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AÇÃO CULTURAL EM ARQUIVOS

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
INSTITUTO DE ARTE E COMUNICAÇÃO SOCIAL
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
GRADUAÇÃO EM BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO
DISCIPLINA: Ação Cultural em Unidades de Informação
Isabella Henrique Lima Pereira
Jéssica Ferreira de Sousa Azevedo
Larissa Aguiar de Oliveira
Larissa de Sá Nogueira
Paula Ribeiro da Igreja
AÇÃO CULTURAL EM ARQUIVOS
Professora: Rosimere Mendes Cabral
Niterói
2017
INTRODUÇÃO
	Blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá.
	Blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá.
	Blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá.
1. CULTURA: CONCEITOS E SIGNIFICADO
	
	O termo cultura é definido pelo Dicionário Aurélio como: “conjunto de características humanas que não são inatas, e que se criam e se preservam ou aprimoram através da comunicação e cooperação entre indivíduos em sociedade” (FERREIRA, 2004).
	Os conceitos de cultura passaram por uma longa trajetória até alcançar o significado adotado atualmente. Houve a teoria do Determinismo Biológico, isto é, a capacidade natural de determinados grupos ou raças. Por exemplo, a crença de que o povo alemão possui talento inato para a mecânica e que os ingleses são necessariamente pontuais. Outra teoria foi a do Determinismo Geográfico, ou seja, o ambiente físico seria o responsável pela diversidade cultural.
	Podemos ver ainda nos dias atuais a idéia de cultura como um status, uma posse, por isso, algumas pessoas seriam vistas como cultas, pois freqüentam o teatro e ouvem música clássica, enquanto outras seriam vistas como incultas por assistirem somente a novelas e ouvirem música popular.
	Apesar das diversas concepções do significado de cultura a que adotamos atualmente e iremos abordar é a cultura vista através de uma abordagem antropológica, isto é, o entendimento do termo como um conjunto de conhecimentos, crenças, hábitos, manifestações artísticas, leis, moral, costumes, como a morte é encarada, modo de habitar e se vestir, etc. De uma forma ampla, conceito de cultura irá contemplar tudo o que é desenvolvido pelo ser humano e será transmitido por ele.
	Dessa forma, a cultura não está inata aos habitantes de uma região ou a uma sociedade específica. Ela é transmitida e herdada através do ensinamento e do aprendizado. Da mesma forma que as crianças vão à escola e aprendem Matemática e Ciências desde o momento que nascemos passamos a ser ensinados e introduzidos em uma cultura. O modo como somos educados do que é certo e errado, de como nos vestir e portar, em que acreditar e a forma de entender certas questões universais são como uma escola que irá formar a cultura de um ser humano. Ao longo de nossas vidas interagimos com pessoas de origens e tradições diferentes, conhecemos diferentes sociedades e manifestações artísticas e culturais. O contato com essas diferentes expressões e o aprendizado por que passamos formará a nossa própria bagagem cultural.
2. AÇÃO CULTURAL
	Ação cultural é um termo que possui inúmeros significados, pois é uma vertente com diversas atividades a serem elaboradas, mas que, infelizmente, não há um grande interesse ou estímulo vindos de profissionais da informação. Como diz Cabral (1998): 
“A ação cultural é um rico campo de atuação que oferece [...] inúmeras opções de atividades a serem desenvolvidas [...], sendo indiscutível sua importância tanto no sentido de dinamizá-las como de alavancar o processo de produção cultural no âmbito dessas instituições e da sociedade. No entanto, apesar de ser considerada uma área extremamente atraente e instigante por esses profissionais, verifica-se pouco interesse e desestímulo de sua parte, no sentido de exercerem efetivamente as funções de agentes culturais, supondo-se que se sintam despreparados e/ou inseguros para assumirem tal tipo de trabalho.” (p.39)
	De acordo com Morishita (2006), ação cultural é uma área de ensino e pesquisa específica a ser estudada, além de ser constituída de conhecimentos e técnicas para administração do processo cultural. O autor completa enfatizando que ação cultural tem sua própria semântica e não deve ser compreendida a partir da união dos termos ação e cultura, pois “não representa apenas a ideia de intervenção ou de movimento no campo da cultura” (p. 12). O que importa é a qualidade, e não apenas o movimento.
	Já para Santos (2015), animação cultural é a implementação de atividades e eventos que chamam atenção da população, como um marketing. Mas ação cultural não se limita a isso, ela permite a participação das pessoas na produção, criando a sua própria produção.
	Pensando na elaboração de uma ação cultural, Cabral (1998) diz que é necessário que seja feita em conjunto e não precisa de etapas e fins preestabelecidos. De acordo com a autora, não existe a obrigação de resultar produtos, mas o agente cultural (profissional da informação) planeja e provê recursos para a produção cultural, ou seja, nela o agente é criador e pode escolher os meios e formas para utilizar sua criatividade. Por isso, Morishita (2006) aborda que a ação cultural precisa compreender diversos fatores com o objetivo de obter uma participação da comunidade, ou seja, o criador precisa pensar não só na ação em si, mas sim no envolvimento da população nesse projeto, pois “a ação não deve ser confundida com o assistencialismo” (MORISHITA, 2006, p. 21).
	O objetivo da ação cultural é educar, aumentar a influência política, pois ela possui propriedades reformadoras, razão pela qual o produtor cultural precisa promover manifestações para diversos públicos. Desta forma, é necessário propor uma igualdade e democracia entre os grupos com procedimentos que ajudem as práticas de diálogos e participações entre eles. Consequentemente, haverá uma união entre os sujeitos, onde poderão trocar histórias de vidas, experiências e conhecimento. Como menciona Cabral (1998):
Além da dimensão educativa, a ação cultural tem também uma dimensão política por estar revestida de um caráter transformador, que visa operar mudanças na realidade. Assim, ao fazer sua opção para atuar como agente cultural, [...] deve dar início a um processo de ação cultural emancipatória, de conteúdo ideológico, que propicie a emergência das manifestações culturais do público infantil e adulto […] (p.39-42)
	A melhor forma de abordar, é iniciando o projeto e incentivando a elaboração, bem como proporcionando condições para isso. Assim, o agente precisa inteirar a comunidade com o projeto. Conforme Morishita (2006), “o agente cultural [...] procura conectar o artista, a arte, a coletividade, o indivíduo e os recursos econômicos, [...] dando-lhes recursos para repelir a homogeneização cultural [...]” (p.20-21). Cabral (1998) orienta que os agentes culturais precisam de projetos que abranjam o corpo social, para uma integração com o público, mas sem estabelecer suas ideias, mas sim coordenando o trabalho em conjunto. Para isso é necessário ter um conceito de ação a ser seguido, de acordo com objetivo do produtor e do projeto.
	Portanto, o agente que quiser alcançar o maior número de sujeitos e facilitaras oportunidades, terá que obter uma visão geral sobre o processo cultural em nível não só nacional, mas internacional nas relações de produção e distribuição. Começando com diversidade de atividades, expandindo o espaço físico de criação para praças ou até mesmo ruas da comunidade, locais onde a população terá um maior acesso. Santos (2015) diz que “a realização da ação pode ser além do espaço da biblioteca […] o bibliotecário pode desenvolver uma ação cultural em locais acessíveis a toda a comunidade” (p. 181).
	Sendo assim, o agente precisa, no momento de abordar o possível usuário que participará da ação, evitar de não divulgar suas ideias ou sugestões. Ele deve agir como mediador, deixando que os participantes escolham a melhor forma de efetuar o projeto. Além disso, deve tentar obter recursos de órgãos e entidades públicas ou privadas, utilizando as leis de incentivo a cultura. Ele tem um papel “de criar as condições e impulsionar o processo de ação cultural” (CABRAL, 1998, p. 42).
	Santos (2015, p. 183-184, apud Quílez Simon, 2008) traz habilidades que são essenciais para o profissional da informação desenvolver caso queira coordenar ações culturais. São elas: habilidades informáticas, habilidade de localização e uso da informação (a pesquisa na web é fundamental e o profissional da informação precisa saber ao menos o básico sobre o objeto da atividade cultural), conhecimento de procedimentos e tarefas instrumentais (recomenda-se conhecer um pouco sobre os aparelhos), técnicas e ferramentas de gestão (é preciso organizar as tarefas no planejamento da atividade cultural), habilidade de competências de comunicação e difusão (é necessário manter uma base de dados com contatos de interessados nos projetos culturais e possíveis parceiros).
3. A INSTITUIÇÃO ARQUIVÍSTICA
	O Dicionário de Arquivologia (ARQUIVO NACIONAL, 2005, p. 27) traz, para o termo arquivo, 4 definições diferentes:
1 Conjunto de documentos produzidos e acumulados por uma entidade coletiva, pública ou privada, pessoa ou família, no desempenho de suas atividades, independentemente da natureza do suporte. [...]
2 Instituição ou serviço que tem por finalidade a custódia, o processamento técnico, a conservação e o acesso a documentos. 
3 Instalações onde funcionam arquivos.
4 Móvel destinado à guarda de documentos. 
	Um arquivo enquanto instituição tem seu conceito nos remete à criação do Arquivo Nacional da França, em 1789. Conforme Fonseca (1998), este surgiu como um lugar de guarda e centralização, no qual documentos de diversos “depósitos deveriam ser recolhidos os documentos produzidos pelos diferentes níveis da administração pública” (p. 37).
	Fonseca (1998) também traz como marco histórico a Segunda Guerra Mundial, com a qual ocorre uma modificação no conceito de instituição arquivística. Foram ampliados seu “espectro e funções, à luz dos preceitos da gestão de documentos, que [...] obrigam as instituições arquivísticas à reformulação de suas estruturas e redefinição de seu papel” (p. 38).
	A Lei nº 8.159, que “dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências”, traz como a função das instituições arquivísticas “a administração da documentação”. Já Bellotto (2006), se aprofunda e aponta como funções dos arquivos públicos “recolher, custodiar, preservar e organizar fundos documentais” (p. 227).
	Minuzzo (2010) traz como função do arquivo o acesso à informação. A autora explicita que existe uma mudança de visão com relação ao tema: “até meados do século 20, estas instituições visavam apenas à custódia de massas documentais” (p. 10). 
	Jardim (1986) traz como um dos objetivos da instituição arquivística pública “apoiar o desenvolvimento cultural, fomentando a constituição e divulgação do acervo arquivístico [...]” (p. 39). 
4. A AÇÃO CULTURAL NOS ARQUIVOS
	O arquivo público é a instituição responsável por reunir, custodiar, preservar e organizar um fundo documental, de modo que toda a informação nele contida possa, de alguma forma, ser repassada e utilizada como fonte de informação para o administrador e o historiador, assim como também para o cidadão. Nos arquivos públicos há ainda uma atividade secundária, que é pouco esmiuçada e possui caráter mais social: a difusão de ações culturais.
	Muitas instituições brasileiras promovem diversas atividades, como palestras, debates, exposições e afins, com o intuito de promover eventos culturais. Entretanto, ao idealizarmos um arquivo como um difusor de ação cultural devemos idealizar também ações mais voltadas para o lado educativo, que realizem o encontro do público com a informação, dando assim uma base para a criação de conhecimentos diversos.
	O papel de uma instituição arquivística como difusor cultural vai muito além da promoção de eventos como seminários, reuniões e congressos, práticas atualmente bastante utilizada em território nacional. Como ilustrado por Bellotto (1991, p. 228) instituições de diversos países promovem ações que vão além e proporcionam ao público novas experiências, como, por exemplo a Le quart d’heure de culture, que ocorre no Museu de História da França e que consiste na produção de um comentário sobre um conjunto documental de atrativo mais popular pelos arquivistas no horário de almoço, e que atrai trabalhadores do entorno. É uma forma de atrair um público que não é o usual, aproximando-o da instituição e o informando acerca do arquivo e suas funções e deveres.
	Uma forma de pôr em ação o viés educativo dos arquivos é através da promoção de atividades que encoragem o público a interagir, criando nele o interesse pela busca de informações e conhecimentos e também a possibilidade de colocar o que foi aprendido em prática. Tais atividades devem ser bem planejadas e desenvolvidas, para que façam parte de um sistema que permita a constante avaliação, adequação e correção necessária ao projeto. Como exemplo disto Belloto (1991, p.228) mostra uma atividade desenvolvida pelos alemães, onde os arquivistas colaboram com o turismo local ao participarem da realização de filmes artísticos e/ou documentários.
	Embora ainda seja uma prática pouco utilizada, a ação cultural em instituições, tanto arquivísticas quanto bibliotecárias, é de vital importância para a integração da sociedade com a história do​ seu país, assim como com novas culturas. O arquivo público deve ser visto pela​ sociedade como um local de​ preservação e também de lazer, uma vez que “a ação cultural e patrimonial tem seu foco voltado à formação da identidade cultural, que é elemento fundamental para a constituição do cidadão” (MINUZZO, 2010, p.16).
	A melhor forma​ de aproximar os alunos da realidade por eles estudada nas salas de aula é mostrá-la, e nada melhor do​ que um local de guarda de memória para tal, pois
o arquivo, orientado para uma política educativa, pode contribuir para a melhoria da qualidade do ensino na rede escolar, ao estimular uma cidadania mais ativa e participante, buscando formas variadas para o processo de geração de conhecimentos. (CABRAL, 2012, p.39)
	A implementação de tais ações demanda mudanças estruturais e adaptações tanto da instituição quanto dos profissionais, assim como uma renovação da visão do que é e faz um arquivo e um arquivista, todavia a prática bem estruturada dessas ações beneficia a instituição e a profissão, trazendo maior visibilidade junto ao público em geral que pode acarretar no aumento do número de visitações.
5. EXEMPLOS DE AÇÕES CULTURAIS EM ARQUIVOS
	Além de todas as considerações feitas anteriormente, é necessário explicitar e discutir alguns exemplos práticos, para que possamos entender completamente e visualizar de uma maneira mais dinâmica e ampla a aplicação de ações culturais no dia a dia das instituições. A seguir, serão listados 3 projetos ou atividades de ação cultural implantados em instituições de arquivo de diferentes estados, visando demonstrar, brevemente, como cada estado atende e promove eventos voltados para a interação, construção de conhecimentos edisseminação de informação para seus usuários.
5.1 O Arquivo Nacional
	O Arquivo Nacional, sediado na cidade do Rio de Janeiro, é uma das instituições mais importantes e conhecidas do país, por isso esta sempre procurando promover e oferecer diversos serviços e atividades que buscam a interação com a sociedade, visando à aproximação e o conhecimento de seu acervo documental.
	A partir dessas considerações e da forte preocupação social que o Arquivo Nacional apresenta, separamos o exemplo da ação cultural: “Arquivo em Cartaz – Festival Internacional de Cinema de Arquivo”, realizada na sua segunda edição de 07 a 16 de novembro de 2016. O projeto promove o resgate e o reconhecimento do passado histórico e da formação cultural da sociedade contribuindo para a orientação intelectual e o desenvolvimento do olhar crítico dos indivíduos.
	Esse projeto de ação cultural promovido pelo Arquivo Nacional utilizou-se de diversas atividades como a apresentação de filmes, músicas, promoção de debates, realização de oficinas e workshops para integrar e instruir a população sobre o seu próprio meio, propiciando o reconhecimento da importância e da finalidade dos projetos de ação cultural, assim como a possibilidade de implantação dessas ações que podem e devem ser promovidos nas instituições de Arquivo por todo o país.
5.2 Fundação Arquivo e Memória de Santos (FAMS)
	Assim como o Arquivo Nacional, a Fundação Arquivo e Memória de Santos (FAMS) além de cumprir com as funções de uma instituição de arquivo (funções essas que já foram explicitadas anteriormente), se propõe a instruir e disseminar através de exposições itinerantes de documentos e fotografias que são expostos da forma mais didática possível, para informar e orientar as pessoa sobre a história santista e de alguma forma fazer com que essas pessoas conheçam e reconheçam o trabalho e a importância da FAMS na preservação e disseminação do acervo patrimonial daquela cidade paulista.
	Em virtude do que foi mencionado, podemos mais uma vez atestar a importância da implantação dessas atividades culturais. Elas aproximam os cidadãos das instituições de arquivo, proporcionando conhecer espaços que guardam importantes informações de caráter e interesse sociais.
5.3 Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul (APERS)
	O Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul (APERS), assim como os outros dois escolhidos para serem utilizados como exemplos, apresenta uma grande preocupação com a ação educativa e cultural da instituição, divulgando o acervo e promovendo o exercício da cidadania através da cultura e das informações disseminadas e apresentadas durante os diferentes eventos e atividades promovidas.
	Com esse objetivo, o APERS, realizou, dentro de um variado programa, as oficinas “Os Tesouros da Família Arquivo” e “Desvendando o Arquivo Público: historiador por um dia”, com crianças do ensino fundamental, visando demonstrar para as mesmas a importância dos documentos de arquivo e sua utilização nas relações sociais. Promoveu, também, visitas guiadas às suas instalações para que estudantes do ensino médio conheçam os importantes documentos custodiados naquela instituição e saibam como utilizar os serviços oferecidos pela instituição. 
	A partir dessas duas atividades postas em prática no APERS podemos perceber que, além das preocupações e aspirações compartilhadas com as outras duas instituições de arquivo, o APERS manifesta uma maior preocupação com a instrução e a disseminação de informação para a população mais jovem, visando torná-los adultos presentes na produção e disseminação de conhecimentos assim como cidadãos conhecedores de sua cultura e patrimônio documental.
CONCLUSÃO
		Blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá.
	Dado o exposto e tendo em vista os aspectos observados, podemos atestar que, apesar de todas as instituições usadas como exemplos promoverem ações culturais e terem objetivos semelhantes, no que diz respeito à difusão de informação e ao desenvolvimento crítico dos indivíduos, as mesmas põem em prática as atividades culturais de diferentes maneiras visando atender o seu público de uma forma mais direcionada e satisfatória.
	Com base nessas considerações e no estudo sucinto de cada uma dessas instituições, constatando a forma como cada projeto é pensado e implementado, de acordo com os objetivos de cada Arquivo no trabalho de atenderas necessidades das populações de seu entorno, compreendemos, finalmente, serem de grande relevância os processos de ação cultural desenvolvidos.
REFERÊNCIAS
ARQUIVO NACIONAL (Brasil). Dicionário brasileiro de terminologia arquivística. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2005. Publicações Técnicas n. 51.
______. Arquivo Nacional promove festival de cinema. Disponível em: <http://www.arquivonacional.gov.br/index.php/annamidia-footer/284-arquivo-nacional-promove-festival-de-cinema.html?highlight=WyJjaW5lbWEiXQ>. Acesso em: 22 maio 2017.
ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Oficinas de Educação Patrimonial. Disponível em: <https://arquivopublicors.wordpress.com/category/oficinas-de-educacao-patrimonial-3/>. Acesso em: 22 maio 2017.
BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Arquivos permanentes: tratamento documental. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.
BRASIL. LEI 8.159, de 08 de janeiro de 1991. Diário oficial da República Federativa do Brasil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8159.htm>. Acesso em: 15 maio 2017.
CABRAL, Ana Maria Rezende. Ação cultural: possibilidades de atuação do bibliotecário. In: VIANNA, Márcia Milton; CAMPELLO, Bernadete; MOURA, Victor Hugo Vieira. Biblioteca escolar: espaço de ação pedagógica. Belo Horizonte: EB/UFMG, 1999. p. 39-45. Seminário promovido pela Escola de Biblioteconomia da Universidade Federal de Minas Gerais e Associação dos Bibliotecários de Minas Gerais,1998, Belo Horizonte. Disponível em: <http://gebe.eci.ufmg.br/downloads/106.pdf>. Acesso em: 23 maio 2017.
CABRAL, Rosimere Mendes. Arquivo como fonte de difusão cultural e educativa. Acervo, Rio de Janeiro, v. 25, n. 1, p. 35-44, jan./jun. 2012. Disponível em: <http://revista.arquivonacional.gov.br/index.php/revistaacervo/article/download/336/336>. Acesso em: 15 maio 2017.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário da língua portuguesa. 3 ed. Curitiba: Positivo, 2004.
FONSECA, Maria Odila Kahl. Informação, arquivos e instituições arquivísticas. Arquivo & Administração, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 33-44, 1998. Disponível em: <http://www.brapci.ufpr.br/brapci/v/a/3793>. Acesso em: 15 maio 2017.
FUNDAÇÃO ARQUIVO E MEMÓRIA DE SANTOS. Exposições. Disponível em: <http://www.fundasantos.org.br/page.php?74>. Acesso em: 22 maio 2017.
JARDIM, José Maria. Instituições arquivísticas: estrutura e organização; a situação dos arquivos estaduais. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Rio de Janeiro, n. 21, p. 39-42, 1986. Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/RevPat21_m.pdf>. Acesso em: 15 maio 2017.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 14 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
MINUZZO, Liziane Ungaretti. Atividades culturais e educativas em arquivos: um estudo de caso sobre o Arquivo Histórico de Porto Alegre Moysés Vellinho. 2010. 93 f. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10183/28449>. Acesso em: 15 maio 2017.
MORISHITA, Rômulo Martins. Ação cultural: reflexões em torno de um conceito e de uma prática. 2006. 77 f. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. Disponívelem: <http://rabci.org/rabci/sites/default/files/Morishita-AcaoCultural.pdf>. Acesso em: 23 maio 2017.
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