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Trabalho zoo entomologia forense

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
SETOR DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA GERAL
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - NOTURNO
KERLEN ALANA SANTA ANA SANTOS
TURMA NA
ENTOMOLOGIA FORENSE
PONTA GROSSA
2017
Apesar da grande aversão provocada na maioria das pessoas, os insetos possuem grande importância para o meio ambiente e para a sociedade. Dentro da entidade policial os insetos contribuem com um papel muito importante. O objetivo desse trabalho foi apresentar os princípios básicos da entomologia forense, por meio de um estudo de revisão literária, que são aplicados na investigação criminal. A entomologia forense procura determinar o intervalo pós-morte por meio do relacionamento dos estágios de decomposição dos cadáveres utilizando-se o conhecimento a respeito da deposição dos ovos e larvas da fauna cadavérica. O início dos estudos em entomologia forense foi um grande passo para os estudos atuais, o primeiro caso foi revelado pelo investigador Sung T’zu em 1235 e vem sendo pesquisado ainda hoje em diversos países. No Brasil, a entomologia forense iniciou-se em 1908, com os trabalhos pioneiros de Edgard Roquette Pinto e Oscar Freire, respectivamente nos estados do Rio de Janeiro e da Bahia e vem sendo pesquisado por pesquisadores das áreas de ciências biológicas. Deve-se lembrar que os insetos contribuem para estudos relacionados a tráfico de entorpecentes, maus tratos e cronotanatognose. Assim, deve-se considerar a ciência entomologia forense como mais um recurso de investigação pelas entidades investigativas.
Pode-se dizer que a Entomologia Forense é a ciência que aplica o estudo dos insetos e outros artrópodes a procedimentos legais. É dividida em três áreas principais focadas em temas que freqüentemente são alvos de litígios. 
A Entomologia Urbana concentra, principalmente, as controvérsias relacionadas a cupins, baratas e outros grupos de insetos que ocorrem em ambientes criados pelo ser humano. Ações públicas ou particulares por incômodos e prejuízos, envolvendo insetos como moscas provenientes de currais e outros locais de criação de animais domésticos, são alvos desta parte da Entomologia Forense.
 . 
São bastante comuns processos judiciais devidos a incômodos causados por insetos oriundos de projetos agropecuários tais como recintos de confinamento para engorda de bovinos e granjas de aves e suínos. Também casos de danos e controle ineficiente de cupins e outras pragas estruturais costumam ser numerosos. Entretanto, outros litígios não são facilmente percebidos pelos leigos como parte da Entomologia Urbana. Pacientes em hospitais ou sob cuidados de enfermeiros em casa ocasionalmente podem sofrer infestação por larvas de mosca, chamada de miíase, o que geralmente resulta em ações por negligência. Ações por negligência contra necrotérios também ocorrem por ataque de larvas de moscas em cadáveres. 
Na área da Entomologia de Produtos Armazenados e Alimentos, as disputas ocorrem por infestação de artrópodes ou partes destes em alimentos e outros produtos armazenados. Restos de insetos em cereais matinais, lagartas em vegetais enlatados e larvas de mosca em sanduíches são exemplos de casos comuns na área de produtos armazenados. Ocasionalmente, consumidores tentam fraudar restaurantes e empresas “plantando” insetos ou partes de insetos em produtos adquiridos previamente. A resolução destes casos requer parecer do entomologista forense.
A Entomologia Médico-Legal ou Médico-Forense é mais comumente conhecida como Entomologia Médico-Criminal devido à ênfase que é dada à utilidade dos artrópodes na solução de crimes que frequentemente envolvem violência. Aborda elementos que envolvem morte de humanos, como os processos de decomposição dos cadáveres, busca de evidências a serem utilizadas durante julgamento de suspeitos e para dirimir dúvidas. Pode também ser empregada na resolução de casos de morte de não-humanos como gado e espécies protegidas. 
A associação desta abordagem ampla com a imparcialidade das ciências biológicas faz com que a Entomologia Médico-Legal confira suporte para atividades de amplo espectro de indivíduos que incluem criminalistas, detetives, advogados, promotores, professores e estudantes universitários e profissionais das áreas biológicas e da saúde.
A divulgação e o emprego de métodos da Entomologia Médico-Legal no âmbito policial nacional são quase inexistentes. Em razão disso, dados importantes são ignorados e, consequentemente, informações valiosas são perdidas. Pode-se dizer que, atualmente, a perícia médico-legal se baseia, quase exclusivamente, na observação atenta das alterações macroscópicas que se sucedem na decomposição dos corpos, sujeitas a inúmeras causas de variação, umas acelerando sua sucessão e outras retardando-a. 
Embora a Entomologia Médico-Criminal possa abordar casos envolvendo violência ou homicídio deliberado com o uso de insetos (por exemplo, anafilaxia por ferroada de abelhas), ou acidentes de trânsito (por exemplo, desatenção ao dirigir causada pela tentativa de se evadir de uma vespa dentro de automóvel), as questões típicas abordadas por esta área envolvem a estimativa do tempo de morte (intervalo post mortem ou IPM) e menos frequentemente a determinação do local (situs) da morte. 
Perito Criminal durante o curso de Entomologia Forense.
Em casos de maus tratos a crianças, é possível precisar o número de dias, durante os quais o bebê foi privado de cuidados de higiene, baseando–se na determinação da idade das larvas de moscas achadas nos cueiros e camas.
Em relação a entorpecentes, é possível, por exemplo, determinar a origem de pacotes de maconha com base na identificação dos insetos que ficaram retidos no momento da prensagem e traçar a rota do tráfico através da distribuição geográfica dos mesmos. 
Devido à associação dos dípteros, importantes para a saúde humana e animal, e à ecologia da decomposição, a área da Entomologia Médico-Criminal já é reconhecida como uma especialidade dentro da Entomologia Médica. A Entomologia Médica por sua vez é parte da Medicina Preventiva e, em sua forma mais ampla, envolve o estudo de mosquitos, carrapatos e ácaros ou qualquer outra espécie de artrópode que possa causar danos à saúde humana ou animal, diretamente ou como vetor de organismos patogênicos. 
Assim, a Entomologia Médica é uma ciência biomédica. Entomologistas médicos, juntamente com médicos e veterinários em diversos campos, incluindo doenças infecciosas, patologia e dermatologia, têm contribuído ao elucidar as várias formas com que insetos e outros artrópodes impactam a saúde humana e animal. 
Aplicações da Entomologia Forense nos casos de morte violenta 
1. Local da morte. 
Baseado na distribuição geográfica, hábitat natural e biologia das espécies coletadas na cena da morte, é possível verificar o local onde a morte ocorreu. Por exemplo, certas moscas da família Calliphoridae são encontradas em centros urbanos e a sua associação aos corpos encontrados na zona rural sugere que a vítima foi morta no ponto onde foi encontrada. Da mesma forma, informações sobre outras espécies de moscas que apresentam habitat específico, preferência distinta em realizar postura em ambientes internos ou externos, ou em diferentes condições de sombra e luz podem dar indicações do local da morte. 
2. Modo da morte. 
Drogas e tóxicos presentes nos corpos afetam a velocidade do desenvolvimento de insetos necrófagos. Cocaína, heroína, metanfetamina, amitriptilina e outras substâncias químicas têm mostrado efeitos no desenvolvimento das larvas e na decomposição e podem indicar morte por ingestão de dose letal. Pela voracidade das larvas, os fluidos do corpo e partes moles necessárias para as análises toxicológicas desaparecem. Então, é necessário identificar esses medicamentos e substâncias tóxicas no corpo de larvas de insetos necrófagos que se alimentaram desses cadáveres contaminados. Por outro lado, certassubstâncias, como o arseniato de chumbo e o carbamato, impedem a colonização do cadáver por certos insetos necrófagos e a ausência destes é indicativa da presença dessas substâncias.
3. Intervalo post mortem (IPM). 
Na medicina legal, uma das questões mais críticas reside em saber “Quando a morte se deu?”. A determinação do intervalo post mortem é, frequentemente, dada por patologistas e antropólogos forenses e, raramente, por um entomólogo. Normalmente, nos métodos tradicionais, o IPM e a sua estimativa são inversamente proporcionais, isto é, quanto maior for o IPM, menor é a possibilidade de acurada determinação. Porém, com auxílio de conhecimentos entomológicos, quanto maior o intervalo mais segura é a estimativa. O método entomológico pode ser muito útil, sobretudo, com um tempo de morte superior a 3 dias. Das técnicas de cronotanatognose (diagnóstico do tempo da morte), como o relatório policial, a necropsia e o método entomológico, estatisticamente, este último é o mais eficiente. 
Para determinação do IPM, duas abordagens principais são utilizadas. A primeira envolve a dependência da temperatura no desenvolvimento dos insetos (aplicada principalmente para dípteros) e a segunda reconhece que uma sucessão padronizada de artrópodes geralmente facilita a decomposição dos cadáveres (humanos ou não). Ocorre que, pelo reconhecimento de como a fauna associada ao cadáver se relaciona ao padrão, uma estimativa do IPM pode ser feita.
Entomologia Forense e Biologia Molecular 
Há trabalhos avaliando a utilidade da “polymerase chain reaction – restriction fragment length polymorphism” (PCR–RFLP) na diferenciação de duas espécies de insetos de importância forense. Duas regiões específicas do DNA mitocondrial, a subunidade I da citocromo oxidase e a região de controle, foram amplificadas por PCR e cortadas por endonucleases de restrição. Os fragmentos gerados pelas endonucleases DraI e SspI permitiram diferenciar duas espécies de moscas do gênero Hemilucilia (Calliphoridae). Este método pode ser uma ferramenta para os entomologistas forenses na determinação do intervalo post mortem porque permite identificação rápida a partir de qualquer estágio de desenvolvimento do inseto, não importando o estado de preservação do espécime (vivo ou morto). 
Atuação do Instituto Biológico 
O Instituto Biológico, por meio do Laboratório de Entomologia Geral, tem atuado em Entomologia Forense na área Entomologia de Produtos Armazenados e Alimentos. Os laudos produzidos por pesquisadores do laboratório são utilizados para embasar ações judiciais de reclamações de consumidores junto às indústrias de alimentos.
Casos publicados no Brasil
2-1 No Rio de Janeiro
  Caso 1
        Em 06 de julho de 1999, o corpo de uma mulher foi encontrado em um imóvel residencial. As portas e janelas estavam lacradas e o corpo estava coberto por varias colchas e lençóis, de forma que criou uma barreira para o acesso dos insetos ao cadáver.  O corpo estava inchado, língua precedente e odor fétido. O relatório de investigação indicou que a mulher teria sido vista viva pela ultima vez, três dias antes da data em que o corpo foi encontrado.  Apenas alguns ovos foram localizados atrás da orelha e eclodiram em laboratório. Essas larvas foram criadas até o estagio adulto. O grau-dia acumulado (GDA) foi calculado, baseado no tempo de desenvolvimento para essa espécie, sob condições de laboratório. O GDA foi calculado para eclosão dos ovos resultando em um intervalo pós-morte menor que um dia. Esses resultados não corroboraram com a estimativa obtida pelos médicos usuais (aparência física, lividez, rigor mortes, principalmente o relatório da investigação). Essa discrepância, provavelmente, foi devida ao atraso da chegada dos insetos ao corpo, porque as portas e janelas estavam fechadas e o copo estava coberto, criando uma barreira. Se o copo estivesse em um ambiente externo seria imediata e varias espécies de insetos estariam presentes, possibilitando os cálculos pela comparação de seus ciclos de vida, aumentando a acuidade do método (OLIVEIRA-COSTA & MELLO-PATIU, 2004).
Caso 2
           Em 06 de julho de 1999, o cadáver de um homem, em estágio inchado de decomposição, foi encontrado em um terreno baldio com piso em terra batida, coberto por vegetação. O relatório de investigação indicou que o homem havia sido visto, pela ultima vez em vida, quatro dias antes. A investigação indicou a autoria ratificando a data da morte. Espécimes adultos de Chrysomya megacephala, Chrysomya macellaria e Sarcophaga (Liopygia) ruficornis estavam presentes. Quanto aos imaturos, muitas larvas em terceiro instar foram encontradas, especialmente na região craniana. A temperatura da massa larval foi medida em 31°C. Em 14 de julho, depois de 141 horas, alguns espécimes de Chrysomya megacephala emergiram. O grau-dia acumulado foi calculado e o intervalo pós-morte mínimo foi estimado em 4 dias baseado no tempo de desenvolvimento para segunda muda dessa espécie, sob condições de laboratório, como 72 horas a 27°C (WELLS & k URAHASHY, 1994) corroborando com o intervalo obtido pelos métodos usuais de estimativa (OLIVEIRA-COSTA & MELLO-PATIU, 2004).
Caso 3
         Em 9 de agosto de 1999, o corpo de um homem foi descoberto no meio de uma floresta. Os investigadores verificaram que o homem teria sido visto pela ultima vez seis dias antes do corpo ser encontrado. O corpo estava em recente estagio de decomposição e os espécimes adultos Calliphoridae e Sarcophagidae estavam presentes. Quanto aos imaturos, larvas de terceiro instar estavam no corpo e pupários escuros foram encontrados no solo perto do corpo. Em 13 de agosto de 1999, após 92 horas alguns espécimes de Cochliomya macellaria emergiram. O grau-dia acumulado foi baseado no tempo de desenvolvimento determinado por pupário desta espécie em condições de laboratório em 116 horas a 25°C, estimativa do intervalo pós-morte para este caso foi de 5,5 dias em conformidade ou intervalo indicado nas investigações (OLIVEIRA-COSTA & MELLO-PATIU, 2004).
2-2 Em Brasília
Caso  4
           Em 19 de abril de 2004, os corpos de 26 homens foram encontrados na floresta da reserva indígena do Parque Nacional Aripuanã, no estado da Rondônia. Numa região de floresta densa e chuvosa. Os homens foram identificados como garimpeiros envolvidos em confronto com índios Cinta Larga. Os corpos estavam em diferentes posições, 23 juntos e três isolados, numa distância de 1000m dos outros. Os corpos estavam vestidos com camisetas, shorts ou calças e em diferentes condições. Os estágios de decomposição eram de saponificação e esqueletização. A necropsia indicou que a maior parte das mortes foi causada por traumatismo craneo-encefálico. Não havia patologistas nem entomologistas presentes na cena do crime. Não foram coletados insetos, nem verificada a temperatura em umidade do local. Os corpos foram removidos e transportados de helicóptero para a cidade de Porto Velho, localizado a 500km do local do crime. Em 20 de abril, 2004, durante a necropsia foram coletadas 320 larvas dos corpos. As larvas foram imediatamente refrigeradas e encaminhadas para a Universidade de Brasília para estimar o PMI, chegaram ao laboratório dia 21 de abril de 2004, as larvas foram identificadas como Paralucilia fulvinota (Calliphoridae) (No laboratório as larvas que estavam em terceiro instar evoluíram para pupas em 58 horas e em adultos em 110,5 horas. O tempo total de desenvolvimento para Paralucilia fulvinota foi mensurado em experimentos realizados em Manaus dentro da floresta usando carcaça de porcos. A idade estimada das larvas e o intervalo pós-morte mínimo foi de 5,7 dias. Conseqüentemente, o dia o mais provável do oviposição foi ao dia 15 de abril de 2004 (PUJOL-LUZ, 2006).
REFERÊNCIAS:
http://www.cpgls.pucgoias.edu.br/6mostra/artigos/SAUDE/THAYSE%20SIMONETTI%20BRITTES%20E%20PAULO%20ROBERTO%20QUEIROZ%20DA%20SILVA.pdf
http://www.biologico.agricultura.sp.gov.br/artigos_ok.php?id_artigo=79
http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,entomologia-forense-aplicacoes-legais-e-casos-publicados-no-brasil,31738.htmlhttp://veritasscientiaetjusticia.blogspot.com.br/2013/08/entomotoxicologia-forense-e-foco-de.html

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