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FEB Roteiro Avalicao

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FORMAÇÃO ECONOMICA BRASILEIRA
A. A ocupação das terras coloniais e a indústria do açúcar
1 – Explique a descoberta e a ocupação das terras americanas como um evento decorrente da expansão econômica europeia.
R: Com a expansão do comércio por rotas marítimas, ocorreu descobertas das américas pela Espanha e Portugal em busca de especiarias e metais preciosos, como houve uma entrave de invasões turcas na rota para nas linhas orientais , que era onde eles obtinham mercadorias de qualidade e manufatura, ocorreu uma revolução comercial com a nova rota para as índias, que resultou em grande circulação de metais nobres que inflacionou a economia que aumentou lucros, fortaleceu a burguesia, com a criação de bancos e papel-moeda para facilitar as transações comerciais.
2 – Identifique e explique as razões contribuíram para a não ocupação imediata das terras brasileiras pelos portugueses. Do mesmo modo, quais razões os levaram a iniciar a ocupação da nova colônia. 
R: Após Vasco da Gama em 1498 ter chegado nas índias ele empenhou-se em expandir e fortalecer o rico comércio das especiarias orientais da Ásia e deixou as terras brasileiras a mercê de aventureiros interessados em lucrar com a extração do pau-brasil. Com a redução de lucros das especiarias por causa dos gastos para manter os domínios português na África e na Ásia. Então Portugal se interessa em retomar a colonização na terra brasileira, com as informações que haviam encontrado ouro e prata nas terras americanas espanholas, enquanto não era localizado os metias preciosos, eles optaram pela monocultura canavieira sistema de capitanias hereditárias.
3 – Sob quais pretextos outras potências europeias do século XVI reivindicavam a divisão do extenso território recém-descoberto por Espanha e Portugal?
R: Com as navegações portuguesas e espanholas, as terras passaram, ao domínio da Espanha e Portugal .As monarquias europeias se centralizavam entre a burguesia e o rei, o oceano Atlântico era o domínio inglês, Francês e holandês, que começa a disputar pelos pioneiros ibéricos, eles reivindicaram futuramente por causa do comercio pelo pacto colonial por que a colônia poderia apenas comercializar de sua metrópole que era Portugal e Espanha , pois isto as potências europeias queria uma parte do território para comercializar.
4 – Quais foram as principais dificuldades encontradas para o início da ocupação das terras brasileiras? Qual foi o sistema adotado pelos portugueses para realizar a ocupação e por quê? Por quais razões Portugal optou pela produção do açúcar?
R: A dificuldade enfrentada para a ocupação das terras brasileiras foi a busca do ouro por Portugal, ocorrendo um novo ramo comercial para os portugueses que foi a produção de açúcar que era uma especiaria caríssima com auxílio da burguesia holandesa que financiava e distribuía o açúcar.
5 – Explique por que, se não fosse a produção de açúcar, Portugal provavelmente não teria sustentado o processo de colonização das terras brasileiras.
R: Por que a concorrência entre países europeus estavam grande e eles não tinham muitas riquezas como antes pois tinham gatos com as terras africanas e asiáticas, estavam em busca de um novo negócio para suprir as necessidades portuguesas, um dos motivos dos holandeses terem entrado no negócio com empréstimos e a administração da economia do açúcar. 
6 – Apresente e comente resumidamente os fatores do êxito da empresa agrícola colonial. Quais fatores concorreram para o estabelecimento do monopólio do açúcar português? 
R: O êxito da empresa agrícola colonial foi o conhecimento já adquirido por usineiros portugueses e comerciantes oriundos de ilhas do atlântico, com o auxílio dos holandeses que faziam o financiamento à produção, refino do açúcar, fornecimento de escravos e o sistema de transporte holandês altamente desenvolvido, com a organização do mercado na Europa também. Com a exclusividade da extração de ouro e prata os Espanhóis não se interessaram pelos negócios açucareiros deixando o monopólio para os Portugueses, com os conhecimentos do regime escravista Portugal opta por escravos importados, pois sairiam mais barato que a mão-de-obra assalariada, além do solo e clima favoráveis.
7 – Se o negócio açucareiro contasse com a concorrência espanhola, provavelmente, qual teria sido o futuro da economia do açúcar no Brasil? 
R: Portugal não teria o monopólio do açúcar, pois a condição da Espanha era mais favorável, pelo grau de riqueza da época, pela localização e a mão de obra mais qualificada como furtado mencionou “ que seria muito maior as dificuldades enfrentadas pela empresa portuguesa para vencer” pois a colonização espanhola era mais evoluída.
8 – Por que os espanhóis não tiveram interesse em ingressar no negócio açucareiro? 
R: O espanhol voltou-se exclusivamente para a extração de metais preciosos; que era mais lucrativo para eles naquele período.
9 – Quais vantagens os espanhóis poderiam levar sobre os portugueses, caso resolvessem também entrar nesse negócio? (Considere, neste caso, as circunstâncias relativas à extração do ouro americano).
R; A Espanha tinha maior condição de investimento no açúcar, com a localização na Europa privilegiada e mão de obra qualificada.
10 – Quais foram as consequências mais sérias da descoberta do ouro para o desenvolvimento de uma estrutura produtiva espanhola e para o próprio futuro do país como potência?
R: Ocorreu Desmensurarão do Estado, grande número de pessoas inativas, vivendo de subsídios do governo, inflação crônica em toda Europa, desestímulo ao surgimento de atividades produtivas, desvalorização na sociedade e política da classe ligada a atividades produtivas.
11 – Por quais motivos os colonizadores optaram pela mão de obra escrava africana e não pela indígena, na empresa açucareira? A escravidão indígena existiu no Brasil, mesmo assim? Quando, onde e por quê?
R: A opção de mão-de-obra escrava decorreu do fracasso da escravidão, escravidão indígena na lavoura da cana-de-açúcar e da inviabilidade da imigração europeia nesse momento histórico.
12 – Em função de qual contexto histórico e por quais razões os holandeses – antes parceiros dos portugueses na exploração da indústria açucareira – resolveram invadir o nordeste brasileiro?
R: Com as guerras entre os holandeses e espanhóis, a guerra dos oitenta anos, a guerra dos trinta anos e a união ibérica. Com estas desavenças a Holanda torna-se uma inimiga da Espanha sendo impedida de comercializar em qualquer possessão espanhola. Como Portugal e Holanda participaram da economia do açúcar os holandeses passam a assaltar possessões portuguesas na África, na Ásia e invadem, tentando romper o bloqueio espanhol ao comércio de açúcar
13 – Durante o período de invasão do nordeste brasileiro, os holandeses assumiram o negócio açucareiro. Quais foram as consequências da invasão e o subsequente estabelecimento dos holandeses na região das Antilhas para o negócio do açúcar e, consequentemente, também para as finanças da coroa portuguesa? 
R: A invasão dos holandeses no nordeste brasileiro para assumir o mercado do açúcar sem a participação de Portugal trouxe lucros por uma década, porém 1654 os holandeses foram expulsos do Brasil, após anos de guerra e conflitos. Com todo conhecimento adquirido os holandeses levaram para as Antilhas a produção do açúcar, em que tinham mais vantagens da localização do hemisfério norte a nova tecnologia de plantation. A a renda real reduziu e houve a quebra de monopólio brasileiro, e a decadência da Coroa Portuguesa.
14 – A União Ibérica (1580-1640) resultou da anexação de Portugal pela Espanha. Ao final do período, porém, Portugal reconquistou sua independência. A partir de 1640, Portugal saiu enfraquecido econômica e politicamente. Após separar-se da Espanha, quais foram as decisões que Portugal teve que tomar para se manter uma potência colonial? Por que os portugueses tiveram que fazer sua opção?
R:No século XVII Portugal está enfraquecido foi obrigado a abrir seus portos em 1641 para Holanda, Inglaterra e França. Em troca de proteção Portugal firma um Contrato Comercial com a Inglaterra, em 1654, Oliver Cromwell, então lorde protetor da Inglaterra, impôs um novo tratado para Portugal, os Tratado de Methuem (Tratado dos Panos e Vinhos), que definiu a política portuguesa entre século XVII ao XIX. 
15 – Compare as características da colonização francesa e inglesa das Antilhas e da colonização inglesa da América do Norte. Por que na primeira região desenvolveu-se a colonização de exploração e, na segunda, a colonização de povoamento?
R: A ocupação do ingleses e Franceses foi objetivo de Popular as Antilhas por causa das Guerras eles se refugiaram na região, e começaram a economia de subsistência produziam café, algodão, o anil e o fumo , baseando-se no sistema de pequena propriedade , enquanto que os holandeses vieram com viés de exploração já que haviam sidos expulsos do Brasil pois estavam com a produção de açúcar em terras invadidas, então eles aproveitaram todo conhecimento no mercado de açúcar para ampliar a economia nas Antilhas e começaram a exportar estimulando o desenvolvimento das colônias ingleses e da América do norte.
16 – Por que fracassaram as tentativas de implantação de colônias de povoamento nas Antilhas? Qual foi a alternativa encontrada após esse fracasso? 
R: O século XVII foi uma etapa de grandes transformações sociais e de profunda intranquilidade política e religiosa nessas ilhas. Nos três quartos de século que antecederam o Toleration Act de 1689, a intolerância política e religiosa deu origem a importantes deslocamentos de população dentro das ilhas e para o exterior.  A alternativa que eles acharam para a economia do local foi comercializar os mesmos produtos que tinha na Europa, a produção de artigos compatíveis com o regime de pequena propriedade agrícola como o café, o algodão e o fumo, permitia que as companhias colonizadoras realizassem lucros substancias, ao mesmo tempo que os governos das potências expansionistas França e Inglaterra.
Bibliografia recomendada:
FURTADO, C. Formação econômica do Brasil. Cap. 1-7
MENDONÇA, M. G.; PIRES, M. C. Formação econômica do Brasil. Cap. 3-7
B. A economia escravista mineira
17 – Explique a situação econômica da coroa portuguesa, no fim do século XVII, às vésperas da descoberta de ouro no Brasil. Qual era o tipo mais comum do ouro encontrado no Brasil?
R: Com a proteção dos Ingleses, Portugal tornou-se subordinado aos interesses britânicos. A dependência portuguesa da Inglaterra era tão extrema que nem mesmo a riqueza proporcionada pela exploração do ouro, preta e pedras preciosas na colônia teria o poder de mudar tal condição, o tipo mais comum de ouro encontrado no Brasil era o ouro de aluvião é encontrado na areia, argila, cascalho etc. provenientes de erosão e que são transportados e depositados por correntes de água no leito ou na beira dos rios
18 – Caracterize as dimensões dos empreendimentos (unidades produtivas) na atividade mineradora. Qual era o perfil sócio-econômico do aventureiro-investidor das minas? 
R: Para iniciar um empreendimento, era possível estabelecer-se com o mínimo inicial de um escravo. Mesmo assim, ao homem livre que não desejasse se dedicar à mineração, ainda restava trabalhar sozinho em outra atividade. Além de obter o sustento, em algum tempo, caso a sorte lhe favorecesse, era possível tornar-se empresário. O homem que se aventurava nas minas era de origem relativamente humilde. De escassas posses, essas pessoas levantavam os recursos necessários à emigração, desfazendo-se de seus bens. Assim, esses aventureiros se lançavam à ilusão de encontrar a fortuna
19 – Quais foram as consequências do estabelecimento da economia mineira para outras atividades econômicas e regiões do país? Que espécie de desenvolvimento o ciclo da mineração provocou à economia colonial? 
 
R: Houve um deslocamento do Nordeste para o Centro-sul, região na qual o regime de subsistência já atravessava um século e meio de pobreza. O advento do ciclo da mineração trouxe um “sopro” de desenvolvimento também a outras regiões, como mato grosso e Rio grande do Sul, nas quais já havia uma atividade pecuária Rudimentar, aumentando a rentabilidade desse negócio e a expansão dos rebanhos e das terras utilizadas. A atividade mineradora promoveu a independência entre diferentes regiões, induzindo a especialização como a criação, engorda, distribuição e a formação mercados consumidores para esses produtos, como, como São Paulo e outras mais ao Sul do país (alimentos) e mesmo do Nordeste (animais de carga), tiveram suas economias estimuladas pela demanda de suprimentos requerida pela economia mineira. 
20 – Considerando o aspecto do dinamismo econômico – potencial de geração de renda e de desenvolvimento colonial, compare a economia da mineração à economia açucareira. Quais ramos da economia colonial foram mais favorecidos com a economia mineira? Por quê?
R: A dinâmica da economia mineira colonial trouxe desenvolvimento colonial por expandir outros mercados pelo país em várias regiões como Nordeste e Sul, diferente da economia do açúcar que situava no nordeste, as diferenças na economia mineira em relação à açucareira a renda média menor, mas o mercado tinha mais potencialidade, importação correspondia a menor proporção do dispêndio total, a renda estava menos concentrada por que a população livre era maior, a distância aos pontos encarecia importados, propiciando o crescimento de mercado interno, demanda por bens de consumo corrente( no açúcar se demandava bens de luxo), população reunida em centros urbanos ou semiurbanos. Houve um estimulo economia na pecuária no Sul por revolução, grande mercado para animais de carga devido ás distâncias, grandes feiras em São Paulo distribuíam animais vindos do Sul ou nordeste, então a necessidade de abastecer a economia mineira articulou regiões do país; promoveu grande desenvolvimento da pecuária, inclusive com especialização (criação, engorda, distribuição e mercados) 
21 – Em função do desenvolvimento da economia da mineração surgiu uma considerável atividade manufatureira? Por quê? Até que ponto características econômicas e culturais do país colonizador teriam interferido nisso?
R: Estabelecidos os centros urbanos, não surgiram manufaturas, ainda que iniciantes, que pudessem expandir-se na etapa subsequente – da decadência mineira, marcada pela dificuldade de importação. O que denotava atividade nula manufatureira foi o decreto de 1785 que proibiu qualquer atividade manufatureira que não gerou nenhuma reação. Provavelmente a própria incapacidade dos imigrantes em iniciar atividades dessa natureza tenha sido o principal fator. Essa mesma inércia para a instalação de manufaturas. Também se verifica na Metrópole. Na colônia assim como na metrópole, a inexistência de técnica para iniciar o processo de industrialização.
22 – Segundo Furtado, quais teriam sido os efeitos dos acordos com os ingleses, como o Tratado de Methuen (1703), para o impedimento do desenvolvimento industrial do Brasil no século XVIII? Se não fosse por esses tratados, a industrialização brasileira poderia ter sido iniciada durante o ciclo do ouro, no século XVIII? Por quê?
R: Portugal esta subordinada aos interesses ingleses, o ouro brasileiro começou a afluir consideravelmente para a Metrópole desde o momento em que passou a vigorar o referido acordo. Criavam-se, deste modo, os interditos ao efeito multiplicador da produção de ouro sobre a economia colonial e metropolitana. A oferta de manufaturas transferia-se, assim, para a Inglaterra, restando a Portugal o papel de entreposto nas relações comerciais entre sua colônia, o Brasil e os britânicos. Muito embora deva ser considerado que a emigração de mão-de-obra portuguesa para o Brasil no início do ciclo da mineração poderia eventualmente ter significado algum obstáculo ao desenvolvimento industrial da Metrópole,mesmo assim, na emergência da Revolução Industrial, o país poderia ter protegido suas manufaturas, permitindo, assim, o surgimento de uma indústria incipiente. 
23 – Quais aspectos próprios da localização e do relevo onde se estabeleceu a economia da mineração interferiam no volume das importações no período?
R: Era um local com relevo montanhoso e distante do litoral causando uma interferência nas importações tornando-as inferiores. Estas dificuldades do transporte pela distância e relevo entre a região mineira e os portos, elevaram os custos das importações, retraindo os processos.
24 – Como o governo metropolitano controlava e tirava proveito (mediante tributos) da economia extrativa mineira?
R: A atividade mineradora exigia da Coroa Portuguesa empreendia um rígido controle, que se baseava numa regulamentação específica, num sistema de supervisão e na tributação. O mais conhecido ato administrativo da Metrópole consistiu na instituição do Quinto, que como o nome pressupõe, consistia na cobrança de um tributo que correspondia à quinta parte de toda a produção aurífera. Outras medidas de igual ou até maior importância foram tomadas por Lisboa, gerando a revolta dos mineradores. O histórico advento da Inconfidência Mineira é um ótimo exemplo.
25 – Como a Inglaterra tirou partido da riqueza gerada pela economia mineira? (Considere a condição de dependência de Portugal com relação aos ingleses.)
R: Portugal tinha relação de dependência com a Inglaterra desde 1642 com tratados, a Inglaterra protegia Portugal da França e Holanda. Isto fez com que a completa subordinação de Portugal a Inglaterra trouxesse uma condição que nem o Brasil com a descoberta do ouro poderia mudar, assim o país britânico conseguiu estimular o desenvolvimento manufatureiro e bancário inglês.
26 – Explique, em poucas palavras, as consequências do processo de esgotamento da exploração do ouro para a região onde se localizava a economia da mineração. Por que o esgotamento das minas australianas não levou às mesmas consequências do caso brasileiro?
R: Com o esgotamento da exploração de ouro ocorreu um declínio nas atividades ao entorno. Com empresas que se descapitalizava e se desagregava e as dificuldades em manter escravos o sistema de mineração foi atrofiando aos poucos, tornando-se economia de subsistência; a região que se localizava a economia de mineração era no Nordeste transferiu-se para o Centro-sul chegando até o desenvolvimento Mato Grosso e Rio Grande do Sul. O colapso da atividade mineira na Austrália provocou uma medida de política protecionista com uma precoce industrialização para resolver o problema do desemprego. 
Bibliografia recomendada:
FURTADO, C. Formação econômica do Brasil. Cap. 13-15
MENDONÇA, M. G.; PIRES, M. C. Formação econômica do Brasil. Cap. 8-9
C. Ruptura do Pacto Colonial, Independência e Império
27 – Comente a situação econômica da colônia e, principalmente, da coroa portuguesa por volta do último quarto do século XVIII, quando o ciclo do ouro se esgotava. Qual era a situação econômica dos eixos do Nordeste, da região mineira, do Maranhão e do Pará?
R: A situação da economia colonial portuguesa no século XVIII, era de crise econômica, o preço do açúcar estava baixo, o ouro não tinha mais o mesmo rendimento de 3 milhões, a renda per capta baixou sendo o período com nível de renda menor de todo período colonial. A economia Nordestina era ligada a pecuária e a atividade açucareira; Maranhão mantinha uma relativa articulação com a região açucareira no nordeste e minas. No Pará existia um isolamento econômico pois eles viviam da extração das florestas, cometidas por índios, organizados por jesuítas.
28 – Comente as circunstâncias históricas em que ocorreu o subciclo do algodão. Quais foram os benefícios do breve surto de desenvolvimento maranhense para aquela região? Por que foi tão passageiro esse momento de euforia econômica?
R: Com as guerras que ocorreram no EUA por independência, tornou o ambiente favorável para o cultivo de algodão do Maranhão entraram com mais força no mercado já que os países que dominavam o mercado estava em guerra, Maranhão supriu as demandas têxtil inglesa e norte-americana, os benefícios foram os investimentos em transportes, armazenagem realizados pela companhia para promover a infraestrutura dos negócios e foi passageiro pois o multiplicador é baseado na região açucareira dominado por uma companhia capitalista de origem portuguesa que tinha mão-de-obra escrava e indígena. Em que foi uma prosperidade precária com condições atípicas no mercado internacional.
29 – Comente as consequências dos tratados com os ingleses, de 1810 e 1827, e o fim do entreposto português para a economia brasileira.
R: Os tratados ingleses previam uma taxação 15% para entrada de produtos ingleses dominando totalmente o mercado Brasileiro; em 1827 ocorre uma ratificação das vantagens econômicas as consequências destes tratados foi a redução do imposto do imposto de importação, o preço internacional dos produtos primários reduziu o valor da exportação brasileira com a ausência do influxo comercial trouxe a desvalorização da moeda brasileira.
30 – Qual era a situação econômica brasileira no período imediato à Independência? (Destaque o estado das finanças públicas e a condição econômica do povo.)
R: A situação economia do país tinha o tratado comercial com a Inglaterra firmada em 1810, a economia era baseada em produtos primários que dependia das economias europeias, para a classe agrícola o interesse deles era ligado com os interesses ingleses tornando o sistema Brasileiro um prolongamento de outros maiores. 
	
31 – A política de baixas tarifas de importação frente aos produtos ingleses, garantidas pelos tratados comerciais que vigoraram entre 1810 e 1844, teria impedido o Brasil de iniciar um processo de industrialização? 
R: Não. Pois a causa no atraso com industrialização no Brasil foram os gatos públicos com a independência do Brasil, por outro lado do tratado as empresas inglesas baratearam as exportações brasileiras, a queda das exportações brasileiras levou uma desvalorização da moeda Brasileira por causa da ausência de correntes para os capitais estrangeiros, o Brasil não era um país que tinha autonomia, porém é totalmente infundada a ideia que os acordos Ingleses impediram a industrialização do país.
	
32 – Compare as condições que o Brasil e os EUA tiveram para iniciar a industrialização entre o fim do século XVIII e a primeira metade do século XIX.
R: No Brasil o domínio era da classe de agricultores escravistas, enquanto que nos EUA, o domínio era de comerciantes urbanos e de um grande grupo de pequenos produtos. Nos EUA já existia elites Intelectuais a defesa da industrialização e da ação estatal, no Brasil ainda predominava a tese liberal do livre comércio, os EUA estimularam a produção interna, por causa das dificuldades de importar, havendo uma relação de protecionismo.
Bibliografia recomendada:
FURTADO, C. Formação econômica do Brasil. Cap. 16-19.
MENDONÇA, M. G.; PIRES, M. C. Formação econômica do Brasil. Cap. 10
D. A economia cafeeira e o modelo primário-exportador
33 – Comente os principais fatores que contribuíram para o estabelecimento da empresa cafeeira no Sudeste na primeira metade do século XIX.
R: os fatores que possibilitaram a produção de café no Brasil foi a terra fértil as características climáticas da região sudeste do país. Os transportes e a proximidade dos portos favoreciam a saída da produção.
34 – Relacione a decadência da mineração e a implantação da atividade cafeeira no Brasil. 
R: Com a decadência da economia mineira foi reutilizado os recursos preexistente da região, como a mão-de-obra em abundância, a proximidade do porto permitia abrir mão de veículos pela mula que tinha em grande quantidade, logo o café tornou-se um produto de exportação, concentrando sua produção próximo a regiões montanhosas próximo a capital do país.
35 – Qualfoi o papel desempenhado pelas estradas de ferro, na segunda metade do século XIX, no processo de rápida expansão da atividade cafeeira?
R: A integração entre a cafeicultura e a ferrovias ajudou na constituição das bases da industrialização do estado de São Paulo, em razão principalmente do desenvolvimento comercial e da acumulação de capital conseguindo com o aumento de produtividade.
36 – Explique como funcionava o sistema de financiamento da economia cafeeira, considerando o papel do comerciante-comissário antes de 1896-1907.
R: O fazendeiro tornava-se clientes cativos dos comerciantes, eu precisava, destas pessoas para o repasse do café para o consumidor final, a comissão que esses comerciantes comissários recebiam era em torno de 9% e 12% anuais, outra facilidade que os comerciantes comissários tinham era a tomada de empréstimos pelos Bancos com maior facilidade, pois era necessário apenas haver uma contracorrente. Eles ocupavam uma posição privilegiada, seja pela localização das casas comissárias, que era em Santos e em São Paulo quando pelos vínculos com os bancos. 
37– Explique as principais razões pelas quais os negros, após a Abolição, permaneceram marginalizados na sociedade brasileira
R: Em 1882 havia 651 mil escravos e 2,9 milhões de pessoas – 58% da população estavam classificados como “ pessoas sem ocupação”. Em 1888 com abolição da escravidão, a sociedade brasileira prejudicada participou das minorias abastadas, com mãos de obra desqualificada, com a mutilação física e psicológica e moral que foi o resultado de séculos de exploração e abandono das elites brasileiras que tinha a mentalidade estrangeria extrativista e não de desenvolvimento, dirigentes que que mostraram-se insensíveis ás reais necessidades do povo ,outro reflexo da marginalização sociedade brasileira foi que logo após a abolição surgiu as primeiras favelas do País.
38 – Quais as razões que levaram a Inglaterra a apoiar a extinção do tráfico de escravos a partir do início do século XIX?
R: No modelo econômico industrial era mais lucrativo manter os africanos na África, incentivando uma produção de matérias primas baratas e o fim da escravidão fazia dessas pessoas consumidores de manufaturas inglesas. 
39 – Aponte as medidas adotadas pelos fazendeiros de café após a extinção do tráfico negreiro, em 1850, e que efetivamente solucionaram o problema de fornecimento de mão de obra.
R: Eles utilizaram a mão-de-obra subutilizada da região mineira e a produção que ampliou incrivelmente apesar dos preços não muito favoráveis. A partir terceiro quartel do século XIX, induziram a mão-de-obra escrava do Norte, de economia estagnada, para o sul. A proibição do tráfico internacional a partir de 1850 estimulou, o comércio interno de escravos.
40 – Indique e explique as principais características do modelo primário-exportador. Depois, explique por que razão esse modelo econômico constituía um entrave (impedimento) ao desenvolvimento industrial.
R: A característica do modelo primário exportador é uma economia que não destina ao princípio de consumo local ou interno mais o mercado externo, trata-se de uma dependência de outro núcleo determinando tudo, portanto com ausência de autonomia com escravismo, latifúndio, monocultura e patriarcalismo. As razões de ocorrer um entrave no desenvolvimento industrial do brasileiro era que não havia burguesia propriamente dita, apenas pessoas de classe média, nem proletariado, isto por que não havia uma indústria. Com o campo político que promovia arranjos para preservação da estrutura de poder anterior à independência. 
41 – Qual o papel das economias primário-exportadoras na divisão internacional do trabalho, a partir do final do século XIX?
R: Com a lei Euzébio de Queiroz, ocorreu uma diminuição de tráfico escravo no Brasil o Sistema Escravista, ocorrendo uma necessidade por mão de obra, vários imigrantes europeus vieram para o Brasil que pretendiam trabalhar nas fazendas para receber metade do lucro chamado Sistema de parceria; mas começou a ocorrer problemas com este sistema sendo adotado o Sistema se Assalariamento, os custos de viagem, ficava a cargo do Estado e os trabalhadores receberiam uma parcela fixa e uma porcentagem do café colhido.
42 – No Convênio de Taubaté, de 1906, os grandes cafeicultores definiram políticas comuns visando a frear as sucessivas baixas nos preços internacionais do café. Quais foram as principais medidas acordadas no âmbito daquele Convênio? Por que essas medidas de defesa do café eram contraditórias e insustentáveis no longo prazo?
R: As medidas foram que o produto era colocado no mercado de acordo com a lei da oferta e procura, visando sempre manter os preços elevados, garantindo desta forma o lucro dos produtores o governo comprava o café dos produtores a um preço maior do que vendiam no mercado, obtendo prejuízos nesta relação. E quando a procura por café no mercado internacional era menor do que a oferta, para manter os preços altos, os governos queimavam estoques do produto, gerando mais prejuízos aos cofres públicos. Era insustentável a longo prazo, pois estava aumentando a dívida externa com os Ingleses e os norte-americanos com empréstimos deixando de investir em benefícios para a sociedade e a indústria brasileira.
Bibliografia recomendada:
FURTADO, C. Formação econômica do Brasil. Cap. 20-29
MENDONÇA, M. G.; PIRES, M. C. Formação econômica do Brasil. Cap. 11-14
E. Dos primórdios da industrialização à Grande Depressão
43 – Durante a República Velha, a indústria brasileira desenvolveu-se “à sombra” da economia cafeeira. Justifique essa afirmação.
R: Sim. Pois a economia do Brasil nesta época era toda baseada no café na agricultura, ¾ da produção de café saia do Brasil, foi o café que abriu as portas para a industrialização Brasileira com as ferrovias, revolucionando até a mão-de-obra saindo da escravidão para a mão-de-obra assalariada.
44 – Quais as principais características da indústria no período compreendido entre 1890 e 1930?
R: A partir de 1890 a produção da indústria era voltada para o mercado local, utilizava matérias primas do setor primário e possuíam um baixo grau de mecanização, com a inserção da via ferroviário por causa do café trouxe uma modernização no transporte, na primeira guerra mundial(1914-1918) aumentou o crescimento industrial para aumentar a oferta interna como processo de substituição de importações e em 1930 Getúlio Vargas começa uma revolução de mudança no plano da política interna , afastando do poder oligarquias tradicionais agrárias comerciais e adotando uma política industrial, substituindo a mão-de-obra imigrante pela nacional.
45 – Por que é possível afirmar, segundo Furtado e Tavares, que restrições ao comércio internacional, tais como a Primeira Guerra Mundial (1914-18), favoreceram o desenvolvimento industrial brasileiro?
R: Com a dificuldade da importação de produtos por causa da desvalorização da moeda, houve um aquecimento na oferta interna brasileira intensificando o processo de industrial no país, que trouxe um processo de formação de capital e no conjunto de investimento com a utilização de capacidade industrial preexistente como por exemplo, a indústria têxtil e a instalação de uma indústria de bens de capital. Que resultou uma expansão de aumento da renda nacional em 20% no período.
46 – Por que as seguidas políticas de defesa do café se esgotaram a partir da quebra da Bolsa de Nova York, em 1929?
R: Com a obtenção de empréstimos e desvalorização da moeda brasileira ocorreu uma elevação de preços de produtos importados foi uma socialização de perdas. As medidas para manter a defesa do café com os preços instáveis eram insuficientes por causa da crise migrando para o mercado interno do País tendo uma recuperação a partir de 1933. 
47 – Por que o crack da Bolsa de Nova York, em 1929, afetou diretamente a economia brasileira?
R: Quando ocorreu a crack da bolsa de valores houve diminuição da exportaçãode café e os capitais estrangeiros que estavam estocados foram retirados rapidamente, assim os 31 milhões de libras que estava acumulado desde setembro de 1919 foram reduzidos a zero desde setembro de 1930. A perda da hegemonia política da aristocracia rural em favor da classe industrial ascendente, contribuiu para a intensificação do processo de industrialização no país.
48 – Relacione o colapso do modelo primário-exportador e a derrocada
(Desmoronamento) da República Velha (1889-1930). 
.
R: O colapso do modelo primário- exportador veio com a crise das oligarquias rurais e a crise econômica mundial, atingindo profundamente a produção cafeeira, representaram a agonia da República Velha. A insatisfação com a eleição de Júlio Prestes, em 1930, deu à elite os motivos para derrubar os fazendeiros paulistas que estavam no poder, através da Revolução de 1930. Era o fim da República Velha e o início da Era Vargas. 
Bibliografia recomendada:
FURTADO, C. Formação econômica do Brasil. Cap. 30-31
MENDONÇA, M. G.; PIRES, M. C. Formação econômica do Brasil. Cap. 15-16

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