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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE – FURG INSTITUTO DE MATEMÁTICA, ESTATÍSTICA E FÍSICA – IMEF CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL II – TURMA: B APLICAÇÕES DAS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE PRIMEIRA ORDEM É fundamental não apenas saber resolver a EDO, mas, sobretudo, formular matematicamente o fenômeno que dá origem à equação diferencial. Como motivação, vamos considerar alguns exemplos-modelos para ilustrar as etapas que vão da situação física à formulação matemática. Ex.: 1. Problema do Crescimento: Vamos denotar por ( )tN a quantidade de substância (ou população) em processo de crescimento ou decrescimento, onde a variável t está representando o tempo. Admitindo que a taxa de variação é proporcional à quantidade de substância presente, formulamos o seguinte modelo matemático para esta situação: kN dt dN = ou kNN =′ 2. Problema da Variação de Temperatura: A lei de variação de temperatura de Newton estabelece que: “a taxa de variação de temperatura de um corpo é proporcional à diferença de temperatura entre o corpo e o meio ambiente”. Denotando por T a temperatura do corpo e por τ a temperatura do meio ambiente, a lei de Newton é formulada matematicamente pela seguinte equação diferencial: ( ) 0, >−−= kTk dt dT τ ou 0, >=+′ kkkTT τ O sinal negativo na primeira equação indica um processo de resfriamento. Nesse caso, τ>T e, portanto, 0< dt dT . 3. Problema da Queda de Corpos: Consideremos um corpo de massa m em queda vertical, influenciada pela ação da gravidade g e pela resistência do ar. De acordo com a Segunda Lei de Newton: maF = onde F é a resultante das forças que atuam sobre o corpo, m é a massa do corpo e a é a aceleração na direção de F, então temos: dt dv mF = onde v representa a velocidade do corpo. As forças que atuam no corpo são de duas naturezas: o peso mgF =1 e a resistência do ar 0,2 >−= kkvF . Então obtemos: dt dv mkvmg =− ou gv m k dt dv =+ 4. Trajetórias Ortogonais: Consideremos uma família de curvas a um parâmetro no plano xy , definida por: ( ) 0,, =cyxF (1) onde c é o parâmetro. O problema consiste em encontrar outra família de curvas, chamadas trajetórias ortogonais da família (1), e dada analiticamente por: ( ) 0,, =kyxG (2) tais que cada curva da família (2) intercepta ortogonalmente cada curva da família original (1). Primeiro derivamos implicitamente (1) em relação à variável x ; em seguida, eliminamos c entre esta equação derivada e a equação (1). Obtemos uma equação envolvendo yx, e y′ , chegando a uma equação diferencial da forma: ( )yxf dx dy ,= (3) As trajetórias ortogonais de (1) são as soluções de ( )yxfdx dy , 1 −=
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