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1 2 Mutação é a troca de 1 ou mais nucleotídeos na sequência de DNA. Isso pode ocorrer devido a taxa de erro de cerca de 1 a cada 1000000000 bases adicionadas na replicação. 3 Além de haver a chance de ocorrer erro espontâneo na replicação do DNA, agentes exógenos, sejam físicos ou químicos podem induzir a mutação através da troca de nucleotídeos, pareamento incorreto, formação de dímeros de pirimidina, etc. 4 Mutações podem ser do tipo: Transição – troca purinas por purinas e pirimidinas por pirimidinas Transversão – troca purinas por pirimidinas e vice-versa Inserção – Insere bases Deleção – Deleta bases 5 Mutações por substituição podem ser: Silenciosas – quando a base não influencia em qual aminoácido será colocado Missense – quando troca o aminoácido que será incorporado na tradução do mRNA Nonsense – quando cria um stopcodon fora do lugar e dá origem a uma proteína truncada. 6 Inserções e deleções podem causar o chamado frameshift, que significa mudar todos os aminoácidos a partir dali. Isso ocorre porque a leitura do código acontece em códon (3 nucleotídeos) e a mudança de 1 nucleotídeo por inserção ou deleção mudará a posição de todos os códons no quadro de leitura, dado origem a uma proteína completamente diferente da esperada. 7 AS mutações podem gerar proteínas com funções maiores, menores ou sem função quando há a troca de aminoácidos pontuais que interfiram nas estruturas proteicas (primaria, secundária, terciaria e quaternária). Podem ainda acabar com a função da proteína caso seja nonsense e termine a tradução antes do tempo, criando uma proteína truncada. Pode também ser na regição consenso ou promotora aumentando a expressão da proteína ou mesmo reduzindo-a. 8 Quando a troca de nucleotídeo é presente em mais de 1% da população não é dchamda de mutação, mas sim de polimorfismo de nucleotídeo único, tendo em vista que essa mudança deu origem a uma proteína que não causou desvantagem evolutiva para selecionar negativamente aquele individuo. 9 10 Reações de deaminações podem alterar Citosinas para Uracila (esquerda) dando origem a uma célula-filha com DNA mutado por substituição. Assim como depurinações podem retirar Adeninas e, na divisão haver a deleção de um par de base, causando um frameshift no DNA. Caso não existisse mecanismos de reparo o DNA seria mutado com muita frequência e mesmo estável não seria compatível com a vida. 11 A principal via de reparo ocorre pela excisão de bases onde uma enzima chamada DNA glicosilase fica rastreando as cadeias laterais das bases procurando por alterações. Quando ela encontra ela retira a base e esta fica faltando em apenas uma das fitas. Outra enzima chamada Endonuclease AP reconhece que está faltando uma base e removem o açúcar-fosfato. Então a DNA polimerase adiciona o nucleotídeo que está faltando e a ligação fosfodiester é realizada por uma DNA ligase. 12 Um complexo multiproteico avalia se existe uma grande área de mutações ou então se existem ligações covalentes entre bases (dímeros de pirimidina induzidos pela radiação ultravioleta). Caso reconheça endonucleases de excisão cliva uma ligação fosfodiester antes da área mutada e outra após a área mutada e a DNA helicase retira uma grande parte de uma das fitas de DNA. Após isso a DNA polimerase pode polimerizar a região que está sem alguns nucleotídeos e a DNA ligase liga o fragmento novo ao antigo finalizando o reparo. 13 14 As mutações são encontradas pois bases incomuns do DNA são geradas a partir das reações que levam às mutações. 15 Caso as ligações fosfodiesteres de ambas as fitas sejam quebradas, heterodímeros Ku reconhecem as extremidades livres, recrutam ligases que promovem a religação das fitas. Isso normalmente gera mutações no DNA, no entanto em eucariotos a chance da mutação ocorrer em região não-codificante é muito grande. 16 Outra maneira de resolver esse problema é através da recombinação homóloga que veremos adiante. 17 Doenças causadas por problemas no sistema de reparo. 18 19 20 Quando ocorre uma lesão em uma das fitas durante a replicação poderia ocorrer a criação de um minicromossomo. No entanto a recombinação homóloga corrige isso. Uma exonuclease cliva a extremidade 5’ e a fita antisenso recém sintetizada se liga a porção quebrada, em contrapartida a outra fita é recombinada para a de baixo e a replicação continua. 21 Até que alguma interação proveitosa ocorra e comece a ocorrer o pareamento/hibridização das fitas o processo é muito lento. Após as primeiras interações proveitosas o processo acelera e funciona como o fechamento de um zíper. Essa reação em laboratório depende de altas temperaturas ou solventes orgânicos que previnem a formação de grampos. Dentro das células as proteínas SSB estabilizam as fitas para que não ocorra a formação de grampos. 22 A proteína RecA (procariotos) e Rad51 possuem 1 sitio que se liga a DNA dupla fita e 1 sítio que se liga a um DNA simples fita. Inicialmente ela só entrelaça os DNA independente da sequencia de nucleotídicos. Após esse passo inicial, a fita simples procura (ainda não se sabe como) a região de homologia e se pareia com ela (invasão de fita) deslocando a outra fita pareada e formando assim um heteroduplex (uma dupla fita formada por duas simples fitas de origens diferentes) 23 Após o início da recombinação ocorre a migração da ramificação que consiste no resto do pareamento. Ela pode ser espontânea (sem sentido preferencial) e por consequência mais lenta ou dirigida por proteínas através da hidrólise de ATP. 24 Como visto anteriormente a quebra da dupla fita é corrigida com a ação da exonuclease que degrada a extremidade 5’ e permite a invasão de fitas e a recombinação. 25 26 27
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