TGP - 14ª Aula

Prévia do material em texto

Material de Teoria Geral do Processo – 14ª aula – Profª Gisela Brum Isaacsson – giselaisaacsson@gmail.com Página 1 
 
Universidade Católica de Pelotas 
Teoria Geral do Processo 
Profª Gisela Brum Isaacsson 
 
AULA Nº 14 
 
FASES DO PROCESSO 
 
PROCEDIMENTO COMUM 
 
- Compõe-se de duas fases: 
1ª) Fase de Conhecimento; 
2ª) Fase de Cumprimento de sentença. 
 
1º) FASE DE CONHECIMENTO: 
- Divide-se em 4 estágios: 
a) Estágio Postulatório: destina-se à oitiva de ambas as partes. 
1º) Petição inicial: o autor expõe o seu caso mediante o exercício do direito de ação 
(art. 5º, XXXV, CF / art. 312, CPC); 
- Requisitos da petição inicial: art. 319/320; 
- Na falta de algum ponto ou na necessidade de correção, o Juiz mandará o autor 
emendar a petição inicial no prazo de 15 dias, sob pena de indeferimento: art. 321, 
CPC; 
2º) Resposta do réu: direito de defesa (art. 5º, LV, CF); o réu pode: 
Material de Teoria Geral do Processo – 14ª aula – Profª Gisela Brum Isaacsson – giselaisaacsson@gmail.com Página 2 
 
a) apresentar contestação: art. 335 e ss., CPC: o réu alega toda matéria de defesa, 
expondo as razões pelas quais impugna o pedido do autor (fatos impeditivos, 
modificativos ou extintivos do direito do autor), especificando as provas que pretende 
produzir; 
b) oferecer reconvenção: art. 343, CPC: o réu propõe uma “nova” ação contra o 
autor. O réu manifesta pretensão própria, formulando pedido contra o autor no 
mesmo processo em que foi acionado; pode ser feita na própria contestação; 
c) nada fazer: revelia: art. 344, CPC: acarreta a confissão ficta, ou seja, presunção 
de veracidade de todas as alegações de fato formuladas pelo autor (RG); 
d) concordar com o pedido do autor: extinção do processo com resolução de mérito: 
art. 487, III, a, CPC; 
OBS: De acordo com o novo CPC é possível, antes do exercício de defesa pelo réu 
haver uma audiência de conciliação e mediação para tentar compor a lide de forma 
consensual : art. 334, CPC; 
 
b) Estágio Organizatório (Saneamento): tem a função de preparar a causa para 
sua instrução e julgamento: 
- verificam-se aqui a existência de óbices ou vícios processuais que impeçam o 
julgamento do mérito a fim de sanear a causa (art. 357, I, CPC) e delimitar as 
alegações de fato litigiosas para guiar a produção de provas; 
- dá-se pelo “despacho saneador” ou oralmente em audiência (art. 357, §3º, CPC); 
- se não houver necessidade de outras provas o juiz poderá julgar antecipadamente 
o feito (art. 354, 355 e 356, CPC). 
 
Material de Teoria Geral do Processo – 14ª aula – Profª Gisela Brum Isaacsson – giselaisaacsson@gmail.com Página 3 
 
c) Estágio Probatório: também chamado de Estágio Instrutório: destina-se à 
produção de provas (oral/pericial/inspeção judicial); 
- pode-se dar em audiência de instrução e julgamento: art. 358, CPC. 
 
d) Estágio Decisório: é aquele em que o juiz decide o caso levado a juízo; 
- Existem aqui dois tipos de decisão: 
1ª) com resolução de mérito: art. 487: sentença definitiva; 
2ª) sem resolução de mérito: art. 485: sentença terminativa; 
- Sentença é o ato do juiz em que ocorre a interpretação e a aplicação do direito ao 
caso concreto visando resolver a controvérsia. 
 
2º) FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA: 
- No caso da sentença possuir carga condenatória, o procedimento comum passa 
para a segunda fase, que é o cumprimento de sentença; 
- Adotam-se, nesta fase, técnicas processuais executivas para a realização da tutela 
do direito; 
- Técnica expropriatória: visa a satisfação do direito através da determinação de 
cumprimento sob pena de penhora e alienação de bens da propriedade do devedor; 
- Satisfeita a obrigação, o processo será extinto.