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Análises de crescimento 2.1

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS (UNIPAM)
NÚCLEO DE PESQUISA EM FISIOLOGIA VEGETAL, AGROCLIMATOLOGIA, MODELAGEM NA AGRICULTURA E IRRIGAÇÃO (FAMI)
ANÁLISE DE CRESCIMENTO EM PLANTAS
Fonte: Trends in Plant Science, v.13, n.8, p.459-514, 2008.
Prof. Dr. EVANDRO BINOTTO FAGAN�
	SUMÁRIO
1 Introdução.........................................................................................................................3
2 Crescimento.......................................................................................................................3
2.1 Definição.........................................................................................................................4
2.2 Ciclo celular e crescimento de plantas.........................................................................4
3 Metodologias para análises de crescimento...................................................................6
3.1 Taxa de crescimento da cultura...................................................................................9
3.2 Taxa de crescimento relativo........................................................................................9
3.3 Razão de área foliar.....................................................................................................10
3.4 Área foliar específica...................................................................................................10
3.5 Razão de massa foliar..................................................................................................10
3.6 Índice de área foliar.....................................................................................................10
3.7 Índice de colheita.........................................................................................................10
3.8 Coeficiente alométrico.................................................................................................11
3.9 Taxa assimilatória líquida..........................................................................................11
3.10 Duração de área foliar..............................................................................................11
4. Equações para determinação de análise de crescimento...........................................11
4.1 Taxa de crescimento da cultura................................................................................11
4.2 Taxa de crescimento relativo......................................................................................11
4.3 Razão de área foliar.....................................................................................................12
4.4 Índice de área foliar.....................................................................................................12
4.5 Área foliar específica...................................................................................................12
4.6 Razão de massa foliar..................................................................................................12
4.7 Índice de colheita.........................................................................................................12
4.8 Duração de área foliar ................................................................................................13
4.9 Taxa de assimilação líquida........................................................................................13
REFERÊNCIAS…………………………………………………………………………14
1 Introdução
Por mais de 150 anos vários botânicos estudam a maneira que as plantas crescem. O crescimento dos tecidos não é nem uniforme nem aleatório ele segue um padrão previsível o que determina a forma e o tamanho do corpo vegetal primário. O crescimento de plantas é definido como o aumento irreversível no volume. O maior componente do crescimento vegetal é a expansão celular governada pela pressão de turgor e proliferação de células governada por sinalizações hormonais como as auxinas e as citocininas, que promovem o ciclo celular. Durante este processo as células aumentam várias vezes de volume e torna-se altamente vacuoladas. Todavia o tamanho é apenas um critério para se medir o crescimento vegetal. Sendo assim, a massa fresco pode ser usado com uma medida de crescimento, no entanto, o mesmo pode ser alterado em função do status hídrico da planta. Em tais situações a medidas de massa seco são as mais apropriadas. A análise de crescimento é uma das técnicas de medida do balanço de carbono e trocas de gás nas plantas (SESTÁK et al., 1971; EVANS, 1972). É um poderoso método para estimar a produção fotossintética líquida (fotossíntese menos respiração) das plantas, em grandes intervalos de tempo. Baseia-se nas medidas primárias de matéria seca e dimensões de área foliar, realizadas em intervalos de tempo sobre plantas ou estande de plantas (HUNT, 1990). É também útil para verificar adaptações fisiológicas de diferentes espécies, quanto à partição de carboidratos para folhas e outros órgãos como raiz ou sementes. Essa partição é tão importante quanto a atividade fotossintética por unidade de área, determinando a produtividade de diferentes estandes de plantas. 
2 Crescimento
	Como as plantas crescem? Essa pergunta tem desafiado botânicos a mais de 150 anos. Novas células formam-se continuamente em meristemas apicais. As células aumentam mais lentamente nos meristemas apicais e mais rapidamente nos meristemas subapicais. O aumento do volume celular pode aumentar 100x dependendo das espécies e das condições ambientais. O crescimento vegetal tem sido classicamente analisado em termos de números de células ou tamanho geral (fitomassa). O crescimento dos tecidos não é nem uniforme nem aleatório ele segue um padrão previsível o que determina a forma e o tamanho do corpo vegetal primário. 
2.1 Definição
O crescimento de plantas é definido como o aumento irreversível no massa. O maior componente do crescimento vegetal é a expansão celular governada pela pressão de turgor. Durante este processo as células aumentam várias vezes de volume e torna-se altamente vacuoladas. Todavia o tamanho é apenas um critério para se medir o crescimento vegetal. Sendo assim o peso fresco pode ser usado com uma medida de crescimento, no entanto ele é alterado em função do status hídrico da planta. Em tais situações a medidas de massa seco são mais apropriadas. Em algas ou organismos unicelulares, o número de células pode ser um parâmetro para medir crescimento. Entretanto em organismos multicelulares essa medida pode ser enganosa, pois estes podem aumentar o número de célula sem aumentar o peso. Por exemplo, no embrião, no estágio inicial ele pode aumentar o número de células aumentar o volume, apenas posteriormente.
Evidências experimentais tem mostrado que o papel do ciclo celular na regulação do crescimento da planta não cabe exclusivamente o perspective celular (a divisão dirige o crescimento) ou do organismo (a divisão acompanha meramente o crescimento).
2.2 Ciclo celular e crescimento de plantas
Durante o ciclo celular na fase G1, diversos fatores do crescimento, tais como o auxinas, a citocininas, ácido abscísico (ABA), giberelinas (GA), brassinosteroídes (BR) e açúcares regulam a expressão das ciclinas tipo D (CycD) e de suas subunidades catalíticas quinases dependente de ciclinas, as (CDKA). A ativação do complexo de CDKA-CycD requer a dissociação da proteína inibitória de CDK (ICK), a transcrição de que é induzido pelo hormônio ABA e pelo fosforilação do resíduo Thr160 de CDKA pela quinase CDK, que é desregulado pelo GA. O complexo ativo de CDKA-CycD inicia a fosforilação da proteína do retinoblastoma (RB) durante o final da fase G1, liberando desse modo o complexo de E2F-DP que promove a transcrição necessária para a progressão na fase de S. Como ativadores mitóticos existem as auxinas, a citocinina e GA regulam também a atividade da quinase do tipo A e do tipo B CDKs ativando a transcrição de CDKs do tipo A e do tipo B. A transição deG2-M é associada com um fosforilação Thr160 ativando de CDK por um quinase de CDK-ativada (CAK) e pela desfosforilação e fosforilação do Tyr que é induzido pela citocinina. Uma via ubiquitin-dependente da degradação alveja as B-tipo ciclina para as proteólises através da ativação do complexo anáfase (APC) na transição da metáfase, anáfase, ativando desse modo a saída da mitose (BEEMSTER; FIORANI; INZÉ, 2003).
Figura 1. Ciclo celular e hormônios relacionados ao seu controle (BEEMSTER; FIORANI; INZÉ, 2003).
Na Figura 2 é possível verificar os processos relacionados com a divisão e expansão de células radiculares de Arabidopsis. A divisão e a expansão ocorrem na região dos meristemas apicais, como indicado pelo tamanho da célula quase constante, sugerindo a coordenação entre os dois processos. Primeiramente, em uma posição particular no meristema, as células dividem-se em um tamanho definido, que varia com a sua posição. Em segundo, os ápices radiculares de raízes são constituídos por poucas células de um tipo considerado em uma distribuição da escala e do tamanho em toda a posição. Dado que as células adjacentes não podem deslizar e expandir em taxas similares, uma diferença entre as células menores e as maiores constitui o mínimo teórico obtido somente quando as células se dividem exatamente no momento onde alcançam o tamanho crucial.
O crescimento e desenvolvimento de células são governados por uma variedade de substâncias que sinalizam o crescimento que, por sua vez, são sintetizados pelas plantas ou por suas células, dentro do mesmo ou em um órgão diferente. Assim, Beemester, Fiorani; Inzé (2003) propuseram um modelo integrado por meio de que as células individuais são as unidades do morfogêneses das plantas com seus ciclo celular e atividade da expansão. Entretanto, os processos do crescimento são coordenados dentro do organismo ao todo por sinalização de substâncias de crescimento (Figura 2), assim criando uma interação entre comportamento e permitir o crescimento celular e do órgão inteiro, por exemplo, células para compensar para a divisão danificada aumentando a expansão da célula. Baseado no trabalho na drosófila, os modelos de vias de interação múltiplas foram propostos também, implicando que a aplicabilidade do modelo estende a outros organismos multicelulares. 
Figura 2. Controle dos processos de crescimento em plantas a partir do ciclo celular regulada pelo ambiente, ambiente e predisposição genética (BEEMSTER; FIORANI; INZÉ, 2003).
3 Metodologias para análises de crescimento
A análise de crescimento é uma das técnicas de medida do balanço de carbono e trocas de gás nas plantas (SESTÁK et al., 1971; EVANS, 1972). É um poderoso método para estimar a produção fotossintética líquida (fotossíntese menos respiração) das plantas, em grandes intervalos de tempo. Baseia-se nas medidas primárias de matéria seca e dimensões de área foliar, realizadas em intervalos de tempo sobre plantas ou estande de plantas (HUNT, 1990). É também útil para verificar adaptações fisiológicas de diferentes espécies, quanto à partição de carboidratos para folhas e outros órgãos como raiz ou sementes. Essa partição é tão importante quanto a atividade fotossintética por unidade de área, determinando a produtividade de diferentes estandes de plantas.
O crescimento que pode ser, de forma bem precisa, definido como mudanças irreversíveis com o tempo, as quais ocorrem principalmente no tamanho, freqüentemente na forma e ocasionalmente no número, foi primeiramente descrito por Kreusler e co-autores, trabalhando com milho, no período de 1875 a 1879. Os resultados obtidos demonstraram que o crescimento de uma planta anual segue um curso típico de diversas outras culturas anuais (HUNT, 1990).
Blackman (1919) derivou a relação dW/dt = R W, em que W é a matéria seca atual (g), t o tempo (dia) e R uma constante de proporcionalidade. O autor considerou R como um ‘índice de eficiência’ para produção de matéria seca, o qual foi o primeiro índice usado para comparar o comportamento de diferentes espécies, ou de uma mesma espécie crescendo em ambientes diferentes. Em 1920, BRIGGS et al. (1920) isolaram R e o consideraram como taxa relativa, ou taxa específica de crescimento (RGR) (g g-1 dia-1).
A taxa de assimilação líquida (NAR) [g m-2(área foliar) d-1] foi introduzida em 1926, por Gregory. A análise dessa relação introduziu três novos conceitos, ou seja, a razão de área foliar (LAR) [m2 (folha) g-1 (planta)], área foliar específica (SLA) [m2 (folha) g-1 (folha)] e a razão de massa foliar (LWR) [g (folha) g-1 (planta)].
O uso dessas relações apresenta limitações como, por exemplo, a perda de sua sensibilidade à medida que a planta cresce e expande a área foliar, bem como a falta de clareza quanto ao tipo de elemento do clima que estaria influenciando as alterações nas respostas da cultura (CONFALONE, 1998). 
Watson (1947) introduziu três novos conceitos. O primeiro foi o índice de área foliar (IAF), que é a superfície da área plana das folhas por unidade de área do solo. O segundo foi a taxa de crescimento da cultura (C), que considera a assimilação por unidade de área plantada e não por planta. O terceiro conceito foi a duração de área foliar (LAD), que é uma medida da persistência assimilatória da cultura. Ele demonstrou que esta quantidade está mais bem correlacionada com a acumulação de biomassa do que a NAR. 
Na década de 60, uma combinação de avanços na teoria estatística e aumento na disponibilidade de computadores possibilitou o surgimento de novos métodos de análise de crescimento (RADFORD, 1967; HUNT, 1979).
Inicialmente, as curvas foram ajustadas aos valores de crescimento primários (VERNON; ALLISON, 1963), mas a análise estatística dos dados de crescimento revelou que eles atendiam melhor a uma distribuição log e, assim, curvas polinomiais foram, então, ajustadas aos dados logaritmizados (HUGHES; FREEMAN, 1967). As funções ajustadas passaram a ser utilizadas para fornecer uma descrição empírica do crescimento, facilitando comparações e esclarecendo variações no crescimento.
As vantagens das funções de crescimento ajustadas aos dados básicos de crescimento das plantas é que as variações, decorrentes da variabilidade biológica, tornam-se menores, fornecendo um sumário conveniente de seu crescimento (HUNT, 1979).
O uso destas funções tem diminuído e maior ênfase tem sido dada aos dados primários (COSTA, 1994; HOOGENBOOM et al., 1987). Isto é devido, principalmente, a dois fatos, isto é, as variações reais nas taxas de crescimento durante o ciclo da cultura podem ser mascaradas (minimizadas) pelas curvas e, sendo os polinômios inteiramente empíricos, não oferecem nenhuma possibilidade de interpretação biológica dos parâmetros.
Funções matemáticas como a função de Richard (RICHARDS, 1959), que é uma família de curvas assintóticas, incluindo as curvas logísticas e de Gompertz, têm sido apresentadas como uma melhor forma de descrever a evolução da matéria seca versus tempo. Estas curvas apresentam, geralmente, uma descrição mais precisa do crescimento. No início, o crescimento é aproximadamente exponencial, isto é, a taxa de crescimento aumenta até um máximo no ponto de inflexão e, então, diminui, com a massa seca aproximando-se de um valor final.
Embora o crescimento inicial seja aproximadamente exponencial, não há base teórica para aplicar essas equações ao crescimento de culturas. Assim, seu uso em estudos sobre o crescimento de plantas permanece empírico, embora tenha sido usado com sucesso (DENNET et al., 1979; LITTLETON et al., 1979). Essas curvas são, geralmente, ajustadas por iterações, sendo que a convergência nem sempre pode ser obtida (CAUSTON, 1969; DAVIES; KU, 1977). Causton; Venus (1981) explicaram que curvas como a função logística e a função de Richard podem descrever corretamente a forma do crescimento; entretanto, como incluem o tamanho final como um parâmetro, elas não podem ser usadas preditivamente.
Muitos pesquisadores têm tentado correlacionar estes conceitosbásicos de análise de crescimento como, por exemplo, RGR e NAR com elementos climáticos como a chuva, temperatura e radiação, mas este tipo de análise geralmente não tem sido conclusiva (MONTEITH, 1977). Primeiro porque NAR diminui com o aumento de IAF, devido ao sombreamento mútuo das folhas e também pelo efeito de fatores ambientais e agronômicos. Segundo porque medidas de acumulação de biomassa ao longo da estação de crescimento são sujeitas a grandes erros (MONTEITH, 1981).
Desta forma, o crescimento vegetal pode ser medido por intermédio de métodos destrutivos (crescimento ponderal), ou por métodos não-destrutivos (em termos lineares). Assim, os índices de crescimento podem ser calculados conhecendo-se o peso seco de toda a planta ou de suas partes (colmos, folhas e raízes) e/ou a dimensão do aparelho assimilatório (área foliar), durante certo intervalo de tempo.
As principais características de crescimento são: taxa de crescimento da cultura (TCC); taxa de crescimento relativo (TCR); taxa assimilatória líquida (TAL); razão de área foliar (RAF), que se decompõe em área foliar específica (AFE) e razão de peso foliar (RPF); índice de área foliar (IAF); e duração da área foliar (D). 
3.1 Taxa de crescimento da cultura
A taxa de crescimento da cultura (Ct), ou seja, a variação da matéria seca (dW) em um intervalo de tempo (dt), para as datas amostradas, pode ser obtida por meio da seguinte equação:
. 
O método de cálculo utilizado, para atender à situação, foi obter as derivadas das funções ajustadas de W versus t; se W = fW(t), então Ct = fW’(t). 
3.2 Taxa de crescimento relativo
A taxa de crescimento relativo instantânea (RW) para dados amostrados pode ser obtido por meio da seguinte equação
 
.
O método de cálculo utilizado consiste em obter as derivadas das funções ajustadas a loge W versus t; se loge W = fW(t), então R = fW´(t).
3.3 Razão de área foliar
A razão de área foliar instantânea (FA) foi obtida da relação entre a área foliar total da planta (LA) e a massa seca total da planta (W).
As funções ajustadas podem ser: a loge LA e a loge W versus tempo; assim, se loge LA = fL(t) e loge W = fW(t), então FA = LA/W = exp[fL(t) - fW(t)].
3.4 Área foliar específica
A área foliar específica instantânea (SLA) é obtida da relação entre área foliar total (LA) e massa foliar total (LW), sendo calculada a partir das funções ajustadas a loge LA e a loge LW versus tempo; assim, se loge LA = fA(t) e loge LW = fW(t), então LA/LW = exp[fA(t) - fW(t)].
3.5 Razão de massa foliar
O termo “razão de peso”, geralmente utilizado em textos de análise de crescimento de plantas, neste trabalho, será trocado pelo termo “razão de massa”.
A razão de massa foliar instantânea (LWR) é obtida da relação entre massa seca foliar total (LW) e massa seca total da planta (W).
As funções ajustadas podem ser: a logeLW e a logeW versus tempo; assim, se logeLW = fL(t) e logeW = fW(t), então LW/W = exp[fL(t) – fW(t)].
3.6 Índice de área foliar
O índice de área foliar instantâneo (L) é obtido pela relação entre a área foliar (LA), em um metro quadrado de solo, e a área unitária de solo (P). Para isso, obtevem-se a média da área foliar de 10 plantas, sendo este valor multiplicado pela densidade de plantas da parcela.
A esses valores de L é ajustado o modelo de Gauss, em todos os tratamentos, nos dois ensaios.
3.7 Índice de colheita
O índice de colheita (HI) é obtido, dividindo-se a massa seca total de grãos por planta (WM), pela massa seca total, da matéria seca da planta acima do solo (WS).
As funções ajustadas a logeWM e a logeW versus tempo; assim, se loge WM = fM(t) e loge W = fW(t), então WM/W = exp[fM(t) - fW(t)].
3.8 Coeficiente alométrico
O coeficiente alométrico (K) entre a parte radicular e a parte aérea foi obtida a partir da expressão RW  = bSWK, em que b é uma constante; RW é a massa seca da raiz estimada pelo modelo acima; e SW é a massa seca real da parte aérea.
O método de cálculo utilizado foi o seguinte: a função log Rw = f(log SW) foi ajustada como uma regressão linear da forma log RW = log b + K log SW. Assim, obtiveram-se os valores de K e, realizando o antilog de b, obteve-se o valor de b utilizado no modelo.
3.9 Taxa assimilatória líquida
A taxa assimilatória líquida instantânea (EL) foi obtida de funções ajustadas a LW e a loge LA versus t; se loge W = fW(t) e loge LA = fL(t), então, EL = (1/LA)(dW/dt) = fW´(t)*exp[fW(t)-fL(t)].
3.10 Duração de área foliar 
A duração de área foliar (LAD) foi obtida da integração da função L = fLAI(t), entre os limites t1 e t2, sendo t1 a data inicial de medições de LAI e t2 a data de máximo LAI. O mesmo procedimento foi utilizado para calcular a duração da biomassa (BMD).
4. Equações para determinação de análise de crescimento
4.1 Taxa de crescimento da cultura 
 g/dia 
Este valor mostra o incremento de massa de uma cultura a cada dia.
4.2 Taxa de crescimento relativo 
 g/dia 
mede a quantidade de FS acumulada por um órgão ou planta num determinado tempo.
4.3 Razão de área foliar 
 cm2/g 
representa a relação entre a AFT da planta e a FST, resultado da fotossíntese das folhas.Esse dado tamém mostra a proporção de fonte em relação ao dreno de uma planta
4.4 Índice de área foliar 
 cm2/cm2 
isto é adimensional, dá uma idéia de fechamento do solo pelo dossel.
4.5 Área foliar específica 
 cm2/ g, 
estes dados mostram a relação de espessura de folha com a sua área, isto é, folhas mais largas porem mais finas tem maior AFe e vice-versa. Esse comportamento de plantas é comum em regiões sombreadas (folhas largas e finas) e não sombreadas (folhas estreitas e grossas).
4.6 Razão de massa foliar 
 g/g 
representa quanto da fitomassa total da planta é compreendida pelas folhas, dando uma idéia de partição de fitomassa.
4.7 Índice de colheita 
 g/g 
refere-se a habilidade de cada planta de destinar o resultado da fotossíntese para a produção de grãos.
4.8 Duração de área foliar 
 g/g 
4.9 Taxa de assimilação líquida
 g.dm2.dia
TAL reflete a eficiência do sistema assimilador que está envolvido na produção de FS, estimando dessa forma a fotossíntese líquida (Benincasa, 2003). Isto é mede a eficiência de produção de fotossintatos por unidade de AF.
REFERÊNCIAS
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VERNON, A.J.; ALLISON, J.C.S. A method of calculating net assimilation rate. Nature, v.200, p.814, 1963.
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WATSON, D.J. Comparative physiological studies on the growth of field crops l. Variation in net assimilation rate and leaf area. Annals of Botany, v.11, p.41-76, 1947.
Textos Complementares
Metodologia
	O rizotron será constituído por um tubo de PVC de 300 mm de diâmetro e 0,50 m de comprimento (Figura 1‑ A), o qual será seccionado ao meio e fixado a uma lâmina de vidro de 6 mm de espessura, 0,40 m de largura e 0,60 m de comprimento. Os rizotrons serão colocados em casa de vegetação sobre uma armação de ferro (Figura 1 ‑ B), de forma inclinada formando um ângulo de 35º com a vertical, favorecendo o crescimento das raízes em direção a face do vidro no rizotron, o que facilita a visualização e a obtenção de imagens digitais do sistema radicular, as quais serão analisadas no programa para microcomputadores SIARCS ‑ Sistema Integrado para Análise de Raízes e de Cobertura do Solo (Jorge, 1996).
As plantas serão cultivadas em substrato comercial. A irrigação e nutrição mineral será realizada via fertirrigação, conforme a necessidade da cultura e/ou dos tratamentos que serão aplicados.
Figura 1. Crescimento de uma planta em Rizotron (A); disposição do rizotron (B).
Tratamentos
T1 - 0
T2 - 5
T3 – 10
T4 - 20
T5 - 40
- Soja 60 kg de sementes
- Milho 20 kg de semente
 Para cada tratamento serão utilizadas 4 repetições.
Avaliações
A seguir estão dispostas algumas possíveis avaliações, podendo serem modificadas de acordo com o objetivo da pesquisa: 
As medidas de comprimento, crescimento, distribuição e de velocidade de crescimento radicular serão realizadas a partir das imagens digitalizadas do sistema radicular obtidas no rizotron. 
As imagens serão processadas e analisadas no programa SIARCS (Jorge, 1996).
A relação FSF/FSR (FSF: fitomassa seca de folhas; FSR: fitomassa seca de raízes) será avaliada para a determinação da alometria de crescimento entre fonte e dreno. A determinação de fitomassa seca de folhas e raízes será realizada a cada 15 dias, a partir da emergência, sendo retirada uma planta por unidade experimental (Rizotron). As raízes serão acondicionadas em sacos de papel e levadas para secagem em estufa com circulação de ar forçada à temperatura de 60° C, onde serão deixadas até atingirem massa seca constante;
 As avaliações da taxa de crescimento absoluto de raízes (TCA) serão realizadas utilizando-se a metodologia de Benincasa (2003) definida pela expressão: [TCA = (F2 – F1)/(t2 - t1)], em que: F2 e F1 são as fitomassas secas de duas amostragens sucessivas, e t2 e t1 são os dias decorridos entre as duas observações;
 Magnitude e amplitude radicular, para avaliar a distribuição do sistema radicular.
Quadro 1. Material para a construção de um Rhizotron e seu respectivo orçamento.
	Materiais
	Número de unidades
	Valor unitário (R$)
	Lâmina de vidro temperado (6 mm x 40 cm x 60 cm)
	Depende do número de tratamentos e repetições
	25,00
	Armação de ferro
	Depende do número de tratamentos e repetições
	110,00
	Tubo de PVC (30 cm diâmetro e 50 cm comprimento)
	Depende do número de tratamentos e repetições
	35,00
	Cola de silicone (200 g)
	Depende do número de tratamentos e repetições
	30,00
	TOTAL
	
	200,00
REFERÊNCIAS
BENINCASA, M.M.P. Análise de crescimento de plantas. Jaboticabal: FUNEP, 1988. 42p.
GLINSKI, D.S.; KARNOK, K.J.; CARROW, R.N. Comparison of reporting methods for root growth data from transparentinterface measurements. Crop Science, Madison, v.33, n.1, p.310-314,1993.	
JORGE, L.A. de C. 1996. SIARCS 3.0 para Windows: manual do usuário. São Carlos, SP: EMBRAPA-CNPDIA. (Manual Software).
JORGE, L.A. de C.; RESENDE, P. C. S.; POSADAS, A. N.; FREITAS JUNIOR, E.; CRESTANA, S. 1994. Comparação de técnicas de análise de imagens digitais na determinação do comprimento de raízes. (Trabalho Premiado). In: Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água: Pequena Propriedade x Desenvolvimento Sustentável, 10, 1994, Florianópolis, SC. Resumos. Anais... Florianópolis, SC: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, p. 314-315.
TENNANT, D. A test of a modified line intersect method of estimating root lenght. J. Applied Ecol., 63: 995-1001, 1975.
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