 480 ml de soro glicosado a 5% e ministrar com bomba de infusão 28gts/min ou 84ml/h) Sulfatoterapia • Parâmetros clínicos para suspensão da droga: (Protocolo Clínico MEAC, 2015) Reflexo tendinoso ausente Diurese < 30 ml/hora Respiração ≤ 16 mov./min ANTÍDOTO: GLUCONATO DE CÁLCIO - 1g (10ml) EV, em 10 minutos. Intervenções de Enfermagem • Instalar SVD; • Manter grades laterais do leito levantadas; • Evitar estímulos visuais na enfermaria; • Avaliar sinais de intoxicação por MgSO4 • Elevar MMII • Verificar sinais esintomas de iminência de eclampsia; • Avaliar BCF e outros sinais de SF Intervenções de Enfermagem EM CASO DE ECLÂMPSIA: • Assegurar ou estabelecer vias aéreas livres e suprir oxigenação; • Inserir protetor de língua entre os dentes; • Colocar a paciente em decúbito lateral; • Monitorizar a paciente – O2, P.A. • Iniciar sulfatoterapia; • Instalar SVD; • Puncionar acesso calibroso; • Auscultar BCF´s • Monitorar movimentação fetal SÍNDROMES HEMORRÁGICAS INTRODUÇÃO • Entre 10 a 15% das gestações apresentam hemorragias; • Representam riscos de complicação gestacional com consequências para a mãe e para o feto; • Tríade da morte: causas hipertensivas, hemorrágicas e infecciosas; 42 Hemorragia • Aumento do volume sanguíneo na gestação: • Atender as demandas metabólicas da mãe e do feto • Proteger contra o dano causado pelo retorno venoso prejudicado • Proteger a mãe contra as hemorragias no parto. 43 Danos Mãe Hipovolemia Anemia Trabalho de parto e parto prematuro Feto Aporte de oxigênio diminuído Metrorragia: perda sanguínea, de origem corporal, fora do período menstrual. 1° sinal de distúrbios gestacionais. Verificar quantidade, aspecto e frequência. Considera-se mais sério o sangramento: precoce; de longa duração; escuro (do tipo borra de café). Hemorragia 44 45 Hemorragias Hemorragias gestacionais 1ª metade da gestação Abortamento Gravidez ectópica Doença trofoblástica gestacional (mola hidatiforme) Descolamento corioamniótico 2ª metade da gestação Descolamento prematuro de placenta (DPP) Placenta prévia (PP) Vasa prévia Rotura uterina As mais importantes situações hemorrágicas gestacionais* são: *Classificação de acordo com o Manual Técnico de Gestação de Alto Risco do Ministério da Saúde, 2012 46 Hemorragias na primeira metade da gestação 47 Abortamento abortamento Definição: expulsão do ovo antes de 20-22 semanas gestacionais ou com peso menor que 500g; • Classificação quanto ao tempo: • Precoce - até a 13ª semana • Tardio - entre 13ª e 22ª semana Pode ser espontâneo ou provocado. Cerca de 50% dos abortamentos são subclínicos - podem ser confundidos com a menstruação. Cromossomopatias: responsáveis por 50-60% dos abortamentos antes de 15 semanas gestacionais. 48 abortamento FATORES DE RISCO Idade materna avançada - mais importante fator de risco (35 anos - 20%, 40 anos - 40%, 45 anos - 80%). Paridade: 5% primíparas. 14% multíparas. Abortamento prévio. Cariótipo anormal do casal: Quando presente é o fator de risco mais importante. Tabagismo – alcoolismo, drogas ilícitas. Índice de massa corpórea 25 kg/m2 . 49 Formas clínicas de abortamento • Ameaça de abortamento; • Abortamento inevitável; • Abortamento completo; • Abortamento incompleto; • Abortamento infectado; • Abortamento retido; • Abortamento habitual. 50 Formas clínicas de abortamento • Ameaça de abortamento: é a ocorrência de sangramento uterino com a cérvix fechada sem eliminação de tecidos ovulares; • Abortamento completo: quando a totalidade do conteúdo uterino foi eliminada; • Abortamento incompleto: quando apenas parte do conteúdo uterino foi eliminado; • Abortamento inevitável: quando há sangramento e dilatação cervical mas ainda não ocorreu eliminação de conteúdo uterino. 51 Formas clínicas de abortamento • Abortamento retido: quando ocorre a morte do embrião ou feto e o mesmo permanece na cavidade uterina, sem ser eliminado. De uma maneira geral o colo se encontra fechado, podendo ocorrer leve sangramento; • Abortamento infectado: é o processo de abortamento acompanhado de infecção genital, tais como endometrite, parametrite e peritonite; • Abortamento habitual: perdas espontâneas e sucessivas de três ou mais gestações. 52 Exame especular: afasta outras causas ginecológicas; fragmentos placentários no canal vaginal. Toque ginecológico: geralmente não é esclarecedor; permite verificar a permeabilidade do colo. Ultrassonografia: • Em caso de dúvida usada para o diagnóstico de certeza. • Avaliação das condições do saco gestacional (com ou sem descolamento) e do embrião (com ou sem batimentos). 53 abortamento abortamento • Avaliação inicial • Tipo e localização da dor • Quantidade e natureza do sangramento • DUM • Sinais vitais • Gestações anteriores • Alergias • Estado emocional • Ultrassonografia 54 Condutas: Repouso relativo; Suspensão de atividade sexual; Tranquilizar a paciente; Se cólicas: antiespasmódicos e analgésicos por tempo limitado; Podem ser utilizados tranquilizantes ou sedativos em baixas dosagens; Aspiração Manual Intra-Uterina (AMIU) ou curetagem; Administração de ocitocina, para expulsão do ovo, ou prostaglandinas (misoprostol); Reposição de volume (sangue, solutos; Antibióticos. 55 abortamento Aspiração manual intra-uterina (AMIU) 56 curetagem 57 • Procedimento para evacuação uterina: + Cureta metálica; + Espéculo; + Necessidade de sedação da paciente; • Insuficiência cervical • A cérvice não se mantém cerrada. • Geralmente precedida por histórico de trauma cervical. • Tratamento: cerclagem uterina. 58 Abortamento habitual 59Forma clínica Hemorragia Dores Eliminações Febre Útero (com relação a IG) Colo Ameaça de abortamento Pequena, coloração viva ou escura Fracas - - Proporcional Fechado Abortamento inevitável Média, sangue rutilante Médias e ritmadas - - Proporcional Entreaberto Abortamento completo Pequena ou inexistente Discretas ou inexistentes Concepto e anexos - Menor Entreaberto após a expulsão, fechado a seguir Abortamento incompleto Abundante, com fragmentos do ovo Médias ou intensas Parte do ovo - Menor; maior que no abortamento completo Entreaberto Abortamento infectado Pequena, com fragmentos do ovo, corrimento Intensas e contínuas Variável Sim Variável; amolecido, mobilidade reduzida; exame doloroso. Geralmente, entreaberto Abortamento retido Pequena ou inexistente - - - Menor Fechado 60 Gravidez ectópica • O ovo se implanta fora do útero. • Tuba uterina (+ comum) • Ovários • Abdômen • Colo do útero 61 Gravidez ectópica • Sintomas: amenorreia seguida de sangramento e dor. • Ultrassonografia: diagnóstico diferencial com abortamento. • Laparoscopia: sintomatologia sugestiva com ultrassonografia inconclusiva. • HCG - exame positivo confirma gravidez, embora não determine a sua localização. 62 Gravidez ectópica • Causas: • Doença inflamatória pélvica (DIP) • Causa modificações tubárias. • Um episódio de DIP aumenta em 6 vezes a possibilidade de gravidez ectópica. • Hipertransmigrações • Prolongação do trajeto do ovo 63 Gravidez ectópica • Causas: • Endometriose • Cicatrizes cirúrgicas • Malformações tubárias • Gestação Ectópica Prévia; • Cirurgia Tubária Prévia; • DIU • Não protege da gravidez ectópica como protege da gravidez intra- uterina. 64 Gravidez ectópica • Tratamento: • Cirúrgico • Laparotomia • Videolaparoscopia • Salpingectomia / Salpingostomia linear • Médico • Metotrexato (MTX) • Expectante 65 Gravidez ectópica Doença trofoblástica gestacional (mola hidatiforme) 66 • Outras denominações:• Neoplasia trofoblástica gestacional benigna • Mola hidatiforme • Representa um tumor funcionante, produtor de gonadotrofina coriônica humana (hCG). • A recidiva não é comum. • Aparência: pequenas vesículas translúcidas, com líquido claro- semelhantes a “cachos de uva” ou “hidátides”. 67 Doença trofoblástica gestacional • Sintomas: • Hemorragia precoce, indolor, sem causa aparente, de repetição, intensidade progressiva. • Emissão de vesículas (sinal patognomônico). • O aparecimento de hipertensão gestacional antes de 24 semanas é sugestivo de DTG. • Hiperêmese gravídica; • Tamanho uterino maior do que esperado para a idade gestacional; • “Útero em sanfona”; • Cérvice amolecida; • Aumento dos ovários – cistos; • Evolui para o abortamento. 68 Doença trofoblástica gestacional • Tratamento: • Dilatação e esvaziamento uterino • Histerectomia • Seguimento para identificar malignização (clínica, ultrassonográfica, radiológica, hormonal). • Investigação de metástases • Mais comum: pulmões e vagina. • Quimioterapia • Radioterapia (metástase cerebral) 69 DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL (NTG) DESCOLAMENTO CORIOAMNIÓTICO “Sangramento genital de pequena monta após descolamento cório-amniótico” • Quadro Clínico • Hemorragia discreta • Não representa alto risco materno/ovular • Diagnóstico por USG • Conduta: • Repouso • Tranquilizar a paciente • Esclarecer suas dúvidas 70 71 Hemorragias na segunda metade da gestação 72 Descolamento prematuro da placenta (DPP) Descolamento prematuro da placenta (DPP) • Separação da placenta implantada no corpo do útero, antes do nascimento do feto com IG superior a 20 semanas. • Causas: • Hipertensão materna (50% dos casos de DPP) • Fator mecânico • Traumatismo • Brevidade do cordão • Torção do útero gravídico • Hipertensão na veia cava inferior 73 a) Hematoma retroplacentário b) Hemorragia externa c) Hemoâmnio d) Prolapso da placenta 74 DESCOLAMENTO PREMATURO DA PLACENTA (DPP) • Mais da metade da placenta descolada – morte fetal. • Hematoma retroplacentário + hemorragia externa • Dor + sangramento. • Pode surgir um quadro de anemia. • Sofrimento fetal • Diagnóstico diferencial de placenta prévia. 75 DESCOLAMENTO PREMATURO DA PLACENTA (DPP) • Grau I – Leve • Indolor • Hemorragia de causa incerta • Não há sofrimento para a mãe e para o bebê • Grau II – Intermediário • Concepto vivo • Sinais clássicos de DPP • Sofrimento fetal • Grau III – Grave • Óbito fetal • Podem ocorrer distúrbios de coagulação ou não • Mulher em choque 76 DESCOLAMENTO PREMATURO DA PLACENTA (DPP) • Tratamento: 77 DESCOLAMENTO PREMATURO DA PLACENTA (DPP) 78 Placenta prévia (PP) Placenta prévia (PP) • A placenta que se implanta total ou parcialmente no segmento inferior do útero após 28 semanas. 79 Placenta prévia marginal Placenta prévia parcial Placenta prévia total Placenta prévia (PP) • Fatores relacionados: • Paridade • Idade avançada • Abortamento anterior • Cirurgias ginecológicas • Gravidez gemelar • Malformações fetais 80 Placenta prévia (PP) • Quadro clínico • Hemorragia indolor. • Durante o parto, a hemorragia cresce com a dilatação. • Podem permanecer restos placentários após o parto. 81 Placenta prévia (PP) • Tratamento • Conduta expectante • Antes de 37 semanas • 72 horas de observação sem apresentar sangramento • Quadro hemodinâmico estável • Feto em boas condições de vitalidade • Seguimento clínico semanal • Antes de 34 semanas utilizam-se corticóides para amadurecer os pulmões do feto. 82 Placenta prévia (PP) • Tratamento • Conduta ativa • Depois de 37 semanas • O feto estando maduro, indica-se a cesárea, quase como via de regra. • Reposição da volemia 83 Placenta prévia Descolamento prematuro da placenta Indolor Dor forte Hemorragia externa, sangue vermelho vivo Hemorragia interna e depois externa, sangue escuro Primeira hemorragia normalmente moderada Primeira hemorragia grave Hemorragia de repetição Hemorragia geralmente única Hemorragia inesperada, sem causa aparente Hemorragia vinculada a toxemia ou traumatismo Anemia (hemorragias) Anemia não relacionada as hemorragias Útero amolecido, tono normal Útero hipertônico Contorno uterino conservado Útero engrandecido (hematoma retroplacentário) BCF presentes BCF presentes ou ausentes Cardiotocografia normal Cardiotocografia anormal Exame de urina normal Proteinúria 84 85 Rotura uterina Rotura uterina • Pode ocorrer na gravidez ou no parto. • Mais comum em úteros cesareados. • Causas: • Traumas sobre o ventre • Manuseio da cavidade uterina (principalmente para fins abortivos) • Rompimento de cicatrizes anteriores 86 • Confirma-se o diagnóstico por laparotomia • Sintomas: • Dor forte • Hemorragia interna • Irritação peritoneal • Sangramento vaginal • Choque Tipos: • Espontânea • Provocada 87 Rotura uterina • Tratamento • Laparotomia imediata • Histerectomia • Antibioticoterapia profilática • Hemotransfusão 88 ROTURA UTERINA 89 Vasa Prévia Vasa Prévia “Sangramento dos vasos sanguíneos fetais que atravessam as membranas amnióticas passando pelo orifício interno do colo”. • Associada a inserção anormal dos vasos fetais dentro das membranas; • Causa rara de hemorragia; • A perda sanguínea é de origem fetal - urgência do diagnóstico; • Altas taxas de mortalidade fetal - ao redor de 50%. 90 Vasa Prévia • O sangramento tem início no momento da rotura das membranas; • O diagnóstico pré-parto é difícil; • USG com Doppler colorido pode detectar a vasa prévia no anteparto e deve ser considerada em gestantes de alto risco; • Conduta: + Cesárea de urgência 91 REVISANDO SHEG... • Etiologia • Fisiopatologia • Classificação • Tratamento • Cuidados de enfermagem Exercícios de fixação sínd. hemorrágicas 1. Quais as hemorragias prevalentes na primeira e na segunda metade da gestação? 2. Cite os tipos de aborto. 3. O que é gravidez ectópica e onde pode se localizar? 4. Quais sinais da doença trofoblástica gestacional? 93 5. O que é DPP, quais suas causas e sinais e sintomas? 6. O que é placenta prévia, seus tipos e sinais e sintomas? 7. Diferencie DPP de PP. 8. Defina e cite as possíveis causas de rotura uterina. 9. O que é vasa prévia? 94 Exercícios de fixação sínd. hemorrágicas • MONTENEGRO, C. A. B.; REZENDE FILHO, J. Obstetrícia Fundamental. 13 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. • Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico – 5. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2012. • RICCI S S. Hipertensão gestacional; In: Enfermagem materno-neonatal e saúde da mulher; Tradução: Maria de Fátima Azevedo – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p.456-64, 2013. • Protocolos Clínicos Maternidade Escola Assis Chateaubriand, 2015. REFERÊNCIAS
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