RESUMO DIGITAL DIREITO PROCESSUAL CIVIL II

Prévia do material em texto

Apostila do curso de
Direito
Preparação OAB
BY JULIANE LIMA
@_JULIANESLIMA
RESUMO DIGITAL
<<<<<<<<<<<<< Processo Do Conhecimento II >>>>>>>>>>> 
 
• 
 
- Art. 358 e seguintes do CPC 
- Audiência de conciliação ou arbitragem e fase de 
saneamento (organização do processo = quais fatos e direitos 
estão sendo postos?) antecedem a fase probatória 
- Pode ser julgado antes da fase probatória (art. 355/356) = 
julgam conforme o estado do processo 
- O juízo de valor (veracidade das provas) cabe ao juiz 
- Pode se estender a quantas sessões forem necessárias 
(princípio da utilidade) 
• 
- As regras insculpidas tem caráter geral e tem aplicação em 
qualquer audiência 
- Será sempre pública (participação das partes e do povo) 
- Exceção do segredo de justiça: que deverá ser realizada de 
portas fechadas. 
↝ O juiz é o presidente da audiência: exerce poder de polícia 
- Bom desempenho da função da distribuição da justiça, 
permitindo que se crie um clima de cordialidade, moralidade, 
respeito mútuo. 
- O juiz poderá utilizar inclusive de força policial, retirar pessoas 
da audiência que tiverem comportamento inconveniente. 
↝ O juiz tem o poder de direção formal (condução do 
processo) dos atos a serem praticados na audiência: 
- Dirigir os trabalhos; 
- Proceder a colheita de provas; 
- Exortar os advogados e MP a que discutam a causa com 
elevação e urbanidade 
- Os advogados não podem intervir na atuação das partes, 
testemunhas, assistentes, peritos. 
↝ A audiência é uma e contínua: 
- Possibilidade de prosseguimento para o próximo dia: no caso 
de não se concluir em um dia só. 
• 
↝ É incidente obrigatório da audiência 
↝ Deverá ser tentado logo no início da audiência 
↝ Atingirá direitos patrimoniais de caráter privados, direitos 
disponíveis e os relativos à família (para os casos que a lei 
permite a transação) 
↝ A conciliação se conseguida será reduzida a termo, que 
será assinado pelas partes e homologado pelo juiz (sentença) 
• 
↝ Pregão das partes, advogados e demais participantes, 
testemunhas são ouvidas 
↝ As provas orais serão produzidas na audiência de instrução 
e julgamento 
↝ Ordem de produção de provas: 
a) Os peritos e assistentes responderão aos quesitos de 
esclarecimentos 
b) Serão tomados os depoimentos do autor e depois do réu 
c) Serão inquiridas as testemunhas, primeiro as do autor e 
depois as do réu 
• 
↝ O juiz decide pela não realização da audiência nos 
seguintes casos: 
a) Convenção das partes (uma única vez) 
b) Se não puderem comparecer qualquer pessoa que ela 
deva necessariamente participar 
c) Atraso injustificado de início em tempo superior a 30 min 
do horário marcado 
↝ O impedimento deve ser comprovado até a abertura da 
audiência e não o fizer o juiz procederá a instrução 
- Neste caso de adiamento, o juiz pode dispensar a produção 
de prova requerida pela parte cujo advogado (defensor ou 
MP) faltou 
↝ Quem der causa ao adiamento responderá pelas despesas 
acrescidas 
• 
↝ DEBATE ORAL: 
- Primeiro os advogados do autor, réu, MP; 
- 20 minutos, mais 10 min prorrogáveis a critério do juiz 
- Poderá ser substituído pelos memoriais (alegações finais 
escritas) nos casos de complexidade de fato ou de direito = 
art. 364, §2º CPC – 15 dias 
↝ O juiz proferirá a sentença desde logo, ou no prazo de 30 
dias -------> autos conclusos para julgamento/sentença = 
quando o processo está aguardando só a sentença 
• 
↝Tudo será reduzida à termo, assinado pelo juiz, advogados, 
partes e MP. 
↝ Uma cópia autêntica será juntada aos autos (art. 367, § 3º 
CPC) 
↝ Processo eletrônico – confecção e armazenamento (art. 
367 §§ 4º a 6º CPC) 
• 
↝ O que garante ao litigante o direito de prova: princípio do 
contraditório e ampla defesa 
↝ Direito À prova – direito fundamental, corolário do 
princípio direito ao contraditório, ampla defesa e acesso à 
justiça 
↝ Necessidade de se garantir ao cidadão a adequada 
participação no processo 
 ENGLOBA: 
↝ O direito de requerer a produção de prova; (solicitar) 
↝ De participar da realização da prova e; (participar) 
↝ De falar sobre os resultados da prova. (falar) 
Obs.: a partir do saneamento há o protesto específico de 
provas 
 TEM CARÁTER INSTRUMENTAL: 
↝ Caráter instrumental garante a qualidade da decisão 
judicial 
<<<<<<<<<<<<< Processo Do Conhecimento II >>>>>>>>>>> 
 
↝ Alcance da tutela jurisdicional justa 
↝ Daí dever-se sempre buscar dar efetividade a este direito 
↝ Emprego de todos os meios de prova imprescindíveis 
para a corroboração dos fatos 
↝ Limitando à excepcionalidade: colisão com outro valor ou 
princípio constitucional – aplicação do princípio da 
proporcionalidade 
• 
↝ Ligado à relação jurídica material e processual vinculada 
ao processo 
↝ Velar pela regularidade dos atos – poder de instrução do 
juiz 
↝ As partes podem praticar atos probatórios (disponibilidade 
das provas quando aos direitos disponíveis), mas o juiz vela 
pela sua retidão legal (princípio da isonomia, imparcialidade e 
do dispositivo) 
↝ O juiz pode tomar a iniciativa de solicitar provas sem que 
as partes peçam 
• 
↝ Direito fundamental – art. 5º, LVI, CF/88 – de não ver 
produzida contra si uma prova ilícita ou obtida ilicitamente 
↝ Contraria o ordenamento jurídico 
↝ Acarreta a nulidade da decisão 
Ex.: Teoria da Árvore Envenenada surgiu no direito norte-
americano estabelecendo o entendimento de que toda prova 
produzida em consequência de uma descoberta obtida por 
meios ilícitos estará contaminada pela ilicitude desta. 
• 
↝ Se incorpora ao processo (sai da esfera da disposição e 
torna-se pública, comum e integrante do conjunto 
probatório). 
↝ Pertence ao processo – as partes não podem exigir que 
se retire do processo a prova, sob o argumento de que o 
resultado da prova é prejudicial à parte 
↝ Produz efeitos comuns e homogêneos para todos os 
sujeitos processuais (inclusive para os litisconsortes) 
↝ Só poderá desistir da prova aquele que requereu sua 
produção, se a outra parte concordar – neste caso, o juiz 
deve homologar 
• 
↝ O juiz é livre quanto à indagação da verdade e 
apreciação das provas 
↝ Tira sua convicção das provas produzidas – consciência 
formada pelas provas (persuasão racional) 
↝ Art. 371, NCPC 
• 
↝ Alegações das partes (art. 369, NCPC) 
↝ Fatos controvertidos, relevantes (conexão ou relação 
com a causa ajuizada) e determinados (identificados no 
tempo e no espaço). 
Requisitos: extensão quantitativa e qualitativa do objeto da 
prova 
*Pedidos iniciais: precisa ter a delimitação específica de ser 
certo e determinado, assim como a atividade de julgamento 
do juiz 
 Fatos que independem de prova: 
- Art. 374, CPC: 
↝ São os notórios – de conhecimento geral 
↝ Os fatos afirmados por uma e confessados por outra 
parte; 
↝ Os fatos incontroversos no processo 
↝ Os fatos em cujo favor milita presunção legal de 
existência ou veracidade (art. 1597, art. 324, art. 8º todos do 
Código Civil) 
• 
 COMORIÊNCIA: se dois ou mais indivíduos faleceram na 
mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos 
comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão 
simultaneamente mortos. 
 PAGAMENTO: a entrega do título ao devedor firma a 
presunção do pagamento 
 FILIAÇÃO: presumem-se concebidos na constância do 
casamento os filhos: (...) 
 INCAPACIDADE: art. 3º, CC 
• 
↝ Art. 375, CPC 
↝ Decorrem da observação do que normalmente acontece 
↝ Regras de experiência 
↝ Tem aplicação subsidiária 
• 
↝ Em regra, não podem ser comprovados 
Ex.: Como se comprovar que alguém não tem outro imóvel 
no país para fins de usucapião especial? (art. 1240 CC) 
Exceções: álibi 
• 
↝ As regras de direito independem de prova 
Exceção: art. 376, NCPC – Deverá provar o seu teor e sua 
vigência e o ônus da prova é de quem o alega 
• 
↝ É a prova de um fato produzido em um processo que é 
transladada para outro processo – economia processual 
↝ Deve ser analisadapelo juiz dentro de todo o conjunto 
probatório 
↝ Art. 372, NCPC 
- Princípio da cooperação 
• 

- Art. 369, NCPC – meios são as técnicas 
- Podem ser provas típicas ou meios típicos (contam com a 
expressa previsão legal) ou provas atípicas ou meios atípicos 
<<<<<<<<<<<<< Processo Do Conhecimento II >>>>>>>>>>> 
 
(não encontram sede legal – ex.: prova cibernética = print 
de conversa no WhatsApp). A partir do art. 364 NCPC 
Obs.: as duas podem ser aceitas, mas as atípicas podem 
sofrer algum embargo no caso concreto 
Exceção: Provas que precisam de escritura pública 
 
- São as coisas, pessoas e os fenômenos 
- Podem ser diretas (demonstram diretamente a ocorrência) 
e indiretas também chamadas de indícios (são fatos 
secundários ou circunstancias que apontam para a possível 
ocorrência de outro fato – indício) 
Ex.: prova testemunhal = prova direta 
*As provas indiretas podem ser complementas. Ex.: para 
comprovar a existência de um contrato, apenas um 
comprovante de transferência não é o suficiente 
• 
↝ Quanto ao OBJETO podem ser: 
- PESSOAL: Depoimento pessoal, testemunhal/confissão 
- REAL: Coisa. Ex.: documentos, perícias, inspeções 
- DIRETA: Se referem ao próprio fato probando. Ex.: recibo 
de pagamento 
- INDIRETA: Se referem a outro fato do qual por trabalho de 
raciocínio lógico se chega ao fato que se quer provar. Ex.: 
álibi 
↝ Quanto à FONTE podem ser: 
- PESSOAL: Afirmação pessoal e consciente. Ex.: 
depoimento das partes 
- REAL: Que se deduz dos estados das coisas. Ex.: perícia 
↝ Quanto à FORMA podem ser: 
- ORAL: Colhida verbalmente 
- ESCRITA: Redigida 
- MATERIAL: É aquela que se observa da materialidade das 
coisas/pessoas 
↝ Quanto à PREPARAÇÃO podem ser: 
- CASUAL (SIMPLES): Preparadas no curso da demanda 
- PRE-CONSTITUÍDAS: Preparadas preventivamente. Elas já 
existem e são inseridas no processo 
• 
↝ Permitir a convicção quando à existência dos fatos da 
causa – convencer o juiz, que é o seu principal destinatário. 
↝ As partes são destinatários indiretos 
• 
↝ Art. 333 CPC 
↝ Sistema híbrido (legal ou dinâmico) 
↝ Teoria da Distribuição dinâmica do ônus da prova: 
- Quem tem melhor condições de produzir a prova (art. 373, 
inciso I e II, CPC) 
↝ Indicar qual dos litigantes sofrerá as consequências 
negativas advindas da falta de comprovação 
↝ As partes não são obrigadas a provar – elas têm o ônus 
de fazer 
↝ ASPECTOS: 
- Subjetivo: norteará os litigantes a respeito daquilo que 
compete a cada um deles demonstrar 
- Objetivo: são regras de julgamento dirigidas ao juiz da 
causa 
↝ REGRA: Art. 373, NCPC 
- Ao autor: fatos constitutivos do seu direito 
- Ao réu: existência de fato impeditivo, modificativo ou 
extintivo do direito do autor 
• 
↝ É a modificação da regra 
↝ Inversão das consequências negativas 
↝ Pode ser: 

- A lei estabelece os requisitos – art. 373, § 1º, NCPC 
- Efetivada diretamente pelo legislador através de regras 
com presunções legais relativas ou imputações legais da 
prova 
- Ex.: ao consumidor devedor de prestações de trato 
sucessivo é dispensada a prova de pagamento das 
prestações anteriores, mediante a apresentação da quitação 
da última parcela – art. 322, Código Civil 
 
Art. 373, § 3º, NCPC 
- Antes ou no curso do processo 
- Não se aplica: direitos indisponíveis, tornar excessivamente 
difícil a uma parte o exercício do direito 

- Pressupõe lei que autorize que o juiz a faça – art. 373, § 1º, 
NCPC 
- Ex.: art. 6º, VIII, CDC (verossimilhança e hipossuficiência) 
*ATENÇÃO: nenhuma inversão pode gerar a prova diabólica 
(situação de impossibilidade ou excessivamente onerosa) – 
art. 373, § 2º, NCPC 
• 
↝ Convencional / legal: de acordo com a partes ou lei 
↝ Judicial: depende da decisão do juiz 
- Na sentença 
- Saneamento (posição do STJ) 
- Antes da sentença: evitar ofensa ao princípio do 
contraditório e evitar cerceamento de defesa 
• 
↝ Regra geral das despesas: 
- Produção de prova 
- Art. 82 do NCPC 
↝ Vencido é quem paga (art. 82, § 1º, NCPC) 
- MP (fiscal) ou juiz: quem antecipa é o autor (art. 82, § 1º, 
NCPC) 
- MP (autor), Fazenda Pública, Defensoria (art. 91, NCPC) 
- Assistência judiciária gratuita 
• 
<<<<<<<<<<<<< Processo Do Conhecimento II >>>>>>>>>>> 
 
↝ Sistema de avaliação ou valoração de prova: 
- sistema da prova legal 
- sistema do livre convencimento 
- sistema da persuasão racional 
↝ Novo CPC: 
- sistema de persuasão racional 
- fundamentação 
↝ Resquícios do sistema legal: 
- Art. 406, NCPC: valor absoluto ao instrumento público 
- Art. 443, I e II, e art. 444, CPC – Documento x 
Testemunha 
• 
↝ NO QUE TANGE ÀS PROVAS: 
 À PARTE: 
- comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for 
interrogado; 
- colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial 
que for considerada necessária; 
- praticar o ato que lhe for determinado. 
 AO TERCEIRO 
- informar ao juiz os fatos e as circunstâncias de que tenha 
conhecimento; 
- II - exibir coisa ou documento que esteja em seu poder 
↝ NINGUEM ESTÁ OBRIGADO A PRODUZIR PROVA 
CONTRA SI (ART. 379, NCPC) 
• 
↝ É uma providência cautelar – pode ser deferida pelo juiz 
↝ Implicar perecimento ou dano maior – hipóteses do art. 
381, NCPC 
↝ Procedimento 
- Petição fundamentada (art. 382, NCPC) 
- Citação dos interessados na produção de prova ou no fato 
a ser provado 
 
 <<<<<<<<<< Processo do Conhecimento II >>>>>>>>> 
o 
↝ São aquelas que podem ser utilizadas no processo (meios). 
↝ São espécies de prova: 
- Ata Notarial 
- Depoimento pessoal das partes 
- Confissão 
- Prova Documental 
- Prova Testemunhal 
- Prova Pericial 
- Inspeção Judicial 
o 
↝ Art. 384, parágrafo único do NCPC 
↝ É um instrumento público, lavrado por tabelião de notas, 
que se destina a atestar (através dos sentidos do próprio 
notário) e documentar a existência ou o modo de existir de 
algum fato jurídico 
Ex.: situações de ofensas em rede sociais 
↝ Deve ser feito à requerimento da parte interessada 
o 
↝ Parte é a fonte da prova 
↝ Princípio da oralidade – contato imediato com o juiz 
↝ Disciplina legal – art. 385 a 388, CPC 
↝ Podem ser por: 
- Provocação: requerido pela parte adversária 
- Interrogatório: determinado de ofício pelo juiz – visa 
esclarecimento sobre os fatos 
- Art. 385, CPC 
↝ Procedimento: 
- Intimidação deve ser pessoal 
- O mandado deve constar que presumirão confessados os 
fatos contra ela alegados, caso não compareço ou, 
comparecendo, se recuse a depor (art. 385, § 1º, CPC). 
- Aplicação da pena de confissão 
- A parte responderá pessoalmente: poderá utilizar 
videoconferência (art. 385, § 3º, CPC) 
- Não pode utilizar escritos preparados anteriormente (art. 
387, CPC): permitida a consulta a notas breves, desde que 
objetivem completar esclarecimentos. Ou seja, você não pode 
levar seu depoimento escrito e ler para o juiz 
↝ Direito ao silêncio: 
- Proteção constitucional e penal ao sigilo profissional ou 
quando houver imputação crime. 
- A parte não pode mentir, porque fere o dever de lealdade 
processual e boa-fé. 
- Art. 388, CPC – são regras de autopreservação. 
*Em outros casos: art. 229, CC – reconhece o direito ao 
silêncio 
↝ Procedimento (continuação): 
- Primeiro ouve-se o autor e depois o réu (art. 361, II, CPC) 
- Os advogados e MP não poderão intervir ou apartear sem 
consentimento do juiz 
- Comparecimento: evasivas – art. 386, CPC 
o 
↝ A parte admite a verdade de um fato contrário ao seu 
interesse e favorável ao adversário. 
↝ Disciplinamento legal – arts. 389 a 395, CPC 
↝ A rainha das provas? 
*Não porque tem peso maior, mas porque provoca o 
esclarecimento real quanto aos fatos 
↝ Faz prova plena contra o confitente (aquele que confessa). 
↝ Não prejudica os litisconsortes (art. 391, CPC) 
↝ Deverá ser livremente apreciada pelo juiz. 
↝ Pode ser: 
- Judicial (feita nos autos): que se subdivide em espontânea 
(iniciática da própria parte) ou provocada(quando conseguida 
em depoimento). 
- Extrajudicial (feita fora do processo): escrita ou oral perante 
a parte contrária ou terceiros. 
- Confissão feita por mandatário: É necessário que a 
procuração delegue poderes específicos para confessar. 
Somente pode ser espontânea (art. 390, § 1º CPC). A 
jurisprudência tem entendido que qualquer uma delas pode 
ser realizada por procurador com poderes especiais. 
↝ Requisitos para confissão: 
- Ter capacidade (art. 392, § 1º, CPC) 
- Inexigibilidade de forma para o ato confessado 
- Disponibilidade do Direito (art. 392, CPC) 
↝ Em relação a bens imóveis: 
- A confissão de um cônjuge não valerá sem a do outro (art. 
391, parágrafo único, CPC) 
↝ A confissão é irrevogável: 
- Art. 393, CPC 
- Erro, dolo, coação 
↝ É indivisível em regra – art. 395, CPC 
- Cisão: confissão complexa – além de confessar, agrega fato 
novo ao processo. 
o 
↝ É a prova histórica real: representação física de um fato 
↝ É a essência do negócio 
↝ Valor da prova documental 
o 
↝ Prova escrita ou qualquer representação material 
(mecânica/eletrônica): 
- Fotográfica 
- Cinematográfica 
- Fonográfica 
- E-mails 
↝ Documentos eletrônicos – art. 439 a 441, CPC: 
- Processo convencional: forma impressa e da verificação de 
sua autenticidade 
- Valor probante do documento eletrônico não convertido: 
juiz decidirá (assegurado às partes o acesso ao seu teor) 
o 
 <<<<<<<<<< Processo do Conhecimento II >>>>>>>>> 
↝ Documento em posse de terceiro ou adversário: 
recentemente modificada pela Lei 14. 195/21 
↝ Dessa forma: 
- Requisição judicial (art. 438, CPC): 
Documentos em posse de repartições públicas (art. 438, CPC). 
De ofício ou a requerimento da parte 
Pode ser para requisitar informações essenciais ao processo 
Ex.: endereço, existência de bens, contas bancárias, etc. 
↝ Exibição de documento (incidente): 
- Incidente probatório 
- Documento em posse da outra parte 
- Requerida pela parte interessada (art. 397, CPC): 
*Petição específica / fundamentada 
*Resposta: 5 dias 
*O juiz poderá indeferir o pedido 
 
↝ Encerramento do incidente. 
 
 
↝ Não tem o documento (art. 398, parágrafo único, CPC) ou 
que não tem obrigação de entregar (art. 404, CPC) 
↝ Não cabimento de escusas (art. 399 e 400, II) 
↝ Julgamento pelo juiz 
 
 
↝ Presunção de veracidade – art. 400, I, CPC 
↝ Julgamento pelo juiz – decisão interlocutória 
o 
↝ Se o documento estiver com terceiro? 
- Dever de terceiro – obrigação. 
- Pode o juiz também solicitar (de ofício) 
- Requerimento da parte (processo em apenso): 
*Será citado para responder (em 15 dias) – art. 401, CPC 
*Poderá marcar audiência no incidente 
*Julgamento – sentença – recorrível (apelação) 
↝ Diligências necessárias: 
- Se não houver justo motivo ou houver recusa 
- Determinação do depósito em 5 dias 
- Embolso de despesas se necessário pelo autor 
- Se houver descumprimento: busca e apreensão/ se 
necessário força policial (art. 403, parágrafo único, CPC) 
- Crime de desobediência: art. 330 – desobedecer a ordem 
legal de funcionário público: Pena – detenção, de quinze dias 
a seis meses, e multa. 
o 
↝ Deve ser apreciada juntamente com outras provas 
Exceção: instrumento público essencial ao negócio (art. 406, 
CPC) 
↝ Documentos Públicos: 
- Faz prova da sua formação 
- Dos fatos que o escrivão, o tabelião, ou o funcionário declarar 
que ocorreram em sua presença 
- Não provam a veracidade dos fatos descritos. 
↝ Documentos particulares: 
- Declarações presumem-se verdadeiras 
↝ Reprodução mecânica: 
- Filmes/fotos/gravações fazem prova se aquele contra quem 
foi produzido lhe admitir conformidade 
- Impugnação – o juiz determinará exame pericial 
- Fotos de processos – valem como certidão se o secretário 
assinalar conforme o original 
o : 
↝ Arts. 425 e seguintes, CPC 
↝ Fim do efeito da fé-pública: 
- Públicos: declaração judicial de falsidade 
- Particular: declaração judicial de falsidade, contestação de 
assinatura e assinado em branco em abuso de preenchimento. 
o 
↝ Art. 430 a 433, CPC 
↝ Contestação, na réplica ou no prazo de 15 (quinze) dias, 
contado a partir da intimação da juntada do documento aos 
autos 
↝ Prazo preclusivo 
↝ Ônus da prova: 
- Falsidade – da parte que arguir 
- Contestação de assinatura – da parte que produziu o 
documento. 
↝ Pedido e motivação (art. 431, CPC) 
↝ Oitiva da parte contrária – 15 (quinze) dias 
↝ Exame pericial: 
- A parte que produziu o documento concordar em retira-lo 
– dispensa o exame pericial 
↝ Se suscitada como questão principal 
- Contará da parte dispositiva da sentença e sobre ela incidirá 
também a autoridade da coisa julgada. 
o 
↝ Petição inicial ou contestação (art. 434, CPC) 
- Audiência: prova cinematográfica ou fonográfica 
↝ Em outro momento (art. 435, CPC) 
- Implica em contraditório (art. 436, CPC) 
- Prazo de 15 dias (art. 437, § 1º, CPC): Esse prazo pode ser 
dilatado (art. 437, §2º, CPC) 
o 
↝ Inquirição de terceiros a respeito de fatos relevantes ao 
processo 
↝ Fragilidade da prova testemunhal: 
- Manipulação 
- Valor da prova testemunhal 
↝ Admissibilidade: 
- Comprovação de fatos controvertidos 
↝ Inadmissibilidade/desnecessários: 
- Fatos já provados por documentos ou confessados 
- O fato só puder ser comprovado por perícia ou documentos 
↝ Exigência legal de prova escrita: 
 <<<<<<<<<< Processo do Conhecimento II >>>>>>>>> 
- Quando houver começo de prova por escrito, emanado da 
parte contra a qual se pretende produzir a prova. 
- Quando o credor não pode ou não podia, moral ou 
materialmente, obter a prova escrita da obrigação 
(parentesco, de depósito necessário ou de hospedagem em 
hotel ou em razão das práticas comerciais do local) 
- Nos contratos simulados, a divergência entre a vontade real 
e a vontade declarada; 
- Nos contratos em geral, os vícios de consentimento. 
↝ QUEM PODE SER TESTEMUNHA: 
- Pessoas físicas 
- Alheias ao processo 
- Ouvidas diretamente pelo juiz (exceção: art. 453, CPC) – 
audiência de instrução e julgamento 
↝ INCAPAZES: 
- Art. 447, § 1º, CPC: 
- Interdito por demência 
- Enfermidade ou debilidade mental ao tempo que ocorreram 
aos fatos 
- Menor de 16 anos (da data da audiência) = foge da regra de 
maioridade civil (16 anos pra cima já pode servir como 
testemunha) 
- O cego e o surdo* 
*Só não podem ser testemunhas do sentido que lhes faltar 
(ouve, mas não vê). Nesse tipo de caso, o juiz designa um 
intérprete para conduzir a testemunha na audiência. 
↝ IMPEDIDOS: 
- Art. 447, § 2º, CPC 
- O cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente 
em qualquer grau e o colateral, até o terceiro grau, de alguma 
das partes, por consanguinidade ou afinidade (cabe ressalva) 
Exceção: processo que tem demandas familiares 
- As partes 
- Quem intervém em nome da parte (tutor, o representante 
legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros que 
assistam ou tenham assistido as partes). 
↝ HIPÓTESES DE SUSPEIÇÃO: 
- Art. 447, § 3º, CPC: 
- O inimigo da parte ou o seu amigo intimo 
- O que tiver interesse no litígio 
↝ Possibilidade de ouvir suspeitos e impedidos: 
- Art. 447, § 4º, CPC: 
- Se estritamente necessário 
- Dispensa de compromisso (art. 447, § 5º, CPC) 
- Valor da oitiva será mensurado pelo juiz 
↝ Direitos: 
- É um serviço público (art. 463, parágrafo único, CPC): não 
pode sofrer perda de salário, nem desconto no tempo de 
serviço 
- Ressarcimento de despesas que teve para o 
comparecimento (art. 462, CPC) 
↝ Deveres: 
- Comparecer na data para a qual foi intimada (art. 455, CPC) 
- Sob pena de condução coercitiva (art. 455, §5º CPC) 
- Exceção: art. 449 e 454, CPC 
- Prestar depoimento, não podendo recusar-se a falar – art. 
458, CPC 
SOB PENA DE: 
*Sanções penais imputáveis a não ser que ele tenha escusas 
Legais – art. 448, CPC 
- Dizer a verdade 
*Condução coercitiva só é permitida para testemunhas 
o 
↝ 
- Rol de testemunhas– art. 357, § 4º, CPC – prazo não 
superior a 15 dias 
- Intimação ou apresentação em banca 
- Número de testemunhas – até 10 testemunhas, sendo 3 
(três), no máximo, para a prova de cada fato – art. 357, § 6º, 
CPC. 
↝ 
-Art. 451, CPC 
- Falecimento; 
- Enfermidade; 
- Mudança de residência. 
↝ 
- Art. 461, II, CPC 
- Descumprimento da verdade; 
- Caso de depoimento divergentes; 
- As testemunhas são colocadas frente a frente; 
- Reforçar a pena de falso testemunho. 
↝ 
- Feita diretamente pelo juiz, separada e sucessivamente; 
- Oitiva das testemunhas do autor e depois das do réu; 
- As testemunhas não podem ouvir o testemunho uma das 
outras; 
- As partes por seus advogados podem formular perguntas 
diretamente; 
- Será reduzido a termo ou gravado. 
o 
↝ Procedimento de oitiva é formal: 
- Qualificação 
- Advertências legais pelo juiz 
-As partes podem contraditar a testemunha da parte 
adversária antes de ser advertida e de depor – art. 457, § 1º, 
CPC: 
*Incapacidade 
*Impedimento 
*Suspeição 
o 
↝ É a prova destinada a levar ao juiz elementos instrutórios 
sobre algum fato que dependa de conhecimento especiais de 
ordem técnica 
↝ Realizada por profissionais especializados 
 <<<<<<<<<< Processo do Conhecimento II >>>>>>>>> 
- Medicina, engenharia, contabilidade, etc. 
↝ Nomeado pelo juiz 
- Honorários (apresentado em 5 dias pelo perito – art. 465, § 
2º, I, CPC) 
- Fixação de prazo para juntar o laudo 
↝ Pode ser: 
- Exame: 
É a inspeção realizada por perito para cientificar-se da 
existência de algum fato ou circunstancia que interesse à 
solução do litígio – pessoas ou coisa 
- Vistoria: 
É a perícia que recai sobre bem imóvel – verificar dano 
- Avaliação: 
É o exame pericial destinado a verificar o valor em dinheiro 
de algum bem – art. 420, CPC. 
↝ Indeferimento da perícia: 
- Art. 464, § 1º, CPC 
↝ Prova técnica simplificada: 
- De ofício ou a requerimento das partes; 
- Ponto contravertido for de menor complexidade 
- Inquirição de especialista, pelo juiz 
- Formação acadêmica específica na área objeto de seu 
depoimento 
↝ Recusa a submissão de perícia: 
- Presunção de veracidade (relativa) 
- Ex.: art. 2º A, parágrafo único, Lei nº 8.560/92 
o 
↝ Auxiliar da justiça 
↝ Pode ser mais de um perito – se o caso tiver uma certa 
complexidade 
↝ Providência das partes – em 15 dias: 
- Impugnar o perito 
- Indicar assistente técnico 
- Apresentar quesitos. 
o 
↝ Limitar a esclarecer as questões técnicas que interessem 
a causa 
- Prazo de 15 dias da intimação 
- Se persistirem as dúvidas, o perito deverá ser intimado com 
pelo menos 10 dias de antecedência para comparecer a 
audiência de instrução e julgamento. 
↝ Não pode emitir opinião 
o 
↝ Prazo: 
- Fixado pelo juiz 
- Pode ser prorrogado uma única vez 
- Pelo menos 20 dias antes da audiência de instrução e 
julgamento 
↝ Partes terão 15 dias para se manifestarem sobre o laudo 
↝ Os assistentes terão 15 dias para apresentar seus pareceres 
o 
↝ Segunda perícia: 
- Se a primeira não for suficientemente esclarecedora 
- Não substitui a primeira – o juiz fixará o valor de cada uma 
delas 
- De ofício ou a requerimento das partes 
o 
↝ Art. 481 a 484, CPC 
↝ Consiste no exame ou verificação de fatos ou 
circunstancias relativas a lugar, coisas ou pessoas, diretamente 
pelo juiz. 
↝ Pode ser feita em qualquer fase do processo 
↝ De ofício ou a requerimento da parte – art. 483, CPC 
↝ O juiz pode ser assistido por peritos: 
- Eles vão auxiliar o juiz do feito com informações técnicas 
↝ O juiz designará data e local para inspeção 
- Lavratura de auto circunstanciado (art. 484, CPC) 
- O auto poderá ser instruído com desenho, gráfico ou 
fotografia. 
o 
- SENTENÇA: 
↝ É o ato que se amolda a algumas das situações previstas 
nos art. 485 ou art. 487 do CPC. 
↝ Fim da fase cognitiva 
↝ Recurso cabível é a apelação 
*cabe embargos de declaração também = não tem duplo 
grau de jurisdição. 
*Apelação: possibilidade de recorrer das decisões judiciais. 
o 
- Definitiva: 
↝ Resolvem o mérito do processo (apreciação de pedido(s)) 
↝ Invocam as situações dispostas no art. 487, CPC. 
- Terminativas: 
↝ Terminam a relação sem julgar o mérito 
↝ Não resolvem o mérito 
↝ Invocam situações previstas no art. 485, CPC. 
o 
↝ Satisfazem a vontade das partes 
↝ O juiz acolhe (procedente) ou rejeita (improcedente) o 
pedido do autor (art. 490, CPC) 
↝ Reconhecem a prescrição (sentença definida pela 
prescrição) e decadência 
- Homologatórias: 
*O juiz homologa vontades: ou das duas partes ou de uma só 
↝ Reconhecimento da procedência do pedido formulado na 
ação ou reconvenção (manifestação deliberada de vontade) 
↝ Transação pelas partes 
↝ Renúncia à pretensão formulada na ação ou reconvenção 
(o autor está renunciando um direito) 
o 
↝ Fim a relação jurídica processual: 
Art. 485, CPC 
↝ Extinguem o processo, sem analisar o mérito 
↝ Permitem a propositura (art. 486, CPC) 
 <<<<<<<<<< Processo do Conhecimento II >>>>>>>>> 
- Correção do vício 
- Pagamento de custas e honorários 
- Perempção 
o 
↝ Art. 489, CPC 
↝ Composta por três partes: 
- Relatório 
- Motivação 
- Dispositivo 
↝ Importância do ato da sentença: 
- O juiz pode apreciar a pretensão ou não 
- As partes devem formar um todo harmônico e coerente 
- Nulidade da sentença 

↝ É a parte inicial 
↝ Art. 489, I, CPC 
↝ Descrição do processo sucintamente: 
- Nome das partes 
- Identificação do caso 
- Suma do pedido e da resposta do réu 
- Principais ocorrências processuais 
*Modelo de relatório: 
PROCESSO Nº. 0011111-11.2011.8.10.0001 
AÇÃO DE ALIMENTOS 
REQUERENTE: MENOR DOS ANZÓIS PEREIRA representado 
por sua mãe FULANA DOS ANZÓIS. 
REQUERIDO: CICRANO PEREIRA 
Vistos, etc. 
 
MENOR DOS ANZÓIS PEREIRA representado por sua mãe 
FULANA DOS ANZÓIS, brasileira, solteira, empregada 
doméstica, residente na Rua ........., São Luís – MA, ajuizou a 
presente AÇÃO DE ALIMENTOS, contra CICRANO PEREIRA, 
brasileiro, motorista, com endereço Avenida ......., São Luís – 
MA. 
Consta na inicial que o Requerente é filho do Requerido, 
conforme certidão de nascimento de fls. 07 e que necessita de 
alimentos, tendo em vista que a mãe não tem condições 
suficientes para sustentar sua filha. Acostados à inicial os 
documentos de fls. 07 a 12. 
Este Juízo fixou os alimentos provisórios em 15% (quinze por 
cento) dos rendimentos do Requerido e designada Audiência 
de Conciliação, Instrução e Julgamento (fls. 14). 
Na referida Audiência (fls. 23) foi proposta a conciliação, o 
Requerido não compareceu, embora legalmente citado, pelo 
que foi decretada sua revelia. O Ministério Público apresentou 
parecer às fls. 24/25, pugnando pelo deferimento do pedido 
formulado. 
Relatados. 

↝ Art. 489, II, CPC 
↝ São os fundamentos de fato e de direito – art. 93, IX da 
CF (todas as decisões judiciais devem ser fundamentadas 
↝ A falta de fundamentação enseja nulidade da sentença 
↝ Deve o juiz se posicionar sobre todas as questões 
essenciais 
↝ Pode ter uma fundamentação sucinta – a lei não exige 
que ela seja extensa. 
↝ Questões irrelevantes ou secundárias, sem influência do 
julgamento também podem ser omitidas 
↝ Devem examinar: 
- Matérias preliminares 
- Matérias de mérito 
↝ Deve o juiz indicar: 
- Os fatos que ficaram comprovados 
- Os meios que se valeu para formar sua convicção 
- Regra jurídica abstrata aplicável ao caso 
↝ O que não é fundamentação? 
- Art. 489, § 1º, CPC 
*Modelo de motivação: 
DECIDO. 
Os alimentos são prestações periódicas, destinadas à 
satisfação das necessidades vitais de quem não pode provê-
las por si. No entanto, para que se configure uma obrigação 
alimentar, são necessários alguns pressupostos, quais sejam: 
a) existência de um vínculo de parentesco; b) necessidade do 
reclamante; e c) possibilidade da pessoa obrigada. 
Tais pressupostos estão inseridos no artigo 1.695 doCódigo 
Civil, segundo o qual: 
Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende 
não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, 
à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode 
fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento. 
Observa-se que o vínculo de parentesco é notório, vez que o 
Requerido, conforme Certidão de Nascimento de fls. 07, é o pai 
do Autor. Também não restam dúvidas de que o filho necessita 
dos alimentos, pois os rendimentos da mãe não são 
suficientes para a realização de todas as despesas 
necessárias a sua manutenção. 
[...] 
Com relação às possibilidades da pessoa obrigada, deve-se 
levar em conta que as provas carreadas aos autos foram 
suficientes para aferir a atual situação financeira do Requerido 
(fls. 18) 
Na fixação dos alimentos, o juiz deve sempre atentar aos 
limites das possibilidades daquele que se encontra na 
condição de responsável pela prestação alimentícia. Não se 
admite que esta se torne um fardo impossível de ser 
carregado. A busca da proporção, portanto, é fundamental. 
Esse é o entendimento que tem prevalecido na jurisprudência 
pátria, como se pode observar nos seguintes julgados: 
Processual Cível, Apelação. Ação de Alimentos. Decisão que 
atende ao binômio possibilidade/necessidade. Manutenção. I - 
A fixação dos alimentos, levando-se em consideração as 
necessidades de quem os reclama e as possibilidades 
econômico-financeiras daquele que está obrigado a prestá-
los, deverá ser feita com observância das particularidades que 
a situação concreta apresenta, porquanto não se dispõe de 
critério meramente matemático para se chegar ao quantum 
ideal. II - In casu, a pensão foi fixada em 15% (quinze por cento) 
sobre os rendimentos do apelado, quantum que deve ser 
mantido já que fixado em valor razoável, atendendo, dessa 
forma, ao binômio necessidade/possibilidade estampado no 
art. 400, do Código Civil. III - Recurso conhecido e improvido. 
(TJMA - Ac 043298/2003- São Luís – Primeira Câmara Cível – 
Raymundo Liciano de Carvalho) [sem grifos nos originais]
 
↝ É a parte final da sentença – art. 489, III, CPC. 
↝ É a resposta ao pedido formulado 
↝ Deve manter estreita correspondência com o relatório e a 
motivação 
↝ Sobre ele recairá a coisa julgada material 
 <<<<<<<<<< Processo do Conhecimento II >>>>>>>>> 
*Modelo de dispositivo: 
Diante do exposto, julgo procedente o presente pedido, e 
assim sendo, fixo os alimentos em 15% (quinze por cento) dos 
rendimentos integrais do Requerido obtidos a qualquer título, 
abatidos apenas os descontos legais e compulsórios (Imposto 
de Renda e Previdência) em favor do filho MENOR DOS 
ANZÓIS PEREIRA, percentual este que deverá ser descontado 
em folha de pagamento e depositado em conta bancária 
informada às fls. 23, e, em conseqüência, com fulcro no artigo 
269, I do Código de Processo Civil, extingo o processo. 
Oficie-se o órgão empregador do Requerido para que se 
proceda ao desconto de pensão alimentícia. 
Sem custas em face do deferimento da Assistência Judiciária 
Gratuita. 
P.R.I. 
Após o trânsito em julgado, arquive-se o processo. 
São Luís/MA, __ de abril de 2015. 
ASSINATURA DO JUIZ 
 Caso de colisão entre normas: 
- Art. 489, §2º, CPC 
 Interpretação da sentença: 
- Art. 489, § 3º, CPC 
- Conjugação de seus elementos 
- Em conformidade com o princípio da boa-fé 
PROCESSO Nº. 15599/2004 
AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE C/C ALIMENTOS 
REQUERENTE: JOSÉ DE TAL representado por sua mãe 
MARIA DE TAL 
REQUERIDO: JOÃO PÉ DE FEIJÃO 
Vistos etc. 
 
JOSÉ DE TAL representado por sua mãe MARIA DE TAL, 
qualificados na inicial, ajuizou a presente AÇÃO DE 
INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE C/C ALIMENTOS em face 
de JOÃO PÉ DE FEIJÃO, igualmente qualificado. 
Foi designada data para Realização de Exame de DNA, 
entretanto, quanto da intimação do Requerido, o Oficial de 
Justiça certificou seu falecimento, conforme fls. 31. 
Desta forma, a representante do Autor, Sra. MARIA DE TAL, 
mãe do menor, compareceu pessoalmente na secretaria desta 
Vara, informando não ser possível a coleta de material para 
realizar o exame de DNA em face do falecimento do Requerido, 
razão pela qual requereu a desistência da ação. 
Relatados. 
DECIDO 
Homologo a desistência da ação para os fins do artigo 158, 
parágrafo único do Código de Processo Civil. 
Julgo extinto o processo com fundamento no artigo 267, VIII 
do Código de Processo Civil. 
Certificado o trânsito em julgado, arquive-se, observadas as 
formalidades legais. 
P.R.I. 
São Luís/MA, 22 de agosto de 2014. 
o 
↝ Deve obedecer aos mesmos critérios 
↝É dispensável o relatório: 
- Lei nº 9.099/1995: 
Art. 38. A sentença mencionará os elementos de convicção 
do Juiz, com breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em 
audiência, dispensado o relatório. 
o 
↝ Assim como os pedidos devem ser certos e determinados, 
as sentenças também o devem ser. 
↝ Art. 491, CPC 
↝ Art. 492, parágrafo único, CPC – ainda que resolva relação 
jurídica condicional 
↝ A sentença pode ser ilíquida? 
- Art. 491, I, II, §§ 1º e 2º, CPC 
o 
↝ Tutelar o direito pretendido 
↝ Nesse sentido, as sentenças podem ter efeitos: 
- Tutela declaratória 
- Tutela constitutiva 
- Tutela condenatória: 
*Tutela Mandamental 
*Tutela executiva lato sensu 
*Hipoteca Judiciária – art. 495, CPC 
o 
↝ Por ser um ato processual, é passível de vícios que podem 
acarretar: 
- Nulidades (absolutas ou relativas) 
- Inexistência (processos que não se constituíram, sem 
condições de ação ou defeitos intrínsecos) 
o 
↝ A falta dos requisitos da sentença: 
- Falta ou deficiência quanto ao relatório e motivação e 
deficiência do dispositivo – nulidade (erro in procedendo): 
*Sentenças citra, ultra ou extra petita – vedação legal 
*Art. 492, CPC 
- Falta do dispositivo – gera inexistência da sentença 
- Erro in judicando se relaciona com vícios da sentença? 
o 
↝ Publicidade: 
- É o ato que torna pública a sentença para as partes e para 
o público 
*publicidade em secretaria judicial 
*publicidade em imprensa oficial 
- Torna a sentença inalterável 
- Tem efeitos para fins de recurso, validade e existência do 
ato 
↝ Exceção do art. 494, CPC: 
- Situações em que o juiz, mesmo depois de publicada a 
sentença, poderá alterá-la: 
*Inexatidões materiais ou erros de cálculos – desde que não 
alterem a decisão) – de ofício ou a requerimento da parte 
- Mesmo depois de transitada 
*Embargos de declaração (omissão, contradição ou 
obscuridade) – somente se houver requerimento da parte – 
prazo de 5 dias. 
↝ Outras formas de correção: 
- Por apelação 
- Por reexame necessário – art. 475, CPC. 
- Ação declaratória de inexistência 
- Ação rescisória: 
*Das sentenças que tenham transitado em julgado para os 
casos do art. 485, CPC. 
 <<<<<<<<<< Processo do Conhecimento II >>>>>>>>> 
o 
↝ É uma qualidade dos efeitos da sentença 
↝ Torna imutável a ordem judicial 
↝ Se dá a partir do trânsito em julgado 
o 
- Formal: 
↝ é um fenômeno intraprocessual 
↝ recai sobre todos os tipos de sentença: terminativas ou 
definitivas 
↝ esgotamento dos recursos cabíveis ou superação de todos 
eles. 
- Material: 
↝ é própria das sentenças de mérito (definitivas) 
↝ é exoprocessual (projeta-se para fora do processo) 
↝ efeito que torna imutável o conflito – não pode mais ser 
discutido. 
*Não se opera nas sentenças terminativas pois elas não têm 
conflitos 
o 
↝ Art. 503 e seguintes do CPC 
↝ Questão principal expressamente decidida 
↝ Também incide sobre questão prejudicial na forma do art. 
503, § 1º e § 2º, CPC 
o 
↝ Art. 506, CPC 
↝ Sujeitos = quem é obrigado a cumprir a ordem judicial 
↝ Atinge as partes do processo, não prejudicando terceiro 
*O terceiro só responde quando ele intervém no processo 
*O efeito subjetivo da coisa julgada = efeito interpartes ou 
seja, para as partes. 
↝ Não fazem coisa julgada: 
- os motivos 
- a verdadedos fatos 
o 
↝ Demandas que alcançam interesses difusos, coletivos e 
individuais homogêneos: 
*Como diferenciar esses tipos de demandas = depende de 
que tipo de sujeito essas demandas vão alcançar 
- Direitos difusos: são os transindividuais, de natureza indivisível, 
os titulares são pessoas indeterminadas e ligadas por uma 
situação de fato. 
Exemplo: proibição de veiculação de propaganda insegura 
(cigarros), meio ambiente 
- Direitos coletivos: são os transindividuais de natureza 
indivisível, de que seja titular um grupo, categoria ou classe de 
pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma 
relação jurídica base 
Exemplo: pensa-se em grupo de consorciados na relação com 
a administração do consórcio, ou ainda, beneficiários de planos 
de saúde. Recall. 
- Direitos individuais homogêneos: os decorrentes da relação 
jurídica de origem comum. Direito individual porque atinge uma 
pessoa e homogêneo pois como atingiu individualmente 
outras pessoas, elas podem se juntar para litigar 
Exemplo: acidentes de consumo. 
↝ Ações coletivas – art. 83, CDC: 
- Ações civis públicas – lei nº. 7347/1985 
- Ação popular 
- Mandado de segurança coletivo 
- Mandado de injunção 
- ADIN 
- Ação coletiva para defesa de interesses individuais 
homogêneos. 
↝ ART. 103, CDC: 
Direitos Difusos = EFEITO ERGA OMNES 
Direitos Individuais Homog.= EFEITO ERGA OMNES 
Direitos Coletivos = EFEITO ULTRA PARTES 
↝ Tutelas atingidas pela coisa julgada material: 
- Sentenças de mérito – processo contencioso de 
conhecimento. 
↝ Não atinge: 
- Relações continuativas ou relações de trato sucessivo (art. 
505, I, CPC) 
- Processos de jurisdição voluntária (art. 505, II, CPC) 
↝ Que matéria não pode ser discutida: 
- questões já decididas e preclusas (matéria já está definida) 
- é o princípio do deduzido e do dedutível – art. 508, CPC. 
o 
↝ Depois de passada em julgado a sentença não pode ser 
modificada: 
- Se não por ação rescisória ou por declaratória de 
inexistência. 
↝ A doutrina e jurisprudência vem admitindo mitigar a 
autoridade da coisa julgada